1º socorros

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Rio de Janeiro 2001

SENAI-RJ / SESI-RJ .....1

Federao das Indstrias do Estado do Rio de Janeiro Eduardo Eugnio Gouva VieiraPresidente

Diretoria Corporativa Operacional Augusto Cesar Franco de AlencarDiretor

SENAI-Rio de Janeiro SESI-Rio de Janeiro Paulo Roberto Gaspar DominguesDiretor Regional do SENAI-RJ

Diretoria de Educao Regina Maria de Ftima TorresDiretora

Diretoria de Sade e Segurana do Trabalho Srgio Bastos MedeirosDiretor

Gerncia de Educao Profissional Eliana Miranda NunesGerente

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Primeiros Socorros C 2001 SENAI-Rio de Janeiro SESI-Rio de Janeiro Diretoria de Educao Diretoria de Sade e Segurana do Trabalho

................................................................................Diviso de Projetos Educacionais-SENAI-RJ Diviso de Orientao PedaggicaSENAI-RJ Diviso Regional de Sade Ocupacional-SESI-RJ Coordenao Pesquisa de Contedo e Redao Marina Pires Cotias Villas Luis Roberto Arruda Jos Luiz Pedro de Barros Regina Averbug Avelino Moreira Loureno Fbio Batista da Silva Jorge Maurcio de Castro Maciel Andra Vieira Colombo Ktia Lucia Oliveira Barreto Regina Averbug Vera Regina Costa Abreu Edvania Soares da Silva Avelino Moreira Loureno Jos Luiz Pedro de Barros Maria Angela Calvo da Silva Ana Paula de Barros Leite Spasso Quattro/Xande Jos Carlos R. Franqueira Spasso Quattro

FICHA TCNICA

Tratamento Pedaggico Reviso Pedaggica Reviso Tcnica

................................................................................ ................................................................................Sistema FIRJAN Preparada pela Diviso de Documentao e Informao Tecnolgica do SENAI-RJ - Centro de Tecnologia Euvaldo LodiFICHA CATALOGRFICA

Reviso Gramatical Superviso da Produo Grfica Ilustrao Colaborao Projeto Grfico

p953 PRIMEIROS Socorros: caderno do participante. Rio de Janeiro: SESI/RJ, SENAI/RJ, 2001.1 v.: il. Bibliografia. 1 . SEGURANA DO TRABALHO. 2 . SADE. 3 . PRIMEIROS SOCORROS I. SESI/RJ. II. SENAI/RJ. CDD 331.2596Material para fins didticos Propriedade do SENAI-RJ e SESI-RJ Reproduo, total e parcial, sob expressa autorizao

SENAI-Rio de Janeiro GEP-Gerncia de Educao Profissional Rua Mariz e Barros, 678 Tijuca 20270-002-Rio de Janeiro-RJ Tel:(0xx21)587-1122 Fax:(0xx21)254-2884 http://www.rj.senai.br http://www.rae.firjan.org.brSENAI-RJ / SESI-RJ .....4

SESI-Rio de Janeiro Diviso Regional de Sade Ocupacional Av. Graa Aranha,1-Centro 20030-002-Rio de Janeiro-RJ Tel:(0xx21)563-4518 Fax:(0xx21)563-4067 http://www.rj.sesi.org.br

S U M R I O

Conversando com voc .................................................................................................. Parte I ...........................................................................................................................

07 09 11 15

Unidade I: Salvando uma vida ...................................................................................... Unidade II: Sinais vitais e de apoio ...............................................................................

Unidade III: Reanimao crdio-respiratria e choque eltrico....................................... 23 Unidade IV: Hemorragia.............................................................................................................. 29

Unidade V: Ferimentos..................................................................................................... 35 Unidade VI: Alteraes circulatrias e Psicomotoras........................................................... Unidade VII: Leses pelo calor....................................................................................... Unidade VIII: Parto de emergncia................................................................................... Unidade IX: Leses traumato-ortopdicas................................................................... 41 59 67 77

Unidade X: Transporte da vtima....................................................................................... 87 Parte II Parte III Parte IV Fazendo e aprendendo............................................................................................... 93 Conferindo suas respostas..................................................................................... 109 Fontes de pesquisa............................................................................................... 117

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CONVERSANDO COM VOC

Estudar uma forma de reinventar, de recriar de re-escrever. tarefa de sujeito, no de objeto.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . C a r o a l u n o, . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Durante o Curso de Primeiros Socorros voc ter oportunidade de aprender conceitos e prticas bsicos que lhe permitam atuar com eficincia em situaes que exijam a prestao dos primeiros socorros em casos de emergncia. Neste caderno, buscamos sintetizar, de forma clara e objetiva, os contedos e tcnicas desenvolvidos ao longo do curso. Com a Inteno de favorecer a sua aprendizagem, elaboramos este caderno da seguinte forma: - Onde h textos, resumindo os temas principais discutidos durante o curso, para voc consultar sempre que necessrio. a hora de aplicar o que foi estudado. Para isso voc ter que resolver as atividades a propostas.

Parte I Ba de informaes

Parte II Fazendo e aprendendo -

Parte III Conferindo as suas respostas - Apresenta algumas possibilidades derespostas para as questes apresentadas nas atividades.

Parte IV Fonte de pesquisa - So as referncias bibliogrficas.Esperamos que voc enriquea os conhecimentos conquistados neste curso com uma prtica consciente e participativa.

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PARTE I

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UNIDADE I: SALVANDO UMA VIDA

PRIMEIROS. .SOCORROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................ ...............Os primeiros socorros so os primeiros atendimentos dados a uma vtima de acidente ou a pessoas portadoras de mal-sbito para mant-las com vida, evitando complicaes imediatas ou tardias, at a chegada de assistncia mdica ou especializada (tipo enfermeiro).

Princpios bsicos de quem presta os. .Primeiros . Socorros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. ......... .........A eficincia e qualidade do primeiro socorro depende muito do socorrista. O comportamento desejvel do mesmo deve ser de: auto-controle (calma, tolerncia, pacincia); iniciativa e liderana; conhecimento e avaliao tcnica; capacidade de improvisao.

Etapas . bsicas. .de .atendimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... ....... .. .............1 - AVALIAR O LOCAL DO ACIDENTE Procure descobrir o mais rpido possvel as causas, a gravidade e a extenso do acidente, verificando se o local seguro para a prestao de socorro imediato. (Cena Segura) Tomar medidas que visem a proteger e manter o controle do ambiente. Isolar e sinalizar a rea onde ocorreu o acidente. Estas medidas evitam um acidente em cadeia. Iluminar a rea se o acidente foi noite ou se o local pouco iluminado. Arejar a rea, para melhor ventilao do acidentado. Evacuar a rea, quando necessrio, para evitar nova tragdia.SENAI-RJ / SESI-RJ .....11

2 - AVALIAR O MECANISMO DE LESO PELO MOVIMENTO As leses podem ser descritas como interao entre a vitima e o ambiente. Sabendo-se como foi o acidente, pode-se prever os possveis tipos de leses. 3 - AVALIAR O ESTADO E O NMERO DE VTIMAS Socorrer primeiro a vtima inconsciente, pois no sabemos se est respirando; um socorrista s pode atender apenas uma vtima em estado grave e uma em estado leve (pedir ajuda). 4 - REALIZAR O EXAME FSICO DA(S) VTIMA(S) Permite uma rpida ao do socorrista no caso de obstruo das vias areas, parada crdio-respiratria, leso cervical, inconscincia, hemorragia grave ou estado de choque. Quando houver mais de uma vtima ou leso, o socorrista dever agir utilizando o princpio de que os casos mais graves devero ser atendidos primeiro. As situaes que interferem diretamente com as funes vitais so: ausncia da respirao; ausncia de circulao sangnea; hemorragias graves; estado de inconscincia que pode levar obstruo das vias areas; leso da coluna cervical; inconscincia.

O socorrista deve priorizar: a desobstruo das vias areas; o restabelecimento e manuteno da respirao; o restabelecimento e manuteno da circulao; contenso da coluna cervical.

Os casos mais graves que devem ter primeiro atendimento so: SENAI-RJ / SESI-RJ .....12

obstruo de vias areas e/ou parada respiratria; suspeita de fratura na coluna cervical; inconscincia; parada cardaca; hemorragias graves; estado de choque; envenenamento; feridas abertas no abdome e/ou trax; traumatismo de crnio; queimaduras; fraturas; hematomas.

5 - PRESTAR OS PRIMEIROS SOCORROS Execuo das tcnicas de primeiros socorros. 6 - TRANSPORTE DA(S) VTIMA(S) Podemos mover uma pessoa ferida somente em situaes de perigo iminente, tais como: perigo de atropelamento, ferimentos adicionais, queimaduras, etc. Os procedimentos de transportes sero especficos para cada caso, gravidade e disponibilidade dos recursos para transporte. 7 - REGISTRO E ANOTAES necessrio registrar por escrito ou mentalmente as observaes iniciais da leso e os sinais de cada vtima, bem como os primeiros socorros efetuados, para que a equipe mdica saiba por onde comear o tratamento.

O socorrista dever tomar medidas de Precaues Universais (proteo contra doenas infecciosas, biossegurana e controle de infeco). Dever usar luvas e mscara (proteo facial).

Segundo o Cdigo Penal Brasileiro, qualquer indivduo, mesmo o leigo na rea de sade (pertencente a qualquer outra rea de trabalho, ocupao ou estudo), tem o dever de ajudar um necessitado ou acidentado ou simplesmente chamar ajuda para estes. Do contrrio, sofrer complicaes penais. Art. 135. Deixar de prestar assistncia, quando possvel faz-lo sem risco pessoal, criana abandonada ou extraviada, ou pessoa invlida ou ferida, ao desemparo ou em grave e iminente perigo; ou no pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pblica: Pena - deteno de 1(um) a 6(seis) meses, ou multa. Pargrafo nico. A pena aumentada de metade, se da omisso resulta leso corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.

Em 1978, a Portaria no 3214 do Ministrio do Trabalho estabeleceu a obrigatoriedade de uma caixa de primeiros socorros em todos os estabelecimentos, levando-se em conta as caractersticas da atividade desenvolvida, conforme a NR-7, item 7.5.1.SENAI-RJ / SESI-RJ .....13

Caixa. .de .primeiros. . . . . . . . . . .-. .Composio . . . . . . . . . . . . . . . . . socorros . . . . . . . . . . . . ..... .. .........1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 16. 17. 18. 19. 20. 21. 22. 23. Compressa de gaze esterilizada 05 envelopes. Ataduras de gaze em 03 tamanhos- 2 rolos cada. Gaze tipo chumao, para os olhos- 05 unidades. Algodo hidroflico-01 pacote de 50g. Esparadrapo 01 rolo de 25mm x 4,5cm. Cotonetes 01 caixa. Curativo adesivo 01 caixa. Soluo antissptica- clorhexidine 01 frasco de 50cc. gua boricada 01 frasco. lcool 70 - 01 frasco. Sabo antissptico e sabo de coco 01 tablete de cada. Soro fisiolgico 02 frascos de 250ml. Tesoura limpa , mdia (sem ferrugem). Sacos plsticos. Lanterna. Luvas de borracha. Toalhas de papel. Talas de papelo ou inflveis. Borracha flexvel (para garrote)- 02 unidades.

mal-sbito estado ou sintoma caracterstico que surge de forma aguda e repentina. evacuar esvaziar; desocupar. obstruo entupimento ou impedimento de vaso, canal ou via. iminente o que est em via de acontecer imediatamente. leigo que desconhece um assunto. omisso ato ou efeito de no fazer aquilo que moral ou juridicamente se devia fazer.

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UNIDADE II: SINAIS VITAIS E DE APOIO

SINAIS. .VIT.AIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . VITAIS .... .....So sinais orgnicos ou sintomas que podem ser alterados quando um ou mais sistemas vitais responsveis pela manuteno da homeostase no esto funcionando perfeitamente. A modificao ou alterao de um sinal caracterstico nos permite concluir sobre o estado geral da vtima e proceder de forma correta na execuo dos primeiros socorros. Os sinais vitais so: pulso; respirao; presso arterial; temperatura.

Pulso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .....A contrao do corao, necessria para o bombeamento do sangue, se repete com regularidade e se propaga em ondas pelas artrias. Algumas artrias esto localizadas superficialmente, podendo ser apalpadas. Alguns desses locais so: o lado externo do punho (artria radial), de cada lado do pescoo (artria cartida) e na regio inguinal (artria femoral).

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Freqncia da pulsao o nmero de contraes durante o perodo de um minuto. A freqncia do pulso varivel com a idade e pode apresentar alterao durante processos fisiolgicos e/ou patolgicos. CAUSAS DA ALTERAO DA FREQUNCIA DA PULSAO Fisiolgicas Digesto e exerccios Banho quente Patolgicas Febre Colapso e doenas agudas Freqncia Aumenta Diminui

homeostase equilbrio, controle. patolgico - de doena.

Presso . Arterial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ ........ a presso exercida pelo sangue, ao passar pelas artrias. O local mais comum de verificao da presso arterial o brao, usando como ponto de ausculta a artria braquial.

Temperatura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .............A temperatura o equilbrio entre ganho e perda de calor pelo organismo, a partir de atividades que gastam ou utilizam energia. Esta diferena resulta numa variao de temperatura corporal entre 36C e 37C, normalmente. Podemos perder calor por eliminao das fezes, urina e saliva, pela evaporao atravs da pele e trocas de fluxo sangneo com o meio ambiente. Entretanto, o organismo sempre mantm a temperatura corporal estvel. Somente em casos especiais, a temperatura pode baixar ou se elevar bruscamente, indicando uma alterao neste sinal vital. VIAS DE VERIFICAO DA TEMPERATURA VIA ORAL: posio sublingual 3 minutos 36,2 C a 37C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .OBSERVAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ Desaconselhvel em vtimas inconscientes, que fizeram extrao dentria ou que tenham inflamao na cavidade oral. ..............................................................

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VIA AXILAR: sob a axila seca 3-5 minutos 36 C a 36,8C . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .OBSERVAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ Desaconselhvel em pacientes com queimaduras no trax, furnculos nas axilas e fratura dos membros superiores. ..............................................................

VIA RETAL: termmetro individual que deve ser lubrificado com vaselina. O paciente dever ficar em posio de decbito lateral, com flexo dos membros inferiores. 3 minutos 36,4 a 37,2C. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .OBSERVAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ Desaconselhvel em pacientes com interveno do reto, abscesso retal e perineorragia. ..............................................................

calibrada - aferida, medida. ausculta- audio, geralmente atravs de um aparelho. sublingual sob, embaixo da lngua. decbito posio de quem est deitado. abscesso pus acumulado em conseqncia de processo inflamatrio. perineorragia - hemorragia na regio do perneo.

Sintomas da febre: temperatura elevada, entre 38-39C, inapetncia, mal-estar, pulso rpido, sudorese, respirao rpida, hiperemia da pele (avermelhamento, principalmente no rosto), calafrios e cefalia. Procedimentos: utilizao de banho frio ou cobertas frias em adultos e banho temperado em crianas. O uso de compressas frias sobre grandes estruturas vasculares (fronte, axila e virilha) pode ser empregado.

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Respirao. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........... A parada da respirao provocar a morte da vtima, se no for rapidamente socorrida. Funo: captar oxignio para obteno de energia celular e eliminar gs carbnico proveniente do metabolismo respiratrio. Processos fsicos e qumicos esto envolvidos na respirao: - movimentos respiratrios de expirao (sada de ar) e inspirao (entrada de ar) desempenhados pelos msculos que fazem parte do sistema respiratrio. - hematose: troca gasosa que ocorre nos alvolos pulmonares entre o ar e o sangue. A freqncia respiratria varia com a idade ou pode estar alterada devido a processos fisiolgicos e/ou patolgicos.

inapetncia - falta de apetite. sudorese - suor abundante; transpirao excessiva. cefalia - dor de cabea.

.................................................................................

OS SINAIS DE APOIO SO

Pupilas Aspecto da pele Nvel de conscincia Motilidade e sensibilidade

Pupilas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......O dimetro normal da pupila de 3-4mm, e pode variar de acordo com a influncia de uma srie de estmulos que repercutem sob o sistema nervoso simptico dilatao; e sobre o parassimptico contrao. A pupila exposta luz se contrai (miose) e, quando no escuro, dilata-se (midrase).

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ALTERAES DAS PUPILAS

Traumatismo craniano com hemorragia cerebral: anisocoria. Intoxicao por pio, coma urmico, envenenamento: miose. Diminuio de CO2 circulante, parada cardaca, morte: midrase.

Aspecto. da. .pele . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ .. .... Cianose (pele arroxeada) colorao azulada da pele, principalmente nos lbios, nos dedos e no pavilho auricular (orelha). Isto acontece devido insuficincia de oxignio. Palidez cutnea hemorragias, parada cardiorespiratria e exposio ao frio so causas de palidez cutnea. Pele fria e viscosa nos casos de estado de choque.

motilidade faculdade de mover-se. anisocoria diferena de dimetro entre as duas pupilas. urmico de uremia; intoxicao resultante da depurao insuficiente do organismo pelo rim em conseqncia da reteno das substncias que normalmente deviam ser eliminadas pela urina. miose contrao das pupilas. midrase dilatao das pupilas.

Nvel. de. .conscincia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... .. ............ verificado pela observao do estado da vtima. Uma pessoa pode estar inconsciente por desmaio, sncope, estado de choque, estado de coma, convulses, intoxicao por drogas e morte.

Motilidade . .e . .sensibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........... . ............. Quando uma pessoa consciente no consegue realizar um determinado movimento, caracteriza-se uma paralisia. A paralisao de um dos lados do corpo forte indicao de um Acidente Vascular Cerebral AVC. Incapacidade de mover - membros superiores: leso medular espinhal na regio cervical (pescoo); - membros inferiores: indica uma leso medular torcica ou lombar. Havendo uma leso medular completa, o acidentado apresentar paralisia abaixo do nvel da leso, que se caracterizar como permanente. Quando a leso medular ocorre por compresso da medula, a paralisia vai ocorrer de forma gradual.SENAI-RJ / SESI-RJ .....19

Quanto aos tipos de paralisia, podemos classific-la em: Hemiplegia paralisia que abrange uma metade do corpo e devida, geralmente, a leses do hemisfrio cerebral. Diplegia paralisia de ambos os hemisfrios cerebrais. Tetraplegia paralisia do tronco e dos membros, com integridade das funes dos nervos cranianos. Paraplegia paralisia que afeta os membros inferiores. Monoplegia paralisia que afeta somente um membro.

sncope estado de inconscincia provocado por queda de presso arterial.

.............................................................. A verificao do pulso feita atravs dos dedos indicadores mdio e anular sobre a artria da vtima. No use o polegar, pois este apresenta pulsao prpria. Quando a pulsao radial est muito fraca, ela melhor sentida na regio do pescoo (artrias cartidas). FREQNCIA NORMAL DO PULSO Idade Idoso Criana Adulto Lactente Recm-Nascido Freqncia Mdia (bpm) 60 A 70 100 A 115 70 A 80 115 A 130 130 A 140

Verificao da pulsao

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VARIAO DA TEMPERATURA CORPORAL ESTADO Subnormal Normal Estado febril Febre Pirexia Hiperpirexia TC 34-36 36-37 37-38 38-39 39-40 40-41

FREQNCIA RESPIRATRIA NORMAL Idade Idosos Adultos Crianas Lactentes Valor Mdio (MRPM) 14 a 18 16 a 20 20 a 26 40 a 60

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UNIDADE III: REANIMANDO O CORAO: REANIMAO CARDIO-RESPIRATRIA E CHOQUE ELTRICOCAUSAS DE OBSTRUO DAS. .VIAS. .AREAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... ...... ........... Base da lngua (cada para trs ou enrolada) em vtimas inconscientes. Corpos estranhos (prtese dentria, moedas, pedaos grandes de alimentos, espinhas de peixe, ossos de ave e sangue). Substncias broncoaspiradas.

SOCORRENDO.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................DESOBSTRUO DAS VIAS AREAS Limpeza manual: quando se suspeitar de aspirao de corpos estranhos, introduzindo um ou dois dedos na boca, passando pela bochecha e voltando pelo cu da boca. Esse procedimento conhecido como varredura digital. Tapotagem: este mtodo consiste em dar uma srie de pancadas fortes no dorso da vtima em sucesso rpida. As pancadas devem ser aplicadas com a mo em concha entre as escpulas da vtima. Compresso abdominal: fazer vrias compresses na poro superior do abdome. Compresso torcica: devero ser feitas vrias compresses no trax.

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Causas . da. .Parada. .Respiratria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... .. ...... ............ Queda da base da lngua por inconscincia Espasmo da laringe Obstruo das vias areas Choque eltrico Traumatismo de crnio com leses dos centros respiratrios Pneumotrax bilateral Afogamento

SOCORRENDO.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................PARADA RESPIRATRIA Afrouxar a roupa e remover prteses dentrias. Estando a vtima inconsciente, inclinar sua cabea, com elevao do queixo e mandbula. Tampar as narinas com o indicador e o polegar, estendendo a cabea da vtima para trs. Encher bem seus pulmes de ar. Colocar sua boca sobre a da vtima, sem deixar frestas, e soprar com fora. Encontrando uma obstruo, fechar a boca e soprar dentro do nariz. No dando resultado, soprar fortemente na boca da vtima, at notar que seu trax se eleva. Retirar a boca, destampar as narinas da vtima e observar o esvazia mento dos pulmes, enquanto voc inspira novamente. Aplicar trs a cinco insuflaes pulmonares (sopro) rpidas e profundas.

Causas . de. .Parada .Cardaca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... .. ....... ......... Isquemia cardaca Choque eltrico Envenenamentos Afogamentos Infarto agudo do miocrdio Uso excessivo de drogas (overdose) Engasgamentos

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Os casos de parada do corao exigem ao imediata. Se voc no perceber batimentos cardacos, no conseguir palpar o pulso e a vtima apresentar ainda palidez, cianose (pele arroxeada) e pupilas dilatadas sem reao luz, h fortes indcios de parada cardio-respiratria.

SOCORRENDO.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................MASSAGEM CARDACA Posicione-se de um dos lados da vtima. Coloque suas mos sobrepostas na metade inferior do esterno. Os dedos devem ficar abertos e no tocar a parede do trax. Faa a seguir uma presso, com bastante vigor, empurrando o esterno para baixo, de modo a comprimir o corao de encontro coluna vertebral. Descomprimir em seguida. Repita a manobra tantas vezes quantas forem necessrias (cerca de 60 por minuto).

escpulas omoplata; osso largo que forma a parte posterior do ombro. esterno osso dianteiro do peito, que se articula com as costelas. espasmo contrao muscular. pneumotrax bilateral entrada ou sada de ar ou gs nos dois pulmes. isquemia obstruo e contrao muscular.

Nos adultos aplique a compresso, utilizando todo o peso do corpo e no apenas os msculos do brao, evitando a fadiga. Nas crianas pequenas, comprimir o esterno apenas com uma das mos e, nos bebs, apenas com as pontas dos dedos indicador e mdio, a fim de que no ocorram fraturas sseas. importante que voc seja bem treinado, a fim de evitar complicaes decorrentes de uma compresso mal realizada, tais como fratura do esterno e costela, perfurao de algum rgo (principalmente pulmes) por ossos das costelas. A compresso cardaca externa no produz uma boa ventilao e, caso se verifique parada respiratria, deve ser sempre acompanhada por ventilao artificial.SENAI-RJ / SESI-RJ .....25

Reanimao. .cardio-respiratria. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............ ...................Se o socorrista est sozinho, ele deve fazer duas insuflaes pulmonares (sopro) para cada 15 compresses cardacas externas, obtendo uma mdia de 60 compresses por minuto. Se o socorrista estiver em dupla, deve ser feita uma insuflao artificial para cada cinco compresses cardacas externas, obtendo uma mdia de 80 compresses por minuto. Se a vtima for recm-nascido, insuflar uma vez para 5 massagens cardacas externas.

Choque .eltrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ ........Diversos so os fatores que influenciam na gravidade do choque eltrico: trajeto da corrente eltrica; intensidade da corrente eltrica; tempo de contato com a corrente eltrica. O trajeto da corrente eltrica no corpo humano, que funciona como um condutor de eletricidade, tem grande influncia na gravidade do choque eltrico. Uma corrente de intensidade elevada, que circule de uma perna para outra, pode resultar s em queimaduras locais, sem outras leses mais srias. No entanto, se a mesma intensidade de corrente circular de um brao a outro da vtima, poder levar fibrilao do corao, parada cardaca ou mesmo a uma paralisia da musculatura respiratria, levando asfixia. A intensidade da corrente que circular pelo corpo tambm influencia na gravidade do choque. .............................................................. EXEMPLO 110 Volts - intensidade da corrente quando tomamos um choque na tomada. 2300 Volts cadeira eltrica usada em alguns sistemas de condenao morte. ..............................................................

O tempo de contato com a corrente outro fator determinante na gravidade dos acidentes causados pela corrente eltrica. Determinadas intensidades de corrente circulando pelo corpo produzem contraes musculares que levam asfixia e fibrilao ventricular. Estima-se 2 minutos de contato para que as contraes musculares levem asfixia e 0,25 segundos para produzir fibrilao do corao.

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PASSAGEM DA CORRENTE ELTRICA. PELO. .CORPO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .............. ....... .........EFEITOS DIRETOS Paralisia da musculatura respiratria, levando asfixia e morte da vtima, antes de 4 minutos. Fibrilao cardaca com ausncia de circulao do sangue nos tecidos, que sofrem falta de oxigenao, provocando a morte antes de 4 minutos. O crebro, corao e rins so os rgos mais afetados. Queimaduras eletro-trmicas ocasionadas pelo calor desprendido pela passagem de corrente eltrica. As queimaduras eltricas so diferentes dos outros tipos de queimaduras, por serem profundas, causando destruio da pele e de tecidos profundos. Geralmente so indolores devido destruio das terminaes nervosas e sua regenerao muito lenta.

fibrilao passagem de corrente eltrica atravs dos msculos, provocando contraes intensas.

EFEITOS INDIRETOS

Queimaduras trmicas pelo desprendimento de grande quantidade de energia por arco-eltrico e por aquecimento. Conjuntivite, irritao das conjuntivas oculares pela liberao de radiao ultravioleta pelo arco-eltrico.

EFEITOS MISTOS

Quedas, batidas, fraturas, ferimentos e outros.

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SOCORRENDO.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......................CHOQUE ELTRICO Antes de tocar na vtima, verifique se a mesma ainda est em contato com a corrente eltrica. Em caso afirmativo, desligue imediatamente a eletricidade. Se no for possvel, interrompa o contato da vtima com a corrente, utilizando material no condutor seco (pedao de pau, borracha ou pano grosso). Nunca use objeto metlico ou mido. Se as roupas da vtima estiverem em chamas, deite-a no cho e cubra-a com um tecido bem grosso, para apagar o fogo, ou faa-a rolar no cho. Localize as partes do corpo comprometidas. Resfrie os locais afetados somente com gua fria abundante ou panos molhados. No aplique manteiga, gelo, pomada ou pasta de dentes nos ferimentos. Verifique rapidamente se a vtima apresenta parada crdio-respiratria, avaliando seus sinais vitais: pulso, respirao, aspectos da pele e pupilas. Nesses casos, deite a vtima de costas para o cho, abra sua boca, puxe a lngua, removendo prteses, desobstruindo as vias areas. Aplique as tcnicas de respirao artificial e ressuscitao cardio-pulmonar.

Gravidade do choque pela . passagem . de. .corrente. eltrica . no. .corpo. . . . . . . . . . . . . . . .... .......... .. ........ ........ .. .....A percentagem de corrente eltrica que passar pelo corao em relao corrente que est atravessando o corpo todo pode ser indicada abaixo:

Cabea - P Direito: 9,7%

Mo Direita - Mo Esquerda: 2,9%

P Direito - P Esquerdo: 0%

Mo Direita - P Esquerdo: 7,9%SENAI-RJ / SESI-RJ .....28

Cabea - Mo Esquerda: 1,8%

UNIDADE IV: HEMORRAGIA

HEMORRAGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................... a perda de sangue provocada pelo rompimento dos vasos sangneos, que pode se exteriorizar ou no e deve ser controlada imediatamente. A hemorragia abundante e no controlada pode causar a morte em minutos, j que o sangue desempenha funo vital para o organismo.

Classificao. .das . Hemorragias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............. ... ............. Quanto ao tipo de vaso que se rompe. Quanto localizao no corpo. QUANTO AOS VASOS HEMORRAGIAS ARTERIAIS Nas hemorragias provocadas por rompimento da(s) artria(s), o sangue sai em forma de jato e de um vermelho vivo e intenso. Ocorre com menor freqncia, porm mais grave e deve ser controlada rapidamente. HEMORRAGIAS VENOSAS O sangue que extravasa de uma veia tem menor presso do que o da artria e apresenta colorao mais escura. Ocorre com maior freqncia, mas de mais fcil controle.

QUANTO AO LOCAL

HEMORRAGIAS EXTERNAS Quando ocorre ferimento na pele em estruturas mais profundas, acompanhadas de leso vascular. A gravidade do estado clnico depende: da quantidade de sangue perdido, do tempo e rapidez da perda de sangue e do local da hemorragia. Quando as perdas so sbitas e superiores a 20%, podem levar ao choque hemorrgico e, mesmo inferiores a este valor, podem levar ao quadro de anemia aguda.

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HEMORRAGIAS INTERNAS Uma coliso, um choque com objeto pesado pode acarretar ao trabalhador leses ou ruptura de rgos internos (fgado, pulmo, bao, intestino, etc), podendo o sangue se exteriorizar ou no. As hemorragias internas recebem nomes especficos de acordo com o local em que ocorrem ou as vias das quais flui o sangue.

Tipos. .de .Hemorragias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..... .. ............. Hematmese - ocorre liberao do sangue lanado em forma de vmito, que pode vir ou no acompanhado de restos alimentares. Manifesta-se atravs de nuseas e vmitos de sangue escuro, tipo borra de caf. Nestes casos, a vtima deve ser mantida deitada de costas, e aplica-se gelo sobre o epigstrico (boca do estmago). No d nada para a vtima ingerir. Pode-se suspeitar de lceras de estmago e duodeno perfuradas, varizes de esfago e determinados tumores malignos. Hemoptise sangramento que vem dos pulmes. Manifesta-se atravs de acesso de tosse e eliminao, pela boca, em golfadas, de sangue vermelho vivo e espumoso, ou atravs de escarro sanguinolento. Deve-se manter a vtima recostada (posio semi-sentada) e tranquiliz-la. Epistaxe ou Rinorragia hemorragia da mucosa nasal ou quando flui das fossas nasais, devido a traumatismos crnio-enceflicos ou processos hipertensivos. Deve-se comprimir a narina que sangra durante uns cinco minutos. Aplique compressas de gelo sobre o nariz. Otorragia hemorragia que sai do conduto auditivo externo. Introduzir um pequeno pedao de pano limpo no ouvido, fazendo a compresso direta. No utilizar nenhum objeto pontiagudo. Estomatorragia sangramento da cavidade bucal (lngua, gengiva, alvolos dentrios). O primeiro socorro consiste em comprimir a rea que sangra com gaze ou pano limpo. Utilize gua gelada sobre o ferimento durante uns 2-3 minutos. Varicorragia sangramento venoso por rompimento de varizes. O primeiro socorro consiste em elevar o membro inferior, comprimir a ferida com pano limpo ou gaze e apert-la com uma atadura.

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Menorragia ou metrorragia hemorragia do aparelho genital feminino nos perodos intermenstruais ou no climatrio. Deve-se colocar compressas geladas ou saco de gelo sobre a regio plvica da vtima e deix-la em repouso. Leve-a imediatamente ao hospital. Enterorragia hemorragia intestinal que se manifesta por expulso de quantidades variveis de sangue por via anal. Como primeiro socorro, devemos colocar a vtima em decbito ventral (barriga para baixo) e lev-la imediatamente ao hospital. Hematria o sangramento pela urina. Pode ser visvel a olho nu ou somente com exame microscpico. A hematria pode ser um sintoma provocado por leso ou infeco renal, ou, ainda, por afeces vesicais. O primeiro socorro consiste em manter o paciente em repouso e ministrar-lhe lquidos vontade. Melena expulso de matria fecal de cor escura, devido presena de sangue. geralmente associada a lcera gstrica ou duodenal ou a cncer no estmago. A vtima deve ser mantida deitada em decbito ventral de barriga para baixo, com a cabea lateralizada; no deve ingerir slidos nem lquidos.

SOCORRENDO... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......................HEMORRAGIAS EXTERNAS Manter a regio que sangra mais alta que o resto do corpo. Fazer uma compresso direta, usando uma compressa ou pano limpo sobre o ferimento, pressionando-o com firmeza, a fim de estancar o sangramento. Na ausncia de compressa ou pano limpo, comprimir a ferida com os dedos ou a mo. Fazer a compresso indireta ou distncia para dificultar a perda de sangue, pressionando firmemente com a mo os pontos arteriais. Caso a compresso no d resultado, use o garroteamento.

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HEMORRAGIAS INTERNAS

Como no vemos o sangramento, temos que prestar ateno a alguns sinais caractersticos que vm acompanhados nos casos de hemorragia interna: pele fria e pegajosa, o pulso fraco e rpido, sudorese, sede intensa, cianose, calafrios e tonteiras. Nestes casos, devemos: aplicar compressa gelada ou bolsa de gelo no ponto atingido; agasalhar a vtima; manter seus membros inferiores elevados, caso no haja fratura; manter a cabea da vtima lateralizada, para evitar asfixia; manter o controle dos sinais vitais; no dar lquidos, mesmo que ela pea; providenciar auxlio mdico o mais rpido possvel.

extravasa derrama; transborda. ruptura ato ou efeito de romper-se; fratura. climatrio poca da menopausa. vesical relativo ou pertencente bexiga. garroteamento torniquete ou faixa que se coloca na parte superior de um membro do corpo, visando a estancar um sangramento.

TORNIQUETE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ..................O torniquete aplicado somente em casos de hemorragia grave, que no tenha sido controlada por outros meios. Em casos de membros amputados, esmagados ou dilacerados, o socorrista faz um torniquete permanente, que s indicado para esses casos. Atualmente utiliza-se o garroteamento.

Fazendo. . . . . .torniquete. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . um . . . . . . . . . . ........ Use panos resistentes e largos. Nunca use arame, corda, barbante ou outros materiais muito finos ou estreitos que possam ferir a pele. Enrole o pano em volta da parte superior do brao ou da perna, logo acima do ferimento. D um meio n. Coloque um pedao de madeira no meio n, dando um n completo sobre a madeira. Tora o pedao de madeira at parar a hemorragia. Fixe o pedao de madeira. Marque com um lpis, batom ou carvo, na testa ou em qualquer lugar visvel da vtima, as letras TQ (torniquete) e a hora.SENAI-RJ / SESI-RJ .....32

No cubra o torniquete. A qualquer tempo, se o paciente ficar com as extremidades dos dedos frias e arroxeadas, afrouxe um pouco o torniquete, o suficiente para restabelecer a circulao, reapertando a seguir, caso prossiga a hemorragia. Ao afrouxar o torniquete, comprima o curativo sobre a ferida.

HEMORRAGIA. .CRANIANA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................... ...............Quando ocorre fratura de crnio em que haja sangramento pelo nariz e ouvido, acompanhado de liquor, o socorrista no deve tentar conter a hemorragia. H perigo de causar inundao da cavidade craniana que sofreu o traumatismo, aumentando a presso intracraniana e outras seqelas, complicando, assim, o estado da vtima. Nestes casos, coloque lateralmente a cabea da vtima do lado do sangramento, aquea-a e encaminhe-a o mais rpido possvel para o hospital.

lquor - lquido que banha o encfalo e medula espinhal; lquido cefalorraquidiano. seqelas sintoma ou efeito que permanece aps certas doenas.

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UNIDADE V: FERIMENTOS

FERIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ................... Contuses Escoriaes Feridas

Contuses . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ...........Contuses so leses traumticas provocadas por objetos contundentes, sem ruptura da pele, havendo apenas derramamento de sangue no tecido subcutneo. Os sintomas mais comuns das contuses so: dor, edema (inchao) e vermelhido (eritema) que mais tarde substituda por manchas arroxeadas, castanhas ou esverdeadas.

Escoriaes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............Leses cutneas superficiais. Provocam pouco sangramento e geralmente no so graves. Esfoladuras, raladuras e arranhes.

Feridas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .......FERIDAS INCISAS Causadas por determinados objetos cortantes, provocando leses de formas e profundidades diferentes, com bordas e paredes lisas, sangram muito. Causadas por objetos pontiagudos, os quais atravessam uma parte do corpo; podem ser profundas e provocar hemorragias. Geralmente sangram pouco. So causadas por objetos contundentes, ocasionando trao brusca e violenta, podendo provocar lacerao da pele. Apresentam bordas irregulares e infeccionam com facilidade. A cicatrizao mais difcil, pois os bordos esto quase sempre macerados.

FERIDAS PUNTIFORMES

FERIDAS CONTUSAS

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cutnea da pele. lacerao dilacerao. macerados destrudos, machucados.

POSSVEIS. .CONSEQNCIAS .DOS. .FERIMENTOS. . . . . . . . . . . . . ............... ......................... ..... ..................INFECES Causadas por germes que penetram pelas leses da pele provocadas pelo ferimento. O ttano causado por uma bactria que vive no intestino de animais e nas fezes encontradas no solo. A bactria penetra pelos ferimentos e elabora uma toxina que atua sobre as clulas nervosas da medula espinhal, determinando contraturas e espasmos musculares. O perodo de incubao varia de 8 a 14 dias e acompanhado por cefalia intensa, cansao, arrepios, contraes musculares, cibras, espasmos musculares, principalmente da maxila e mandbula. Na maioria dos casos, o ttano vem acompanhado de febre alta e intermitente. A evoluo da infeco pode ser fulminante, com morte entre 24 e 48 horas. uma doena grave e mortal causada por um vrus. Todos os animais, especialmente ces, gatos e morcegos, so transmissores em potencial da raiva. O vrus transmitido atravs da saliva, durante mordida do animal raivoso. Qualquer ferimento proveniente de mordida de qualquer animal deve ser lavado com gua limpa e sabo em abundncia. Encaminhe a vtima aos cuidados mdicos. importante, tambm, a observao do animal. A doena tem um perodo de incubao de 20 a 60 dias, mas pode apresentar variaes de uma semana, at meses. Normalmente se manifesta com acessos de cibras musculares e paralisia. A inflamao um processo de defesa do organismo que geralmente vem acompanhado da infeco. Os sinais e sintomas de uma reao inflamatria caracterizam-se por: calor; rubor (vermelhido da pele); tumor ou edema; dor. A infeco e inflamao local podem causar as seguintes reaes sistmicas: febre, acelerao do pulso, cefalia e mal-estar geral.SENAI-RJ / SESI-RJ .....36

TTANO

RAIVA

REAO INFLAMATRIA

CICATRIZAO

um mecanismo de regenerao dos tecidos lesados por meio de um ferimento. Feridas infectadas apresentam um ciclo de cicatrizao retardado e imperfeito, podendo deixar deformidades na pele que requerem, s vezes, cirugia plstica restauradora.

toxina substncia venenosa segregada por seres vivos. contratura ato ou feito de contrair-se. incubao latncia; espao de tempo entre a penetrao de um agente mrbido e seus primeiros efeitos. intermitente no contnuo; que apresenta interrupes ou suspenses. lesado ferido; com leso.

Corpos . estranhos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ....... ..........Quando o corpo estranho se fixa no corpo, o socorrista no dever tentar retirar o objeto em hiptese alguma. O socorrista no deve permitir que a vtima esfregue os olhos, para evitar leso da crnea e deslocamento do corpo estranho para um ponto de difcil remoo. Deve-se manter a vtima de olhos fechados, para que as lgrimas lavem bem o olho e removam o corpo estranho. Caso isso no acontea, o socorrista deve puxar a plpebra inferior e verificar o localizao do corpo estranho. Em caso negativo, puxe a plpebra inferior para fora e para baixo e, aps, dobre-a para cima. Nunca retirar fragmentos que estejam sobre o globo ocular ou encravados no mesmo. Neste caso, vede o olho com uma compressa de gaze e procure um mdico.

NOS OLHOS

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NO NARIZ

Fragmentos localizados nas narinas, tais como feijo, milho, bjuterias, etc., nunca devem ser retirados com pinas ou tesouras. A maneira mais comum de remover estes corpos consiste em fechar uma narina oposta com o dedos e expelir o ar com fora. Se o corpo estranho persistir, devemos procurar auxlio mdico. A obstruo do ouvido pode ocorrer por insetos ou por excesso de cera. No use pinas, tesouras, palitos ou grampos. Para remover insetos, use um facho de luz ou um pouco de vaselina ou azeite. Vire a vtima com o ouvido afetado para cima, deixe algum tempo e ento inverta a posio, verificando a sada do inseto. Caso isso no acontea, procure um mdico. Moedas, prtese dentrias, espinhas de peixe, ossos de galinha e outros objetos podem ficar acidentalmente parados na garganta, pro vocando insuficincia respiratria e asfixia vtima. Nestes casos, a vtima deve ter sua cabea inclinada para baixo, batendo-se delicadamente em suas costas. Se a vtima for criana, segur-la pelo abdome, inclinando a cabea para baixo, batendo firmemente em suas costas. Se no funcionar, introduzir o dedo indicador na boca da vtima, com um movimento de varrer o interior da garganta, procurando retirar o objeto.

NO OUVIDO

NA GARGANTA

hiptese eventualidade; caso. fragmento cada um dos pedaos de uma coisa partida ou quebrada; pedao.

Muitas vezes, o corpo estranho pode estar encravado no ferimento ou em situao fcil de se quebrar. Nestes casos, no deve ser retirado, pois qualquer tentativa poder provocar srios sangramentos, aprofundamento do corpo estranho e aumentar as chances de contaminar a ferida. S tente retirar os corpos estranhos que estejam superficiais e ntegros.

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ATADURAS. E . BANDAGENS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ............... .. ..................Atadura uma faixa de tecido de qualquer comprimento ou largura que tem como objetivo proteger as reas traumatizadas, restringir os movimentos e dar alvio vtima, ou, simplesmente, para evitar contato com microorganismos. As mais usadas so as de gaze e de crepom.

Tipos. . . . .ataduras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . de . . . . . . . . .....Oclusivas - utilizadas para sustentar ou manter um curativo ou, ainda, para manter uma imobilizao provisria. Compressivas - exercem compresso sobre determinada parte do corpo; usada, por exemplo, em hemorragias.

SOCORRENDO A VTIMA DE. .FERIMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ... ...................POR CONTUSES As leses podem ser tratadas com compressas de gua gelada ou bolsas de gelo nas primeiras 24 horas, alm de repouso da parte atingida. Aps as 24 horas, persistindo a dor, use compressas de gua quente, envolvidas em compressa mida, para evitar queimaduras e facilitar a transmisso de calor. Em caso de hematoma, se este aumentar gradativamente de volume, procure um mdico, logo. Lavar a ferida com bastante gua e sabo de coco, na falta de produto como soro fisiolgico, fazendo uma limpeza cuidadosa. Pode-se aplicar antissptico no irritante. muito importante perguntar vtima se ela j teve alguma alergia a algum antissptico. Lavar as mos com gua e sabo, antes de cuidar dos ferimentos, para no contamin-los e provocar uma infeco. Caso as escoriaes sejam muito grandes, o socorrista pode cobrir o ferimento com um pano limpo. A gravidade dos ferimentos provocados por projteis de fogo depende muito da velocidade, da distncia e do tipo de projtil usado. Algumas balas so mais perfurantes; outras, com o impacto, causam amplas e salientes laceraes, favorecendo leses teciduais ao redor e aumentando o risco de infeces. Colocar apenas uma compressa mida e limpa sobre o ferimento para evitar contaminao. Como estes ferimentos possuem um alto grau de periculosidade, as vtimas devem ser encaminhadas o mais rpido possvel ao hospital.SENAI-RJ / SESI-RJ .....39

POR ESCORIAES

POR ARMAS DE DE FOGO

POR TRAUMATISMO ABDOMINAL COM EVISCERAO

No toque nas vsceras, nem tente coloc-las para dentro ou no lugar, j que isso requer pessoal especializado. Cubra-as com uma atadura mida e limpa, de preferncia levemente aquecida, firmemente. No aperte demais. Procure imediatamente um pronto-socorro.

POR FERIMENTOS PROFUNDOS NO TRAX

Estes ferimentos podem causar pneumotrax, presena de gases ou ar na cavidade pleural. Tampe o ferimento firmemente com chumao de gaze esterilizada ou pano limpo. Fixe a compressa com um cinto ou atadura, sem comprimir muito. Transporte a vtima o mais rpido possvel para um hospital.

POR FERIMENTOS NA CABEA

Havendo hemorragia, controle-a, colocando uma compressa fria sobre o ferimento, sem apertar demais. No caso de escalpe, ferimento em que h deslocamento do couro cabeludo, o socorrista deve tentar fazer a tricotomia (raspagem dos pelos da cabea), abaixar o couro erguido e fazer uma compresso local para conter a hemorragia. Estilhaos de ferro ou outros objetos perfurantes no devem ser retirados. Nesses casos, devemos transportar a vtima com cuidado.

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ATENO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ......... Socorrista no deve colocar sobre a ferida qualquer agente qumico que no sejam os antisspticos conhecidos. O uso de pomadas ou qualquer outro tpico deve ser realizado somente com prescrio mdica. No se deve administrar o uso de antibiticos ou qualquer outra substncia por via oral. O socorrista deve sempre encaminhar a vtima aos servios especializados para administrao do soro e vacina antitetnica, principalmente aqueles que tiveram seus ferimentos causados por latas, lminas, pregos, vergalhes que tiveram contato com solo, terra ou enferrujados. .................................................................................

restringir refrear; diminuir; reduzir. antissptico substncia que tem a propriedade de destruir os micrbios; desinfetante. periculosidade estado ou qualidade de perigoso. eviscerao- rgo intrabdominal que exteriorizado. pneumotrax- entrada ou sada de ar ou outros gases nos pulmes devido a uma perfurao do rgo.

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