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Pets pelo Mundo Argentina Pet Saúde Síndrome de Cushing Meu Pet é Estrela Nossa constelação está completa Entrevista André Trigueiro Ano II – Nº 19 – 10/2011 Pit bulls: no olho do furacão

#19 - Outubro 2011

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Revista Conexão Pet, edição de Outubro de 2011

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Pets pelo MundoArgentina

Pet SaúdeSíndrome de Cushing

Meu Pet é EstrelaNossa constelação está completa

EntrevistaAndré Trigueiro

Ano II – Nº 19 – 10/2011

Pit bulls: no olho do furacão

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Caros leitores, Nessa edição nos propomos a colocar os pit bulls como protagonistas. Em geral, eles ficam sob os holofotes em notícias associadas à violência e que os colocam como os vilões da história. Questionamos essa versão dos fatos, mostrando vários exemplos de como esses cães podem ser maravilhosos animais de companhia. Também falamos da síndrome de cushing, que pode trazer grandes riscos à saúde do seu melhor amigo se não for corretamente tratada. Mostramos também um pouco da dura realidade dos gatos do Campo de Santana, no Rio de Janeiro e o que algumas protetoras fazem por eles. Ainda tivemos a honra de entrevistar o jornalista André Trigueiro, um grande defensor do meio-ambiente e dos animais, e que usa sua profissão em busca de uma sociedade melhor. Tudo isso e muito mais você encontra em mais essa edição preparada com capricho e carinho para vocês!

Forte abraço,Vivian [email protected]

Grande abraço,

Vivian LemosEditora

[email protected]

Direção e Edição:Vivian Lemos – MTB: 26122/RJ

[email protected]

Criação e Design:Rede Zumbi

[email protected]

Comercial:[email protected]

Sugestões, críticas e dúvidas:[email protected]

A revista virtual Conexão Pet é uma publicação da Múltipla Edições Ltda. Todos os direitos reservados.Para reproduzir nossas matérias contate [email protected]

* Os artigos e anúncios veiculados na revista Conexão Pet são de responsabilidadede seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião do veículo.

Agradecimentos:

André TrigueiroCarol Camanho

Fabiana FernandezGustavo Campelo

Lionel FalconMarcelo QuinzaniMarisa AntoniazziNathana LacerdaRaphael Macek

Editorial Expediente

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Sumário04

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MENSAGENS DOS LEITORES

PET NOTAS

CELEBRIDADES DO BEMEles brilham pelos animais

EDUCAÇÃO PETAnimais e crianças

PETS PELO MUNDOComo vivem os pets na Argentina

PET COMPORTAMENTOMeu pet morreu. E agora?

Pet SaúdeSíndrome de Cushing

CAPAPit bulls: no olho do furacão

PET ENTREVISTAAndré Trigueiro

PET AÇÃOGatos do Campo de Santana

PLANTÃO VETNossos pets estão seguros?

PET EVENTOVem aí mais uma Pet South America

MEU PET É ESTRELAMais estrelas para nossa constelação

Pet AlertaHalloween: perigo para os gatos

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Quero cumprimentar a equipe da Conexão Pet pela

matéria sobre tentarmos transformar os animais

em humanos. Eles não são brinquedos ou objetos, e

precisam ser respeitados. A reportagem, com certeza,

contribuiu para que possamos respeitar mais os

animais.Helena Moreira

São Paulo/ SP

A cada edição a revista está mais interessante e bonita. Que continuem a evoluir. Nós e os animais

agradecemos!Cibele Miranda

Vitória/ ES

Não sabia que os animais também podiam ter

pressão alta, fiquei alerta e vou sempre observar o

Mario e a Dolores, os meus cãopanheiros!Dina SantosCuritiba/PR

A matéria sobre mobilização digital a favor dos animais

foi muito feliz. Mostra que a internet pode ser uma importante aliada

na divulgação de causas importantes. Vocês fazem

isso, por exemplo!Paulo Arouca

Belo Horizonte/MG

Sempre acompanho a coluna do Gustavo

Campelo, é um importante meio de informação para convivermos melhor com nossos cães. Já usei várias

dicas e deu certo. Belo trabalho!

Janaina GuerraPorto Alegre/RS

Adoro a revista, sempre acompanho o portal, e

acho superimportante que existam veículos focados no bem-estar e nossos

melhores amigos que são os animais.

Fátima AlcântaraSalvador/ BA

Muito fofa a entrevista com a americana, tutora do cãozinho Jesse. Fui correndo

no Youtube ver os vídeos dele e ele é um encanto. Ele foi muito bem treinado, e é como a entrevistada disse:

“com amor, tudo é possível”.Rosana Mendes

Campinas/SP

mensagens dos leitores

Mensagens dos leitoresGostei muito da última edição. Além de linda, o

alerta sobre a “humanização” de pets foi importante e esclarecedor. Parabéns!

Samanta DiasRio de Janeiro/RJ

Quer falar com a gente?Mande sua mensagem para [email protected]

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Banheiro Ecológico

O consumo consciente é um assunto em voga, e não podemos deixar nossos pets fora dessa tendência. Pensando nisso, a Petmais oferece os Ecopads, tapetes higiênicos e ecológicos, que auxiliam no adestramento de cães, para que façam suas necessidades sempre no mesmo local. Isso proporciona aos tutores menos tempo na limpeza da casa. No processo de fabricação, 95% de celulose são reaproveitadas. Na fabricação dos produtos, não é utilizado nenhum processo de branqueamento à base de cloro, o que é altamente danoso ao meio ambiente. Além disso, as reembalagens utilizadas no transporte dos produtos são totalmente recicláveis e recicladas. A empresa também investiu na redução do tamanho do plástico e no aumento de celulose, o que ampliam a durabilidade do produto e reduz os odores. O pacote custa R$ 20,50.

Paladar Felino

Para agradar aos exigentes bichanos, a Vetnil lança um petisco funcional no sabor peixe, 100% natural e com baixo teor calórico. O Pet Active Gatos é é ainda um alimento prebiótico e probiótico, ou seja, possui bactérias vivas que ajudam no equilíbrio e na reposição da flora intestinal, o que contribui para um incremento da digestibilidade dos alimentos, melhora do odor e consistência das fezes. O petisco também auxilia na função renal, além de trazer nutrientes essenciais para os felinos, como a Vitamina A, Vitamina B3, Vitamina B6, Ômega 3 e o Ômega 6, que contribuem para uma vida mais saudável. O preço sugerido é R$ 12,41.

Passeio Completo

Que cão não fica eufórico ao ouvir “vamos passear?” Para tornar esse momento mais agradável e seguro, a Dog´s Care criou um Kit Passeio. Ele é composto por 1 coleira ajustável com bandana, 1 guia com exclusiva passagem para o cinto de segurança, 1 fralda passeio (calcinha de pano para as fêmeas e faixinha para os machos), 1 fralda descartável exclusiva para xixi, 1 porta biobag (saquinhos higiênicos para recolher as fezes) e um bebedouro dobrável para facilitar na hora de matar a sede. Todos os produtos são feitos com plástico 100% biodegradável e tecido 100% algodão. As biobags são sacolinhas higiênicas 100% biodegradáveis para recolhimento das fezes. O pacote com 48 biobags custa R$ 15,30 e os kit passeios variam de 59,80 (tamanho PP) a R$ 69,21 (tamanho G) para fêmeas e R$ 62,75 (tamanho P) a R$ 69,21 (tamanho G) para machos.

Verão Colorido e Solidário

Se você quer passar os dias mais quentes do ano com muito estilo e ainda ajudando animais carentes, uma boa pedida é comprar as bolsas da ONG Vira-Latas, de Curitiba. São diversas estampas e modelos, atendendo aos mais diversos gostos. As pequenas custam R$ 25 e as grandes, R$ 30. Os pedidos podem ser feitos através do e-mail [email protected]ça mais sobre o trabalho da ONG em:http://ongviralatas.blogspot.com.

pet notas

Divulgação

Divulgação

Divulgação

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Divulgação

Com informações de peoplepets.com

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celebridades do bem

Fama a serviço dos animais

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Assim como nossos animais, as crianças também têm um período de socialização em que é muito importante que elas aprendam a respeitar

as pessoas e animais, a ter limites e a conviver em harmonia entre seus semelhantes. Nessa fase, a criança está aprendendo a entender e controlar seus sentimentos e isso deve ser estimulado desde cedo e nada melhor que animais de estimação para ajudar nessa tarefa.

Ter um animal de estimação é no mínimo gratificante. Somente pela observação, as crianças podem aprender muito com os animais. Médicos e psicólogos afirmam que ao lidar com animais, as crianças projetam os cuidados que recebem dos pais e isso aumenta a responsabilidade, a sensibilidade e o respeito pela vida.

Estudos indicam que crianças que conviveram com animais desde que nasceram tem menores

chances de desenvolver alergias, problemas respiratórios e cardíacos, além de serem mais bem sucedidas profissionalmente quando adultos.

Quais os riscos de ter animais de estimação com crianças? Nenhum. Se forem tomados todos os cuidados que um animal necessita como ser vacinado e receber uma boa educação não existem riscos.

Cães podem se tornar agressivos ou simplesmente estabanados e acabar machucando as crianças, por isso a educação e o treinamento do animal são importantes para prevenir acidentes.

O outro lado...

Nos últimos anos é notável que o número de animais abandonados logo após o dia das crianças aumenta muito. Isso porque os pais querem dar presentes por impulso e esquecem que os animais têm suas necessidades e precisam de educação constante. Quando as crianças começam a perder a graça pelo “brinquedo” novo alguns pais abandonam os animais na rua. Nesses casos, além de ter sido um péssimo presente acabamos maltratando o animal e o pior, ensinando os filhos a fazer o mesmo.

Por isso é importante ter em mente de que os animais não se tratam somente de um presente de dia das crianças com validade curta. Esteja consciente e utilize todo o potencial que os animais possuem a favor da educação das crianças.

* Gustavo Campelo é especialista em comportamento animal e palestrante. Ele é diretor da empresa que leva seu nome, e é especialista em educação e socialização de pets – www.gustavocampelo.com.br

educação pet

Animais e crianças: parceiros na educação Por Gustavo Campelo *

Consulta e terapia comportamentalSocialização de filhotes

Obediência Ajuda para escolha de filhotes

Prevenção de problemas Segurança Passeios

Entre em contatowww.gu s t a v o c ampe l o . c om .b r

(11) 9626.4787

Quer ter um cão ideal?Conviver com o seu melhor amigo é mais fácil do que você imagina.

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Como vivem os animais na Argentina?

Capital: Buenos AiresPopulação: 40 091 359Moeda: Peso ArgentinoLíngua: EspanholClima: Temperado

De acordo com dados do Way Italia, há 4,5 milhões de residências com cães no país. Segundo dados do setor privado, estima-se que na Argentina há uma população de cerca de 9 milhões de cachorros e 3,5 milhões de gatos.

Hermanos são tolerantes com animais abandonados

pets pelo mundo

Nossos vizinhos mostram que além do tango no pé, também têm um grande espaço no coração para os animais, inclusive os que vivem em situação de

abandono nas ruas. “A maioria das famílias aprecia cães e gatos. As castrações em massa e de graça que são feitas pelas autoridades municipais em muitas cidades são bem recebidas pelas pessoas. Cada vez há mais cães e gatos castrados, então é mais fácil mantê-los dentro das casas. As castrações também fazem com que os animais durmam em casa. Isso é muito importante para a relação família/animal. O animal que dorme dentro de casa torna-se um membro privilegiado da família”, explica Marisa Antoniazzi, do Centro de Sanidade Animal e Zoonoses de Buenos Aires. Os argentinos preferem os cuidados básicos com os pets. O percentual de cães de raa não é muito grande, os bons vira-latas dominam a cena. “Geralmente os banhos são feitos em casa. Poucas pessoas levam os animais a um estabelecimento para dar banho. Existem lugares específicos para pets e sofisticados, mas são exceções. Cada vez é maior o número de pessoas que viaja de férias com seus cães. E cada vez há mais hotéis pet friendly”, observa Marisa. Os argentinos preferem gastar em rações, mas a vacinação parece ficar um pouco esquecida. De acordo com Marisa Antoniazzi, apenas 5% dos cães e gatos do país são vacinados contra doenças infectocontagiosas. Apesar de a situação dos animais ser considerada boa, ainda está longe do ideal. “Ainda temos muitos animais nas ruas, muitos governos municipais que não dão castrações em massa e muitas pessoas vivendo na pobreza, sem boas casas onde possam conter os animais”, lamenta Marisa. Para ela, os gatos têm uma vida um pouco mais fácil que a dos cães. Isso se deve ao fato de que a população dos felinos está mais controlada no país. “As pessoas já sabem há décadas da necessidade da castração dos gatos,

sejam machos ou fêmeas”, afirma Marisa. A legislação argentina em relação à proteção dos animais é boa, mas precisa de uma renovação e punições mais severas: “A legislação é dos anos 50, então é incompleta e as penas são baixas. Ninguém vai para a cadeia, pois esses crimes dão somente um ano de detenção, então a pena é afiançável”, explica Marisa. Para ela, um dos principais diferenciais da relação do argentinos com os animais é sua grande tolerância com os animais que vivem nas ruas. De acordo com Marisa, 21% da população de Buenos Aires alimenta animais abandonados. E também há cinco estados (Buenos Aires, Tierra del Fuego, Chaco, Mendoza e San Juan) que têm legislação que proíbe que o Estado mate cães e gatos. A população também é ativa na defesa dos animais: “As carrocinhas praticamente não existem desde os anos 90 na grande Buenos Aires. Ainda vemos algumas no interior, mas cada vez é maior a resistência da população a esse dispositivo. Geralmente as pessoas jogam pedras ou tiram fotos e denunciam com campanhas de e-mails ou no Facebook. Os prefeitos que ainda usam carrocinhas são chamados de assassinos e são denunciados com sua foto em centenas de e-mails. Há um vídeo muito interessante que mostra o ativismo dos animalistas contra os CCZ matavam nas cidades. Depois desse ativismo começou uma mudança positiva e o Estado entendeu que seu papel não é matar, e sim castrar. O vídeo poser ser visto em:http://youtu.be/zTHT2d22oDw”, diz Marisa.Como vemos nossos companheiros de América não ficam de braços cruzados no que diz respeito à defesa dos animais. Muitos avanços ainda precisam ser feitos, e os argentinos estão conscientes disso e lutando por uma sociedade mais justa para nossos melhores amigos.Para conhecer mais sobre o trabalho do Centro de Sanidade Animal e Zoonoses de Buenos Aires, acesse vídeos sobre a organização em http://vimeo.com/user2307230.

Blog

Car

diol

ogia

Vet

erin

ária

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No momento em que nossos melhores amigos se vão uma tristeza profunda nos acomete e isso é mais do que normal. Nós, da Conexão Pet, inclusive já falamos

sobre como lidar com o luto após a morte de um animal. No entanto, medidas práticas precisam ser tomadas e você sabe o que fazer? Se quiser dar uma despedida especial ao seu melhor amigo é possível procurar cemitérios ou crematórios especializados em pets. É importante lembrar que esses locais devem seguir as normas impostas pela Vigilância Sanitária. Há crematórios que oferecem a cremação em conjunto (onde as cinzas serão misturadas a de outros animais) ou a individual, na qual você poderá inclusive solicitar uma urna para guardar as cinzas do seu companheiro. Algumas pessoas optam por fazer uma cerimônia

pessoal e enterrar o pet em casa. No entanto, é importante frisar que você deve embalar o corpo do animal hermeticamente para evitar a contaminação do solo e certificar-se que está longe do lençol freático. Animais vítimas de doenças como a raiva, a toxoplasmose, leptospirose e psitacose (em aves) devem ser cremados e jamais enterrados sem cuidados profissionais. Existem empresas que oferecem até mesmo um serviço de velório para os animais. Para algumas pessoas esse rito de passagem conforta e alivia a dor da perda de um ser tão querido. O importante é sempre viver da melhor forma possível a relação com nossos pets e no momento de sua partida, dar o melhor adeus dentro de suas possibilidades.Saiba onde buscar auxílio:

Balneário Camboriú (SC)Caminho dos Animais

http://www.caminhodosanimais.com.br

Belo HorizontePampulha Memorial

www.pampulhamemorial.com.br

Campinas (SP)Parque São Francisco de Assis

http://www.cemiteriodeanimais.com.br

CuritibaCrematorium Pet (crematório)

http://www.crematoriumpet.com.brPet World

(Crematório Também atendem em outras cidades)http://www.petworldcrematorio.com.br

Rio de JaneiroPet´s Garden

http://www.petsgarden.com.br

SalvadorJardim dos Grandes Amigos

http://www.jardimdosgrandesamigos.com

São Leopoldo (RS)Crematório do Vale Liberdade Eternahttp://www.zoobrazbrazcao.com.br

São PauloPet Memorial (crematório)

http://www.petmemorial.com.brReino Animal

http://www.reinoanimalsp.com.br Jardim do Amigo

http://www.jardimdoamigo.com

pet comportamento

Cemitérios e crematórios de animais:

Meu pet morreu. E agora?Em meio à tristeza pela morte de nossos amigos é preciso tomar algumas medidas

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pet saúde

Você sabe o que é síndrome de cushing?Doença pode trazer inúmeras complicações se não for tratada

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A síndrome de cushing, ou hiperadrenocorticismo, é uma doença resultante do excesso de cortisona no organismo. “Existe a síndrome de cushing espontânea, causada pela produção excessiva de cortisol pela glândula adrenal (supra-renal em humanos), e

existe a síndrome de cushing Iatrogênica, causada pelo uso excessivo de cortisona (aplicações injetáveis, via oral e mesmo tópica)”, esclarece o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care. Alguns sinais podem servir de alerta aos tutores. Eles podem vir juntos ou ocorrer separadamente: beber muita água, urinar muito, comer em excesso, ganho de peso, perda da qualidade e quantidade da pelagem, fraqueza muscular, cansaço fácil, infecções de pele e urinação constante, pele fina e respiração mais ofegante são os mais comuns observados. A doença é mais frequenta em animais de meia idade e idosos, mas pode aparecer em qualquer fase da vida. É mais comum em cães, principalmente entre as raças poodle, daschund, boston terrier, beagle, maltês, entre outras. “O diagnóstico é baseado na história clínica (caso tenha havido o uso contínuo de cortisona), no exame clínico, no qual observamos alterações na rotina do animal, na realização de alguns exames auxiliares como mensuração de pressão arterial (hipertensão), ultrassom de abdome (alteração do tamanho e aspecto do fígado e visualização do aumento da glândula

adrenal), exames de hemograma (leucograma de estresse), urinálise (densidade baixa) e bioquímica sanguínea (aumento de colesterol e enzimas hepáticas), entre outros. O diagnóstico conclusivo é feito dosando o nível de cortisol no sangue (duas amostras, sendo uma basal e outra pós-estimulação ou supressão da glândula)”, enumera Quinzani. Não há cura para a doença, mas nem tudo está perdido, pois há tratamento. Deve-se ministrar medicamentos por via oral continuadamente. “O tratamento deve ser monitorado periodicamente para ajuste da dose e mesmo para a possibilidade de descontinuar o tratamento. Nem todos animais respondem bem às drogas usadas”, alerta Quinzani. Há algumas complicações associadas à síndrome de cushing, e elas dependem do fator causador da doença: “Se a causa for neoplásica (tumores), podemos encontrar desde metástases até alterações neurológicas. Outras complicações seriam diabetes, hipertensão, hepatopatias, insuficiência renal, tromboembolismo pulmonar, infecções oportunistas etc”, diz Quinzani. Portanto, como sempre, vai o alerta: notando qualquer um dos sinais descritos acima, procure o médico veterinário de sua confiança. Quanto antes a doença for diagnosticada, maiores são as chances de sucesso no tratamento. Garanta a qualidade de vida do seu pet!

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Em breve você conhecerá mais uma estrela!Aqui você tem a chance de fazer seu bichinho se tornar um astro

É com muita alegria que chegamos à reta final do concurso “Meu Pet é Estrela”! No ano passado, recebemos muitas inscrições de todo o Brasil, e pudemos ver muitos tutores apaixonados por seus animais. A votação não foi fácil, mas contamos com um time de jurados qualificados para decidir quem deveria ir à final. A simpática SRD Baleia levou a capa da edição de dezembro, e um kit recheado de produtos Pet Life! Para essa edição, além da capa de dezembro, o primeiro lugar vai ganhar uma linda caminha da grife Dolce Dogg, além de um kit de produtos da Linha Ouro da Pet Life. O segundo e terceiro lugares também ganharão um colchonete e uma coleira e produtos da Pet Life, respectivamente, além de também terem seu espaço garantido na revista.

Nossos jurados:

Para ajudar na difícil tarefa de escolher entre tantos bichinhos fofos, contamos com um time de peso de jurados!

Carol Camanho

A carioca é apaixonada por pets, tanto que chegou a cursar veterinária. É formada em design e fotografa pets há três anos. “Uni as duas faculdades pra fazer o que mais amo: trabalhar com os animais de uma forma artística e com um olhar diferenciado", afirma Carol. Para conhecer mais o seu trabalho, visite http://www.carolcamanho.com.

Fabiana Fernandez

Fabiana Fernandez é especialista em fotografar pets e proprietária da Photopets (www.photopets.com.br), empresa que nasceu fotografando somente animais de estimação e hoje vem crescendo significativamente no mercado pet, tendo seu nome reconhecido em quase todos os pet shops do Brasil.

Lionel Falcon:

O argentino Lionel Falcon (www.lionelfalcon.com) é fotógrafo profissional desde a década de 60 e começou a sua carreira fotografando celebridades na Argentina, Brasil e EUA, mas por motivos pessoais, o fotógrafo se especializou em fotografias de pet e com isso adquiriu muita experiência e know-how. Em poucos cliques (e tempo) ele consegue arrancar caras e bocas de seus modelos.

Raphael Macek

O paulista é apaixonado por cavalos e viaja por todo o mundo clicando-os. Ele estudou em Nova York no New York Institute of Photography, em 2007. Fez estágio com renomados profissionais e viajou por países como Bélgica, Espanha, Alemanha e EUA. Seu trabalho já ganhou vários prêmios e ele foi convidado a participar da Bienal Internacional de Arte de Roma, em dezembro de 2011 e teve uma de suas fotos convidada a fazer parte do acervo da Bienal Internacional de Arte de Firenze a partir de janeiro de 2012. Para conhecer mais, visite http://www.raphaelmacek.com.

Realização Apoio

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Nossa constelação está completaConfira os últimos finalistas do Meu Pet é Estrela 2011

Reta final e o coração começa a bater mais forte! Em novembro é você quem decide qual pet deve levar um kit da Pet Life e Dolce & Dogg, além da nossa capa de dezembro. Gostaríamos de agradecer muitíssimo aos nossos queridos jurados Carol Camanho, Fabiana Fernandez, Lionel Falcon e Raphael Macek que com todo o carinho e profissionalismo tiveram a penosa missão de votar e escolher os finalistas entre tantas fofuras. Também gostaríamos de agradecer aos preciosos parceiros Pet Life e Dolce & Dogg, que tornaram nosso concurso possível este ano. A vocês nosso carinho! Agora, conheça mais três fofuras finalistas e resista se for capaz!

1º Lugar: Azeitona – São José dos Pinhais/PR:

Azeitona é um simpático SRD que conquistou nossos jurados. Ele foi resgatado antes mesmo de nascer! A tutora, Nailane Koloski, resgatou a mãe de Azeitona das ruas porque ela estava sendo agredida, e nem tinha ideia de que estava grávida! “Nasceram oito filhotinhos, minha pretensão era doar todos os cachorrinhos, mas um deles, o Azeitona, era considerado mais feinho e nenhum adotante o escolheu, então ele foi ficando, e eu fui me apegando a ele, e resolvi adotá-lo. Ele é um cachorro muito querido, ao mesmo tempo é bagunceiro e apronta bastante, mas nunca leva bronca porque faz uma carinha de coitadinho e sempre consegue carinho”, conta a amorosa tutora. Parabéns!

2º lugar: Jack – Curitiba/ PR:

A carinha fofa do filhote dormindo derreteu muitos corações! Jack tem quatro meses e foi adotado: “Ele adora brincar e morde tudo que vê pela frente, mas é muito carinhoso e adora ficar na companhia das pessoas. Ele morava na rua com sua mãe e mais 9 irmãozinhos. Uma madrinha levou-os para casa e eu o adotei, e posso dizer: foi a melhor coisa que fiz!”, afirma Bianca Cavichiollo, a orgulhosa tutora. Parabéns!

3º lugar: Alfredo – Santana de Parnaíba/ SP:

Alfredo caiu de paraquedas em uma casa de idosos e está dando muita alegria em seu novo lar. Ele tem uma irmãzinha canina especial, a Laurinha, e tenta ensinar vários truques para ela! “Ele chegou com erlichiose, passou uns maus bocados, mas se tornou o reizinho da casa. Esse garotão é muito amado, aprendeu a se dedicar aos idosos com cuidado e paciência apesar de seu ritmo alucinado. Claro, é apaixonado por bolinhas e quando exausto vai direto pra água... está tentando ensinar isso pra sua irmãzinha especial. Respeita sua família meio esquisita – humanos, gatos e galinhas – e claro a Laurinha (irmãzinha). Sabe bem conquistar: faz caras e bocas quando quer alguma coisa, e quem resiste?”, conta Barbara Marruecos, a apaixonada tutora.

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Mesmo com tantos avanços e conquistas para a causa animal, ainda vivemos em uma

sociedade que permite o sacrifício de animais em rituais religiosos. Essa barbaridade é endossada por alguns que defendem a “liberdade religiosa”. Liberdade de praticar uma determinada religião não significa salvo conduto para cometer atrocidades em nome da fé. E é bom lembramos que os animais são protegidos de maus tratos constitucionalmente. Há alguns séculos, em nome da tal “liberdade de culto”, os maias sacrificavam seres humanos e a Igreja Católica, para manter sua hegemonia, queimava mulheres suspeitas de bruxaria em fogueiras. Sobre esses fatos devemos refletir: os animais merecem tanto respeito quanto qualquer outro ser vivo. E é por eles que

devemos lutar para impedir tais atrocidades.O Halloween, uma celebração tradicional da cultura norte-americana, foi incorporada por alguns brasileiros e infelizmente trouxe

riscos aos gatos, em especial, aos pretos. Eles são cruelmente torturados em rituais de magia

negra e mortos. Por esse motivo, é essencial redobrar os

cuidados na hora de doar esses gatos nesse período. Algumas instituições inclusive suspendem as adoções

por precaução. Isso também ocorre no mês de agosto e em sextas-feiras 13.

É muito triste que em pleno século XXI, e com tantas oportunidades de compartilhamento de conhecimento,

ainda tenhamos que fazer esse tipo de alerta, mas já que o perigo existe, fica o aviso. Protejam os animais que são vítimas de tanta ignorância!

pet alertaHalloween: perigo para os gatos

Nesta época do ano é preciso ficar de olho nas adoções, especialmente dos bichanos pretos

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Pit bulls: no olho do furacãoCães da poderosa raça são retratados como vilões. Será que é assim mesmo?

capa

15Yonah Ward Grossman

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Frequentemente nos deparamos com reportagens na grande mídia sobre ataques de cães da raça pit bull. Na maior parte dos casos, os animais são inteiramente responsabilizados pelos casos e os tutores saem ilesos dos episódios.

Muitos defendem até mesmo o extermínio da raça. Recentemente, o programa vespertino “A Tarde é Sua”, exibido pela Rede TV tomou essa posição. A apresentadora Sônia Abrão proclamou que os pit bulls deveriam ser eliminados. Um dos convidados da atração, o advogado Angelo Carboni disse que se tratam de “cães criminosos”. Mas será que existe mesmo um “cão bandido?”. Será que nós, humanos, não temos nenhum papel no temperamento que o animal irá apresentar em sua vida social? “Estou cansado de ver pit bulls supertranquilos e tolerantes, e cães de porte menor muito estressados e agressivos. O que determina a agressividade é o conjunto da carga genética que o cão traz mais a experiência de vida de

cada indivíduo. Por isso a importância dos tutores entenderem que todo cão, de qualquer raça, precisa ser estimulado da maneira correta desde filhote”, afirma Gustavo Campelo,

comportamentalista e colunista da Conexão Pet.

Casos que não aparecem nos jornais Há um lado desses animais que não interessa à grande mídia: o do verdadeiro pit bull. Você sabia que cães dessa raça são excelentes terapeutas? A Associação Pit Bull Oeste (http://www.pitbulloeste.org), localizada na cidade Torres Vedras, em Portugal, foi criada para desmistificar a ideia de que pit bulls são perigosos. Eles treinam esses cachorros para realizarem terapias com crianças deficientes e também reabilitam animais que anteriormente eram utilizados em lutas. A entidade tem tido tanto sucesso, que em Portugal boa parte da imprensa já começa a enxergar esses animais com outros olhos. Eles foram até mesmo chamados de “Pits Doutores da Alegria de Portugal”. Com a reabilitação de cães considerados “irrecuperáveis”, a ONG mostra que todos os animais quando amados e tratados adequadamente são excelentes companheiros. Em San Diego, nos EUA, outro pit bull dá um exemplo de amor e superação. Ainda filhote, Cody foi diagnosticado

com uma deformidade conhecida como “garra de lagosta”. Ele foi abandonado e resgatado pelo abrigo Pit Bulls Even Chance (http://evenchance.org), que custeou uma cirurgia corretiva.

Cody hoje vive feliz com a tutora Barbara Sulier e foi o primeiro pit bull certificado como cão terapeuta, nos EUA. “Esses cães são doces, fieis e tão leais que farão qualquer coisa que você pedir. As pessoas precisam ver

como são cães extremamente amorosos”, revelou Barbara, em entrevista ao site People Pets. Outra estrela pit bull que prova que esses animais são, sim, cheios de amor é Sharky. Ele é uma estrela do Youtube e aparece em diversos vídeos acompanhado de pintinhos, de um gato e até mesmo limpando um coelhinho. Para conferir os divertidos vídeos, basta acessar - http://www.youtube.com/user/texasgirly1979. Um dos pontos mais controversos quando se fala em pit bulls é sua convivência com crianças. O que mais ouvimos são relatos de ataques desses animais a crianças. O que muita gente não sabe é que durante décadas, a raça foi conhecida como “The Nanny Dog” (ou “Babá Cachorro”). A raça era tida como a mais confiável, tanto com crianças como com adultos. A prova de que esses cães eram adorados por famílias e tidos como verdadeiros companheiros para as crianças, estão nos registros fotográficos que foram publicados pelo comediante e defensor de pit bulls Yonah Ward Grossman. Aqui no Brasil também não faltam exemplos de pits amorosos. Na Zona Leste de São Paulo dois cães da raça fazem sucesso como “recepcionistas” de um salão de beleza. Os donos do estabelecimento, Eduardo Yamada e Norma Menezes convivem com Billy e Bill desde que eram filhotes. Os cães vão ao salão sempre e já viraram o xodó dos fregueses: “Acho que todo bicho que é criado amarrado acaba ficando bravo. Um vira-lata acorrentado será agressivo”, afirma Eduardo. Em Mato Grosso do Sul, o empresário e adestrador Mauro César Barbosa estimula seu filho

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de quatro anos a interagir com pit bulls. O menino Vinicius brinca com os cães e não sente nenhum temor: "Eu não tenho medo de cachorro, eles nem machucam", diz a criança. Para o pai, o problema está na criação do animal: "Acho que falta responsabilidade das pessoas que pegam pit bulls ou outros cães de guarda para criar. Tem gente que dá comida com pimenta, ou coloca um pneu para o cachorro atacar. Tudo vai da criação. Esses animais, se bem tratados, são ótimos companheiros", afirma Mauro. Gustavo Campelo endossa a opinião do empresário: “Esse tipo de cão geralmente é escolhido por alguém que quer ter um cão de guarda. Algumas dessas pessoas, sem informação, acham que um bom cão de guarda deve morder qualquer pessoa ou qualquer cão que se aproximar de sua residência. E para que isso aconteça acreditam que é necessário deixar o cão preso durante o dia e soltar somente durante a noite. Além disso, estimulam todos os sinais agressivos que o cão apresenta. Não conhecem ou não concordam que a socialização do filhote é necessária. Junta-se a tudo isso o fato de que esses cães não gastam toda a energia física que acumulam durante o dia. O resultado disso são cães estressados que não toleram a presença de ninguém”.

Excelentes cães, como todos os demais

Se você está disposto a ter um pit bull, é indispensável saber que como todos os cães grandes, eles precisam de bastante atividade física. Também é preciso seguir a legislação vigente em vários municípios, que determina que animais de raças consideradas “perigosas” devem ser conduzidos com focinheira e enforcador. Também é importante ressaltar que a agressividade está presente em todos os cachorros, e é necessário saber trabalhar essa característica: “A agressividade é um comportamento natural e necessário para a sobrevivência dos indivíduos. Ela começa a se tornar um problema somente quando é apresentada em situações exageradas e sem controle. Portanto a grande questão é: que estímulo faz você exteriorizar essa agressividade? Alguns cães tem o "pavio curto", outros são bem tolerantes. Uma boa genética, uma socialização bem feita desde filhote, manutenção da disciplina hierárquica e atividades físicas e mentais diárias são determinantes para a prevenção da agressividade descontrolada”, ensina Gustavo Campelo. Cães, assim como humanos, são indivíduos e apresentam características únicas. É injusto fazer uma generalização baseada na raça do animal. Ao conviver com o seu pet, você conhecerá sua personalidade e

aprenderá o que o deixa feliz, triste, zangado... é assim em qualquer relação entre seres vivos. Aqui no Brasil, o casal Fernanda Meccia e Paulo Melo mantêm o Santuário Pit Bull (www.santuariopitbull.com.br), que recolhe e trata pit bulls vítimas de maus tratos. Assim como ocorre no projeto português Pit Bulls do Oeste, Fernanda e Paulo treinam os animais para serem cães terapeutas em clínicas infantis. O casal analisa caso a caso a personalidade dos cães e dos possíveis donos para garantir uma adoção bem sucedida. O santuário é mantido através de doações, serviço de hospedagem para pit bulls e venda de camisetas. Também é possível apadrinhar um dos cães do projeto, contribuindo com qualquer valor. Quem quiser colaborar, pode visitar a página do projeto, divulgada acima, ou entrando em contato nos telefones (11) 4664-1485/(11) 6372-8759/(11) 6772-9124. Esperamos ter contribuído para o fim da discriminação contra os pit bulls. Eles também são excelentes companheiros. Qualquer animal que receba amor, carinho e os cuidados necessários será um amigão! “O pit bull é uma excelente raça. Se possível, contrate um profissional para ajudar a escolher o filhote. Esse mesmo profissional deve o quanto antes orientar o trabalho de prevenção de problemas comportamentais e o treino de obediência. Socialize muito o cão. Ele deve ser acostumado com barulhos novos, cheiros, locais, pessoas, outros animais. Feito isso passo a passo é seguro que terão um companheiro muito agradável”, afirma Gustavo Campelo. Lembramos também que animais já adultos podem ser uma excelente opção, e há inúmeros profissionais provando que não há cães irrecuperáveis. Há cães que não são amados, essa é a verdade.

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A Praça da República, mais conhecida como Campo de Santana, fica no Centro do Rio de Janeiro e abriga diversos gatinhos abandonados. Alguns protetores independentes atuam no local,

alimentando e castrando os animais, mas mesmo assim eles são vítimas de maus tratos e até mesmo assassinatos. No Facebook, há um perfil de protetoras que agem no local (Gatos Campo de Santana) e diversas vezes denunciam crimes contra os animais indefesos. Tanta crueldade motivou manifestações de cidadãos indignados. Em fevereiro, houve um protesto no próprio Campo de Santana e, em setembro, protetores foram até a Prefeitura do Rio de Janeiro exigir providências.

Infelizmente, apesar de todas as promessas da SEPDA (Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais), o que vemos é descaso. Parece que as autoridades pouco se importam com o destino dos animais que habitam o Campo de Santana. Os gatos são abandonados no local, e os grupos de protetores ajudam como podem: oferecendo alimentação e castração. A veterinária Andrea Lambert é uma das mais ativas e doa seu trabalho aos animais. “Apesar de o Campo de Santana ter centenas de gatos, é ilusão achar que eles ficam sempre bem e não sofrem. No dia a dia de quem acompanha a vida destes animais, se observa que o abandono é intenso, cruel e irresponsável. São abandonados gatos adultos, gatas prenhas

prestes a parir, gatas com filhotes recém-nascidos e gatos adultos doentes”, afirma Andrea. A veterinária salienta, ainda, que nos dias de chuva o sofrimento dos animais é ainda maior. Por não haver um abrigo adequado, os gatos acabam encharcados e muitos ficam doentes. Para ajudar a amenizar a triste realidade dos gatos que vivem no Campo de Santana, doe ração, medicamentos, ajude nos custos de castração. O contato pode ser feito com:Andrea Lambert - (21) 9632-8115/ [email protected] ouAna Luísa – (21)7254-2217/ [email protected]

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Felinos são assassinados e maltratados apesar de constante ação de protetores

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Jornalismo por um mundo em equilíbrioAndré Trigueiro faz da profissão um chamado para a conscientização sobre nosso papel no planeta

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André Trigueiro é um dos principais nomes do jornalismo brasileiro. No comando do Jornal das Dez e editor-chefe do programa Cidades e Soluções, ambos da Globo News, o carioca

é um jornalista que usa sua profissão para conscientizar sua audiência a respeito do meio-ambiente e de temas delicados como a indústria da carne.

André é também criador do curso Jornalismo Ambiental da PUC/RJ, onde também leciona, é pós-graduado em Gestão Ambiental pela COPPE/UFRJ onde hoje leciona a disciplina “Geopolítica Ambiental”, autor do livro “Espiritismo e Ecologia”, coordenador editorial e um dos autores do livro "Meio Ambiente no século XXI".

Além de todas essas atividades, o jornalista é ainda comentarista da rádio CBN e colaborador voluntário da Rádio Rio de Janeiro. André achou uma brecha em sua apertada agenda e bateu um papo conosco sobre o que o jornalismo pode fazer para melhorar o nosso planeta e a vida dos animais.

Conexão Pet - De que forma surgiu o seu interesse por cobrir jornalisticamente questões ligadas ao meio-ambiente?André Trigueiro – Basicamente na cobertura da Rio 92, há 20 anos, pela Rádio Jornal do Brasil. Eu cobria o Fórum Global, que foi o encontro das ONGs no Aterro do Flamengo, e percebi que esse assunto era urgente e não era restrito a governantes, cientistas, biólogos ou ecologistas. A sociedade civil organizada tinha um papel fundamental de resposta a

essa crise, não apenas no campo das denúncias, mas nas proposições em favor de um mundo onde o modelo de desenvolvimento fosse mais sensível aos limites da Terra. Esse foi o início. Eu comecei desde então a buscar formação fora do jornalismo, contatos, bibliografia, a fazer experiências dentro da minha profissão, a me envolver com projetos novos, sugerir pautas... é um processo difícil de descrever porque ele foi intenso e continua intenso, teve origem numa época em que esse assunto não estava, como ocorre hoje, tão amplamente disseminado e popularizado. Havia ainda muito preconceito nas redações: confundia-se muito a questão ambiental com conservacionismo, preservação e proteção dos recursos naturais, quando o debate vai muito além. Quando a gente fala de meio ambiente está falando basicamente de modelo de desenvolvimento, projeto de civilização, sobrevivência da espécie humana de forma ética e equilibrada. Uso inteligente dos recursos. Isso, portanto, é um processo que tem 20 anos.

CP - Em sua opinião, de que forma os animais são vistos pela grande mídia no Brasil?AT – Quando o assunto é tráfico de animais silvestres, existe sempre alguma reportagem mostrando o absurdo que é a subtração de espécies, que são retiradas de seu habitat para serem comercializadas no Brasil ou exportadas. Agora, nós somos ainda muito condescendentes com a prática de rodeios, o que é um absurdo completo. Nós ainda, quando falamos de produção de proteína animal, temos uma leitura muito banalizada dos animais que nos servem de alimentos: eles são coisas. É muito conveniente não chamar de animal nem de bicho, mas de proteína animal: não tem personalidade. E há uma glamourização da publicidade em relação aos bichinhos que aparecem como estrelas de propagandas de presunto, de peru, de requeijão, de hambúrguer, enfim... portanto, nós não cobrimos o estoque de dor, de sofrimento, de crueldade que são impostos aos animais criados para abate. Esse é um assunto invisível, que não está sendo devidamente coberto. Se isso tivesse visibilidade, nós poderíamos ter no Brasil os processos, por exemplo, de abate humanitário, que são reconhecidos pelo Ministério da Agricultura com recursos da Sociedade Mundial de Proteção aos Animais (WSPA). Esse tema não existe, ele é invisível porque a gente não quer falar sobre isso. A gente normatizou aquilo que não deveria ser entendido como algo tolerável. De uma forma geral, acho que a mídia tem nuances: a gente, sim, denuncia abertamente o absurdo do tráfico de animais silvestres, ao mesmo tempo em que a gente considera normal a Festa do Peão Boiadeiro de Barretos: a gente acha que é uma festa que não tem seus problemas éticos em relação a maus

tratos. E a gente também não reconhece como pauta um tema que para mim é capital que é: como poderíamos hoje produzir proteína animal (entre aspas, que é a nomenclatura que se usa), mas com todos os protocolos de segurança, de bem-estar animal, de conforto no processo de criação, de transporte e abate sendo respeitados.

CP - Em um dos programas “Cidades e Soluções” foi debatido o tema do “abate humanitário”, um tanto quanto polêmico, já que alguns são contra o chamado “bem-estarismo” animal, defendem a total abolição do consumo animal pelos humanos. Para você, onde está o ponto de equilíbrio dessa questão?AT – Primeiro ponto: eu acho que nós temos o direito de escolher o que queremos comer. Acho extremamente arrogante que outra pessoa determine qual será o meu cardápio. Segundo ponto: tão importante quanto a liberdade de escolha é a liberdade de informação, ou seja, a informação deve ser acessível a todos. A informação sobre os bastidores da indústria da carne faz parte disso. A gente precisa dar visibilidade e transparência aos processos que envolvem criação, transporte e abate de animais, que são fonte de alimentação. Acho uma utopia que qualquer pessoa queira, de uma hora para outra, determinar que não haja mais carne para se comer no mundo. É algo impossível. A indústria da carne existe, os hábitos alimentares estão fortemente arraigados, então quem é vegetariano ou vegano, ou segue qualquer linha radicalmente contrária à ingestão de animais, que faça campanhas, organize seminários, congressos, palestras, escreva livros, paute jornalistas para falar sobre esse assunto nas mídias. Agora, não pode, ditatorialmente, impor às pessoas hábitos novos de alimentação. Isso me soa extremamente antipático. Não tenho simpatia por essa ideia. Acho que as pessoas tem que ser soberanas em relação ás escolhas que elas realizam no dia a dia para comer. Elas precisam ter informação para realizar essas escolhas. Sou muito simpático à tese do vegetarianismo e do veganismo. Apenas, confesso a você, não sei se todas as pessoas estão preparadas para isso. Com tudo que eu já busquei de informações a esse respeito, acho que existem pessoas que conseguem abandonar o hábito de comer carne com muita facilidade. E outras que não conseguem fazer isso, embora queiram. Eu sou um exemplo: já tentei parar de comer carne duas vezes. Sou muito feliz por ter reduzido drasticamente esse consumo, mas estaria faltando com a verdade se eu dissesse que não como carne. Invejo pessoas como o Ministro Ayres Brito – se não me engano foi ele, que eu vi certa vez em uma entrevista – que declarou ter acordado um belo dia e disse para ele mesmo: “Não quero me alimentar da dor e do sofrimento dos animais”.

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Divulgação TV Globo / Estevam Avellar

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E nunca mais comeu carne. Estou louco para acordar um dia assim e dizer isso para mim e ter essa determinação de não fazer nunca mais uso de qualquer pedaço de carne como alimento. Existem pessoas que param e tocam a vida muito bem. Outras, como eu, reduzem drasticamente, no limite do possível. Outras não conseguem. Então, o ser humano não é igual um ao outro: nem mentalmente, nem emocionalmente, nem metabolicamente. O que eu quero crer em relação à carne é que isso também vale para hábitos alimentares: nem sempre querer é poder. Com todo o respeito, mas são várias as pessoas que eu conheço que revelam condições mais ou menos facilitadas de mudança de cardápio. É um assunto difícil, complexo, mas eu acho extremamente arrogante que qualquer pessoa determine o que o outro deve fazer rem relação ao alimento. Isso vale também para quando você é pai ou responsável por crianças: você tem sob sua tutela ou custódia, um menor de idade. A lei lhe faculta inclusive o dever de orientar e educar a criança em relação a hábitos alimentares. Essa é uma questão legal. A lei confere a você esse direito. Mas não tenha dúvida: essa criança quando crescer, não importa o que o pai vai falar, ela tem o direito de comer o que ela quiser e ela vai fazer isso.

CP - Recentemente, vimos uma grande manifestação no Twitter contrária aos rodeios (você, inclusive, também mostrou-se contrário à atividade). De que forma as redes sociais podem contribuir para um despertar de consciência na sociedade?AT – Fazendo o que estão fazendo. As redes sociais não são tuteladas, são absolutamente espontâneas. Essas organizações ocorrem ao sabor das circunstâncias, e por isso têm legitimidade. Acho que não tem muito recado de como deve ser , nem cartilha de como organizar isso ou aquilo. As redes sociais conseguem ter um protagonismo. O ciberativismo, a forma como certas ideias ganham força, mobilizam diferentes setores da sociedade através dessas redes é justamente pela forma muito espontânea com que esses movimentos surgem e ganham força. Não vou ser eu aqui, conversando com você, que vou dizer como essa dinâmica se resolve (risos). A maioria dos teóricos da comunicação não conseguiu explicar sequer até hoje como a internet surgiu, que dirá como as redes sociais se comportam. Isso é sempre surpreendente e mostra o vigor de um movimento que não tem controle, não é tutelado, não está sujeito a qualquer ordem legal, a qualquer ordem institucional. É uma expressão absolutamente livre, sem amarras, sem rédeas da dinâmica da sociedade. A sociedade é isso: somos um mosaico com diferentes correntes de pensamentos, que descobrimos nas redes uma forma de construir um debate, formar massa crítica, e isso eventualmente resulta em campanhas, mobilizações e movimentos. O máximo que eu consigo falar de redes sociais é isso.

Além disso, começamos a cair num achismo. As redes já existem e elas demarcam mudanças importantes na forma como você influencia o setor público, o privado, o terceiro setor, universidades, escolas, igrejas, sindicatos, enfim é um fenômeno de comunicação do Terceiro Milênio.

CP - De que forma a espiritualidade influencia o seu olhar sobre o meio-ambiente e os animais?AT – De várias formas. Admiro muito o legado de Francisco de Assis. Por várias razões: primeiro, foi uma pessoa iluminada, que na Idade Média esteve entre nós com a missão de constranger a opulência de uma igreja que se confundia com o Estado, em trajes muito simples. Eu estive em Assis e vi relíquias de Francisco: eram sacas de grãos que ele colocava sobre o corpo, com uma corda na cintura. Com o voto de pobreza ele trouxe essa mensagem, de um cristianismo isento de poder e de um mandato que se confundia com a forma como os políticos da época manipulavam a fé em favor de seus próprios interesses. Não obstante esse resgate do verdadeiro cristianismo ele resgatou o sagrado presente na natureza: ele conversava com outros seres da

criação. O cântico das criaturas é uma expressão dessa teologia aplicada à natureza. Isso é muito rico e inspirador para mim. Eu tenho pela figura de Francisco essa admiração pela humildade e pela capacidade de redescobrir Deus em todos os elementos da natureza, especialmente nos seres viventes. Isso para mim tem muito significado e muita beleza. Ao mesmo tempo, na condição de espírita, reconheço na natureza a presença de forças que ajudam a emprestar vigor, energia e vitalidade ao nosso planeta. Entendo que nós precisamos descobrir os meios de nos relacionarmos com o planeta que nos acolhe de uma maneira que não implique na destruição da casa. Simples assim. Organismos multilaterais

como o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), organizações internacionais do porte da World Watch Institute, cartas que na verdade são abaixo-assinados, trazem a assinatura de diferentes premiados, laureados com o Nobel... todas essas fontes produziram relatórios ou estão denunciando a mesma coisa: ou corrigimos o rumo ou sucumbiremos. Uma hora pode dar o apagão, o colapso, a ruptura da Terra na capacidade de suprir a humanidade naquilo que ela tem demandado. A gente precisa se dar conta de que não é o planeta que está em risco, somos nós. O planeta seguirá em frente, de uma forma ou de outra, nós não temos essa condição.

CP - Como você descreveria sua relação com os animais?AT – Primeiro, eu faço questão de não ter nenhum animal em apartamento. Eu já tive, em outros momentos da minha vida, já adotei

duas cadelinhas idosas da Suipa (ONG carioca). Foi muito doloroso porque a gente pegou os últimos anos de vida, dando todo o carinho tudo o que foi possível, tudo o que estivesse ao nosso alcance, mas eram criaturas que já estavam muito debilitadas, adoecidas, precisavam de remédios. Uma delas, inclusive, ficou cega, abalada por uma doença causada por percevejos, o que acabou danificando a capacidade de enxergar. Eu passei a ser os olhos da minha cadela, uma coisa muito triste e ao mesmo tempo muito bonita em relação a essa cumplicidade. Animal doméstico em apartamento tem que pensar muito: as pessoas têm que ter muita clareza de que isso implica num compromisso, responsabilidade e doação. Eu procuro, enquanto jornalista, na medida do possível denunciar o que me parece um abuso, um arbítrio, uma indignidade na forma como se usam os animais na indústria da moda, na indústria da vaidade. A gente está falando da indústria das peles, das experiências em laboratórios, do uso de animais em rinhas de galos e cachorros, em vaquejadas, em rodeios, em touradas, em farra do boi... tudo isso me causa um profundo desgosto, eu diria uma tristeza em relação às escolhas que certas pessoas fazem em pleno século XXI para se divertir. É difícil para mim, entender, como num mundo com tantas opções de lazer, gratuitas, ao nosso alcance, com qualquer celular barato que qualquer brasileiro pode adquirir oferece a opção de games. Você tem diferentes formas de se divertir: na rua, na praça, na praia, no jogo de futebol, onde você quiser... por que a gente precisa se divertir testemunhando sofrimento e bicho? Para mim isso não é diversão. Portanto, enquanto jornalista, continuarei na medida do possível tentando fazer minha parte, denunciando o absurdo que é a gente entender como normal o que deveria ser objeto de questionamento legal. Se existe uma lei de proteção dos animais, tudo isso que eu relatei não deveria estar acontecendo. Tenho o privilégio de morar no Rio de Janeiro, que é uma cidade que tem muito bicho solto. Aqui tem morcego, passarinho, gambá, tucano, macaco... essa combinação de mar com floresta é realmente uma bênção, um privilégio.

“Enquanto jornalista continuarei, na medida do

possível, tentando fazer minha parte, denunciando o absurdo que é a gente entender como normal o que deveria ser objeto de

questionamento legal”.

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As últimas notícias veiculadas nos principais meios de comunicação levantaram um problema, ou melhor, suscitaram a

discussão ora muito elementar que é: “Onde e em que mãos deixamos nossos animais de estimação?” O fato de um animal ser vítima de maus tratos ou agressão comove e revolta a todos. Nós temos o direito à indignação, mas não de prejulgar ou difamar, podendo cometer injustiças ou mesmo fadando à ruína uma empresa pelo

ato impensado e desequilibrado de um empregado muitas vezes sem nível socioeconômico e cultural para discernir entre o certo e o errado. Com isto não estamos defendendo nem acusando, apenas deliberando sobre o que envolve a prestação de serviços na área da medicina veterinária e estética para cães e gatos. Para apurar, julgar e, se necessário for, existe a justiça e todo o aparato para garantir a todos o direito da ampla defesa e ao contraditório. Isto posto, devemos fazer uma profunda reflexão sobre nossos atos e se realmente checamos tudo antes de deixar nossos cães e gatos em estabelecimentos que prestam serviço para o ramo pet. No quesito hotel para cães, gatos e aves. Algo que aparentemente

é simples e fácil como “achar” alguém que cuide de nossos bichos quando precisamos viajar, dedetizar uma casa ou para o cão ficar na creche durante o dia enquanto seus pais trabalham. Mas começamos as perguntas pelo básico: este hotel exige vacinação completa? Exigem vermífugo e antipulga? Este estabelecimento tem registro no CRMV ou na Prefeitura ou é clandestino? Fazem uso de técnicas de higienização, profilaxia de doenças? O local é seguro? Os cães ficam soltos, misturados? Tem alguém supervisionando os animais? Nos pet shops onde são realizados serviços de estética canina e felina há muitos pontos que devem ser vistos: normalmente não há uma área limpa e outra suja, ou seja, os cães limpos ficam nas mesmas gaiolas que estavam os que ainda não tomaram banho. A falta de higiene também é imperante, não sabemos afirmar quantos pets trabalham com toalhas individuais, onde elas são lavadas. Da mesma forma que não se tem o controle sobre animais com doenças de peles contagiosas como os eczemas bacterianos, as infecções fúngicas (dermatofitoses) e a escabiose (sarna sarcoptica). Além das pinças utilizadas para a higienização dos ouvidos que podem levar patógenos de um ouvido doente para o outro ou mesmo infectar outros animais. Estas são perguntas básicas que devem ser feitas porque na ocorrência de uma fatalidade quem de fato se responsabilizará? Às vezes a suposta empresa nem sequer existe legalmente falando.

Caso haja necessidade de acionar juridicamente não identificamos os responsáveis. Na esfera de serviços médico-veterinários estas perguntas devem ser feitas da mesma forma. A clínica ou consultório tem infraestrutura para atender uma eventual emergência? Os médicos veterinários têm equipamentos para realizar os procedimentos propostos? O local é autorizado a realizar os procedimentos propostos? O local onde serão feitos os procedimentos é realmente legalizado e adequadamente preparado? Hoje são poucas áreas de especialização certificadas pelo CFMV, embora haja uma proliferação de cursos de especialização e aperfeiçoamento na medicina veterinária. E nos estabelecimentos que prestam serviços em estética ou medicina veterinária não têm certificadoras. Dentro de todos estes argumentos, recomendamos prudência e atenção, pois alguns problemas sérios podem ser evitados.

* Carlos Leandro Henemann é Médico Veterinário (CRMV-Pr 4244) pela UFPR, pós-graduado em Clínica Médica e Cirúrgica pela UTP, e em medicina felina pela Qualittas, com Aperfeiçoamento em anestesia inalatória pela Unig e em Ortopedia Veterinária pela Anclivepa-PR. Atua na clínica Alles Blau, em Curitiba (www.allesvet.com.br).

Nossos pets estão seguros?!*Por Carlos Leandro Henemann

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O Brasil representa o segundo mercado pet do mundo, só fica atrás dos Estados Unidos. E é para esses consumidores ávidos por novidades que de 18 a 20 de outubro, ocorre o maior

evento do segmento na América Latina: a Pet South América. Para sabermos o que esperar da décima edição da feira, conversamos com Ligia Amorim, diretora-geral da NürnbergMesse Brasil, organizadora da Pet South America.

Conexão Pet - Qual o grande destaque da edição 2011 da Pet SA?Ligia Amorim - O mercado pet é um dos que mais cresce no Brasil e no mundo todo. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos para Animais de Estimação (Anfalpet), foram registrados 98 milhões de animais de estimação em 2010, o que posiciona o país como o quarto maior do mundo em população total de pets e o sexto em faturamento. O valor do mercado pet brasileiro corresponde a R$ 11 bilhões e está atrás apenas da França, Japão, Reino Unido e Estados Unidos. Dentro deste cenário, o Brasil se destaca com o lançamento de produtos de luxo, produtos para a estética, alimentação saudável, e até mesmo a aplicação tecnológica em equipamentos e softwares para medicina veterinária. Um dos grandes destaques na Pet South America é a "Amazon Pet Water", a primeira água rejuvenescedora da Amazônia, com energia vital da floresta extraída de uma fonte virgem, de forma natural e sustentável voltada para a saúde e bem-estar dos animais. O produto é enriquecido de "euterpe oleracias", as antocianinas do açaí. O uso contínuo trará longevidade, disposição e saúde para o seu animal, o que resultará num prolongamento da vida de seu melhor amigo por se tratar de um antioxidante celular que retarda o envelhecimento do animal.

CP- Qual a expectativa de visitantes para esse ano?

LA - Esperamos atingir a marca de 20 mil visitantes.

CP - Qual é o maior desafio para os profissionais do mercado pet brasileiro nos próximos anos?LA - São vários os fatores que compõem o desafio de um bom profissional neste setor. Entre eles, estar sempre atualizado com as novas tecnologias buscando manter a qualidade, preços competitivos e sempre investir em inovações, já que estamos falando de um mercado em grande expansão e altamente competitivo.

CP - O que a feira pode oferecer em termos de qualificação profissional?LA - Palco das maiores tendências e lançamentos do mercado pet e principal feira do setor na América Latina, a 10ª Pet South America traz, de 18 a 20 de outubro, no Expo Center Norte, o Congresso das Especialidades, que une os esforços e conhecimento do CONPAVEPA (Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais) e CONPAVET (Congresso Paulista de Medicina Veterinária). A grande novidade este ano é que os participantes terão acesso a todas as palestras oferecidas pelos dois congressos por meio de uma única inscrição. A partir da parceria entre SPMV (Sociedade Paulista de Médicos Veterinários), e Anclivepa-SP (Associação de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais), o Congresso terá 28 especialidades, desde acupuntura até doenças infecciosas. Serão cerca de 280 palestrantes, dentre eles profissionais e pesquisadores com renome internacional. O Congresso das Especialidades espera atrair dois mil médicos veterinários, dentre estudantes e profissionais.

CP - O evento possui alguma iniciativa de responsabilidade social?LA - Estamos fechando parcerias com ONGs voltadas à proteção animal. Novidades vêm por aí.

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Vem aí mais uma Pet South AmericaEvento reúne os principais nomes do mercado e traz novidades

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[email protected]

(41) 3016-4843