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CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER - COMMULHER SANTOS/SP. Lei Municipal nº. 2.039 de 30 de julho de 2.002 PROMOVE 1º CURSO PROMOTORAS LEGAIS POPULARES - “EDUCAR PARA A CIDADANIA” DE 10 DE MARÇO A 25 DE AGOSTO/ 2010 NA UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA SANTOS SP

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CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER - COMMULHER –

SANTOS/SP. Lei Municipal nº. 2.039 de 30 de julho de

2.002

PROMOVE

1º CURSO PROMOTORAS LEGAIS POPULARES -

“EDUCAR PARA A CIDADANIA” DE

10 DE MARÇO A 25 DE AGOSTO/ 2010

NA UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA SANTOS – SP

“EDUCAR PARA A CIDADANIA”

O acesso à cidadania e suas conseqüências práticas exigem a incorporação de novos conceitos de igualdade e respeito, onde as

mulheres tenham tanta importância quanto os homens no seu valor humano, social, político e

econômico.

PROMOTORAS LEGAIS POPULARES

O nome - Promotoras Legais Populares, adotado em nosso projeto e usado em diferentes países, significa a ação de mulheres líderes de comunidade que podem orientar, dar conselhos e promover a função instrumental do Direito na vida diária das mulheres. São mulheres que trabalham a favor de segmentos populares com legitimidade e justiça, no combate diário à discriminação.

Marlene M. Zamariolli

Presidente - COMMULHER

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO: 10/03 – Aula Inaugural – Profª Marilda Lemos - Informações sobre o Curso

O QUE É O CURSO DE PROMOTORAS LEGAIS POPULARES?

• O curso de Promotoras Legais Populares é um Projeto de Cidadania com Sexo, Raça/Etnia, Orientação Sexual e Classe Social.

• É fruto de um esforço conjunto do Instituto Brasileiro de Advocacia Pública - IBAP e da União de Mulheres de São Paulo para desenvolver a cidadania e a igualdade de direitos.

• É um projeto que traz no seu bojo traços dos ideais de justiça, democracia e dignidade, a defesa dos direitos humanos e a construção de relações igualitárias e justas.

• Conhecimento sobre cursos de "capacitação legal" das mulheres. já se desenvolviam há pelo menos uma década no Peru, Argentina e Chile.

• No ano de 1992, foi aprovada no 1o. Encontro Nacional de Entidades Populares Contra a Violência, a campanha "A Impunidade é Cúmplice da Violência". Havia o histórico de vários casos de crimes contra as mulheres onde os criminosos ficavam impunes.

• Em 1994, a União de Mulheres articulada com o Centro de Estudos da Procuradoria do Estado de São Paulo e o Grupo THÊMIS viabilizou a primeira experiência que se deu por meio de um seminário denominado "Introdução ao Curso de Promotoras Legais Populares".

• EDUCAR, EDUCANDO E SENDO EDUCADA (O) O trabalho educativo parte da idéia de que o processo de desenvolvimento do curso deve consolidar e fortalecer os grupos de mulheres autônomas, de sindicatos ou associações; forjar uma opinião pública; traduzir em ações concretas os caminhos para que o movimento de mulheres seja o protagonista de suas ações e da história.

OBJETIVOS DO TRABALHO 1 - Criar nas mulheres uma consciência a respeito de seus direitos como pessoas e como mulheres de modo a transformá-las em sujeitos de direito. 2 - Desenvolver uma consciência crítica a respeito da legislação existente e dos mecanismos disponíveis para aplicá-la de maneira a combater o sexismo e o elitismo. 3 - Promover um processo de democratização do conhecimento jurídico e legal em particular o que é pertinente à condição feminina e às relações de gênero. 4 - Capacitar para o reconhecimento de direitos juridicamente assegurados, situações em que ocorram violações e dos mecanismos jurídicos de reparação.

5 - Criar condições para que as participantes possam orientar outras mulheres em defesa de seus direitos. 6 - Estimular as participantes para que multipliquem os conhecimentos conjuntamente produzidos, nos movimentos em que atuem. 7 - Possibilitar aos(as) educadores(as) que reflitam o ensino do direito sob uma perspectiva de gênero e de uma educação popular transformadora. 8 - Capacitar as participantes para que atuem na promoção e defesa de seus direitos junto ao Executivo, propondo e fiscalizando políticas públicas voltadas para equidade de gênero e de combate ao racismo. POR QUÊ?

As mulheres eram consideradas incapazes no primeiro Código Civil, em 1914. Em 1932, conseguiram o direito de voto. Em 1962, conquistaram o direito de trabalhar fora sem permissão do marido. A Constituição Federal de 1988 consagrou, finalmente, a igualdade de direitos. Para a capacitação das Promotoras não se deve só transmitir conhecimentos teóricos e práticos sobre as leis, o Direito e o aparato da justiça, mas também desenvolver uma consciência crítica dos conteúdos conservadores, classistas e patriarcais. Daí a necessidade de que o processo educacional se desenvolva de modo a interferir nos conhecimentos e atitudes de todas e todos participantes, sejam alunas, professoras e professores. É preciso também garantir a transmissão e a aquisição de conhecimento, incorporando nova concepção das desigualdades de gênero e do Direito. Devemos construir e exigir a aplicação das Políticas Públicas que viabilizem a igualdade de direitos, isto é um assunto urgente. Impõe-se mobilizar os diferentes setores do Estado e da sociedade para combater as desigualdades de gênero. A proposta é transformar essa situação de desigualdade em relações de dignidade, justiça e igualdade.

ENTIDADES QUE PARTICIPAM DO PROJETO PROMOTORAS LEGAIS POPULARES EM SÃO PAULO

Coordenação Geral: • Instituto Brasileiro de Advocacia Pública • União de Mulheres de São Paulo

• Apoio: Associação Juízes para a Democracia Movimento do Ministério Público Democrático • ENTRE NÓS – Assessoria, Educação e Pesquisa em Gênero e Raça

SOS – Mulher de São José dos Campos ¨*¨*¨*¨*¨

17/03 – 2ª Aula – Introdução ao Curso: A questão de Gênero, Raça/Etnia. Identidade e Direitos Humanos – Profª Marlene M. Zamariolli

• A Mulher que não conhece seus direitos não sabe e nem pode se defender.

- Há 62 anos foi redigida a Declaração dos Direitos Humanos pela ONU (1948) que representou uma carta ética, sendo sua importância inegável. Foi através dela que foram estabelecidos princípios básicos, como pauta comum para diversas nações. Porém, foi na Conferência sobre Direitos Humanos, em Viena (1993), que as mulheres passaram a ser consideradas donas de direitos , sendo eles reconhecidos e garantidos. Defender os Direitos Humanos: - é defender a valorização da Pessoa Humana; - é estabelecer regras justas e que valham para todos, regras que respeitem os princípios básicos do “Ser Humano”; - é firmar um pacto de cooperação e respeito, condição para que se garanta a convivência harmoniosa entre os integrantes dos inúmeros segmentos que compõem a diversidade do tecido social; - é evidente que mudanças significativas não serão feitas da noite para o dia... Nossa tarefa é manter a disposição de crescer, passo a passo, rumo à melhoria para todos. Por isso que, hoje, nesse conceito estão direitos civis como, não só à vida, mas à vida com dignidade; à segurança física, psicológica e moral; à liberdade pessoal e econômica, de pensamento, de expressão, de religião; direitos políticos e, como não poderia deixar de ser, direitos sociais, como ao trabalho, à educação, à saúde e à privacidade e assistência social, ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

POR QUE INSISTIR NA QUESTÃO DE GÊNERO? Quando falamos de gênero, queremos dizer que aos homens e às mulheres têm sido impostos papéis culturais e econômicos que os colocam em desigualdade nas relações entre ambos e na participação social e política. Essa discriminação construída ao longo de séculos repercute em todas as áreas da vida humana: nas ciências, nas artes, no trabalho, na família e nas instituições do Estado, nos três poderes Embora a mulher já tenha obtido conquistas significativas, um conjunto de práticas, normas e valores morais e ideológicos, historicamente elaborados, destinados a moldar o comportamento do gênero masculino e feminino têm tido como resultado, ainda, a discriminação das mulheres.

ENFIM, DO QUE TRATA O GÊNERO?

Gênero é um conceito das Ciências Sociais surgido nos anos 70, começou a ser usado mais seriamente pelas feministas na segunda metade do século passado, como uma maneira de referir-se à organização social das relações entre os sexos. Cada ser humano nasce com um sexo geneticamente definido (homem ou mulher), o gênero, porém, não faz parte de seu capital genético e sim de sua bagagem sócio-cultural, política e histórica (pessoal e cultural). Então: Sexo – São diferenças biológicas entre mulheres e homens. Gênero – Diferenças entre mulheres e homens construídas socialmente. Papéis sociais que são esperados para serem desempenhadas pelas mulheres e homens.

POR QUE IGUALDADE? Igualdade - Mulheres e homens não são idênticos. Mas devem ter condições iguais e similares para realizarem seus plenos direitos e seu potencial. Nossas diferenças são nossa identidade! Vários elementos vão compondo identidades, papéis, crenças, valores, relações de poder. São eles que caracterizam um ser masculino e outro feminino, nas diferentes culturas. Ao nascer já estamos inseridos numa cultura que, de certa maneira, já determinou os limites de nossa existência, restringindo sua liberdade de expressão. Cada um de nós vai tentar atender as expectativas da família e da comunidade em relação ao nosso desempenho profissional, pessoal e até sexual. Então, chega o momento de nossas escolhas para responder a estes questionamentos: Em que lugar ficará escondido o meu desejo? Qual o roteiro que quero pra mim? Algumas pessoas sentem que sua identidade de gênero não corresponde com seu sexo biológico, o que fazer? A proposição de modelos pouco flexíveis da sociedade engessa o desenvolvimento pessoal, profissional, material, espiritual, emocional de homens e mulheres. Deste modo, a sociedade é, ao mesmo tempo, autora e vítima do "gênero" que ela própria constrói.

O QUE É RAÇA E ETNIA? Ao se falar de raça e etnia muitas pessoas demonstram total falta de base teórica ou então idéias distorcidas sobre a questão.

• RAÇA é um conceito que alude aos fatores morfológicos distintivos desses grupos humanos (cor de pele, compleição física, estatura, traço faciais, etc.) desenvolvidos em seu processo de adaptação a determinado espaço geográfico e ecossistema (clima, altitude, flora, fauna, etc.) ao largo de várias gerações.

• ETNIA ou grupo étnico é, em um sentido amplo, uma comunidade humana definida por afinidades lingüísticas, culturais e genéticas. Os grupos étnicos compartilham uma origem comum, um futuro como povo. Quanto mais se vivencia os valores como fraternidade e a igualdade mais geramos a paz!

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24/03 – 3ª Aula – Noções do Conceito de Estado e a Formação de Gênero – Dr. Marcelo Henrique Gazolli Veronez

Formação de Gênero AAAA relação de gênerorelação de gênerorelação de gênerorelação de gênero,,,, formada por homens formada por homens formada por homens formada por homens e mulherese mulherese mulherese mulheres,,,, é norteé norteé norteé norteada pelas ada pelas ada pelas ada pelas diferenças biológicas.diferenças biológicas.diferenças biológicas.diferenças biológicas. CCCCada cultura ada cultura ada cultura ada cultura vai construindovai construindovai construindovai construindo os papéis femininos e os papéis femininos e os papéis femininos e os papéis femininos e masculinos, geralmente transformados em desigualdades que tornam o ser mulher masculinos, geralmente transformados em desigualdades que tornam o ser mulher masculinos, geralmente transformados em desigualdades que tornam o ser mulher masculinos, geralmente transformados em desigualdades que tornam o ser mulher vulnerável à exclusão social. A exclusão que atinge a mulher se dá, às vezevulnerável à exclusão social. A exclusão que atinge a mulher se dá, às vezevulnerável à exclusão social. A exclusão que atinge a mulher se dá, às vezevulnerável à exclusão social. A exclusão que atinge a mulher se dá, às vezes, s, s, s, simultaneamente, pelas vias do trabalho, da classe, da cultura, da etnia, da idade, da simultaneamente, pelas vias do trabalho, da classe, da cultura, da etnia, da idade, da simultaneamente, pelas vias do trabalho, da classe, da cultura, da etnia, da idade, da simultaneamente, pelas vias do trabalho, da classe, da cultura, da etnia, da idade, da raça, e, assim sendo, tornaraça, e, assim sendo, tornaraça, e, assim sendo, tornaraça, e, assim sendo, torna----se difícil atribuíse difícil atribuíse difícil atribuíse difícil atribuí----la a um aspecto específico desse la a um aspecto específico desse la a um aspecto específico desse la a um aspecto específico desse fenômeno, em vista de ela combinar vários dos elementos da exclusão social.fenômeno, em vista de ela combinar vários dos elementos da exclusão social.fenômeno, em vista de ela combinar vários dos elementos da exclusão social.fenômeno, em vista de ela combinar vários dos elementos da exclusão social. A A A A excluexcluexcluexclusão socialsão socialsão socialsão social remonta à antigüidade grega, onde escravos, mulheres e remonta à antigüidade grega, onde escravos, mulheres e remonta à antigüidade grega, onde escravos, mulheres e remonta à antigüidade grega, onde escravos, mulheres e estrangeiros eram excluídos, mas o fenômeno era tido como natural. Somente a estrangeiros eram excluídos, mas o fenômeno era tido como natural. Somente a estrangeiros eram excluídos, mas o fenômeno era tido como natural. Somente a estrangeiros eram excluídos, mas o fenômeno era tido como natural. Somente a partir da crise econômica mundialpartir da crise econômica mundialpartir da crise econômica mundialpartir da crise econômica mundial,,,, que ocorre na idade contemporânea e que dá que ocorre na idade contemporânea e que dá que ocorre na idade contemporânea e que dá que ocorre na idade contemporânea e que dá evidência à pobreza é que a exclusevidência à pobreza é que a exclusevidência à pobreza é que a exclusevidência à pobreza é que a exclusão social toma visibilidade e substância. ão social toma visibilidade e substância. ão social toma visibilidade e substância. ão social toma visibilidade e substância. A exclusão pode ser vista como quebra de vínculo entre o indivíduo e a A exclusão pode ser vista como quebra de vínculo entre o indivíduo e a A exclusão pode ser vista como quebra de vínculo entre o indivíduo e a A exclusão pode ser vista como quebra de vínculo entre o indivíduo e a sociedade, falta a “solidariedade”, assim, cabe ao sociedade, falta a “solidariedade”, assim, cabe ao sociedade, falta a “solidariedade”, assim, cabe ao sociedade, falta a “solidariedade”, assim, cabe ao EstadoEstadoEstadoEstado a obrigação de ajudar na a obrigação de ajudar na a obrigação de ajudar na a obrigação de ajudar na inclusão dos indivíduos; a exclusão se refere à “discrimiinclusão dos indivíduos; a exclusão se refere à “discrimiinclusão dos indivíduos; a exclusão se refere à “discrimiinclusão dos indivíduos; a exclusão se refere à “discriminação”, nesse caso, o nação”, nesse caso, o nação”, nesse caso, o nação”, nesse caso, o Estado Estado Estado Estado deve garantir o trânsito do excluído nas categorias sociais.deve garantir o trânsito do excluído nas categorias sociais.deve garantir o trânsito do excluído nas categorias sociais.deve garantir o trânsito do excluído nas categorias sociais. As restrições impostas à mulher dão lugar a um processo de exclusão, cujos As restrições impostas à mulher dão lugar a um processo de exclusão, cujos As restrições impostas à mulher dão lugar a um processo de exclusão, cujos As restrições impostas à mulher dão lugar a um processo de exclusão, cujos principais aspectos dizem respeito à falta de acesso ao emprego, a bens e serviços, principais aspectos dizem respeito à falta de acesso ao emprego, a bens e serviços, principais aspectos dizem respeito à falta de acesso ao emprego, a bens e serviços, principais aspectos dizem respeito à falta de acesso ao emprego, a bens e serviços, e tame tame tame também à falta de segurança, justiça e cidadania.bém à falta de segurança, justiça e cidadania.bém à falta de segurança, justiça e cidadania.bém à falta de segurança, justiça e cidadania. Essa idéia da diferença entre o masculino e feminino é que constrói a Essa idéia da diferença entre o masculino e feminino é que constrói a Essa idéia da diferença entre o masculino e feminino é que constrói a Essa idéia da diferença entre o masculino e feminino é que constrói a desigualdades de gênero, impedindo que se lide adequadamente com o que desigualdades de gênero, impedindo que se lide adequadamente com o que desigualdades de gênero, impedindo que se lide adequadamente com o que desigualdades de gênero, impedindo que se lide adequadamente com o que distingue homens e mulheres. distingue homens e mulheres. distingue homens e mulheres. distingue homens e mulheres. Diferença faz par com identidade, aDiferença faz par com identidade, aDiferença faz par com identidade, aDiferença faz par com identidade, assim como desigualdade o faz com igualdade.ssim como desigualdade o faz com igualdade.ssim como desigualdade o faz com igualdade.ssim como desigualdade o faz com igualdade.

Conceito de Estado PodePodePodePode----se definir o se definir o se definir o se definir o EstadoEstadoEstadoEstado como uma estrutura política e organizacional formada como uma estrutura política e organizacional formada como uma estrutura política e organizacional formada como uma estrutura política e organizacional formada pelos seguintes elementos ou partes:pelos seguintes elementos ou partes:pelos seguintes elementos ou partes:pelos seguintes elementos ou partes: • • • • poder político soberano,poder político soberano,poder político soberano,poder político soberano, • • • • um povo, que se organiza de modo a formar a um povo, que se organiza de modo a formar a um povo, que se organiza de modo a formar a um povo, que se organiza de modo a formar a sociedade;sociedade;sociedade;sociedade; • • • • um território, ou seja, uma base física sobre a qual se estende a jurisdição do um território, ou seja, uma base física sobre a qual se estende a jurisdição do um território, ou seja, uma base física sobre a qual se estende a jurisdição do um território, ou seja, uma base física sobre a qual se estende a jurisdição do poder soberano.poder soberano.poder soberano.poder soberano.

• • • • um governo, através do qual se manifesta o poder soberano do Estadoum governo, através do qual se manifesta o poder soberano do Estadoum governo, através do qual se manifesta o poder soberano do Estadoum governo, através do qual se manifesta o poder soberano do Estado O EstadoO EstadoO EstadoO Estado é a única organização dotada de soberania. Ou seja, internamené a única organização dotada de soberania. Ou seja, internamené a única organização dotada de soberania. Ou seja, internamené a única organização dotada de soberania. Ou seja, internamente te te te o seu poder se superpõe a todos os poderes sociais, que lhe ficam sujeitos de o seu poder se superpõe a todos os poderes sociais, que lhe ficam sujeitos de o seu poder se superpõe a todos os poderes sociais, que lhe ficam sujeitos de o seu poder se superpõe a todos os poderes sociais, que lhe ficam sujeitos de forma mediata ou imediata; e externamente o seu poder é independente do forma mediata ou imediata; e externamente o seu poder é independente do forma mediata ou imediata; e externamente o seu poder é independente do forma mediata ou imediata; e externamente o seu poder é independente do podpodpodpoder de outros Estados e/ou gruposer de outros Estados e/ou gruposer de outros Estados e/ou gruposer de outros Estados e/ou grupos nãonãonãonão----estatais.estatais.estatais.estatais. O TO TO TO Territórioerritórioerritórioerritório –––– EleEleEleEle inclui o espaço terrestre, aéinclui o espaço terrestre, aéinclui o espaço terrestre, aéinclui o espaço terrestre, aéreo e areo e areo e areo e aquático e é quático e é quático e é quático e é outro outro outro outro importante elemento do Estado. Mesmo o território desabitado importante elemento do Estado. Mesmo o território desabitado importante elemento do Estado. Mesmo o território desabitado importante elemento do Estado. Mesmo o território desabitado ---- onde não têm onde não têm onde não têm onde não têm lugar interações sociais é parte do Estado, que sobre ele exerce poder soberano, lugar interações sociais é parte do Estado, que sobre ele exerce poder soberano, lugar interações sociais é parte do Estado, que sobre ele exerce poder soberano, lugar interações sociais é parte do Estado, que sobre ele exerce poder soberano, controlando seus recursos. Por outro lado, ainda que haja sociedade, ou controlando seus recursos. Por outro lado, ainda que haja sociedade, ou controlando seus recursos. Por outro lado, ainda que haja sociedade, ou controlando seus recursos. Por outro lado, ainda que haja sociedade, ou até até até até

mesmo nação, quando não há território controlado pelo poder soberano, não há mesmo nação, quando não há território controlado pelo poder soberano, não há mesmo nação, quando não há território controlado pelo poder soberano, não há mesmo nação, quando não há território controlado pelo poder soberano, não há Estado.Estado.Estado.Estado. O PovoO PovoO PovoO Povo, por sua vez, é o conjunto de cidadãos que se subordinam ao mesmo , por sua vez, é o conjunto de cidadãos que se subordinam ao mesmo , por sua vez, é o conjunto de cidadãos que se subordinam ao mesmo , por sua vez, é o conjunto de cidadãos que se subordinam ao mesmo poder soberano e possuem direitos iguais perante a lei.poder soberano e possuem direitos iguais perante a lei.poder soberano e possuem direitos iguais perante a lei.poder soberano e possuem direitos iguais perante a lei. O GovernoO GovernoO GovernoO Governo, , , , é o núcleo decisé o núcleo decisé o núcleo decisé o núcleo decisório do Estado, formado por membros da elite ório do Estado, formado por membros da elite ório do Estado, formado por membros da elite ório do Estado, formado por membros da elite política, e encarregado da gestão da coisa pública. Enquanto o Estado é política, e encarregado da gestão da coisa pública. Enquanto o Estado é política, e encarregado da gestão da coisa pública. Enquanto o Estado é política, e encarregado da gestão da coisa pública. Enquanto o Estado é permanente, o governo é transitório porque, ao menos nas democracias, os que permanente, o governo é transitório porque, ao menos nas democracias, os que permanente, o governo é transitório porque, ao menos nas democracias, os que permanente, o governo é transitório porque, ao menos nas democracias, os que ocupam os cargos governamentais devem, por princípio, ser subsocupam os cargos governamentais devem, por princípio, ser subsocupam os cargos governamentais devem, por princípio, ser subsocupam os cargos governamentais devem, por princípio, ser substituídos tituídos tituídos tituídos periodicamente de acordo com as preferências da sociedade.periodicamente de acordo com as preferências da sociedade.periodicamente de acordo com as preferências da sociedade.periodicamente de acordo com as preferências da sociedade. AAAA) ) ) ) ---- PPPPrimeira função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança rimeira função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança rimeira função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança rimeira função do Estado é a manutenção da ordem e da segurança internainternainternainterna e a garantia da defesa externa;e a garantia da defesa externa;e a garantia da defesa externa;e a garantia da defesa externa; B) B) B) B) ---- SSSSegunda função do Estado é estabelecer e cobrar tributos dos que vegunda função do Estado é estabelecer e cobrar tributos dos que vegunda função do Estado é estabelecer e cobrar tributos dos que vegunda função do Estado é estabelecer e cobrar tributos dos que vivem ivem ivem ivem sob seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma.sob seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma.sob seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma.sob seu domínio e administrar os recursos obtidos dessa forma. O quadro administrativo O quadro administrativo O quadro administrativo O quadro administrativo ---- administração públicaadministração públicaadministração públicaadministração pública ---- TTTTem como em como em como em como atribuição decidir, instituir e aplicar as normas necessárias à coesão social e à atribuição decidir, instituir e aplicar as normas necessárias à coesão social e à atribuição decidir, instituir e aplicar as normas necessárias à coesão social e à atribuição decidir, instituir e aplicar as normas necessárias à coesão social e à gestão da coisa pública.gestão da coisa pública.gestão da coisa pública.gestão da coisa pública. = = = = Função SFunção SFunção SFunção Sociaociaociaocial do Estadol do Estadol do Estadol do Estado ---- Somente na década de 1940 é que efetivamente Somente na década de 1940 é que efetivamente Somente na década de 1940 é que efetivamente Somente na década de 1940 é que efetivamente se definiu se definiu se definiu se definiu esta função,esta função,esta função,esta função, com a afirmação explícita do princípio do Estado de Bem com a afirmação explícita do princípio do Estado de Bem com a afirmação explícita do princípio do Estado de Bem com a afirmação explícita do princípio do Estado de Bem Estar Social:Estar Social:Estar Social:Estar Social: ---- “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, “independentemente da sua renda, todos os cidadãos, como tais, têm direito a ser protegidos contra stêm direito a ser protegidos contra stêm direito a ser protegidos contra stêm direito a ser protegidos contra situações de dependência de longa duração ituações de dependência de longa duração ituações de dependência de longa duração ituações de dependência de longa duração (velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade, desemprego).”(velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade, desemprego).”(velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade, desemprego).”(velhice, invalidez) ou de curta duração (doença, maternidade, desemprego).” ==== Poderes do EstadoPoderes do EstadoPoderes do EstadoPoderes do Estado: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Como se : o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Como se : o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Como se : o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Como se exerce esse poder? Como ele pode ser controlado?exerce esse poder? Como ele pode ser controlado?exerce esse poder? Como ele pode ser controlado?exerce esse poder? Como ele pode ser controlado? * * * * Ao LegislatAo LegislatAo LegislatAo Legislativoivoivoivo cabe fazer as leis, aperfeiçoácabe fazer as leis, aperfeiçoácabe fazer as leis, aperfeiçoácabe fazer as leis, aperfeiçoá----las e revogálas e revogálas e revogálas e revogá----las.las.las.las. ****Ao ExecutivoAo ExecutivoAo ExecutivoAo Executivo cabe aplicar as leis, assegurar a ordem interna e a defesa externa, cabe aplicar as leis, assegurar a ordem interna e a defesa externa, cabe aplicar as leis, assegurar a ordem interna e a defesa externa, cabe aplicar as leis, assegurar a ordem interna e a defesa externa, bem como conduzir as relações internacionais. bem como conduzir as relações internacionais. bem como conduzir as relações internacionais. bem como conduzir as relações internacionais. ****Ao JudiciárioAo JudiciárioAo JudiciárioAo Judiciário cabe julgar e punir as transgressões às leis e arbitrar discabe julgar e punir as transgressões às leis e arbitrar discabe julgar e punir as transgressões às leis e arbitrar discabe julgar e punir as transgressões às leis e arbitrar dissídios da sídios da sídios da sídios da ordem civordem civordem civordem civil à luz da legislação instituída.il à luz da legislação instituída.il à luz da legislação instituída.il à luz da legislação instituída. Todo grupo organizado tem possibilidade de exercer alguma influência Todo grupo organizado tem possibilidade de exercer alguma influência Todo grupo organizado tem possibilidade de exercer alguma influência Todo grupo organizado tem possibilidade de exercer alguma influência política, sendo o trabalho de conscientização e organização as mais eficientes política, sendo o trabalho de conscientização e organização as mais eficientes política, sendo o trabalho de conscientização e organização as mais eficientes política, sendo o trabalho de conscientização e organização as mais eficientes formas de participação. formas de participação. formas de participação. formas de participação. A participação política é A participação política é A participação política é A participação política é um dever moral de todos os indivíduos, sendo um dever moral de todos os indivíduos, sendo um dever moral de todos os indivíduos, sendo um dever moral de todos os indivíduos, sendo uma necessidade fundamental da natureza humana.uma necessidade fundamental da natureza humana.uma necessidade fundamental da natureza humana.uma necessidade fundamental da natureza humana.

¨*¨*¨*¨¨*¨*¨*¨¨*¨*¨*¨¨*¨*¨*¨ 31/03 – 4ª Aula- Introdução ao Estudo do Direito – Dr. Marcello H. G. Veronez

EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA HUMANIDADE E DO DIREITO

HOMO SAPIENSHOMO SAPIENSHOMO SAPIENSHOMO SAPIENS ---- FAMÍLIAFAMÍLIAFAMÍLIAFAMÍLIA –––– TRIBOS TRIBOS TRIBOS TRIBOS ---- CIDADESCIDADESCIDADESCIDADES ---- ESTADOSESTADOSESTADOSESTADOS ---- NAÇÃONAÇÃONAÇÃONAÇÃO ---- HOMO SAPIENSHOMO SAPIENSHOMO SAPIENSHOMO SAPIENS ---- É a única É a única É a única É a única espécieespécieespécieespécie existente do existente do existente do existente do gênerogênerogênerogênero “Homo”“Homo”“Homo”“Homo”---- A palavra homo vem do Latim e significa "pessoa", escolhido originalmente por Carolus Linnaeus em seu sistema de classificação. É geralmente traduzido como "homem", apesar disso causar confusão, dado que a palavra "homem" pode ser genérica como homo, mas pode também referir-se especificamente aos indivíduos do sexo masculino. - FAMÍLIA – TRIBOS Os primatas levavam uma vida em grupo. Estes grupos ou Os primatas levavam uma vida em grupo. Estes grupos ou Os primatas levavam uma vida em grupo. Estes grupos ou Os primatas levavam uma vida em grupo. Estes grupos ou bandos são frequentemente formados por várias fêmebandos são frequentemente formados por várias fêmebandos são frequentemente formados por várias fêmebandos são frequentemente formados por várias fêmeas e um ou dois machos as e um ou dois machos as e um ou dois machos as e um ou dois machos adultos. Estes grupos podem atingir algumas centenas de indivíduos, podendo adultos. Estes grupos podem atingir algumas centenas de indivíduos, podendo adultos. Estes grupos podem atingir algumas centenas de indivíduos, podendo adultos. Estes grupos podem atingir algumas centenas de indivíduos, podendo subdividirsubdividirsubdividirsubdividir----se.se.se.se. - CIDADES - A vida em sociedadeA vida em sociedadeA vida em sociedadeA vida em sociedade tem a grande vantagem da protetem a grande vantagem da protetem a grande vantagem da protetem a grande vantagem da proteção do grupo e ção do grupo e ção do grupo e ção do grupo e a facilidade de transmissão de conhecimentos. A sociabilidade doa facilidade de transmissão de conhecimentos. A sociabilidade doa facilidade de transmissão de conhecimentos. A sociabilidade doa facilidade de transmissão de conhecimentos. A sociabilidade dos primatas tem s primatas tem s primatas tem s primatas tem surgido como resultado de características biológicas, como a existência de um surgido como resultado de características biológicas, como a existência de um surgido como resultado de características biológicas, como a existência de um surgido como resultado de características biológicas, como a existência de um único filho por gestação, com um prolongado período de crescimento pósúnico filho por gestação, com um prolongado período de crescimento pósúnico filho por gestação, com um prolongado período de crescimento pósúnico filho por gestação, com um prolongado período de crescimento pós----natal, natal, natal, natal, durante o qual aprende, para disso fazer uso mais tarde. durante o qual aprende, para disso fazer uso mais tarde. durante o qual aprende, para disso fazer uso mais tarde. durante o qual aprende, para disso fazer uso mais tarde. São características exclusiSão características exclusiSão características exclusiSão características exclusivas do Homem:vas do Homem:vas do Homem:vas do Homem: a)a)a)a) Conceito de hominização;Conceito de hominização;Conceito de hominização;Conceito de hominização; b) b) b) b) inteligência superior; inteligência superior; inteligência superior; inteligência superior; c)c)c)c) linguagem articulada; linguagem articulada; linguagem articulada; linguagem articulada; d) elaboração de conceitos d) elaboração de conceitos d) elaboração de conceitos d) elaboração de conceitos abstraabstraabstraabstratos (o futuro, por exemplo); tos (o futuro, por exemplo); tos (o futuro, por exemplo); tos (o futuro, por exemplo); e) e) e) e) fabrico e manuseio de instrumentos;fabrico e manuseio de instrumentos;fabrico e manuseio de instrumentos;fabrico e manuseio de instrumentos; f)f)f)f) vida social complexa e com esforço cooperativo. vida social complexa e com esforço cooperativo. vida social complexa e com esforço cooperativo. vida social complexa e com esforço cooperativo.

CONCONCONCONCEITO DE DIREITOCEITO DE DIREITOCEITO DE DIREITOCEITO DE DIREITO O O O O DireitoDireitoDireitoDireito é um conjunto de normas destinadas a regular a vida humana em é um conjunto de normas destinadas a regular a vida humana em é um conjunto de normas destinadas a regular a vida humana em é um conjunto de normas destinadas a regular a vida humana em sociedade, sendo então, um produto da própria convivência social.sociedade, sendo então, um produto da própria convivência social.sociedade, sendo então, um produto da própria convivência social.sociedade, sendo então, um produto da própria convivência social. Há, primeiramente, Há, primeiramente, Há, primeiramente, Há, primeiramente, o direito naturalo direito naturalo direito naturalo direito natural quequequeque era usado não apenas para avaliar a era usado não apenas para avaliar a era usado não apenas para avaliar a era usado não apenas para avaliar a validade validade validade validade moralmoralmoralmoral de diversas leis, mas também para determinar o que as leis de diversas leis, mas também para determinar o que as leis de diversas leis, mas também para determinar o que as leis de diversas leis, mas também para determinar o que as leis queriam dizer.queriam dizer.queriam dizer.queriam dizer. TrataTrataTrataTrata----se de um direito que antecede e subordina o direito positivo se de um direito que antecede e subordina o direito positivo se de um direito que antecede e subordina o direito positivo se de um direito que antecede e subordina o direito positivo de origem política ou social que não deveria entrar em cde origem política ou social que não deveria entrar em cde origem política ou social que não deveria entrar em cde origem política ou social que não deveria entrar em conflito com as regras do onflito com as regras do onflito com as regras do onflito com as regras do direito naturaldireito naturaldireito naturaldireito natural A palavra A palavra A palavra A palavra DDDDireitoireitoireitoireito possui mais de um significado correlato: possui mais de um significado correlato: possui mais de um significado correlato: possui mais de um significado correlato: 1111---- sistema de normas sistema de normas sistema de normas sistema de normas de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações de conduta imposto por um conjunto de instituições para regular as relações sociaissociaissociaissociais; 2; 2; 2; 2---- o que se refere a faculdade, que todos temoso que se refere a faculdade, que todos temoso que se refere a faculdade, que todos temoso que se refere a faculdade, que todos temos, de exigir um determinado , de exigir um determinado , de exigir um determinado , de exigir um determinado comportamento alheio, em defesa dos nossos direitos.comportamento alheio, em defesa dos nossos direitos.comportamento alheio, em defesa dos nossos direitos.comportamento alheio, em defesa dos nossos direitos. OOOO direito é essencial à direito é essencial à direito é essencial à direito é essencial à vida em sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver vida em sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver vida em sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver vida em sociedade, ao definir direitos e obrigações entre as pessoas e ao resolver os conflitos de interesseos conflitos de interesseos conflitos de interesseos conflitos de interesse. . . . O Direito é tradicionalmente dividido em O Direito é tradicionalmente dividido em O Direito é tradicionalmente dividido em O Direito é tradicionalmente dividido em ramos, como ramos, como ramos, como ramos, como o o o o direito civildireito civildireito civildireito civil, , , , direito penaldireito penaldireito penaldireito penal,,,, direito comercialdireito comercialdireito comercialdireito comercial, , , , direito constitucionaldireito constitucionaldireito constitucionaldireito constitucional, , , , direito direito direito direito administrativoadministrativoadministrativoadministrativo e outros, cada ume outros, cada ume outros, cada ume outros, cada um destes responsável por regular as relações destes responsável por regular as relações destes responsável por regular as relações destes responsável por regular as relações interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade.interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade.interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade.interpessoais nos diversos aspectos da vida em sociedade.

FONTES DE DIREITOFONTES DE DIREITOFONTES DE DIREITOFONTES DE DIREITO

¨ LEILEILEILEI ---- Obrigatoriamente devera ser escrita e publicada para conhecimento Obrigatoriamente devera ser escrita e publicada para conhecimento Obrigatoriamente devera ser escrita e publicada para conhecimento Obrigatoriamente devera ser escrita e publicada para conhecimento de todos.de todos.de todos.de todos.

¨ JURJURJURJURISPRUDÊNCIA ISPRUDÊNCIA ISPRUDÊNCIA ISPRUDÊNCIA ---- São as decisões da justiçaSão as decisões da justiçaSão as decisões da justiçaSão as decisões da justiça

¨ DOUTRINADOUTRINADOUTRINADOUTRINA---- Artigos, textos escritos por pessoas profundas conhecedoras Artigos, textos escritos por pessoas profundas conhecedoras Artigos, textos escritos por pessoas profundas conhecedoras Artigos, textos escritos por pessoas profundas conhecedoras do assuntodo assuntodo assuntodo assunto....

¨ COSTUMECOSTUMECOSTUMECOSTUME –––– determinados hábitos que se desenvolvem pela cultura de determinados hábitos que se desenvolvem pela cultura de determinados hábitos que se desenvolvem pela cultura de determinados hábitos que se desenvolvem pela cultura de cada comunidade.cada comunidade.cada comunidade.cada comunidade.

¨ NORMAS JURÍDICAS MODAISNORMAS JURÍDICAS MODAISNORMAS JURÍDICAS MODAISNORMAS JURÍDICAS MODAIS:::: PermitirPermitirPermitirPermitir a açãoa açãoa açãoa ação: Pr: Pr: Pr: Proibiroibiroibiroibir a execução: a execução: a execução: a execução: FacultarFacultarFacultarFacultar poderá em determinada questão ser permitida.:poderá em determinada questão ser permitida.:poderá em determinada questão ser permitida.:poderá em determinada questão ser permitida.:

ORDENAMENTO JURÍDICO: Pirâmide de KelsenORDENAMENTO JURÍDICO: Pirâmide de KelsenORDENAMENTO JURÍDICO: Pirâmide de KelsenORDENAMENTO JURÍDICO: Pirâmide de Kelsen

• No cume aNo cume aNo cume aNo cume a CONSTITUIÇÃO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERALCONSTITUIÇÃO FEDERAL, ditando o tom a todas as, ditando o tom a todas as, ditando o tom a todas as, ditando o tom a todas as normas do paísnormas do paísnormas do paísnormas do país

• LEIS, DECRETOS E JURISPRUDÊNCIALEIS, DECRETOS E JURISPRUDÊNCIALEIS, DECRETOS E JURISPRUDÊNCIALEIS, DECRETOS E JURISPRUDÊNCIA • SENTENÇAS E CONTRATOS na parte inferSENTENÇAS E CONTRATOS na parte inferSENTENÇAS E CONTRATOS na parte inferSENTENÇAS E CONTRATOS na parte inferiorioriorior

ESPÉCIES DE NORMASESPÉCIES DE NORMASESPÉCIES DE NORMASESPÉCIES DE NORMAS

NORMASNORMASNORMASNORMAS----PRINCÍPIOPRINCÍPIOPRINCÍPIOPRINCÍPIO: genéricas, abstratas, relativas. Superior hierarquicamente : genéricas, abstratas, relativas. Superior hierarquicamente : genéricas, abstratas, relativas. Superior hierarquicamente : genéricas, abstratas, relativas. Superior hierarquicamente às regras. Traduzem valores.às regras. Traduzem valores.às regras. Traduzem valores.às regras. Traduzem valores. NORMASNORMASNORMASNORMAS----REGRAREGRAREGRAREGRA: específicas, concretas, absolutas. Inferior hierarquicamente : específicas, concretas, absolutas. Inferior hierarquicamente : específicas, concretas, absolutas. Inferior hierarquicamente : específicas, concretas, absolutas. Inferior hierarquicamente aos princípios. aos princípios. aos princípios. aos princípios. CAPUTCAPUTCAPUTCAPUT ---- (cabeça) Ex: Artigo ((cabeça) Ex: Artigo ((cabeça) Ex: Artigo ((cabeça) Ex: Artigo (ArtArtArtArt. 5º. 5º. 5º. 5º))))---- Todos são iguais perante a lei...Todos são iguais perante a lei...Todos são iguais perante a lei...Todos são iguais perante a lei... PARÁGRAFOPARÁGRAFOPARÁGRAFOPARÁGRAFO ---- § 2º§ 2º§ 2º§ 2º ---- Os direitos e garantias expressos nesta Constituição nãoOs direitos e garantias expressos nesta Constituição nãoOs direitos e garantias expressos nesta Constituição nãoOs direitos e garantias expressos nesta Constituição não............ INCISOINCISOINCISOINCISO ---- I I I I ---- homens e mulheres são iguais em direitos e obrigaçõeshomens e mulheres são iguais em direitos e obrigaçõeshomens e mulheres são iguais em direitos e obrigaçõeshomens e mulheres são iguais em direitos e obrigações............ ALÍNEAALÍNEAALÍNEAALÍNEA ---- a) a) a) a) de morte, salvo em caso de guerra de morte, salvo em caso de guerra de morte, salvo em caso de guerra de morte, salvo em caso de guerra ............ TodTodTodTodo grupo organizadoo grupo organizadoo grupo organizadoo grupo organizado,,,, cujo aparato jurídico é respeitado de forma cujo aparato jurídico é respeitado de forma cujo aparato jurídico é respeitado de forma cujo aparato jurídico é respeitado de forma transparente, favorecendo legalmente a todos, transparente, favorecendo legalmente a todos, transparente, favorecendo legalmente a todos, transparente, favorecendo legalmente a todos, tem possibilidade de exercer tem possibilidade de exercer tem possibilidade de exercer tem possibilidade de exercer alguma influência política, sendo o trabalho de conscientização e organização as alguma influência política, sendo o trabalho de conscientização e organização as alguma influência política, sendo o trabalho de conscientização e organização as alguma influência política, sendo o trabalho de conscientização e organização as mais eficientes formas de participaçmais eficientes formas de participaçmais eficientes formas de participaçmais eficientes formas de participação. ão. ão. ão. Conscientizar é trabalhar no sentido de estimular pessoas ao uso da Conscientizar é trabalhar no sentido de estimular pessoas ao uso da Conscientizar é trabalhar no sentido de estimular pessoas ao uso da Conscientizar é trabalhar no sentido de estimular pessoas ao uso da inteligência e da vontade, para não se deixarem usar e conduzir como seres inteligência e da vontade, para não se deixarem usar e conduzir como seres inteligência e da vontade, para não se deixarem usar e conduzir como seres inteligência e da vontade, para não se deixarem usar e conduzir como seres irracionais.irracionais.irracionais.irracionais.

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07/04 – 5ª Aula – A Tripartição dos PoderesPoderesPoderesPoderes Executivo, Legislativo e Judiciário Dr. Marcelo H. G. Veronez

TRIPARTIÇÃO DOS PODERES

Na obra Na obra Na obra Na obra A PolíticaA PolíticaA PolíticaA Política, Aristóteles, o primeiro a se preocupar com o separatismo, , Aristóteles, o primeiro a se preocupar com o separatismo, , Aristóteles, o primeiro a se preocupar com o separatismo, , Aristóteles, o primeiro a se preocupar com o separatismo, traçou o que genericamente, seria uma tripartição de poderes estatais, traçou o que genericamente, seria uma tripartição de poderes estatais, traçou o que genericamente, seria uma tripartição de poderes estatais, traçou o que genericamente, seria uma tripartição de poderes estatais,

preocupandopreocupandopreocupandopreocupando----se com se com se com se com a ineficiência e periculosidade social do controle exclusivo a ineficiência e periculosidade social do controle exclusivo a ineficiência e periculosidade social do controle exclusivo a ineficiência e periculosidade social do controle exclusivo do poderdo poderdo poderdo poder. Porém, foi. Porém, foi. Porém, foi. Porém, foi MontesquieuMontesquieuMontesquieuMontesquieu que desenvolveu a teoria de ciência política, que desenvolveu a teoria de ciência política, que desenvolveu a teoria de ciência política, que desenvolveu a teoria de ciência política, no no no no livro livro livro livro O Espírito das Leis (1748), ---- que que que que que visou moderar o Poder do Estado, dividindo-o em funções, e dando competências a órgãos diferentes do Estado. O objetivo último da ordem política, para Montesquieu, é assegurar a moderação do poder mediante a "cooperação harmônica" entre os Poderes do Estado, funcionalmente constituídos (legislativo, executivo e judiciário), resultando num equilíbrio dos poderes. Na Grécia Antiga, Atenas era uma das mais importantes e destacadas Na Grécia Antiga, Atenas era uma das mais importantes e destacadas Na Grécia Antiga, Atenas era uma das mais importantes e destacadas Na Grécia Antiga, Atenas era uma das mais importantes e destacadas cidade; lá surgiu a experiência de democracia sobre a qual nos apoiamos hoje. cidade; lá surgiu a experiência de democracia sobre a qual nos apoiamos hoje. cidade; lá surgiu a experiência de democracia sobre a qual nos apoiamos hoje. cidade; lá surgiu a experiência de democracia sobre a qual nos apoiamos hoje. Os homens atenienses, considerados ciOs homens atenienses, considerados ciOs homens atenienses, considerados ciOs homens atenienses, considerados cidadãos, participavam de reuniões públicas dadãos, participavam de reuniões públicas dadãos, participavam de reuniões públicas dadãos, participavam de reuniões públicas parta definir os rumos que seriam tomados. Participar dessas reuniões, todavia, parta definir os rumos que seriam tomados. Participar dessas reuniões, todavia, parta definir os rumos que seriam tomados. Participar dessas reuniões, todavia, parta definir os rumos que seriam tomados. Participar dessas reuniões, todavia, era vedado às mulheres, aos jovens e aos escravos, que compunham grande era vedado às mulheres, aos jovens e aos escravos, que compunham grande era vedado às mulheres, aos jovens e aos escravos, que compunham grande era vedado às mulheres, aos jovens e aos escravos, que compunham grande parcela da população. Mesmo assim, a experiência é louvável, parcela da população. Mesmo assim, a experiência é louvável, parcela da população. Mesmo assim, a experiência é louvável, parcela da população. Mesmo assim, a experiência é louvável, sendo o primeiro sendo o primeiro sendo o primeiro sendo o primeiro sistema de que se tem notícia em que existia uma possibilidade de debate. sistema de que se tem notícia em que existia uma possibilidade de debate. sistema de que se tem notícia em que existia uma possibilidade de debate. sistema de que se tem notícia em que existia uma possibilidade de debate. Após a revolução francesa e as revoluções que abalaram a Europa em 1830 e Após a revolução francesa e as revoluções que abalaram a Europa em 1830 e Após a revolução francesa e as revoluções que abalaram a Europa em 1830 e Após a revolução francesa e as revoluções que abalaram a Europa em 1830 e 1848, a palavra 1848, a palavra 1848, a palavra 1848, a palavra DemocraciaDemocraciaDemocraciaDemocracia passou a ter a conotação positiva.passou a ter a conotação positiva.passou a ter a conotação positiva.passou a ter a conotação positiva. A expressão “separação dos poderes” surge apenas com a Constituição Francesa (1791) onde em seu artigo 16 afirmava que “não teria Constituição a sociedade que não garantisse a separação dos poderes com vias a proteção dos direitos individuais”. A Constituição Brasileira de 1988 consagrou, em seu artigo 2º, que "são Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário".

LEGISLATIVO: O Legislativo elabora as leis. Na cidade, quem faz as leis são os Vereadores, nas Câmaras Municipais. No estado, são os Deputados, nas Assembléias Legislativas. Em Brasília, capital do Brasil, o Poder Legislativo é exercido por Senadores e Deputados Federais.

EXECUTIVO: O Executivo executa as leis. No município, o poder Executivo é representado pelo Prefeito. No Estado pelo Governador. O Presidente da República é o principal representante do Poder Executivo.

JUDICIÁRIO: O Poder Judiciário fiscaliza o cumprimento das leis e estabelece punições para quem não as segue, através dos Tribunais e julga a constitucionalidade da lei. A divisão do poder é feita através da atribuição de cada uma das funções governamentais de legislar, administrar e julgar a órgãos específicos que levam as denominações de respectivas funções. No entanto, tal separação dos poderes não impede que, além de sua função típica (preponderante), cada um dos Poderes exerça atipicamente (de forma secundária) funções aparentemente atribuídas com

exclusividade a outro sem, contudo, violar o princípio da separação dos poderes, consagrado como cláusula pétrea pelo ordenamento jurídico Nas funções atípicas temos o pleno exercício das funções administrativas internas, disposições A idéia de limitação de poder, desenvolvida principalmente na Inglaterra, serviu de inspiração para a maioria das nações democráticas modernas, dando início ao Estado de Direito ou Estado Constitucional, que tem como elemento essencial a separação dos poderes.organizacionais Como afirmou Montesquieu Como afirmou Montesquieu Como afirmou Montesquieu Como afirmou Montesquieu “é preciso que, pela própria disposição das c“é preciso que, pela própria disposição das c“é preciso que, pela própria disposição das c“é preciso que, pela própria disposição das coisas, oisas, oisas, oisas, o poder freie o poder, pois, que todo homem que detém o poder é levado a dele o poder freie o poder, pois, que todo homem que detém o poder é levado a dele o poder freie o poder, pois, que todo homem que detém o poder é levado a dele o poder freie o poder, pois, que todo homem que detém o poder é levado a dele abusar, ele vai até onde encontrar limites”.abusar, ele vai até onde encontrar limites”.abusar, ele vai até onde encontrar limites”.abusar, ele vai até onde encontrar limites”. Ele só encontrava remédio para a Ele só encontrava remédio para a Ele só encontrava remédio para a Ele só encontrava remédio para a tendência universal ao abuso de poder político, na montagem institucional de um tendência universal ao abuso de poder político, na montagem institucional de um tendência universal ao abuso de poder político, na montagem institucional de um tendência universal ao abuso de poder político, na montagem institucional de um mecanismo mecanismo mecanismo mecanismo de poderes e contrade poderes e contrade poderes e contrade poderes e contra ---- poderes.poderes.poderes.poderes.

Nos Estados modernos a idéia de tripartição de poderes se tornou insuficiente. Nos Estados modernos a idéia de tripartição de poderes se tornou insuficiente. Nos Estados modernos a idéia de tripartição de poderes se tornou insuficiente. Nos Estados modernos a idéia de tripartição de poderes se tornou insuficiente. Essa idéia vem se firmando com as atividades práticas diárias dEssa idéia vem se firmando com as atividades práticas diárias dEssa idéia vem se firmando com as atividades práticas diárias dEssa idéia vem se firmando com as atividades práticas diárias de órgãos essenciais àe órgãos essenciais àe órgãos essenciais àe órgãos essenciais à democracia como os Tribunais de Contas e principalmedemocracia como os Tribunais de Contas e principalmedemocracia como os Tribunais de Contas e principalmedemocracia como os Tribunais de Contas e principalmente o Ministério Público, nte o Ministério Público, nte o Ministério Público, nte o Ministério Público, os quais se caracterizam pela sua função fiscalizadora.os quais se caracterizam pela sua função fiscalizadora.os quais se caracterizam pela sua função fiscalizadora.os quais se caracterizam pela sua função fiscalizadora. NNNNuma democracia autêntica, a ação política não se desenvolve apenas no nível uma democracia autêntica, a ação política não se desenvolve apenas no nível uma democracia autêntica, a ação política não se desenvolve apenas no nível uma democracia autêntica, a ação política não se desenvolve apenas no nível do poder estatal, com o objetivo de ajudádo poder estatal, com o objetivo de ajudádo poder estatal, com o objetivo de ajudádo poder estatal, com o objetivo de ajudá----lo ou mantêlo ou mantêlo ou mantêlo ou mantê----lo. Ela deve também se lo. Ela deve também se lo. Ela deve também se lo. Ela deve também se exercer diretamexercer diretamexercer diretamexercer diretamente pelo próprio povo, perante todos os órgãos do Estado, não só ente pelo próprio povo, perante todos os órgãos do Estado, não só ente pelo próprio povo, perante todos os órgãos do Estado, não só ente pelo próprio povo, perante todos os órgãos do Estado, não só para fiscalizápara fiscalizápara fiscalizápara fiscalizá----lo, denunciar crimes, desvios, imoralidades e omissões, mas também lo, denunciar crimes, desvios, imoralidades e omissões, mas também lo, denunciar crimes, desvios, imoralidades e omissões, mas também lo, denunciar crimes, desvios, imoralidades e omissões, mas também para que o povo tome por si e não por meio de representantes, as grandes decisões para que o povo tome por si e não por meio de representantes, as grandes decisões para que o povo tome por si e não por meio de representantes, as grandes decisões para que o povo tome por si e não por meio de representantes, as grandes decisões políticas, aquelas que emppolíticas, aquelas que emppolíticas, aquelas que emppolíticas, aquelas que empenham o futuro da coletividade em todos os níveis: local, enham o futuro da coletividade em todos os níveis: local, enham o futuro da coletividade em todos os níveis: local, enham o futuro da coletividade em todos os níveis: local, regional e nacional. regional e nacional. regional e nacional. regional e nacional. ““““Ao cidadão moderno já não basta mais votar, ele precisa estar atento às suas Ao cidadão moderno já não basta mais votar, ele precisa estar atento às suas Ao cidadão moderno já não basta mais votar, ele precisa estar atento às suas Ao cidadão moderno já não basta mais votar, ele precisa estar atento às suas escolhas, faz parte do jogo democrático respeitar opiniões alheias, mas o debate escolhas, faz parte do jogo democrático respeitar opiniões alheias, mas o debate escolhas, faz parte do jogo democrático respeitar opiniões alheias, mas o debate escolhas, faz parte do jogo democrático respeitar opiniões alheias, mas o debate ajuda a construajuda a construajuda a construajuda a construir um pensamento voltado para o ideal. Nosso maior compromisso ir um pensamento voltado para o ideal. Nosso maior compromisso ir um pensamento voltado para o ideal. Nosso maior compromisso ir um pensamento voltado para o ideal. Nosso maior compromisso é com a informação suprapartidária, ou seja, desvinculada de bandeiras. Deve é com a informação suprapartidária, ou seja, desvinculada de bandeiras. Deve é com a informação suprapartidária, ou seja, desvinculada de bandeiras. Deve é com a informação suprapartidária, ou seja, desvinculada de bandeiras. Deve haver a convicção de que haver a convicção de que haver a convicção de que haver a convicção de que voto é direito e não obrigaçãovoto é direito e não obrigaçãovoto é direito e não obrigaçãovoto é direito e não obrigação”.”.”.”. Rousseau admitia que... Rousseau admitia que... Rousseau admitia que... Rousseau admitia que... “Os vícios hu“Os vícios hu“Os vícios hu“Os vícios humanos originammanos originammanos originammanos originam----se não de uma natureza se não de uma natureza se não de uma natureza se não de uma natureza decaída, mas de um meio social corruptor”.decaída, mas de um meio social corruptor”.decaída, mas de um meio social corruptor”.decaída, mas de um meio social corruptor”.

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14/04/10 – 6ª Aula - História e Atualidade dos Direitos Humanos Sra. Rosana Aparecida Toscani Caruso

Direitos Humanos e Direitos das Mulheres O que são Direitos Humanos? Os direitos humanos representam o conjunto de prerrogativas com as quais, em cada momento histórico, se deparam as exigências da dignidade, da liberdade e da igualdade humanas, necessárias para uma vida satisfatória e

digna. Quando garantidos nas Constituições dos Estados, são chamados direitos fundamentais. Os Direitos Humanos da Mulher - A efetiva implementação dos direitos que promovam igualdade em razão das diferenças de gênero e de sexo, dos direitos sexuais e reprodutivos, sob a perspectiva dos direitos humanos, demanda ação político-jurídica emancipatória , criativa e transformadora. Após o final da II Guerra Mundial ficou explícito o desejo de se ir além da cooperação internacional e instituir um quadro jurídico internacional capaz de impor limites à soberania dos Estados individualmente considerados. * A Declaração Universal dos Direitos Humanos: promulgada em 10 de dezembro de 1948 levou em consideração as perspectivas de gênero, classe, raça, etnia e idade. * Os direitos consagrados neste pacto incluem:

§ O direito à vida, à liberdade e a segurança § O direito a não ser sujeito à tortura nem a penas ou tratamento cruéis,

desumanos ou degradantes e a proibição da escravatura. § O direito a ser objeto de prisão ou detenção arbitrária. § Os direitos à liberdade de expressão, religião, reunião e associações

sindicais. § O direito à liberdade de circulação e escolha de residência e o direito de

voto por sufrágio universal. § O direito a um julgamento justo e os direitos das minorias a beneficiar de

proteção. A Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU) em 1979, sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a mulher baseou-se, principalmente, na dupla obrigação de eliminar a discriminação e de assegurar a igualdade entre homens e mulheres.

* O Pacto Internacional dos Direitos Sócio Econômico e Cultural institui: Direito ao Trabalho - Direito à Segurança Social - Direito à Proteção à Família - Direito a um Nível de Vida Suficiente; Direito à Educação; Direito à Saúde; Direito à Filiação Sindical.

* A Convenção Internacional sobre a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial -

§ Esta convenção internacional contém disposições que visam a eliminação da discriminação racial em todas as suas formas e manifestações, a prevenção e combate das doutrinas e práticas racistas e a construção de uma comunidade internacional livre de todas as formas de discriminação racial.

* Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres(CEDAW) - Esta convenção define discriminação contra as mulheres da seguinte forma: “Qualquer distinção, exclusão ou restrição

baseada no sexo que tenha como efeito ou como objetivo comprometer ou destruir o reconhecimento, o gozo ou o exercício pelas mulheres, seja qual for o seu estado civil, com base na igualdade dos homens e mulheres, dos direitos do homem e das liberdades fundamentais nos domínios político, econômico, social, cultural e civil ou em qualquer outro domínio.” * Convenção contra a Tortura e outras Penas ou Tratamentos Cruéis, Desumanos ou Degradantes - Esta convenção introduz dois novos elementos de particular importância no combate a tortura: - Qualquer pessoa que cometa atos de tortura pode ser perseguida criminalmente desde que seja encontrada em qualquer território sob jurisdição de um Estado parte. - Inclui uma disposição prevendo a possibilidade de instaurar um inquérito internacional caso informações idôneas indiquem que a tortura é sistematicamente praticada no território de um Estado parte.

¨ A Mulher e o Direito Constitucional: O que foi conquistado com a Constituição: Igualdade - Legalidade - Garantias - Direitos fundamentais

Direitos e deveres individuais e coletivos - Direitos sociais - Direito das trabalhadoras domésticas - Direitos políticos e Direitos trabalhalhistas.

Lei Maria da Penha - 11.340/2006 § O Brasil foi condenado pela OEA a instituir mecanismos legislativos e

institucionais para impedir a ocorrência de violência familiar e doméstica contra a mulher

§ Esta condenação se deu em razão da busca empreendida por Maria da Penha, que teve negado o direito à responsabilização do agressor nas instituições brasileiras.

§ É uma lei especial para ser aplicada em casos de violência doméstica e garante mecanismos especiais às mulheres vítimas de agressão pelo marido ou parceiro.

Acreditem! Violência e Impunidade não combinam... “A vida é agora e a efetivação do direito das mulheres é para ontem.”

*¨*¨*¨*¨*¨* 28/04 – 7ª AULA - Acesso à Justiça: Ministério Público, Defensoria Pública e a Polícia - Dr. Esaú Cobra Ribeiro O que significa JUSTIÇA? No sentido restrito, é a constante e perpétua vontade de conceder o direito a si próprio e aos outros, segundo a igualdade; no sentido moral, significa o respeito que há em cada um de dar para cada outro o que é seu. Como principal definição é a virtude de dar a cada um aquilo que lhe é merecido ou que é seu por direito legal (direito definido nas leis do país).

Reforçamos que a Justiça está no dar o equivalente, ou seja, a retribuição equivalente ao que foi dado ou feito. Quando digo: “Eu quero justiça!”, que coisa estarei querendo? Estarei querendo que me seja dado ou feito algo que tenha valor igual ou proporcional ao valor do que dei, do que sofri, do que fiz ou do que sou, do que me foi arrebatado ( do que mereço)? O que é JUSTO? É óbvio que o justo é o que está ajustado; é o que se acha na exata medida, se adequado, proporcional, correspondente. Há o justo por convenção que é aquilo que é tido como justo porque assim se convencionou – é a ética social que não é imutável, visto que a sociedade vai mudando e estas normas vão se alterando e o justo por natureza que é imutável. Justiça também é a faculdade de julgar segundo o direito e a melhor consciência. É a faculdade de julgar segundo o que prescreve a lei, o direito e a razão. É imparcialidade na interpretação do ordenamento jurídico. A expressão “fazer justiça pelas próprias mãos”, quer dizer vingar-se pessoalmente de alguma questão cuja punição caberia, na verdade, ao Poder Judiciário. A busca da Justiça é o ideal que persegue todo o direito, e o fato de ter havido e haver direitos injustos, não destrói esse ideal. O ACESSO À JUSTIÇA pode ser encarado “como requisito fundamental – o mais básico dos direitos humanos – de um sistema jurídico moderno e igualitário que pretenda garantir, e não apenas proclamar, os direitos de todos”. A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 diz que: " a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito". Então, a lei quer garantir, principalmente, a eficácia das decisões judiciais em benefício dos ricos ou pobres, indiscriminadamente. Mas, a idéia dominante, é que os pobres têm acesso muito precário à Justiça, porque carecem de recursos, para contratar bons advogados. Não basta o acesso ao prédio do tribunal, o pobre representado pelo defensor público, ou o rico, pelo advogado contratado. Ambos desejam Justiça eficaz. Ministério Público: São funções institucionais deste Ministério, entre outras: – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia; - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial; - promover as medidas necessárias a implantação efetiva de uma Defensoria Pública, pois, os serviços prestados pela Defensoria são de extrema relevância pública, até porque é essencial à função. Defensoria Pública - é instituição essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. É direito assegurado na Constituição a assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

O que é POLÍCIA? Quais suas funções? Existe mais de uma Polícia? O Estado Democrático de Direito, instituído pela Constituição de 1988 assegura a todos os cidadãos brasileiros, dentre os diversos direitos sociais e individuais, a preservação da ordem pública e a defesa das pessoas e do patrimônio. Quem desempenha as atividades de segurança é a Polícia. POLÍCIA FEDERAL - É dirigida por Delegados de Polícia Federal, e está presente em todos os Estados do Brasil. Além de cuidar das fronteiras de nosso país, impedindo a entrada de armas, drogas ou contrabando, é responsável pela investigação de crimes que afetam o país como um todo. Por exemplo, os chamados crimes de “colarinho branco”, crimes contra o sistema financeiro, etc. Quem manda na Polícia Federal, em última instância, é o Ministro da Justiça, nomeado pelo Presidente da República. Polícia Civil - A Polícia Civil é dirigida por Delegados de Polícia, que coordenam as atividades dos Agentes. Cada Estado tem uma Polícia Civil diferente, e elas atuam elucidando crimes que ocorrem dentro dos limites territoriais do respectivo Estado. Polícia Rodoviária Federal - É responsável pelo patrulhamento das rodovias federais, os agentes fazem “blitzens” a fim de identificar veículos em situação irregular, e coibir o transporte de produtos ilícitos, como drogas e armas. São eles os responsáveis pelas ocorrências com acidentes de trânsito nas rodovias, e devem apresentar o fato na delegacia de Polícia Civil da área onde estiverem atuando. A Polícia Militar - É a polícia que tem o dever de patrulhar as ruas de nossas cidades, para inibir e evitar a ação de criminosos, Também é a polícia que fiscaliza o trânsito, podendo aplicar multas. Como o nome diz, é um órgão regido pelo militarismo, e os policiais militares são considerados pela Constituição como força auxiliar e reserva do Exército. O que é ORDEM SOCIAL/PÚBLICA? Significa a existência de consenso na sociedade. Somente através do mínimo de consenso entre os indivíduos é que a vida em sociedade é possível.

*¨*¨*¨*¨* Programação: 10 / 03 - Aula Inaugural – = Prof.ª Marilda Lemos 17/03 - Introdução : a questão de Gênero, Raça/ Etnia, Identidade e Direitos Humanos . = Profª Marlene Mota Zamariolli 24 /03 - Noções do Conceito de Estado e a formação de Gênero = Dr. Marcelo Henrique Gazolli Veronez 31 /03 - Introdução ao Estudo do Direito. = Dr. Marcelo Henrique Gazolli Veronez 07 /04 - A Tripartição dos Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. = Dr. Marcelo Henrique Gazolli Veronez

14 /04- História e Atualidade dos Direitos Humanos - Direitos da Mulher = Sra. Rosana Aparecida Toscani Caruso 28 /04- Acesso à Justiça: Ministério Público, Defensoria Pública e a Polícia = Dr. Esaú Cobra Ribeiro 05 /05- Direito à Saúde: SUS e a Saúde da Mulher (aborto, AIDS, etc.). = Dr. Gilberto Moreira Mello 12 /05 - Previdência Social e Acidentes do Trabalho = Dr.. Odilom R. De Almeida 19 / 05 - Introdução ao Direito Penal, com ênfase na questão da violência e gênero. = Drª Inês Maria Toss 26 / 05 - Discriminação racial: legislação e história. = Drª. Tatiana Ferreira Evangelista Santos 02 / 06 - Direitos Sexuais e Reprodutivos = Drª. Débora Machado Lima 09 /06 - Sexualidade- “Ser Feliz, Namorar a Vida!” = Psicóloga Márcia Atik 16 /06 - Noções de Processo Penal. = Dr. Reynaldo Antonio Machado 23 /06 - Processo Civil e o direito de ação. = Drª Marlene De Souza Amorim 30 /06 - Direito Civil e o Direito do Consumidor. = Dr. Rogério Freitas Pereira 07 /07 – Direito Civil e Direito de Família e Sucessões = Dr. Rogério Freitas Pereira 14 /07 – Habitação e Política Fundiária = Drª Regina De Almeida Passos 21 /07- Estatuto da Criança e do Adolescente e Estatuto do Idoso = Drª Mirian Della Casa

28 / 07 – Meio Ambiente e Gênero = Dr. Fábio Giordano 04 / 08 – Pessoas com Deficiência = Dr. Antonio Carlos Bley Pizarro = Sr. Luciano Marques 11 /08 – Dinâmica: “Muito Prazer! Somos Todos Diferentes! = Prof. Cláudia Alonso 18 /08 – Direito à Educação, Esporte, Cultura e Lazer = Dr. Marcelo Henrique Gazolli Veronez 25 /08 – Palestra de Encerramento = Dr. Luiz Alca De Sant’Anna

DIRETORIA EXECUTIVA CONSELHO MUNICIPAL DOS DIREITOS DA MULHER

COMMULHER – SANTOS – SP

Lei Municipal nº. 2.039 de 30 de julho de 2.002

PRESIDENTE – MARLENE MOTA ZAMARIOLLI VICE PRESIDENTE - ANA LÚCIA DE REZENDE SANT’ANNA 1ª SECRETÁRIA – DINÁ FERREIRA OLIVEIRA 2ª SECRETÁRIA - TÂNIA Mª PEREIRA A. DE P. EDUARDO COORDENADORA - ELZA PEREIRA DOS SANTOS APOIO

Casa de Participação Comunitária Av. Rei Alberto I nº. 117 – Ponta da Praia – Santos/SP. CEP 11.030-381 Telefone: (0xx13) 3261-5508 Telefax: (0xx13) 3261-5129