Upload
phungthu
View
218
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
2 DESCRIÇÕES DAS OBRAS E BANCO DE CITAÇÕES
Obra
BARBEIRO, Heródoto & LIMA, Paulo Roberto de. Manual de Radiojornalismo. São
Paulo: Brasiliense, 2003.
Descrição
O ensaio se propõe a analisar a prática jornalística. Essa vista como um todo,
atuando como um guia para a atividade. O jornalismo acrescido da ética contribui
para o desenvolvimento histórico-cultural da humanidade. Para os autores, quando
a ética não é respeitada, ajudamos a propagar desigualdades ao redor do mundo.
Eles ressaltam que na atividade jornalística para atingir a Ética é necessária uma
luta diária em nosso cotidiano. E, é necessário entender que o processo informativo
se dá por uma construção em equipe.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ O radiojornalismo tem seu próprio caminho balizado pelos princípios básicos da
arte de informar corretamente. ” (p. 13)
“ O rádio é apenas um dos meios pelos quais ele se propaga, por isso o jornalismo é
mais importante do que qualquer meio. ” (p. 13)
“ Esse conceito de imparcialidade nasceu no século XVIII e se desenvolveu até hoje
por meio do liberalismo, que parte do ponto de vista de que o jornalista pode
trabalhar de forma imparcial sem se envolver nos acontecimentos que descreve. ” (p.
13)
“ A imparcialidade não existe. É utópica. O jornalista tem seu próprio mundo e
valores. ” (p. 13)
“ Ele tem suas preferências políticas, gosta de alguns de seus entrevistados e
detesta outros, torce para um time de futebol, tem determinada religião ou é ateu
etc.” (p.13)
“ A Internet não acabará com o rádio. A Internet não concorre com o rádio; é a
salvação deste. ” (p.13)
“ O avanço tecnológico não deixa outra saída para o rádio senão a Internet, o que
proporcionará um salto de qualidade tanto em propagação como em conteúdo e,
com isso, pulará a etapa do rádio digital propagado tradicionalmente por transmissor
e antena. ” (p.45)
“ A Internet abre um universo de oportunidades para quem quiser abrir uma rádio;
não é necessário nem autorização do governo, o que democratiza o acesso a esse
meio de comunicação, nem equipamentos caros, acessíveis apenas aos grupos
econômicos. ” (p. 47)
“ A entrevista não pode ser apenas um bate-papo entre duas pessoas. O
entrevistado está falando para o ouvinte e não exclusivamente para o jornalista. “ (p.
59)
“ Os empresários da Radiodifusão Brasileira, congregados na Associação Brasileira
de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), considerando suas responsabilidades
perante o público e o Governo, declaram que tudo farão na execução dos serviços
de que são concessionários ou permissionários, para transmitir apenas o
entretenimento sadio e as informações corretas espelhando os valores espirituais e
artísticos que contribuem para a formação da vida e dor caráter do povo brasileiro,
propondo-se sempre a trazer ao conhecimento do público os elementos positivos
que possam contribuir par a melhoria das condições sociais. ” (p. 123)
“ AM- Amplitude Modulation (modulação de amplitude). Sistema que aplica o sinal do
som à frequência do transmissor, associado à transmissão de ondas médias. ” (p.
165)
“HERTZ- Unidade de frequência, em ciclo completo por segundo. ” (p. 166)
“SPOT- Comunicação breve em rádio, de mensagem comercial ou institucional. ” (p.
167)
“ RESPONSABILIDADE SOCIAL- Forma de atuação de empresas voltadas para a
questão social. Há um comprometimento, por parte das empresas, com questões de
maior relevância ética e moral de forma a contribuir com projetos que possam
auxiliar no combate a problemas sociais estruturais. ” (p. 211)
Obra
CÉSAR, Cyro. Rádio: a mídia da emoção. São Paulo: Summus, 2005.
Descrição A presente obra parte do pressuposto de que, o rádio por não trabalhar com a
imagem, desperta a imaginação por parte do ouvinte, mexendo com sentimentos,
trazendo uma carga de emoções. Para o autor, o papel do rádio está vinculado à
prestação de serviço, das emissoras junto aos cidadãos (passando informações com
clareza, zelando pela objetividade, e o que é de interesse público e do público).
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ O rádio possui uma característica toda própria para converter, na mente do
ouvinte, ideias, palavras e ações em imagens auditivas. ” (p. 141)
“ Mediante o emprego de técnicas podemos criar uma tela na mente da pessoa,
levando-a a imaginar o sentido daquilo que queremos criar. ” (p. 141)
“ Seja nas radionovelas, spots publicitários, jingles, documentários, notícias,
vinhetas, seja em peças institucionais, encontramos no rádio uma ferramenta
econômica, rápida e precisa. ” (p. 141-142)
“ O rádio se utilizou muito dessas técnicas na chamada fase de ouro da sua história,
entre 1935 e 1950. ” (p. 142)
“ A característica da sensorialidade confere ao rádio uma especificidade vantajosa
na comunicação: O rádio consegue, principalmente por meio da empatia, envolver o
ouvinte com muita facilidade. ” (p. 143)
“ A linguagem do rádio tem suas bases em quatro elementos: a palavra, a música, os
efeitos sonoros e o silêncio. ” (p. 143)
“ Esses elementos podem ser utilizados em qualquer comunicação radiofônica,
independentemente do seu tempo de duração, formato, tipo de texto ou conteúdo. ”
(p. 143)
“ Para fazer rádio de qualidade, tanto informativo como de entretenimento e de
prestação de serviço, é preciso passar ao ouvinte uma mensagem clara. ” (p. 143)
“ Ele deve entender, captar. Então, a escolha dos elementos se dá justamente com
base neste objetivo: fazer-se entender pelo ouvinte. ” (p.143)
“ Modulação: É o uso ordenado de recursos e variações da tessitura da voz. A
modulação é responsável pelo movimento harmônico durante a interpretação do
conteúdo falado. Ela é determinante na quebra da linearidade no momento da fala. ”
(p. 143)
“ O funcionamento do rádio é baseado nas ondas hertzianas, que são radiações
eletromagnéticas da mesma natureza dos raios de luz. Essas ondas foram
descobertas e estudadas, sucessivamente, por dois grandes físicos, Maxwell e
Hertz, ao passo que sua utilização para as primeiras transmissões se deve a
Guglielmo Marconi. ” (p. 147-148)
“A transmissão do som pelo rádio acontece ao transformar os próprios sons em
ondas eletromagnéticas. ” (p. 148)
“ O rádio é um veículo de comunicação de massa que por meio de ondas
eletromagnéticas atinge um público numeroso, anônimo e heterogêneo. ” (p. 163)
“ O rádio, como emissor, utiliza a linguagem oral. ” (p. 163)
“ Os efeitos sonoros da sonoplastia também estimulam a imaginação: músicas e
ruídos podem caracterizar personagens, desenhar lugares e criar ambientes
imaginários. ” (p. 164)
“ O som, associado à fala, faz que o público consiga ver o que está sendo
transmitido. ” (p. 164)
“ Cada um imagina como quiser: essa é a grande riqueza do rádio. ” (p. 164)
“Entre os anos de 1930 e 1950, o rádio possuía glamour, era considerado uma
espécie de Hollywood brasileira. ” (p.187)
“ Em 1942, a Rádio Nacional começou a transmitir em ondas curtas, passando a
emitir seus programas para todo o território nacional, o que torna uma estação ainda
mais atrativa para os patrocinadores. ” (p. 188)
“ A qualidade técnica dos programas e a contratação de profissionais altamente
qualificados garantiram à Nacional altíssimos índices de audiência, transformando-a
em um modelo de emissora a ser seguido. ” (p.188)
“ O rádio é um meio de comunicação baseado na difusão de informação sonora por
meio de ondas eletromagnéticas (hertzianas) em diversas frequências, que podem
ser em quilohertz, mega-hertz e gigahertz. ” (p.190)
“ O aproveitamento das ondas eletromagnéticas para a propagação de informação
sonora começou no início do século XX, graças à invenção da válvula radioelétrica
(tríodo), criada em 1906, nos Estados Unidos, por Lee De Forest. ” (p. 190)
“ Antes de experiências de Guglielmo Marconi, realizadas perto de Bolonha em
1895, Landell de Moura já fazia espantosos testes de transmissão e recepção da
voz, sem fio, a uma distância de cerca de oito quilômetros. ” (p. 191)
“ As primeiras transmissões de rádio no Brasil são registradas em 1919 na cidade de
Recife, pela Rádio Clube de Pernambuco. ” (p.193)
“ No entanto, a história oficial data a primeira transmissão em um dia de festa
nacional. ” (p.193)
“ Em 7 de setembro de 1922, em comemoração ao Centenário da Independência do
Brasil, aconteceria a primeira transmissão radiofônica oficial brasileira, no Rio de
Janeiro. ” (p.193)
“Os anos de 1990 resgataram para o rádio a imagem do grande vendedor nacional. ”
(p.209)
“ Com a rede, os radiodifusores podiam falar com o Brasil por intermédio de suas
afiliadas, e isso com toda a segurança e credibilidade. ” (p.209)
Obra
CHANTLER, Paul & HARRIS, Sim. Radiojornalismo. São Paulo: Summus. 1998 Descrição
A obra busca traçar um quadro de reflexões acerca da prática do radiojornalismo.
Por meio de um manual, traçando um comparativo com o cenário britânico.
Conforme o exemplo da rede britânica BBC. Para o autor, há a importância das
redes locais no cenário nacional e britânico.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ O papel do rádio é proporcionar a criação de um eleitorado mais inteligente e
iluminado, tornando-se um fator de integração para a democracia. ”(p. 12)
“ A entrevista informal é fundamental para revelar fatos ou informações. Por
exemplo: “ Quantas ambulâncias estão fora de serviço por problemas de
manutenção? “ Que posição você acha que o seu deputado terá na votação decisiva
desta noite no Parlamento? ”, “ Por que não colocaram areia nas estradas antes da
última nevasca? (p. 100)
“ A entrevista interpretativa é um pouco diferente. O entrevistado precisa interpretar
alguns fatos que já são conhecidos do público. ” (p. 100)
“ A entrevista emocional é, sem dúvida, a mais complicada. Bons repórteres sabem
como cobrir as diferentes formas de manifestações emocionais. ” (p. 100)
“ O sucesso de uma rádio é normalmente atestado pelos índices de audiência. Eles
são a chave para a conquista de receitas publicitárias pelas emissoras comerciais e
para justificar a licença paga pelos ouvintes para manter a BBC. ” (p. 151)
“ O início da década de 1990 foi marcado por modificações na propriedade e no
gerenciamento das rádios locais mantidas pela propaganda, com diversas pequenas
sendo adquiridas por grandes grupos empresariais. ” (p. 184)
“ Com todas essas mudanças técnicas e operacionais, é sempre importante lembrar
algumas condições básicas para a produção de um bom radiojornalismo. ” (p. 184)
Obra
CUNHA, Mágda Rodrigues da; HAUSSEN, Doris Fagundes (Orgs). Rádio Brasileiro: episódios e personagens. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003.
Descrição A obra relata que o rádio, política e cultura estão interligadas no processo de
identidade nacional. Para as autoras, o rádio foi um meio pelo qual passou e passa:
músicas, informações e esportes. Elas destacam ainda questões como o advento da
internet, as radionovelas e o pioneirismo do rádio gaúcho.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“Embora, na sua primeira fase, o rádio brasileiro já se caracterizasse como um meio
capaz de divulgar rapidamente os acontecimentos, a notícia ainda não era uma de
suas principais atrações, nem merecia uma produção específica e adequada à
linguagem radiofônica. ” (p. 15)
“ A notícia é exceção no rádio pioneiro, veiculada como cópia, pura e simples, das
informações dos jornais impressos. ” (p. 15)
“ A Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, emissora de Roquete Pinto, é apontada
como a precursora também da introdução do jornalismo na radiofonia brasileira, com
“o “ Jornal da Manhã”, produzido por ele próprio de forma improvisada e amadora. ”
(p. 16)
“ Na década de 30, o rádio brasileiro já é comercial, com linguagem e conteúdos de
programação mais populares, baseados em muita música, informações de
variedades, teatro, já se encaminhando para a sua fase áurea, a chamada “época de
ouro”. (p. 17)
“ A utilização do rádio, numa perspectiva educativa, deixa muito a desejar no Brasil,
o que se reflete na desproporção entre o número de emissoras comerciais e as
educativas, em operação no País e em qualquer uma das Unidades Federadas que
o compõem. ”(p. 38)
“ Em 1995, 66 emissoras educativas operavam no Brasil, em FM, Ondas Médias,
Ondas Curtas e Ondas Tropicais. ” (p. 38)
“ Em termos de distribuição geográfica, no mesmo ano 50% das Educativas
localizavam-se na Região Sudeste: 19,7%, no Nordeste; 16,6%, no Sul; no Centro-
oeste, 9, 1%, ficando apenas 3,0% na Região Norte. ” (p. 38)
“ Do conjunto das 44 FMs Educativas em operação, destacavam-se as que
mantinham algum vínculo com instituições de ensino superior (IES) e que, por isso,
são chamadas de Rádios Universitárias. ” (p. 39)
“ A partir de 1919 começa a chamada“ Era do Rádio”. (p. 124)
“ A primeira transmissão radiofônica oficial no Brasil foi o discurso do Presidente
Epitácio Pessoa, no Rio de Janeiro, em plena comemoração do centenário da
Independência do Brasil, no dia sete de setembro de 1922. ” (p. 124)
“ O “pai do rádio brasileiro” foi Edgard Roquette Pinto. Ele e Henry Morize fundaram
em 20 de abril de 1923, a primeira estação de rádio brasileira: Rádio Sociedade do
Rio de Janeiro. ” (p. 125)
“ Entre os meios de comunicação mais tradicionais, o rádio vem demonstrando boa
flexibilidade e adaptação aos avanços. ” (p. 152)
“ A invenção do transistor, em 1947, tornou o rádio acessível, de fácil manuseio e de
baixo custo para a população. ” (p. 152)
“ Voltando um pouco no tempo, gostaria de lembrar aos leitores que o rádio como
veículo de comunicação de massa, surgiu nos Estados Unidos em 2 de novembro
de 1920, quando a emissora KDK, da cidade de Pittsburg, na Pensilvânia, transmitiu
os resultados das eleições americanas. ” (p. 260)
Obra
FERRARETTO, Luiz Artur. Rádio e Capitalismo no Rio Grande do Sul. Canoas: Ed. Ulbra, 2007.
Descrição
A obra traz o cenário radiofônico gaúcho ao longo de cinco décadas (50, 60,
70, 80, 90). Para o autor, o rádio como um meio de difusão de ideias e de
informações. Para o autor, mais do que isso, também há um espaço para os
minoritários ou “inexistentes” cidadãos, por meio de constantes participações
dos ouvintes.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ De 7 de setembro de 1924, quando começam as irradiações pioneiras da
Sociedade Rio-Grandense, até 27 de outubro de 1934, data em que a Rádio
Difusora Porto-Alegrense passa oficialmente, a radiodifusão sonora no Rio
Grande do Sul segue um padrão nitidamente artesanal. ” (p. 22)
“O surgimento da Difusora, de Arthur Foltran de Pizzoli, significa uma ruptura
nesta mentalidade. O então gerente da Casa Coates, revendedora exclusiva
dos rádios Philco e dos refrigeradores Frigidaire, pretendia, além de aumentar
o mercado para os seus produtos- em especial, os aparelhos receptores-,
lucrar com a venda de publicidade. ” (p. 22)
“Se, de um lado, o rádio começa a se transformar em negócio, de outro, faltam
ainda elementos para a sua estruturação em nível de indústria cultural. ” (p. 23)
“ De 1950 a 1960, segundo, ainda, as informações da Agert, o número de
estações concedidas cresce de 39 para 83. ” (p. 27)
“ Neste período, as mais importantes são a PRC-2- Rádio Gaúcha e a PRH-2-
Rádio Farroupilha, além da ZYU-58- Rádio Guaíba, inaugurada em abril de
1957. ” (p. 27)
“ Apesar da estruturação das agências, a figura dos corretores autônomos é
muito comum nas rádios dos anos 50 e 60. Dos pasteiros, no jargão dos
radialistas da época, vêm os anúncios de menor porte, que, no seu conjunto,
fazem muita diferença no faturamento das emissoras. ” (p. 31)
“ O rádio gaúcho, em um processo que chega pela música, ampliando,
também, os espaços, até então minoritários ou inexistentes, dedicados à
notícia, à reportagem, à entrevista, à cobertura esportiva, à participação do
ouvinte e à prestação de serviços. ” (p. 90)
“ Em 1979, os receptores dos dois veículos eletrônicos de comunicação estão
entre os itens mais frequentes nos 461.234 domicílios da capital gaúcha,
perdendo apenas para o fogão a gás. ” (p. 91)
“ No Rio Grande do Sul, conforme dados da Associação Gaúcha de Emissoras
de Rádio e Televisão e da Agência Nacional de Telecomunicações, existem, em
outubro de 2004, 179 estações AM e 160 FM outorgadas no Estado. ” (p. 308)
“ Destas 31, operam com estúdios em Porto Alegre e 19 em outros municípios
da Região Metropolitana, onde apenas nas cidades de Novo Hamburgo e São
Leopoldo funcionam sete. ” (p. 308)
“ A partir dos anos 70, com emissoras em frequência modulada iniciando suas
operações, a segmentação- conceito que se incorpora ao jargão radiofônico
por esta época- é uma necessidade para a sobrevivência das estações dos
grandes centros urbanos, onde se constitui um mercado de consumo mais
desenvolvido e com condições de sustentar iniciativas voltadas para nichos
específicos. ” (p. 323)
Obra
FRIDERICHS, Bibiana de Paula. A comunicação popular no rádio comercial. Passo Fundo: UPF, 2002.
Descrição A presente obra salienta pontos que regem a comunicação à população, e identifica
aspectos que nos veículos comerciais que privilegiam a consolidação das entidades
culturais e as discussões em torno dos problemas vivenciados pelos diversos
públicos no cenário social. Para a autora há a necessidade de ser construído um
conceito mais apropriado ao modelo comunicativo das rádios comunitárias e
educativas, que surgem de forma desenfreada nos dias atuais.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ Com o surgimento da era da linguagem, por exemplo, os sinais e gestos
continuaram a existir, da mesma forma que na era da escrita e da impressão. ” (p.
13)
“ Os meios de comunicação de massa estão intimamente ligados a uma tecnologia e
ao domínio de complexas técnicas de linguagem, que surgiram com a expansão dos
conhecimentos das diversas culturas e sua fusão. ” (p.19)
“ Muitos autores, como César (1990), afirmam que o rádio utiliza-se da linguagem
oral para transmitir suas mensagens, característica que o coloca em vantagem
frente aos recursos utilizados por outros veículos. ” (p. 45)
“ Conforme Balsebre (1996), ao deixar de lado o complexo universo sonoro que
abarca as ondas radiofônicas e que pode ser utilizado para despertar a imaginação
e estabelecer uma real comunicação entre emissor e receptor, gera-se a
inconsciência coletiva do aspecto que o torna um meio de expressão. “ (p. 46)
“ Dado o momento histórico do surgimento da TV e os novos caminhos que o rádio
precisou buscar para manter um espaço no mercado, coube-lhe o trabalho de
afirmação regional das culturas desenvolvidas por suas comunidades; para isso,
necessitou da colaboração dessas pessoas, e mais, para garantir sua audiência,
teve de falar diretamente com elas, para elas. “(p. 57)
Obra
GRISA, Jairo Angelo. Histórias de Ouvinte: a audiência popular no rádio. Itajaí:
Univali, 2003.
Descrição O ensaio proposto busca relatar a análise de uma rádio de audiência popular
sediada em Porto Alegre-RS, por meio disso, com o foco no estudo de um grupo de
mulheres ouvintes. Para o autor, a interação entre ouvintes e emissora pode
despertar uma produção de sentidos culturais, ancorados em seus relatos de vida e
em seus desejos da recepção radiofônica.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ Ao fenômeno radiofônico não se pode furtar um tratamento para além de como o
meio se configura na prática. ” (p. 25)
“ Se o rádio é fato empírico, também o é teórico, afirma MATA (1993). ” (p. 25)
“ Hoje, considerando o mercado radiofônico em Porto Alegre e região metropolitana
(Alvorada, Cachoeirinha, Gravataí, Viamão, Canoas, Eldorado do Sul, Guaíba,
Esteio, Mariana Pimentel, Nova Santa Rita, Sertão Santana e Sapucaia do Sul), a
partir de uma população estimada em mais de 2 milhões de habitantes, o rádio AM
tem uma cobertura de 25% do total das emissoras, atingindo cerca de 500 mil
pessoas nesse espaço geográfico. ” (p. 26)
“ Héctor Gómez Vargas vai além de todas essas perspectivas, dizendo que pensar a
recepção não se limita a conhecer a audiência. ” (p. 38)
“ Para Galindo Cáceres e Gonzáles, a cultura é o campo do sentido, e o sentido é a
totalidade. ” (p. 39)
“ É, pois a cultura em um sentido epistemológico complexo. ” (p. 39)
“ Ela é justamente a forma de relação, o vínculo entre o humano e o não humano, o
que une homem e cosmos. ” (p. 39)
“ A radiodifusão, como fenômeno, inscreve-se na cultura: serve-lhe de veículo e é
uma instância cultural ela mesma, pois é criação e instituição humana. ” (p. 49)
“ Mas o rádio sobreviveu e mostrou que era insubstituível. ” (p. 219)
“ Daí, lá nos anos 70, se começou a implantar as FMs. ” (p. 219)
“ O que se dizia era: ‘bom, agora acabou o rádio AM, se foi, não tem mais chance o
rádio AM´. ” (p. 219)
“ O rádio trabalharia dentro da fronteira que justamente busca incluir a intimidade,
sustentando-se pela aproximação entre produção e recepção. ” (p. 244)
“ O rádio também se insere no mundo do lar, que sempre foi visto com um “ritmo”
que se contrapõe ao mundo do trabalho. ” (p. 258)
“ Se ao primeiro estão associados a informalidade, a assistematização e até o ócio,
à atividade de produção formal imputa-se sempre um ritmo serial, constante,
sistemático (a própria separação entre o lar e o local de trabalho reforça a ideia de
dois mundos distintos). ” (p. 258)
“ Pedagógico é o sentido do “ aprender” com o rádio. ” (p. 259)
“ É um “aprendizado da vida”, do cotidiano, através do meio. ” (p. 259)
“ O sentido pedagógico não se realiza apenas com as notícias, enquanto utilidade
pública, veiculadas pela rádio. ” (p. 259)
“ É um aprender da “totalidade”, que pode ligar-se tanto a uma informação específica
quanto a um conhecimento e conscientização mais amplos, conectando-se à
possibilidade de situar o ouvinte no ambiente onde vive. ” (p. 259)
“ A rádio de audiência popular vale-se desse sentimento de possuir um saber inferior
e parece promover, novamente, o enlace do conhecimento, entre ele e com a
prática. ” (p. 261)
“ O rádio parece funcionar como “meio”, instrumento do “religare” (unir novamente),
conforme aponta CASSIRER (1985), fazendo a conexão entre uma instância micro
(pessoal, familiar) e macro (comunidade, social). ” (p. 262)
“ A rádio falando o idioma popular da oralidade e do sentimento vai servir de ponte
entre as duas racionalidades, ocupando, segundo Martín-Barbero, o espaço de
construção de sentido que outros meios deixam a desejar. ” (p. 268)
“ Gómez Vargas, partindo de uma perspectiva cultural da rádio, afirma que os
indivíduos “a la par que van, desarrola nun proceso personal biográfico, también
desarrolan uma biografia radiofônica” (GÓMEZ VARGAS, 1997:9). (p. 315)
Obra MAGNONI, Antônio Francisco; CARVALHO, Juliano Maurício de. O novo rádio: cenários da radiodifusão na era digital. São Paulo: Editora Senac São Paulo,
2010.
Descrição A presente obra traz que apesar de inúmeras inovações, o rádio é a maior prova da
capacidade de convivência dos diferentes meios de comunicação. Para o autor,
nesta vasta gama comunicativa, há também as expectativas e limitações do
analógico em oposição ao digital, as mudanças na programação, na linguagem das
emissoras digitalizadas e os problemas enfrentados pelas rádios comunitárias na
pós-modernidade.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações “ Nestas seis décadas, a preocupação com o futuro do rádio cresce à medida que o
veículo perde primeiro, o protagonismo exercido até então e, em seguida, cada vez
mais anunciantes. ” (p. 19-20)
“ De fato, desde o início dos anos 1950, quando detinha 40% das verbas
publicitárias, até a virada para os anos 1960, período em que a televisão já registra
24% dos investimentos, um ponto percentual acima do conjunto das emissoras de
rádio, o meio enfrenta uma situação na qual teve de se reinventar constantemente. ”
(p. 20)
“ O despertar para a possibilidade de obtenção de lucro dá-se no Rádio Clube do
Brasil, fundado em 1° de junho de 1924 por Elba Dias. ” (p. 26)
“ A chegada dos veículos de comunicação ao patamar de indústria cultural tem por
antecedente remoto justamente uma situação envolvendo uma emissora de rádio. ”
(p. 35)
“ Em 1942, Auricélio Penteado, proprietário da Rádio Kosmos, de São Paulo, decide
aplicar técnicas de pesquisa de audiência apreendidas de levantamentos
semelhantes realizados por George Gallup nos Estados Unidos. ” (p. 35)
“ Se a internet vem se popularizando como “o” meio para se garimpar novos sons,
um crossmedia vem causando a sua união com o rádio na forma de emissoras on
line e podcasting. ” (p. 43)
“ As principais estações do Brasil já sabem; muitos de seus potenciais ouvintes
entendem que música hoje existe para tocar no computador, no MP3 player, no
discman- e não exatamente no rádio. ” (p. 43)
“ Esse “receptor de rádio” de 2060 não mais sintoniza as emissoras pela sua
frequência, e sim pelo nome da rádio. ” (p. 58)
“ O advento do FM, nas décadas de 1950 a 1970, representou uma inovação
tecnológica do tipo out-of-band: tratava-se de uma nova forma de modulação
(baseada em frequência e não em amplitude), capaz de transportar uma música de
alta qualidade e operando em uma nova faixa de frequências, totalmente fora do
domínio das ondas médias e curtas. ” (p. 67)
“ Os sistemas de rádio digital, ao contrário dos sistemas analógicos, não requerem
uma banda de guarda tão extensa. ” (p. 81)
“ No rádio sempre houve interação- a ação recíproca entre dois ou mais atores, onde
ocorre intersubjetividade, isto é, o encontro de dois sujeitos- mediatizada por outros
meios de comunicação. ” (p. 101)
“ O rádio continuará sendo sonoro, porém com funções multimídia, portanto terá de
agregar uma linguagem flexível que possibilita diversificar conteúdos, o que torna
inevitável inteirar sua programação a novos formatos de distribuição e ser capaz de
compatibilizar voz, imagens e dados. ” (p .109)
“ Cada vez mais, a informação tende a se tornar uma forma de navegação dirigida
num hipertexto maior. ” (p. 234)
“Hoje, o rádio é “unimídia”, é não visual, e necessita de uma linguagem que evoque
imagens visuais para tornar tangíveis aos ouvintes os produtos que anuncia. ” (p.
264)
“ Assim como o rádio influenciou as rotinas produtivas na chegada da televisão,
agora serão os meios visuais que auxiliarão o rádio na exploração do novo repertório
de elementos da linguagem radiofônica, instituindo um marco de atuação publicitária
inédita neste meio. ” (p. 267)
“ No rádio, o locutor é um amigo que aconselha, que fala no volume e no tom
adequadas, o que estabelece uma audiência cativa e outorga à programação
radiofônica uma aparente individualização. ” (p. 270)
“ Nesse mundo pós-mídia de massa, o rádio é o “meio pessoal definitivo”, como o
define Schulberg, ou o “mais pessoal dos meios de massa”, como chama Russel e
Lane. ” (p. 270-271)
“ O processo de mutação do rádio acentuou-se desde a década de 1990, quando os
sites de emissoras convencionais e virtuais começaram a se multiplicar na internet. ”
(p. 273)
“ Desde então, a emissão e a sintonia de emissoras convencionais e virtuais pode
ser feita em computadores e outros dispositivos informáticos fixos e móveis. ” (p.
273)
Obra
MEDITSCH, Eduardo. O Rádio na Era da Informação- Teoria e Técnica do Novo Radiojornalismo. Florianópolis: Insular, Ed. da UFSC, 2001.
Descrição A presente obra tem por finalidade destacar minuciosamente o estudo do rádio, esse
como um meio de comunicação. Para o autor, há de ser destacado o cotidiano da
prática jornalística e aponta para tendências do radiojornalismo contemporâneo. Ele
salienta também, o caráter de constante construção da informação, e o rádio tendo
adquirido uma linguagem própria nesse processo comunicativo.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ O rádio oferece proximidade e intimidade, portanto, verossimilhança. Credibilidade.
” (p. 11)
“ O rádio não tem matiz político, favorece quem sabe usá-lo, gosta de usá-lo e nele
acredita. ” (p. 13)
“ É um extraordinário meio de comunicação tanto para as massas iletradas como
para os segmentos intermediários e elites. Ajuda na mobilidade social, agrega valor
ao processo de crescimento econômico. E, apesar do padrão que já alcançou no
Brasil hoje, sob o ponto qualitativo, está longe de atender à sua vocação como
agente de mudanças. ” (p. 13)
“ Contudo, o entendimento dos caminhos do rádio e do radiojornalismo só é possível
dentro das transformações econômicas e geopolíticas que ocorrem no mundo nesta
virada do século XX para o XXI. ” (p. 15)
“Nessa nova conformação global a sobrevivência da liberdade de expressão e a
garantia de que setores minoritários vão ter acesso à mídia vão ser dadas pela
internet e pelo rádio. ” (p. 18)
“ O fenômeno econômico de maior destaque é o da globalização. ” (p. 15)
“ O conceito do rádio em rede nasceu inicialmente da ligação São Paulo e Rio de
Janeiro, depois se estendendo para Brasília, Belo Horizonte e Recife, quando o
Sistema Globo trocou a programação popular de suas emissoras Rádio Globo, pelo
jornalismo da CBN. Outras emissoras independentes de cidades médias e grandes
se associaram posteriormente, cobrindo boa parte do território nacional. ” (p. 20)
“ O rádio informativo não é apenas um novo canal para a mesma mensagem do
jornalismo, é também um jornalismo novo, qualitativamente diferente, e a
designação diversa procurar dar conta dessa transformação. ” (p. 30)
“ O rádio tem sido vinculado à tevê (quando não a todo o campo audiovisual, onde a
tevê exerce uma forte hegemonia), tanto nas agências de financiamento à pesquisa
quanto nas sociedades científicas e na estrutura interna das universidades. ” (p. 43)
“ Como o rádio informativo dá uma maior quantidade de notícias em relação aos
outros meios, e atinge um público mais restrito, essa maior liberdade concedida ao
arbítrio profissional e as divergências pontuais com a orientação editorial da
empresa que possa acarretar, serão assimilas dentro de certos limites. ” (p. 86)
“ A informação é a programação mais cara entre os formatos radiofônicos mais
contemporâneos. Ao contrário dos formatos musicais que predominam no dial,
envolve a utilização intensiva de mão de obra e equipamentos e é quase toda
imediatamente perecível (ORTRIWANO, 1985: 85-6). ” (p. 88)
“ A segmentação do público facilita também a criação de mecanismos de feedback
efetivo e a monitoração de seu funcionamento. ” (p. 99)
“ A definição de uma boa estratégia por parte da emissora de rádio garante- e, em
grande parte, determina- o fluxo de informações necessárias para abastecer a sua
programação voraz e incessante. ” (p. 110)
“ No rádio, o áudio que resulta da mistura de várias fontes sonoras (microfones,
discos, gravações) será modulado, o que significa uma modificação de suas
características para adaptá-lo à forma das ondas de radiofrequência que
transportarão a informação elétrica pelo espaço, até um receptor capaz de
decodificá-la. ” (p. 114)
“ A introdução de novas tecnologias tem impacto não apenas sobre a produção, mas
também sobre o produto, enquanto tal, e sua situação no mercado. ” (p. 122)
“ A radiodifusão digital, a radiodifusão por cabo, a radiodifusão por satélite e a
radiodifusão pela internet- para ficar apenas nas novas tecnologias de transmissão
de áudio- são desdobramentos do produto rádio que vão afetar as atuais emissoras,
da mesma forma que a chegada da FM afetou a AM. ” (p. 122)
“ O discurso do rádio informativo se distingue por uma nova forma de enunciação,
que supera tanto a oralidade quanto a escrita, e é característico da eletrônica
enquanto tecnologia intelectual. ” (p. 280)
“ A forma do discurso- auditiva, invisível, em tempo real- concorre de maneira
determinante para a maneira específica com que o rádio informativo reflete e refrata
a realidade. ” (p. 280)
Obra
MOREIRA, Sonia Virgínia (Org.) 70 anos de Radiojornalismo no Brasil, 1941-2011. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2011.
Descrição A obra proposta busca realizar um resgate histórico no que tange o rádio, mais
popular meio de comunicação de massa do Brasil. Para a autora é necessário
destacar o pioneirismo do Repórter Esso às rádios comunitárias e digitais, as leituras
abordam o rádio dividido em: notícia, referencial teórico, análises regionais,
reportagem e repórter, linguagem e público.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ O rádio como o conhecemos hoje, também sinônimo de agilidade e
instantaneidade, teve início no Brasil em 28 de agosto de 1941. ” (p. 9)
“ A característica central do rádio convergente é sua presença multiplataforma, ou
seja, em todos os suportes possíveis, indo além, inclusive, da tradicional
transmissão hertziana e, até, da obrigatoriedade de irradiação com recepção no
mesmo momento. ” (p. 32)
“ De “meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para
transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a audiências numerosas”
(Ferraretto, 2007ª p. 23), a “linguagem- o texto na forma da fala associado à música,
aos efeitos sonoros e ao silêncio- independente do suporte” (Ferraretto e
Kischinhevsky, 2010, f.11), essa mudança de enfoque, por recente, não é ainda
hegemônica entre o empresariado. ” (p. 33)
“ O rádio moderno deixou de ser um divertimento, para tornar-se o grande veículo
de difusão de notícias. É um imperativo, pois, da era atômica bem aproveitar a maior
força que o homem inventou para suas comunicações: o rádio. ” (p. 62)
“ E a Emissora Continental é, sem dúvida, a precursora do jornal falado na completa
acepção do termo. ” (p. 62)
“ A partir da audição de dois documentários de retrospectiva do ano veiculados no
dia 31 de dezembro, como A história de 1968 e A história de 1975, buscou-se
construir o sentido do discurso da JB AM num período que calou muitas vozes no
Brasil, demonstrando qual foi o protagonismo da emissora em dois momentos
históricos. ” (p. 78)
“ Ao longo de sua história, o radiojornalismo brasileiro passou por um processo de
remodelagem de linguagem, formato e processo produtivo influenciado pelas
mutações das técnicas de produção e dos valores que incidem sobre a construção
da noticiabilidade. ” (p. 106)
“ Quatro emissoras exemplificaram bem esse momento de investimento no
jornalismo nas décadas de 1960 e 70: Jovem Pan e Bandeirantes ambas de São
Paulo, Jornal do Brasil, do Rio de Janeiro, e Guaíba de Porto Alegre. ” (p. 111)
“ Nos anos 1980, o radiojornalismo no Brasil se revitalizou a partir da adoção de
quatro recursos técnicos que contribuíram para melhorar a qualidade sonora do
rádio: o transmissor-receptor, sistema de áudio em duas vias que permitia ao
repórter entrar no ar ao vivo ou conversar com âncoras e entrevistados; a extensão
da baixa frequência para telefone (acoplada ao telefone, aumentava a potência de
transmissão e permitia que o sinal chegasse mais forte ao estúdio); os satélites,
usados cada vez mais para transmissão em redes; e o CD, que substituiu as fitas
magnéticas e os discos de vinil, contribuindo para a melhoria da qualidade do som
da música (Moreira, 2002, p. 97). ” (p. 114)
“ A construção da imagem sonora e a exploração plena da linguagem radiofônica e
do caráter expressivo do rádio (Balsebre, 1994) são postas de lado. ” (p. 137)
“ No radiojornalismo contemporâneo, a responsabilidade de principal no uso
informacional dos potenciais da linguagem é atribuída às reportagens e produções
especiais. ” (p. 137)
“ Dos principais segmentos da mídia, o radiofônico é o que menos verbas
publicitárias recebe no Brasil. Em 1999, dos R$ 8 bilhões investidos em publicidade,
o rádio contou com apenas 3,8 (R$ 304,3 milhões), que, se divididos igualmente
pelo total de emissoras, representariam uma receita anual próxima a R$ 99 mil por
estação. ” (p. 145)
“ A partir da internet, o rádio evoluiu e adaptou-se às mídias digitais e, acima de
tudo, é hoje o veículo que mais aposta na convergência de mídias. ” (p. 197)
“ Entretanto, entre a notícia e seu produtor, pressupõe-se existir a linguagem: “A
linguagem é, pois, a possibilidade da subjetividade, visto que ela contém sempre as
formas linguísticas apropriadas à sua expressão, e o discurso provoca a emergência
da subjetividade. “(p. 308)
“ A veiculação de informações pelo rádio revela seu caráter eficaz justamente pela
transmissão instantânea dos acontecimentos. ” (p. 350)
“ E o rádio soube aproveitar esse aspecto de maneira peculiar, com exceção da
década de 1920, quando o radiojornalismo ainda não tinha presença marcante e
baseava-se na transmissão de notícias extraídas dos jornais impressos. ” (p. 350)
“ De qualquer forma, novas tecnologias possibilitaram novas maneiras de cobertura,
já que no início da radiodifusão os equipamentos eram bem pesados, o que gerava
dificuldades em seu transporte (Ortriwano, 1985, p.132). ” (p. 350)
Obra
MOREIRA, Sonia Virgínia, BIANCO, Nélia R. Del. (Org.) Desafios do rádio no século XXI, São Paulo: Intercom; Rio de Janeiro: UERJ, 2001.
Descrição
A presente obra aponta para a renovação do rádio no processo de produção do
conteúdo e nos sistemas de transmissão e recepção. Para a autora, nesse processo
informativo é necessário além da implementação do sistema de transmissão digital,
também o advento da Internet.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra. Citações
“ Perto da virada para o século XXI, 12.505 emissoras estavam em operação nos
Estados Unidos, divididas entre comerciais AM (4.789), comerciais FM (5.689) e FM
públicas (2.027). ” (p. 15)
“ Segundo dados da National Association of Broadcasters, 98% dos lares
americanos possuíam pelo menos um aparelho receptor. ” (p. 15)
“ No Brasil, 3083 canais operavam regularmente no mesmo período, divididos entre
1.363 emissoras FM, 1.578 AM, 62 canais de ondas curtas e 80 em ondas tropicais.
” (p. 15)
“ Quando o FM foi regulamentado, por exemplo, o governo americano abriu novas
modalidades de concessão. ” (p. 20)
“ É certo que a predominância do rádio digital acontecerá dentro de 10 a 15 anos,
quando se espera que pelo menos 95% dos ouvintes tenham aparelho para captar
esse sinal. ” (p. 41)
“ A programação do rádio AM atual atinge basicamente mulheres com idade acima
dos 40-45 anos. ” (p. 67)
“ Uma das estratégias adotadas pelo segmento de rádio FM no Brasil é manter os
atuais e atrair novos ouvintes através da política sistemática de promoções. ” (p. 68)
“ As emissoras montaram departamentos para coordenar equipes que visitam
diariamente diferentes pontos nas cidades espalhadas pelo país. ” (p. 68)
“ Após o boom nacional do estilo sertanejo romântico, o público de rádio está
migrando para suas emissoras de origem. ” (p. 69)
“ No Sul, a Rádio RBS tem notado o crescimento na audiência de emissoras da
Rede Atlântida FM. ” (p. 69)
“ Novas formas de interação medias pelo rádio e pela internet que, ao contrário de
esboçar distanciamento ou “despersonalização” na comunicação radiofônica,
parecem permitir um interessante incremento das formas de manifestação da
audiência. ” (p. 87)
“ A pesquisa inicialmente destaca a evolução da linguagem do radiojornalismo no
Brasil a partir de três momentos históricos: década de 1940, quando foram criadas
as primeiras regras a partir do modelo norte-americano; década de 1960, quando o
rádio investiu no gênero como alternativa para continuar a existir frente à
concorrência com a TV; década de 1980, como opção para as emissoras AM
sobreviverem à hegemonia das FM. ” (p. 109)
“ Sobre as mudanças que a linguagem vem sofrendo com a produção e transmissão
digital da informação- marcas do novo milênio- apenas aponta pistas. ” (p. 109-110)
“ O rádio mobiliza apenas um sentido humano. ” (p. 151)
“ E é acessível a todos, através de sua linguagem coloquial e simples. Com
capacidade para transmitir de forma instantânea e ágil, o rádio é líder de audiência
durante o dia, conforme a Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão
(AGERT). ” (p. 151)
“ Na Rádio Nacional do Brasil, os verbos e as expressões temporais, em seu
conjunto, definem um tempo presente que supõe um espaço temporal de ampla
duração, que abarca mais do que o dia hoje da notícia. ” (p. 185)
“ Com a expansão do rádio FM a partir dos anos 70 e, com a censura imposta pelo
autoritarismo vigente, o rádio tornou-se um veículo voltado preponderantemente
para o entretenimento e o lucrativo negócio musical, coordenado pelas gravadoras
nacionais estrangeiras. ” (p. 240)
“ Num país com elevado grau de analfabetismo com o Brasil, as rádios comunitárias
teriam um importante papel, não determinando, mas influenciando a formação do
senso crítico e estimulando a reflexão. ” (p. 245)
Obra NEUBERGER, Rachel Severo Alves. O rádio na Era da Convergência das Mídias. Cruz das Almas/BA: UFRB, 2012.
Descrição O presente livro destaca o rádio na era da convergência das mídias, e aponta o
cenário dos 90 anos desse veículo de comunicação. Para a autora, é
necessário dar importância as Leis que regem a radiodifusão no âmbito
nacional, os códigos de ética que norteiam os profissionais de jornalismo e
radialistas, e aos diversos tipos existentes de rádios (comercial, educativa,
webradio).
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações “ Os serviços de radiodifusão, além de serem classificados quanto ao tipo de
transmissão, ou seja, de sons e de sons e imagens, também são definidos
quanto à área (local, regional, nacional), quanto ao tipo de modulação (AM-
amplitude modulada e FM- frequência modulada), quanto ao tipo de
funcionamento (de horário limitado ou ilimitado), quanto à faixa de frequência e
ondas radioelétricas (ondas médias, tropicais, curtas, muito curtas e
ultracurtas). ” (p. 17)
“ Além disso, quanto à modalidade, os serviços podem ser de radiodifusão
comercial como TV, RTV (retransmissora), Rádio AM (Ondas médias, Ondas
tropicais e Ondas Curtas) e FM ou mesmo de radiodifusão educativa (TV
Educativa, RTV Educativa, Rádio Educativa) ou ainda radiodifusão comunitária.
” (p. 18)
“ O limite para cada entidade deter concessões ou permissões de rádio é a
seguinte: estações locais (quatro de ondas médias e seis de frequência
modulada); regionais (três de ondas médias e três de ondas tropicais, sendo no
máximo duas por Estado); nacionais- duas de ondas médias e duas de ondas
curtas. ” (p. 19)
“ Em todos os casos, pelo menos 70% do capital total e do capital votante das
empresas de radiodifusão sonora e de sons e imagens devem pertencer, direta
ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos. ”
(p. 20)
“ A Lei 9.612, de 1998, que institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária
(RadCom), regulamentada pelo Decreto 2.615 do mesmo ano, trouxe luz às
manifestações radiofônicas de cunho comunitário, até então não
regulamentadas e, pior, consideradas irregulares. Mas ainda há muitas falhas
neste sistema. ” (p. 24)
“ Sobre a radiotelegrafia, Perfilino Neto (2009) alega que os primeiros sinais de
som emitidos por radiotelegrafia no Brasil foram ouvidos em 1912, na Estação
Telegráfica do bairro de Amaralina, em Salvador, “emitidos por um rádio
instalado a bordo do navio alemão ‘Van der Tann’, atracado no porto desta
cidade. ” (p. 51)
“ Segundo dados do Ministério das Comunicações, disponíveis em um
documento da Abert, o setor de rádio no Brasil apresentava, em setembro de
2009, 8.984 rádios, sendo 4.426 FM comerciais, 447 FM Educativas, 4.200
rádios comunitárias, 1.771 AM, 74 Ondas Tropicais e 66 Ondas Curtas. ” (p.
134)
Obra ORTRIWANO, Gisela Swetlana. Radiojornalismo no Brasil: dez estudos regionais. São Paulo: COM-ARTE, 1987.
Descrição A presente obra destaca uma análise minuciosa sobre o rádio no cenário nacional.
Para a autora, é necessário responder a quem pertence o rádio, abordando o
radiojornalismo em rede no interior de São Paulo e também trazer o panorama
radiofônico dos estados: Goiás, Pará e Rio de Janeiro.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações “ Um dado que chama a atenção é a elevada concentração nas regiões Sul e
Sudeste: 71,3% das emissoras instaladas na modalidade de OM (Ondas Médias) e
75,2% na de FM (Frequência Modulada) estão nestas regiões. ” (p. 15-16)
“ Os políticos estão mais preocupados com o rádio como meio para venderem seus
interesses eleitoreiros, entre os quais se incluem o prestígio pessoal e a angariação
de votos. ” (p. 18)
“ O jornalismo nas emissoras FM não existe. ” (p. 64)
“ Desde que essa faixa de frequência entrou em funcionamento no país, a
programação das emissoras tem sido basicamente musical. ” (p. 64)
“ Já no final do decênio, em 1959, o rádio brasileiro está em condições de acelerar
sua corrida para um radiojornalismo mais atuante, ao vivo, permitindo que
reportagens fossem transmitidas diretamente da rua e entrevistas realizadas fora
dos estúdios. ” (p. 69)
“ O ouvinte desatento com certeza não reparou, mas, na penúltima semana de maio
de 1986, a Rádio Jornal do Brasil AM, do Rio de Janeiro, colocou mais uma
novidade no ar: transmissão em stereo, a mais recente invenção. ” (p. 109)
Obra
SALOMÃO, Mozahir. Jornalismo radiofônico e vinculação social. São Paulo:
Annablume, 2003.
Descrição
A presente obra tem por finalidade destacar o papel do rádio. Que na concepção do
autor, é destacado pelas grades das programações radiofônicas. Sendo assim, as
emissoras não apenas idealizam ao ouvinte a quem é destinado essas mensagens,
mas sim, os mesmos pautam-se por essas definições estabelecidas, e isso
influencia os seus modos de ver e falar sobre o que se passa ao redor do mundo.
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“ Bertold Brecht, que sempre se mostrou um admirador do rádio, escreveu que esse
seria o maior e o melhor meio de comunicação do mundo se as pessoas pudessem
não apenas ouvir, mas participar ativamente das transmissões (BRECHT, 1927). ” (p.
22)
“ Os avanços técnicos obtidos no rádio não propiciaram, no entanto, o deslocamento
imaginado por Brecht no eixo da relação locutor/ouvinte. ” (p. 23)
“ Nas duas últimas décadas, em países em desenvolvimento como o Brasil, uma das
alternativas de sobrevivência encontradas pelo rádio foi abandonar um estilo
tradicional de programação (da voz empostada, do tratamento cerimonioso e
distante em relação ao ouvinte). ” (p. 29)
“ O discurso radiofônico é de permanente tentativa de sedução do receptor. ” (p. 55)
“ Elementos como Oralidade e Argumentação são estratégias utilizadas pelos
comunicadores para atingir e garantir a audiência do público e que estão presentes
também nos contratos de leitura propostos ao público. ” (p. 55)
“ É possível dizer que a ligação entre o público de rádio e sua emissora de
preferência firma-se a partir de elos bem densos que levam o receptor em questão a
estabelecer uma conexão marcada pela identificação. ” (p. 70)
“ O rádio historicamente firmou-se como um redimensionador das experiências
cotidianas, um modalizador da prática social. ” (p. 128)
“ O rádio, a partir da ordem do sensível, atinge os ouvintes em sua intimidade
instalando uma convivência recheada de rejeições e afetividades. ” (p. 129)
“E se o sentir coloca-se também como vetor de compreensão do mundo, o rádio
acaba, então, por constituir-se como uma dessas portas para a realidade
circundante: o mundo e seu dinamismo, conflitos e contradições. ” (p. 129).
Obra
SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da. Rádio: oralidade mediatizada: o spot e os elementos da linguagem radiofônica. São Paulo: Annablume, 1999. Descrição
O ensaio se propõe a analisar os elementos da oralidade na radiofonia. Conforme a
autora, a linguagem radiofônica (também é dada por meio dos Spots Publicitários, os
ditos anúncios falados).
Utilização: A obra será utilizada na íntegra.
Citações
“A nossa linguagem radiofônica, de acordo com o maestro Júlio Medaglia
(1978:127), apresenta um diferencial que a torna “audiotáctil” e “em cores. ” (p. 17)
“Essa concepção descuida do fato de que a linguagem radiofônica não é
exclusivamente verbal-oral, mas resultado de uma semiose de elementos sonoros
(trilha, efeito, ruído e silêncio) que perdem sua unidade ao serem inseridos em um
meio acústico coordenado pelo tempo para comporem um todo, que é a obra
radiofônica. ” (p. 17)
“ O teórico alemão Werner Klippert (1980) assegura que nada que não tenha voz
participa da peça radiofônica, pois nela estão amalgamadas diferentes vozes, seja a
dos elementos da sonoplastia ou da palavra oralizada e mediatizada. ” (p.18)
“ Neste sentido, tomando a radiofonia como resultado de uma multiplicidade de
oralidades e vozes, realizei um paralelo entre a sua linguagem, as técnicas de
elaboração dos textos orais e as performances realizadas pelos intérpretes da
poesia medieval nas comunidades da oralidade primária, que não contavam com o
signo escrito para perpetuarem seus legados culturais (regras, normas, descobertas,
tradições). Dentre as vozes que compõem esse mosaico da radiofonia, a
sonoplastia, em colóquio com a voz, constrói o cenário acústico, os personagens e
suas ações, inaugurando, portanto, formas de encantar com as que os intérpretes do
medievo tiveram que criar através de suas presenças físicas, da eroticidade de seus
gestos e do colorido das suas texturas vocais para envolver seu auditor. ” (p. 19)
“A invenção do transistor, em 1956, a implantação e ampliação da Frequência
Modulada, as FMs, na década de 70, das redes de rádio com os satélites, a
segmentação e a digitalização, entre outros, marcaram a estrutura da radiofonia e,
consequentemente, sua linguagem e o relacionamento com o ouvinte. ” (p. 35)
“ No início da década de 70, a inauguração e expansão da FM com a Rádio Difusora
FM de São Paulo, uma programação predominantemente musical é introduzida.
Com o surgimento dos disc-jóqueis, abre-se espaço para rápidos comentários,
destacando a música e o humorismo, que imprimem novo ritmo às programações e
recuperam uma importante faixa da audiência: os jovens” (p. 35-36)
“Segundo a pesquisa realizada pela Marplan, em 1995, a penetração do rádio AM
entre a faixa etária compreendida entre15 e 19 anos é de apenas 15% contra os
94% relativos à penetração das FMs, que atualmente contam com 1.275 emissoras
no país, de acordo com dados do Ministério de Comunicações/ABERT para o
mesmo ano (cf. Gráfico2). ” (p. 36)
“Particularmente no texto verbal-escrito produzido para o rádio, as possibilidades
residem na sua potencialidade em extrapolar a lógica da língua, desverbalizando as
palavras, buscando no ritmo das vogais abertas, nas rimas e na estruturação
coordenada dos elementos da oração recuperar qualidades de seu referente,
aproximando-se, dessa forma, muito mais da organização dos textos orais
desenvolvidos pelas comunidades que não tinham o signo escrito para intermediar
suas comunicações, “mas que tinham a língua como um modo de ação e não
somente uma contra-senha do pensamento”(Malinowski apud Ong, 1982: 39) .” (p.
44)
“O texto radiofônico, ao ser oralizado, conta com a sonoplastia e com a voz, que
conferem plasticidade e cor ao texto. Zumthor (1993:215), a respeito das produções
poéticas da Europa dos séculos VIII, IX, X, reconhecia a complexidade que consistia
em conjugar enfaticamente o linguístico, o vocal e o gestual). ” (p. 44-45)
“O spot torna-se uma opção adequada pelo menos por dois motivos: o primeiro
reside no fato de que nele pode-se encontrar reunidos todos os elementos que
compõem e constroem a linguagem radiofônica, que assim como a oral não é
exclusivamente verbal-oral, ou seja, é resultado da interpenetração de elementos
não – verbais e verbais, que perdem sua unidade conceitual para adquirirem uma
nova especificidade. A parte do dialogismo destes dois elementos inaugura-se uma
forma, uma sintaxe nova, singular ao meio no qual estão inseridos). ” (p. 45)
“Com a regulamentação da publicidade no rádio através do decreto 21.111, o rádio
vê-se impulsionado a criar novos gêneros para a programação radiofônica, ousando
novos formatos e elementos. Neste percurso é trazido à tona o peso de uma
herança que ainda permanece não só nos textos escritos pelo rádio, mas também
no tipo de organização dentro da qual são combinados e selecionados todos os
elementos que compõem a linguagem radiofônica: a lógica da língua ocidental, da
ideia em dígitos separados e combinados sucessivamente para representar
abstratamente uma ideia. ” (p. 45)
“Convém lembrar que esta herança deve-se, dentre outros, ao fato de que a
linguagem do rádio e, portanto, sua organização sintática, advém da escritura, pois a
linguagem radiofônica nasce das Gazetas e Folhas da década de 30, dos romances
distribuídos periodicamente pelos folhetins da época, que eram lidos no rádio. ” (p.
45-46)
“Ou seja, mesmo com o surgimento das “novas tecnologias”, o rádio continua sendo,
potencialmente, um veículo no qual palavra, voz e sonoplastia se adaptam para
entreter, informar, persuadir um receptor cada vez mais dinâmico. Potencialmente
porque esta permanência não significa que a linguagem do rádio esteja sendo
explorada como uma linguagem que extrapola o verbal-oral, pois seu produto é
muito mais do que um texto verbal escrito locutado e sustentado por um BG
determinado. ” (p. 50)
“ Isto revela que o rádio é resultado de inúmeras oralidades, uma mídia que “escapa
a uma classificação estanque: nem só oralidade primária, nem só mista, nem só
mediatizada, mas múltiplas oralidades, imbricamentos sígnicos” (Nunes, 1994:134). ”
(p. 50)
“Dessa oralidade múltipla a sintaxe radiofônica detém as técnicas de memorização e
persuasão que Walter Ong (1987) destaca em suas pesquisas sobre a expressão e
pensamento da tradição oral. ”(p. 50)
“Segundo Eric Havelock (apud Ong, 1987:33), as fórmulas, das quais se constituem
os textos orais, são grupos de palavras que se empregam regularmente nas
mesmas condições métricas para expressar uma ideia essencialmente dada. ” (p.
51)
“Portanto, essa multiplicidade de oralidades da qual resulta a linguagem radiofônica
tem na organização de seu texto verbal-escrito convivem elementos da oralidade e
da escrita. ” (p. 52)
“ O texto do spot torna-se a melhor expressão da linguagem radiofônica por ter que,
a partir de poucas palavras, articular conceitos e ideias sobre um produtor, serviço
ou instituição. ” (p. 53)
“A decodificação realizada pelo ouvinte está diretamente ligada à organização dos
elementos constituintes da linguagem radiofônica, da qual o ouvinte assimila
algumas das suas características, e também ao seu repertório. Em conjunto, tais
dados originam o ato perceptivo. ” (p. 60)
“ Portanto, a linguagem radiofônica não é exclusivamente verbal-oral. Assim como a
palavra escrita, músicas, efeitos sonoros, silêncio e ruídos são incorporados em uma
sintaxe singular ao próprio rádio, adquirindo nova especificidade, ou seja, estes
elementos perdem sua unidade conceitual à medida que são combinados entre si a
fim de compor uma obra essencialmente sonora com o “poder” de sugestirir imagens
auditivas ao imaginário do ouvinte. ” (p. 71)
“ Em função de explorar um só sentido e contar com uma única fonte de estímulos (o
som), a mensagem radiofônica corre o risco de provocar a fadiga e a monotonia da
sua informação, mas, ao mesmo tempo, o seu aspecto unisensorial dá-lhe um dos
seus mais importantes trunfos, o poder de sugestão, que é acentuado à medida que
se exploram os seus elementos com vistas a alimentar a imaginação do ouvinte com
uma proposta variada de imagens auditivas. ” (p. 75)
“ A inclusão de ruídos (efeitos sonoros) em uma obra radiofônica tem como
tendência o objetivo de provocar a associação do ouvinte com o objeto sonoramente
representado. ”(p. 75)
“ A tendência da organização/montagem dos elementos da linguagem radiofônica é
ser realizada predominantemente através do paralelismo, ou seja, os elementos da
sonoplastia, embora tecnicamente momento se entrecruzam, se justapõem. ” (p. 80)
Em geral é uma trilha, que pode ou não ser interrompida por um ruído/efeito sonoro,
empregada como um fundo sonoro a partir da introdução do texto verbal-oral neste
processo de representação sonora. Trata-se de uma estruturação dominada pela
continuidade/linearidade e pela contiguidade. ” (p. 80)
“ Todos os elementos constituintes da linguagem radiofônica, inclusive a trilha,
podem ser trabalhados em um único produto de diferentes formas, como podemos
verificar na campanha realizada para a LPC no lançamento do Iogurte natural batido
de Danone realizado exclusivamente no rádio. ” (p. 104)