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Ponto d'Interrogação

1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

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1ª Revista Online

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Ponto d'Interrogação

Page 2: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Índice:

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“Ponto d'Interrogação” é uma Revista Online

criada e projectada por alunos do 12ºano da

área de Ciências Sócio-económicas da Escola

Secundária Carolina Michaëlis.

Com este projecto pretendemos todos os

meses expor os temas da actualidade mais

relevantes da nossa sociedade ou, ainda,

abordar temas anteriormente relatados, com

os quais sentimos que temos uma opinião

crítica ou relevante. Pretendemos através

desta iniciativa demonstrar a mentalidade e

visão de Jovens sem qualquer experiência no

campo laboral, que se preparam para entrar na

etapa mais importante da sua vida de estudante: a Faculdade. Hoje em dia vivemos

numa sociedade que se transforma todos os dias e como tal qualquer pessoa que não

possua uma forte criatividade e espírito de mudança dificilmente, especialmente os

adolescentes, sente que faz parte dela. Como tal este trabalho também tem como

objectivo suplementar ajudar-nos a encontrar o nosso lugar nesta complexa

comunidade social.

Camila Medeiros Rodrigues

Acerca de Nós

Page 4: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Hoje em dia, nem toda a gente tem a mesma noção, ou ideia, do que poderá ser

um projecto.

O termo “projecto” surge como designação possível de um conceito que procura

unificar vários aspectos importantes do processo de aprendizagem: a acção realizada com

empenhamento pessoal; a intencionalidade dessa acção; e a sua inserção num contexto

social. Assim, a realização de um projecto, só de si, demonstra a sua importância.

Como se sabe, um projecto tem várias fases, entre as quais: diagnóstico,

planificação, realização, avaliação e por fim divulgação.

O nosso objectivo, como alunos, é chamar a atenção daqueles que não nos

querem ouvir, queremos mostrarmo-nos a todos, queremos ser alguém neste país. E nada

melhor do que divulgar um trabalho/projecto do que na própria internet, o meio de

comunicação mais rápido criado pelo Homem. Se queremos ser ouvidos, que o sejamos no

momento.

Porquê uma Revista Online

Page 5: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

E é aqui que o nosso trabalho se engloba, divulgação rápida e eficaz; ao darmos a

nossa opinião sobre o que se passa no país, e ao escrevermos essas nossas opiniões,

vamos ser ouvidos, ou neste caso lidos.

O facto de ser uma revista online, obriga-nos a ter outro tipo de conhecimentos,

como por exemplo, conhecimentos informáticos e também críticos, ou seja, saber

criticar.

Isto, vai levar-nos a estudar sobre toda e qualquer matéria que queiramos criticar

ou opinar, pois não podemos simplesmente escrever o que nos vem à cabeça. Se o

fizéssemos, só iria demonstrar falta de empenho, esforço, dedicação…

Por fim, se têm algo a dizer não se escondam ou finjam que não é

connosco, pois nós somos o Futuro, nós somos aqueles que algum dia irão fazer a

diferença neste país.

Lourenço Brito e Faro

Page 6: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Comunicação Social do Sec. XXI

A Comunicação Social é um campo de

conhecimento que estuda a comunicação humana e

questões que envolvem a interacção entre os

sujeitos em sociedade. Com o aparecimento das

novas tecnologias e com a massificação das

mesmas a influencia da Comunicação Social tem

vindo a aumentar, qualquer pessoa pode através da

internet aceder às mais diversas notícias e

acontecimentos, na televisão qualquer evento é

transmitido em directo, não nos é pedido que

consultemos um jornal ou um livro em busca de

informação, mas apesar de toda essa

disponibilidade de informação não é incentivada a

cultura individual mas sim uma cultura de massas,

onde apenas nos é fornecida a informação que é

previamente seleccionada e muitas vezes

manipulada, muitas vezes tópicos importantes

para o conhecimento do público não são divulgados

porque existem outros que dão mais audiência.

Page 7: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Hoje em dia temos o exemplo da gripe A todos os dias se houve falar da gripe A,

podemos então interrogarmo-nos: então e a SIDA? Já não se houve falar na SIDA, ao

que respondo: a SIDA existe e está a aumentar, mas ninguém quer saber; é esse o poder

que nos é imposto diariamente pelos media, controlam o fluxo de notícias e nós,

involuntariamente deixamos isso acontecer, apenas nos preocupamos com aquilo que nos

transmitem, basicamente tiram a nossa arbitrariedade e substituem por uma falsa

sensação de liberdade de pensamento e de expressão que eles controlam, todos falam,

lêem, preocupam, debatem aquilo que eles escolhem com a intenção de vender. A questão

que se levanta então é como combater esse poder? Esse poder combate-se se cada pessoa

investir nela mesma, na sua cultura, uma sociedade mais culta é mais exigente,

preocupada e realista, apenas dessa forma podemos elevar o patamar de exigência da

recolha de informação e da sua divulgação; é um facto que a mesma notícia se repete

durante dois ou três dias, trata-se de uma indústria a vender um produto e nós como

sociedade temos a culpa de ser um produto com falta de carácter, temos de ser mais

exigentes com o que estamos dispostos a comprar. Infelizmente essa realidade é irreal,

vivemos numa sociedade que vive em busca do escândalo e do mórbido e os media são

uma indústria exploradora com sucesso por culpa de uma sociedade inculta e interessada

na novidade e não nas questões de fundo.

Camila Medeiros Rodrigues

Page 8: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

A Crise Económica e a

Comunicação Social

Podemos constatar que as economias não

crescem de forma contínua e regular, mas sim por

fases. Existem duas fases do crescimento económico,

sendo elas a expansão e a depressão.

Os períodos de expansão dão-se quando

são registadas taxas de crescimento do produto

elevadas, acima do esperado. Podemos ainda dizer

que existe um “boom” quando a fase de expansão

atinge o crescimento máximo do produto e que

estamos numa situação de prosperidade económica.

Ao contrário dos períodos de expansão, os períodos

de recessão acontecem quando a economia assinala

taxas de crescimento menores, em pelo menos dois

trimestres consecutivos, e atinge a “depressão”

quando alcança o menor crescimento do produto

nessa fase.

Page 9: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

É no período da recessão que nos vamos centrar, ou seja, nas crises económicas.

As crises económicas apresentam várias características, tais como, a redução

do consumo das famílias, redução do investimento em infra-estruturas, redução da

criação de emprego e contenção salarial e a estagnação dos preços.

É impensável negar que estamos a viver uma crise económica actualmente, mas

será que é uma crise puramente económica ou motivada?

Acredita-se que a crise económica actual teve origem nos Estados Unidos da

América, sendo meramente imobiliária e evoluindo para uma crise a nível de crédito

mundial. Como vemos, a economia dos Estados Unidos da América é assaz influente no

resto do mundo, sendo assim, a crise alastrou-se a todos os países.

Será que a recuperação não é possível ou que alguém anda a lucrar com a crise?

Será um problema de confiança ou económico?

A realidade é que o dinheiro simplesmente não desaparece para alguns estarem

com muito pouco e outros terem mesmo muito. Então, podemos falar em especulação que

se iniciou no petróleo, tendo este disparado para valores outrora nunca alcançados.

Porém, quando o valor do crude desceu passou-se a especular nos cereais.

Em tempos de crise a Comunicação Social tem um papel fundamental na

transmissão de informação aos seus leitores, podendo adoptar por estratégias de

transmissão da realidade de forma mais ou menos pessimista.

Page 10: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Não podemos pedir aos órgãos de comunicação social que escondam a realidade

aos seus leitores porém, podemos pedir que transmitam essa informação de uma forma

mais pedagógica e menos especulativa, isto é, em vez de bombardear o público com

notícias sucessivas de falências, desemprego, dramas familiares, entre outros; deveriam

em simultâneo informar os cidadãos de novas oportunidades de saídas profissionais e

investimentos em nichos de mercado menos afectados pela crise, ou em alguns casos

criados pela própria crise. Mas como verificamos, essa faceta construtiva por parte dos

órgãos de comunicação social raramente acontece durante épocas de crise, concentrando-

se mais nos aspectos negativos, minando a confiança dos agentes económicos que, desta

forma, não investem e a crise agrava-se atingindo o coração do sistema financeiro: as

instituições financeiras e de crédito.

A crise chega desta forma também aos bancos, no sentido em que o dinheiro que

depositamos não fica estagnado aguardando que o levantemos. Os bancos aplicam taxas

de juro por depósitos a prazo, que são saldados com o valor proveniente dos empréstimos

que efectuam de maneira a que esse dinheiro não esteja disponível por um determinado

tempo e para que esse mesmo dinheiro siga para os empréstimos efectuados. Mas o que

acontece quando as pessoas não se sentem seguras do banco onde têm as suas poupanças

e os clientes em massa decidem retirar o dinheiro de lá? Não existe dinheiro, pois, como

já foi referido, o dinheiro não fica guardado a “sete chaves numa caixinha”, o dinheiro

está sempre em movimento e, então, dá-se a banca rota.

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Podemos constatar que a actual crise não é necessariamente económica mas

sim de confiança.

Nos períodos de crise, quem tem mais dinheiro é quem mais beneficia com a

mesma, uma vez que é boa altura para investir. Os preços estão mais baixos, devido á

diminuição da curva da oferta e da procura.

Por exemplo:

As imobiliárias compram casas a privados a preços mais baixos; Os bancos

aproveitam-se da situação para subir os juros para as famílias terem mais dificuldade em

pagar as prestações das suas casas e, em muitos casos, os bancos apropriam-se das casas

e vendem-nas em leilões.

Voltando a um ponto anteriormente referido, o dinheiro simplesmente não

desaparece e o dinheiro encontra-se centrado e a pergunta é: Em quem? Os monopólios e

os oligopólios parecem-me os mais prováveis candidatos.

Existe actualmente uma distribuição pouco regular da riqueza e, quem tem

menos recursos nesta altura de recessão é quem fica a perder; quem tem mais recursos é

quem fica sempre a ganhar. Daí o interesse de muitos que a crise actual se vá

prolongando.

Ricardo Matos Silva

Camila Medeiros Rodrigues

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Gripe A VS SIDA

Notícia em causa:

Desde que surgiu a doença, 60 milhões

foram infectados, mas as novas infecções

diminuíram 17 % nos últimos oito anos, anunciou

hoje, terça-feira, a ONU Sida.

“A tendência revela uma descida nas

novas infecções em 17 por cento”, desde 2001,

com o principal progresso a registar-se na África

Subsariana, segundo o relatório anual deste organismo das Nações Unidas.

No ano passado, as infecções por VIH na África Subsariana representaram 72

por cento do total de 2,7 milhões de novas infecções em todo o mundo.

De acordo com o documento, a epidemia terá atingido o seu pico em 1996 e

parece agora ter estabilizado na maioria das regiões.

O relatório da ONU Sida, elaborado em colaboração com a Organização

Mundial de Saúde, estima que existam cerca de 33,4 milhões de pessoas infectadas pelo

VIH, um pouco mais do que os 33,2 milhões estimados em 2007.

Estes números são obtidos com base em modelos matemáticos, com uma

margem de erro de vários milhões de pessoas, alerta o organismo.

Page 13: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Enquanto o director executivo da ONU Sida, Michel Sibidé, afirma que “existem

provas de que a redução observada se deve, pelo menos em parte, à prevenção”, alguns

especialistas sustentam que pode apenas resultar de um enfraquecimento do próprio

vírus.

Com a confirmação do declínio da infecção por VIH na maioria dos

países, alguns especialistas defendem que deviam ser alterados os hábitos dos doadores

internacionais.

A infecção pelo VIH é responsável por cerca de quatro por cento de todas as

mortes, mas recebe cerca de 23 cêntimos por cada dólar destinado à saúde pública.

“Não devemos permitir que uma única doença continue a distorcer todo o

sistema de atribuição de fundos, especialmente quando doenças que provocam uma

mortalidade elevada em países em desenvolvimento, como a pneumonia e a diarreia, são

muito mais fáceis e baratas de tratar”, afirmou Philip Stevens, do International Policy

Network, um “think thank” com sede em Londres.

No relatório da ONU Sida, sustenta-se que a “sida continua a ser uma das

principais prioridades em saúde pública” e apela-se para mais fundos para apoiar o

esforço de combate à doença.

Um doente com VIH tem de efectuar a medicação específica por tempo

indeterminado, pelo que a tendência é para aumentar o custo do tratamento da infecção,

especialmente se surgirem muitas resistências aos fármacos em uso.

Page 14: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

O relatório da ONU Sida indica que, nos países onde está disponível tratamento, as

taxas de novas infecções por VIH estabilizaram ou registam mesmo uma subida.

In Jornal de Notícias

Opinião sobre a Notícia:

Como podemos ver, a SIDA continua aí a entrar em “casa” de qualquer um,

mas ninguém se parece preocupar com esta agravante, nem mesmo a comunicação social,

estes parecem entretidos com o vírus da Gripe A e, no entanto, sabemos que a SIDA

mata muito mais pessoas do que este vírus. Muitos de nós supomos e talvez tenhamos

razão que a Gripe A é uma forma de o laboratório que a instalou na sociedade obter um

maior lucro, temos como por exemplo uma outra notícia:

“O GlaxoSmithKline (GSK), laboratório responsável por fabricar o Pandemrix,

anunciou que mais de 40 milhões de doses da vacina contra o vírus H1N1 foram

distribuídos por vários países, inseridos nos programas governamentais de vacinação.”

In Público

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Se vendeu mais de 40 milhões de doses de certeza que já está milionária…, e

agora questiono eu: ”Como é possível a vacina aparecer tão rapidamente?”, sabendo que

a vacina apareceu muito pouco tempo após o aparecimento da Gripe A.

Estas gripes que se falam a toda a hora são causadas unicamente pelo

Homem… Nada aparece por acaso, mas provar isso já não estará ao meu alcance…

Porém, a melhor maneira de dominar as pessoas é com o medo, o seu medo… Seja

terrorismo, essas gripes, ou do género é tudo controlado por alguém com interesses e, este

vírus, não foge à regra. Muitos países armazenaram muitos medicamentos referentes à

gripe aviária e, como é claro, existe validade!

Solucionaram o problema e, com números alarmantes de mortos que poderá vir

a ter com esta gripe, mais medicamento é injectado.

Daqui por 1 ou 2 anos cá estamos nós a falar do mesmo assunto, não dentro da

pesquisa sobre a Gripe A. O que este vírus faz é dizimar as defesas do corpo, depois,

qualquer bactéria entra e causa estrago. Morrer de gripe A cheira-me a “esturro”. Mas,

pensando agora na pneumonia que mata pessoas todos os dias, só em Portugal, é por isso

que há alarido? Não, não há dúvida que o alarido da Gripe A é para obter lucros à custa

da ignorância das pessoas.

André Mendes

Page 16: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Nem todos são formados em áreas de saúde, nem formados são, como é o meu caso,

agora dito por um trabalhador do IBMC (Instituto de Biologia Molecular e Celular)

do Porto:

“ Gripe A é um vírus patogénico, sem dúvida, mas não é mau por si só. O problema é

que depois aquilo que seria uma simples diarreia, passa a ser algo fatal! Desde que

lavem as mãos quando vão á casa de banho já fazem o suficiente. Nada de

alarmismos”

Continuando, a doença das vacas loucas que foi falada no passado, era considerada

pela comunicação social a pior de todas, mas não parece, o McDonald’s continua cheio

e ninguém morreu. Deixemos de acreditar em tudo que nos dizem e viveremos a nossa

vida com normalidade, não esquecendo da SIDA, devemos usar preservativo caso

tenhamos relações sexuais, pois é com esta “gripe” que nos devemos preocupar/proteger

e, sublinho novamente deixaremos de nos preocupar com esta Gripe A, que só está aí

para enriquecer alguém.

“90 Pessoas apanham a gripe A e todos querem usar uma máscara.

Um milhão de pessoas tem SIDA e ninguém quer usar um preservativo.”

Page 17: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Sendo a EDP renováveis o quarto

operador eólico a nível mundial e uma vez que é

uma área com muito potencial devido ao

problema fundamental que o Homem enfrenta

nos nossos dias: escassez de recursos, tornou-se

necessário racionalizar a utilização dos recursos

como o petróleo e o gás natural.

Compreende-se a importância das

energias renováveis uma vez que a sua renovação

é feita de forma mais rápida que o seu consumo,

renovando-se (daí o seu nome) constantemente. Esta energia pode ser obtida pelas

forças das marés, pela força eólica, Energia Solar Termoeléctrica e Energia Foto-voltaica.

Na EDP renováveis existem investimentos na Europa, América do Norte e noutras

regiões, mas é na América do Norte, mais precisamente nos Estados Unidos da

América que nos vamos centrar. A EDP renovável inaugurou recentemente a primeira

fase do maior parque Eólico dos Estados Unidos da América, que se situará no Estado

do Indiana, baptizado de Meadow Lake.

Alargamento da EDP

Renováveis nos EUA

Page 18: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Este parque eólico terá a capacidade de fornecer electricidade a 300 mil casas, o que seria

suficiente para abastecer a cidade do Porto e caso viesse a abastecer o Porto, uma grande

parte da nossa dependência energética perante o exterior seria dissipada, tendo nós

Portugueses acesso a uma electricidade menos cara e mais ecológica.

O investimento despendido neste mega parque eólico será de 1,2 mil milhões de euros, o

que à primeira vista parece muito elevado, mas que a médio/longo prazo será saldado e

convertido em lucros.

Sabe-se ainda também que a EDP renováveis está dependente dos Estados Unidos da

América, pois ainda está por aprovar uma nova legislação em que se protegem os

investimentos em energias renováveis após 2012.

Como é que o Estado Americano protege o investimento? Dando subsídios estatais

correspondentes a 30% do investimento, que, parecendo que não é muito dinheiro, neste

caso, corresponde a 360 Milhões de Euros, acabando por ajudar Portugal indirectamente,

pois as remessas seguem para Portugal e nos E.U.A. criam-se mais empregos para as

pessoas do Estado do Indiana. Mas o Presidente da EDP renováveis está confiante que

o subsídio atribuído estará compreendido entre os 500 milhões e os 600 milhões.

Agora o que se põe em causa é a localização deste mega parque eólico nos Estados

Unidos da América, e não em Portugal, que também tem umas condições excelentes para

o desenvolvimento de energias eólicas. Isto traria muito emprego para Portugal, directos

ou indirectos e diminuindo, como já disse anteriormente, a nossa dependência perante o

exterior, diminuindo o nosso gasto nas energias fósseis.

Page 19: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Podemos dizer que o dinheiro fala mais alto, e o facto de os E.U.A. protegerem bastante

as energias renováveis, dando subsídios estatais foi mais do que suficiente para

convencer a EDP renováveis a investir nos Estados Unidos da América, o que mostra a

grande fragilidade económica que Portugal tem perante as actuais potências.

Sim, confirma-se a melhor condição financeira dos E.U.A. perante Portugal. Portugal

ainda é um país pequeno e com uma economia fraca, e embora tenhamos as óptimas

condições para gerar energia eólica tal como o clima, as grandes planícies no Alentejo e

a nossa extensa costa marítima, não se pode fazer tudo, pois não existem verbas para

tantas despesas.

Portanto, Portugal não tem condições suficientemente atractivas (refiro-me a condições

económicas) para projectos como estes, sendo mesmo necessário uma empresa pública ir

para o exterior realizar este mega Parque Eólico. Portugal não tem ainda capacidade

para realizar estes projectos, mas há que trabalhar, inovar e arriscar para um dia mais

tarde podermos competir com estes grandes países.

Ricardo Matos Silva

Page 20: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

O Avozinho

Notícia em causa:

“Um homem, de 72 anos, foi detido no aeroporto de

Lisboa com uma mala cujo fundo falso continha cocaína.

O septuagenário chegou a Lisboa, na última terça-

feira, num voo proveniente da Venezuela. À sua espera estava

outro indivíduo, da mesma nacionalidade, alegadamente o

destinatário do produto estupefaciente, e que também foi

detido pelas autoridades.

Quando esperava a bagagem o indivíduo, segundo

as autoridades “completamente insuspeito”, foi interceptado

pelas autoridades e sujeito a uma revista, que levou então à

descoberta da cocaína dissimulada num fundo falso da mala.

No decorrer da última semana, a Polícia Judiciária

de Lisboa, dando continuidade a acções da Direcção Geral

das Alfândegas e dos Impostos Especiais sobre o Consumo

(DGAIEC), deteve ainda outros dois suspeitos pelo mesmo

tipo de crime no aeroporto da Portela.

Page 21: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Na segunda-feira, um homem de 28 anos, de nacionalidade brasileira, chegou

num voo proveniente do Brasil, transportando, igualmente, cocaína na bagagem, desta

feita dissimulada numa mala de mão que trazia consigo no voo. À sua espera estava

também um cidadão estrangeiro, que acabou detido.

Ao todo, o produto estupefaciente apreendido nas duas operações rondava os

seis quilos e, segundo divulgou a Polícia Judiciária. destinava-se, ao que tudo indica, ao

mercado nacional.

Quer os correios de droga, quer os presumíveis destinatários ficaram detidos

em prisão preventiva.”

In Jornal de Notícias

Opinião sobre a Notícia:

Após a leitura desta notícia poderei começar por afirmar e, afirmo infelizmente

que no nosso país continuam a existir problemas com drogas. É lamentável na sociedade

em que hoje vivemos continuar a existir gente que enriquece à custa de negócios sujos

como a venda de droga, mas é ainda mais lamentável aqueles que contribuem para que

gente destas enriqueça de forma simples; num Mundo como o de hoje, em que chega a

nossas casas vindo de todos os sítios, noticiários, publicidade…, que alertam para os

perigos existentes de quem começa por enveredar pelos caminhos das drogas. Hoje em

dia a droga deixou de ser apenas um problema das baixas classes sociais e chegou até

aos mais ricos. Estamos num Mundo em perfeita evolução, certo?

Page 22: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Repare-se agora que até aqueles que parecem ser os mais inofensivos nos

podem enganar; quem desconfiaria deste gentil senhor de 72 anos com uma humilde mala

em seu poder?

Com certeza que poucos, mas a verdade é que no fundo da sua mala estava

escondida a tal da “coca”, pergunto-me quantas vezes terá passado este avozinho pelo

nosso aeroporto de Lisboa… Sim, porque a avaliar pela idade não será certamente novo

nestas andanças. Desta vez as nossas autoridades que, curiosamente não descansavam

à sombra da bananeira apanharam este jovem idoso mais o indivíduo que o esperava para

receber a mercadoria, indivíduo esse venezuelano tal como o avozinho da “coca”, a

verdade é que milhares de avozinhos como este passam todos os dias em todos os

aeroportos do nosso Mundo para ganhar dinheiro fácil, destruindo a vida de quem

consome a bela “coca”. Mas a meu ver os maiores culpados de tudo isto somos nós,

cidadãos estúpidos que mesmo informados acerca do bem e do mal gostamos de

enveredar por caminhos perigosos que nos podem levar à morte. Assustador não?

A estes avozinhos a morte não se avista e de dia para dia reproduzem-se, multiplicam-se

e enriquecem matando indirectamente os seus ignorantes e tristes consumidores.

Vanessa Cláudia Silva

Page 23: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

A questão do casamento entre homossexuais

tem vindo a verificar-se o pão-nosso de cada dia.

Debruçar-me-ei nos dois maiores rivais partidais:

O PS e o PSD.

O partido de José Sócrates defende que

os homossexuais são discriminados e, sendo o PS

uma sociedade aberta e democrática, exige justiça

para estes seres humanos e, assim, não há razão

para que os homossexuais não se possam casar.

O partido socialista acha que quem pensar de

forma contrária não está a respeitar a Igualdade

de Direitos.

O PSD tem uma opinião relativamente diferente em relação a este assunto.

Este partido não quer chamar casamento à junção de dois seres do mesmo sexo, mas sim

– união civil, justificando que se chamamos casamento à união entre pessoas do sexo

oposto e, se agora falamos da junção matrimonial entre indivíduos do mesmo sexo,

então falamos de uma situação diferente e por ser diferente deve obter um nome também

diferente, sendo então proposta a já mencionada união civil; esta união deve ser

celebrada em instituições especiais que só realizem a junção de indivíduos do mesmo

sexo.

Casamento entre Homossexuais

Page 24: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Surge aqui uma discussão entre Direitos, Deveres e Igualdades entre estes

dois partidos: o PS acusa o PSD de, ao querer criar instituições “ especiais” estar a criar

a desigualdade, o desrespeito e a discriminação.

Bem, na verdade, na nossa Constituição – parte I – Direitos e Deveres

Fundamentais – capítulo I – artigo 36, encontra-se escrito “ Todos têm o Direito de

construir família e contrair casamento em condições de plena igualdade”, não nos é dito

que esta união tenha de ser única e exclusivamente de indivíduos de sexos diferentes e

assim, eu arrisco-me a dizer que os homossexuais deveriam exigir os seus Direitos, tal

como consta na Constituição e, neste ponto, talvez esteja o PS a ganhar vantagem.

Surge uma nova discussão quando falamos em adopção. O PS afirma ser contra a

adopção e é neste ponto, que o Partido Socialista começa a perder vantagem. Pensemos

que, se o Partido Socialista fala em Igualdade de Direitos, então este partido deveria

também defender e, não ser contra a adopção por parte de indivíduos do mesmo sexo;

será neste ponto que o PSD se vai apoiar com mais força para defender a sua posição

(como já foi verificado nos diálogos que decorreram nos dias passados na Assembleia da

República).

Foi este o assunto polémico que ocupou dias e dias os nossos noticiários,

ficando assuntos de agravante maior esquecidos. Terão os nossos partidos esquecido a

situação em que se encontra o nosso país? Estamos em plena crise económica, mas os

nossos excelentíssimos partidos parecem andar amnésicos…

Vanessa Cláudia Silva

Page 25: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

No passado dia 2 de Fevereiro fui

convocado para comparecer no regimento de

cavalaria, número 6, em Braga, no âmbito da

minha prestação do dia da Defesa Nacional.

Pensava eu que iria ser um dia maçador,

aborrecido e com muito rigor mas acabei por achar

interessante.

Ora bem, o Dia da Defesa Nacional

visa sensibilizar os jovens para a temática e

divulgar o papel das Forças Armadas, a quem

incumbe a defesa militar da República.

A comparência neste dia é um dever

militar, e obrigatório, para todos os cidadãos portugueses que cumpram 18 anos de idade,

em todo o país.

Aproveito ainda para dizer que todos os jovens com 18 anos têm dois deveres militares:

o primeiro é a presença, no dia e local determinado, para realizar o nosso dia da Defesa

Nacional e o segundo é a actualização dos nossos dados pessoais (estado civil,

habilitações literárias e a residência).

Defesa Nacional

Page 26: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Assisti a algumas palestras e demonstrações da vida e actividades militares,

mas é sobre a palestra que visava a explicação do que é a Defesa Nacional, na qual a

minha crónica vai-se centrar e aprofundar.

Disseram que a Defesa Nacional é muito mais do que preparar e executar a

politica de Defesa Nacional. Todos os cidadãos podem fazer Defesa Nacional, uma vez

que ao preferirmos produtos portugueses aos importados, estaríamos a contribuir para o

desenvolvimento de determinada empresa e consequentemente para a economia

portuguesa.

Se isto fosse assim, se todos os cidadãos preferissem os produtos portugueses,

estaríamos a falar quase de políticas proteccionistas o que não é, de todo, o caso de

Portugal.

A maioria dos Portugueses prefere produtos oriundos de outros países, o que

demonstra uma certa aversão da nossa população perante os nossos produtos.

A questão é que o “made in Portugal” não traz tanta segurança aos portugueses ou talvez

achem que o que vem de fora é sempre melhor do que aquilo que existe cá.

Na minha opinião, Portugal tem bastantes produtos atractivos e com bastante

qualidade como o Vinho e a cortiça, até ao têxtil e calçado.

Ricardo Matos Silva

Page 27: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Portugal: Outrora Grande!

Hoje irei reflectir acerca do nosso país.

O que foi Portugal? E o que é hoje Portugal?

Para responder a estas questões irei apoiar-me

no raciocínio de alguém que considero bastante

inteligente e por quem tenho grande respeito –

Fernando Pessoa (1888-1935), um grande poeta

português e que publicou, enquanto ortónimo, a

Mensagem ( obra esplêndida que reflecte acerca

do assunto que me proponho aqui a falar - O

que foi e o que é hoje o nosso Portugal).

Esta grandiosa obra de Fernando

Pessoa, ortónimo, é constituída por três partes,

sendo a primeira: O “ Brasão” (que relata a

fundação e criação do país), seguindo-se “Mar

Português”, que nos fala das Descobertas feitas

por mar e, finalmente “ O Encoberto”

apresentando ideias que apontam para a

possibilidade de se poder cumprir um Quinto

Império.

Page 28: 1ª Revista (Outubro-Fevereiro)

Portugal é hoje conhecido por muita gente como um ponto insignificante no

mapa-mundo, o que deveria deixar todo o nosso povo entristecido, pelo contrário, a maior

parte das pessoas não está minimamente preocupada com esta situação. É triste, porque

não tem de ser assim. Se falarmos em Portugal como uma grande potência rapidamente

nos passa pela mente nomes como: Ulisses, D. Dinis, D. Fernando, D. Sebastião, o

Infante D. Henrique, entre outros nomes que nos remetem para grandes feitos/grandes

conquistas realizadas pelos nossos antepassados. Um país como o nosso, tão bem

sucedido no passado, é hoje um país “adormecido”. Que aconteceu aos lusitanos? A

coragem? A ousadia? O espírito guerreiro? Tudo isto desapareceu? A verdade é que a

sociedade de hoje deixou de apresentar estas características, para se apresentar como um

povo preguiçoso e com medo de, como nos nossos antepassados, realizar um feito tão

grande que nos torne reconhecidos no presente. Quando falo num feito grandioso, não

quero dizer que seja obrigatoriamente uma conquista material. Hoje, falo numa conquista

cultural, uma conquista acerca dos valores, Fernando Pessoa denomina essa conquista de

Quinto Império – “ Esse, sendo espiritual, em vez de partir, como naquela tradição, do

império material da Babilónia, parte, antes, com a civilização que vivemos(…).” Se o

nosso povo se empenhar na concretização deste Quinto Império poderemos novamente

liderar: Um império da língua Portuguesa, superior por natureza ao império terreno, “

obscuro e carnal anterremedo” que o tempo destruiu. O novo herói é, sem dúvida, tal

como Fernando Pessoa nos mostra na sua obra alguém movido com uma importante

característica – A LOUCURA, essa, de sinal positivo sem a qual o Homem não passa

de “ besta sadia”, salva-nos da “metade de nada” em que viver é morrer.

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Tudo o que falta ver ao nosso Portugal de hoje, Fernando Pessoa fez já

questão de mostrar. Ignorante é aquele que não quer ver. A Mensagem reage pela altiva

rejeição a um “real” oco, absurdo, intolerável, propondo-nos em seu lugar a única coisa

que vale a pena: o imaginário!

“ Cumpriu-se o mar, e o Império se desfez/ Falta cumprir-se Portugal”!

Leiam, aprendam com esta sábio, Fernando Pessoa de maluco ( como muitos o

apelidaram) não tem nada e, se tiver, que muitos malucos como ele surjam e daqui a uns

tempos, Portugal será de novo um país consagrado e conceituado, graças a toda esta

“loucura” que faz o Homem chegar mais longe e que Pessoa faz questão de transmitir

ao longo de toda a sua obra. Só quem dela for portador conseguirá chegar onde

ninguém, ainda chegou.

Vanessa Silva

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Ponto d'Interrogação