RETROSPECTIVA20

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NOVE DÉCADAS DE VIDA, CINCO DE COOPERATIVA

AS LENTES CRIATIVAS DE QUEM VIVE A AGRÁRIA

JORGE KARL É CONDECORADO COM A ORDEM DO PINHEIRO

BRIGADA DE EMERGÊNCIA PADRÃO BOMBEIROS

Dr. Sanches fala sobre as impressões em seus quase 50 anos de Agrária

A Cooperativa premiou os finalistas da primeira edição do Concurso Foto Cooperativa

Presidente da Agrária estende comenda a todos os envolvidos no desenvolvimento da Cooperativa

Os 160 membros da brigada da Agrária passaram por mais de 200 horas de treinamento

revista EDIÇÃO 612.2015

RETROSPECTIVA 2015

PRÊMIOFRANZ JASTER

PRÊMIO FOTO COOPERATIVA

Dr. Sanches: 90 ANOS DE IDADE, 47 DE AGRÁRIA

Pelo terceiro ano, a Agrária premia as melhores matérias jornalísticas sobre o WinterShow

Colaboradores e cooperados que participaram da primeira edição do concurso fotográfico receberam prêmios

O advogado Edison José Sanches, há quase cinco décadas na Cooperativa, completou 90 anos em novembro

Revista Agrária traça linha do tempo dos fatos mais marcantes que ocorreram na Cooperativa ao longo do ano

FOTO COOPERATIVA: Seção dobra o número de participantes, em relação a 2014: são 71 imagens publicadas ao longo deste ano

ORDEM DO PINHEIRO: Presidente Jorge Karl estende comenda a toda a Agrária.

UMA SUPER BRIGADA DE EMERGÊNCIA: Com mais de 200 horas de treinamentos ao ano, os cerca de 160 brigadistas da Agrária estão preparados para qualquer situação

ÍNDICE

Exp

ed

ien

teREVISTA AGRÁRIA

ANO I | Edição 6 | Dezembro de 2015

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO E IMPRENSA AGRÁRIAA Revista Agrária tem por objetivo divulgar fatos relevantes pertinentes à Cooperativa Agrária Agroindustrial. É produzida e publicada mensalmente pela equipe de jornalistas da assessoria de comunicação e imprensa da Cooperativa.

Jornalista responsável e editor-chefe:Klaus PettingerMatérias e fotos:Harald Essert e Klaus Pettinger

Diagramação e Direção de Arte:Roberto Niczay - Arkétipo Agrocomunicaçãowww.arketipo.com.brImpressão: Gráfica Positiva e EditoraCascavel - PR.Contato Publicitário: Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457

Tiragem: 2.000 Exemplares.Distribuição gratuita.

Os pontos de vista expressos por pessoas entrevistadas e/ou artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da Agrária.

COOPERATIVA AGRÁRIA AGROINDUSTRIAL

Fundação: 5 de maio de 1951Endereço: Praça Nova PátriaColônia Vitória | Entre RiosGuarapuava (PR) | CEP 85.139-400 Contato: klaus@agraria.com.br (42) 3625-8008

Visite o nosso site: www.agraria.com.br

revista

Inegavelmente, 2015 foi um ano atípico sob vários aspectos. O primeiro semestre nem havia acabado, e já se sabia que a marca do ano seria a difícil situação política e eco-nômica. A crise moral e ética em Brasília, o cenário econômico internacional, a alta do dólar, o conturbado mercado brasileiro – a confusão chegou a tal ponto, que se tornou difícil distinguir todos esses elementos.

Não bastasse todo o caos social, o clima também teve comportamento anômalo, com as chuvas desreguladas e o calor excessivo, ambos trazidos pelo El Niño. Em ou-tras palavras, foi um ano difícil para a economia rural como um todo, desde os preços de insumos até os índices de produtividade.

Não obstante, o agronegócio mais uma vez resistiu e, mesmo sem atingir todo o potencial de produção e rentabilidade, foi um dos sustentáculos da economia nacional em 2015. Foi responsável por frear a inflação e por manter empregos.

Se por um lado a crise pode ser angustiante, ela é também uma oportunidade para colocar à prova todos os diferenciais que tornam a Agrária o que é. Certamente o conhecimento pas-sada pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) através da assistência técnica minimizou o potencial danoso das intempéries ao cooperado. A indústria sem dúvida ajudou a rebater os efeitos prejudiciais da economia. E, da mesma forma, o sistema cooperativista em geral mais uma vez se mostrou eficaz para enfrentar adversidades econômicas.

Por essa razão, a Virada de Ano para 2016 deveria ser encarada como uma vitória do trabalho sério, honesto e qualificado, após um ano de provações e aprendizados. A maior li-ção talvez seja a de que não se deve esperar passivamente por um ano melhor, com cenário político-econômico favorável e clima adequado – porque é bem provável que 2016 não o seja.

O que a experiência de 2015 ensinou foi que as adversidades não afetam tanto os que estão preparados, e a Agrária mostrou ter as condições para se sustentar mesmo diante de torrentes hostis.

Trata-se, portanto, de passar a limpo os conhecimentos adquiridos ao longo do ano, cor-rigindo as falhas e reafirmando os acertos. O que o Brasil precisa, afinal, são exemplos de que profissionalismo, ética e trabalho recompensam.

Assessoria de Comunicação e ImprensaDepartamento de MarketingCooperativa Agrária Agroindustrial

Feliz ano renovado

EDITORIAL

4 Revista Agrária

Oclima de confraternização no Parque Recreativo da Jordão-zinho estampava o orgulho dos finalistas do 3º Prêmio Franz Jaster de Comunicação. Instituído em 2013, o concur-so contou com 37 inscrições e já atinge resultados expres-

sivos no intuito de divulgar tanto os trabalhos desenvolvidos pela FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) quanto o próprio Win-terShow – reconhecido como maior evento de cereais de inverno do Brasil.

Com número recorde de inscrições por par-te de veículos locais, regionais e estaduais, a edição 2015 premiou nove comunicadores, na noite do dia 17 de novembro. Os candidatos das categorias fotografia, jornalismo impresso ou online, radiojornalismo e material televisivo foram avaliados por quatro docentes da Uni-centro – dois do curso de Agronomia (os profes-sores Marcelo Cruz Mendes e Liliam Yamamoto) e dois do de Jornalismo (professores Marcio Fer-nandes e Ariane Pereira).

O Prêmio Franz Jaster de Comunicação, que é promovido pela Cooperativa Agrária, em parceria com a Universidade Estadual do Cen-tro-Oeste, ofereceu um total de R$ 14 mil em prêmios. A categoria com maior número de inscritos foi “fotografia”, com 24 trabalhos. Já a “jornalismo impresso ou online” somou dez participantes. As categorias reportagens radio-

PRÊMIOFRANZ JASTERDE COMUNICAÇÃO 2015

KLAUS PETTINGER

PREMIAÇÃO

Com recorde de trabalhos inscritos, concurso valoriza matérias jornalísticas sobre o WinterShow 2015, em quatro categoria

fônicas e televisivas contaram com dois e um inscrito, respectivamente (veja os primeiros co-locados na página ao lado).

Entre 2013 e 2015, o concurso, que home-nageia Franz Jaster, um dos primeiros e mais importantes pesquisadores da história da Agrária, já premiou 15 veículos diferentes. Des-tes, sete têm abrangência local e oito possuem enfoque regional ou estadual em seu trabalho jornalístico.

O setorista de agronegócio do jornal Gaze-ta do Povo, Carlos Guimarães Filho, estreou no Prêmio Franz Jaster e, de cara, levou a primeira colocação. “O que se observa hoje é que, com os custos de produção altos e o preço das com-modities caindo, a solução é o investimento em pesquisa e tecnologia para o produtor ter via-bilidade no negócio. E nós, da Gazeta do Povo, tentamos levar à capital um pouco do agrone-gócio, trazer quem é o homem do campo hoje. Acho muito importante ter incentivos para a produção de matérias que abordem esse im-portante ramo da economia”, analisou Carlos, cuja reportagem campeã é intitulada “Em meio a ‘quebradeira’, WinterShow aposta em pesqui-sa para garantir qualidade”.

Caso único no concurso, o jornalista Luãn Chagas, que participou das últimas duas edi-ções, inscreveu duas reportagens em cada ano e, sem concorrentes, conquistou a primeira e segunda posições tanto em 2014 quanto em 2015. Apesar das premiações, Chagas lamen-

tou a inscrição solitária. “O espaço comunicacio-nal e a concessão pública do rádio, justamente por ser pública, gera certo compromisso de levar algo às pessoas que seja de engrandecimento, de conhecimento e de novidade. Em Guarapu-ava, as emissoras muitas vezes não têm a pos-sibilidade estrutural de ir atrás da produção de notícias. E por isso um prêmio, como o Franz Jaster é importante: para atrair novos profissio-nais a buscar esse caminho”, destacou Chagas.

As conquistas deste ano vieram graças a duas reportagens radiofônicas: uma com en-foque destinado ao público de frequência AM 560 e outra para ouvintes da Radio Cultura FM 93,7. “Tentamos trazer em uma linguagem específica para cada público, destacando a importância da pesquisa na agricultura para o cotidiano do cidadão, como quando utiliza uma farinha de trigo ou bebe uma cerveja com os amigos”, avaliou o jornalista.

A categoria “material televisivo” também contou com participação única. A reportagem “O WinterShow e o desenvolvimento da agricul-tura”, de Tais Nichele, publicada pela TV Rede-Sul, da Rede Sul de Notícias, conquistou a pri-meira colocação. “Acreditamos que a TV on-line seja o futuro. Estamos inovando e é bem difícil pensar uma matéria sobre o agronegócio ‘fora da caixinha’, sem utilizar termos muito técnicos. Nossa preocupação foi trazer a figura humana, e quem mais está sendo beneficiado pela pes-quisa da Agrária é o agricultor”, avaliou Tais.

5Revista Agrária

PREMIAÇÃO

OBJETIVOS ATINGIDOS

Com a temática “Excelência em cereais de inverno”, a 3ª edição do Prêmio Franz Jas-ter de Comunicação cum-priu novamente o objetivo de valorizar o empenho jor-nalísticos na cobertura do trabalho de pesquisa desen-volvido pela FAPA e difun-dido durante o WinterShow 2015 - realizado pela Co-operativa Agrária entre os últimos 20 e 22 de outubro.“O Prêmio Franz Jaster tem se tornado um evento cada vez mais importante para a Agrária, porque temos atin-gido o objetivo de difundir melhor o trabalho de pes-quisa, que vem sendo feito pela FAPA. Primeiramente, através do WinterShow e, posteriormente, através dos profissionais de imprensa que cobrem o nosso even-to”, observou o presidente da Agrária, Jorge Karl. “Con-seguimos ver a criatividade, dedicação e profissionalis-mo da imprensa e isso tem trazido resultados muito bons, tanto para a Agrária quanto para a Unicentro”. O vice-reitor da Universidade, Osmar Ambrósio de Souza, enalteceu a parceria com a Agrária. “Em um evento dessa natureza, todos os parceiros saem fortalecidos e ganham muito”, afirmou.

1º lugar: Bárbara de Oliveira MirandaSite da AcigFotografia: “O verde do trigo”

2º lugar: Elizabeth MachadoRevista Visual GuarapuavaFotografia: “WinterShow o compartilhamento da excelência em cereais de inverno”

3º lugar: Eliziane DalenogariRede Sul de NotíciasFotografia: “WinterShow 2015: os drones estão chegando”

1º lugar: Carlos Guimarães FilhoGazeta do PovoMatéria: “Em meio a ‘quebradeira’, WinterShow aposta em pesquisa para garantir qualidade”

2º lugar: Andréa AlvesFatos OnlineMatéria: “Especial WinterShow 2015 - Agronegócio está na contramão da crise econômica”

3º lugar: Luciana de Queiroga BrenRevista do Produtor RuralMatéria: “WinterShow contribui para o desenvolvimento regional”

1º lugar: Luãn ChagasRádio CulturaReportagem: “Tendências”

2º lugar: Luãn ChagasRádio CulturaReportagem: “Agricultura de Precisão”

1º lugar: Tais NicheleTV RedeSulMatéria “O Wintershow e o desenvolvimento da agricultura”

CONFIRA TODOS OS VENCEDORES DO PRÊMIO FRANZ JASTER 2015:

Fotografia

Jornalismo Impresso ou Online

Radiojornalismo

Material Televisivo

6 Revista Agrária

SEGURANÇA

Com mais de 200 horas de treinamentos ao ano, os cerca de 160 brigadistas da Agrária estão preparados para as diversas demandas da Cooperativa

Incêndio, vazamento de produtos quí-micos, acidentes de trabalho. Os riscos inerentes a um grande complexo in-dustrial, como o da Cooperativa Agrá-ria, demandam um aparato de segu-rança proporcionalmente eficaz. Com cerca de 160 membros, a Brigada de Emergência da Agrária realizou cerca

de 220 horas de treinamentos ao longo deste ano para atender cada situação da melhor ma-neira possível.

KLAUS PETTINGER

A consolidação dos conhecimentos ocorreu durante o Seminário de Emergência, promovido anualmente para reunir as quatro brigadas de toda a Cooperativa. Entre os dias 7 e 8 de outu-bro, todos os brigadistas passaram por oficinas e uma competição com simulação de situações de emergência. “O Seminário é um treinamento específico, finalizando tudo o que foi treinado durante o ano”, explicou o técnico de segurança do SESMT da Agrária, Michel Lucas de Lima.

A unificação da atuação e conhecimento

das Brigadas Florestal, Pinhão, Vitória e Gua-rapuava tem por objetivo gerar maior sinergia para uma situação real. “Em um atendimento emergencial isso faz a diferença. Tivemos ocor-rências em determinada unidade com apoio de outras brigadas. Vários brigadistas da planta auxiliaram, mantendo um mesmo padrão de atendimento”, destacou.

O Corpo de Bombeiros estabelece normas, que especificam a quantidade de membros e o tipo de treinamento necessário em determina-

BRIGADA DEEMERGÊNCIAPADRÃO CORPO DE BOMBEIROS

7Revista Agrária

SEGURANÇA

da empresa. No caso da Agrária, como os riscos não se restringem ao incêndio, o leque se esten-de para atendimento de acidentes, primeiros socorros e vazamento de produtos químicos, por exemplo.

A amplitude dos treinamentos dos briga-distas da Agrária, juntamente com o aparato técnico disponível, possibilita inclusive o apoio a demandas do próprio Corpo de Bombeiros. “Já tivemos um incêndio em uma época em que o quartel dos Bombeiros estava fechado e a brigada da Agrária, inclusive com apoio de brigadistas que estavam de folga e moravam próximo ao local, fez o combate ao fogo”, ob-servou Michel, em referência a uma ocorrência observada em 2012, na Vila Nova Esperança, na Colônia Vitória. Atualmente, nestes casos específicos, a atuação de apoio da Brigada ocorre sempre sob a coordenação do Corpo de Bombeiros.

RECONHECIMENTOAo contrário do que possa parecer, os brigadistas são co-

laboradores de diversas áreas da Agrária que se dispõem a acumular ambas as funções. “Não é o trabalho deles ser briga-dista. Mas todos são treinados para ter a capacitação de atu-ação em um momento de emergência”, explicou o técnico de segurança. “O padrão de treinamento do nosso brigadista é o mesmo do observado no Corpo de Bombeiros”, acrescentou.

Pelo empenho, disposição e bravura em momentos de riscos, os brigadistas recebem constantemente o reconheci-do perante os demais colaboradores em eventos específicos, como no Evento SER Agrária, realizado em agosto. “Em nome do SESMT, quero agradecer a dedicação e o esforço dos bri-gadistas ao longo deste ano. Estamos em nível muito bom de atendimento e sempre que a Cooperativa, o cooperado e a comunidade precisaram, a Brigada conseguiu atender à altu-ra”, elogiou Michel.

Brigadistas são cumprimentados por instrutor pelo desempenho, durante o Seminário de Emergência 2015

Brigadistas destaque do Seminário de Emergência, no dia 7 de outubro

Brigadistas destaque do Seminário de Emergência, no dia 8 de outubro

Michel Lucas de Lima: “Em nome do SESMT, agradeço a dedicação e o esforço de todos os brigadistas ao longo deste ano”

COMO SER BRIGADISTAPara ser brigadista na Agrária, o interessado pela vaga, que é concorrida,

deve se manifestar ao superior imediato. Em janeiro serão divulgadas as vagas para novos membros pelo SESMT. Os candidatos passam por diversos exames e provas específicas, antes de serem aprovados.

8 Revista Agrária

Implantação da 2ª Onda do Projeto ExcelênciaO Projeto Excelência deu seu pontapé inicial no mês de janeiro – momento chamado de “go live” da 1ª Onda, de um total de três. O programa, que visa reduzir processos manuais, centralizar os dados e facilitar o acesso a informações gerenciais, por meio da implantação da gestão SAP, já realizou etapas importantes de implantação da 2ª Onda, na qual estão sendo abordados os processos industriais e comerciais.

Ireks do Brasil comemora seus 10 anosA convenção anual da Ireks do Brasil em 2015 ocorreu em local especial. Para comemorar os 10 anos da empresa, o encontro foi realizado em Foz do Iguaçu, nos dias 30 de janeiro e 1º de fevereiro. Antes das apresentações com lançamento de produtos, resultados de 2014 e objetivos para 2015, os colaboradores visitaram as cataratas.

Nutrição Animal e Assistência Técnica realizam eventos SinergiaCom o objetivo de garantir a uniformidade na atuação e visão dos representantes comerciais, a Agrária Nutrição Animal realizou um evento Sinergia entre 29 e 31 de janeiro. Compareceram parceiros que representam as 400 cidades de abrangência do Sul do país, além de São Paulo. No dia 17 de março, o setor de assistência técnica promoveu evento semelhante, mas entre auxiliares, agrônomos e cooperados coordenadores de todos os grupos.

Cooperados visitam destinosnacionais e no exteriorA Agrária promoveu diversas viagens técnicas aos seus cooperados ao longo de 2015. O primeiro grupo viajou à Austrália entre os dias 18 e 24 de janeiro. Em seguida, uma expedição foi à Coopavel, em Cascavel, no dia 3 de fevereiro. Outra viagem foi a Passo Fundo (RS), entre 12 e 14 de agosto. E um grupo viajou às colônias menonitas do Chaco, no Paraguai, entre 22 e 29 de agosto. A última viagem, à Argentina, aconteceu entre 29 de novembro e 5 de dezembro.

HARALD ESSERT

9Revista Agrária

AGO presta contas a cooperados e prospecta 2015A Assembleia Geral Ordinária deste ano, realizada no dia 7 de março, contou com a participação de 119 cooperados no Centro Cultural Mathias Leh. O encontro serviu para prestar contas do exercício 2014 e definir assuntos estratégicos para 2015. Foram ainda eleitos os novos conselheiros fiscais.

1.500 visitantes participam do Dia de Campo de Verão 2015A edição 2015 do Dia de Campo de Verão, realizada nos dias 4 e 5 de março, contou com cerca de 1.500 participantes, que visitaram os 33 estandes, assistiram às palestras técnicas e viram as dinâmicas de máquinas.

Inaugurada cervejaria experimental da Agrária MalteEstrutura inovadora no Brasil, a cervejaria experimental da Agrária Malte, voltada ao teste e aperfeiçoamento da produção da Cooperativa e seus clientes, foi inaugurada em solenidade realizada em 15 de março.

Dias de Campo Regionalizados da FAPAEm 2015 a FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária) realizou novamente os Dias de Campo Regionalizados, em fazendas de cooperados e nos campos experimentais da FAPA. Foram dois de verão, nos dias 24 e 25 de março, nas fazendas Murakami e Casa Verde, em Candói, Fazenda Fundo Grande, em Pinhão, e na FAPA. Os dois de inverno ocorreram nos dias 30 de outubro, na Fazenda Fundo Grande, e 6 de novembro, na Fazenda Caracu, em Candói, e na FAPA.

Prêmios e publicações nacionais destacam CooperativaMais uma vez a Cooperativa se destacou em prêmios e publicações nacionais. Em abril, o presidente Jorge Karl recebeu o troféu “Cooperativas Orgulho do Paraná”, prêmio organizado pelo sistema Ocepar. Em novembro, uma campanha publicitária da Agrária Farinhas Especialíssima, realizada pela agência Arkétipo Agrocomunicação, ficou em segundo lugar no Prêmio GRPCOM de Criação 2015. Além disso, a Cooperativa mais uma vez teve destaque nas revistas Exame, Amanhã e Valor 1000.

10 Revista Agrária

Agrária é parceira em usina no Salto CurucacaA Cooperativa é parceira da empresa Santa Maria Papel & Celulose na construção e futura administração de uma usina hidrelétrica em construção no Salto Curucaca, no rio Jordão. O Conselho de Administração, a superintendência e o departamento de estratégia corporativa da Agrária visitaram as obras no dia 6 de abril.

Programa PAIS completa 10 anos de existênciaAo iniciar a 11ª edição em abril, o PAIS (Programa Agrária de Integração Solidária) completou dez anos de ação social. Lançado no início de abril, o programa contou com uma novidade: a logomarca reestruturada, que acompanhou o processo de branding corporativo da Agrária. Em 2015, o PAIS deu apoio a quatro instituições sociais de Guarapuava e região, além do Hemocentro e do Projeção (Projeto Jovens em Ação).

Hospital Semmelweis é certificado em programa estadual de higieneEm abril, o Hospital Semmelweis foi certificado no “Mãos Limpas, Paciente Seguro”, da Secretaria Estadual da Saúde, com o foco de orientar os profissionais de saúde sobre higiene. No dia 5 de maio, Dia Mundial da Higienização das Mãos, o hospital reforçou essa mensagem com uma campanha denominada “Mãos limpas salvam vidas”.

Agrária sedia Fórum dos Presidentes de Cooperativas do ParanáOrganizado pela Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), pela primeira vez o Fórum dos Presidentes de Cooperativas 2015 foi sediado pela Cooperativa Agrária. Participou do evento – realizado nos dias 27 e 28 de abril, um total de 33 cooperativas, com 74 representantes, entre presidentes e diretores.

Programa “De Olho” reduz acidentes com afastamentoImplantado em 2014 com o intuito de zerar os acidentes de trabalho com afastamento na Agrária até 2018, o programa “De Olho” obteve resultados consideráveis em 2015. Até o fechamento desta edição, ocorreram três afastamentos ao longo do ano, contra 25 no ano anterior. O programa visa fazer os colaboradores pensar sobre os próprios riscos ocupacionais, em vez de advertir e punir.

Agrária avança no âmbito do Seis SigmaEm 2015 foram treinados 26 novos Greenbelts e outros 17 foram recomendados para certificação, na Agrária. Além disso, um avanço importante foi a qualificação dos profissionais para ministrar internamente o treinamento de Greenbelt. Com isso, a Cooperativa chegou a 47 Greenbelts e dois Blackbelts certificados. O Seis Sigma é um programa voltado a capacitar os profissionais da Agraria a resolver problemas críticos e obter resultados significativos para os negócios.

11Revista Agrária

Festas típicas ressaltamcultura suábia em Entre RiosVárias atividades culturais foram organizadas este ano pela Fundação Cultural Suábio-Brasileira. Entre elas, as tradicionais Árvore de Maio e Festa da Cevada (que inclui a Noite Culural, a Peixada com baile suábio e o almoço com Gulasch), mas também a Oktoberfest do Jugendcenter e uma celebração no Dia da Imigração Alemã no Brasil (25 de julho).

Cooperativa homenageia colaboradores no Dia do TrabalhadorAnualmente, a Agrária realiza a Festa do Trabalhador, e homenageia os colaboradores com mais tempo de serviço. Em 2015, foram reconhecidas 48 pessoas pelo empenho e dedicação de longa data. Além de uma placa de agradecimento, cada homenageado ganhou um vale-jantar e um vale-presente das mãos da diretoria.

Café Bávaro marca 64 anos da Cooperativa AgráriaO dia 5 de maio mereceu uma celebração com café bávaro servido aos cooperados, em especial aos pioneiros. Afinal, havia exatos 64 anos, nascia a Cooperativa Agrária. O evento teve a participação de cerca de 200 convidados, e contou com pratos típicos da gastronomia do Sul da Alemanha, como Weisswurst, Pretzel e bolo de maçã. O coral suábio apresentou canções em idioma alemão para animar o momento.

Abser e Projeção celebram ano especialO Projeção (Projeto Jovens em Ação), que atende crianças e adolescentes no contraturno escolar, e a Abser (Associação Beneficente das Senhoras de Entre Rios), entidade que mantém vários projetos sociais no distrito, completaram idades importantes em 2015. A Abser celebrou seus 25 anos de existência com um almoço no Clube da Colônia Samambaia, em 7 de junho, enquanto o Projeção realizou uma festa, no dia 25 de abril – ambos eventos com caráter beneficente.

Quatro décadas de JugendcenterPara celebrar seus 40 anos de existência, em 6 de junho, o Jugendcenter realizou uma festa temática chamada “De volta ao passado...”. As músicas e a decoração do evento representaram quatro décadas distintas: anos 1960, 70, 80 e 90.

Unidade Florestal inicia cavaqueamento deárvores inteirasA Unidade Florestal da Agrária começou este ano a produzir cavaco – processo que possibilita a colheita mecânica das florestas, além de possibilitar a entrega em volumes planejados. O objetivo é reduzir a dependência do mercado externo de cavaco para geração de energia.

12 Revista Agrária

Agrária e Weyermann® celebram 10 anos de parceriaA Agrária fez uma homenagem à maltaria alemã Weyermann® no dia 12 de junho, pelos 10 anos de parceria para comercialização de maltes especiais e extratos de malte no mercado brasileiro. O diretor-financeiro Arnaldo Stock e o superintendente da Cooperativa, Adam Stemmer, presentearam a representante da empresa alemã, Franziska Weyermann, com um quadro comemorativo.

Planejamento de endomarketing é apresentado aos colaboradoresDurante o Evento SER Agrária, de 25 a 28 de agosto, foi apresentado o planejamento de endomarketing, em uma ação conjunta entre o Marketing e a Gerência de Gente e Gestão. O planejamento unifica todas as ações dentro da Agrária que são feitas em prol do colaborador.

Homenagens e inaugurações aos 30 anos do DanúbioUm evento especial celebrou os 30 anos da Associação Esportiva Danúbio no dia 17 de setembro. Além de homenagens aos sócios-fundadores, foi feita a inauguração da Galeria de Títulos e Memórias.

Mais quatro unidades são certificadas pela ISO 9001Ao longo de 2015, outras quatro unidades receberam a certificação ISO 9001: Florestal, Marketing, Agrária Sementes e Auditoria Interna. Entre as unidades da Agrária já certificadas estão a Gerência de Gente e Gestão, Gerência Administrativa e Financeira, FAPA, Gerência Agrícola, Fundação Cultural Suábio-Brasileira e Colégio Imperatriz. A certificação da Gerência de Suporte de Operações e do Hospital Semmelweis ficou para o início de 2016.

Resultados corroboram ensino do ImperatrizAo longo do ano, o Colégio Imperatriz Dona Leopoldina obteve várias conquistas. O “Projeto Voluntariado”, que envolve alunos de 8 a 16 anos em iniciativas de ação social, foi reconhecido pelo Prêmio Nacional de Gestão Educacional. Mesmo sem todos os resultados de vestibular, até o fechamento desta edição 89% dos alunos do 3º ano já haviam sido aprovados em primeira chamada em pelo menos uma faculdade. Em novembro, 100% dos alunos do terceirão foram aprovados na prova de proficiência em idioma alemão, DSD II.

Agrária participa de conferência australiana do agronegócioÚnica cooperativa e única representante da América Latina no evento, a Agrária foi convidada a participar da AGIC (Australian Grains Industry Conference) 2015, entre 27 e 29 de julho, evidenciando mais uma vez que a Cooperativa é referência em seu setor, inclusive no exterior. O presidente Jorge Karl representou a Cooperativa, e palestrou em dois dias, apresentando o “case” Agrária ao público presente, e falando sobre as perspectivas do agronegócio brasileiro.

Evento SER Agrária aborda estratégias para atingir metasDurante quatro dias, de 25 a 28 de agosto, o Evento SER Agrária trouxe conteúdo relevante para reforçar, junto ao colaborador, ao cooperado e à comunidade, as metas da Cooperativa em relação à gestão da qualidade, saúde, segurança e meio ambiente. Entre outras atividades, o evento contou com palestra do velejador Lars Grael e concursos de teatro, paródias e desenho.

Revista surge como resposta a demandas de leitoresA partir de julho de 2015, a Assessoria de Comunicação e Imprensa da Agrária passou a publicar a Revista Agrária, em substituição ao Informativo. A publicação surgiu em novo formato e conteúdo mais moderno, trazendo sugestões de leitores apontadas em uma pesquisa de satisfação.

13Revista Agrária

Capacidade de armazenamento aumentada em 379 mil toneladasA Agrária realizou grandes investimentos em estrutura de armazenamento em 2015. Na unidade Vitória, a construção de 12 novos silos totaliza um acréscimo de 60 mil toneladas. Na unidade Guarapuava, são 18 novos silos, que, juntos, somam 54 mil toneladas de capacidade. Além disso, o novo graneleiro, que deve ser concluído em março de 2016, poderá armazenar 265 mil toneladas.

PACR ganha novos contornosO PACR (Programa Agrária de Certificação Rural) começou a ser reformulado em 2015, de modo a atender de forma mais completa as necessidades de gestão do cooperado, e ainda oferecer aos clientes da Agrária os diferenciais que eles requerem em termos de sustentabilidade. Uma das novidades é a inclusão da certificação em gestão da produção rural.

Pesquisadores da FAPA lançam novos produtosO ano foi bastante produtivo para a FAPA. Além do livro “Fertilidade do solo e seu manejo em plantio direto no Centro-Sul do Paraná” da pesquisadora Sandra Fontoura, foram lançadas novas cultivares, como a cevada ANAG 01, desenvolvida por Noemir Antoniazzi, os nabos forrageiros Pé de Pato e Trado, de Juliano Almeida, e a soja Produza, de Vitor Spader.

Prêmio Franz Jaster tem númerorecorde de inscritosCom 37 trabalhos jornalísticos inscritos, o Prêmio Franz Jaster de Comunicação, que valoriza matérias que falem sobre o WinterShow, chegou à terceira edição em 2015. Os finalistas nas quatro categorias (fotografia, jornalismo impresso, radiojornalismo e material televisivo) foram premiados em evento no dia 17 de novembro, no Parque Recreativo Jordãozinho.

Construção da Maltaria IIIEste foi o ano em que ocorreu a maior parte das obras da terceira torre de malteação da Agrária Malte, iniciada em 2014. A previsão é que a Maltaria III comece a operar em março de 2016, com os primeiros testes, denominados comissionamento seco e úmido.

Concurso fotográfico para colaboradores e cooperadosA Agrária promoveu um concurso fotográfico amador, denominado 1º Concurso Foto Cooperativa. Fotos enviadas ao Informativo ou à Revista Agrária concorreram automaticamente. E fotos sobre cereais de inverno ou o WinterShow 2015 podiam ser inscritos pelo site. Os ganhadores foram revelados em cerimônia no dia 10 de dezembro.

Palestras atuais no WinterShow 2015Maior evento de divulgação de conhecimento e tecnologias agrícolas da Agrária, o WinterShow 2015 contou com um público de mais de 4 mil visitantes. Foram lançadas novas cultivares, apresentados resultados de pesquisas, realizadas dinâmicas de máquinas e ministradas palestras com pessoas de renome, como o economista e comentarista Ricardo Amorim, e o professor Dado Schneider. Outro convidado foi o agrometeorologista Gilberto Rocca da Cunha. O secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara, prestigiou a abertura do WinterShow.

14 Revista Agrária

90 ANOS DE VIDA,47 DE AGRÁRIADr. Sanches, que completou 90 anos em 2015, conta como é trabalhar na Agrária há quase cinco décadas, e suas impressões sobre o desenvolvimento da Cooperativa e da comunidade nesse tempo

HOMENAGEM

15Revista Agrária

uantas experiências podem se acumular em 90 anos? Segundo o advogado Edison José Sanches, em nove déca-das é possível vivenciar mui-

tas facetas da vida, aprender novas profissões e mudar de ares várias vezes, sem nunca deixar de fazer amigos. O principal é manter o ânimo. E para o Dr. Sanches, é o trabalho que dá gosto à vida, e torna os dias mais prazerosos.

“Não pretendo deixar a Cooperativa, nem deixar de trabalhar. A não ser quando Deus quiser me levar. E eu sinto que se não traba-lhar, eu vou mais ligeiro”, riu, recostando-se no

escritório em que passou quase 50 anos. “O trabalho me dá prazer. Sinto-me bem traba-lhando. Se trabalhar à noite e aos domingos for pecado, estou ralado”.

CARREIRANatural de Capivari (SP), Dr. Sanches

passou boa parte da vida na cidade de Pru-dentópolis, onde foi guarda-livros. “Não era contador, mas técnico em contabilidade, ou guarda-livros mesmo”, enfatizou. Mais tarde se formou em Direito, e passou a exercer tanto a advocacia quanto a contabilidade. Cuidava principalmente das contas de várias indústrias de serraria, e em determinada época “estava metido em política”, como descreveu. Chegou a se candidatar a prefeito de Prudentópolis, em 1958. “Eu ainda era moço e idealista, não tive tempo de me corromper. Era metido a en-direitar o mundo. E quando comecei a perce-ber interesses escusos em muitos eleitores e companheiros de política, me perguntei ‘o que estou fazendo aqui?’”.

A época em que Dr. Sanches teve dúvidas sobre sua carreira política coincidiu com uma migração de várias empresas, suas clientes, para Guarapuava. Esses empresários, que con-fiavam em seu trabalho, convidaram-no a se mudar também. Com isso, não teve dúvidas. “Resolvi pagar o vale – renunciei à candidatu-ra, e vim para Guarapuava”, contou.

Segundo Dr. Sanches, naquela época ha-via ele e outros nove advogados na cidade. Mas sua carta de clientes começou a crescer rapidamente, devido à extrema dedicação ao trabalho. “Eu era mais acostumado a trabalhar dia e noite. Cobrava honorários razoáveis, mas com muito trabalho eles também rendiam, e assim consegui ganhar bem como advogado”, narrou. “Comecei a progredir bem em Guara-puava, e então achei totalmente acertada a minha mudança para cá”.

COOPERATIVAPouco tempo após se mudar, em 1960,

fez amigos entre os cooperados da Agrária. E alguns anos mais tarde, em 1968, Dr. Sanches foi convidado a trabalhar na Cooperativa, pelo então presidente Mathias Leh. “Eu trabalhava muito, porque estava sozinho”, lembrou. “Hoje a Cooperativa conta com vários advogados, mas durante uns 30 anos era só eu, e fazia tudo. Trabalhava meio-dia e noite, e sempre deu tudo certo”.

O advogado relembra orgulhoso que, em seus anos de Agrária, jamais perdeu uma

Q

ação, mas evita levar o crédito integral. “Sem-pre foram causas justas. Além disso, havia me-lhores juízes naquela época, mais preocupados com o deslinde justo da questão. Tudo isso me ajudou”.

Perguntado sobre os momentos mais marcantes em sua carreira na Cooperativa, Dr. Sanches não mencionou nenhuma época específica. Em vez disso, respondeu que, para ele, o melhor de tudo é justamente o dia a dia, o convívio diário com os colegas, cooperados e diretores. “Sentar com os colegas de trabalho, cada um querendo uma coisa, e eu atendendo a todos. Tenho uma amizade com todos, e me sinto muito bem. Tenho uma consideração es-pecial pela diretoria, e eles também são muito gentis comigo, me consideram, e eu acho isso muito importante”.

Mas de fato um momento foi especial. O advogado falou com emoção da festa de aniversário que a Cooperativa realizou para ele, no dia 3 de novembro. Ao contrário do costume que existe entre os colaboradores, de trazer comes e bebes para os colegas no próprio aniversário, foi a Agrária que agraciou o Dr. Sanches com uma merecida festa pelos seus 90 anos, com bolos, salgados e cerveja sem álcool.

Mesmo assim, ele não perde a chance de fazer graça. “Depois disso tornou-se lei que quem fizesse 90 anos trabalhando na Agrária ganharia uma festa [risos]. Só que eles não sa-biam que, fazendo essa nova regra, eles terão que pagar muita festa para mim. Porque eu ainda pretendo ir longe”.

CRESCIMENTOCom tanto tempo de Cooperativa, Dr.

Sanches teve a oportunidade, como poucos, de observar diretamente o desenvolvimento da Agrária. “Quando eu entrei, já havia in-dústria, a Cooperativa já era forte”, destacou. “Mas o que eu sempre apreciei foi que eles [os fundadores] vieram ao Brasil fugidos da guer-ra, começaram arando a terra com animais, e através de muito trabalho conseguiram pro-gredir rápida e constantemente. Dali para cá melhorou muito, e já faz bem mais de 20 anos que a Agrária é uma grande cooperativa”, acrescentou.

Em sua opinião, o maior crescimento ocorreu na última década. “Assumiu uma dire-toria com gente mais jovem, muito dedicada, que tem sido muito bem-sucedida. Posso ver que a Cooperativa tem progredido bastante dali para cá, e com um futuro muito promis-sor pela frente”.

HOMENAGEM

HARALD ESSERT

16 Revista Agrária

CONCURSO PREMIA VISÃO DE COOPERADOS E COLABORADORES SOBRE A AGRÁRIA

KLAUS PETTINGER

Oque há por trás de uma foto? A técnica de “desenhar com a luz” nunca foi tão simples. Atualmente, basta tirar o ce-lular do bolso, abrir o aplica-tivo, apontar para o motivo e disparar. Mas há algo funda-

mental inerente às melhores imagens: a sen-sibilidade de transmitir para um arquivo digi-tal o que os olhos apreciam naturalmente.

Os 12 finalistas do 1º Concurso Foto Coo-perativa, promovido pela Agrária, retrataram fielmente a percepção de cooperados e cola-boradores acerca do cotidiano agrícola. Aliás, as 107 imagens julgadas na edição inaugural lograram êxito neste sentido. Em cerimônia realizada no dia 10 de dezembro, no foyer do

CONCURSO FOTO COOPERATIVA

Centro Cultural Mathias Leh, o setor de asses-soria de comunicação e imprensa premiou os mais bem classificados nos quesitos composi-ção, estética e criatividade.

E os resultados surpreenderam. Um ar-co-íris “saindo” da chaminé inativa da Uni-dade Vitória representou um flagrante es-teticamente belo e repleto de simbolismos. Uma plantação com linhas em perspectivas profundas ofereceu uma tridimensionalidade desconcertante a uma foto, que sempre será bidimensional. Cereais de inverno a balouçar ao vento em área de pesquisa da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária concebe-ram uma ode à natureza guarapuavana. A bela composição esteticamente criativa, con-trastando cereais de inverno no campo com

grãos de milho, reúne de uma só vez os três quesitos exigidos pelo concurso.

As descrições que representam os vence-dores das quatro categorias (contemple nas páginas 18 e 19) são exemplos de criações amadoras, mas que certamente, assim como dezenas de outras imagens enviadas ao con-curso, impressionam pela qualidade. “Há imagens que nós, como profissionais, deixa-ríamos passar batido. Houve resultados bem bacanas”, elogiou o fotógrafo profissional de Guarapuava, Will Kovaliu, um dos jurados do concurso.

A proximidade com o cotidiano agrícola e suas paisagens naturais inspiraram coopera-dos e colaboradores, que, apesar da qualidade dos cliques, nunca fizeram um curso na área.

17Revista Agrária

OPINIÃO DOS JURADOS

CONCURSO FOTO COOPERATIVA

“Comecei fotografando o jardim da casa da minha mãe, logo depois de adquirir minha pri-meira câmera. A partir de então, gosto muito de tirar fotos da natureza”, explicou o analista de serviços da TI, Andrey da Silva, vencedor da categoria “WinterShow 2015 & Cereais de In-verno” para colaboradores.

“A simpatia pela fotografia já vem desde que eu era criança, adorava tirar fotos. Desde então sempre dedico um tempo para fazer isso. Principalmente nos fins de tarde”, ex-

ALMIR SOARES JÚNIORO mais importante é ter um concurso, que motiva os amantes da foto-grafia para que participem cada vez mais no próximo ano. Já percebi um grande cuidado aos detalhes, aos enquadramentos, nestas fotos. É muito legal ver que cada um fotografou o ambiente no qual convive, trabalha. Com essas imagens ele (cooperado ou colaborador) mostra aos demais como é o dia a dia e o ambiente de trabalho dele. E com isso, o importante é o registro da época. É difícil a equipe da Agrária fazer todo o acompanhamento das propriedades, de tudo o que está ocorrendo. Incentivando cada colaborador e cooperado a fazer fotos, vocês (assessoria de imprensa) têm um arquivo muito importante.

KALLYANDRA ÁGATHAA nossa região tem bastantes lugares diferentes, mas outros muito iguais também. O importante é tentar buscar diferenciais, explorar mais, porque existem muitos locais lindos, principalmente em Entre Rios. Senti falta de fotos aéreas, hoje em dia está mais fácil. E até imagens panorâmicas. São recursos que, com criatividade, possibilitam belas imagens. (Nas fotos do concurso) foi possível ver que alguns esperaram o momento certo, dos raios do sol mais bonitos, depois que chove o sol fica com uma cor legal. Também gostei muito dos desfoques e do cuidado com as cores.

WILL KOVALIUAchei a iniciativa bem legal, porque este público (cooperados e colaboradores) sai bastante a campo e tem a opor-tunidade de fazer ótimos cliques. E é muito bom ver a Agrária incentivar porque se vê bastantes paisagens bonitas. Inclusive, tem imagens que a gente, como profissional, deixaria passar batido. Houve resultados bem bacanas. A dica que damos é ter um pouco de autocrítica e estudar, conhecer as técnicas e ver algumas referências. Hoje até mesmo os celulares têm muitos recursos, como ajuste de foco, luz e o pessoal muitas vezes nem sabe. Um concurso como este é muito importante, porque hoje em dia todos tiram fotos para postar na internet. Mas se for para concorrer a um prêmio, a pessoa vai pensar um pouco antes de clicar e se policia para caprichar mais.

plicou a colaboradora da Agrária Malte, Dia-na Barbosa da Silva, vencedora da categoria “Foto Cooperativa – Colaboradores”.

A variedade de temas correlacionados às atividades da Agrária gera um leque de possi-bilidades de registro. “Gostamos bastante de fotografar e estamos sempre com o celular em mãos para registrar qualquer momento. Principalmente fotos dos nossos filhos e fa-mília, mas também fotografamos lavouras, plantio, colheita, paisagens”, relatou a coo-

OPORTUNIDADEOs participantes destacaram a impor-

tância de um concurso que gerou nova pos-sibilidade de integração entre a Agrária e seus públicos-alvo. “Importante agradecer a equipe que idealizou essa oportunidade para colaboradores e cooperados enviar fotos. Desconheço empresas que deixam as pesso-as mostrarem a sua arte desta forma. Para os colaboradores é mais um benefício de se trabalhar aqui”, enfatizou Andrey.

perada Sandra Leh, que conquistou a 2ª e 3ª posições da categoria “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno” para cooperados.

Mesmo se tratando de um hobby, os fotó-grafos amadores demonstram autocrítica com as próprias produções. “Não fiz nenhum curso de fotografia, mas tenho vontade de fazer um dia. Na verdade a gente sempre se desafia e tenta tirar a melhor foto possível no momento certo”, destacou o cooperado Marcos Seitz, campeão da categoria “Foto Cooperativa – Cooperados”.

“Um concurso como este é muito válido, por-que passamos a enxergar a Agrária nas ações do dia a dia, bem como em todo ambiente, inclusive natural. A Agrária faz parte do cotidiano do coo-perado, desde as questões mais simples, como o campo em que se planta, até os futuros produtos industrializados”, ressaltou Marcos.

Os primeiros colocados em cada categoria receberam câmeras semiprofissionais, os segun-dos, câmeras compactas, e os terceiros, amplia-

ções emolduradas das suas fotografias. A solenidade contou com a presença do pre-sidente de Agrária, Jorge Karl, e do diretor secretário Norbert Geier.

Das 107 fotos inscritas no concurso, 53 eram da categoria “Foto Cooperativa – Co-laborador” e 34 da “Foto Cooperativa – Co-operado”. A categoria “WinterShow 2015 & Cereais de Inverno”, por sua vez, reuniu nove fotos de colaboradores e 11 de cooperados.

(O diferencial em uma fotografia é) a criatividade e pré-disposição de fazer mais. Caminhar um pouco mais, esperar uns 10 minutos até a luz ficar melhor. Isso pode ser feito com celular mesmo, que é a câmera que está sempre con-tigo. Mas quem tiver câmera, pode ter o costume de sair com ela, porque tem dias que vale a pena. E ainda se conse-gue foto de mais qualidade.

18 Revista Agrária

OFMAKING

CONCURSO FOTO COOPERATIVA

Como forma de inspiração e saneamento da curiosidade, a Revista Agrária pediu aos ganhadores para que descrevessem suas imagens.

1º Lugar: Foto Cooperativa Colaborador

DIANA BARBOSA DA SILVAQuando tirei essa foto, estava realizando um trabalho no 10º pavimento da Maltaria II e estava parando de chover. Quando olhei pela janela, lá estava o arco-íris, dando um show, diretamente sobre a chaminé - como se estivesse saindo de dentro dela. E lá fui eu! Tirei algumas fotos, pois não poderia perder aquele momento.

1º Lugar: Foto Cooperativa Cooperado

MARCOS SEITZ*Resolvi participar do concurso por curiosidade, mas nunca pensei que seria o ganhador. Eu estava trabalhando quando me deparei com aque-la linda imagem que me rodeava. Tudo conspirava a favor para ser uma bela imagem. Mas para conseguir que a foto saísse como eu queria tive que subir em um silo, sem nenhum equipamento de proteção. Foi um pouco arriscado, mas valeu a pena.

* Representado na cerimônia pela sua mãe, Regina Seitz.

Andrey da Silva, analista de serviços de TINaquele dia, fomos até a FAPA na hora do almoço e decidimos tirar algumas ima-gens. Como estava ventando bastante, inclinou a planta-ção e eu aproveitei para ten-tar incluir também elemen-tos que apareciam ao fundo, como árvores, a FAPA. Mais à frente estavam irrigando e exatamente quando che-

1º Lugar – WinterShow 2015 & Cereais de Inverno – Colaboradores

1º Lugar – WinterShow 2015 & Cereais de Inverno – Cooperados

SANDRA LEH (representando o vence-dor Christof Leh)Essa foto foi planejada para participar do concurso de cereais de inverno. Até foi montado um cenário: levamos uma cadei-ra para a lavoura, colocamos um pouco de palha sobre ela e também trigo colhido em saquinhos bem rústicos. O dia estava lindo e foi possível tirar a foto.

gamos lá, fecharam a água. Pedi para ligar de novo e vi o meu cole-ga tirando fotos e tirei uma foto de alguém fotografando (na imagem do 2º lugar).

19Revista Agrária

FOTOS PREMIADASConheça os demais premiados pelo Concurso “Foto Cooperativa 2015”:

CONCURSO FOTO COOPERATIVA

2º Lugar - Rodrigo BoeingEsta imagem, com a maltaria da Agrária ao fundo, foi tirada pelo colaborador Rodrigo Boeing (Agrária Malte) e publicada na edição de novembro da Revista Agrária.

2º Lugar - Karoline KellerNa foto da cooperada Karoline Keller, o arco-íris projetado no céu nublado e a plantação de ca-nola disputam a atenção nesta bela fotografia de momento.

2º Lugar - Andrey da SilvaAndrey da Silva (TI) também retratou o interesse fotográfico pela irrigação nos campos da FAPA

2º Lugar - Sandra LehUm por do sol, uma plantação e uma linda composição formada pelo chapéu de palha e a cerca renderam a segunda colocação à coope-rada Sandra Leh

3º Lugar - Herta Keller WilkO retrato da simpatia e do ânimo do sorriden-te colaborador conquistou a terceira colocação para a cooperada Herta Keller Wilk

3º Lugar - Daiane Lass SantosA junção de duas culturas, a suábia e a de inver-no, garantiram a terceira colocação à colabora-dora Daiane Lass Santos (Gestão da Qualidade)

3º Lugar - Sandra LehNesta imagem, a cooperada Sandra Leh inter-rompeu os trabalhos para registrar os bastido-res da colheita dos cereais de inverno.

3º Lugar - Newton FernandesUma tela de fundo de sistema operacional? Não. A imagem do colaborador Newton Fer-nandes (manutenção mecânica) reflete o con-traste entre as culturas de inverno (maduras) e verão (em desenvolvimento)

Categoria:FOTO COOPERATIVA

Categoria:“WINTERSHOW 2015 & CEREAIS DE INVERNO”

• COLABORADORES

• COLABORADORES

• COOPERADOS

• COOPERADOS

20 Revista Agrária

V

DO DESVIOAO ACIDENTE

ocê sabia que a ocorrência de um acidente de trabalho está relacionada com probabilida-des estatísticas? É o que aponta a chamada “Pirâmide de Bird”, segundo a qual existem correla-ções entre incidentes, acidentes de menor gravidade, acidentes

de maior gravidade e acidentes gravíssimos. Mas tudo começa ainda antes.

Estudos desenvolvidos pela empresa DuPont incluíram ainda a categoria “desvios” à base da Pi-râmide de Bird – ou seja, é lá que tudo tem início. Observou-se que, em média, na ocorrência e regis-tro de 30.000 desvios, tem-se o potencial para a ocorrência de 3.000 incidentes, 300 acidentes de menor perda (sem afastamento), 30 acidentes de maior gravidade (acidente com afastamento) e um acidente gravíssimo (óbito ou acidente incapa-citante) – veja o gráfico abaixo.

Em ação na Agrária desde janeiro deste ano, o programa “De Olho”, que visa identificar e tratar a ocorrência de desvios, tem oferecido valiosas infor-mações para que gestores trabalhem justamente a base da pirâmide, tentando evitar a ocorrência até mesmo de incidentes. “Os resultados têm sido bons e conseguimos uma notável redução do nú-mero total de acidentes de trabalho na Coopera-tiva de 2014 para 2015”, observou o coordenador do departamento de saúde, segurança e meio am-biente da Agrária, Cauê Mohler. “Entretanto, falta ainda um envolvimento maior dos demais colabo-radores no relato e registro de incidentes, para que possamos ter ainda mais ações e controles sobre as causas, conseguindo evitar a ocorrência de aci-dentes”, acrescentou.

De acordo com Cauê, a falta de registro e trata-tiva de incidentes está na raiz de alguns acidentes com afastamento registados neste ano. Muitas vezes, situações que se repetem cotidianamente, mas sem maiores consequências, acabam não sendo registrados. O tropeço em uma escada, sem o uso do corrimão, por exemplo, é um incidente por

Pirâmide de Bird define correlação entre desvios, incidentes, acidentes e fatalidade

Fatalidade

Acidentes com afastamento

Acidentes sem afastamento

Incidentes

Desvios

DE OLHO

Estatísticas comprovam correlação entre um acidente com afastamento com ocorrência de desvios

vezes ignorado, mas que poderia gerar um acidente grave. Neste sentido, a redução de ocorrências está, literalmente, nas mãos de cada colaborador - basta estar atento aos riscos do local de trabalho e, princi-palmente, registrar todas as ocorrências de incidentes, para que ações preventivas sejam tomadas.

“Mensalmente verificamos na análi-se crítica do programa ‘De Olho’ a grande incidência de desvios relacionados com a não utilização de equipamentos de pro-teção individual, e também, grande parte dos acidentes sem afastamento deste ano estão relacionados com esta causa”, obser-vou o coordenador.

Na Agrária, o gerenciamento é feito através dos formulários de registro de in-cidentes, ou diretamente através do sis-tema SAP, bastando contatar o gestor ou o facilitador do setor. “Devemos sempre trabalhar na antecipação e na preven-ção, que só virá com a conscientização e participação de todos os nossos cola-boradores”.

CONTEXTUALIZANDO

Os primeiros estudos que relaciona-ram a ocorrência de um acidente de tra-balho a probabilidades estatísticas foram realizados pelo engenheiro Herbert Hein-rich, na sua obra intitulada “Industrial Accident Prevention”. Em seguida, seus trabalhos foram aprimorados por Frank Bird, que em sua obra “Damage control”, publicada na década de 60, estudou cer-ca de um milhão de acidentes obtendo uma relação estatística, a qual ficou co-nhecida como Pirâmide de Bird.

Heinrich e Bird introduziram o con-ceito de incidente ou quase acidente, que são as ocorrências que teriam po-tencial para causar uma perda, mas não causaram. E conseguiram, desta forma, correlacionar estas ocorrências mais simples com acidentes menos severos, como acidentes sem afastamento e perdas materiais, com os acidentes com afastamento, e também com os eventos de grande perda, como um óbito ou aci-dente incapacitante.

KLAUS PETTINGER

21Revista Agrária

JORGE KARL ESTENDE HONRARIA MÁXIMA DO ESTADO A TODOS OS ENVOLVIDOS NO DESENVOLVIMENTO DA AGRÁRIA

Foto

: AEN

mais alta honraria do Esta-do do Paraná, a Ordem do Pinheiro, foi concedida ao presidente da Agrária, Jorge Karl, na última sexta-feira, 18 de dezembro. Assim como ele, 42 expoentes da economia,

da área da Justiça, da religião, das letras e artes, do esporte, da comunicação, da admi-nistração pública, da política, empresários e profissionais de diversas áreas foram home-nageados em solenidade realizada no Palácio Iguaçu, em Curitiba.

Apesar de ter sido homenageado pessoal-mente, Karl fez questão de estender a honraria a todos os públicos envolvidos no desenvolvi-mento da Cooperativa. “Este é um reconheci-mento pelo significado da Agrária no estado do Paraná. Por isso entendo a homenagem não

Acomo um mérito pessoal, mas pelo todo que a Agrária representa, incluindo seus cooperados, colaboradores, fornecedores, clientes e toda a comunidade”, destacou o presidente.

A Ordem do Pinheiro é atribuída em cin-co graus: Grã-Cruz, Grande Oficial, Comen-dador, Oficial e Cavaleiro. O presidente da Agrária foi agraciado com a Classe Grande Oficial. O governador Beto Richa enalteceu o trabalho dos condecorados. “É um momento especial para todo o Paraná. Estamos home-nageando pessoas ilustres, que dão exemplos e contribuem para o fortalecimento da socie-dade paranaense e brasileira”, disse Richa. “A homenagem se deve às mulheres e aos ho-mens que ajudaram a moldar o Brasil como uma nação que se reconhece nas suas raízes, nas suas realizações e no seu maravilhoso potencial humano e material. E que também

contribuíram para formar a identidade para-naense, que é tão cara aos cidadãos deste Estado”, disse o governador.

Além de Jorge Karl, o cooperativismo pa-ranaense também foi representado pelo presi-dente da Copacol, Valter Pitol, na condecora-ção da Ordem Estadual do Pinheiro. “Vejo essa homenagem como um reconhecimento pelo conjunto da obra construída pela Agrária. Esti-ve lá apenas representando esse trabalho. Por isso me sinto bastante honrado e acredito que a Agrária se sente ainda mais honrada em rece-ber uma comenda dessas”, ressaltou Karl.

Para a escolha dos homenageados, orga-nizações da sociedade civil fazem as indicações de pessoas. O processo passa por uma comis-são do Governo do Estado, formada pela Casa Civil, Chefia de Gabinete do Governador, Casa Militar e Secretaria da Cultura.

*Com informações da Agência Estadual de Notícias

KLAUS PETTINGER*

Presidente Jorge Karl é condecorado com Ordem do Pinheiro pelo governador do Paraná, Beto Richa (esq.)

22 Revista Agrária

FOTO COOPERATIVA

Com esta edição de dezembro, a Revis-ta Agrária soma nada menos do que 71 imagens publicadas ao lon-go de todo o ano,

na seção Foto Cooperativa. Em comparação a 2014, quando a edi-toria recebeu 34 cliques, o volume mais do que duplicou. Muito em função da realização do Concurso Foto Cooperativa.Por sinal, algumas imagens contidas nestas páginas foram enviadas até o dia 20 de novembro, prazo final para participação do prêmio. Por-tanto, também recebem o espaço que lhes é de direito, mesmo que algumas já tenham sido citadas nas páginas 18 e 19.

FOTO COOPERATIVA 2015 CONTABILIZA RECORDE DE PARTICIPAÇÃO

Classificada em terceiro lugar no concurso Foto Cooperativa, esta imagem enviada pelo colaborador Newton Fernandes (Manutenção Mecânica) poderia adornar perfeitamente o fundo de tela de qualquer computador ou smartphone

A bela imagem do cooperado Peter Spiess ilustra o

cenário típico observado na primavera de Entre Rios, com a cultura de inverno se

desenvolvendo ao por do sol

KLAUS PETTINGER

23Revista Agrária

FOTO COOPERATIVA

A imagem com grande carga de contraste de luz e sombra, durante o lusco-fusco na Unidade Guarapuava, ganhou dinâmica com as formas arredondadas das nuvens, na captura do colaborador Thiago Allan Pacheco (Unidade de Cereais Guarapuava)

Durante o crepúsculo, os campos dourados ganham tons dramáticos de vermelho na imagem da professora Silvana Spiess Ducat (Colégio Imperatriz)

A colheita acompanhada pelo descarregamento concomitante retrata o emprego de recursos por parte do cooperado Robert Reinhofer, a fim de agilizar a retirada do campo da última safra de inverno

O enfeite e o clima natalino da

Cooperativa Agrária estão eternizados

na imagem do colaborador Robert

Jurgovski (Comercial de Grãos)

24 Revista Agrária

KLAUS PETTINGER

D ividido em dois ciclos, os tes-tes unitários da fase 3 do Projeto Excelência foram con-cluídos no início de dezembro. Dentre os principais objetivos estava a detecção de não-

-conformidades, no intuito de evitá-las em momentos mais críticos, como durante o pro-cesso de conversão à produção. Atualmente, o projeto prossegue com o primeiro de quatro ciclos dos testes integrados.

Os testes unitários, iniciados em outubro, serviram para confirmar que a solução propos-ta pela SAP tenha atendido os requisitos de negócio para a qual ela foi construída. “E isso é muito importante, porque o teste unitário vali-da dois pontos fundamentais: um deles é se a SAP foi parametrizada como deveria e o outro se as complementações também realizaram o que era necessário”, explicou o gerente de Pro-jetos ITS, Tales Senco.

Com o Ciclo 1 iniciado e finalizado em outubro, partiu-se para o segundo ciclo, fina-

PROJETO EXCELÊNCIA FINALIZA TESTES UNITÁRIOS

Tales Senco: Jefferson Moreno: Marcos Vinícius Pazini:

“O teste unitário valida dois pontos fundamentais: se a SAP foi parametrizada como deveria e se as complementações também realizaram o que era necessário”

“É a execução dos processos de uma forma isolada nas áreas”

“A partir deste momento conseguimos observar todas as possiblidades do sistema junto às demandas da Cooperativa”

lizado no começo de dezembro. “No primeiro não foram feitas muitas variações, mas o Ci-clo 2 já foi bem mais amplo”, observou Senco. Discrepâncias observadas nestes momentos puderam ser prontamente solucionadas. “Per-cebemos que 6% a 7% das parametrizações e customizações encontravam algumas pen-dências, e algumas não-conformidades fo-ram trabalhadas”.

Os testes unitários também poderiam ser chamados de testes independentes para cada setor da Agrária. “É a execução dos processos de uma forma isolada nas áreas, como comer-cial, produção, compras. Por exemplo, testa-mos o processo de uma compra sem envolver o financeiro para efetuar o pagamento do fornecedor ou até utilizar esta matéria-prima comprada para produzir um produto acabado. Já nos testes integrados, todas as áreas envol-vidas são reunidas”, explicou o analista de ne-gócio, Jefferson Moreno.

Foram contabilizados cerca de 4.300 tes-tes unitários no Ciclo 1 e mais de 9.100 testes

unitários no Ciclo 2 – englobando todas as unidades de negócios da Agrária. “Foi nesse processo que validamos todos os passos do BBP (Business Blueprint). E foi também o con-tato mais próximo que tivemos com sistema SAP. A partir deste momento conseguimos observar todas as possibilidades do sistema junto às demandas da Cooperativa”, obser-vou o usuário-líder, Marcos Vinícius Pazini.

TESTES INTEGRADOSNo dia 8 de dezembro foi realizado o

chamado “kick off” dos testes integrados, que reúnem quatro ciclos distintos. “Este primei-ro momento, que vai até final de dezembro, chamamos de ‘aquecimento’. Os ciclos um a quatro se estendem até março”, frisou Senco. “Os testes integrados têm por objetivo validar os processos do início ao fim, quando todas as áreas são envolvidas a um mesmo processo”, acrescentou Moreno.

25Revista Agrária

Visita dos cooperados englobaram empresas parceiras na Argentina

KLAUS PETTINGER

VIAGEM TÉCNICA

Com o objetivo de conhecer a realidade da produção de culturas de inverno, 21 coo-perados participaram de viagem técnica à Ar-gentina promovida pela Cooperativa Agrária. Entre os dias 29 de novembro e 5 de dezem-bro, o grupo conheceu empresas de insumos agrícolas, terceirização de maquinário agríco-la, além de visitar dias de campo e instituto de pesquisa. A viagem integra o cronograma de viagens técnicas promovidas pela Agrária ao longo deste ano.

Sempre voltada para cereais de inverno, a excursão teve vasta programação. No dia 30 de novembro, os cooperados visitaram a empresa de sementes Don Mario. No dia se-guinte, conheceram o Porto de Bahia Blanca e a realidade de um prestador de serviços de maquinário agrícola. No dia 2 de dezembro foi a vez de observar o trabalho desenvolvido pelo INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária).

“É possível comparar com o trabalho re-alizado pela Embrapa. O INTA é estatal e de-senvolve estudos climáticos e de fertilidade de solo, como para a região sul da Argentina, onde chega a chover menos de 600 mm por ano”, contou o cooperado Kevin Reichhardt, em entrevista ao programa em idioma ale-mão “Hit Mix”, da Rádio Unicentro Entre Rios FM. “Por outro lado, o solo é rico em fósforo e potássio e eles têm entre 40 e 100 geadas por ano, o que ajuda muito a controlar as pragas”, acrescentou.

O roteiro continuou com o dia de cam-po da parceira ABInBev, no dia 3, quando os cooperados tiveram a possibilidade de inte-ragir com agricultores argentinos. “Foi inte-ressante ver uma dia de campo de cereais de inverno no exterior. Os agricultores que passaram por lá se interessavam muito pelo que viam e eram de médio a grande porte”, explicou o vice-presidente da Cooperativa, Manfred Majowski.

COOPERADOS CONHECEM REALIDADE DOS CEREAIS DE INVERNO DA ARGENTINA

A força da marca Agrária ficou ainda mais evidente para alguns cooperados naquele dia. “Houve um momento em que um agricultor nos parou porque viu a logomarca nos nossos bonés. Ele contou que conhecia a Agrária por ter comercializado trigo para a cooperativa há 10 ou 12 anos”, relatou Kevin. “Tanto no INTA quanto na Ambev muitos agricultores reco-nheceram a marca Agrária e nós fomos muito bem recebidos em todos os lugares”, acrescen-tou Majowski.

O último dia de visitas reservou uma programação no centro experimental da empresa Syngenta. De acordo com o coope-rado Bruno Reinhofer, a viagem foi bastan-te válida para conhecer a realidade do país vizinho, uma vez que seus agricultores têm algumas vantagens climáticas e de solo em

relação aos brasileiros e, igualmente, con-tam com uma pesquisa bastante eficiente – o ponto negativo se referia às políticas para os agricultores.

“Outro problema atual deles se refere aos jovens, que não se interessam em continuar atuando no agronegócio. Felizmente na Agrá-ria isso é diferente, aqui há grande adesão das novas gerações”, observou Bruno, tam-bém em entrevista ao programa de rádio.

“A viagem técnica foi muito válida em vários aspectos, inclusive pela proximidade com o cooperado e para entender cada vez mais o seu pensamento, assim como criar no-vas amizades”, finalizou Majowski. E a última atração em terras argentinas tinha pouco de agrobusiness e muito de cultura: um show de tango com jantar.

26 Revista Agrária

FATOS E NOTAS

Com música ao vivo, a Agrária realizou o último “Café com Cooperado” do ano, em edição natalina, no último dia 14 de dezembro. Os cooperados foram recebidos no setor da assistência técnica, juntamente com colaboradores e mem-bros da diretoria. Muitos cooperados compareceram acom-panhados da família.

Ocorreu no dia 11 de novembro o Curso de Cooperativismo 2015, voltado aos novos cooperados da Agrária. Ao todo, toma-ram parte 17 pessoas, sendo 15 cooperados. Os participantes assistiram ao vídeo institucional e ouviram apresentações do presidente Jorge Karl, do gerente agrícola André Spitzner e da coordenadora do Departamento Jurídico, Simone Marcelino Al-ves. A programação contou ainda com uma visita às instalações da indústria de Grits e Flakes, na unidade Guarapuava

A Fertipar, uma das principais patrocinadoras da Fun-dação Cultural Suábio-Brasileira por meio da Lei Rou-anet, esteve em visita à Cooperativa Agrária e à Fun-dação no dia 10 de novembro. Estiveram presentes o diretor-presidente da empresa, Alceu Feldmann, as-sim como sua filha Juliana, responsável pelas aplica-ções de recursos da Lei Rouanet, o diretor comercial Rafael Finardi, o superintendente Marco Marson, e o diretor da Fertigran (empresa do grupo Fertipar), Ave-lino Vieira. Eles visitaram a unidade Guarapuava e a indústria de milho, conheceram o Museu Histórico de Entre Rios, assistiram ao vídeo institucional da Agrá-ria, seguido de breve reunião, e por fim visitaram a unidade Vitória, incluindo a Cervejaria Experimental.

Alunos do último semestre do curso técnico em agropecuária do Colégio Imperatriz viajaram ao município de Castro, entre os dias 12 e 14 de novembro, a fim de visitar propriedades e indústrias relacionadas à bo-vinocultura. Eles puderam conhecer grandes unidades de bovinocultura de leite, e as tecnologias mais modernas em termos de ordenha e ges-tão rural, produção de biogás, integração entre agricultura e pecuária, além de modelos de bovinocultura de corte e até mesmo uma criação de codornas de postura.

“CAFÉ COM COOPERADO” ESPECIAL DE NATAL

NOVOS COOPERADOS PARTICIPAM DE CURSO DE COOPERATIVISMO NA AGRÁRIA

FERTIPAR VISITA AGRÁRIA E FUNDAÇÃO CULTURAL

VIAGEM TÉCNICA A CASTRO

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FATOS E NOTAS

UNIVERSITÁRIA SE TORNARÁDIO UNICENTRO ENTRE RIOS FMDesde o dia 24 de novembro, após aproximadamente 15 anos, a Rádio Universitária alterou sua denominação para Rádio Unicentro Entre Rios FM. Durante breve solenidade, o presidente da Agrária, Jorge Karl, e o reitor da Universidade Estadual do Centro-Oeste, parceiros na condução da emisso-ra, descerraram placa indicando o novo nome. A mudança de nomenclatura pretende agregar valor à marca e aos parceiros, além de marcar as comemorações dos 25 anos da Unicentro.

Os alunos da 3ª série do Ensino Médio do Colégio Im-peratriz conquistaram 100% de aprovação na prova de proficiência em idioma alemão, DSD II (Deutsches Sprachdiplom), reconhecido pelo governo da Alema-nha. Os resultados foram divulgados no dia 13 de no-vembro, avalizando a possibilidade de os estudantes buscarem formação universitária naquele país. Os alu-nos do 1º Ano atingiram 87% de aprovação na DSD I, o nível anterior ao DSD II.

Aproximadamente 600 pessoas participaram da feira nata-lina realizada pela Fundação Cultural Suábio-Brasileira, no dia 6 de dezembro, no Jugendcenter. Houve venda de doces, salgados e artesanato típicos da época, além de apresenta-ções culturais. A data celebrou também São Nicolau. Durante a feira ocorreram apresentações artísticas com tema natali-no, como os grupos de dança infantis, os grupos de música e apresentações dos grupos de danças gaúchas, da melhor idade, juvenil e adulto.

ALUNOS DO COLÉGIO IMPERATRIZ CONQUISTAM 100% DE APROVAÇÃO NA DSD II

FEIRA NATALINA DA FUNDAÇÃO CULTURAL

VICE-CAMPEÃO DOCONCURSO DE CERVEJAS O paulistano Bruno Ottaviano, vice-campeão do 1º Concurso Nacional de cervejas Caseiras Agrária e Weyermann®, ganhou a possibilidade de produzir sua receita na cervejaria experimental da Agrária, no dia 11 de dezembro, com todos os custos de insumos e despesas com transporte, hospedagem e alimentação pagos. Ele foi tutoreado pelo mestre-cerve-jeiro Alexander Schwarz, e acompanhado do amigo Leandro Ayarroio Ais-sum, com quem produz cerveja em casa.

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