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UNIVERSIDADE LURIO FACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE LICENCIATURA EM MEDICINA DENTARIA

2. Traumatismo Dentario

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UNIVERSIDADE LURIOFACULDADE DE CIENCIAS DE SAUDE

LICENCIATURA EM MEDICINA DENTARIA

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TRAUMATISMO DENTARIO INFANTIL

AUTORES:Ana Paula PenicelaArmindo MajongnheAssia Ussene

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INTRODUÇÃOOs traumatismos dentários são situações de urgência

odontológica que impõem ao profissional um atendimento rápido. A incidência deste tipo de injúria varia de 4 a 30% na população em geral. As injúrias dentais podem estar associadas a fracturas ósseas, injúrias aos tecidos moles e de sustentação, lesões da face e outras partes do corpo. Os traumas dentários, principalmente aqueles que envolvem os dentes anteriores, influenciam a função e a estética do indivíduo, afectando seu comportamento. O trauma dentário é uma ocorrência que além da dentística e endodontia pode envolver outras especialidades odontológicas tais como cirurgia, periodontia, prótese e ortodontia.

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OBJECTIVOSGeral:Identificar e descrever os traumas dentários infantis.

Específicos: Identificar os traumas dentários mais comuns e as

respectivas faixas etárias;Descrever os principais factores de riscos;Classificar e caracterizar os traumas mais comuns;Enunciar os métodos de prevenção dos traumas

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Trauma dentário é qualquer impacto sobre as estruturas dentárias ( o dente, osso alveolar, tecidos de suporte e tecidos moles), que pode levar alterações na coloração do dente, caso não haja atendimento imediato. Pode ocasionar perdas dentárias irreparáveis em alguns casos.

A maioria destas lesões ocorre em crianças e adolescentes durante as suas brincadeiras, e em bebés, principalmente na fase em que aprendem a gatinhar e andar.

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Alguns autores defendem que os traumas dentários ocorrem nas faixas etárias de 07 a 24 anos (HAYRINEM-IMMONEM et al., 1990), de 6 a 21 anos (RAUSCHENBERGER; HOVLAND, 1995), de 06 a 17 anos (OULIS; BERDOUSES, 1996), 6 a 11 anos (SAE-LIM et al., 1995) e outros verificam que de 02 a 04 anos e 17 a 18 anos mais susceptíveis aos traumatismos dentários (CARRASCOZ et al., 2002).

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FACTORES DE RISCOS

Uso de instrumentos de sopro;Alguns hábitos: abrir tampa de garrafas com dentes, beber

refresco com garrafa;Quedas;Prática de desportos;Crianças respiradoras bucais e com hábito de sucção dos

dedos.

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Classificação, caracteristiscas e condutas dentárias em fracturas dento-alveolar

Classificação caracteristicas conduta

Fratura em esmalte Perda parcial de esmalte (Figura 1A)

O elemento fraturado deve ser armazenado em soro fisiológico para colagem. Também pode ser feita a restauração convencional

Fratura em esmalte e

dentina

Perda parcial de esmalte e dentina, sem envolvimento pulpar (Figura 1A

O atendimento de urgência deve ocorrer em até três horas após o trauma, com intervenções menos invasivas e melhor prognóstico.

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Fratura coronária Fratura dental envolvendo esmalte, dentina e polpa (Figura 1B e 1C)

O atendimento de urgência deve ocorrer em até três horas após o trauma, com intervenções menos invasivas e melhor prognóstico. Se houver fragmentos, proceder como descrito acima

Fratura de coroa e raiz Fratura de esmalte, dentina, cemento e polpa, podendo ocorrer no sentido axial como horizontal com presença de mobilidade

Se a fratura for no sentido horizontal (Fg2B), pode-se manter o elemento radicular por meio de técnicas de reposicionamento dental.É necessário o tratamento endodôntico pelo risco de necrose pulpar.

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Fratura radicular Fratura envolvendo dentina, cemento e polpa, presença de mobilidade dental

Reposicionamento dental e contenção rígida(21). Pode ser necessária a realização do tratamento endodôntico em alguns casos

Fratura da parede e processo alveolar

Fratura envolvendo a parede óssea do alvéolo envolvendo ou não o elemento dental

Reposicionamento do fragmento e contenção rígida ou semirrígida por 4semanas. Necessidade de acompanhamento odontológico depois de 4, 8, 24 semanas a um ano

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Trauma em esmalte (círculo)

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Trauma em esmalte e dentina (retângulo) (A);

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Fratura coronária

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fratura radicular horizontal (B)

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Fratura coronária e radicular vertical (A

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Classificação, características e condutas para luxação e avulsão dentária

Classificação características condutas

Concussão Lesão de tecidos de suporte sem perda ou deslocamento do elemento dental

Recomendar alimentos macios e, se necessário, contenção semirrígida no caso da

Subluxação Lesão de tecidos de suporte com presença de hemorragia gengival

subluxação ocorrer em mais que dois dentes, para conforto do paciente

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Luxação extrusiva O elemento dental se desloca parcialmente no sentindo axial do alvéolo dental. Presença de sangramento e aparência do dente alongado

Reposicionamento do elemento dental(22) e contenção semirrígida por duas semanas

Luxação lateral Deslocamento irregular do elemento dental do alvéolo dental que pode ser acompanhada por fratura ou esmagamento do osso alveolar

Reposicionamento do elemento dental e necessidade de contenção semirrígida por quatro semanas. Pode ser necessária a realização de tratamento endodôntico

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Luxação intrusiva Deslocamento do elemento dental em relação ao osso do processo alveolar. Clinicamente, a coroa se apresenta encurtada e existe sangramento gengival (Fig2b)

Pode ocorrer a re-erupção dental ou então necessidade de tração ortodôntica do elemento dental

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Avulsão Perda total do elemento dental. Clinicamente, o alvéolo dental fica vazio ou preenchido com coágulo sanguíneo (Figura 3)

O elemento dental deve ser armazenado imediatamente em leite gelado (4oC) para melhor conservação dos ligamentos(23). Também, podem ser usados o soro fisiológico e a saliva. Se reimplantado em menos de 60 minutos, o prognóstico é favorável; porém, se houver demora ou se o dente for mantido seco ou em soluções não indicadas, o prognóstico é desfavorável, levando à perda permanente

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luxação intrusiva (C).

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Avulsão dentária.

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MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Pouco se tem feito para promover informação educativa básica a comunidade quanto ao trauma dentário, causas, consequências e medidas de prevenção. Ao levar o conhecimento a população estar-se-á prevenindo situações de riscos como:

O uso de protectores bucais durante as práticas esportivas, Capacetes para motociclistas e acompanhantes, Cadeiras especiais para o transporte de crianças em

veículos, Evitar o uso de andarinhos para bebés,Não tirar tampas de garrafas com dentes,Evitar golpes na boca e brincadeiras com objectos

perigosos.

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CONCLUSÃOA ocorrência de traumatismo dentário é frequente em crianças

e adolescentes, e o primeiro atendimento ao pa ciente, a conduta correta frente ao trauma e a agilidade para encaminhar o caso ao especialista são de extrema importância para o prognóstico.

O traumatismo dentário não só compromete a integridade da dentição, como também poderá afetar o auto-estima, a qualidade de vida e, dependendo do caso, acompanhar o individuo pelo resto da vida. Por isto, é importante conhecer e realizar os primeiros socorros adequados no momento da emergência.

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Recomendações • Para à família• A família do paciente deve ser orientada em relação aos cuidados a

serem tomados com a criança, após o tratamento inicial do traumatismo dental, principalmente em relação à

• higiene bucal, com o objetivo de promover uma boa cicatrização. De acordo com Flores(2002), as principais orientações são:

• dieta branda • escovação dos dentes após cada refeição com escova macia,

devendo esta ser orientada pelo profissional; • uso tópico de clorexidina duas vezes ao dia, durante uma semana • informar sobre possíveis complicações que possam surgir, tais

como:aparecimento de fístula vestibular e alteração na coloração da coroa associada à fístula. Holan, Ram

• (1999) acrescentam, ainda, que, em caso de intrusão,deve-se evitar o uso de chupetas e mamadeiras, como objetivo de permitir a reerupção espontânea do dente• intruído.

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Protector bucal

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Para o profissional O médico deve fazer acompanhamento pós –traumatismo,o

acompanhamento pós-traumatismo deverá ser realizado através de exames clínicos e radiográficos, de acordo com cada caso.

O primeiro controle deve ser realizado na primeira semana,com a finalidade de se avaliar cicatrização, higiene bucal e infecção. Para Kenwood, Seow (1989), a freqüência das reavaliações vai depender do tipo do trauma e da idade da criança. Ben Bassat, Brin,Zilberman.

O acompanhamento de longo tempo são necessárias em traumatismos mais

severos, como as intrusões e as avulsões, ocorridas em crianças menores de dois anos de idade. Para os mesmos autores, distúrbios de desenvolvimento,

afetando a coroa e raiz, assim como os que afetam a orientação da erupção do dente permanente devem ser diagnosticados precocemente, com o objetivo de

se estabelecer um atendimento multidisciplina.

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BIBLIOGRAFIAGUEDES-PINTO.António

Carlos.Odontopediatria.6Q edição http/www.actiradentes.com.br/45revistaATO-

trauma-dental-aspectos-2006.pdf http/www.atiladores.com.br/tigre/doc/traumas-

dentarios-01.pdf http/www.odontologiamarisa.com.br/artigos/

trauma.pdf http/www.rbaoline.com.br/files/rba/jul99268.pdf http/revistacirurgiabmf.com/2003/v3n2/pdf

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