19
1 2 Equilíbrio Económico Global 2.1. O Equilíbrio Geral Walrasiano 2.2. A Economia de Robinson Crusoé Williamson cap. 4 Aula 7 Marie-Ésprit Léon Walras Evreux (França) 1834 - Clarens (Suíça) 1910 1874-77 - Élements d'Économie Politique Pure [2ªed. 1889, 3ªed. 1896, 4ªed. 1900, 5ªed. 1926] KENNETH J. ARROW New York 1921- 2017 GERARD DEBREU Calais (França) 1921- 2004 1954 - Arrow e Debreu 'Existence of an equilibrium for a competitive economy' 1959 - Debreu Theory of Value Resumo dos resultados Consumidores TMS X,Y = Um X /Um Y = p X /p Y Produtores (i=X,Y) TMST i K,L = PmK i /PmL i = r/w Rm i = Cm i Mercado de factores (i=X,Y) w = p i .PML i r = p i .PMK i CIRCUITO ECONÓMICO Famílias Empresas Mercado dos BENS Mercado dos RECURSOS Recursos Bens Despesa Rendimento X Y Teoria do consumidor X X X,Y Y Y X Y Y Um p TMS Um p R p .X Y p p = = = +

2 Equilíbrio Económico Global 2.1. O Equilíbrio Geral ...icm.clsbe.lisboa.ucp.pt/docentes/url/jcn/ie2/E-IEIIa2.pdf · das j empresas: Sum p.ci = p.C = p.Y = Sum p.yj Sum (T- di)

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1

2 Equilíbrio Económico Global

2.1. O Equilíbrio Geral Walrasiano

2.2. A Economia de Robinson Crusoé

Williamson cap. 4

Aula 7

Marie-Ésprit Léon WalrasEvreux (França) 1834 - Clarens (Suíça) 1910

1874-77 -Élements d'Économie Politique Pure[2ªed. 1889, 3ªed. 1896, 4ªed. 1900, 5ªed. 1926]

KENNETH J. ARROW

New York 1921- 2017

GERARD DEBREU

Calais (França) 1921- 2004

1954 - Arrow e Debreu 'Existence of an equilibriumfor a competitive economy'

1959 - Debreu Theory of Value

Resumo dos resultados

Consumidores TMSX,Y = UmX/UmY= pX/pY

Produtores(i=X,Y)

TMSTiK,L = PmKi/PmLi = r/w

Rmi = Cmi

Mercado de factores (i=X,Y)

w = pi.PMLi r = pi.PMKi

CIRCUITO ECONÓMICO

Famílias Empresas

Mercado dos BENS

Mercado dos RECURSOS

Recursos

BensDespesa

Rendimento

X

Y

Teoria do consumidor

X XX,Y

Y Y

X

Y Y

Um pTMS

Um p

R p.X Y

p p

= =

= +

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2

Teoria do produtor.

.

.

.

X X

Y Y

X X

Y Y

w PmL p

w PmL p

r PmK p

r PmK p

==

==

,

=

=

Y X

x Y

XY X

Y

Y X

x Y

PmL p

PmL p

pTMT

p

PmK p

PmK p

⇒ =

pY .PmLY = w = pX .PmLX � RmY = RmX

PmY/PmX = 3 = pX/pY : no sector em que os recursos são 3 vezes mais produtivos, os preços são 3 vezes mais baixos:

X

Y

Teoria do produtor

,Y X

Y XX Y

Pm pTMT

Pm p= =

X,Y

X

Y

Equilíbrio geral

, ,X X Y

X Y Y XY Y X

Um p PmTMS TMT

Um p Pm= = = =X,Y

A Economia de Robinson

Cocos

Descanso

,C

C DD

UmTMS

Um=

A Economia de Robinson

Cocos

Trabalho

, 1C C

C D CD

PmL PmLTMT PmL

PmL= = =

D,C

A Economia de Robinson

Cocos

Trabalho

Cocos

Descanso

Descanso = 24 horas - Trabalho

24hTrabalhoDescanso

Page 3: 2 Equilíbrio Económico Global 2.1. O Equilíbrio Geral ...icm.clsbe.lisboa.ucp.pt/docentes/url/jcn/ie2/E-IEIIa2.pdf · das j empresas: Sum p.ci = p.C = p.Y = Sum p.yj Sum (T- di)

3

A Economia de Robinson

Cocos

Trabalho24h

Trabalho Descanso

Truque marginalista:

Na hora marginal

se trabalha: PmLC.UmC

se descansa: UmD

Equilíbrio: PmLC.UmC= UmD

UmD/ UmC = PmLC

TMS = TMT

2.3. A Economia Descentralizada

Williamson cap. 4

Aula 8

Problema das famílias

Max U(c,d)

s.a. w(T-d) + A = p.c

(wT+A)/p

T T + A/w d

c

TMSc,d = Umc/Umd = p/w

Problema das empresas

Max L = p.y – w.l

s.a. y = f(l)

l

y

L = p.y – w.l

PmL = w/p

Agregação contabilística das famílias

w(T-d1) + A1 = p.c1

w(T-d2) + A2 = p.c2

...

w(T-dn) + An = p.cn

w.[(T-d1) +...+(T-dn)]+

A1 + ... +An= p.(c1+...cn)

w.L + A = p. C

Max U1(c1,d1)

s.a. w(T-d1) + A1 = p.c1

Max U2(c2,d2)

s.a. w(T-d2) + A2 = p.c2

Max U3(c3,d3)

s.a. w(T-d3) + A3 = p.c3

Max Un(cn,dn)

s.a. w(T-dn) + An = p.cn

ooo

Agregação contabilística das empresas

L1 = p.y1 – w.l1L2 = p.y2 – w.l2...Lm = p.ym – w.lm

L1+L2+...+ Lm+ w.[l1+ ...lm] =

p.[y1+ y2+...+ym]�

A + w.L = p.Y

Max L1 = p.y1 – w.l1

s.a. y1 = f(l1)

Max L2 = p.y2 – w.l2

s.a. y2 = f(l2)

Max L3 = p.y3 – w.l3

s.a. y3 = f(l3)

Max Lm = p.ym – w.lm

s.a. ym = f(lm)

ooo

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4

Condições de consistência agregativa

• A economia global vem da agregação das n famílias e das m empresas:

Sum p.ci = p.C = p.Y = Sum p.yj

Sum (T- di) = Sum lj = L

Sum Ai = Sum Lj = A

• Na economia global, o produto de todas as empresas Sum p.yj = p.Y é igual à despesa de todas as famílias Sum p.ci = p.C e igual ao rendimento total da economia w.L + A.

CIRCUITO ECONÓMICO

Famílias Empresas

Mercado dos BENS

Mercado dos RECURSOS

Recursos

BensDespesa

Rendimento

Lei de Walras

• Esta é já conhecida condição fundamental da contabilidade nacional:

p.Y = p.C = w.L + A

Produto = Despesa = Rendimento

• Agora compreendemos a sua origem: uma restrição orçamental global, cujo nome é, como sabemos, lei de Walras

Agregação do comportamento

• Dado que os mercados são perfeitamente competitivos podemos também aplicar o «teorema da mão invisível».

– Este afirma que o equilíbrio competitivo é equivalente ao óptimo social

– Assim podemos substituir as decisões individuais e os mercados em equilíbrio por uma optimização global

Equilíbrio geral da economia

Y

L

Y = C

L

w/pVariáveis

Y, C, L, w/p

Choque tecnológico1- O Choque

Y

L

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5

Choque tecnológico2- A Reacção

Y

L

Choque tecnológico3- A Explicação

Y

L

Y = C

L

w/p Ef.substituição

Y C L w/p

Ef.rendimento

Y C L w/p

JOSEPH ALOIS SCHUMPETERTriesch (Morávia) 1883 – Taconic (Conn., EUA) 1950

1911 - Theorie der Wirtschaftlichen Entwicklung

1942 - Capitalism, Socialism, and Democracy

1954 – History of Economic Analysis

Adam Smith

Kirkcaldy (Escócia)1723- Edimburgo 17901776 -An Inquiry into the Nature and Causes

of the Wealth of Nations

2.4. A Economia com Crédito

Williamson cap. 9

Aula 9

Y1 Y2

L1 L2

Introdução do tempo

1. Consideração de dois períodos de tempo, com igual estrutura produtiva e de consumo

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6

Introdução do tempo

2. A única realidade que passa através do tempo é um título B, que

– no período 1 custa uma unidade do bem

– no período 2 paga (1 + r) unidades do bem

• r constitui a taxa de juro, o valor do tempo– o valor de r é determinado pela procura e

oferta de títulos

– nada impede que seja r seja positiva ou negativa

Mercado de crédito

• A introdução deste título permite:

– Passar consumo de hoje para amanhã. Neste caso, o consumidor poupa, comprando títulos hoje e recebendo amanhã (1 + r)

– Passar consumo de amanhã para hoje. Neste caso, o consumidor endivida-se, vendendo títulos hoje e resgatando-os, ao preço (1 + r) amanhã

Restrição inter-temporal

• Em cada ano, o consumidor tem a restrição

y1 + (1+r).b0/p = c1 + b1/p

y2 + (1+r).b1/p = c2 + b2/p

(onde yi= w/pi.Li + Ai/p)

• Dado que todos os agentes defrontam os mesmos preços (p,w,r), é possível pôr em evidência e somar,

Y1 + (1+r).B0/p = C1 + B1/p

Y2 + (1+r).B1/p = C2 + B2/p

(com Bt = Sum bit)

Condições de consistência agregativa

1. Cada consumidor i tem uma certa poupança (bi > 0) ou dívida (bi < 0). Mas na economia, a soma das poupanças tem de ser igual à dívidas.

– Portanto B0 = B1 = B2 = 0

2. Consequentemente, em cada um dos períodos

Y1 = C1 ; Y2 = C2

Condições de consistência agregativa

3. Considerando que

– os Ys são a oferta (S) no mercado de produto e os Cs a sua procura (D)

– no mercado de crédito, os títulos que vêm do período anterior são oferta e os do período a procura,

pode-se escrever

YS1 + (1+r).BS

0/p = CD1 + BD

1/p

YS2 + (1+r).BS

1/p = CD2 + BD

2/p

Lei de Walras

• Esta condição implica que:1. A soma de todas as procuras seja igual à soma

de todas as ofertas

YS + (1+r).BS/p = CD + BD/p

2. A soma de todos os desequilíbrios de mercado seja nula

(YS – CD) + [(1+r).BS/p – BD/p] = 0

3. Se todos os mercados menos um estiverem em equilíbrio, o último também tem de estar

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7

Restrição inter-temporal

• Eliminando B1 no sistema:

Y1 + (1+r).B0/p = C1 + B1/p

Y2 + (1+r).B1/p = C2 + B2/p

Obtém-se a restrição inter-temporal:

2 2 20 1 1

/p(1 ). /p

1 1 1

Y B Cr B Y C

r r r+ + + − = +

+ + +W

Restrição inter-temporal

• Note-se que nesta restrição,

– todos os termos relativos ao período 0 estão multiplicados por (1 + r)

– todos os termos do período 1 estão com o seu valor

– todos os termos do período 2 estão divididos por (1 + r)

A taxa de juro r faz a conversão temporal

2 2 20 1 1

/p(1 ). /p

1 1 1

Y B Cr B Y C

r r r+ + + − = +

+ + +

Decisão inter-temporal da economia

Assim, o problema que a economia resolve é:

• Max U (C1, C2, D1, D2)

s.a.

Consumir uma unidade = UmC1

Poupar, receber o juro (1+r) e consumir no próximo período, com a utilidade (1+r) UmC2

UmC1 = (1+r) UmC2 � UmC2 /UmC1 = 1/(1+r)

( ) ( ) ( ) ( )r

CC

r

pBY

r

YpBr

++=

+−+

+++

11

/

1/.1 2

12

12

0

Decisão inter-temporal

Consumo Futuro C2

W C1 ConsumoPresente

W.(1+r)

21 1

CW C

r= +

+

TMSI = UC2/UC1 = 1/(1+r)

Teorema da separabilidade de Fisher 1/2

Consumo FuturoC2

W C1 ConsumoPresente

W.(1+r)

consumo

produção

poupança

(1+r). poupança

consumo

produção

dívida

(1+r). dívida

Consumo FuturoC2

W.(1+r)

W C1 ConsumoPresente

Teorema da separabilidade de Fisher 2/2

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8

2.4. A Economia com Crédito

2.5. A Economia com Moeda

Williamson cap. 9, 12

Aula 10

ConsumoFuturo C2

W C1 Consumo Presente

W.(1+r)

21 1

CW C

r= +

+

TMSI = UC2/UC1 = 1/(1+r)

Max U (C1, C2, D1, D2)

s.a.( ) ( ) ( ) ( )r

CC

r

pBY

r

YpBr

++=

+−+

+++

11

/

1/.1 2

12

12

0

Alteração no nível (W )

ConsumoFuturo C2

Var C Var W

W.(1+r)

Alisamento do consumo

C1 ConsumoPresente

W

Efeito riqueza

Alteração no preço (r )

ConsumoFuturo C2

W C1 ConsumoPresente

W.(1+r)

Efeito substitução intertemporalEfeito riqueza

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque tecnológico temporário

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque tecnológico permanente

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r

Page 9: 2 Equilíbrio Económico Global 2.1. O Equilíbrio Geral ...icm.clsbe.lisboa.ucp.pt/docentes/url/jcn/ie2/E-IEIIa2.pdf · das j empresas: Sum p.ci = p.C = p.Y = Sum p.yj Sum (T- di)

9

Mercado monetário

P

M

MS = M

MD = P.L(Y,i)

M = P.L(Y,i)

Mercado monetário - Efeito rendimento

P

M

MS = M

MD = P.L(Y,i)

Mercado monetário - Efeito do juro

P

M

MS = M

MD = P.L(Y,i)

Mercado monetário - Efeito da moeda

P

M

MS = M

MD = P.L(Y,i)

2.5. A Economia com Moeda

2.6. A Economia com Estado

Williamson cap. 12

Samuelson cap. 16

Aula 11

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Modelo com moeda

P

M

Page 10: 2 Equilíbrio Económico Global 2.1. O Equilíbrio Geral ...icm.clsbe.lisboa.ucp.pt/docentes/url/jcn/ie2/E-IEIIa2.pdf · das j empresas: Sum p.ci = p.C = p.Y = Sum p.yj Sum (T- di)

10

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque tecnológico temporário

P

M

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque tecnológico permanente

P

M

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque na quantidade de moeda

P

MY1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Choque na procura de moeda

P

M

Introdução do Estado

• Max U (C1, C2, D1, D2) + V(G1,G2)

• Y = C + G

• Restrição orçamental do Estado

G + R + r.B/p = T + Var B/p + Var M/p

Receitas e Despesas (--)/PIB

0

10

20

30

40

50

60

1830 1850 1870 1890 1910 1930 1950 1970 1990 2010

Rec/Y

Exp/Y

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11

Défice do Estado/PIB

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

1830 1850 1870 1890 1910 1930 1950 1970 1990 2010

Dívida Pública(tot. e ext) % PIB

0

20

40

60

80

100

120

140

160

1850 1900 1950 2000

%

Despesa total administração pública/PIB

0.0

10.0

20.0

30.0

40.0

50.0

60.0

1947 1957 1967 1977 1987 1997 2007 2017

Investimento

Remunerações

Transf. FamíliasJuros

Cons. Pub.Sub. Empr.

Despesa total administração pública

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

1947 1957 1967 1977 1987 1997 2007 2017

Remunerações

Transf. Famílias

Juros

Consumo Pub.

Investimento

Sub. Empr.

2.6. A Economia com Estado

Samuelson cap. 16

Aula 12

Introdução do Estado

• Max U (C1, C2, D1, D2) + V(G1,G2)

• Y = C + G

• Restrição orçamental do Estado

G + R + r.B/p = T + Var B/p + Var M/p

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12

Y11

L1 L1

Introdução do Estado

• A introdução de gastos públicos implica uma redução da curva de possibilidades de consumo, mantendo-se a de produção

Y1

G

Curva de possibilidadesde produção

Curva de possibilidadesde consumo

Curva de possibilidadesde produção

Curvas de possibilidadesde consumo

GVar G

Introdução dos gastos Aumentos dos gastos

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Aumento de G temporário pago com impostos ou dívida

P

M

G

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Aumento de G permanente pago com impostos

P

M

G G

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Aumento de G temporário com dívida externa

P

M

G

Y1 C1 L1 w/p1 Y2 C2 L2 w/p2 r p M

Y1 Y2

L1 L2

C2

C1

Aumento de G permanente pago com moeda

P

M

G G

Modelo completo

• Este modelo é o primeiro que inclui interacçãoentre agentes (famílias e empresas)

• Além disso inclui tempo, moeda e Estado.

• É muito simples, mas tem o essencial:1. efeito substituição intratemporal

2. efeito rendimento intratemporal

3. efeito substituição intertemporal

4. efeito riqueza

5. efeito juro na procura de moeda

6. efeito rendimento na procura de moeda

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13

3. Desemprego e Inflação

3.1. Desemprego

3.2. Inflação

Samuelson cap. 29-30

Aula 13

Taxa de Desemprego

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

1953 1963 1973 1983 1993 2003 2013

%

sentido lato

sentido estrito

Horas trabalhadas

Salário

D

S

Pop.Act. Horas trabalhadas

Salário

D

S

Pop.Act.

Des.voluntário

Horas trabalhadas

Salário

D

S

Des. friccional

Horas trabalhadas

D

S

Des.involuntário

Salário

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14

Taxa de desemprego

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1960 1970 1980 1990 2000 2010

%

Euro ar.

USA

Japan

Portugal

Contratos a Prazo e Desemprego

0

5

10

15

20

25

1983 1988 1993 1998 2003 2008 2013 2018

% Tx Des.

% c.prazo

Irving Fisher

Saugerties (New York) 1867 - New York 1947

1911 - The Purchasing Power of Money

Equação de Fisher

M.V = P.Tx

Velocidade de circulação

0

1

2

3

4

5

6

7

8

9

1850 1870 1890 1910 1930 1950 1970 1990 2010

Equação de Fisher

M.V = P.T

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15

Inflação vs Cresc. Moeda

-60

-40

-20

0

20

40

60

80

1855 1905 1955 2005

%

M1- growth

Inflation

-5.00

0.00

5.00

10.00

15.00

20.00

25.00

30.00

0 2 4 6 8 10 12 14

Curva de Phillips para Portugal

Curva de Phillips para Portugal 1967-1973

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

14,00

1 1,5 2 2,5 3 3,5

4. O Debate na Economia Agregada

4.1. A Economia Keynesiana

Williamson cap. 14

Aula 14

A Revolução Keynesiana

Lord John Maynard Keynes

Cambridge, 1883 - Tilton, 1946

Keynes, J. M. (1936) The General Theory of Employment,

Interest and Money, Macmillan, Cambridge University Press

A Revolução Keynesiana

HIPÓTESES CLÁSSICAS

Racionalidade dos agentes

Equilíbrio dos mercados

HIPÓTESES KEYNESIANAS

Propensão marginal a consumir: C = f(Y)

Eficiência marginal do capital: I=g(i)

Preferência por liquidez: L=L(Y,i)

Rigidez salarial: w=w*

xBem 1

Bem 2

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16

Propensão marginal a consumir

C = a + b Y

0 < b < 1 propensão marginal a consumir

a

b

C = a + b.Y

Y

C

O modelo simples do multiplicador

D

Y

45º

G

a

D = a + b.Y + G

D = C + G

C = a + b Y

G = G’

D = Y

Y < Yp

Y*a + G

Y* =

Y = a + b Y + G

1 b−

O modelo simples do multiplicador

Y = a + b Y + G + Var G

Y = (a + G + Var G)/(1– b)

D = C + G

C = a + b Y

G = G’+ Var G

D = Y

Y < Yp

C

b

Y G

Var Y = Var G + b.Var G + b2.Var G + b3.Var G + ...

Var Y = Var G ( 1+ b + b2 + b3 + ...) = Var G [1/(1-b)]

O modelo simples do multiplicador

D

Y

45º

G

a

D = C + G

C = a + b Y

G = G’+Var G

D = Y

Y < Yp

Var G

Var Y

4.1. A Economia Keynesiana

4.2. O Papel do Estado

Samuelson cap. 31

Aula 15

Propensão marginal a consumir:

Eficiência marginal do capital:

Preferência por liquidez:

Rigidez salarial:

- .

.

Dt t

t t

t t

C a bY

I e f i

L m nY l i

Y Y

= +

=

= + −

<

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17

Propensão marginal a consumir:

Eficiência marginal do capital:

Preferência por liquidez:

Rigidez salarial:

.

.

-Dt t t

t t

t

t t

Dt t

t

t

t

t

t

tt

t

Y Y T

T u vY

G G

D

C a bY

I e f i

L m nY l i

C G I

M ML

P

D

P

Y Y

Y

== +

=

= + +

= +

= −

=

−=

=

= +

<

D

Y

i

I

i

M

Mecanismo monetário

M = P. L (Y, i)modelo keynesiano modelo de equilíbrio

i p

M M

MS

MDMS

MD

Modelo global

i i

M I

D

Y

MS

MD

I(i)

D = C(Y) + G+ I(i)

Choques

• Vamos repetir os choques que antes vimos

1. Choques tecnológicos

• Estes choques só afectam Yp, logo não têm efeitos

2. Distinção entre choques temporários e permanentes

• Dado que o modelo é de curto prazo, esta distinção não é considerada

Atitude de fundo

Este modelo tem uma visão da economia muito diferente do anterior. – No modelo de equilíbrio vimos uma economia

racional e equilibrada que reagia a choques externos. Os ciclos vinham daí.

– Aqui, a economia funciona mal e cria um “equilíbrio” de sub-emprego. Assim, não se trata de choques, mas de «políticas» que resolvem o problema que o próprio modelo inclui.

Política monetária

i i

M I

D

Y

M i I @ Y neutralidade da moedax

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18

M i I @ Y

Política monetária“Crowding out”

i i

M I

D

Y

LY i I @ Y

quase neutralidade da moeda?

Política orçamental paga por dívida

i i

M I

D

Y

G @ Y

LY i I @ Y

Política orçamental paga por impostos

i i

M I

D

Y

G @ Y

T @ Y ?

Teorema de Haavelmo

Trygve Magnus HaavelmoNoruega (1911-1999)

C = a + b.(Y-T)Var G = Var T

Var Y = Var G + b.Var G + b2.Var G + b3.Var G + ...

– b.Var T – b2.Var T – b3.Var T – ...

Var Y = Var G multiplicador = 1

T C

b

Y G

-b

Política orçamentalpaga por impostos

i i

M I

D

Y

G @ Y

T @ Y

G-b.T

Política orçamentalpaga por moeda

i i

M I

D

Y

G @ Y

M i I @ Y

G

I

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O Debate da Economia Actual

a) a crítica keynesiana

JOHN MAYNARD KEYNES

U.K.: 1883-1946

1936 - General Theory of Employment,

Interest and Money

b) A síntese neoclássica

JOHN R. HICKS (1904-1989) U.K.

1937 - "Mr Keynes and the Classics: A Suggested Interpretation“

PAUL A. SAMUELSON (1915-2009) U.S.A.

1947 - Foundations of Economic Analysis

FRANCO MODIGLIANI (1918-2003) ITÁLIA

1944 “Liquidity Preference and the Theory ofof Interest and Money”

c) Reacção interna: monetarismo

MILTON FRIEDMAN

(1912-2006) U.S.A.

1956 Studies in the Quantity Theory of

Money, The University of Chicago Press

1963 A Monetary History of the United States

1807-1960 Princeton University Press com Anna J. Schwartz

d) O Renascimento Clássico

ROBERT E. LUCAS Jr

(1937- ) U.S.A.

1976 - "Econometric Policy Evaluation: A Critique"

1977 - "Understanding Business Cycles,"

1989 - Recursive Methods in Economic

Dynamics com N.Stokey