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2 . KEYNES: PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA E INCERTEZA 2.2 . INVESTIMENTO, INCERTEZA E INSTABILIDADE Resumo da Teoria Geral Keynes, TG, cap. 18 (I, II, III) 11-07-2016 1

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Teoria Geral

2. KEYNES: PRINCÍPIO DA DEMANDA EFETIVA E INCERTEZA

2.2. INVESTIMENTO, INCERTEZA E INSTABILIDADE

Resumo da Teoria Geral

Keynes, TG, cap. 18 (I, II, III)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do Emprego

Objetivo• : identificar as variáveis de determinam o emprego e renda eque, portanto, devem ser objeto de política econômica.

“O nosso objetivo presente é descobrir o que, em dado sistemaeconômico, determina em um momento preciso a renda nacional e (oque vem a ser quase a mesma coisa) o volume de emprego que lhecorresponde (...).

Nossa tarefa final poderia consistir em selecionar as variáveis que aautoridade central pode controlar ou dirigir deliberadamente no tipode sistema em que realmente vivemos.”(Keynes, (1996[1936]), p.239)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoDados• : disponibilidade de mão-de-obra, bens de capital, tecnologia,concorrência, preferência dos consumidores e dos trabalhadores,distribuição de renda

“Chegamos ao momento de reunir todos os fios do nosso raciocínio.Para começar, poderia ser útil indicar quais elementos do sistemaeconômico tomamos, habitualmente, como dados, quais são asvariáveis independentes do nosso sistema e quais as dependentes.

Tomamos como dados a capacidade e a quantidade de mão-de-obradisponível, a qualidade e quantidade do equipamento disponível, oestado da técnica, o grau de concorrência, os gostos e hábitos dosconsumidores, a desutilidade das diferentes intensidades de trabalho edas atividades de supervisão e organização, bem como a estruturasocial, incluindo as forças que determinam a distribuição da rendanacional, não compreendidas em nossas variáveis citadas mais adiante.Isso não significa que suponhamos constantes tais fatores, massimplesmente que, neste instante e neste contexto, nos abstemos deanalisar ou mesmo de levar em consideração as consequências das suasvariações.” (Keynes, (1996[1936]), p.237)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoVariáveis• independentes: propensão a consumir, escala de eficiênciamarginal do capital (função da capacidade existente e expectativa delongo prazo) e a taxa de juros (função da oferta de moeda e dapreferência pela liquidez).Variáveis• dependentes: volume de emprego e renda nacional

“Nossas variáveis independentes são, em primeiro lugar, a propensão aconsumir, a escala da eficiência marginal do capital e a taxa de juros,embora, como já vimos, estas variações sejam suscetíveis de maior análise.

Nossas variáveis dependentes são o volume de emprego e a renda nacional(ou dividendo nacional) medida em unidade de salários.

(...) (A) escala da eficiência marginal do capital depende, em parte, dovolume de equipamento existente, que é um dos fatores dados, mastambém, em parte, das expectativas a longo prazo, que não se pode inferirdos fatores dados. (...)

(...) (A)o passo que a taxa de juros é parcialmente governada pelo estado dapreferência pela liquidez (isto é, pela função de liquidez) e também pelaquantidade de moeda medida em unidades de salários.” (Keynes,(1996[1936]), p.237-8)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoEscala• de eficiência marginal: depende dos fatores dados e do rendimento provável,que depende do estado de expectativa de longo prazo.Taxa• de juros: depende da oferta de moeda, mas também do estado de preferênciapela liquidez dos agentesVariáveis• independentes finais: propensão psicológica a consumir (fatoressubjetivos), preferência pela liquidez, estado de expectativa de longo prazo e ofertade moeda.

“A escala da eficiência marginal do capital depende, contudo, em parte, dosfatores dados e, em parte, do rendimento provável dos bens de capital dediferentes espécies, ao passo que a taxa de juros é parcialmente governadapelo estado da preferência pela liquidez (isto é, pela função de liquidez) etambém pela quantidade de moeda medida em unidades de salários. Assim,podemos em alguns casos considerar variáveis independentes finais (1) ostrês fatores psicológicos fundamentais, a saber, a propensão psicológica aconsumir, a atitude psicológica relativa à liquidez e a expectativa psicológicado rendimento futuro dos bens de capital; (2) a unidade de salários, tal comoé de- terminada pelos acordos celebrados entre patrões e operários; e (3) aquantidade de moeda tal como é determinada pela ação do banco central,de maneira que, se tomarmos como dados os fatores antes especificados,estas variáveis determinam a renda (ou dividendo) nacional e o volume deemprego. (Keynes, (1996[1936]), p.238)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoDiferença• entre os fatores dados e a variáveis independentes dizrespeito à importância que suas variações exercem sobre adeterminação do objeto de análise.Considera• -se como fatores dados aqueles que permanecemrelativamente estáveis ou cujas mudanças são pouco relevantes e comofatores independentes aqueles cujas variações exercem influênciadominante.

“A divisão das determinantes do sistema economico nos dois gruposde fatores dados e das variáveis independentes é, de um ponto devista absoluto, completamente arbitrária. Ela deve basear-se apenasna experiencia, de modo que corresponda, por um lado, aos fatorescujas variações parecem ser tão lentas ou tão pouco importantes queapenas tenham pequena e, comparativamente, desprezível influenciaa curto prazo em nosso quaesitum; e, por outro lado, aos fatores cujasvariações exercem, na prática, uma influencia dominante em nossoquaesitum.” (Keynes, (1996[1936]), p.238)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoResumo• da TG: começa pelas decisões de portfólio, que definem omontante de investimento, e segue para determinação da renda.Determinaç• ão do Investimento: tendo em vista as condições físicas deoferta, o estado de confiança, a preferência pela liquidez e a oferta demoeda, o investimento aumentará até que a eficiência marginal do capitalseja igual à taxa de juros.

“Tentemos, agora, resumir o raciocínio dos capítulos anteriores,tomando os fatores na ordem inversa àquela em que foramintroduzidos.

Existe um incentivo para aumentar o fluxo de investimentos novos atéum ponto em que a alta do preço de oferta de cada espécie de bem decapital seja suficiente, dado o seu rendimento provável, para fazer cair aeficiência marginal do capital em geral até as proximidades da taxa dejuros.Isso significa que as condições físicas da oferta nas indústrias de bens decapital, o estado da confiança quanto ao rendimento provável, a atitudepsicológica relativa à liquidez e a quantidade de moeda (calculada depreferência em termos de unidades de salários) determinam, emconjunto, o fluxo de investimentos novos.” (Keynes, (1996[1936]), p.239)11-07-2016 7

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do EmpregoDados• o investimento e a propensão marginal a consumir, é possíveldeterminar o nível de renda e emprego pelo efeito multiplicador.

“No entanto, um aumento (ou diminuição) do fluxo de investimentosacompanha-se, necessariamente, de um aumento (ou diminuição) dofluxo de consumo (...). Isso significa que as variações do fluxo deconsumo estão, em geral, na mesma direção (embora de grandezamenor) que as variações do fluxo de rendimento. A relação entre umincremento de consumo e o incremento na poupança a que ele estáassociado é determinada pela propensão marginal a consumir.

A relação, assim determinada, entre um incremento do investimento eo incremento correspondente à renda agregada, ambos medidos emunidades de salários, é dada pelo multiplicador de investimento.

Finalmente, se supusermos (como primeira aproximação) que omultiplicador de emprego é igual ao multiplicador de investimento,podemos, aplicando-o ao incremento (ou ao decrescimento) que osfatores anteriormente indicados provocam no fluxo de investimento,inferir dele o incremento do emprego.”(Keynes, (1996[1936]), p.239)

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do Emprego

C I YS C SYD YR

PMgC EMgK(rm)

r Exp.CP

M

Pref.Liq.Exp.LP

PS(F.Dados)

PrecauçãoPrevidência

MelhoriaIniciativa

...

Dados: disponibilidade de mão-de-obra, bens de capital, tecnologia, concorrência,preferência dos consumidores e dos trabalhadores, distribuição de renda

N, W/P

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Teoria Geral

Resumo da Teoria Geral do Emprego

Produto e Emprego (Exp.CP)

Consumo

Investimento

Renda

Propensão Marginal a Consumir

(Multiplicador)

Taxa de Juros

Eficiência Marginal

do Capital

Estado da Preferência

pela Liquidez

Oferta de Moeda

Renda Esperada (Exp. LP)

Preço de oferta

Prognóstico mais

provável

Grau de Confiança

Demanda de Moeda

(T, P, E)

Fatores Objetivos

Fatores Subjetivos

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Teoria Geral

Relativa estabilidade (sujeita a instabilidade potencial) e desempregocrônico

Sistema• econômico não é violentamente instável, mas pode permanecercronicamente abaixo do pleno emprego.

“Em especial, é uma das características essenciais do sistemaeconômico em que vivemos não ser ele violentamente instável, mesmoestando sujeito a severas flutuações no que concerne à produção e aoemprego. Na verdade ele parece apto a permanecer em condiçõescrônicas de atividade subnormal durante um tempo considerável semtendência marcada para a recuperação ou o colapso completo.Ademais, a evidência prova que o pleno emprego, ou mesmo oaproximadamente pleno, é uma situação tão rara quantoefêmera.”(Keynes, (1996[1936]), p.240)

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Teoria Geral

Condições de estabilidade

Multiplicador• > 1, mas não muito grande (PMgC < 1)

“Segundo a análise precedente, as condições de estabilidade própriaspara explicar os resultados observados são as seguintes:

(i) A propensão marginal a consumir é tal que, quando a produção dedeterminada comunidade aumenta (ou diminui) porque se aplica mais (oumenos) mão-de-obra ao seu equipamento de capital, o multiplicador querelaciona os dois aumentos é superior à unidade, mas não muito grande.”(Keynes, (1996[1936]), p.241)

“A medida que a renda aumenta, as necessidades não satisfeitas tornam-se menos prementes e a margem sobre o nível de vida estabelecidoaumenta; quando a renda real diminui, verifica-se o contrário. E, portanto,natural — ao menos para o termo médio da comunidade — que, em casode aumento de emprego, o consumo corrente se amplie, porém emmenor proporção que o incremento absoluto da renda real, e que, emcaso de diminuição do emprego, ele decline, embora não tanto quanto abaixa absoluta do rendimento real."(Keynes, (1996[1936]), p.241)

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Teoria Geral

Condições de estabilidade

Variaç• ões da renda esperada e da taxa de juros geram variaçõesproporcionais do investimento

“(ii) Quando se produz uma variação no rendimento provável do capitalou na taxa de juros, a curva da eficiência marginal do capital deverá sertal que a variação do novo investimento não fique em grandedesproporção com a mudança no primeiro, isto é, as variaçõesmoderadas no rendimento provável do capital ou na taxa de juros nãodevem ser associadas a variações muito grandes de fluxo deinvestimento.” (Keynes, (1996[1936]), p.241)

“Este é provavelmente o caso, devido ao custo crescente de umaprodução mais volumosa com o equipamento existente. Decerto, separtirmos de uma posição em que existam grandes excedentes derecursos para a produção de bens de capital, pode haver, dentro decertos limites, uma instabilidade considerável; o mesmo não sucederá,porém, se o excedente de recursos for utilizado em grande escala.”(Keynes, (1996[1936]), p.242)

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Condições de estabilidade

Variaç• ões do emprego geram variações proporcionais do salário nominal

“(iii) Quando o volume de emprego varia, os salários nominais tendem avariar na mesma direção, mas não de forma muito desproporcionada,isto é, as variações moderadas no emprego não se acompanham degrandes alterações nos salários nominais. Esta é uma condição daestabilidade dos preços ao invés do emprego.”(Keynes, (1996[1936]),p.241)

“Assim sendo, estas influencias atuarão dentro de certos limites, e ostrabalhadores não procurarão um salário nominal muito maior quandoo emprego aumenta, ou preferirão suportar certo grau de desempregoa consentirem numa sensível redução dos salários.” (Keynes,(1996[1936]), p.242-3)

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Condições de estabilidade (flutuações)

Efici• ência marginal do capital reage em sentido contrário às variaçõesprolongadas do investimento

“(iv) Podemos acrescentar uma quarta condição que não se relacionatanto com a estabilidade do sistema como com a tendência de asflutuações, em certo sentido, se inverterem no devido tempo; talcondição é a de que um fluxo de investimento, superior (ou inferior) aoque prevalecia, começa a reagir desfavoravelmente (oufavoravelmente) sobre a eficiência marginal do capital se se prolongarpor um período que, medido em anos, não seja muito longo.”(Keynes,(1996[1936]), p.241)

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Teoria Geral

Condições de estabilidade (flutuações)

Redução• do investimento provoca diminuição da capacidade produtivacom eventual elevação do uso da capacidade instalada, o que estimula aretomada dos investimentosElevação• do investimento, ao elevar a capacidade produtiva, pode,eventualmente, gerar capacidade ociosa, o que desestimula novosinvestimentos

“Nossa quarta condição, que não é tanto de estabilidade como de recessão ede recuperação alternadas, baseia-se, simplesmente, na presunção de que osbens de capital datam de épocas diversas, gastam-se com o tempo e nemtodos são muito duráveis; assim, se o fluxo de investimento cai além de certonível mínimo, basta certo lapso de tempo (à falta de grandes flutuações emoutros elementos) para determinar, na eficiencia marginal do capital, umaalta bastante forte para que se restabeleca o fluxo de investimento acimadesse mínimo. E, naturalmente, de modo similar, se os investimentos sobema um nível maior que antes, basta igualmente certo lapso de tempo paradeterminar na eficiencia marginal do capital uma baixa suficientemente fortepara provocar uma recessão, a não ser que mudancas compensadoras seproduzam em outros fatores.” Keynes, (1996[1936]), p.243)

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Teoria Geral

Desemprego e Política Econômica

Situação• de desemprego crônica deve ser combatida por meio do usode políticas econômicas

“Não devemos, porém, concluir que a posição intermediária assimdeterminada pelas tendências “naturais”, a saber, pelas tendênciasque provavelmente persistirão à falta de medidas expressamentedestinadas a corrigi-las, corresponda a uma situação inevitável. Opredomínio das condições anteriores é um fato observado no mundo,tanto no presente como no passado, mas não um princípio necessárioque não possa ser modificado.”(Keynes, (1996[1936]), p.243-4)

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