3
Ficha de Caracterização da Amostra Pág. 1 de 3 1. Identificação da Equipa Escola: Escola Secundária com 3.º Ciclo de Miraflores Equipa: Clube Ciências da Terra e da Vida Professoras: Ana Margarida Sales, Ana Isabel Rebelo e Glória Sepúlveda. Localização [Vila/cidade/distrito e país] Miraflores, Povoação da Freguesia de Algés, Concelho de Oeiras, Distrito Lisboa, Portugal. 2. Caracterização da Amostra Nome da Rocha Basalto Localização [local onde foi recolhida a amostra] Amostra recolhida num dos espaços verdes da escola. Descrição [Dimensões, tipo de minerais, textura, dureza, tipo de fósseis, etc.] Basalto alcalino, de textura afanítica, apresentando-se alterado. Nalgumas amostras é possível verificar fenocristais de olivina, piroxena, plagioclase e anfíbola. Na matriz ocorrem piroxena, plagioclase, olivina, feldspato potássico, vidro vulcânico, biotite e apatite. Classificação Magmática Plutónica Vulcânica X Sedimentar Detrítica Biogénica Quimiogénica Metamórfica Metamorfismo de Contacto Metamorfismo Regional Contexto Geológico [Informações sobre as condições de formação da rocha, associação com outros tipos de rocha, tectónica, etc.] Do ponto de vista geológico, o local em estudo insere-se no Complexo Vulcânico de Lisboa (CVL). O CVL apresenta espessuras muito variáveis e contém unidades sedimentares intercaladas entre as vulcânicas, que indiciam períodos de repouso na actividade magmática, durante os quais a sedimentação retomou o seu processo natural. Os conteúdos fossilíferos desses materiais sedimentares intercalados indiciam uma sedimentação em meio lacustre e fluvial (Pais, et al., 2006). Na região em estudo encontram-se lavas, piroclastos, filões e

2. Caracterização da Amostra Basalto - cienciaviva.pt§ão da Amostra... · Raridade no contexto geológico da região/ilha/país Integração em área protegida ou classificação

Embed Size (px)

Citation preview

Ficha de Caracterização da Amostra

Pág. 1 de 3

1. Identificação da Equipa

Escola: Escola Secundária com 3.º Ciclo de Miraflores

Equipa: Clube Ciências da Terra e da Vida Professoras: Ana Margarida Sales, Ana Isabel Rebelo e Glória Sepúlveda.

Localização [Vila/cidade/distrito e país]

Miraflores, Povoação da Freguesia de Algés, Concelho de Oeiras, Distrito Lisboa, Portugal.

2. Caracterização da Amostra

Nome da Rocha

Basalto

Localização [local onde foi recolhida a amostra]

Amostra recolhida num dos espaços verdes da escola.

Descrição [Dimensões, tipo de minerais, textura, dureza, tipo de fósseis, etc.]

Basalto alcalino, de textura afanítica, apresentando-se alterado. Nalgumas amostras é possível verificar fenocristais de olivina, piroxena, plagioclase e anfíbola. Na matriz ocorrem piroxena, plagioclase, olivina, feldspato potássico, vidro vulcânico, biotite e apatite.

Classificação

Magmática Plutónica Vulcânica X

Sedimentar Detrítica Biogénica Quimiogénica

Metamórfica Metamorfismo de Contacto Metamorfismo Regional

Contexto Geológico [Informações sobre as condições de formação da rocha, associação com outros tipos de rocha, tectónica, etc.]

Do ponto de vista geológico, o local em estudo insere-se no Complexo Vulcânico de Lisboa (CVL). O CVL apresenta espessuras muito variáveis e contém unidades sedimentares intercaladas entre as vulcânicas, que indiciam períodos de repouso na actividade magmática, durante os quais a sedimentação retomou o seu processo natural. Os conteúdos fossilíferos desses materiais sedimentares intercalados indiciam uma sedimentação em meio lacustre e fluvial (Pais, et al., 2006). Na região em estudo encontram-se lavas, piroclastos, filões e

Ficha de Caracterização da Amostra

Pág. 2 de 3

chaminés. As lavas correspondem essencialmente a escoadas basálticas e os piroclastos são produtos da actividade explosiva, sendo em geral cinzas e lapilli, e constituindo depósitos não consolidados, de espessuras variáveis e muito alterados (Pais, et al., 2006). A instalação do CVL terá ocorrido no período inicial da tectónica alpina na Península Ibérica, marcada por uma convergência N-S entre a Ibéria e a África (solidárias) e a Eurásia (Pais, et al., 2006).

3. Valor Patrimonial (assinalar as situações que se verificam)

Raridade no contexto geológico da região/ilha/país Integração em área protegida ou classificação como património Valor científico (objecto de publicações científicas) Valor pedagógico (ilustra aspectos geológicos como falhas, dobras, estratigrafia, etc.) X Valor cultural (associação à história, aos costumes, a lendas, etc. da região) Outros aspectos Oficialmente não existe valor patrimonial, uma vez que não foram identificados na área de intervenção ou na envolvente direta, quaisquer elementos classificados como geomonumentos. Do ponto de vista pedagógico, reconhece-se que existe valor patrimonial, pois a geologia está sempre patente na envolvente da escola.

4. Interesse Económico (assinalar as situações que se verificam)

Utilização na indústria extractiva Utilização como rocha ornamental X Utilização na indústria química Associação ao turismo Aquíferos X Minérios Outros aspectos

No que respeita a aquíferos, as formações de natureza basáltica pertencentes ao CVL permitem a circulação das águas através de fissuras ou fracturas. Geralmente os níveis piroclásticos intercalados no derrame basáltico apresentam um comportamento impermeável, podendo fazer com que os aquíferos presentes no basalto fiquem confinados. Na zona de Miraflores, onde predominam rochas basálticas, a produtividade das captações está dependente do grau de alteração das rochas e da existência de descontinuidades provocadas por acções tectónicas.

No que respeita a minérios, na área de estudo não se regista a ocorrência de explorações de recursos minerais metálicos ou não metálicos, a laborar ou inativas. No entanto, na freguesia de Alfragide, concelho de Amadora, existiu uma pedreira de basaltos designada “Moinhos da Quinta de Alferragide”. Além disso, em diversos locais da zona Norte do Tejo foram explorados basaltos para a indústria da construção e calçadas, nomeadamente na zona de Campolide, Monsanto, Amadora e Tapada da Ajuda, onde ainda subsistem vestígios da sua exploração.

Ficha de Caracterização da Amostra

Pág. 3 de 3

5. Relação com o quotidiano Ligação da rocha ao quotidiano da comunidade (ex. utilização das rochas na construção e/ou ornamentação das ruas e dos edifícios; associação a eventos (sismo, desabamentos, deslizamentos de terra, inundações) que afectem a comunidade. Na Escola, por recolha de fragmentos soltos desta rocha, foram construídos nos espaços verdes pequenos amontoados cónicos, com o objetivo de libertar o terreno e possibilitar a limpeza e corte com máquinas. A construção das referidas estruturas ficou a dever-se ao trabalho de um professor, recordando o que fazia, quando jovem, com o seu avô, para poderem aproveitar o terreno para a agricultura.