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    Modelos Tericos da Psicologia Social

    Comunitria - Preveno e Promoo

    M. Manuela de Amorim CalheirosM. Manuela de Amorim CalheirosM. Manuela de Amorim CalheirosM. Manuela de Amorim Calheiros

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    Preveno e Promoo

    As abordagens reconstrutivas so inadequadas na reduo dos problemas

    sociais e de sade:

    1) 15 a 20% de crianas e famlias precisam dos servios de sade mental;

    2) Nveis de HIV, gravidez em adolescentes, consumos excessivos, pobreza,

    suicdios nveis mais elevados da histria.

    3) Abordagem reconstrutivas e individualizada muito dispendiosa (1 dlar na

    preveno poupa 3-10 gastos na interveno).

    Calheiros M.

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    Preveno e Promoo

    Definio

    O que define os programas de preveno a sua intencionalidade (Cowen,

    1980).

    Intencionalidade implica que os objectivos e estratgias de mudana

    advenham directamente de teorias e da investigao que se refere aos

    caminhos da disfuno e adaptao (Felner e Felner, 1989).

    Objectivo imediato da preveno: modificar os processos que conduzem

    inadaptao, assim como reduzir o problema alvo.

    Critrio de intencionalidade : especificar o processo causal que vai ser

    mudado. Escolher estratgias de interveno que influenciam estes processosde forma a reduzir o risco, a promover resilincia e a reduzir a disfuno.

    Calheiros M.

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    Preveno e Promoo

    Preveno e investigao causal

    2 maneiras de o fazer:

    1) criar condies na vida das pessoas que induzam disfuno

    2) localizar pessoas que esto expostas a condies de risco . Modificarsistematicamente estas condies nas direces desejadas para mostrar

    que quando as mudanas so feitas, a reduo na disfuno ocorre.

    Calheiros M.

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    Modelos de preveno combinados (extenso de outros tipos de interveno)

    Origem modelos de sade pblica. O termo preveno engloba as vrias

    formas de interveno ligadas aos servios tradicionais de sade e

    interveno social.

    Preveno terciria focalizada nas pessoas que tm disfuno.

    Objectivos: reduzir a disfuno a nvel individual e pessoas significativas

    Preveno secundria focalizada nas pessoas que mostram sinais de

    disfuno.

    Objectivos: reduzir a intencionalidade, severidade e durao da disfuno.

    Procura identificar indivduos em risco

    Preveno primria Procura reduzir a incidncia de novos casos com

    disfuno. O seu alvo a populao inteira e no indivduos particulares.

    Calheiros M.

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    Preveno e PromooModelo nico

    Abandono da linguagem tradicional:

    Preveno terciria = tratamento

    Preveno secundria = interveno precoce

    Preveno primria = preveno

    Estatuto nico da preveno (Definio)

    1 - Natureza da interveno antes do facto

    2 - Focaliza-se na populao e nas massas mas no necessariamente em

    todas

    Calheiros M.

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    Preveno e PromooSeleco da populao - Gordon (1983)

    - Intervenes universais: desenhada para todos os segmentos da

    populao;

    - Intervenes selectivas: subpopulaes que so caracterizadas porpartilharem algum tipo de exposio a factores de risco epidemiolgicos;

    - Intervenes indicadas: grupos de indivduos expostos a situaes de risco

    crianas de pais adolescentes ou pais com problemas sociais e

    emocionais, pessoas em transies de vida major.

    Ao contrrio das populaes universais e selectivas as intervenes indicadas

    esto focalizadas em indivduos especficos que j manifestam nveis pr-

    clnicos de disfuno. Por isso cada vez mais estas intervenes so

    designadas de precoce.Calheiros M.

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    3) Focos da mudana uma vez que a interveno se d antes do facto no

    reduz as disfunes mas altera, aumenta ou reduz as condies envolve

    uma alterao sistemtica e a modificao dos processos relacionados com

    o desenvolvimento de adaptao e de bem estar, ou desordem, atravs de

    processos de aumento e reduo, respectivamente.

    4) Focaliza-se na promoo de recursos, bem estar e desenvolvimento

    positivo.

    Calheiros M.

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    Preveno e Promoo

    Este modelo d aos prevencionistas:

    1) a possibilidade de gerirem a evoluo da disfuno duma forma mais

    diferenciada do que a dos modelos lineares;

    2) facilita a compreenso dos problemas alvo e disfunes duma forma que

    no requer explicaes a nvel pessoal para a causa ou para a manuteno

    da disfuno ou problema social que se procura reduzir;

    3) procura a identificao das condies a serem mudadas em todos os

    sectores da populao e,

    4) guia a escolha das condies que devem ser temporariamente afastadas

    de determinado grupo.

    Calheiros M.

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    Perspectiva desenvolvimentista na adaptao e preveno

    Os princpios de desenvolvimento normal so teis na compreenso da

    emergncia da disfuno.

    O primeiro objectivo da preveno so os processos dos desvios de

    desenvolvimento normal, que podem conduzir a disfuno.

    Identificar tarefas:

    Avaliar as formas como os processos de desenvolvimento normal foram

    quebrados na populaes alvo

    Identificar as condies que levam a estas quebras e distoro nos processos

    de desenvolvimentoDesenhar e implementar intervenes, cujo objectivo modificar e corrigir

    os processos de disrupo.

    Calheiros M.

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    Resumidamente h que: Identificar os processos de desenvolvimento normal e que dizem respeito a

    resultados saudveis (sucesso em vez de insucesso acadmico).

    Considerar ento as diferenas entre os processos desejveis e os que

    esto a ser experienciados pela populao.

    A preveno baseada no modelo de desenvolvimento pressupem que

    qualquer criana saudvel, jovem, ou adulto, se exposto a processos de

    desenvolvimento problemticos provavelmente mostram resultados

    problemticos.

    Crtica abordagem demasiado global que no especifica suficientemente ascondies e processos que modelam wellness, resilincia,

    empowerment.

    Calheiros M.

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    Vulnerabilidade, risco, factores protectores

    Muitas perspectivas sobre disfuno defendem a abordagem diathesis-stress.

    Esta abordagem sustenta que os indivduos podem apresentar vulnerabilidade

    gentica ou adquirida no princpio da disfuno.

    Estas vulnerabilidades so o lado da diathesis da equao.

    Elas orientam os indivduos susceptibilidade das condies do meio (stress)

    ou perigo (nveis elevados de desorganizao, estruturas de oportunidade

    restritas, ou perigos) que podem precipitar o princpio da desordem.

    Calheiros M.

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    Proposta alternativa

    1 As condies de risco so em primeira mo de natureza ambiental

    2 As condies ambientais podem ter dois papis distintos como condies

    que predispem e como condies compensatrias.

    Quando as condies ambientais actuam na forma de predisposio

    A) As vulnerabilidades, que so sempre variveis ao nvel da pessoa, esto

    adquiridas. A sua aquisio pode ter como base interaces problemticascom o meio ou a ausncia de exposio a condies e recursos importantes

    para desenvolver o desenvolvimento (ex: interaces precoces

    desajustadas pais-filhos podem conduzir a vulnerabilidades do

    desenvolvimento e atrasos numa srie de reas do funcionamento da

    criana).

    Calheiros M.

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    B) Os recursos e competncias pessoais podem tambm ser adquiridas em

    contextos de desenvolvimento positivos e so tambm variveis ao nvel da

    pessoa. Competncias, recursos e vulnerabilidades podem influenciar a

    probabilidade de um indivduo ser resiliente face ao stress e outras

    condies de risco.

    Calheiros M.

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    Quando as circunstncias do meio actuam como condies compensatrias

    e no como predispositoras, interagem com as vulnerabilidades e

    competncias para travar o princpio de disfunes mais srias.

    As condies protectoras do meio podem actuar de uma forma compensatria,

    reduzindo a probabilidade das vulnerabilidades existentes activarem-se

    quando a pessoa experincia condies de risco (ex: as vulnerabilidades

    adquiridas podem tornar um indivduo susceptvel ao desenvolvimento deuma disfuno durante uma mudana de vida major).

    Se estas mudanas ocorrem num contexto no qual a pessoa recebe suporte

    adicional e recursos externos de coping tais dificuldades podem ser

    travadas apesar de a pessoa trazer altos nveis de vulnerabilidades

    adquiridas.

    Calheiros M.

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    Implcito a esta viso dos caminhos da disfuno que:

    - A exposio a condies de risco ou a aquisio de vulnerabilidades no

    sinnimo de princpio de disfuno;

    - Nem a exposio a factores protectores ou a aquisio de competncias sinnimo de sade e resilincia.

    - Existem elementos sequenciais interactivos das trajectrias de

    desenvolvimento para a disfuno e bem estar que so alvos directos paramudana na programao preventiva.

    - Enquadrada nesta forma a preveno pode incluir vrias estratgias que

    atinjam as causas e factores que contribuem para a disfuno, todos elas

    quantificados como antes-do-facto.

    Calheiros M.

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    Preveno e Promoo

    Incluem:

    1- Reduo das condies de risco ou aumento dos factores protectores;

    2- Directamente, ou indirectamente atravs da etapa anterior, reduzir a

    incidncia das vulnerabilidades ao nvel da pessoa ou aumentar as

    competncias e os recursos pessoais;

    3- Alterar as condies de risco e os factores protectores que interagem com

    as vulnerabilidades e recursos adquiridos para travar o princpio de uma

    disfuno mais grave, ou para produzir resilincia face a desafios mais

    graves.

    Calheiros M.