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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS PUC GO CAIO SILVA RAMOS KYUNG JOON RIBEIRO SANTOS MAURO LUKAS CARDOSO RELATÓRIO 1ª Experiência: Determinação da vazão real do Tubo Diafragma Goiânia GO 2015

1ª Experiência: Determinação da vazão real do Tubo Diafragma

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Ensaio Realizado na Pontifícia Universidade Católica de Goiás

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  • PONTIFCIA UNIVERSIDADE CATLICA DE GOIS

    PUC GO

    CAIO SILVA RAMOS

    KYUNG JOON RIBEIRO SANTOS

    MAURO LUKAS CARDOSO

    RELATRIO

    1 Experincia: Determinao da vazo real do Tubo Diafragma

    Goinia GO

    2015

  • CAIO SILVA RAMOS

    KYUNG JOON RIBEIRO SANTOS

    MAURO LUKAS CARDOSO

    RELATRIO

    1 Experincia: Determinao da vazo real do Tubo Diafragma

    Relatrio utilizado como mtodo de avaliao e

    obteno de nota parcial referente a disciplina de

    Hidrulica Experimental do curso de Engenharia

    Civil da Pontifcia Universidade Catlica de

    Gois PUC - GO.

    Prof. Orientador: Fernando Ernesto Ucker

    Goinia GO

    2015

  • SUMRIO

    1. INTRODUO ....................................................................................................... 3

    2. OBJETIVOS ............................................................................................................ 4

    3. MATERIAS E MTODOS .................................................................................... 4

    3.1. Materiais ........................................................................................................... 4

    3.2. Mtodos ............................................................................................................. 4

    3.2.1. Formulao Matemtica .......................................................................... 4

    3.2.2. Procedimento ............................................................................................ 8

    4. CONCLUSO ....................................................................................................... 11

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS ........................................................................... 12

  • 3

    1. INTRODUO

    No projeto de instalaes hidrulicas a necessidade de se conhecer a vazo de um

    fluido que escoa atravs de um conduto um fator essencial, a partir disso, muitos

    dispositivos foram desenvolvidos para se medir a vazo.

    Um mtodo eficiente de se encontrar esse dado instalar algum tipo de restrio no

    tubo e medir a diferena de presso entre a regio anterior e posterior restrio.

    A placa de orifcio ou diafragma um dos meios mais utilizados para medio de

    fluxos. O dispositivo consiste em um estreitamento da seo transversal do conduto em

    uma determinada regio. A reduo pode ser de 20% 70% do dimetro do tubo, sendo

    que redues menores que 20% levam a imprecises das medies e maiores que 70%

    resultam em perda de carga excessiva.

    Por meio da utilizao de um manmetro em U a diferena de presso entre a regio

    anterior e posterior ao diafragma pode ser determinada e com o auxlio de alguns artifcios

    matemticos a vazo corresponde ao fluxo no conduto calculada.

    A instalao do diafragma deve ser feita em trechos retilneos horizontais, ou

    verticais, e que apresente uma certa distncia de dispositivos que possam alterar os

    resultados como vlvulas, conexes, joelhos, etc.

  • 4

    2. OBJETIVOS

    Determinar o coeficiente de vazo fornecido pela norma DIN;

    Determinar a vazo real no tubo Diafragma;

    Comparar as vazes em termos do erro;

    Tirar concluses.

    3. MATERIAS E MTODOS

    3.1. Materiais

    Tubo Diafragma;

    Quadro de presses manmetro;

    gua;

    Rgua;

    Termmetro;

    Mdulo Experimental de Hidrulica.

    3.2. Mtodos

    3.2.1. Formulao Matemtica

    Figura 1 (a) Conduto com tubo diafragma e manmetro em U; (b) Seo Transversal do conduto.

    O modelo matemtico utilizado para o clculo da vazo real provm de uma srie

    de teorias relacionadas ao estudo dos Fenmenos de Transporte. A partir da anlise da

    Fonte: Autoria prpria

    (b)

    (a)

  • 5

    Figura 1 e utilizao de alguns conceitos hidrulicos a equao matemtica para o

    problema determinada.

    Considerando o fludo como ideal aplica-se a Equao de Bernoulli1 do ponto 1

    ao 2:

    1 = 2

    1 +12

    +12

    2= 2 +

    22

    +22

    2

    Como o medidor foi instalado em um plano horizontal, ou seja, esto em um

    mesmo nvel, tem-se que a carga potencial () constante, portanto:

    1 22

    =22 1

    2

    2 ()

    Pela Equao da Continuidade2 aplicada um escoamento incompressvel em

    regime permanente tem-se que:

    1 1 = 2 2

    As partculas do fluido, devido inrcia do movimento, tendem a ocupar no jato

    uma seo menor que a do orifcio. O jato contrai-se e, a uma certa distncia do orifcio,

    apresenta- com seo constante. a chamada veia contrada. Define-se o coeficiente de

    contrao () como sendo a relao entre a rea do jato na veia contrada e a rea do

    orifcio:

    =

    =20

    ento, a partir da Equao da Continuidade:

    1 1 = 0 2 1 = 2 (01)

    1 = 2 (02

    12) ()

    1 A Equao de Bernoulli, definida pelo matemtico holands Daniel Bernoulli, descreve o comportamento

    de fluido que se move ao longo de conduto. 2 A Equao da Continuidade expressa uma lei de conservao de massa. Tambm conhecida como uma

    das trs Equaes de Euler, assim chamada devido ao matemtico e fsico suo Leonhard Paul Euler que

    as deduziu.

  • 6

    Voltando anlise da Figura 1 e fazendo uso da Lei de Stevin3 para se determinar

    a diferena de presso demonstrada no manmetro em U:

    1 = 2 + 2 [1 2 = ( 2)] 1

    2

    1 22

    = ( 1) ()

    A velocidade 1 chamada de velocidade de aproximao do orifcio.

    Substituindo a () na ():

    22 1

    2 = 2 ( 1) ()

    Substituindo a () na ():

    2 =

    {

    2 ( 1)

    1 [ (01)2

    ]

    2

    }

    12

    ()

    Lembrando que:

    = 2 2 2 =2

    portanto, a Vazo Terica () pode ser definida como:

    = 2

    {

    2 ( 1)

    1 [ (01)2

    ]

    2

    }

    12

    ()

    No entanto, pela hiptese de fluido ideal ( = 0), a velocidade 2 no corresponde

    a realidade, de forma que a velocidade no orifcio ser menor que a calculada por causa

    das perdas, a partir disso o coeficiente de velocidade () definido como:

    =22

    2 = 2

    3 A Lei de Stevin, ou Teorema de Stevin, permite calcular a diferena de presso existente entre dois pontos de certo fludo homogneo que est tanto em equilbrio como sob a ao da gravidade. denominada assim

    em homenagem ao engenheiro, fsico e matemtico belga Simon Stevin.

  • 7

    Retornando a () com o uso do coeficiente de velocidade a Vazo Real

    () pode enfim ser definida como:

    = 2 2 = 2 0 = 2 0

    = 0

    {

    2 ( 1)

    1 [ (01)2

    ]

    2

    }

    12

    Note-se que o produto dos coeficientes de velocidade e de contrao d origem ao

    coeficiente que corrige a vazo. Este ser denominada coeficiente de vazo ou descarga

    ():

    =

    Designando por:

    =

    {1 [ (01)2

    ]

    2

    }

    12

    ()

    obtm-se para a Vazo Real ():

    = 0 {2 ( 1)}

    12

    onde (coeficiente funcional do dispositivo ) um coeficiente adimensional que depende

    do nmero de Reynolds4 () de aproximao, isto , calculado com a velocidade de

    aproximao e da relao , sendo que:

    =01 0 = 1

    Portanto, a equao utilizada em laboratrio para o clculo da vazo real:

    = 1 {2 ( 1)}

    12 ()

    4 Nmero de Reynolds um valor adimensional que determina o regime de escoamento de um fludo.

    Osborne Reynolds, um fsico e engenheiro hidrulico irlands, popularizou o conceito apesar de no t-lo

    descoberto.

  • 8

    3.2.2. Procedimento

    O experimento teve seu incio a partir do acionamento do conjunto motor/bomba

    gerando assim um fluxo de gua atravs de um conduto com seo transversal de 7,8cm

    (1=0,078m). Com o uso desse dado a rea ento calculada:

    1 = 1

    2

    4 1 =

    (0,078)2

    4 1 4,7784 10

    32

    Logo aps, com o uso do manmetro em U foi verificada a diferena de presso entre

    a zona de alta presso e a de baixa presso do sistema ilustrado na Figura 1. O valor

    encontrado para a diferena de presso foi de =0,052m.

    A partir do conhecimento da rea 1, da variao de presso , uso da

    () e uso dos dados repassados em laboratrio, a vazo terica pode ser

    determinada:

    Dados: =0,676; =0,45; =9,812/s; =13,6.

    = 1 {2 ( 1)}

    12

    = 0,676 4,7784 103 0,45 {2 9,81 0,052 (13,6 1)}12

    5,2117 1033/

    Com o uso da vazo terica a velocidade de aproximao pode ento ser calculada:

    = 1 1 1 =

    1 1 =

    5,2117 103

    4,7784 103 1 1,0907/

    Em seguida foi aferida a temperatura ambiente do laboratrio, ento, com a utilizao

    de um termmetro digital obteve-se uma temperatura de =24,6. Porm, os valores

    encontrados para viscosidade cinemtica da gua na Tabela 1 so todos determinados em

    funo da escala Fahrenheit5 sendo necessrio converter o valor encontrado da escala

    Celsius6 para Fahrenheit.

    5 A escala Fahrenheit uma escala de temperatura proposta pelo fsico e engenheiro alemo Daniel Gabriel

    Fahrenheit. Nesta escala o ponto de fuso da gua de 32 e o ponto de ebulio de 212. 6 A escala Celsius assim designada em homenagem ao astrnomo e fsico sueco Anders Celsius. Nesta

    escassa o ponto de fuso da gua corresponde ao valor 0 e o ponto de ebulio ao valor 100.

  • 9

    = 32 + (9 5) = 32 + (

    9 24,6

    5) = 76,28

    Na Tabela 1 so encontrados valores para a viscosidade cinemtica da gua em funo

    da temperatura. No entanto, no h valor tabelado para a temperatura encontrada no

    laboratrio, para contornar este problema foi usado o conceito de aproximao linear para

    determinar a viscosidade cinemtica da temperatura em questo. O valor de temperatura

    medido no termmetro est situado entre as temperaturas de 70 e 80, faz-se o uso das

    mesmas para o clculo de interpolao da viscosidade cinemtica a partir dos valores

    referentes a essas temperaturas.

    TABELA 1: Viscosidade cinemtica da gua.

    Temp.

    () Viscosidade Cinemtica

    (2/)

    40 1,664 x 10-5 50 1,410 x 10-5

    60 1,217 x 10-5

    70 1,059 x 10-5

    80 0,930 x 10-5

    90 0,826 x 10-5

    100 0,739 x 10-5

    110 0,667 x 10-5

    120 0,610 x 10-5

    150 0,475 x 10-5

    (1,059 0,93) 105

    80 70= 0,93 105

    80 76,28 9,7799 1062/

    Converso de unidades (S.I.):

    (1 = 12 ; = 2,54 102)

    1 = 12 = 12 2,54 102 = 0,3048

    = 9,7799 106 2

    = 9,7799 106

    (0,3048)2

    9,0858 1072/

    Para utilizao do diagrama presente na Figura 2 necessrio que se defina o tipo

    de escoamento presente no conduto. Esse dado pode ser encontrado a partir do nmero

    de Reynolds:

    =1 1

    =1,0907 0,078

    9,0858 107 9,3635 104

  • 10

    Figura 2 Curva para o diafragma padro segundo a norma DIN

    Fonte: http://www.ufjf.br/engsanitariaeambiental/files/2012/09/PR%C3%81TICA-N%C2%B0-03.pdf

    A partir da anlise do diagrama acima foi determinado o coeficiente = 0,679:

    = 1 {2 ( 1)}

    12

    = 0,679 4,7784 103 0,45 {2 9,81 0,052 (13,6 1)}

    12

    5,2348 1033/

    Verificao:

    1 =1 1 =

    5,2348 103

    4,7784 103 1 1,0955/

    =1 1

    =1,0955 0,078

    9,0858 107 9,4047 104

    Nota-se uma diferena encontrada entre os valores da vazo real e terica, esse

    erro pode ser calculado por:

    % = (

    ) 100 = (

    5,2348 103 5,2117 103

    5,2348 103) 100 % = 0,4413%

  • 11

    4. CONCLUSO

    O coeficiente deveria ser obtido pela Figura 2. Como, porm, no se conhecia a

    vazo, 1 no conhecido, logo no se pode calcular . Por outro lado, a partir da anlise

    do diagrama percebe-se que o , a partir de um certo valor de , torna-se constante.

    devido a isso que, para =0,45, o coeficiente foi adotado como sendo igual a 0,676.

    Esse processo se tratou de um rearranjo para que o clculo pudesse ser prosseguido, o que

    induz a uma necessidade de o valor do coeficiente ser verificado posteriormente.

    A partir da vazo determinada com o valor adotado pode-se calcular o valor da

    velocidade de aproximao (1), em seguida o nmero de Reynolds e posteriormente,

    com o uso do diagrama presente na Figura 2, determinou-se o valor de . Em seguida os

    mesmos clculos foram refeitos e durante a verificao notou-se que o valor de variou

    muito pouco. Como o valor de reflete diretamente no valor da vazo, a partir do erro

    encontrado (% = 0,4413%) pode-se afirmar que a vazo obtida na segunda tentativa

    pode ser adotada como verdadeira. Assim: 5,2348 /.

  • 12

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    BRUNETTI, F. Mecnica dos Fluidos. 2. ed. rev. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2008

    MUNSON, B. R.; YOUNG, D. F.; OKIISHI, T. H. Fundamentos da Mecnica dos

    Fluidos. Traduo de Euryale de J. Zerbini. 4. ed. So Paulo: Edgard Blcher, 2004.

    FOX, R. W.; MCDONALD, A. T.; PRITCHARD, P. J. Introduo Mecnica dos

    Fluidos. Traduo de Ricardo N. N. Koury, Geraldo A. C. Frana. 6. ed. Rio de Janeiro:

    LTC, 2006.