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2ª ediçãoRevista, ampliada e atualizada

2016

Organizador:

Élisson Miessa

O Novo Código de Processo Civil

e seus reflexos no processo do trabalho

Livro 1.indb 3 17/02/2016 23:07:54

Sobre os Autores

Graduada em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC-PR. Especialista em Direi-to Processual do Trabalho pela Universidade Candido Mendes e em Direito Pro-cessual Civil pela Academia Brasileira de Direito Constitucional. Professora de Direito Processual do Trabalho do Complexo de Ensino Renato Saraiva (CERS) e da Pós-graduação da Faculdade Baiana de Direito. Palestrante em diversos Se-minários e Congressos. Autora de várias obras jurídicas. Advogada Trabalhista.

Doutorando e Mestre em Direitos e Garantias Fundamentais pela Faculdade de Direito de Vitória (FDV). Especialista em Direito Constitucional pela Univer-sidade Federal do Espírito Santo (UFES). Procurador do Trabalho na 17ª Região. Professor. Ex-Procurador do Estado do Espírito Santo. Autor do livro Compro-misso de ajustamento de conduta. São Paulo: LTr, 2013. E-mail: [email protected].

Doutor em Direito do Trabalho pela PUC/SP, Mestre em Direito pela FDV/ES, Professor da Faculdade de Direito de Vitória – FDV/ES, Universidade de Vila Velha – UVV/ES, Faculdade Estácio de Vitória/ES, IOB/Marcato Concursos/SP, Estra-tégia Concursos/DF, Aprova Concursos/PR, Educação Avançada/DF e Centro de

jurídicos pela Editora Saraiva, em especial, Direito Sumular TST Esquematizado.

Graduando em Direito pela UFPB, pesquisador do Centro de Pesquisas do Judiciário Trabalhista Paraibano (CPJ TRT 13).

Mestre e Doutor em Direito das Relações Sociais (PUC/SP). Professor Adjun-to do Departamento de Direito (UFES). Professor de Direitos Metaindividuais do Mestrado (FDV). Desembargador Federal do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da 17ª Região/ES. Ex-Procurador Regional do Ministério Público do Trabalho/ES. Diretor da Escola de Magistratura do Trabalho no Estado do Espírito Santo. Membro da Academia Nacional de Direito do Trabalho. Medalha do Mérito Judiciário do Trabalho (Comendador). Ex-coordenador Estadual da Escola Superior do MPU/ES.

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Ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Mestre em Direito pela Univer-sidade Federal da Bahia – UFBA. Membro da Associacion Iberoamericana de De-recho del Trabajo e do Instituto Baiano de Direito do Trabalho. Professor de Di-reito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho da Faculdade Ruy Barbosa. Professor convidado da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. Professor convidado da Pós-Graduação da Faculdade Baiana de Direito e da Fundação Faculdade de Direito da Bahia.

Juiz do Trabalho. Professor dos cursos de graduação e pós-graduação da PUC/MG. Pós-doutor em Direito pela Universidad Nacional de Córdoba/ARG. Doutor em Direito pela UFMG. Mestre em Direito pela PUC/SP.

Procurador do Trabalho da 15ª Região. Ex-Procurador Federal da Procuradoria Federal Especializada do INSS. Graduado e Especialista em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo - Largo de São Francisco. Mestrando em Direito Negocial na Universidade Estadual de Londrina. Professor de Direito Processual do Trabalho no Centro Universitário Toledo de Presidente Prudente - SP.

(PUC/SP). Auditor Fiscal do Ministério do Trabalho e Emprego (AFT/MTE). Es-pecialista em Auditoria Fiscal em Saúde e Segurança no Trabalho, pela Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região. Mes-tre em Direito Privado e Econômico (UFBA). Pós-Graduado em Direito e Processo do Trabalho (Curso Preparatório para Carreira Jurídica JUSPODIVM Salvador/BA). Bacharel em Direito (Faculdade Ruy Barbosa Salvador/BA). Professor de Direito do Trabalho e de Direito Processual do Trabalho do Curso DIPA.

Pós-doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Doutor em Direito pelaProfessor de Direito Processual Civil na Universidade Federal da Bahia (UFBa). Professor de Direito na Universidade Católica do Salvador (UCSal). Membro do IBDP. Membro da Associacion Iberoamericana de Derecho del Trabajo. Membro do Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Júnior. Desembargador do Tra-balho na Bahia (TRT 5ª Região).

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Advogado, Professor, especialista pelo CAD – Centro de Atualização em Di-

Procuradora Regional do Trabalho em Minas Gerais. Doutora em Direito pela Universidade de Roma e PUC-Minas.

Mestre em Direito do Trabalho pela Faculdade de Ciências Humanas e So-

junto ao Departamento de Direito Privado na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UNESP/Franca/SP. Juíza do Trabalho, titular da 2a Vara do Trabalho de Franca/SP, junto ao TRT da 15ª Região.

Procurador do Trabalho. Professor de Direito Processual do Trabalho do cur-so CERS online. Autor e coordenador de obras relacionadas à seara trabalhista, entre elas: “Súmulas e Orientações Jurisprudenciais do TST comentadas e organi-zadas por assunto”, “Recursos Trabalhistas” e “Impactos do Novo CPC nas Súmu-las e Orientações Jurisprudenciais do TST”, publicadas pela editora JusPODIVM.

Juiz do Trabalho Substituto (15ª Região). Mestre em Ciências Jurídico-Processuais pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – Portugal. Professor em cursos de pós-graduação.

Fabrizio De Bortoli é advogado. Especializado em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universidade Laudo de Camargo – Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp). Fundador (20/3/2003) da Cooperativa Nacional de Assessoria, Mediação e Arbitragem – Coopernama.

Doutoranda e Mestre em Direito das Relações Econômicas Internacionais pela PUC-SP. Professora assistente na Pós-Graduação em Direito Internacional da PUC-SP/Cogeae. Advogada em São Paulo.

Master em Direito Constitucional pela Universidade de Sevilha (Espanha). Procurador do Trabalho desde 2005.

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Professor-associado de Direito Processual Civil da Universidade Federal da Bahia. Mestre (UFBA), Doutor (PUC/SP), Pós-doutor (Universidade de Lisboa) e Livre-docente (USP). Advogado e consultor jurídico. www.frediedidier.com.br.

Professora Adjunta de Direito do Trabalho da Universidade de Brasília (UnB).

Professor Associado II do Departamento de Direito do Trabalho e da Seguri-dade Social da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Livre-Docen-te e Doutor pela Universidade de São Paulo. Diretor de Prerrogativas e de As-suntos Jurídicos da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (2013-2015). Juiz Titular da 1ª Vara do Trabalho de Taubaté/SP.

Juiz do Trabalho no TRT da 5ª Região/BA, Membro do Conselho Consultivo da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da Quinta Região (biênios 2005-2007, 2007-2009, 2009-2011 e 2013-2015), Doutorando e Mestre em Di-reito Público pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, Extensão universitária em Economia do Trabalho pelo CESIT/UNICAMP, Professor de Direito e Processo do Trabalho e Direito da Seguridade Social na Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Coordenador Executivo da Escola da Associação dos Magistrados da Jus-tiça do Trabalho da 5ª Região – EMATRA5 (biênio 2012-2014).

Livre-Docente pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Dou-tor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Espe-cialista em Direito pela Universidad de Sevilla. Pós-Doutorado em Direito pela Universidad de Sevilla. Membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, Titular da Cadeira nº 27. Membro Pesquisador do IBDSCJ. Professor Universi-tário em Cursos de Graduação e Pós-Graduação em Direito. Advogado. Foi Juiz do Trabalho das 2ª, 8ª e 24ª Regiões, Ex-Procurador do Trabalho do Ministério Público da União e Ex-Auditor-Fiscal do Trabalho.

Bacharel em Direito e Especialista em Gestão de Serviços Públicos pela Universidade da Amazônia (Unama), Especialista em Economia do Trabalho e Sindicalismo pela Universidade de Campinas (Unicamp) e Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes (UCAM). Assessor Jurídico-Administrativo do TRT da 8ª Região. Professor de Direito. Autor do livro “Súmulas, orientações jurisprudenciais e precedentes normativos do TST” (São Paulo: LTr, 2015).

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Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes - Centro/RJ. Mestre em Direito Público pela UNESA/RJ. Especialista em Direito Empresarial pela Facul-dade Cândido Mendes-Centro/RJ. Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Cândido Mendes – UCAM. Ex-residente Jurídica da área Traba-lhista da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ. Professora de Direito e Processo do Trabalho da Mackenzie Rio e de Cursos Preparatórios para Concur-

Juiz do Trabalho Substituto do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Mestrando em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Pós-graduando em Direito Constitucional. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Ceará. Professor de cursos preparatórios para ingresso na magistratura do trabalho.

Juiz do Trabalho no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Mes-trando em Direito pela Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo. Espe-cialista em Direito e Processo do Trabalho pela Universidade Anhanguera. Ex--Assessor de Desembargador no Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região. Ex-Chefe de Gabinete de Desembargador no Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. Ex-Assistente no Gabinete da Presidência do Tribunal Superior do Trabalho e no Gabinete do Ministro Rider Nogueira de Brito. Ex-Assistente de Juiz nos Tribunais Regionais do Trabalho da 7ª e da 2ª Região. Ex-servidor do

do livro “Apontamentos sobre a Execução Trabalhista”. Coautor-Colaborador da obra Estudos Aprofundados da Magistratura do Trabalho, V. 2. Salvador: JusPodivm, 2014.

Juiz Titular de Vara no Tribunal Regional do Trabalho da 23ª Região. Membro do Comitê Executivo do Fórum de Assuntos Fundiários do Conselho Nacional de Justiça de 2013 a 2014. Coordenador Acadêmico da Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho da Escola Superior da Magistratura Trabalhista de Mato Grosso nos biênios 2011 a 2013 e 2013 a 2015. Mestre em Direito Agroambien-tal pela Universidade Federal de Mato Grosso. Professor das disciplinas Teoria Geral do Processo, Direito Processual do Trabalho e Direito Ambiental do Tra-balho. Tem atuado ultimamente como Professor convidado na Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (ENAMAT) e nas Escolas Judiciais dos TRTs da 5ª, 6ª, 9ª, 18ª e 23ª Regiões. Professor do Instituto JHC (Justiça, Humanismo e Cidadania) de Direito e Processo do Trabalho.

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Mestre em Direito pela PUC Minas. Professor de Direito e Processo do Tra-balho nos cursos de graduação e pós-graduação na PUC Minas. Advogado.

Juiz do Trabalho, titular da 3ª Vara do Trabalho de Jundiaí/SP. Professor li-vre-docente da Faculdade de Direito da USP.

Juiz Titular da 6ª Vara do Trabalho de Ribeirão Preto (SP). Mestre em Direito Obrigacional Público e Privado pela UNESP. Doutor em Direito do Trabalho e da Seguridade Social pela Universidad de Castilla-La Mancha (UCLM), na Espanha. Membro do Conselho Técnico da Revista do TRT da 15ª Região (Subcomissão de Doutrina Internacional). Professor da Escola Judicial do TRT-15.

Analista Judiciário no TRT da 15ª Região. Assistente de Juiz. Bacharel em Direito e Especialista em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, pela LFG. Graduado – licenciatura plena - em Letras, pela Universidade de Franca.

Ministro do TST – aposentado. Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros. Professor de Processo do Trabalho no IESB – Brasília – DF.

Pesquisadora bolsista do CNPq (PIBIC) vinculada ao grupo de pesquisa “Marxismo e Direito” e do Centro de Pesquisas sobre o Judiciário Trabalhista Paraibano (CPJ-TRT13), graduanda em Direito pela Universidade Federal da Pa-raíba (UFPB).

Juiz do Trabalho - Doutor em Direito

Professor Universitário (Graduação e Pós-graduação), Pós-graduado (lato e stricto sensu), autor de diversos livros e artigos na área processual, Desembargador no Rio de Janeiro, membro do IAB – Instituto dos Advogados do Brasil/RJ.

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Procuradora do Ministério Público do Trabalho. Doutora em Autonomia Individual e Autonomia Coletiva pela Universidade de Roma II. Mestre em Direito do Trabalho pela PUC-MG. Especialista em Direito do Trabalho e Previdência Social pela Universidade de Roma II. Professora Titular do Centro Universitário UDF. Professora Convidada do Mestrado em Direito do Trabalho da Universidad Externado de Colombia, em Bogotá.

Juiz do Trabalho da 21ª Região (RN). Titular da 2ª Vara do Trabalho de Na-tal. Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Douto-rando em Direito Constitucional (UNIFOR). Mestre em Ciências Sociais (UFRN). Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual (IBDP).

Mestre em Direitos Difusos. Procurador do Estado de São Paulo. Professor do Complexo de Ensino Renato Saraiva – CERS. Autor de livros jurídicos. Insta-gram: @lucianorossato1 – Periscope: @lucianorossato – blog: www.lucianoros-sato.pro.br

Ministro do Tribunal Superior do Trabalho

Advogado e co-autor do APPNCPC.

Desembargador Vice-Corregedor do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região. Mestre em Direito Constitucional pela UFMG. Professor de Direito Processual do Trabalho da Faculdade de Direito Milton Campos.

Bacharel, Mestre e Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo. Desembargador do Trabalho. Vice-Diretor da Escola Judicial do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. Professor convidado da Universidade Nacional de Córdoba, na República Argentina. Membro efetivo da Asociación Argentina de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social (AADTSS). Membro efetivo da Asociación Uruguaya de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social (AUDTSS). Membro honorário da Asociación de Abogados Laboralistas del Paraguay.

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Doutor em Direito pela PUC/SP. Mestre em Direito pela UFPA. Especialista em Direito Material e Processual do Trabalho pela UNAMA/PA. Autor de seis livros e dezenas de artigos publicados. Professor-convidado de Pós-Graduação em diversas instituições. Membro do Ministério Público do Trabalho.

Juiz titular da 19ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro. Mestre em Direito do Trabalho (Universidade Antonio de Nebrija, Madrid). Coordenador Acadêmico do Curso de Direito da Universidade Candido Mendes – Ipanema e professor da disciplina de Direito do Trabalho na mesma instituição.

Professor no Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-Minas. Doutor em Direito pela UFMG.

Juiz do Trabalho no TRT da 2ª Região (São Paulo), aprovado nos Concursos Públicos para ingresso na magistratura trabalhista do TRT da 1ª Região (Rio de Janeiro) e do TRT da 24ª Região (Mato Grosso do Sul), professor em curso preparatório para as carreiras trabalhistas e para o Exame da OAB, palestrante em todo o Brasil sobre os mais diversos temas jurídico-laborais e autor de obras jurídicas.

Juiz Titular da 19ª Vara do Trabalho de São Paulo. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP. Professor dos Cursos de Especialização da PUC/SP (Cogeae), Escola Paulista de Direito (EPD) e Escola Judicial do TRT da 2ª Região. Autor, entre outros, de Manual de Direito Processual do Trabalho. 8. ed. São Paulo: LTr.

Advogada. Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho em 2013.

Advogado trabalhista, representante da OAB/SP no Comitê Gestor Regional do PJe-JT do TRT da 2ª Região, Professor Associado da Faculdade de Direito da USP.

Doutor e Mestre em Direitos Humanos e Desenvolvimento pela UFPB. Professor dos cursos de graduação e pós-gradução do Unipê-JP, ESMAT 13 e ESA-PB. Juiz do Trabalho, Titular da 5ª Vara do Trabalho de João Pessoa-PB. Vice-diretor da Escola Judicial do TRT da 13ª Região e Coordenador do Centro de Pesquisas sobre o Judiciário Trabalhista Paraibano (CPJ-TRT13).

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Juiz do trabalho, titular da 18ª VT/SP.

Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito. Advogado. Mestrando em Direito. Pós-Graduado em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho. Presidente do Instituto Piauiense de Direito Processual – IPDP. Mem-bro do CONPEDI – Conselho Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Direito. Editor do site http://www.ostrabalhistas.com.br

Juíza do Trabalho Substituta no Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Re-gião (Paraíba). Professora de Sentença Trabalhista em cursos preparatórios para concursos para a Magistratura do Trabalho.

Doutoranda e Mestre em “Direito, Estado e Constituição” pela Universidade de Brasília (UnB).

Subprocurador Geral do Trabalho. Professor Titular do UDF-Brasília. Dou-tor pela Universidade Complutense de Madri. Mestre pela Universidade de Bra-sília. Pesquisador colaborador do Programa de Pós-graduação da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Colíder do Grupo de Pesquisa da Faculdade de Direito da UNB “Trabalho, Constituição e Cidadania”.

Juiz do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, Professor, Mestre em

Professor Doutor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo – USP. Procurador do Trabalho do Ministério Público do Trabalho em São Paulo. Mestre e Doutor em Direito do Trabalho pela Faculdade de Direito da Universi-dade de São Paulo. Ex-Procurador do INSS

Doutor em Direito. Desembargador do TRT6. Professor Adjunto da UNICAP e FDR/UFPE. Diretor da ESMATRA 6. Coordenador do Curso de Direito da Fa-culdade Marista do Recife. Titular da cadeira nº 33 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

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Desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho de Campinas, Doutora em Direito do Trabalho pela USP – Universidade de São Paulo –, professora uni-versitária e membro da ABDT – Academia Brasileira de Direito do Trabalho.

Advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho, consultor de escritórios de advocacia em matérias trabalhistas e autor de obras jurídicas.

O autor é doutor em direito pela UFMG, pós-doutor em direito processual civil pela Universitá di Roma (La Sapienza), professor dos cursos de graduação e pós-graduação da PUC/Minas desde 2000, Juiz do trabalho desde 1993, atual-mente presidente da 2ª Vara do Trabalho de Nova Lima/MG

Pós-doutor pela UCLM – Espanha. Doutor em Direito Processual. Mestre em Direito do Trabalho. Especialista em Direito Empresarial. Professor Permanen-te do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu – Mestrado e Doutorado em Di-reito da PUC-Minas – CAPES 6. Líder do Grupo de Pesquisa Execução Trabalhis-ta no Plano da Efetividade dos Direitos Sociais, reconhecido pelo CNPq. Juiz do Trabalho no TRT da 3ª Região.

Desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região, mestre e doutor em Direito, Professor Titular do UNIPÊ – Centro Universitário de João Pes-soa e da ESMAT-13 – Escola Superior da Magistratura Trabalhista da Paraíba.

Doutora e mestra em Direito do Trabalho pela PUC-MG. Professora e advogada.

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Capítulo 2

A APLICAÇÃO SUPLETIVA E SUBSIDIÁRIA DO CÓDIGO DE

PROCESSO CIVIL AO PROCESSO DO TRABALHO

Mauro Schiavi1

1. O ARTIGO 15 DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL; 2. AS LACUNAS DO PROCESSO DO TRABALHO E O PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE; 3. CONCLUSÕES.

A chegada do Novo Código de Processo Civil provoca, mesmo de forma in-consciente um desconforto nos aplicadores do Processo Trabalhista, uma vez que há muitos impactos da nova legislação nos sítios do processo do trabalho, o que exigirá um esforço intenso da doutrina e jurisprudência para revisitar to-dos os institutos do processo do trabalho e analisar a compatibilidade, ou não, das novas regras processuais civil.

Um artigo que tem provocado discussões na doutrina sobre seu real alcance e implicações no Processo Trabalhista é o de número 15 do Novel Código.

Dispõe o artigo 15 do Código de Processo Civil:“Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e subsidiariamente”.

Conforme o presente dispositivo legal, o Código de Processo Civil será apli-cado ao Processo do Trabalho de forma supletiva e subsidiariamente, na ausên-cia de norma que disciplinem o processo trabalhista.

Trata-se de inovação do Novo Código, pois o atual não disciplina tal hipóte-se. Doravante, o CPC será aplicado ao processo do trabalho, nas lacunas deste, nas seguintes modalidades:

1 Mauro Schiavi é Juiz Titular da 19ª Vara do Trabalho de São Paulo. Mestre e Doutor em Direito pela PUC/SP. Professor Universitário. Autor, dentre outros, de Manual de Direito Processual do Trabalho. 8. ed. São Paulo: LTr, 2015 (1472 p.).

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a) supletivamente:trabalhista disciplinar o instituto processual, não for completa. Nesta situação, o Código de Processo Civil será aplicado de forma complementar, aperfeiçoando e propiciando maior efetividade e justiça ao processo do trabalho. Como exem-plos: hipóteses de impedimento e suspeição do Juiz que são mais completas no CPC, mesmo estando disciplinada na CLT (artigo 802, da CLT), ônus da prova previsto no CPC, pois o artigo 818, da CLT é muito enxuto e não resolve questões cruciais como as hipóteses de ausência de prova e prova dividida; o depoimento pessoal previsto no CPC, pois a CLT disciplina apenas o interrogatório (artigo

-traditório substancial no processo trabalhista, etc;

b) subsidiariamente:determinado instituto processual. Exemplos: tutelas provisórias (urgência e evidência), ação rescisória; ordem preferencial de penhora, hipóteses legais de impenhorabilidade, etc.

Pode-se se argumentar que houve revogação dos artigos 769 e 889, da CLT, uma vez que o Código de Processo Civil, cronologicamente, é mais recente que CLT. Também pode-se argumentar que, diante do referido dispositivo legal, o

dependente do processo civil.-

cesso do trabalho, e certamente, impulsionarão uma nova doutrina e jurispru-dência processual trabalhista, não revogou a CLT, uma vez que os artigos 769

uma norma geral. Pelo princípio da especialidade, as normas gerais não derro-gam as especiais.

De outro lado, o 769, da CLT, que é o vetor principal do princípio da subsi-diariedade do processo do trabalho, fala em processo comum, não, necessaria-mente, em processo civil para preencher as lacunas da legislação processual trabalhista.

Além disso, pela sistemática da legislação processual trabalhistas, as regras do Código de Processo Civil somente podem ser aplicadas ao processo trabalho, se forem compatíveis com a principiologia e singularidades do processo traba-lhistas. Assim, mesmo havendo lacuna da legislação processual trabalhista, se a regra do CPC for incompatível com a principiologia e singularidades do proces-so do trabalho, ela não será aplicada.

O artigo 15 do novel CPC não contraria os artigo 769 e 889, da CLT. Ao con-trário, com eles se harmoniza.

Desse modo, conjugando-se o artigo 15 do CPC com os artigos 769 e 889, da CLT, temos que o CPC se aplica ao processo do trabalho da seguinte forma:

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-sual comum serem aplicadas ao processo do trabalho, como forma de suprir as lacunas do sistema processual trabalhista e melhorar a efetividade do processo trabalhista. Autores há que defendem até mesmo a existência do chamado prin-

.O Direito Processual comum é aplicável, subsidiariamente, no Direito Proces-

sual do Trabalho. Assim, subsidiariedade é a técnica de aplicação de leis que permite levar para o âmbito trabalhista normas do Direito Processual comum(2)

Para alguns autores a subsidiariedade não se trata de um princípio próprio do processo do trabalho, e sim técnica de integração, para colmatação das lacunas da legislação processual trabalhista. Nâo obstante, o respeito que merecem, de nos-so parte, diante da importância da aplicação subsidiária da legislação processual comum no processo trabalhista e diante da necessidade de harmonização dessa legislação aos princípios do processo do trabalho, pensamos ser a subsidiarieda-de, efetivamente, um princípio próprio e não apenas técnica de integração.

Na fase de conhecimento, o art. 769 da CLT assevera que o Direito Processual comum é fonte do Direito Processual do Trabalho e, na fase de execução, o art. 889 da CLT determina que, nos casos omissos, deverá ser aplicada no processo do trabalho a Lei de Execução Fiscal (Lei n. 6.830/1980) e, posteriormente, o Código de Processo Civil.

A aplicação supletiva e subsidiária do Processo Civil, passa necessariamen-te, pela leitura do art. 769 da CLT disciplina os requisitos para aplicação subsi-diária do Direito Processual comum ao processo do trabalho, com a seguinte redação:

“Nos casos omissos, o Direito Processual comum será fonte subsidiária do Direito Processual do Trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as normas deste Título”.

Conforme a redação do referido dispositivo legal, são requisitos para a aplica-ção do Código de Processo Civil ao processo do trabalho:

2 NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso de Direito Processual do Trabalho. 24ª ed. São Paulo: Saravia, , 2008 p. 87.

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(a) omissão da Consolidação das Leis do Trabalho: quando a Consolidação das Leis do Trabalho e as legislações processuais trabalhistas extravagantes (Leis ns. 5.584/1970 e 7.701/1988) não disciplinam a matéria;

(b) compatibilidade com os princípios que regem o processo do trabalho. Vale dizer: a norma do Código de Processo Civil, além de ser compatível com as regras que regem o processo do trabalho, deve ser compatível com os princípios que norteiam o Direito Processual do Trabalho, máxime o acesso do trabalha-dor à justiça.

A questão das lacunas do Direito Processual do Trabalho e da incompletude do sistema processual sempre foi um assunto polêmico.

Como visto, a Consolidação das Leis do Trabalho (arts. 769 e 889) reco-nhece que a legislação processual trabalhista é permeável à aplicação do Direito Processual comum, revelando a existência de lacunas. Por isso, diante da mul-tiplicidade de situações, há interpretações divergentes e polêmica sobre a real dimensão das lacunas no processo do trabalho. Muitos chegam a dizer que cada juiz do trabalho tem seu próprio código de processo do trabalho.

-reito, a todo momento surgem questões e problemas novos, exigindo novas res-postas do direito que ainda não estão disciplinadas no ordenamento jurídico. De outro lado, em muitas situações, as leis processuais existentes não conseguem

e a busca de novos caminhos. Como bem adverte Karl Engisch:

“Na minha opinião, na determinação das ‘lacunas’ não nos podemos efectiva-mente ater apenas à vontade do legislador histórico. A mudança das con-cepções de vida pode fazer surgir lacunas que anteriormente não havido sido notadas e que temos de considerar como ‘lacunas jurídico-políticas’.”(3)

Conforme destaca Luciano Athayde Chaves, com suporte em Maria Helena Diniz:

Maria Helena Diniz pela síntese do problema das lacunas, a partir da dimensão

lacunas normativas, axiológicas e ontológicas. As lacunas normativas estampam au-sência de norma sobre determinado caso, conceito que se aproxima das lacu-nas primárias de Engisch. As lacunas ontológicas têm lugar mesmo quando pre-sente uma norma jurídica a regular a situação ou caso concreto, desde que tal

3 . 10. ed. Tradução de: J. Baptista Machado. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. p. 286-287.

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com o progresso técnico, que produziram o envelhecimento, ‘o ancilosamento da norma positiva’ em questão. As lacunas axiológicas também sucedem quan-do existe um dispositivo legal aplicável ao caso, mas se aplicado ‘produzirá uma solução insatisfatória ou injusta’.”(4)

-(5)

lacunas do direito em (a) normativas, (b) ontológicas e (c) axiológicas.Normativas: quando a lei não contém previsão para o caso concreto. Vale dizer:

não há regulamentação da lei sobre determinado instituto processual.Ontológicas: quando a norma não mais está compatível com os fatos sociais,

ou seja, está desatualizada. Aqui, a norma regulamenta determinado instituto processual, mas ela não encontra mais ressonância na realidade, não há efetivi-dade da norma processual existente.

Axiológicas: quando as normas processuais levam a uma solução injusta ou insatisfatória. Existe a norma, mas sua aplicação leva a uma solução incompa-

processual.Tanto as lacunas ontológicas como axiológicas são lacunas de sentido, valo-

rativas, uma vez que envolvem a análise dos valores ao caso concreto, ou seja, avaliam se a lei processual ainda apresenta resultados justos em sua aplicação.

A aplicação da lei processual compreende, indiscutivelmente, a valoração, pelo aplicador, da efetividade e justiça das normas, uma vez que, conforme des-taca Claus-Wilhelm Canaris, “o sistema apenas representa a forma exterior da unidade valorativa do direito, toda a formação do sistema indica algo por, em geral, haver valores; as lacunas de valores implicam por isso, como consequ-ência, sempre lacunas no sistema. Não se duvide de que semelhantes lacunas de valores possam ocorrer, pois não só não há nenhuma ‘completude lógica’ do direito, como também não existe nenhuma ‘completude teleológica’.”(6)

Hoje, diante das inovações do Novo Código de Processo Civil, levadas a efei-to, principalmente, nas fases de execução e recursal, que imprimiram maior efetividade e simplicidade ao processo civil, crescem as discussões sobre a apli-cação subsidiária do Código de Processo Civil ao processo do trabalho, e, se é possível a aplicação da regra processual civil, se há regra expressa, em sentido contrário na Consolidação das Leis do Trabalho.

Há duas vertentes de interpretação sobre o alcance do art. 769 da CLT. São elas:

4 Direito processual do trabalho: reforma e efetividade. São Paulo: LTr, 2007. p. 68-69.5 As lacunas do direito. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 1999. p. 95.6 Pensamento sistemático e conceito de sistema na ciência do direito. 4. ed. Tradução de: A. Menezes Cordeiro.

Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2008. p. 239.

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a) restritiva: somente é permitida a aplicação subsidiária das normas do processo civil quando houver omissão da legislação processual trabalhista. Des-se modo, somente se admite a aplicação do Código de Processo Civil quando houver a chamada lacuna normativa. Essa vertente de entendimento sustenta a ob-servância do princípio do devido processo legal, no sentido de não surpreender o jurisdicionado com outras regras processuais, bem como na necessidade de pre-servação do princípio da segurança jurídica. Argumenta que o processo deve dar segurança e previsibilidade ao jurisdicionado;

b) evolutiva (também denominada sistemática ou ampliativa): permite a aplicação subsidiária do Código de Processo Civil ao processo do trabalho quan-do houver as lacunas ontológicas e axiológicas da legislação processual traba-lhista. Além disso, defende a aplicação da legislação processual civil ao proces-so do trabalho quando houver maior efetividade da jurisdição trabalhista. Essa vertente tem suporte nos princípios constitucionais da efetividade, duração ra-zoável do processo e acesso real e efetivo do trabalhador à Justiça do Trabalho, bem como no caráter instrumental do processo.

A questão, no entanto, é complexa e delicada, exigindo avaliação crítica dos fundamentos do Direito Processual do Trabalho e de seus reais resultados para a sociedade.

O Direito Processual do Trabalho, como se sabe, foi criado para propiciar um melhor acesso do trabalhador à justiça, bem como suas regras processuais

Os princípios basilares do Direito Processual do Trabalho devem orientar o intérprete a todo o momento. Não é possível, à custa de se manter a autonomia

-balhador à justiça do trabalho, bem como o célere recebimento de seu crédito alimentar.

Diante dos princípios constitucionais e infraconstitucionais que norteiam o processo, e também da força normativa dos princípios constitucionais, não é pos-sível uma interpretação isolada da Consolidação das Leis do Trabalho, vale dizer: divorciada dos princípios constitucionais do processo, máxime o do acesso efe-tivo e real à justiça do trabalho, duração razoável do processo, acesso à ordem jurídica justa, para garantia, acima de tudo, da dignidade da pessoa humana do trabalhador e melhoria da sua condição social.

Assim como o direito material do trabalho adota o princípio protetor, que -

cessual do Trabalho, por ter um acentuado grau protetivo, e por ser um direito, acima de tudo, instrumental, com maiores razões que o direito material, pode

que possam ser aplicadas à mesma hipótese, escolher a mais efetiva, ainda que

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seja a do Direito Processual civil e seja aparentemente contrária à Consolidação das Leis do Trabalho. Para escolher dentre duas regras a mais efetiva, o intérpre-te deve-se valer dos princípios da equidade, razoabilidade e proporcionalidade.

Como destacado, alguns autores mais tradicionais tecem severas críticas à aproximação do Direito Processual do Trabalho ao Direito Processual civil, o que denominam de civitização do processo do trabalho, acarretando perda de identidade deste ramo especializado da ciência processual. Asseveram que as

ser resolvidos à luz da Consolidação das Leis do Trabalho.Nesse sentido é a visão de Francisco Gérson Marques de Lima: “A tônica e o

uso frequente do processo civil no processo do trabalho provoca a chamada civitização”.(7)

Segundo citado autor: “Alguns operadores jurídicos, por dominarem o processo civil e com ele te-

-te, em detrimento da identidade do processo do trabalho (é a civilização). O erro vem logo desde o concurso para a magistratura, cuja sentença, p. ex., exige muito conhecimento de processo civil e pouco do histórico do processo do trabalho. Então, muitas vezes, os candidatos aprovados são os processualistas civis, que conhecem o processo do trabalho só na sua

prático é encontrado em certos absurdos forenses, que o autor poupará esta obra do desprazer de citá-los.”(8)

Em que pese o respeito que merecem, com eles não concordamos, pois o processo do trabalho foi idealizado, originalmente, na década de 1940, onde a sociedade brasileira era diversa, e as necessidades dos jurisdicionados tam-

terceirização e horizontalização das empresas, nos processos trabalhistas são enfrentadas complexas questões processuais como a presença de diversos re-clamados no polo passivo da ação. Além disso, a falta de efetividade dos dispo-sitivos processuais trabalhistas na execução é manifesta.

A Consolidação das Leis do Trabalho e a legislação processual trabalhista, em muitos aspectos, funcionam bem e devem ser mantidas. O procedimento

-mento, a majoração dos poderes do juiz do trabalho na condução do processo e a irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias têm obtido resultados excedentes. Não obstante, em alguns aspectos, a exemplo dos capítulos dos recur-

7 Fundamentos do Direito Processual do Trabalho. São Paulo:Malheiros, 2010, p. 161.8 Idem.

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sos e execução, deve-se permitir ao juiz do trabalho buscar a melhoria constante da prestação jurisdicional trabalhista nos dispositivos do Código de Processo Civil e da teoria geral do processo.

Vale lembrar que a jurisdição do Estado é una e todos os ramos da ciência processual seguem os princípios constitucionais da jurisdição e do processo. A segmentação da jurisdição nos diversos ramos do Poder Judiciário tem à vista propiciar melhores resultados na efetividade do direito.

-ra a principiologia do processo do trabalho, tampouco provoca retrocesso social à ciência processual trabalhista. Ao contrário, possibilita evolução conjunta da ciência processual. O próprio processo civil muitas vezes se inspira no processo do tra-balho para evoluir em muitos de seus institutos.

Vale destacar que o processo civil vem se inspirando em diversos capítulos do processo do trabalho que têm produzido resultados satisfatórios, a exemplos do sincretismo processual, poderes instrutórios do juiz, restrição ao agravo de

-cução, penhora “on-line”, etc.

-suais civis, no nosso entendimento, freia arbitrariedades ao tomar providências pro-cessuais sem fundamentação adequada, com suporte apenas na equidade e nos amplos poderes de direção do processo conferidos pelo art. 765 da CLT.

Além disso, as normas processuais do Código de Processo Civil, quando aplica-das ao processo do trabalho, são necessariamente adaptadas às contingências do Direito Processual do Trabalho, bem como compatibilizadas com a princi-piologia deste. Vale dizer: o juiz do trabalho aplica e interpreta as normas pro-cessuais civis com os olhos da sistemática processual trabalhista. Como exem-plos: o instituto da intervenção de terceiros previsto no CPC, quando aplicado ao processo do trabalho não se destina ao exercício de direito de regresso e sim a ampliar as garantias de solvabilidade do crédito trabalhita; a desconsideração

e de forma objetiva, sem se avaliar eventual conduta culposa ou o chamado ato

Embora se possa questionar: aplicando-se as regras do Código de Processo Civil, ao invés da Consolidação das Leis do Trabalho, o juiz estaria desconside-rando o devido processo legal e surpreendendo o jurisdicionado com alteração das regras?

Embora razoável o questionamento, pensamos que tal não ocorre, pois o juiz do trabalho, aplicando o Código de Processo Civil, não está criando regras, está apenas aplicando uma regra processual legislada mais efetiva que a Con-solidação das Leis do Trabalho, e é sabido que a lei é de conhecimento geral

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(art. 3o, LICC). Se há regras expressas processuais no Código de Processo Civil que são compatíveis com os princípios do processo do trabalho, pensamos não haver violação do devido processo legal. Além disso, as regras do Código de Pro-cesso Civil observam o devido processo legal e também os princípios do Direito Processual do Trabalho.

Vale mencionar que há projeto de lei em trâmite no Congresso Nacional vi-sando à alteração do art. 769 da CLT (PN n. 7.152/2006, que acrescenta o pará-grafo único ao art. 769), com a seguinte redação: “O Direito Processual comum também poderá ser utilizado no processo do trabalho, inclusive na fase recursal ou de execução, naquilo que permitir maior celeridade ou efetividade de juris-dição, ainda que exista norma previamente estabelecida em sentido contrário”.

Parece-nos que o presente projeto de lei vai ao encontro do que procuramos defender. Nota-se que, se o projeto for aprovado, o legislador estará dando um grande passo para a efetividade e celeridade do processo, bem como melhoria do acesso do trabalhador à Justiça do Trabalho. Não queremos defender a des-consideração do processo do trabalho, ou a sua extinção, até mesmo porque o processo do trabalho apresenta um procedimento simples, efetivo e que tem obtido resultados satisfatórios, mas sim aperfeiçoá-lo, para que continue efeti-vo e produzindo resultados satisfatórios.

No mesmo sentido é o recente anteprojeto de lei encaminhado pelo presi-dente do Tribunal Superior do Trabalho ao Congresso Nacional, in verbis: art. 876-A, CLT: “Aplicam-se ao cumprimento da sentença e à execução dos títulos extrajudiciais as regras de direito comum, sempre que disso resultar maior efe-tividade do processo”.

Sob outro enfoque, o juiz, como condutor do processo do trabalho, encarregado de zelar pela dignidade do processo e pela efetividade da jurisdição trabalhista, conforme já nos posicionamos, deve ter em mente que o processo deve tramitar em prazo compatível com a efetividade do direito de quem postula, uma vez que a duração razoável do processo foi erigida a mandamento constitucional, além de buscar novos caminhos e interpretação da lei no sentido de materializar este mandamento constitucional.

Posto isso, a moderna doutrina vem defendendo um diálogo maior entre o -

civil e aplicá-los ao processo do trabalho. Não pode o juiz do trabalho fechar os olhos para normas de Direito Processual Civil mais efetivas que a Consolidação das Leis do Trabalho, e, se omitir sob o argumento de que a legislação processual do trabalho não é omissa, pois estão em jogo interesses muito maiores que a aplicação da legislação processual trabalhista. O Direito Processual do Traba-

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tudo, a efetividade da legislação processual trabalhista e a dignidade da pessoa humana.

A teoria geral do processo e também a moderna teoria geral do processo do trabalho vêm defendendo um processo do trabalho mais ágil, que tenha resul-tados, que seja capaz de garantir não só o cumprimento da legislação social, mas, sobretudo, da expansão do direito material do trabalho.

Conforme Luiz Guilherme Marinoni:“A concretização da norma processual deve tomar em conta as necessida-des de direito material reveladas no caso, mas a sua instituição decorre, evidentemente, do direito fundamental à tutela jurisdicional efetiva. O le-gislador atua porque é ciente de que a jurisdição não pode dar conta das variadas situações concretas sem a outorga de maior poder e mobilidade,

para modelar a ação processual, e o juiz investido do poder-dever de, me-diante argumentação própria e expressa na fundamentação da sua decisão, individualizar a técnica processual capaz de permitir-lhe a efetiva tutela do direito. A lei processual não pode antever as verdadeiras necessidades de direito material, uma vez que estas não apenas se transformam diaria-mente, mas igualmente assumem contornos variados, conforme os casos concretos. Diante disso, chegou-se naturalmente à necessidade de uma norma

ainda que dentro de sua moldura, os instrumentos processuais adequados à tutela dos direitos”.(9)

Pelo exposto, concluímos que o Direito Processual Civil pode ser aplicado ao processo do trabalho, nas seguintes hipóteses:

(a) omissão da Consolidação das Leis do Trabalho (lacunas normativas, on-tológicas e axiológicas); compatibilidade das normas do processo civil com os princípios e singularidades do Direito Processual do Trabalho;

(b)a aplicação supletiva e subsidiária do CPC, conforme disciplinadas no ar-tigo 15 do CPC, são compatíveis com os artigos 769 e 889, da CLT;

(c) a aplicação subsidiária do Processo Civil pressupõe a adaptação da nor-ma civilista às singularidades do processo trabalhista;

(d) ainda que não omissa a Consolidação das Leis do Trabalho, quando as normas do processo civil forem mais efetivas que as da Consolidação das Leis do Trabalho e compatíveis com os princípios do processo do trabalho.

9 A legitimidade da atuação do juiz a partir do direito fundamental à tutela jurisdicional efetiva. In: MEDI-NA, José Miguel Garcia; CRUZ, Luana Pedrosa de Figueiredo; CERQUEIRA, Luís Otávio Sequeira de; GO-MES JUNIOR, Luiz Manoel. Os poderes do juiz e o controle das decisões judiciais: estudos em homenagem à professora Teresa Arruda Alvim Wambier. São Paulo: RT, 2008. p. 230-231.

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