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História da educação brasileira Escolarização no Brasil Colônia ~ segunda parte ~

2) Educação No Brasil Colônia - Segunda Parte

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  • Histria da educao brasileira

    Escolarizao no Brasil Colnia

    ~ segunda parte ~

  • Princpios da educao

    a) A economia colonial baseava-se na grande propriedade e na mo-de-obra escrava. Dessa forma de organizao decorrem implicaes de ordem social e poltica: isolamento, estratificao social, estrutura de poder baseada na autoridade do proprietrio das terras.

  • b) Formas de pensamento, cultura, educao e ideias foram transmitidas, inicialmente, pela ao dos jesutas. Cabe destacar que a classe mais prxima do poder econmico e poltico, tambm tinha acesso aos bens culturais.

  • c) Apenas aos proprietrios das terras cabia o direito educao que, por isso, assume um carter elitista e aristocrtico.

  • d) Contedos da educao: reao ao pensamento crtico, apego a formas dogmticas de pensamento, reafirma-o da autoridade, desinteresse pela cincia e pelas atividades tcnicas. Educao alheia realidade da colnia, destinada a oferecer cultura geral bsica, sem preocupao com

  • qualificar para o trabalho, literria, livresca e humanista. A educao era considerada sem utilidade prtica visvel e servia, to somente, ilustrao de alguns espritos ociosos.

    Essas so as caractersticas do que se chama de educao tradicional, que hoje no existe mais.

  • e) A obra de catequese cedeu lugar, gradativamente, educao de elite. Como s os proprietrios tinham acesso (carter aristocrtico), tornou-se uma educao de classe que conferia um status distintivo - smbolo de uma classe.

  • f) Com a expulso dos jesutas, em 1759, como decorrncia da ao do marqus de Pombal, leigos comearam a tratar do ensino. O Estado, pela primeira vez, assume encargos educacionais.

    No entanto, mantiveram-se os mtodos pedaggicos jesutas.

  • g) A partir de meados do sculo 19 (1800), um outro grupo agrega-se estrutura social: uma camada intermediria. Os seus integrantes vinculam-se ao comrcio, ao artesanato e burocracia e residiam no meio urbano.Tem-se ento:

  • - Oligarquia rural: monarquista, conservadora, rural e ligada agricultura;

    - Camada intermediria: liberal, republicana, urbana e ligada ao comrcio e indstria.

  • h) A vinda da corte portuguesa para o Brasil, 1808, trouxe mudanas no quadro das instituies educacionais da poca. Porm, proporcionou-se educao para a elite aristocrtica e nobre que compunha a corte (preocupao com o ensino superior e abando dos demais nveis)

  • i) A partir da independncia (1822), diversifica-se a demanda pela escolarizao: alm dos pertencentes oligarquia rural, elementos da camada intermediria perceberam o valor da escola como instrumento de ascenso social.

  • j) A partir da independncia, a principal caracterstica do sistema educacional ser o dualismo:

    - o governo central tratava da educao superior e da educao no municpio neutro (Rio de Janeiro, sede do governo;

  • - os governos provinciais deviam tratar da educao primria e mdia.

    Porm, a falta de recursos impossibilitou as provncias de criarem uma rede organizada de escolas. O resultado foi que o ensino, em especial o secundrio, ficou com a iniciativa privada e o ensino primrio foi abandonado.

  • k) A partir do final do sculo 19 (1880), ampliou-se a heterogeneidade social: surgiram novos grupos sociais com interesses, origens e posies divergentes:

    comerciantes, intelectuais, militares, industriais, imigrantes, trabalhadores assalariados.

  • Esses grupos passaram a pressionar por novos tipos de instituies escolares, por uma renovao educacional. Em decorrncia disso, aconteceram discusses e reformas educacionais.

  • l) Novos elementos agregaram-se discusso educacional: transio da economia agrria para uma economia urbano-industrial, novos grupos sociais com interesses divergentes, necessidade de mo-de-obra qualificada.

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