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Captulo 9 Salrio-de-Benefcio e Renda Mensal do Benefcio e Reajustes
QUESTES
01. (FUNRIO Analista do Seguro Social INSS/2013) Com relao ao reajuste do valor dos benefcios, na forma como determinado pela Lei 8213/91, est correta a seguinte afirmao:
a) O valor dos benefcios em manuteno ser rea-justado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajusta-mento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC, apurado pela Fundao Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE.
b) O valor dos benefcios em manuteno ser reajus-tado, semestralmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajusta-mento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC, apurado pela Fundao Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE.
c) O valor dos benefcios em manuteno ser rea-justado, anualmente, em data diversa do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajusta-mento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC, apurado pela Fundao Insti-tuto Brasileiro de Geografia e Estatstica IBGE.
d) O valor dos benefcios em manuteno ser reajus-tado, semestralmente, em data diversa do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajusta-mento, com base no ndice Geral de Preos IGP, apurado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatstica IBGE.
e) O valor dos benefcios em manuteno ser rea-justado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de incio ou do ltimo reajusta-mento, com base no ndice Geral de Preos IGP, apurado pela Fundao Instituto Brasileiro de Geo-grafia e Estatstica IBGE.
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Nota dos autores: A questo trata da regra de reajustamento do valor do benefcio, prevista no art. 41-A, da Lei 8.213/91. Vejamos:
Art. 41-A. O valor dos benefcios em manuten-o ser reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respectivas datas de in-cio ou do ltimo reajustamento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC, apurado pela Fundao Instituto Brasi-leiro de Geografia e Estatstica IBGE.
Alternativa correta: letra a. Esta alternativa transcreve o art. 41-A, da Lei 8.213/91, devendo ser assi-nalada como correta.
Alternativa b, errada. A periodicidade do rea-juste anula e no semestral, como afirmado nesta alternativa.
Alternativa c, errada. A data de reajuste coin-cide com a data de reajustamento do salrio mnimo, diferentemente do afirmada na alternativa.
Alternativa d, errada. Esta alternativa contm dois erros: A periodicidade do reajuste anual e no semestral e o ndice utilizado o INPC e no o IGP.
Alternativa e, errada. Esta alternativa tambm aponta equivocadamente o IGP como ndice de corre-o.
02. (FUNRIO Analista do Seguro Social INSS/2013) Qual o menor valor pago mensal a ttulo de benef-cio previdencirio, na forma como estipulado pela Lei 8212/91?
a) No existe valor mnimo fixado em Lei.
b) Salrio mnimo, desde que comprovada a condio de segurado por perodo mnimo de 5 anos.
c) Salrio mnimo sendo que se aplica o salrio mnimo estadual, se for o caso.
d) Salrio mnimo profissional por categoria, segundo Lei Estadual.
e) Salrio mnimo.
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Nota dos autores: De acordo com o a alnea b, do pargrafo nico, do artigo 3, da Lei 8.212/91 a orga-nizao da Previdncia Social tem como regra que o valor da renda mensal dos benefcios, substitutos do salrio-de-contribuio ou do rendimento do trabalho do segurado, no pode inferior ao do salrio mnimo. Observe que esta regra s vlida para os benefcios que se prestem a substituir a remunerao pelo traba-lho. Existem benefcios que podem ter valores inferiores ao salrio mnimo, a exemplo do salrio famlia. A ques-to foi mal redigida, pois no especificou que indagava apenas sobre os benefcios substitutivos da remunera-o pelo trabalho.
Alternativa correta: letra e. Esta alternativa fundamentada pelo art. 3, da Lei 8.212/91.
Alternativa a, errada. Conforme comentado na nota do autor, a questo considerou que o limite mnimo dos benefcios era um salrio mnimo, mesmo sem especificar que se tratava de benefcios que substi-tuem a remunerao pelo trabalho.
Alternativa b, errada. No h necessidade de se comprovar a condio de segurado por perodo mnimo de 5 anos para que se garanta o salrio mnimo como menor valor de benefcio.
Alternativa c, errada. O salrio mnimo deve ser nacionalmente unificado, de acordo com o art. 7, IV, da Constituio Federal do Brasil.
Alternativa d, errada. O salrio mnimo deve ser nacionalmente unificado, de acordo com o art. 7, IV, da Constituio Federal do Brasil.
03. (FUNRIO Analista do Seguro Social INSS/2013) Quanto ao clculo do valor do benefcio da Lei n 8213/91, correto afirmar que
a) Ser calculado com base no salrio de benefcio o valor do benefcio de prestao continuada, inclu-sive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salrio-famlia e o salrio-maternidade.
b) Ser calculado com base no salrio de benefcio o valor do benefcio de prestao continuada, inclu-sive o regido por norma especial, exceto o salrio--famlia e o salrio-maternidade.
c) Ser considerado, para o clculo do salrio de bene-fcio, o aumento dos salrios de contribuio que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses imediata-mente anteriores ao incio do benefcio, salvo se homologado pela Justia do Trabalho.
d) Sero considerados para clculo do salrio de bene-fcio os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contri-
buies previdencirias, incluindo o dcimo-ter-ceiro salrio (gratificao natalina).
e) Ser contada a durao se, no perodo bsico de clculo, o segurado tiver recebido benefcios por incapacidade, considerando-se como salrio de contribuio, no perodo, o salrio de benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal, rea-justado nas mesmas pocas e bases dos benefcios em geral, podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salrio mnimo.
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Alternativa correta: letra A. De acordo com o artigo 28, da Lei 8.213/91, o valor do benefcio de pres-tao continuada, inclusive o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, exceto o salrio--famlia e o salrio-maternidade, ser calculado com base no salrio-de-benefcio. Desta forma, falsa a letra B.
Alternativa c, errada. Dispe o 4 do artigo 29 da Lei 8.213/91 que no ser considerado, para o cl-culo do salrio-de-benefcio, o aumento dos salrios--de-contribuio que exceder o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 (trinta e seis) meses imediatamente anteriores ao incio do benefcio, salvo se homologado pela Justia do Trabalho, resultante de promoo regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislao do trabalho, de sentena nor-mativa ou de reajustamento salarial obtido pela catego-ria respectiva. Vale frisar que este dispositivo est taci-tamente revogado pela Lei 9876/99, vez que o salrio de benefcio no mais corresponde aos 36 ltimos salrios de contribuio.
Alternativa d, errada. Dispe o 3 do artigo 29 da Lei 8.213/91 que sero considerados para clculo do salrio-de-benefcio os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuies previdencirias, exceto o dcimo-terceiro salrio (gratificao natalina).
Alternativa e, errada. Dispe o 5 do artigo 29 da Lei 8.213/91 que, se, no perodo bsico de clculo, o segurado tiver recebido benefcios por incapacidade, sua durao ser contada, considerando-se como sal-rio-de-contribuio, no perodo, o salrio-de-benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal, rea-justado nas mesmas pocas e bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salrio mnimo.
04. (TRF 3 Juiz Federal Substituto 3 regio/2013) Dentre as proposies que se seguem, assinale a cor-reta, levando-se em considerao os dispositivos perti-nentes da Lei de Benefcios do Regime Geral de Previ-dncia Social RGPS e respectiva regulamentao, em sua redao atual:
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I. No clculo do salrio-de-benefcio da aposentado-ria por tempo de contribuio e da aposentadoria especial o fator previdencirio incide sobre a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contri-buio correspondente a 80% de todo perodo con-tributivo, ressalvados os casos de direito adquirido.
II. Tendo o segurado recebido, intercaladamente, durante o perodo bsico de clculo benefcios por incapacidade, sua durao ser contada, con-siderando se como salrio-de-contribuio no perodo, o salrio de-benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal inicial, reajustado nas mesmas pocas e bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior a um salrio-m-nimo.
III. Cumpridos os requisitos legais, ao segurado empre-gado e ao trabalhador avulso que no comprovarem seus salrios-de-contribuio no perodo bsico de clculo ser concedido benefcio de valor mnimo, sem prejuzo de oportuna reviso, mediante a apre-sentao da prova dos salrios-de-contribuio.
IV. Cumpridos os requisitos legais, ao segurado empre-gado domstico que no comprovar o efetivo reco-lhimento das contribuies devidas, ser concedido benefcio de valor mnimo, sem prejuzo de opor-tuna reviso, mediante apresentao de sua Car-teira Profissional com a anotao do valor do salrio mensal, com as respectivas atualizaes salariais.
V. Ao segurado especial que no contribuir facultati-vamente para com a Previdncia Social, ser con-cedido o benefcio de aposentadoria por tempo de servio no valor de um salrio mnimo, desde que comprove o exerccio de atividade rural, ainda que de forma descontnua, igual ao nmero mnimo de meses exigidos para esse benefcio.
a) todos os enunciados esto corretos;
b) os enunciados II e III esto corretos;
c) os enunciados I, III e IV esto corretos;
d) os enunciados I, II e V esto corretos;
e) os enunciados II e IV esto corretos.
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Nota dos autores:A Medida Provisria 676, de 17/06/2015, introduziu
as frmulas 95 para homens e 85 para mulheres, com a insero do art. 29-C, da Lei 8.213/91. Com estas citadas frmulas, o fator previdencirio deixaria de ser utilizado em prejuzo do segurado quando a soma da idade e do tempo de contribuio dos homens resultasse em 95 (60 anos de idade e 35 de contribuio, por exemplo) e das mulheres resultasse em 85 (54 anos de idade e 31 de contribuio, por exemplo) A MP 676 foi convertida, com alteraes, na Lei 13,183, de 04/11/2015.
Com esta relevante alterao, o segurado que pre-encher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio, ou seja 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, com reduo de 5 anos para professores do ensino bsico, poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo de sua aposenta-doria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I. igual ou superior a 95 pontos, se homem, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 35 anos; ou
II. igual ou superior a 85 pontos, se mulher, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 30 anos.
Para o clculo dos pontos, sero somadas as fraes em meses completos de tempo de contribuio e idade. Se, ento, o homem contar com 36 anos e seis meses de contribuio e 58 anos e seis meses de idade, pode se aposentar sem a incidncia do fator previdencirio.
A Lei 13.183/2015 trouxe tambm uma regra de progresso das frmulas 85 e 95, que passa a valer a partir da data da publicao da norma e perdura at 30/12/2018. A partir desta data as citadas frmulas sero majoradas em um ponto, conforme tabela abaixo:
A partir de:Pontos
HomensPontos
Mulheres
31 de dezembro de 2018 96 86
31 de dezembro de 2020 97 87
31 de dezembro de 2022 98 88
31 de dezembro de 2024 99 89
31 de dezembro de 2026 100 90
Para efeito de aplicao das frmulas, sero acres-cidos 5 pontos soma da idade com o tempo de contri-buio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magis-trio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Alm disso, o tempo mnimo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusiva-mente tempo de efetivo exerccio de magistrio na edu-cao infantil e no ensino fundamental e mdio ser de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos para pos-sibilitar a aplicao da frmula, ou seja, contam com 5 anos de reduo.
Ao segurado que alcanar os requisitos necessrios ao exerccio da opo pela frmula que exclui o fator previdencirio e deixar de requerer aposentadoria ser assegurado o direito opo com a aplicao da pontu-ao exigida na data do cumprimento do requisito da frmula. Assim, o segurado que atendeu aos requisitos, mas no requereu a aposentadoria tem direito ao cl-culo do valor do benefcio sem a aplicao do fator pre-videncirio, mesmo que no momento do requerimento
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ele no mais atenda aos requisitos da frmula por conta da progresso da pontuao.
Nota do autor 2: Com o advento da Lei Comple-mentar 150/2015, que, dentre outras mudanas, alterou o artigo 34 e 35 da Lei 8.213/91, o empregado domstico passou a ter em seu favor a presuno absoluta de reco-lhimento da contribuio previdenciria, mesmo nos casos de salrio de contribuio acima de um salrio mnimo, tendo havido a revogao tcita do artigo 36 da Lei 8.213/91.
Questo respondida com base na legislao em vigor poca da prova.
Assertiva I: errada. S incide fator previdenci-rio sobre o clculo das aposentadorias por idade e por tempo de contribuio (art. 29, I, da Lei 8213/91). No incide fator previdencirio sobre o clculo da aposen-tadoria especial.
Assertiva II: correta. Tendo o segurado recebido, intercaladamente, durante o perodo bsico de clculo benefcios por incapacidade, sua durao ser contada, considerando se como salrio-de-contribuio no perodo, o salrio de-benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal inicial, reajustado nas mesmas pocas e bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior a um salrio-mnimo.
A assertiva est de acordo com o disposto no art. 29, 5, da Lei 8213/91, c/c o contedo do art. 60, III, do Dec. 3048/99. Vejamos:
5 Se, no perodo bsico de clculo, o segu-rado tiver recebido benefcios por incapaci-dade, sua durao ser contada, consideran-do-se como salrio-de-contribuio, no per-odo, o salrio-de-benefcio que serviu de base para o clculo da renda mensal, reajustado nas mesmas pocas e bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior ao valor de 1 (um) salrio mnimo.
Art.60. At que lei especfica discipline a matria, so contados como tempo de contri-buio, entre outros:
(...)
III o perodo em que o segurado esteve rece-bendo auxlio-doena ou aposentadoria por invalidez, entre perodos de atividade.
Assertiva III: correta. A assertiva est de acordo com o disposto do art. 35, da Lei 8213, que estabelece que, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condies para a con-cesso do benefcio pleiteado mas no possam compro-var o valor dos seus salrios-de-contribuio no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recalculada, quando da apresentao de prova dos salrios-de-contribuio.
Assertiva IV: errada. Reza o art. 36, 3, do Dec. 3048/99, que para o segurado empregado domstico
que, mesmo tendo satisfeito as condies exigidas para a concesso do benefcio requerido, no possa compro-var o efetivo recolhimento das contribuies devidas, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentao da prova do recolhimento das contribuies. Obser-vem que a lei s permite o reclculo do benefcio se houver comprovao do efetivo recolhimento das contribuies devidas, no apenas mediante compro-vao do valor dos salrios-de-contribuio.
Assertiva V: errada. Conforme determina o art. 60, 4, do Dec. 3048/99, o segurado especial somente far jus aposentadoria por tempo de contribuio e especial se optar por contribuir na mesma forma que o segurado facultativo ou o contribuinte individual (art. 200, 2, RPS c/c art. 199, RPS), fato este que no altera seu enquadramento previdencirio.
Alternativa correta: letra b. De acordo com a anlise das assertivas, conclumos que esto corretos os itens II e III, e incorretos os demais itens.
05. (Cespe Juiz Federal Substituto 5 regio/2013) Com relao aos servios da previdncia social, aos benefcios previdencirios e forma como so calcula-dos, assinale a opo correta.
a) De acordo com a CF, nenhum benefcio pago pela previdncia social pode ter valor inferior a um sal-rio mnimo.
b) Tratando-se de mulher, para aplicao do fator previdencirio, cujo clculo baseia-se na idade, na expectativa de sobrevida e no tempo de contribui-o do segurado ao se aposentar, adicionam-se ao tempo de contribuio cinco anos.
c) O segurado pelo regime geral de previdncia social faz jus ao recebimento de auxlio-doena e auxlio--recluso.
d) Havendo perda da qualidade de segurado, as con-tribuies anteriores a essa data no podero ser computadas para efeito de carncia.
e) Veda-se a acumulao de auxlio-acidente com pro-ventos de aposentadoria, mesmo nos casos em que a manifestao da leso incapacitante, ensejadora da concesso do auxlio, e o incio da aposentadoria sejam anteriores ao ano de 1997.
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Nota dos autores: O fator previdencirio uti-lizado como multiplicador da mdia aritmtica simples dos 80% maiores salrio-de-contribuio, nas aposen-tadorias por idade e tempo de contribuio. O fator pode ter valor maior ou menor que o nmero um. Sendo maior, elevar o valor do salrio-de-benefcio, e o contrrio ocorrer, caso seja menor.
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Alternativa correta: letra b: a assertiva repro-duz a regra contida no art. 29, 9, I, da Lei 8213/91.
Alternativa a: est errada. A CF/88, em seu art. 201, 2, veda que sejam inferiores ao salrio mnimo os benefcios que substituam o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado. Tal regra no se aplica a todos os benefcios pagos pela previdn-cia social. Observem que no h impedimento para que os benefcios que no substituam a remunerao sejam pagos com valores inferiores ao salrio mnimo, como ocorre com o salrio-famlia e o auxlio-acidente.
Alternativa c: est errada. Segundo a regra do art. 80, da Lei 8213/91, o auxlio-recluso ser devido aos dependentes do segurado recolhido priso. Obser-vem que a assertiva menciona, equivocadamente, que este benefcio devido ao segurado.
Alternativa d: est errada. Segundo o pargrafo nico do art. 24, da Lei 8213/91, havendo perda da qua-lidade de segurado, as contribuies anteriores a essa data sero computadas para efeito de carncia depois que o segurado contar, a partir da nova filiao Previ-dncia Social, com, no mnimo, 1/3 do nmero de con-tribuies exigidas para o cumprimento da carncia definida para o benefcio a ser requerido.
Alternativa e: est errada. O auxlio-acidente ser devido, a contar do dia seguinte ao da cessao do auxlio-doena, independentemente de qualquer remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com qualquer aposentadoria, salvo direito adquirido. Ressalte-se que antes da Lei 9.528/97 o benefcio de auxlio-acidente era vitalcio, podendo inclusive ser cumulado com as aposentadorias do RGPS. Esta Lei, no entanto, alterou a forma de clculo da aposentadoria precedida de auxlio-acidente, incor-porando o valor desse benefcio no salrio-de-contri-buio para clculo do valor da aposentadoria. Em con-trapartida, vedou a acumulao destes dois benefcios, salvo direito adquirido.
Entende a Advocacia Geral da Unio que, para a acumulao do auxlio-acidente com proventos de aposentadoria, a leso incapacitante e a concesso da aposentadoria devem ser anteriores s alteraes inse-ridas no art. 86 2, da Lei 8.213/91, pela Lei n 9.528/97 (Smula 65, da AGU, de 05/06/2012). Ou seja, para que seja caracterizado o direito adquirido cumulao dos dois benefcios, necessrio, de acordo com o enten-dimento sumulado pela AGU, que tanto a incapacidade geradora do auxlio-acidente quanto a concesso da aposentadoria (ou direito a ela) sejam anteriores alte-rao legislativa (STJ no mesmo sendito).
06. (Juiz do Trabalho Substituto 20 regio 2012 Carlos Chagas) A respeito do valor dos benefcios pre-videncirios do re gime geral, a Constituio determina que
a) nenhum benefcio poder ter valor mensal inferior ao valor do piso salarial mnimo fixado em lei.
b) todas as remuneraes que serviram de base para as contribuies do segurado devem ser atualiza-das e consideradas para clculo de benefcio.
c) assegurado o reajustamento dos benefcios, na forma da lei, para preservar-lhes, em carter perma-nente, o poder aquisitivo expresso em nmero de salrios mnimos no momento da concesso.
d) as aposentadorias, por ocasio de sua concesso, no podero exceder o valor do ltimo salrio-de contribuio do segurado no ms de requerimento do benefcio, na forma da lei.
e) os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente reper-cusso em benefcios, na forma da lei.
|COMENTRIOS|..`
Alternativa e: est correta. De acordo com o artigo 201, 11, da Constituio, os ganhos habituais do empregado, a qualquer ttulo, sero incorporados ao salrio para efeito de contribuio previdenciria e consequente repercusso em benefcios, nos casos e na forma da lei, compondo o seu salrio de contribuio nos termos do artigo 28, I, da Lei 8.212/91.
Alternativa a: est errada. De acordo com o art. 201, 2, da Constituio, nenhum benefcio que subs-titua o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado ter valor mensal inferior ao salrio mnimo. Assim, possvel que um benefcio que no substitua a remunerao pelo trabalho tenha valor inferior ao salrio mnimo, como ocorre, por exemplo, com o salrio-famlia ou salrio-maternidade.
Alternativa b: est errada. A alternativa B est errada, fazendo referncia ao o art. 201, 3, da Consti-tuio. Vejamos:
Todos os salrios de contribuio considerados para o clculo de benefcio sero devidamente atualiza-dos, na forma da lei.
Assim, no h obrigatoriedade constitucional de que todas as remuneraes que serviram de base para as contribuies do segurado devam ser consideradas para clculo de benefcio. Sobre o 13 salrio, por exem-plo, incide contribuio previdenciria, mas este no considerado para o clculo dos benefcios previdenci-rios.
Alternativa c: est errada. A alternativa C est errada, pois, de acordo com o art. 201, 4, da Consti-tuio, assegurado o reajustamento dos benefcios para preservar-lhes, em carter permanente, o valor real, conforme critrios definidos em lei. Assim, no h obrigatoriedade de que o benefcio mantenha o mesmo
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nmero de salrios mnimos que na poca de sua con-cesso.
Alternativa d: est errada. A alternativa D no encontra qualquer respaldo na Constituio Federal de 1988. que o clculo das aposentadorias do RGPS totalmente desvinculado do salrio do trabalhador na data do requerimento. Como o salrio-de-benefcio se constitui na mdia dos 80% maiores salrios-de-contri-buio de todo o perodo contributivo, perfeitamente possvel que tal valor seja superior remunerao do segurado.
07. (FCC Tcnico do Seguro Social INSS/2012) O salrio de benefcio serve de base de clculo da renda mensal do benefcio. Para os segurados inscritos na Pre-vidncia Social, at 28/11/1999, calcula-se
a) o auxlio-doena, pela mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio, corrigidos ms a ms, correspondentes a oitenta por cento do perodo contributivo decorrido desde julho de 1994, multiplicada pelo fator previdencirio.
b) a aposentadoria especial, pela mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio, cor-rigidos ms a ms, correspondentes a oitenta por cento do perodo contributivo decorrido desde julho de 1994, multiplicada pelo fator previdenci-rio.
c) a aposentadoria por tempo de contribuio, pela mdia aritmtica simples dos oitenta por cento maiores salrios-de-contribuio, corrigidos ms a ms, de todo o perodo contributivo, decorrido desde julho de 1994, multiplicada pelo fator previ-dencirio.
d) as aposentadorias por idade e tempo de contribui-o, inclusive de professor, pela mdia aritmtica simples dos oitenta por cento maiores salrios-de contribuio, corrigidos ms a ms, de todo o per-odo contributivo, decorrido desde julho de 1994.
e) o auxlio-doena, aposentadoria por invalidez, pela mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de contribuio corrigidos ms a ms, correspon-dentes a cem por cento do perodo contributivo, decorrido desde julho de 1994, multiplicada pelo fator previdencirio.
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Nota dos autores: devido s alteraes legislati-vas trazidas pela Medida Provisria 664, de 30/12/2014, conservadas na Lei 13.135/2015, o auxlio-doena no poder exceder a mdia aritmtica simples dos ltimos 12 salrios-de-contribuio, inclusive no caso de remu-nerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios-de-contribuio existentes. O valor, no entanto, continua sendo 91% do
salrio de benefcio, agora contando com um limitador externo.
Nota dos autores: O fator previdencirio apenas incide no clculo do salrio de benefcio da aposenta-doria por tempo de contribuio (obrigatrio, salvo no caso de cumprimento das frmulas 85 e 95, conforme previsto no artigo 29-C, da Lei 8.213/91, inserido pela Lei 13.183, de 04/11/2015), da aposentadoria por idade (facultativo vide art. 7 da Lei 9.876/99) e da aposenta-doria do deficiente (facultativo vide LC 142/2013).
A Medida Provisria 676, de 17/06/2015, introduziu as frmulas 95 para homens e 85 para mulheres, com a insero do art. 29-C, da Lei 8.213/91. Com estas citadas frmulas, o fator previdencirio deixaria de ser utilizado em prejuzo do segurado quando a soma da idade e do tempo de contribuio dos homens resultasse em 95 (60 anos de idade e 35 de contribuio, por exemplo) e das mulheres resultasse em 85 (54 anos de idade e 31 de contribuio, por exemplo) A MP 676 foi convertida, com alteraes, na Lei 13,183, de 04/11/2015.
Com esta relevante alterao, o segurado que pre-encher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio, ou seja 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, com reduo de 5 anos para professores do ensino bsico, poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo de sua aposenta-doria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I. igual ou superior a 95 pontos, se homem, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 35 anos; ou
II. igual ou superior a 85 pontos, se mulher, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 30 anos.
Para o clculo dos pontos, sero somadas as fraes em meses completos de tempo de contribuio e idade. Se, ento, o homem contar com 36 anos e seis meses de contribuio e 58 anos e seis meses de idade, pode se aposentar sem a incidncia do fator previdencirio.
A Lei 13.183/2015 trouxe tambm uma regra de progresso das frmulas 85 e 95, que passa a valer a partir da data da publicao da norma e perdura at 30/12/2018. A partir desta data as citadas frmulas sero majoradas em um ponto, conforme tabela abaixo:
A partir dePontos
HomensPontos
Mulheres
31 de dezembro de 2018 96 86
31 de dezembro de 2020 97 87
31 de dezembro de 2022 98 88
31 de dezembro de 2024 99 89
31 de dezembro de 2026 100 90
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Captulo 9 Salrio-de-Benefcio e Renda Mensal do Benefcio e Reajustes 367
Para efeito de aplicao das frmulas, sero acres-cidos 5 pontos soma da idade com o tempo de contri-buio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magis-trio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Alm disso, o tempo mnimo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusiva-mente tempo de efetivo exerccio de magistrio na edu-cao infantil e no ensino fundamental e mdio ser de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos para pos-sibilitar a aplicao da frmula, ou seja, contam com 5 anos de reduo.
Ao segurado que alcanar os requisitos necessrios ao exerccio da opo pela frmula que exclui o fator previdencirio e deixar de requerer aposentadoria ser assegurado o direito opo com a aplicao da pontu-ao exigida na data do cumprimento do requisito da frmula. Assim, o segurado que atendeu aos requisitos, mas no requereu a aposentadoria tem direito ao cl-culo do valor do benefcio sem a aplicao do fator pre-videncirio, mesmo que no momento do requerimento ele no mais atenda aos requisitos da frmula por conta da progresso da pontuao.
Observem, entretanto, que a questo foi res-pondida de acordo com a legislao em vigor poca de realizao do concurso.
Alternativa correta: letra C. Para os segura-dos inscritos antes da vigncia da Lei 9.876/99 (at 28/11/1999), apenas sero considerados os salrios de contribuio a partir do Plano Real (julho de 1994) no clculo do salrio de benefcio da aposentadoria por tempo de contribuio. Nesse sentido, dispe o artigo 3, da Lei 9.876/99, que para o segurado filiado Pre-vidncia Social at o dia anterior data de publicao desta Lei, que vier a cumprir as condies exigidas para a concesso dos benefcios do Regime Geral de Previdncia Social, no clculo do salrio-de-benef-cio ser considerada a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio, correspondentes a, no mnimo, oitenta por cento de todo o perodo con-tributivo decorrido desde a competncia julho de 1994, observado o disposto nos incisos I e II do caput do art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redao dada por esta Lei.
Alternativa a, errada. O fator previdencirio apenas incidir no clculo do salrio de benefcio da aposentadoria por idade (facultativo) e da aposenta-doria por tempo de contribuio (obrigatrio, salvo no caso do artigo 29-C, da Lei 8.213/91), na forma do artigo 29, inciso I, da Lei 8.213/91, e no dos outros benefcios previdencirios.
Alternativa b, errada. O fator previdencirio apenas incidir no clculo do salrio de benefcio da aposentadoria por idade (facultativo) e da aposenta-doria por tempo de contribuio (obrigatrio, salvo no caso do artigo 29-C, da Lei 8.213/91), na forma do artigo
29, inciso I, da Lei 8.213/91, e no dos outros benefcios previdencirios.
Alternativa d, errada. O item no previu a inci-dncia no fator previdencirio no clculo do salrio de benefcio das referidas aposentaes, conforme deter-mina o artigo 29, inciso I, da Lei 8.213/91.
Alternativa e, errada. No h incidncia do fator previdencirio no clculo do salrio de benefcio do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez, com base no artigo 29, inciso II, da Lei 8.213/91.
08. (FCC Tcnico do Seguro Social INSS/2012) Em relao ao valor da renda mensal dos benefcios, correto afirmar que
a) o auxlio-doena corresponde a 100% (cem por cen-to) do salrio de benefcio.
b) a aposentadoria por invalidez corresponde a 91% (noventa e um) por cento do salrio de benefcio.
c) a aposentadoria por idade corresponde a 70% (se-tenta por cento) do salrio de benefcio.
d) a renda mensal da aposentadoria especial no est sujeita ao fator previdencirio.
e) a renda mensal da aposentadoria por tempo de con tribuio no est sujeita ao fator previdenci-rio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: devido s alteraes legislati-vas trazidas pela Medida Provisria 664, de 30/12/2014, no que foi mantido na Lei 13.135/2015, o auxlio-doena no poder exceder a mdia aritmtica simples dos lti-mos 12 salrios-de-contribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios-de-con-tribuio existentes.
Nota dos autores: O valor mensal da penso por morte ou do auxlio-recluso ser de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez, na data de seu falecimento ou recolhimento priso.
A Medida Provisria 664, de 3012 2014 tentou, sem sucesso, alterar a regra de clculo do valor da penso por morte, mas no processo de converso em lei o Con-gresso Nacional rejeitou a mudana. Pelo texto da MP 664, o valor mensal da penso por morte correspon-deria a 50% do valor da aposentadoria que o segu-rado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez, na data de seu falecimento, acrescido de tantas cotas individuais de 10% do valor da mesma aposentadoria, quantos forem os depen-dentes do segurado, at o mximo de cinco.
Felizmente para os dependentes, a lesiva alterao no foi aprovada, mantendo-se o valor da penso por morte e do auxlio-recluso em 100% do valor da apo-
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sentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez, na data de seu falecimento ou recolhimento priso.
Alternativa correta: letra d. De acordo com o art. 32, II, para o clculo da aposentadoria especial no se utiliza o fator previdencirio.
Alternativas a, b e c, erradas. De acordo com o art. 39, do Regulamento da Previdncia Social, a renda mensal do benefcio de prestao continuada ser calculada, aplicando-se sobre o salrio-de-benef-cio os seguintes percentuais:
I - auxlio-doena - noventa e um por cento do sal-rio-de-benefcio alternativa A errada;
II - aposentadoria por invalidez - cem por cento do salrio-de-benefcio alternativa B errada;
III - aposentadoria por idade - setenta por cento do salrio-de-benefcio, mais um por cento deste por grupo de doze contribuies mensais, at o mximo de trinta por cento alternativa C errada;
Alternativa e, errada. De acordo com o art. 32, II, para o clculo da aposentadoria por tempo de contri-buio, o fator previdencirio deve ser utilizado.
09. (FCC Tcnico do Seguro Social INSS/2012) Para fins de clculo do salrio de benefcio, correto afir mar que
a) o trabalhador domstico est dispensado de provar os recolhimentos Previdncia Social.
b) podero ser utilizados os salrios de contribuio constantes do CNIS Cadastro Nacional de Informa-es Sociais para os segurados em geral.
c) o empregado deve apresentar os recibos de paga-mento para fins de clculo do valor do benefcio.
d) o contribuinte individual no poder valer-se das in formaes constantes do CNIS Cadastro Nacio-nal de Informaes Sociais.
e) o segurado especial dever comprovar o recolhi-mento das contribuies para fins de clculo do sa lrio de benefcio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: At a publicao da Lei Complementar 150, de 01/06/2015, para o segurado empregado domstico que, mesmo tendo satisfeito as condies exigidas para a concesso do benefcio requerido, no pudesse comprovar o efetivo recolhi-mento das contribuies devidas, seria concedido o benefcio de valor mnimo, devendo sua renda ser recal-culada quando da apresentao da prova do recolhi-mento das contribuies. Atualmente, no entanto, o empregado domstico est dispensado de comprovar o recolhimento de suas contribuies, sendo estas presu-midas, de acordo com o art. 35, da Lei 8.213/91.
Alternativa correta: letra b. O art. 29-A, da Lei 8.213/91 dispe que o INSS utilizar as informa-es constantes no Cadastro Nacional de Informaes Sociais CNIS sobre os vnculos e as remuneraes dos segurados, para fins de clculo do salrio-de--benefcio, comprovao de filiao ao Regime Geral de Previdncia Social, tempo de contribuio e relao de emprego.
Alternativa a, errada. poca de realizao desta prova, o empregado domstico no tinha as suas contribuies presumidas. Atualmente, todavia, a ques-to estaria certa, pois a LC 150/2015 garantiu a presun-o dos recolhimentos para estes segurados.
Alternativas c e d, erradas. Estas alternativas contrariam o disposto no art. 29-A, da Lei 8.213/91, que acabamos de transcrever.
Alternativa e, errada. O segurado especial somente precisa comprovar o tempo de atividade rural para ter direito aos seus benefcios.
10. (Cespe Juiz Federal Substituto 2 regio/ 2011) Assinale a opo correta relativamente ao clculo do valor dos benefcios previdencirios.
a) segurada especial garantida a concesso do salrio-maternidade no valor de um salrio mnimo, desde que se comprove o exerccio de atividade rural de forma contnua, nos nove meses imediata-mente anteriores ao do incio do benefcio.
b) O valor do benefcio de prestao continuada, incluindo-se o regido por norma especial e o decor-rente de acidente do trabalho e excetuando-se o salrio-famlia e o salrio-maternidade, ser calcu-lado com base no salrio de benefcio.
c) Sero considerados para clculo do salrio de bene-fcio os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais incidam contribuies previdencirias, incluindo-se a gratificao nata-lina.
d) O valor mensal do auxlio-acidente no integra o salrio de contribuio, para clculo do salrio de benefcio de qualquer aposentadoria paga pelo RGPS.
e) Ao segurado contribuinte individual que, satisfa-zendo as condies exigidas para a concesso do benefcio requerido, no comprovar o efetivo reco-lhimento das contribuies devidas ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo sua renda ser recalculada quando da apresentao da prova do recolhimento das contribuies.
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Alternativa correta: letra b: a assertiva repro-duz o texto do art. 28 da Lei 8213/91.
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Alternativa a: est errada. A assertiva apresenta 2 erros. Conforme o art. 93, 2, do Decreto 3048/99, ser devido o salrio-maternidade segurada especial, desde que comprove o exerccio de atividade rural nos ltimos 10 meses imediatamente anteriores data do parto ou do requerimento do benefcio, quando reque-rido antes do parto, mesmo que de forma descont-nua.
Alternativa c: est errada. Conforme disposto no art. 29, 3, da Lei 8213/91, a gratificao natalina (13 salrio) no considerado para clculo do salrio--de-benefcio.
Alternativa d: est errada. Conforme o art. 31 da Lei 8213/91, o valor mensal do auxlio-acidente inte-gra o salrio-de-contribuio, para fins de clculo do salrio-de-benefcio de qualquer aposentadoria.
Alternativa e: est errada. Conforme determina o art. 35, da Lei 8213/91, ao segurado empregado e ao trabalhador avulso que tenham cumprido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado, mas no possam comprovar o valor dos seus salrios--de-contribuio no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recalculada, quando da apresentao de prova dos salrios-de-contribuio. Essa regra, porm, no se aplica ao contribuinte individual, pois este o responsvel pela prpria contribuio.
11. (Cespe Juiz Federal Substituto 1 regio/ 2011) A respeito da renda mensal dos benefcios do RGPS, assinale a opo correta.
a) Ao segurado trabalhador avulso que tenha cum-prido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado, mas no possa comprovar o valor dos seus salrios de contribuio no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recalculada quando da apresentao de prova dos salrios de contribuio.
b) No clculo do valor da renda mensal do benefcio, com exceo do decorrente de acidente do traba-lho, sero computados, para o segurado empre-gado e empregado domstico, os salrios de contri-buio referentes aos meses de contribuies devi-das, ainda que no recolhidas pelo empregador, sem prejuzo da respectiva cobrana e da aplicao das penalidades cabveis.
c) A CF, em dispositivo dotado de autoaplicabilidade, inovou no ordenamento jurdico ao assegurar, para os benefcios concedidos aps a sua vigncia, a correo monetria de todos os salrios de contri-buio considerados no clculo da renda mensal inicial.
d) devida a incluso de expurgos inflacionrios na correo monetria dos salrios de contribuio,
quando do cmputo da renda mensal inicial dos benefcios de prestao continuada concedidos pela previdncia social aps a promulgao da CF.
e) devido abono anual ao segurado que, durante o ano, tenha recebido auxlio-doena, auxlio-aci-dente ou aposentadoria, penso por morte, auxlio--recluso ou salrio-famlia, devendo o abono ser calculado pela mdia dos proventos pagos durante o ano ao segurado.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: Com o advento da Lei Com-plementar 150/2015, que, dentre outras mudanas, alterou o artigo 34 e 35 da Lei 8.213/91, o empregado domstico passou a ter em seu favor a presuno abso-luta de recolhimento da contribuio previdenciria, mesmo nos casos de salrio de contribuio acima de um salrio mnimo, tendo havido a revogao tcita do artigo 36 da Lei 8.213/91.
Questo respondida com base na legislao em vigor no dia da prova.
Alternativa correta: letra a: a assertiva reproduz o contedo do art. 35, da Lei 8213/91. Vejamos:
Art. 35. Ao segurado empregado e ao traba-lhador avulso que tenham cumprido todas as condies para a concesso do benefcio pleiteado mas no possam comprovar o valor dos seus salrios-de-contribuio no perodo bsico de clculo, ser concedido o benefcio de valor mnimo, devendo esta renda ser recal-culada, quando da apresentao de prova dos salrios-de-contribuio.
Alternativa b: est errada. A assertiva possui dois erros, primeiro ao excluir da regra da presuno de recolhimento o clculo da RMI de benefcios decorrente de acidente do trabalho, segundo por afirmar que o empregado domstico tambm goza dessa presuno.
Vejamos o texto do art. 36, do Decreto 3048/99:
Art. 36. No clculo do valor da renda mensal do benefcio sero computados:
I para o segurado empregado e o trabalha-dor avulso, os salrios-de-contribuio refe-rentes aos meses de contribuies devidas, ainda que no recolhidas pela empresa, sem prejuzo da respectiva cobrana e da aplica-o das penalidades cabveis (grifo nosso).
Observem ento que esta regra s se aplica ao empregado e o trabalhador avulso, no se estendendo ao domstico, o que j invalidaria, por si s, a assertiva.
Observem tambm que o texto legal no exclui da regra o clculo de benefcio decorrente de acidente do trabalho, outro erro da assertiva.
Alternativa c: est errada. A CF/88 inovou no ordenamento jurdico ao assegurar, para os benefcios
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concedidos aps a sua vigncia, a correo monet-ria de todos os salrios de contribuio considerados no clculo da renda mensal inicial. O erro da assertiva reside em afirmar que o dispositivo constitucional dotado de auto-aplicabilidade, quando no o .
Vejamos jurisprudncia em igual sentido:
PREVIDENCIRIO. RECURSO ESPECIAL REPRE-SENTATIVO DA CONTROVRSIA. ART. 543-C DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. RESOLUO STJ n 08/2008. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ CONCEDIDA ANTES DA PROMULGAO DA CONSTITUIO FEDERAL DE 1988. CORREO MONETRIA DOS 24 (VINTE E QUATRO) SAL-RIOS-DE-CONTRIBUIO ANTERIORES AOS 12 (DOZE) LTIMOS, PELA VARIAO DA ORTN/OTN. LEGISLAO APLICVEL. ATUALIZAO INDEVIDA. 1. A Constituio Federal de 1988, em dispositivo no dotado de auto-aplicabi-lidade, inovou no ordenamento jurdico ao assegurar, para os benefcios concedidos aps a sua vigncia, a correo monetria de todos os salrios-de-contribuio considerados no clculo da renda mensal inicial. 2. Quanto aos benefcios concedidos antes da promulgao da atual Carta Magna, aplica-se a legislao previdenciria ento vigente (...) (REsp n 1.113.983/RN, Terceira Seo, Relatora Minis-tra Laurita Vaz, DJ de 28/4/2010) (grifo nosso).
Alternativa d: est errada. firme a jurisprudn-cia do Superior Tribunal de Justia no sentido de que no possvel a incluso dos expurgos inflacionrios na correo monetria dos salrios-de-contribuio, quando do cmputo da renda mensal inicial. Vejamos:
PREVIDENCIRIO. EMBARGOS DE DIVER-GNCIA NO RECURSO ESPECIAL. BENEFCIOS CONCEDIDOS ENTRE 5 DE OUTUBRO DE 1988 E 5 DE ABRIL DE 1991. APLICAO DO ART. 144 DA LEI 8.213/91. EXPURGOS INFLACIONRIOS. INCORPORAO. IMPOSSIBILIDADE. PRECE-DENTES DO STJ. EMBARGOS ACOLHIDOS.
1. "Todos os benefcios de prestao continu-ada concedidos pela Previdncia Social entre 5 de outubro de 1988 e 5 de abril de 1991 devem ter sua renda mensal inicial recalcu-lada e reajustada de acordo com as regras estabelecidas na Lei 8.213/91 (artigo 144 da Lei 8.213/91)" (EREsp 172.345/SP, Rel. Min. HAMIL-TON CARVALHIDO, DJ 24/9/01). 2. firme a jurisprudncia do Superior Tribunal de Justia no sentido de que no possvel a incluso dos expurgos inflacionrios na correo monet-ria dos salrios-de-contribuio, quando do cmputo da renda mensal inicial. 3. Embargos de divergncia acolhidos para, reformando o acrdo embargado, negar provimento ao recurso especial. (EREsp n 213.164/SC, Terceira Seo, Relator Ministro Arnaldo Esteves Lima, DJ de 12/2/2010, grifo nosso).
EMBARGOS DE DECLARAO. PREVIDENCI-RIO. ERRO DE FATO PRESENTE. DISCORDN-CIA ENTRE O PLEITO RECURSAL E O DECIDIDO. BENEFCIOS CONCEDIDOS APS A CF/88. CORREO DOS SALRIOS DE CONTRIBUIO ANTERIORES AOS 12 LTIMOS PELA ORTN/OTN/BTN. DESCABIMENTO. INCLUSO DOS EXPURGOS INFLACIONRIOS NO REAJUSTE DOS SALRIOS DE CONTRIBUIO. IMPOS-SIBILIDADE. SMULA 86 DO STJ. RECURSO ESPECIAL NO CONHECIDO. EFEITO MODIFI-CATIVO. AMBOS EMBARGOS ACOLHIDOS.
[...]
2. Os benefcios foram concedidos posterior-mente promulgao da Carta Poltica de 1988, portanto o cmputo da renda mensal inicial deve ser realizado conforme expressa o artigo 144 combinado com o artigo 31 da Lei 8.213/91, ou seja, corrigindo-se os 36 sal-rios de contribuio pela variao do INPC. 3. Os ndices expurgados da inflao no se incluem no reajustamento dos salrios de con-tribuio que integram o salrio de benefcio. 4. Recurso especial no conhecido. Acrdo regional vergastado em sintonia com os julga-dos deste Sodalcio, incidncia da Smula 86 do STJ. 5. Embargos de declarao do Instituto Nacional do Seguro Social INSS e dos auto-res acolhidos, com efeito modificativo. (EDcl no REsp n 192.039/SC, Relator Ministro Hlio Quaglia Barbosa 5/9/2005).
Alternativa e: est errada. O abono anual equi-vale ao 13 pago pelo INSS, quando os segurados esto em gozo de benefcio. Perceba que este abono, ao contrrio do 13 salrio decorrente do trabalho, deve ser pago a todas as categorias de segurado, mas no apenas aos segurados empregados.
Segundo o texto do art. 40, da Lei 8213/91, devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previ-dncia Social que, durante o ano, recebeu auxlio-do-ena, auxlio-acidente, aposentadoria, salrio-ma-ternidade, penso por morte ou auxlio-recluso. Observem que no se insere neste rol os segurados que receberam salrio-famlia, razo pela qual a assertiva j estaria errada.
Outrossim, a assertiva afirma ainda que o abono deve ser calculado pela mdia dos proventos pagos durante o ano ao segurado, o que est errado. Segundo o nico do art. 40, do mesmo diploma legal, o abono anual ser calculado, no que couber, da mesma forma que a gratificao natalina dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benef-cio do ms de dezembro de cada ano. A Previdncia Social paga o abono anual, juntamente com o paga-mento da ltima parcela do benefcio de cada ano.
Art. 40. devido abono anual ao segurado e ao dependente da Previdncia Social que,
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durante o ano, recebeu auxlio-doena, aux-lio-acidente ou aposentadoria, penso por morte ou auxlio-recluso. (Vide Decreto n 6.927, de 2009) (Vide Decreto n 7.782, de 2012)
Pargrafo nico. O abono anual ser calcu-lado, no que couber, da mesma forma que a Gratificao de Natal dos trabalhadores, tendo por base o valor da renda mensal do benefcio do ms de dezembro de cada ano.
12. (Procurador Federal 2010 Prova Curso de For-mao CESPE)
O fator previdencirio se aplica a todas as aposen-tadorias por tempo de contribuio concedidas a par-tir da lei que o instituiu, ainda que os requisitos para a concesso da aposentadoria tenham sido preenchidos antes da vigncia da referida lei.
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Questo errada. Em verdade, a questo no trata especificamente de fator previdencirio, mas do princ-pio do direito adquirido. Se os requisitos para a conces-so da aposentadoria foram atendidos antes da altera-o legislativa, o segurado possui direito adquirido a se aposentar, conforme as regras da legislao vigente poca do preenchimento das exigncias.
13. (Procurador Federal 2010 Prova Curso de For-mao CESPE)
Em razo da imprevisibilidade que caracteriza os benefcios por incapacidade, no se aplica, em seu cl-culo, o fator previdencirio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores:A Medida Provisria 676, de 17/06/2015, introduziu
as frmulas 95 para homens e 85 para mulheres, com a insero do art. 29-C, da Lei 8.213/91. Com estas citadas frmulas, o fator previdencirio deixaria de ser utilizado em prejuzo do segurado quando a soma da idade e do tempo de contribuio dos homens resultasse em 95 (60 anos de idade e 35 de contribuio, por exemplo) e das mulheres resultasse em 85 (54 anos de idade e 31 de contribuio, por exemplo) A MP 676 foi convertida, com alteraes, na Lei 13,183, de 04/11/2015.
Com esta relevante alterao, o segurado que pre-encher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio, ou seja 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, com reduo de 5 anos para professores do ensino bsico, poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo de sua aposenta-doria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I. igual ou superior a 95 pontos, se homem, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 35 anos; ou
II. igual ou superior a 85 pontos, se mulher, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 30 anos.
Para o clculo dos pontos, sero somadas as fraes em meses completos de tempo de contribuio e idade. Se, ento, o homem contar com 36 anos e seis meses de contribuio e 58 anos e seis meses de idade, pode se aposentar sem a incidncia do fator previdencirio.
A Lei 13.183/2015 trouxe tambm uma regra de progresso das frmulas 85 e 95, que passa a valer a partir da data da publicao da norma e perdura at 30/12/2018. A partir desta data as citadas frmulas sero majoradas em um ponto, conforme tabela abaixo:
A Partir de:Pontos
HomensPontos
Mulheres
31 de dezembro de 2018 96 86
31 de dezembro de 2020 97 87
31 de dezembro de 2022 98 88
31 de dezembro de 2024 99 89
31 de dezembro de 2026 100 90
Para efeito de aplicao das frmulas, sero acres-cidos 5 pontos soma da idade com o tempo de contri-buio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magis-trio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Alm disso, o tempo mnimo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusiva-mente tempo de efetivo exerccio de magistrio na edu-cao infantil e no ensino fundamental e mdio ser de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos para pos-sibilitar a aplicao da frmula, ou seja, contam com 5 anos de reduo.
Ao segurado que alcanar os requisitos necessrios ao exerccio da opo pela frmula que exclui o fator previdencirio e deixar de requerer aposentadoria ser assegurado o direito opo com a aplicao da pontu-ao exigida na data do cumprimento do requisito da frmula. Assim, o segurado que atendeu aos requisitos, mas no requereu a aposentadoria tem direito ao cl-culo do valor do benefcio sem a aplicao do fator pre-videncirio, mesmo que no momento do requerimento ele no mais atenda aos requisitos da frmula por conta da progresso da pontuao.
Questo correta. O art. 29, da Lei 8.213/91, alterado pela Lei 9.876/99, dispe que o salrio-de-benefcio consiste:
I. para a aposentadoria por idade e tempo de contribuio mdia aritmtica simples dos 80% maiores salrios-de-contribuio de todo o perodo
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contributivo, multiplicado pelo fator previdenci-rio. O fator obrigatrio para a aposentadoria por tempo de contribuio e facultativo na por idade;
II. para a aposentadoria por invalidez, especial, auxlio-doena e auxlio-acidente mdia arit-mtica simples dos 80% maiores salrios-de-contri-buio de todo o perodo contributivo.
Percebe-se, ento, que, para os benefcios por inca-pacidade (aposentadoria por invalidez, auxlio-doena e auxlio-acidente), o fator previdencirio no utili-zado para o clculo do salrio-de-benefcio.
O fator previdencirio foi criado com o objetivo de reduzir o valor das aposentadorias consideradas preco-ces. Por isso, ele s utilizado obrigatoriamente para o clculo do salrio-de-benefcio das aposentadorias por tempo de contribuio. No faria qualquer sentido a aplicao do fator previdencirio para os benefcios por incapacidade.
14. (TRF 4 Juiz Federal Substituto 4 regio/ 2010) Dadas as assertivas abaixo sobre clculo da renda mensal inicial e manuteno e reajustamento da renda mensal dos benefcios previdencirios do Regime Geral de Previdncia Social, assinale a alternativa correta.
I. O valor do benefcio de prestao continuada, inclusive o regido por norma especial e o decor-rente de acidente do trabalho, exceto o salrio-fa-mlia e o salrio-maternidade, ser sempre calcu-lado com base no salrio de benefcio consistente na mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a oitenta por cento de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.
II. O salrio de benefcio do segurado que contribuir em razo de atividades concomitantes ser calcu-lado com base na mdia dos salrios de contribui-o da atividade principal, assim considerada a de maior renda, acrescida de 75% (setenta e cinco por cento) da mdia da atividade secundria.
III. Em nenhuma hiptese a renda mensal do benefcio de prestao continuada que substituir o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segu-rado ter valor inferior ao do salrio mnimo nem superior ao do limite mximo do salrio de contri-buio.
IV. Nas hipteses estabelecidas atualmente na Lei 8.213/91 em que possvel a cumulao de auxlio--acidente e aposentadoria por tempo de contribui-o, a renda mensal daquele no integra o salrio de contribuio desta para fins de clculo do salrio de benefcio.
V. O valor dos benefcios em manuteno ser rea-justado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, aplicada a todos os benefcios a variao integral do ndice Nacional de Preos
ao Consumidor INPC/IBGE acumulada a partir da data do reajuste anterior.
a) Est correta apenas a assertiva II.
b) Esto corretas apenas as assertivas I e V.
c) Esto corretas apenas as assertivas II, III e IV.
d) Esto corretas todas as assertivas.
e) Nenhuma das assertivas est correta.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: A Medida Provisria 676, de 17/06/2015, introduziu as frmulas 95 para homens e 85 para mulheres, com a insero do art. 29-C, da Lei 8.213/91. Com estas citadas frmulas, o fator previden-cirio deixaria de ser utilizado em prejuzo do segurado quando a soma da idade e do tempo de contribuio dos homens resultasse em 95 (60 anos de idade e 35 de contribuio, por exemplo) e das mulheres resul-tasse em 85 (54 anos de idade e 31 de contribuio, por exemplo) A MP 676 foi convertida, com alteraes, na Lei 13,183, de 04/11/2015.
Com esta relevante alterao, o segurado que pre-encher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio, ou seja 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, com reduo de 5 anos para professores do ensino bsico, poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo de sua aposenta-doria, quando o total resultante da soma de sua idade e de seu tempo de contribuio, includas as fraes, na data de requerimento da aposentadoria, for:
I. igual ou superior a 95 pontos, se homem, observando o tempo mnimo de contribuio de 35 anos; ou
II. igual ou superior a 85 pontos, se mulher, obser-vando o tempo mnimo de contribuio de 30 anos.
Para o clculo dos pontos, sero somadas as fraes em meses completos de tempo de contribuio e idade. Se, ento, o homem contar com 36 anos e seis meses de contribuio e 58 anos e seis meses de idade, pode se aposentar sem a incidncia do fator previdencirio.
A Lei 13.183/2015 trouxe tambm uma regra de progresso das frmulas 85 e 95, que passa a valer a partir da data da publicao da norma e perdura at 30/12/2018. A partir desta data as citadas frmulas sero majoradas em um ponto, conforme tabela abaixo:
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Captulo 9 Salrio-de-Benefcio e Renda Mensal do Benefcio e Reajustes 373
Para efeito de aplicao das frmulas, sero acres-cidos 5 pontos soma da idade com o tempo de contri-buio do professor e da professora que comprovarem exclusivamente tempo de efetivo exerccio de magis-trio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio. Alm disso, o tempo mnimo de contribuio do professor e da professora que comprovarem exclusiva-mente tempo de efetivo exerccio de magistrio na edu-cao infantil e no ensino fundamental e mdio ser de, respectivamente, trinta e vinte e cinco anos para pos-sibilitar a aplicao da frmula, ou seja, contam com 5 anos de reduo.
Ao segurado que alcanar os requisitos necessrios ao exerccio da opo pela frmula que exclui o fator previdencirio e deixar de requerer aposentadoria ser assegurado o direito opo com a aplicao da pontu-ao exigida na data do cumprimento do requisito da frmula. Assim, o segurado que atendeu aos requisitos, mas no requereu a aposentadoria tem direito ao cl-culo do valor do benefcio sem a aplicao do fator pre-videncirio, mesmo que no momento do requerimento ele no mais atenda aos requisitos da frmula por conta da progresso da pontuao.
Assertiva I: errada. A assertiva possui dois erros. Nem todos os benefcios de prestao continuada so calculados da mesma forma. Os benefcios destinados aos segurados especiais possuem valor fixo e definido em lei.
Outrossim, o fator previdencirio incide apenas sobre o clculo dos benefcios de aposentadoria por idade e aposentadoria por tempo de contribuio (art. 29, I, da Lei 8213/91).
Assertiva II: errada. Conforme determina o art. 32 da Lei 8213/91, o salrio-de-benefcio do segurado que contribuir em razo de atividades concomitantes ser calculado com base na soma dos salrios-de-contribui-o das atividades exercidas.
Assertiva III: errada. A renda mensal do benef-cio de prestao continuada que substituir o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segurado poder ter valor inferior ao salrio mnimo quando con-cedido com base em acordos internacionais de previ-dncia social (art. 35, 1, do Decreto 3048/99).
Em duas hipteses, o benefcio poder ter valor superior ao do limite mximo do salrio-de-contribui-o, isto pode ocorrer em relao ao salrio-materni-dade, que limitado apenas ao valor do subsdio men-sal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal (art. 248, da CF/88), e quanto aposentadoria por invalidez do segurado que necessitar da assistncia permanente de outra pessoa, quando ento ser acrescido de 25% (art. 45, II, do Decreto 3048/99).
Assim, a assertiva est errada, pois existe 01 hip-tese em que o valor do benefcio que substituir o salrio de contribuio ou o rendimento do trabalho do segu-rado poder ter valor inferior ao do salrio mnimo, e 02
hipteses em que poder ter valor superior ao do limite mximo do salrio de contribuio.
Assertiva IV: errada. A atual redao da Lei 8213/91 no admite a cumulao de auxlio-acidente com qual-quer tipo de aposentadoria (art. 86, 2, da Lei 8213/91).
Assertiva V: errada. Estabelece o art. 41-A da Lei 8213/91 que o valor dos benefcios em manuteno ser reajustado, anualmente, na mesma data do reajuste do salrio mnimo, pro rata, de acordo com suas respecti-vas datas de incio ou do ltimo reajustamento, com base no ndice Nacional de Preos ao Consumidor INPC. Observem que a questo menciona que o repasse do reajuste do INPC deve ser integral, sem mencionar que deve ser pro rata em relao a data do incio do benefcio.
Alternativa correta: letra e. De acordo com a anlise das assertivas, conclumos que todos os itens esto errados.
15. Juiz Federal do TRF 2 Regio 2009 CESPE
Com base nas regras informativas do clculo dos benefcios, assinale a opo correta.
a) Nos casos de aposentadoria por invalidez em que o segurado necessite de assistncia permanente de outra pessoa, o valor do benefcio previdencirio no pode ser superior ao limite mximo do salrio--de-contribuio na data inicial do benefcio.
b) O valor mensal dos benefcios de prestao conti-nuada, incluindo o regido por norma especial e o decorrente de acidente do trabalho, calculado com base no salrio-de-benefcio.
c) Para clculo do valor do salrio-de-benefcio do segurado empregado, so considerados todos os ganhos habituais deste, includas as utilidades concedidas pelo empregador, sobre os quais tenha havido contribuies previdencirias, a inserida a gratificao natalina.
d) O fator previdencirio consiste em uma frmula aritmtica que considera os fatores idade e expec-tativa de sobrevida do segurado, exclusivamente por ocasio do pedido de aposentadoria, e se des-tina a fixar o tempo de contribuio remanescente para o segurado poder aposentar-se por tempo de servio.
e) O salrio-de-benefcio da aposentadoria por idade apurado pela mdia aritmtica simples dos maio-res salrios-de-contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.
|COMENTRIOS|..`
Alternativa e: est correta. A assertiva E est correta, refletindo o exto texto do art.29, I, da Lei 8.213/91. Para os benefcios de que tratam as alneas b
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e c do inciso I do art. 18 (aposentadoria por tempo de contribuio e por idade), o salrio de benefcio ser a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-con-tribuio correspondentes a oitenta por cento de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previ-dencirio
Alternativa a: est errada. A alternativa A est errada, pois, de acordo com o art. 45, nico, a, da Lei 8.213/91, o acrscimo de 25% da aposentadoria por invalidez do segurado que necessita de auxlio perma-nente deve ser concedido, ainda que o valor do benef-cio ultrapasse o limite mximo do salrio-de-benefcio.
Alternativa b: est errada. A proposio B est errada, pois alguns benefcios de prestao continuada no so calculados com base no salrio-de-benefcio, a exemplo do salrio-maternidade e do salrio-famlia.
Alternativa c: est errada. A alternativa C est errada, uma vez que o art. 28, 7, da Lei 8.212/91 dis-pe que o dcimo-terceiro salrio (gratificao nata-lina) integra o salrio-de-contribuio, exceto para o clculo de benefcio.
Alternativa d: est errada. A proposio D no reflete o papel do fator previdencirio, pois este insti-tuto utilizado para o clculo do valor das aposentado-rias por tempo de contribuio e por idade (art.29, I, da Lei 8.213/91).
16. (Cespe Tcnico do Seguro Social INSS/2008) Em cada um dos itens subsequentes, apresentada uma situao hipottica a respeito da aposentadoria por tempo de contribuio, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Mrio, segurado inscrito na previdncia social desde 1972, requereu sua aposentadoria por tempo de contribuio. Nessa situao, a renda inicial da apo-sentadoria de Mrio corresponder mdia aritmtica simples dos salrios-de-contribuio desde 1972, multi-plicada pelo fator previdencirio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: O salrio de benefcio um instituto exclusivo do Direito Previdencirio, regulado pelos artigos 28 a 32 da Lei 8.213/91, sendo utilizado para o clculo da maioria dos benefcios do RGPS.
Questo errada: De efeito, na forma do artigo 28, da Lei 8.213/91, o valor do benefcio de prestao con-tinuada, inclusive o regido por norma especial e o decor-rente de acidente do trabalho, exceto o salrio-famlia e o salrio-maternidade, ser calculado com base no salrio de benefcio.
De acordo com o artigo 29, da Lei 8.213/91, com redao dada pela Lei 9.876/99, em regra, o salrio de benefcio corresponder mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo.
No caso da aposentadoria por tempo de contribui-o, para o clculo do salrio de benefcio, essa mdia aritmtica dos 80% maiores salrios de contribuio do PBC (perodo bsico de clculo) ainda ser obrigato-riamente multiplicada pelo fator previdencirio (salvo nos casos de cumprimento das frmulas 85 e 95), que facultativo para o clculo do salrio de benefcio da aposentadoria por idade e do deficiente.
Entretanto, conforme regra de transio contida artigo 3, da Lei 9.876/99, para os segurados com filia-o anterior a 29.11.1999, no clculo do salrio de bene-fcio, apenas sero utilizados os salrios de contribuio a partir da competncia de julho de 1994, ou seja, aps a criao da atual moeda.
Esse dispositivo transitrio considerou a dificul-dade de converso das moedas anteriores, mas em determinados casos concretos poder gerar enormes prejuzos no clculo das aposentadorias, na hiptese de o segurado possuir as maiores contribuies previden-cirias justamente antes de julho de 1994.
Logo, no caso dado, apenas as contribuies pagas por Mrio a partir de julho de 1994 sero consideradas no clculo do salrio de benefcio, razo pela qual o enunciado falso.
17. (Procurador do Municpio Prefeitura Natal--RN/2008 CESPE) Em relao ao salrio-de-benefcio, assinale a opo correta. ANULADA
a) Tratando-se de auxlio-doena, o salrio-de-bene-fcio deve ser calculado pela mdia aritmtica sim-ples dos maiores salrios-de-contribuio corres-pondentes a 80% de todo o perodo contributivo.
b) Tratando-se de auxlio-acidente, o salrio-de-be-nefcio a mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.
c) Devem ser considerados para o clculo do salrio--de-benefcio os ganhos habituais do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenham incidido contribuies previdencirias, inclusive dcimo terceiro salrio.
d) No deve ser considerado, para o clculo do salrio--de benefcio, qualquer aumento do salrio-de--contribuio que exceda o limite legal, inclusive o voluntariamente concedido nos 36 meses imediata-mente anteriores ao incio do benefcio, ainda que homologado pela justia do trabalho, resultante de promoo regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislao do trabalho, de sentena normativa ou de reajustamento salarial obtido pela categoria respectiva.
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Captulo 9 Salrio-de-Benefcio e Renda Mensal do Benefcio e Reajustes 375
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: devido s alteraes legislati-vas trazidas pela Medida Provisria 664, de 30/12/2014, nesta parte conservadas na Lei 13.135/2015, o auxlio--doena no poder exceder a mdia aritmtica sim-ples dos ltimos 12 salrios-de-contribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios--de-contribuio existentes.
Observem, entretanto, que a questo foi res-pondida de acordo com a legislao em vigor poca de realizao do concurso.
Nota dos autores: questo anulada pela banca. Estes autores discordam da anulao da questo pela banca e entendem que a assertiva a est CORRETA.
Ateno, no confundam salrio-de-contribuio, salrio-de-benefcio e renda mensal inicial do benefcio!
Salrio-de-contribuio a base sobre a qual incidiro as contribuies dos trabalhadores e dos tomadores de servios para o Regime Geral da Previ-dncia Social.
Salrio-de-benefcio o valor bsico utilizado para clculo da renda mensal dos benefcios de pres-tao continuada, inclusive os regidos por normas especiais, exceto o salrio-famlia, a penso por morte, o salrio-maternidade e os demais benefcios de legis-lao.
Renda mensal inicial do benefcio o resultado obtido a partir do valor do salrio-de-benefcio, apli-cando-se uma alquota que varia conforme o tipo de benefcio.
Alternativa a: est correta. Conforme o art. 32, II, do Decreto 3048/99, para as aposentadorias por inva-lidez e especial, auxlio-doena e auxlio-acidente, o salrio-de-benefcio consiste na mdia aritmtica sim-ples dos maiores salrios-de-contribuio correspon-dentes a 80% de todo o perodo contributivo. Exata-mente como afirma a alternativa. Embora a banca tenha anulado a questo, entendem estes autores que esta assertiva seria a resposta CORRETA.
Alternativa b: est errada. Conforme o art. 32, II, do Decreto 3048/99, para as aposentadorias por inva-lidez e especial, auxlio-doena e auxlio-acidente o salrio-de-benefcio consiste na mdia aritmtica sim-ples dos maiores salrios-de-contribuio correspon-dentes a 80% de todo o perodo contributivo. A alterna-tiva est errada por afirmar que o salrio-de-benefcio deve ser multiplicado pelo fator previdencirio. Obser-vem que s incide fator previdencirio nas aposen-tadorias por idade e por tempo de contribuio (art. 32, I, do mesmo diploma legal).
Alternativa c: est errada. De acordo com o art. 32, 4, do Decreto 3048/99, sero considerados para clculo do salrio-de-benefcio os ganhos habituais
do segurado empregado, a qualquer ttulo, sob forma de moeda corrente ou de utilidades, sobre os quais tenha incidido contribuio previdenciria. Observem, entretanto, que o 13 salrio no considerado para clculo do salrio-de-benefcio, conforme disposto no art. 29, 3, da Lei 8213/91.
Alternativa d: est errada. Segundo o art. 32, 5, do Decreto 3048/99, no ser considerado, no clculo do salrio-de-benefcio, o aumento dos sal-rios-de-contribuio que exceder o limite legal, inclu-sive o voluntariamente concedido nos 36 meses ime-diatamente anteriores ao incio do benefcio, salvo se homologado pela Justia do Trabalho, resultante de promoo regulada por normas gerais da empresa, admitida pela legislao do trabalho, de sentena nor-mativa ou de reajustamento salarial obtido pela catego-ria respectiva.
18. (Procurador do Municpio Prefeitura Rio Branco-AC/2007 CESPE) Julgue os itens a seguir quanto previdncia social.
A expectativa de vida inversamente proporcional ao ndice do fator previdencirio. Nesse sentido, quanto maior for essa expectativa, maior ser o salrio de bene-fcio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: pertinente recordar ao candi-dato que o fator previdencirio s se aplica s aposenta-dorias por idade e por tempo de contribuio.
ERRADO. O ndice do fator previdencirio inver-samente proporcional idade de aposentadoria do segurado e diretamente proporcional sua expecta-tiva de vida. A idade e o tempo de contribuio encon-tram-se no numerador da frmula de clculo do SB, ou seja, quanto maior a idade e o tempo de contribuio, maior ser o SB, elevando o valor do benefcio. J a expectativa de sobrevida, baseada em tabela do IBGE, est no denominador da frmula, logo, quanto maior a expectativa, maior ser o ndice do FP e menor ser o benefcio.
19. (Cespe Defensor Pblico DPU/ 2007) O fator previdencirio um ndice aplicvel ao clculo do sal-rio-de-benefcio que considera a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contribuio do segurado ao se aposentar, devendo ser aplicado no clculo da renda mensal inicial dos benefcios de aposentadoria por idade e por tempo de contribuio.
|COMENTRIOS|..`
Nota dos autores: O art. 7, da Lei 9876/99, que dificilmente consta expressamente nos editais dos con-cursos, e que no foi includa na redao da Lei 8213/91, que determina a facultatividade da aplicao do fator previdencirio nas aposentadorias por idade. Atentem
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que a Lei 8213/91, ao tratar do fator previdencirio, no traz a informao dessa facultatividade. Assim, acredi-tam estes Autores, que, devido possibilidade de dupla interpretao, a banca examinadora decidiu por anular a assertiva.
Questo ANULADA. A questo foi anulada pela banca. Observem que a interpretao do art. 29, I, da Lei 8213/91, leva a crer que a questo seria verdadeira, pois o texto legal conduz ao entendimento de que a aplicao do fator previdencirio obrigatria em ambos os bene-fcios (benefcios de que tratam as alneas b e c do inciso I do art. 18). Entretanto, conhecendo a existncia do art. 7, da Lei 9876/99, sabemos que a aplicao do fato previ-dencirio facultativa nas aposentadorias por idade.
Vejamos:
Art. 29. O salrio-de-benefcio consiste: (Redao dada pela Lei n 9.876, de 26.11.99)
I para os benefcios de que tratam as alneas b e c do inciso I do art. 18, na mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a oitenta por cento de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.
Art. 7. garantido ao segurado com direito a aposentadoria por idade a opo pela no aplicao do fator previdencirio a que se refere o art. 29 da Lei no 8.213, de 1991, com a redao dada por esta Lei.
20. (AGU Procurador Federal 2006 Organizado pela CESPE) Julgue o seguinte item.
__A recente alterao na expectativa de vida dos brasileiros, conforme clculo promovido pelo IBGE, influencia diretamente o valor calculado dos benefcios pagos pela Previdncia Social, o que gera, entre outros efeitos, a necessidade de os trabalhadores estenderem um pouco mais o perodo de atividade a fim de recebe-rem um benefcio de valor equivalente ao que recebe-riam caso fosse mantida a expectativa de vida anterior.
|COMENTRIOS|..`
Questo correta. A questo narra os efeitos da influncia da alterao na expectativa de vida no fator previdencirio. Veja a frmula de clculo do fator pre-videncirio:
F = Tc x a x 1 + (Id + Tc x a) Es 100
Onde,
F = Fator Previdencirio
Es = Expectativa de Sobrevida
Tc = Tempo de Contribuio
Id = Idade no Momento da Aposentadoria
a = alquota fixa correspondente a 0,31
Percebe-se que o fator previdencirio influen-ciado pelo tempo de contribuio, pela idade do segu-rado e pela expectativa de sobrevida, no momento da aposentadoria.
A expectativa de sobrevida, baseada em tabela do IBGE, est no denominador da frmula, logo, quanto maior a expectativa de sobrevida, menor ser o bene-fcio previdencirio.
21. (Juiz Federal Substituto do TRF 5 Regio 2006 Organizado pela CESPE) Julgue a assertiva.
__Henrique tem 68 anos de idade e trabalha para a pessoa jurdica Delta, desde janeiro de 1968. Verificando ter implementado todas as condies necessrias, Hen-rique requereu no INSS a concesso de benefcio pre-videncirio denominado aposentadoria por tempo de contribuio. O INSS, ao analisar o requerimento for-mulado por Henrique, constatou que, apesar de com-provada a sua condio de segurado empregado, no houve, por parte do empregador de Henrique, o reco-lhimento das contribuies devidas, no perodo entre dezembro de 1989 e maro de 1997. Nessa situao, com base na legislao vigente, os salrios-de-contribuio correspondentes aos perodos em que no houve o recolhimento da contribuio previdenciria devero ser computados para o clculo do valor da renda mensal do benefcio de Henrique.
|COMENTRIOS|..`
Questo correta. Vejamos o que diz a Lei 8.213/91, a respeito da Renda Mensal do Benefcio:
Art. 34. No clculo do valor da renda mensal do benefcio, inclusive o decorrente de aci-dente do trabalho, sero computados:
I para o segurado empregado e trabalhador avulso, os salrios-de-contribuio referentes aos meses de contribuies devidas, ainda que no recolhidas pela empresa, sem preju-zo da respectiva cobrana e da aplicao das penalidades cabveis.
Desta forma, os salrios-de-contribuio de Henri-que, referentes ao perodo no recolhido pela empresa, devero ser computados para o clculo da renda men-sal inicial da aposentadoria por tempo de contribuio.
22. (Juiz Federal Substituto do TRF 5 Regio 2006 Organizado pela CESPE) Julgue a assertiva.
__Fernanda, em virtude do falecimento de seu marido, requereu, no INSS, benefcio previdencirio denominado penso por morte. Nessa situao, o valor da renda mensal do benefcio de Fernanda ser cal-culado com base no salrio-de-benefcio do de cujus, correspondente mdia aritmtica simples dos maio-res salrios-de-contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio.
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Captulo 9 Salrio-de-Benefcio e Renda Mensal do Benefcio e Reajustes 377
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Nota dos autores: A Medida Provisria 664/2014 havia reduzido a renda da penso por morte. No entanto, coube Lei 13.135/2015 rejeitar a aludida redu-o, voltando a penso por morte a ser do mesmo valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento (100% do salrio de bene-fcio).
Questo errada. O 3, do artigo 39, do RPS dispe que o valor mensal da penso por morte ou do aux-lio-recluso ser de cem por cento do valor da aposen-tadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.
Assim, no se utiliza diretamente o salrio-de-bene-fcio para o clculo da penso por morte. Indiretamente, contudo, para o caso de trabalhadores que falecem em atividade, utiliza-se o salrio-de-benefcio da aposenta-doria por invalidez. Este, por sua vez, consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, sem a utilizao do fator previdencirio.
23. (Cesgranrio Analista Previdencirio INSS/2005) A que percentual do salrio-de-benefcio correspondem, respectivamente, as rendas mensais iniciais do auxlio-doena, do auxlio-acidente e da apo-sentadoria por invalidez?
a) 100%, 91% e 50%.
b) 91%, 100% e 70%.
c) 91%, 50% e 100%.
d) 91%, 50% e 70%.
e) 50%, 91% e 100%.
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Nota dos autores: devido s alteraes legislati-vas trazidas pela Medida Provisria 664, de 30/12/2014, neste ponto mantidas na Lei 13.135/2015, o auxlio-do-ena no poder exceder a mdia aritmtica simples dos ltimos 12 salrios-de-contribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios--de-contribuio existentes.
Observem, entretanto, que a questo foi res-pondida de acordo com a legislao em vigor poca de realizao do concurso.
Nota dos autores: Como o auxlio-acidente no tem por objetivo substituir o salrio de contribuio, tendo contedo indenizatrio, poder ter renda mensal inferior a um salrio mnimo.
Alternativa correta: letra c.
Lei 8.213/91:
Art. 61. O auxlio-doena, inclusive o decor-rente de acidente do trabalho, consistir numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salrio-de-bene-fcio, observado o disposto na Seo III, espe-cialmente no art. 33 desta Lei.
Art. 44. A aposentadoria por invalidez, inclu-sive a decorrente de acidente do trabalho, consistir numa renda mensal correspon-dente a 100% (cem por cento) do salrio-de--benefcio, observado o disposto na Seo III, especialmente no art. 33 desta Lei.
Art. 86 1 O auxlio-acidente mensal corres-ponder a cinqenta por cento do salrio-de--benefcio e ser devido, observado o disposto no 5, at a vspera do incio de qualquer aposentadoria ou at a data do bito do segu-rado.
24. (Cesgranrio Analista Previdencirio INSS/2005) Salrio-maternidade o benefcio previ-dencirio pago segurada gestante durante o perodo de afastamento de suas atividades. Consiste em uma renda mensal inicial igual remunerao integral, equi-valente a 01 (um) ms de trabalho, para:
a) todas as espcies de seguradas.
b) a segurada especial.
c) a trabalhadora avulsa.
d) a empregada domstica.
e) a contribuinte individual.
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Nota dos autores: No caso da segurada empre-gada e da trabalhadora avulsa, o valor do salrio-ma-ternidade poder superar o teto do RGPS para o paga-mento dos demais benefcios previdencirios, por fora de entendimento do STF, que aplicou o Princpio da Isonomia na poca, a fim de excluir a referida prestao do teto de R$ 1.200,00, institudo pela Emenda 20/98, conforme trecho abaixo colacionado:
[...] E, na verdade, se se entender que a Previdn-cia Social, doravante, responder apenas por R$1.200,00 (hum mil e duzentos reais) por ms, durante a licena da gestante, e que o empre-gador responder, sozinho, pelo restante, ficar sobremaneira, facilitada e estimulada a opo deste pelo trabalhador masculino, ao invs da mulher trabalhadora. Estar, ento, propiciada a discriminao que a Constituio buscou combater, quando proibiu diferena de salrios, de exerccio de funes e de critrios de admisso, por motivo de sexo (art. 7, inc. XXX, da C.F./88), proibio, que, em substncia, um desdobramento do princpio da igualdade de direitos, entre homens e mulheres, previsto no inciso I do art. 5 da Constituio Federal. Estar, ainda, conclamado o empregador a
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Frederico Amado Ivan Kertzman Luana Horiuchi378
oferecer mulher trabalhadora, quaisquer que sejam suas aptides, salrio nunca supe-rior a R$1.200,00, para no ter de responder pela diferena. No crvel que o constituinte derivado, de 1998, tenha chegado a esse ponto na chamada Reforma da Previdncia Social, desatento a tais conseqncias. Ao menos no de se presumir que o tenha feito, sem o dizer expressamente, assumindo a grave responsa-bilidade (Passagem do julgamento da ADI/MC 1.946, de 29.04.1999)14.
Por outro lado, o salrio-maternidade da segurada empregada e da trabalhadora avulsa no poder supe-rar o teto do funcionalismo pblico, que o subsdio dos Ministros do STF, na forma do artigo 248, da Cons-tituio15, cabendo empresa arcar com a eventual diferena.
Alternativa correta: letra c.
Lei 8.213/91:
Art. 72. O salrio-maternidade para a segu-rada empregada ou trabalhadora avulsa con-sistir numa renda mensal igual a sua remu-nerao integral.
25. (Cesgranrio Tcnico Previdencirio INSS/2005) A respeito do clculo do valor do benefcio previdencirio, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) Atualmente, o salrio-de-benefcio da aposentado-ria por idade consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios-de-contribuio correspon-dentes a 80% de todo o perodo contributivo, multi-plicado pelo fator previdencirio.
b) Atualmente, o salrio-de-benefcio da aposenta-doria por tempo de contribuio consiste na mdia dos 36 (trinta e seis) ltimos salrios-de-contribui-o, corrigidos monetariamente ms a ms.
c) O auxlio-doena tem como base de clculo o sal-rio de-benefcio do segurado.
d) Atualmente, o salrio-de-benefcio da aposentado-ria por invalidez consiste na mdia aritmtica sim-ples dos mai ores salrios-de-contribuio corres-pondentes a 80% de todo o perodo contributivo.
e) O fator previdencirio ser calculado consideran-do-se a idade, a expectativa de sobrevida e o tempo de contri buio do segurado.
14 Em 03.04.2003, a Suprema Corte confirmou a limi-nar, julgando parcialmente procedente o pedido.
15 Art. 248. Os benefcios pagos, a qualquer ttulo, pelo rgo responsvel pelo regime geral de previdn-cia social, ainda que conta do Tesouro Nacional, e os no sujeitos ao limite mximo de valor fixado para os benefcios concedidos por esse regime observaro os limites fixados no art. 37, XI.
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Nota dos autores 1: devido s alteraes legisla-tivas trazidas pela Medida Provisria 664, de 30/12/2014, que neste ponto foi mantida na Lei 13.135/2015, o aux-lio-doena no poder exceder a mdia aritmtica sim-ples dos ltimos 12 salrios-de-contribuio, inclusive no caso de remunerao varivel, ou, se no alcanado o nmero de 12, a mdia aritmtica simples dos salrios--de-contribuio existentes.
Nota dos autores 2: A Medida Provisria 676, de 17/06/2015, introduziu as frmulas 95 para homens e 85 para mulheres, com a insero do art. 29-C, da Lei 8.213/91. Com estas citadas frmulas, o fator previden-cirio deixaria de ser utilizado em prejuzo do segurado quando a soma da idade e do tempo de contribuio dos homens resultasse em 95 (60 anos de idade e 35 de contribuio, por exemplo) e das mulheres resul-tasse em 85 (54 anos de idade e 31 de contribuio, por exemplo) A MP 676 foi convertida, com alteraes, na Lei 13,183, de 04/11/2015.
Com esta relevante alterao, o segurado que pre-encher o requisito para a aposentadoria por tempo de contribuio, ou seja 35 anos para homens e 30 anos para mulheres, com reduo de 5 anos para professores do ensino bsico, poder optar pela no incidncia do fator previdencirio, no clculo