20 desenvolvimento10

Embed Size (px)

Citation preview

34

2 DESENVOLVIMENTOA parte que segue no se limita ao corpo de um documento tcnico-cientfico, mas, permite, por analogia e complementao, compreender, nesse corpo, outros elementos que possam apontar para o desenvolvimento integral, portanto, alm do paradigma cartesiano baseado em um raciocnio lgico, linear e sequencial sem considerar, com a devida importncia, aspectos do desenvolvimento integral, tais como sensibilidade, criatividade, motivao e ousadia. So aspectos que podem potencializar esse raciocnio e evidenciar relaes nem sempre lineares e sequenciais em contextos sistmicos e dinmicos.Um estudo ou uma pesquisa ou uma atividade cientfica, - EPC, em princpio orientado com propsito educativo, se for planejado e desenvolvido sem os necessrios cuidados nem a adequada conformao s regras tcnico-cientficas e normalizaes vigentes e pertinentes (a Figura 1 um exemplo ilustrativo com algumas regras), ainda que interessante pela consistncia e atualizao de se contedo, poder ser facilmente esquecido ou no devidamente considerado pelo leitor, pelos pares, pela Ordem (...), quando, o planejamento e desenvolvimento do EPC:a) No apresentar acertada e consistente composio-estruturao e sistematizao-normalizao de processos e resultados propostos (projeto) ou alcanados (executado).O desacerto e inconsistncia podem ocorrer ser causados por omisses ou descuidos do autor em aspectos bsicos da composio (...) e da sistematizao (...). Aspectos que possam afetar, de forma negativa, a apresentao e o resultado do EPC, quando:a.1) O documento no proporcione determinadas condies que facilitem a fcil compreenso, - sem desvios nem ambiguidades da mensagem; e no atenda, de maneira simples, direta e objetiva, exigncias da comunicao. Exigncias como preciso e conformao da informao s circunstancias ou s condies do pblico alvo do EPC. Condies ou circunstncias que, em mdia, possam ser previstas (na preparao) e atendidas (na apresentao de dados e informaes para a comunicao) pelo autor para, ir alm da informao, a comunicao. Para comunicar uma mensagem preciso, ao escrev-la, perguntar-se e responder: Quem ser o possvel leitor do documento? Em que possveis condies ele se encontrar e como se deve preparar e apresentar a mensagem para atend-lo?a.2) O EPC no evidenciar, sempre e quanto possvel, a qualidade e coerncia da mensagem que comunica com correo e clareza, com preciso e conciso e com imparcialidade, neutralidade e impessoalidade [endnoteRef:2] (Quadro 1). [2: A redao. A redao, ao estabelecer uma relao entre o autor (o iniciado), o texto e o leitor, define parte do processo de comunicao. Deve-se empregar, nessa definio, uma linguagem que possa ser compreendida pelo leitor, pelos pares, caracterizada pela impessoalidade, clareza, conciso, preciso, coeso, formalidade e uniformidade; uma linguagem pragmtica a expressar o fato ou evidncia, sem emoes, suspense nem sentimentos despida, portanto, de elementos subjetivos, mas observada a polidez, modstia, cortesia e respeito ao interlocutor (isto, equivale a dizer que o texto dever observar as peculiaridades e caractersticas, previsveis em mdia, de quem vai l-lo). Destacam-se, pela relao estabelecida na redao, algum que comunica, - o emissor, algo a comunicar, a mensagem e algum que recebe essa mensagem, o receptor. No Quadro 1 se sintetizam alguns elementos da apresentao e do texto com desdobramentos e exemplos nas seguintes notas. Impessoalidade. Tanto a redao oficial quanto a redao tcnico cientfica caracteriza-se pela impessoalidade, pelo uso do padro culto de linguagem e pela clareza, conciso e formalidade do texto. So exigncias que decorrem, no primeiro caso, de disposies constitucionais; no segundo, da ausncia de impresses individuais (apenas comunicar o que baseado em fatos e evidncias cientficas). A clareza, conciso e coerncia se complementam com a impessoalidade para evitar a duplicidade de interpretaes que ocorrem, com frequncia, no tratamento personalista que o autor da ao texto. A impessoalidade, na redao do trabalho, implica uso da 3 pessoa, evitando-se referncias pessoais, tais como: O meu trabalho..., As discusses bblicas sempre ocuparam um lugar de destaque nas minhas elucubraes intelectuais. Possuo a Bblia em mais de 15 lnguas, do hebraico ao coreano, passando pelo esperanto e pelo afrikaner. H uns 10 anos atrs, depois de velho, comecei a estudar hebraico para tentar ler no original o Antigo Testamento (itlico ausente da fonte consultada) etc. Possveis formas simples e diretas: O trabalho..., Integram-se diversas fontes de pesquisas documentais e consultas diretas para.. . Tambm, verbos que tendem impessoalidade, como: O procedimento utilizado..., A informao foi verificada etc. Pelo critrio de objetividade devem-se expor as ideias relevantes, retirando do texto todas as informaes consideradas suprfluas. Utiliza-se uma linguagem denotativa em que cada palavra deve apresentar seu significado prprio, no possibilitando dar margem a outras interpretaes. Expresses como: eu acho, eu penso, foram muitos anos de experincia... etc., no devem ser utilizadas, pois apresentam carter de subjetividade. A linguagem objetiva deve buscar a preciso dos termos tcnicos, isenta de informaes de carter de valor pessoal e de ambiguidades. Clareza: deve-se evitar a construo de pargrafos longos, excesso de oraes subordinadas e termos obscuros; preferir o uso de vocabulrio simples e formal, com os termos tcnicos precisos, bem definidos, adequados para cada situao que for necessrio no texto, sem exagero de repetio; as frases devem ser inteligveis, objetivas e com clareza de ideias Conciso: deve-se evitar a repetio da mesma ideia em mais de um pargrafo e de detalhes no relevantes. Expressar o mximo de informaes com o mnimo de palavras, informar o que se deseja sem os subterfgios - eliminar os excessos lingusticos; expressar o pensamento em poucas palavras, sem redundncia de ideias, conter somente o essencial. Coerncia: deve-se apresentar uma harmonia de sentido entre as palavras e as ideias dentro do texto (sejam ideias do autor ou ideias de outros autores: citaes). As ideias devem estar organizadas de forma sequenciadas, tendo um incio, um meio e um fim. Consiste no raciocnio lgico das ideias. Outros atributos importantes, em especial na escrita manicas, so a modstia: evitar exageros de desculpas; a cincia falvel e no dogmtica, vive em contnua renovao e transformao; humildade: a redao deve caracterizar-se pela humildade, portanto, sem sobrecarregar a redao de termos tcnicos para demonstrar capacidade intelectual ou autoridade em um determinado assunto; cortesia e expresso de agradecimentos: deve-se evitar crticas inadequadas, levianas e ofensivas sobre outras publicaes de assuntos semelhantes, pois o trabalho pode estar vulnervel ao erro e, muitas vezes, essas crticas serem infundadas. ]

So atributos, - os que definem condies para ter uma fcil compreenso, e evidencias de qualidade e veracidade do texto, que dependem, em parte, da eficincia e eficcia de processos e, ao final deles, da efetividade do resultado na composio-estruturao, na sistematizao-normalizao e na consistncia do EPC que comunica.

Pr-textual(numerao com algarismos romanos: i, ii, iii, iv ...):- Capa: nome da instituio (*); autor (es) / NBR 12255, 2004; titulo: subttulo / ISO 214, 1986; local e data. Folha de rosto (*): NBR 6029 (ABNT, 2009); NBR 14724 (ABNT, 2002)- Lista(s) de ilustrao (es) (*) / NBR 14724 (ABNT, 2002); NBR 14724 (ABNT, 2001).- Sumrio: NBR 14724: indicao do contedo do documento, com as divises ou sees (captulos e suas divises) na mesma ordem e grafia em que aparecem no texto com numerao.- Resumo(s) portugus, ingls, espanhol. / NBR 6028 (2003); NBR 14724; ISO 214 (1976).

Formato e estrutura de apresentao: NBR 14724, 2002 e NBR14714, 2006.Ilustraes como figura, quadro e tabela: Normas de apresentao Tabular, 1993, IBGE.Citaes: NBR 10529, 2002.Textual(numerao com algarismos rabes; NBR 14724 (ABNT, 2002)1Introduo: esclarecimentos; justificativas; extenso - limitaes do tema contendo o problema em termos globais; contextualizao do tema; linha gerais de raciocnio do autor ...2Desenvolvimento: apresenta as respostas, com evidncias em dados, em fatos, s perguntas: a) o que? b) para que ou para quem? c) como? d) qual o estado da cincia? e) como sistematizar? etc.; devem ser respostas com suficincia para definir: a) o problema; b') os objetivos; c') os procedimentos metodolgicos utilizados; d') a reviso de literatura; e') a organizao, formatao e apresentao de resultados (Fig. 2), entre outros assuntos.3Concluses: fundamentadas em informaes dispersas apresentadas no Desenvolvimento.Ps-textual (continuao da numerao arbica):- Referncias. Lista ordenada de todos os documentos efetivamente citados no texto, seja como citaes, indicadas conforme a NBR 6023, 2002 ou outras, direta ou indireta.- Apndice(s) (*): Texto ou documento elaborado pelo(s) autor(es) para complementar o texto principal. NBR 14724 (2002).- Anexo(s). (*). Texto ou documento no elaborado pelo(s) autor (es); poder conter fundamentao, comprovao e ilustrao diretamente relacionada com o assunto no texto. NBR 14724 (2002).- ndice(s) (*): NBR 6034( ).Figura 1Estrutura e elementos, obrigatrios e opcionais (*), de um texto tcnico-cientfico, indicaes gerais de contedo e referncias para a sistematizao normalizao aa Fonte: Garcia (2010). Fundamentos da pesquisa, v. 4

Quadro 1 O texto tcnico-cientfico com indicadores de qualidade, coerncia e objetividade aaFonte: Garcia (2011); Fundamentos de pesquisa..., v.4.Qualidade do texto tcnico-cientficoCaractersticas prprias. Observar princpios e regras (...), alm de critrios como os de imparcialidade - neutralidade e impessoalidade.A correo:1 Grafia tcnica adequada /caso2 Flexo "normal" e fidedigna3 Concordncia e unidade (...)4 Regncia e harmonia para (...)5 Objetividade: simples e diretoEvitar,reduzir (...):1 Estrangeirismo desnecessrio2' "Inventar" processo morfol-gico para impressionar (...)3 Discordncia e desintegrao4' Fraca / perda de dependncia e lgica entre as palavras, ideias5' Inobjetividade, solecismo (...).A clareza e preciso:1Direta sequncia de ideias.2 Simplicidade, coerncia em...3 Facilidade de compreenso.4Sequncia lgica e ordenadaEvitar, reduzir (...):1 Perodos longos, sem vinculaes lgicas; e vocabulrio rebuscado.2Complicao/complexidade, ambiguidade, impreciso, duplicidade de sentido 4' Perda de sequncia lgica.A conciso:1 Mnimo de palavras com o mximo de ideias 2nfase na ideia principal e na unidade da proposioEvitar,reduzir (...):1' Prolixidade, pleonasmo2' Todo como sendo prioritrio e perda da unidade.Elegncia dentro do estilo do pesquisador, porm de acordo com o leitor:Harmonia, simplicidade, ordenamento e sequncia lgico-crescente na exposio de ideias.

b) No considerar e, por isso, no aplicar os necessrios critrios e normas. Critrios, fundamentos e pressupostos implcitos em tcnicas e mtodos das cincias, - da metodologia cientfica, a exercitar na expresso da liberdade: expresso que exige cultura manica sem a qual a razo no vence preconceitos e sofismas. Normas com as explcitas em normalizaes da redao tcnica-cientfica (a Figura 2 um exemplo de referncia de algumas normas) e da informao e comunicao.Critrios (ou pelos menos, padres testados e, quando necessrio, ajustados s condies especficas do EPC e, em especial, do leitor em iniciaes sucessivas que lhe permitam elevar seu pensamento acima de interesses materiais e medir etapas do progresso) e normas [endnoteRef:3] que possam ajudar e simplificar (adequar realidade sem perda de coerncia) processos como os criativos da investigao e procedimentos como os da informao e comunicao. [endnoteRef:4] [3: A norma (em latim, o esquadro); a referncia para fazer direito e endireitar, que diz o que deve ser ou permite julgar o que . Em seu sentido geral o gnero comum de que as regras, os ideais e os valores so diferentes espcies (COMTE-SPONVILLE, 2003, p. 418). Ao estabelecer regras, por vezes em suas caractersticas mnimas e segundo a ABNT, determinado o que o processo, servio ou produto (neste documento, os relativos criao cientfica, aos de comunicao e aos de informao de um EPC) deve cumprir, permitindo a ordenao e o ajuste em, por exemplo, a difuso desse produto (...) em um ambiente globalizado, complexo e de grande diversidade. So regras importantes para que a evoluo tecnolgico-cientfica acompanhe, com sucesso, o processo de generalizao, possibilitanto trabalhar com um padro tecnolgico consensual entre os interessados pelo processo, servio ou produto ou resultado. Dessa forma (com normalizao e vis para o assunto tratado no documento), facilitam-se: a) o intercmbio, com honestidade-tica, do resultado de uma criao intelectual, e a prontido em localizar fontes consultadas; b) o aumento da efetividade do produto (um documento) normalizado: facilidade de comunicao do resultado de um estudo ou pesquisa; c) a eliminao de barreiras porque o produto atende s exigncias do cliente leitor, - do mercado ou, em sua fase de elaborao, seguem mtodos da teoria da normalizao como as mormas da ISO/R919 e ISO/R704 de orientaes bobliogrficas e padronizao de peridicos cientficos on-line da cincia da informao ( a necessidade de ajustes da comunicao cientfica aos avanos da Internet, - Web 2.0, Web semmtica etc., que comunidades e acadmicos manicos, entre outros, precisam atender; faz parte de exigncias de novas plataformas e recursos de interao impostos pela comunicao para a aceitabilidade e reconhecimento da criao cientfica); d) a garantia, quanto possvel, da integridade de contedos com "segurana" e em nveis mnimos (possveis / tolerveis) e aceitveis (pelos interessados) de riscos como os de desvios e perdas de contedos. Em outro contexto, - o da pesquisa cientfica, a norma definida como o preceito estabelecido (por academias, associaes, comunidades etc.) para planejar e desenvolver um EPC com certa uniformidade, consistncia (...). o sentido de normatizar, de criar normas para ter certo atributo valioso em lugar da acepo normalizao ou feito e aceito conforme uma norma comum, usual, natural. O resultado de um EPC, isto , uma informao que contextualiza e agrega valor ao dado cientfico ou um conhecimento que agrega valor a informao ou, ainda, um servio ou produto que melhora (...) diferente do dado, da informao, do conhecimento, do servio ou do produto comum normalizado. O conhecimento cientfico, gerado conforme prescries do mtodo cientfico e em observncia s necessidades de relativa uniformidade e facilidade de amplo entendimento-compartilhamento, exige conhecer e aplicar algo prescritivo (dito normativo): algo alm do sentido vago que a torna, segundo Comte-Sponville (op. cit.), ao mesmo tempo cmoda e embaraosa (...) perdendo em compreenso o que ganha em extenso. A norma, com o sentido estrito e direcionado, o diferencial entre o saber comum que, em geral, no se planeja e se desenvolve de maneira corriqueiro (ideia de normalidade) e o conhecimento de um EPC com a ideia de normatizar; o conceito implcito no uso do termo normalizao no texto, sem entrar em mritos das acepes normalizar e normatizar (...); este um trabalho preliminar e sinttico.] [4: Informar e comunicar. Comunicar um procedimento mais complexo (exigente: pressupe a relao com outro) e valioso (til) do que informar (a mensagem) e, segundo Wolton (2010), informar no comunicar, apesar da inseparabilidade de tais conceitos. Informar, para o caso do resultado de um estudo ou pesquisa, cientificar ou transmitir um dado para instruir, enquanto que comunicar diz respeito s questes de relao (entre o autor e o leitor: um problema humano e no tcnico, um problema que, segundo WOLTON, op. cit., pressupe exercitar a tolerncia na prtica da negociao), de alteridade (expectativa de um e percepo do outro) e de recepo (resposta do interlocutor) para provocar uma mudana: instruir para educar. A informao, como ato ou efeito de informar, no tem preocupao (pelo menos explcita) com a resposta do interlocutor; enquanto que a comunicao, como ato ou efeito de comunicar, compreende a transmisso (a informao) e recepo (a resposta) em uma relao explcita entre a fonte emissora (dado codificado, preparado e disponibilizado para atender o cliente: relevncia) e um destinatrio receptor (dado decodificado por esse leitor). O cientista, desvinculado da realidade social, ecolgica, poltica, cultural (...), conforme tais conceitos, informa atravs de mecanismos de comunicao, sem considerar o meio; enquanto que o cientista comprometido, comunica, pela informao, ao buscar a interao humana porque atende condies do receptor: a informao, complemento da comunicao; por esse atendimento, provoca uma resposta. Essa resposta, no iniciado, pode ser uma mudana de atitude, de comportamento, de (...), provocada com efetividade ao considerar o meio de comunicao (sonoro: rdio, palestra, telefone etc.; escrita: documento tcnico-cientfico, artigo etc.; artstica: pintura, msica etc.; audiovisual: televiso, cinema etc.; multimdia: diversos meios simultaneamente; hipermdia: CD - ROM, DVD, Internet etc.) preciso conhecer e utilizar esses meios, - expresses da tecnologia na Internet (um meio, uma ferramenta...), criteriosamente para que possam auxiliar atributos como os de liberdade, criatividade e proximidade. Wolton (op. cit.), nesse contexto, diz que ingnuo e equivocado considerar a Internet como portadora desses atributos e que mais dados, mais acessos, mais contatos facilitados pela Internet no correspondem a mais conhecimentos, mais entradas e mais comunicao.]

Que procedimentos e resultados so (podem ser) normalizados em um EPC? O cientista e sua comunidade, - um nvel maior de referncia, em termos gerais no se entrega a norma, porm aceita, defende e age conforme paradigmas; pensa e atua de acordo com valores, [endnoteRef:5] princpios e normas que corporificam um ideal dentro da comunidade cientfica. So imperativos institucionais que determinam, para essa comunidade e seus membros, mtodos e metas com estruturas de normas tcnicas e ticas, de normas lgicas e de coerncias, entre outras. [5: Valores. Merton (1979), em Sociologia da cincia: investigaes tericas e empricas, ao definir valores da comunidade cientfica os sintetiza em normas: a) o comunalismo do conhecimento cientfico como a propriedade comum que deve ter a descoberta cientfica; qualidade como a desistncia da propriedade intelectual em troca de reconhecimento e estima; b) a socializao (universalizao) do conhecimento cientfico como um recurso a ser partilhado entre todos; c) a verdade cientfica avaliada em termos de critrios impessoais e universais; d) o desinteresse ao se fazer cincia sem propsitos como os de fama, posio, dinheiro (...) sem, contudo, pressupor ou esperar que o cientista seja um santo movido por altrusmo (...): precisa de reconhecimento de seu valor moral e profissional e estima ao valorizar o que faz; e) ceticismo organizado como um valor ou norma que equilibra o universalismo no sentido de toda contribuio cientfica deve ser testada para se sustentar e estar sujeita ao controle comunitrio estruturado. Battal (1982?) apresenta importantes consideraes da teoria dos valores (valor com mltiplos sentidos que vinculam o valor necessidade) no contexto manico, destacando-se alguns pontos axiolgicos que respondem necessidade e ansiedade do homem moderno pelo prtico com metas definidas; nesse contexto h valores que tm sido descuidados como os espirituais e morais e outros em auge como os materiais e econmicos (fama, prestgio etc.). Contudo, o valor, ainda que essa diversidade, tem um fator comum: reconhece-lo, apreci-lo, desej-lo e desfrut-lo, constituindo-se um incentivo que o ser humano experimenta e o impulsiona para satisfazer suas necessidades; se a necessidade em destaque material o valor pelo material. O valor uma qualidade e no uma coisa, um objeto (...). Assim, a qualidade primria do mao a sua forma, peso, volume etc.; a qualidade secundria, sua utilidade; a qualidade terciria, o valor dados como um smbolo manico. Com estes conceitos, o autor (BUTTAL, op. cit, p. 72 73) destaca alguns problemas axiolgicos: a) o subjetivismo (o valor pelo apreo que o sujeito confere s coisas, segundo Russel e Meinong, entre outros) e o objetivismo (o valor intrnseco das coisas, de acordo com Sheler, Brentano e Windelbrand, entre outros); b) a natureza do valor se relativo (depende da poca, das circunstncias, das pessoas etc.) ou absoluto (no circunstancial, mas permanente); c) propriedades dos valores se primordiais (objetividade: so objetivos; referncia: tem uma referncia como, por exemplo, satisfazer uma necessidade; a polaridade ou positivo ou negativo; hierarquia: escala de valores) ou complementares. H pessoas que pregam a moral (...), a fraternidade (...), a justia (...), mas no so nem morais, nem fraternos, nem justos (...), parecem postes que indicam o caminho, mas no marcham pelo caminho (...)]

Trata-se, em um nvel operacional, de normalizaes (com benefcios: criatividade potencializada de quem faz um estudo ou pesquisa e os comunica) de contedos conforme certas caractersticas, entre outras, as que atendem as condies do leitor (receptor) e as de normalizaes de apresentaes consistentes com a moderna tecnologia da informao e da comunicao sem, contudo, descuidar das possibilidades e limitaes do receptor da informao (ver nota 3).Em outros contextos podem ser normalizaes como as de monitoramento e controle-interveno de processos e resultados de um estudo ou pesquisa (indicadores para verificar e controlar) diante possvel (por vezes, previsvel) no-conformidade e da necessidade de empreender aes preventivas ou corretivas para evitar desvios ou perdas de contedos e de finalidades de um EPC.Normas e critrios que destaquem elementos essenciais da efetividade [endnoteRef:6] do contedo de um documento, tanto para o autor, - neste caso, o iniciado com o objetivo de melhoria intelectual e aprimoramento moral, como para o leitor, os pares ou a comunidade e a prpria Ordem. [6: Quais so os elementos da efetividade de um estudo, pesquisa ou da cincia para o desenvolvimento integral? O conceito traz implcito ou acena para outros conceitos como os de eficincia e eficcia que, apesar de serem independentes (interdependentes), combina-se para definir a coisa certa, - tratar o problema em foco, e transformar a situao existente, com os meios certos. Por essa combinao, define-se a efetividade como a qualidade ou a capacidade de um estudo ou pesquisa promover o resultado pretendido; a eficincia, que indica a competncia (habilidade como a criatividade que potencializada pelo mtodo cientfico) para se gerar e disponibilizar difundir os resultados com o dispndio mnimo de recursos e esforos (o espao para a normalizao, sistematizao e o mtodo cientfico); e a eficcia ou a capacidade habilidade para se alcanar as metas definidas pelas aes desenvolvidas.]

Parte da efetividade de processos e resultados de um estudo ou pesquisa, associada sistematizao [endnoteRef:7]manifesta-se pela normalizao[endnoteRef:8] e na qualidade e coerncia do texto. O resultado dessa efetividade, por axioma, traduz-se em ensinamento que traz o EPC para o iniciado. [7: A sistematizao; um sistema a ser bem empregado; qual a condio necessria desse emprego? Conhec-lo em suas funes metdicas, de ordenamento, de coerncia e de aplicao para se ter a uniformizao e facilitar a identificao e tratamento do documento em acervos documentais; conhecer at as limitaes desse sistema, para no esperar alm do que ele possa realmente oferecer.] [8: A normalizao, conforme a ABNT, o conjunto de prescries estabelecidas, em relao a problemas existentes ou potenciais, destinadas utilizao comum e repetitiva [de um processo ou resultado] para se ter um nvel timo em algum contexto, processo ou resultado. Os objetivos dessas prescries podem ser: a) econmicos, em funo da competio acirrada e de exigncias cada vez maiores em termos de qualidade; b) proteo da vida, da sade, do meio ambiente, do consumidor etc.; c) eliminao de barreiras tcnicas e comerciais etc. So objetivos com benefcios tanto qualitativos como quantitativos. O conceito de normalizao apresentado nesta nota, ainda que geral, aplica-se em todas as atividades orientadas por normas e leis, como referncias para facilitar processos e apresentar resultados; e para buscar a qualificao e efetividade desses resultados organizados e padronizados. So facilidades e buscas que tanto potencializam a criatividade, procuram a harmonizao de peculiaridades do autor e tendem simplificao quanto contribuem para a comunicao e verificao de processos, - uma caracterstica da cincia.]

Que efeitos, possveis ou provveis so esperados da sistematizao e normalizao? Alm dos indicados em notas do fim do captulo (efeitos gerais), desvendar oportunidades, superar barreiras, aproveitar potenciais, (...) que possam contribuir na marcha para a frente: um processo voluntrio (livre) e consciente (responsvel) de transformao que o iniciado busca quando planeja e desenvolve um estudo ou pesquisa e se deixa, conscientemente, auxiliar em sua transformao e evoluo.O iniciado que procura a instruo (autoinstruo) para ser educado e que se educa(autoeducao) para agir com sabedoria em, por exemplo: avaliar julgar e determinar composio firme e adotar, sempre, uma conduta honesta; em suas aes fraternas e pensamentos positivos dirigidos para o bem; e em seus relacionamentos sinceros e parcerias construtivas transforma o que percebe e de sua fonte de virtudes projeta Luz[endnoteRef:9]diretamente proporcional s transformaes que livremente provocou e fonte que criou em seu Templo Interior. [9: Luz um conceito destacado, misterioso e simblico da Maonaria; um dos primeiros a ser apresentado ao Iniciado: que lhe seja dada a Luz. Em sua essncia e generalizada aceitao compreende, segundo a Enciclopdia de Mackey, a Verdade, Conhecimento, Cincia, Saber, instruo e a prtica de todas as virtudes (sublinhado ausente da fonte consultada). Tem outras acepes, nem sempre fceis de percepes como as que so apresentadas pela Maonaria Especulativa, com o sentido de conter todos os outros smbolos, de claridade intelectual, de redeno etc. So sentidos que do sustentao denominao do maom como sendo um filho da luz, em contraposio do profano, daquele que divaga e se encontra na escurido, do ignorante que precisa redeno e da luz para dissipar as trevas. Deve-se entender, pelo exposto, que o conceito no material, de ondas eletromagnticas entre a radiao infravermelha e a radiao ultravioleta, com brilho, frequncia e polarizao que impressionam o olho humano (...), mas de um conceito emblemtico, com o sentido, repetindo, de sabedoria, de conhecimento e de razo. o sentido manico de quem recebe a Luz: receber os mistrios da Ordem; mistrios que comeam a serem revelados a partir da cerimnia de iniciao e, depois, continuam pelo grau de Companheiro, Mestre, Arco Real, Templrios, Malta, etc., numa jornada em busca da Verdade, colocando-se em evidncia a instruo, a cincia e a prtica de todas as virtudes. Para se ter essa Luz que, em termos figurados, esclarece a mente e o esprito e clareia o intelecto e a razo do iniciado vindo das trevas do Ocidente rumo ao Oriente em busca da Verdade, preciso desenvolver estudos e pesquisas, tambm, com sentidos de redeno, de luz para facilitar o caminhar nessa busca.]

A Luz um dos smbolos mais profundos da Maonaria; um smbolo essencial que mostra, segundo Camino (210), como andar aps sair das trevas e representa a luz da mente, a prpria Luz Divina que o recipiendrio recebe durante a sua iniciao e mantm fortalece em sucessivas elevaes ao longo de uma escada.Pode-se acrescentar e oportuno faz-lo, que esse recipiendrio s projeta luz quando a gera de uma fonte poderosa, - a de suas virtudes, e quando possa refleti-la de outras fontes maiores ao se encontrar em equilbrio consigo mesmo, com a humanidade e com a natureza.Sendo um vaga-lume necessita que a luz venha de fora ( o crescimento coletivo que ele ajuda a construir, reflexivo nele quando, por exemplo, instrui-se para educar-se); ao vagalumear deve ser um bom receptor e potencializar a luz de fora ao intensifica-la (acrscimo proveniente de sua fonte de virtudes) e refleti-la sem desvios ou atenuaes como as derivveis do orgulho, da vaidade e do egocentrismo.O EPC pode contribuir para que o recipiendrio seja um gerador eficiente, um receptor eficaz e um refletor com efetividade, sem se ofuscar diante a verdade, perder-se na Caverna de Plato [endnoteRef:10](a realidade na alegoria do mito da caverna) ou deslumbrar-se por imediatismos. [10: Perder-se na Caverna de Plato com o sentido de no luzna verdade e no escapar da ignorncia da escravido por permanecer no mundo de ideias imperfeitas; o mundo dominado pela arrogncia e determinado por aparncias, pela ignorncia (...) que se mostra em projees sombrias e de incertezas (...); pelo ser, nesse mundo estreito, que no permite saber quem , de onde vem e para onde vai; pelo ser ofuscado pela luz e que se mostra satisfeito / acomodado com a escurido, distrado pelas sombras de pessoas, animais e objetos que passam sem v-los nem entende-los; e, ainda mais, pelo ser fundamentalista que reage violentamente diante daquela que tenta mostrar-lhe a realidade: um mundo diferente. Essa reao ocorre quando um dos moradores resolve conhecer o mundo de fora da Caverna e, ao expressar seu pensamento, quer acordar os outros para a realidade diferente; esse ousado morto porque contraria o que os outros acreditam (...): a sombra a prpria realidade. No perder-se ao buscar a luz outro sentido do Mito da Caverna (do dilogo metafrico e imaginrio entre o filsofo Scrates e os irmo de Plato, Glauco e Adimanto, narrado no Livro VII de A Repblica, escrito por Plato, como um retrato permanente da ignorncia); o sentido simblico do sol (da razo e da inteligncia, no contexto manico) que projeta a luz de ideias perfeitas, - as da verdade na realidade, do entendimento do ser e de sua razo de ser com a sua mente aberta para novos conhecimentos, descobertas (...); um sentido carregado de ensinamentos, com lgica, como o da vantagem e racionalidade do ser humilde servidor na luz e no o rei dspota nas trevas. Segue um exemplo ilustrativo desse dilogo interessante e atualizado, entre Scrates e Glauco:Scrates. [...] imagina o estado das nossas naturezas em relao instruo e ignorncia. Imagina homens numa morada subterrnea, em forma de caverna, ali desde as suas infncias, com uma entrada aberta luz, de pernas e pescoos acorrentados, de modo que no podem mexer-se nem ver seno o que est diante deles, pois as correntes [da ignorncia, da superstio, do vcio, do fanatismo...] os impedem de voltar cabea; a luz chega-lhes de uma fogueira acesa numa colina que se ergue por detrs deles; entre o fogo e os prisioneiros passa uma estrada ascendente. Imagina que ao longo dessa estrada est construdo um pequeno muro, semelhante s divisrias que os apresentadores de tteres [polticas e polticos desonestos, capitalismo selvagem] armam diante de si e por cima das quais exibem as suas maravilhas [so as riquezas naturais economicamente concentradas, socialmente excludentes e ecologicamente insustentveis]. Imagina que um dos prisioneiros resolve indagar [com coragem e disposio para buscar explicao e auxiliar seu irmo] e sai da caverna (...). Imagina ainda que esse homem volta caverna e vai sentar-se no seu antigo lugar: no ficar com os olhos cegos pelas trevas ao se afastar bruscamente da luz do Sol? Glauco. Por certo que sim.Scrates. E se tiver de entrar de novo em competio com os prisioneiros que no se libertaram de suas correntes, para julgar essas sombras, estando ainda sua vista confusa e antes que seus olhos se tenham recomposto, pois se habituar escurido exigir um tempo bastante longo, no far que os outros se riam sua custa e digam que, tendo ido l acima, voltou com a vista estragada, pelo que no vale a pena tentar subir at l? E se algum tentar libertar e conduzir para o alto, esse algum no o mataria, se pudesse faz-lo? Glauco - Sem nenhuma dvidaScrates. Agora, meu caro Glauco, preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrs e comparar o mundo que nos cerca com a vida da priso na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a fora do Sol. Quanto subida regio superior e contemplao dos seus objetos, se a considerares como a ascenso da alma para a manso inteligvel, no te enganars quanto minha ideia, visto que tambm tu desejas conhec-la. S Deus sabe se ela verdadeira. Quanto a mim, a minha opinio esta: no mundo inteligvel, a ideia do bem a ltima a ser apreendida, e com dificuldade, mas no se pode apreend-la sem concluir que ela a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; no mundo visvel, ela engendrou a luz; no mundo inteligvel, ela que soberana e dispensa a verdade e a inteligncia; e preciso v-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pblicaGlauco. Concordo com a tua opinio, at onde posso compreend-la (...). ]

A parte que segue orienta o iniciado que quer evoluir na estrada do desenvolvimento, cabendo-lhe descobrir, de acordo com a sua vivncia e interesse, por si e em si mesmo, verdades veladas da Maonaria. So descobertas intudas pelo mtodo manico a partir de perguntas para buscar as respostas que definem ou traam essa orientao para a desenvoluo do ser.--------------------Quando o iniciado se pergunta metodicamente e com nimo - otimismo (disposio para: livremente decidir, empenho-coragem para agir e responsabilidade para assumir o que faz, como o faz e seus resultados - consequncias):a) de onde procede a origem? a(s) causa(s) que o incomoda, perturba, detm em seu crescimento e evoluo(...) e, repetindo, com animo e disposio-empenho para trata-la(s) e provocar a transformao ao: superar o incmodo; recuperar o equilbrio; andar e evoluir (...);b) o por que ocorre? - a natureza, evoluo e tendncia, dessa insatisfao, perturbao e estancamento; os condicionantes e meios necessrios para se preparar, enfrentar os desafios e buscar a(s)soluo(es);c)o como proceder? - o processo de mudana ou ajuste que deve empreender para superar, ao tratar, as causas dessa insatisfao, perturbao e estancamento e, auxiliado pela reflexo e aprendizagem, evoluir;d)o para que ou para quem? - o objetivo desse processo a ser alcanado, entre outros meios, pelos resultados de um estudo ou pesquisa.Entre outras perguntas de orientao, est encaminhado para se desenvolver. Ao se orientar, dessa forma, para buscar, com as respostas, o entendimento e a razo-motivao da transformao,[endnoteRef:11]est fazendo uma profunda reflexo. [11: A transformao do que percebido (daquilo que o estudioso ou o pesquisador observa do real de maneira especial (no apenas pela ateno, mas pela forma e os meios que utiliza para registrar, documentar etc.), com objetividade e com potencialidade na expresso da mente criativa) no ocorre apenas no campo de atributos e valores espirituais, mas, tambm, em outras dimenses como a material, transcendendo-a quando, por exemplo, na percepo de uma pedra, de um pedao de madeira, de um som etc., por uma mente privilegiada, - um Aleijadinho, idealiza uma aplicao especial (artstica) e faz uma escultura; de um som, por uma mente e esprito brilhante, - um Mozart, compe uma obra musical eterna; de um movimento, em dana; de uma argila, em escultura (ou cermica), utenslio ou algo para representar, por exemplo, o medo e alegria. Essa transformao, um produto da inteligncia, criatividade e vontade, pode ser auxiliada pela sistematizao, pelo mtodo da cincia e pelas tcnicas da arte aplicadas no que se observa para agregar valor, para criar algo novo pela sua beleza e utilidade. Com frequncia, a transformao genial que Aleijadinho, - exaltando beleza, Beethoven, - exaltando liberdade (...) faz, a partir de um objeto simples, auxiliada por tcnicas singulares que os prprios gnios inventam para expressar suas criatividades. Tcnicas, inclusive para superar suas prprias deficincias fsicas. Consideram-se, em normatizaes, essas possibilidades quando tais instrumentos se limitam, por vezes, s recomendaes vlidas em termos gerais ou mdios, excluindo-se, portanto, os extremos dessa distribuio que, por um lado, so as pessoas que nada transformam e, pelo, as pessoas que transformam com seus prprios recursos geniais.]

o iniciado que filosofa ao investigar como obter o elemento (a matria-prima) do conhecimento a ser vivenciado pela sabedoria na construo do EU por ocasio (ou concomitante) de sua elevao intelectual e moral.Dois conceitos so destacados, - o filosofar e o vivenciar que, parafraseando a Descartes (complementando-o), combinam-se para dar sentido a expresso viver sem filosofar ter os olhos fechados ao futuro sem tentar abri-los. Dessa forma, o homem caminha agrilhoado aos preconceitos, s verdades de um senso comum sem oportunidade para se elevar.[endnoteRef:12] [12: Por que se perde a oportunidade da elevao espiritual, de se lapidar e conhecer (...) o interior na ausncia do pensar profundo, do filosofar e vivenciar a verdade? Essa elevao pressupe: a) o autoconhecimento, a autoestima, o equilbrio, a criatividade e, em especial, a humildade; pressupe viver na gratido, na alegria ...; tais pressupostos so inconcebveis ou insustentveis pelo conhecimento comum, pela aparncia, pela aceitao sem causao (...); b) o desejo de pertencer a um grupo de conscincia elevada e de experimentar, nesse grupo, sentimentos como os de alegria e satisfao de ser aceito; a prepotncia e orgulho da ignorncia so inconcebveis com esse desejo; c) a mente e esprito abertos verdade para projetar luz e esperana; a irreflexo e a falta de exame criterioso no permitem ver o positivo e saber elevar a si e ao outro; no permite trabalhar a verdade sem sofismas nem manipulaes; d) o equilbrio ao conhecer potencialidades e limitaes o que destaca o autoconhecimento para fortalecer o positivo e controlar o negativo, canalizando-os para a harmonia, para o bem-estar coletivo; e) fazem parte da elevao, tambm, a integridade, a justia, a serenidade, a pureza a coragem, entre outros atributos e virtudes que se relacionam ou se sustentam na verdade.]

Com o reconhecimento de um problema (fase inicial do filosofar para viver)e com a conscientizao e disposio para super-lo (um passo adiante no incio dessa evoluo) como, por exemplo, um vcio de conduta e atitude; "levar vantagem" ou agir com esperteza e oportunismo; adiar aes de superao; atuar ou pactuar contra princpios da tica (...), o iniciado comea a sua transformao em direo a uma virtude de boa conduta e carter; a ser honesto e justo diante a ocasio; a empreender a ao com oportunidade; a conhecer, agir e ajustar dentro da tica e com atitudes e comportamentos fraternos (...).Destacam-se os conceitos livremente, reconhecimento e conscientizao reduzidos, por simplificao, s observaes do que considerado no estudo ou pesquisa para, com nimo-vontade e ao, transformar. Trata-se da(auto)transformao que precisa, - condio necessria, disposio e empenho diretamente proporcionais gravidade do problema que se coloca no estudo ou pesquisa. o comeo da mudana quando o iniciado possa reconhecer imperfeies e a necessidade de buscar os meios para super-las; meios como estudar e pesquisar para saber; pensar por si prprio; e agir - trabalhar o ideal da perfeio humana.O primeiro conceito destacado o de liberdade para buscar os meios do autodesenvolvimento. Um conceito, relacionado com a teoria do conhecimento para evoluir, que tem sua origem antigo com Herclito (de feso: aprox. 540 a.C 470 a.C, pai da dialtica: tudo no universo muda constantemente, tudo dinmico, tudo flui). O mtodo de ensino manico acolheu esse conceito que, aperfeioa-atualiza e disponibiliza para que cada iniciado possa tecer seus conhecimentos, ter suas prprias verdades para mudar dependendo de seu dinamismo e alicerce cultura.Os conceitos sublinhados, -reconhecimento e conscientizao, destacam o filosofar, expresso da prtica filosfica, quando o iniciado discorre, raciocina e discute metodicamente sobre assuntos filosficos, canalizados para buscar a verdade ao ampliar a compreenso da realidade com o problema que o limita, o incapacita (...) em sua evoluo. Parte desse alargamento-aprofundamento se encontra em origens e consequncias de fatores causais colocados em um estudo ou pesquisa com a denominao de problema para o estudo, a pesquisa ou a cincia resolver.O sentido do filosofar, na expresso acima, contrrio, de certa forma, ao postulado de antigos filsofos: Primum vivere, deinde philosophari, sem, portanto, a acepo extremista de ceder diante a obrigao ao se dedicar a teorizao, mas como um comprometimento moral, na disposio, para agir. Dessa forma, um agir com alicerce na razo (sem o extremismo, de apenas a razo) e na reflexo do pensar profundo (sem o sentido de devanear, de submergir em utopias, mas, de pensar com direo e objetividade sem perder a direo do sistmico, da totalidade, da integridade, da flexibilidade adaptabilidade. Essa totalidade simbolizada pela conquista do Fnix ao renascer das cinzas e se elevar para a Luz).O argumento da proposio o de que para viver bem h de se ter uma filosofia consistente de vida, - sem sofismas nem extremismos; uma orientao operacional, - vivel em todos os sentidos e sem se constituir omisso de aes e responsabilidades; e um mapa funcional concebido para se ter maior eficcia e comprometimento com a ao planejada e orientada para buscar a verdade. Uma busca, pelo mtodo cientfico, insistente (para o maom) que no pode:a) sustentar-se em imediatismos ou aleatoriedades de pressupostos no confirmveis como so, por exemplos, os de proposies, em formas de hipteses cientficas, testadas pelo mtodo cientfico com base em dados da realidade; so hipteses e testes que, junto com a observao (e descrio) da realidade, fazem parte do mtodo cientfico;b) distanciar-se de evidncias em fatos traduzidos por smbolos; afastar-se da lgica, da razo, da inteligncia valorizada e conduzida para fazer o bem;c) considerar efeitos ou consequncias sem causaes, intencionais ou no, para se estabelecer conexes entre motivos ou causas e efeitos ou consequncias; este um aspecto importante do mtodo cientfico que precisa, ainda que sumariamente, um desdobramento.Para alguns autores (por exemplo, SEARLE, citado por SALAZAR E CURRIER, 2007; p. 102; complementado), "explicar uma ao definir sua(s) causa(s), sendo ela(s), no caso do comportamento humano, estados psicolgicos, relacionadas com a ao ou como partes do raciocnio prtico das intenes".Utilizando-se esse conceito - o de Searle, e direcionando-o para o tema, chega-se ao entendimento da origem (causas) de determinados resultados, os insatisfatrios: o problema para estudo ou para pesquisa. Um problema que ao ser delimitado e caracterizado poder compreender conceitos como os de razo e causa.A identidade aristotlica razo - causa ou, conforme a preferncia de outros, a identidade mecanicista causa razo um aspecto importante do mtodo cientfico. A primeira traduzida no princpio ontolgico de que todo tem sua causa ou, no segundo caso, ao nvel gnosolgico, de que todo tem sua razo, ambas com contribuies para o desenvolvimento da cincia. Essas contribuies pode ser uma proposio, na forma de hipteses, a ser justificada (testada) pelos efeitos produzidos (BUNGE, 1980, adequado ao texto).A reflexo e a aplicao de tais identidades significam ou implicam filosofar para se evoluir: sabedoria para viver bem. ilosofia de vida que possa auxiliar o iniciado na observao e registro do que relevante, oportuno e necessrio conhecer e na sntese, anlise e tomada de deciso consistente diante desafios, tanto externos, - na convivncia, como internos, - na luta contra paixes, vcios e correes de comportamentos circunstanciais, oportunistas e de interesse prprio.O argumento da efetividade do trabalho traz implcitos fundamentos da pesquisa manica, sintetizveis, como resultado final, no conhecimento (G, gnosis/gnose) manico. o trabalho de investigao para fazer a leitura interpretativa do fato, condio, estado (...) perturbador e se ter o conhecimento da natureza, do homem, das coisas (...) a melhorar: melhorias que possam se integrar no todo, potencializando-o. Um conhecimento (nfase manica), abstrao subjetiva, - sem plena descrio nem interpretao (descreve-se e se interpreta a informao; manipula-se o dado), de algo experimentado e vivenciado, que compreende e sintetiza:a)O dado e a informao (no contexto das cincias). O dado uma representao de uma ideia, de um objeto (...) significativo e com propsito certo para um fim certo; essa representao feita por um smbolo, quantificado ou quantificvel como, por exemplo, uma palavra, um algarismo, uma figura ou um som e animao, a conceber entidades sintticas de descrio, de manipulao e de processamento e organizao.Tais representaes simblicas so utilizadas para gerar informaes (SETZER, 2010; complementado e adequado ao texto).A informao, segundo Setzer (op. cit.), uma abstrao que ocorre na mente, para representar, em um nvel superior, algo significativo: uma abstrao, feita a partir de dados inteligveis, que o iniciado incorpora com certo significado para ter o entendimento de uma ideia, de um objeto ou da coisa (sentido filosfico) representada. Essa abstrao de contedo semntico pode ser reduzida a dado e, neste estado de simplificao, manipula-se, processa-se e se organiza a informao.So conceitos especiais, tanto para as cincias como para a Maonaria. Especiais porque no se trata de qualquer dado (smbolo) e informao, mas, daquela como representao e expresso de um atributo, implcito (velado) ou no, do objeto observado, descrito e interpretado por esse smbolo.A transcendncia que se esconde no dado e informao de uma ideia, de um objeto ou de um fenmeno representado por um smbolo, lenda ou uma alegoria a essncia da simbologia que o iniciado (re)descobre pela pesquisa e estudo. A internalizao e vivncia dessa informao, - da descoberta (esse o conceito de conhecimento: abstrao subjetiva de algo que foi experimentado e vivenciado, sem descrio, pois no apenas um dado, nem interpretao, j que no se limita a uma informao) define o sentido secreto (encontra-se no corao do maom), vale dizer, discreto, [endnoteRef:13] de uma ideia, de um conceito, de um objeto dessa forma representado e comunicado entre os pares. [13: Discreto (o que judicioso, moderado, reservado em suas palavras e aes etc.). Significa, no contexto da meno no texto, algo que faz sentido e interessa apenas aquele que dele participa, tanto no material como, em especial, no espiritual. A Maonaria, em termos materiais, composta por potncias manicas, - homens livres e de bons costumes, e suas correspondentes Lojas, com endereos, prdios, bibliotecas etc. conhecidas que mostram do que se trata, visvel para quem quiser procur-la; quem o fizer, com sinceridade, ter acesso aos princpios universais sem qualquer sigilo. Assegura-se que, no plano material, a Ordem nada tem de secreta e o segredo, no plano espiritual, imposto pelo receptor que no entende (...). O iniciado no deve revelar o que discreto, pois, independente da condio de perjuro (que probe e, portanto, no deve revelar), mentiroso ao pretender escrever e comunicar um "mistrio" (apenas sentido, sem expresso escrita nem comunicao oral para quem no o entende) da Ordem. A Maonaria adota uma simbologia e uma ritualstica que envolve juramentos sigilosos ou ocultos para o profano e, at para, alguns maons. Em outro sentido e conforme Landmarks (o 23. refere-se ao sigilo dos mistrios e das prticas manicas; prescreve a conservao secreta de conhecimentos pela iniciao e com mtodos de trabalho, Lendas e Tradies comunicadas aos Ir) e a Constituio de Anderson (concernente regra de conduta: o Maom deve ser circunspecto em suas palavras e obras, a fim de que os profanos, ainda os mais observadores, no possam descobrir o que no seja oportuno que aprendam). Os prprios Regulamentos Gerais da Ordem consideram infraes manicas graves revelar segredos da Ordem, tais como sinais, toques e palavras, a quem estiver impedido de receb-los, bem como violar juramento prestado, traindo princpios, dogmas e credos da Ordem. Consta no ritual de iniciao O primeiro de vossos deveres o mais absoluto silncio acerca de tudo quanto ouvirdes e descobrirdes entre ns, bem como de tudo quanto, para o futuro, chegardes a ouvir, ver e saber. O tema, segredo ou sigilo manico, controverso e, em uma nota, no se pretende colocar os argumentos de uma ou outra posio; suficiente considerar, pela essencialidade da Ordem ser progressista, admitir que os mistrios e prticas manicas correspondem a verdades, porm no ocultas para o interessado; verdades como, por exemplo, as que fundamentam e motivam uma ao humilde e com reserva; conferem o sentido a pratica de uma virtude quando discreta; baseiam e tm um comportamento sigiloso (...); vivenciam e empreendem, em silncio, princpios como os da fraternidade e aes como as da caridade. Passou o tempo em que a Maonaria devia encobrir suas atividades sob o mais rigoroso sigilo, secreto e mistrio, devido s acirradas perseguies dos que escravizavam o povo e combatiam a liberdade, a igualdade e a fraternidade; para os que combatiam as associaes culturais etc. A Ordem, no mundo civilizado e livre de fanatismo, ao adotar o respeito e acatamento lei, ao governo legitimamente constitudo e com seus princpios universais nada tem que ocultar; apenas, no lastro de tradies, mantm frmulas ritualsticas, sinais, toques e palavras com reservas, - virtude da discrio que habitua o maom circunspeco e corrige a leviandade, utilizada como meio de reconhecimento recproco de seus filiados, espalhados pelo mundo. Acrescenta-se que tais frmulas, sinais, toque e palavras, na era da informtica e revoluo da comunicao online, da globalizao (...) j no so nem sequer discretas. Conclui esta nota que, ainda admitindo-se o segredo (profundo silencia) em alguns poucos atos, ritos (...) manicos, no por fata de expresses livres para comunic-los, mas por falta de ouvidos e mentes preparadas para assimilar a mensagem da informao, do simbolismo ainda em maons (por que entre aspas? Ver nota 23 da Introduo). Uma concluso que se baseia em um trecho da Constituio de Anderson: no maom quem quer e sim quem pode ser.]

So representaes manicas, mediante dados (repetindo, elementos brutos sem significados nem contextualizao, - desvinculados da realidade) e informaes (dados com significados e contextualizao) apuradas, com outras reprodues de heranas reconhecidas como, por exemplo, em tradies como, por exemplo, a Hermtica[endnoteRef:14] e a Alqumica.[endnoteRef:15] [14: Tradio hermtica. O Hermetismo o estudo e prtica da filosofia oculta atribuda a Hermes Trismegistus, o Trs Vezes Grande. Segundo. Segundo Rolin (2011), a Tradio Hermtica est arraigada no passado egpcio mais remoto quando cai a mscara de Hermes para revelar Thoth [esprito e inteligncia do Criador, deus do saber, juiz da disputa, avaliador das almas, inventor dos nmeros e da medio do tempo, deus da transio do caos ao cosmo, da disputa ao entendimento, da morte ao renascer, das causas aos efeitos...], o primeiro doador do conhecimento humanidade. Uma tradio que se conserva ao longo dos sculos e fontes de ensinamentos manicos. Destaca-se, nessa Tradio, o caminho que leva ao conhecimento, com um propsito duplo: ensinar tcnicas e prticas para superar as limitaes humanas (...) e estudar a ordem csmica trabalhando dentro dela (...); o hermetismo a coincidncias desses dois objetivos. O aspecto filosfico do Hermetismo, conforme aponta Rolin (op. cit.; complementado), baseia-se na doutrina das correspondncias, em que se associa cada planeta a um poder como, por exemplo, Mercrio inteligncia, Vnus ao desejo e Marte ira; o ser humano, nesse contexto, um microcosmo que contm as mesmas energias do macrocosmo e que durante a vida trabalha com essas potencialidades [pedra bruta] com a esperana de refin-las [pedra burilada] para que emerjam como virtudes; mas, se predominar a pedra bruta a viagem se torna difcil e, como efeito, no se tem a elevao. A tradio Hermtica baseia, em parte, a alquimia e a Cabala. Destaca-se, no contexto manico, a linguagem e simbologia hermtica alqumica com notvel profundidade em todas as vertentes da cultura do sculo XVII.] [15: A Tradio Alqumica trata das foras mais sutis da natureza e das diversas condies em que tais foras atuam. Metzner (2011), ao considerar relaes entre a maonaria como a alquimia e tradies hermticas, destaca a criao, no Iluminismo, da Maonaria Especulativa, como pedreiros para ensinar a trabalhar a autotransformao. A Maonaria, mediante tradies orais e ritualsticas, continua a incorporar, sem exclusivismo, os ensinamentos da alquimia disfarados de novos smbolos e velados em metforas. Os artesos, os alquimistas e os mdicos que usavam pedras em construes, elementos para transformao e extratos botnicos e minerais para a cura, respectivamente, foram associaes paralelas e secretas que desenvolveram componentes esotricos e estavam preocupadas com as prticas psquicas e espirituais da autotransformao. Associaes hermeticamente fechadas por razes tanto polticas (evitar perseguies) como psicolgicas (evitar maus entendimentos e desvios). O aspecto da transformao psquica e moral est implcito na Maonaria e o uso de ferramentas e materiais para a construo do Templo Interior so metforas para o uso da energia interior. Oportuno mencionar, nesta nota, a manifestao de Metzner (op. cit.) de os construtores prestarem ateno no apenas nos aspectos estruturais e energticos de sua construo [o ter], mas como ela afeta a psique na pessoa [o SER], a psique coletiva [fraternidade, solidariedade etc.] e como levar adiante o melhor do ensinamento na transformao.]

Tais representaes so feitas a partir de chaves de interpretaes de antigas expresses simblicas com significados e aplicaes atualizadas, para gerar conhecimentos (repetindo, informaes em um contexto, significado, interpretao, vivencia e necessrio vnculo com a pessoa) da Arte de construo(Arte Real, no contexto manico, que leva perfeio humana) moral e da elevao intelectual e espiritual. Mas, essaArte , tambm, uma expresso simblica que se pratica na construo e elevao espiritual do homem (...); daquele estagnado no comodismo, cado no vcio, ignorante de valores morais, irreflexivo, intolerante - fundamentalista etc. Uma expresso da Arte de construo que compreende conceitos, peas e ferramentas de trabalhos com sentidos msticos e profundos simbolismos, carregada de informaes (significados) para ensinamentos manicos. Peas e ferramentas de trabalhos que o iniciado deve conhecer e extrair delas significados e essenciais para realizar a obra criadora da Luz Divina. Peas e ferramentas, tais como:a.1) o avental, smbolo do trabalho, fsico, intelectual e moral: sua descrio (a representao feita pelo dado) a de um retngulo (...) com desenhos, cores (...) especiais ou diferenciados, conforme seja o grau que representa e o rito em que se usa esse smbolo; em cada caso tem (poder ter) interpretaes e significados ocultos para o profano;a.2) o compasso, uma figura a ser descrita por dados que definem esse objeto de contedo simblico como indicar a medida na pesquisa, - formas de raciocnios e pensamentos, e a ao do esprito ao traar crculos e representar infinitos, a Loja (...);a.3) o esquadrodescrito como a unio, por um lado, da linha vertical com a linha horizontal; esse obejo simboliza a retido de atos e a ao do homem sobre a matria e sobre si mesmo: o dever de regular a conduta e ao pela linha e pela rgua manica, pelo temor a Deus; comunica a ideia inflexvel da imparcialidade, preciso de carcter e moralidade; junto com o compasso, simbolizam a materialidade e espiritualidade do humem;a.4) o cinzel, smbolo de discernimento e do conhecimento adquirido na pesquisa para lapidar a pedra bruta: aprimoramento da condio humana quando se tem tenacidade e perseverana no que se faz e de como se faz; traos da teoria do conhecimento manico;a.5) o prumo, smbolo de profundeza na observao: a observao e registro no dado precisa de uma chave para a interpretao que se esconde neste smbolo, mas que o iniciado pode ler;a.6) o nvel, smbolo do uso ou aplicao correta da pesquisa e do conhecimento como o que sustenta a igualdade social representada por esse instrumento;a.7) a rgua, smbolo do mtodo, da lei justa, da preciso na execuo e andar correto.Entre outros instrumentos observados e representados em Altares[endnoteRef:16]do Templo Manico como , - o principal, o Altar do juramento, um smbolo maior e complexo da Maonaria. [16: Alm do Altar dos Juramentos em geral, de forma triangular, situado no interior do Templo, rodeado por trs colunas que sustentam as luzes da divindade, - a onipotncia (sabedoria), a oniscincia (fora) e a onipresena (beleza) e onde se encontram paramentos da Loja e o Livro da Lei, na formao da egrgora do Ir para o erguimento de templos virtude, tem-se mais sete altares: no Or: 1) o Altar do VM, em plano mias elevado e ao fundo; representa o trono de Salomo com a coluna da sabedoria e onde se encontram um dossel azul, - proteo e inspirao do GADU, o ritual do grau, a espada flamejante e trs luzes; 2) o altar dos PERF que exala o aroma da inspirao; 3) o altar do SECRET, junto balaustrada; 4) o altar do ORAD, junto balaustrada; no Oc: 5) o altar do 1O. VIG; 6) o altar do 2O. VIG; 7) o altar do CHANC, junto balaustrada; e 8) o altar do TES, junto balaustrada.]

H uma estreita e direta relao, por vezes complementao, entre smbolos ritualsticos e lendas que o iniciado aprende (conhece e internaliza) em sua formao e crescimento espiritual. A parte que segue trata dessas narrativas, representadas por dados, de fatos histricos, por vezes ampliados e transformados para um propsito: o ensinamento.b) Lendas, carregadas de profundos ensinamentos em dimenses como a mstica, a csmica, a espiritual, a religiosa e a filosfica (sem desconexes com a realidade local), entre outras, cada uma com a sua corresponde chave interpretativa. Portanto, sem o simplismo e errado sentido de serem boatos, mas, relatos simblicos ou alegricos de fatos da natureza, de ideias, de leis (...), como a Lenda da construo do Templo de Salomo por Aprendizes, Companheiros e Mestres e a Lenda do Obreiro Perfeito, como alegoria da Perptua Obra Divina (FIGUEIREDO, 1996, p. 221).c) Smbolos; alegorias; fatos histricos; princpios, alguns mencionados na prpria definio; leis manicas (...). So exemplos os smbolos da arte de construo (observados, descritos e registrados pelo dado e informao transcendentes), hermticos, alqumicos, cabalsticos etc.As alegorias ou obras artsticas para representar uma ideia abstrata por meio de forma que a torne compreensvel, como o caso do painel do grau, a principal alegoria e parte de uma das definies sintticas da Maonaria; fatos como os histricos, dentre os inmeros, a participao da Maonaria na proclamao da Repblica no Brasil; princpios e leis manicas.Leitura - compreenso-conhecimento que o iniciado deve ter ao captar (observar ou ler), interpretar e internalizar significados: uma questo filosfica de valor (axiolgica). Observe-se que essa questo , tambm, um aspecto importante da cincia e pesquisa na Maonaria.A observao criteriosa de fatos, sejam eles materiais e mensurveis, observveis e registrveis ou representaes simblicas de coisas e, em especial, de lendas que compem os 33 graus do REAA, com base em suas representaes, e na sntese dessas representaes, - emblemticas, pressupe(requer) uma ampla e pertinente reviso de literatura relacionada direta e significativamente com o tema, por ocasies de iniciaes, elevaes, exaltaes, "viagens" epassagens por cmaras de reflexes (aspecto formal) e de mudanas de hbitos e comportamento, de atitudes e relacionamentos(reforma ntima). a efetividade, no sentido de descobrir o que certo fazer, o que tem que ser feito e faz-lo da melhor forma possvel, ou a relevncia do trabalho reflexivo de EPC que a Maonaria espera de seus eternos aprendizes quando tais construtores possam filosofar e esse pensar profundo e por conta prpria, sincero, comprometido (...) leve ao disciplinar - educar sentimentos e sustente atos e comportamentos no apenas em sentimentos, mas em princpios [endnoteRef:17]da Ordem. [17: Princpio. ApontaPike (1871) em sua obra clssica Moral and dogma que "Boa parte dos homens tem sentimentos, mas no princpios. Os primeiros so sensaes temporrias, enquanto os ltimos so comovirtudes permanentemente impressas na alma para o seu controle [admite-se, no texto, que tal controle possa ser racional e com evidncias em estudos, pesquisas e cincias]. Os sentimentos so vagos e involuntrios; no ascendem ao nvel da virtude (...), porm brotam espontaneamente em cada corao; enquanto que os princpios so regras de conduta que moldam e controlam nossas aes [esse o foco da Maonaria]. H clares ocasionais de sentimentos generosos e viris, um esplendor fugaz de pensamentos nobres e elevados, que iluminam a imaginao de alguns; mas, no h calor vital em seus coraes, permanecendo frios e estreis (...), sem vitria sobre si mesmo, permanecem imveis (...) no cultivam Maonaria com zelo, determinao e regularidade como fazem em suas profisses [profissionais com sucesso] e para com os interesses profanos. Sua Maonaria se dilui em sentimentos vagos e faltos de resultados prticos; perdem-se em palavras ocas e clichs vazios (...); muitos manifestam ser bons Maons; mas, preciso que resistam a certos estmulos, que sacrifiquem determinados caprichos, que controlem apetites e sedes (...). [Tais exigncias evidenciam condies necessrias para ser maom]. Maonaria ao, no inrcia. Ela exige de seus iniciados que trabalhem, ativa e zelosamente, para o benefcio de seus Irmos, de seu Pas e da Humanidade. a defensora dos oprimidos, do mesmo modo que consola e conforta os desafortunados [essa defesa e consolo, com humildade, tm fundamentos em EPC que se planeja, executa e pratica com critrios e responsabilidade].]

O disciplinar - educar est associado, mais do que associado, depende do filosofar, da meditao; da reflexo que, no conceito hegelianista, alinha a conscincia em si mesmo e aproxima natureza. So aspectos objetivos (prticos de o como fazer? produzir? comunicar? etc.: o ter) e aspectos subjetivos (praxis de valores, ideologias, atitudes etc.: o ser) implcitos na efetividade e compromisso consciente com a existncia do ser ativo e reflexivo.--------------------No Desenvolvimento se apresentam os assuntos, analisados em um EPC, de maneira ordenada, - com lgica e sequncia, e com detalhes, - apenas os necessrios e convenientes em cada caso, em exposies, tais como: a) descries e anlises de fatos (os observados, registrados com dados, sintetizados e analisados) e apresentao normalizada de ideias; b) em argumentaes: defesa de ideias pelo raciocnio lgico e com base em evidncias dos fatos; e c) em discusses como exerccios reflexivos e de interpretaes na defesa ou validade-sustentao das ideias.Os assuntos tratados no Desenvolvimento podero ampliar ou desdobrar informaes apresentadas na Introduo como so as de justificativa ou convencimento ao exaltar a importncia da matria tratada e a necessidade - oportunidade e relevncia de sua abordagem; assuntos de possveis contextualizaes do problema e da metodologia.As abordagens do desenvolvimento, no caso da Maonaria progressista e sintonizada com a cultura e cincia de seu tempo, no dispensam avanos em reas como as de metodologia cientfica, informao, comunicao, biologia, economia, sociologia e direito, entre outras, adequadas realidade e aos grandes assuntos manicos colocados em focos de EPC. Dentre tais assuntos, destaca-se o esclarecimento de suas aes e participaes coletivas em prol da humanidade; de sua justia e perfeio com os justos e perfeitos sem, contudo, rejeitar os injustos, ignorantes e imperfeitos, tornando-os alvos para serem auxiliados, quanto possvel e instrudos, sempre, pela Ordem.O primeiro e mais importante dos assuntos considerados no Desenvolvimento o reconhecimento e a caracterizao, pelas suas causas e delimitaes como as de tempo, espao e detalhes, de um problema ou de uma oportunidade para o tratamento em um estudo ou pesquisa. preciso ter presente que aquele que no sabe o que procurar e onde se situar para se preparar, definir objetivos e escolher um caminho e instrumentos para percorr-lo, tampouco sabe o que encontrar e, pior, no sabe se o que vai encontrar pode ser aplicado e til ( o que se quer). Qualquer caminho, meio para percorr-lo e resultado alcanado, nesse contexto de indefinio e incertezas, impe-se sem comprometimento (pela omisso do alvo) nem objetividade (pela insatisfaocom o encontrado para atender o alvo).O problema ou a oportunidade, para que o estudo, pesquisa ou cincia tenha comprometimento e objetividade, deve ser importante no contexto que o compreende (esse contexto pode ser social, o lar, o ambiente de trabalho etc.), reconhecido na observao com valor e delimitado em diversos campos (viabilidade tcnica e operacional).Neste caso, a importncia, o reconhecimento e a delimitao a considerar so relacionados com o fim (objetivo final) de alcanar a elevao intelectual e o aprimoramento moral auxiliados com a soluo de um problema. Um problema que serve de referncia na orientao e na definio das fases seguintes de um estudo ou pesquisa. So importantes referncias, tanto da origem (a situao com o problema: acena para a escolha de meios: informa) como do destino (a soluo ao tratar o problema: acena para atender condies de adoo da soluo: comunica), que, no primeiro, define-se, ao se respondero quefazer? eo por que fazer? (...): a delimitao e caracterizao do problema; e, no segundo, objetiva esclarecer, auxiliar, instruir, preparar, educar, elevar (...) pelo contedo til e oportuno do saber com sabor de verdade (gosto refinado que o mtodo cientfico possa oferecer) e forma de beleza (formalizao que pode ser auxiliada pela sistematizao, pela ilustrao, pelo simbolismo).A parte que segue destaca dois aspectos bsicos no incio de um de estudo ou pesquisa com propsitos de elevao intelectual e moral. O primeiro: a dificuldade ou insatisfao, a perturbao ou limitao (...) que o iniciado experimenta e livremente deseja superar para evoluir; dedica-se a meditao profunda orientada para a procura de uma (ou da) soluo; por vezes, basta-lhe um momento de desconcentrao para t-la; um resgate de algo profundo e incgnito; em outras, precisa de ajuda e deve levar o problema para estudo ou pesquisa.O segundo aspecto a traduo do problema observado e medido, registrado e sintetizado com suas causas, para o mtodo da cincia, para a metodologia manica, sem manipul-lo ao pretender adaptar o problema para estudo a um problema de estudo. Apenas coloca-lo no arcabouo metodolgico cientfico, simplificando-o e testandoajustando procedimentos, tcnicas e mtodos realidade objeto de estudo ou pesquisa: a realidade que condiciona o tratamento em sua especificidade, dosagem e conforme a deciso e vontade em ao do iniciado.

2.1 O Problema para Estudo ou para Pesquisa o Problema de Estudo ou de PesquisaThe formulation of a problem is often more essential that its solutions. Utilizaria 55 minutos para definir o problema e 5 minutos para resolv-lo. Resposta ao que faria se dispusesse de uma hora para salvar o mundoA. EinsteinPretendia-se compreender a realidade, desde a antiguidade e at o sculo XVI, fazendo perguntas e buscando respostas, mediante lgicas e introspeces que, ao longo do tempo, evoluram. O pesquisador, nessa busca, era parte integrante do processo.Com Coprnico, Kepler, Galileu, Descartes, Bacon, Newton e Locke, entre outros citados por Garcia (2011; Origens e evolues das cincias e da pesquisa), experimentaram-se mudanas no mtodo cientfico com novas formas de examinar e estudar a natureza. Os mtodos de compreenso passaram a depender de medies e quantificaes de fatos relevantes da realidade a explicar, a entender,a manipular. A objetividade passou a ser um componente crtico do mtodo cientfico e o pesquisador se tornou observador em lugar de participante.A orientao para definir o incio da investigao era feita mediante perguntas com a expectativa de ter respostas baseadas em fatos e evidencias que pudessem ser observadas, experimentadas e testadas: perguntas com possibilidades de serem respondidas. A evoluo, nesta parte do mtodo cientfico e segundo fontes consultadas por Garcia (op. cit.), chegou at o atual paradigma no pensamento mecanicista limitado pela insuficiente flexibilidade e restringida adaptabilidade aos novos tempos. No pensamento mecanicista se admitem, como razoveis nveis de variabilidades, estados, fatores e condies, por vezes criticas, em aspectos sintetizados a seguir.a) A estruturao do problema da cincia, determinada, em parte, pelo mtodo analtico em que para conhecer suficiente desmontar, - desagregar o problema para entend-lo.Na realidade, os problemas esto estreitamente interconectados, sendo, com frequncia, insuficiente a fragmentao, pois, dessa forma, poder se gerar novos problemas. preciso, nesse contexto, superar a percepo reducionista e do supor e acreditar, alm do simplismo, comodismo e procrastinao.Em geral, problemas como fome, pobreza, subdesenvolvimento, analfabetismo, insalubridade, deficincias ou falta de saneamento e segurana, poluio, degradaes-perdas de ambientes, terrorismo, fundamentalismos (...), em nveis coletivos, ou problemas como os da ignorncia (to distante da verdade quanto o preconceito), a falta de tica (generalizada), o egocentrismo (dominantes), a supremacia do material sobre o espiritual (...), em nvel individual, no so assuntos problematizados isolados que possam ser tratados ao considerar seus sintomas ou como se fosse consertar um relgio ao trocar uma pea quebrada. preciso buscar e ter uma nova viso que, segundo filsofos modernos do mtodo cientfico, pode-se orientar para um novo paradigma das cincias, - o da perspectiva no pensamento sistmico. Lidar com fenmenos e situaes insatisfatrias, - o problema, nessa perspectiva, exige explicaes baseadas em inter-relaes de mltiplas foras ou fatores em diversas dimenses (aes multidisciplinares que confluem para um resultado transdisciplinar).Em geral, o problema deve ser visto com clareza e preciso; mas, para ver preciso entender e desejar um problema a ser solucionado; solucionar o problema: para solucion-lo preciso refletir sobre suas causas e interaes; estabelecer ou elaborar hipteses: para se ter essa definio preciso reduzir o desejado a solucionar ao conhecido e universal, testando-o. Observe-se, nessa relao, que a definio do problema o incio e referncia constante de um estudo ou pesquisa; representa a etapa mais demorada e difcil.b) A estabilidade do ambiente. Ainda em ambientes naturais bem comportados e relativamente simples no se compreende, o suficiente, essa estabilidade e, diante incertezas em intervenes (problemas de conhecimentos inconsistentes), tem-se instabilidades e perdas.c) A baixa complexidade dinmica. Trata-se de um pressuposto crtico diante a realidade de muitos fatores em complexas interaes, relaes dinmicas e retroalimentaes.[endnoteRef:18] [18: Retroalimentao; conceito definido e utilizado, entre outros campos, em teorias como a de sistemas e do controle, na psicologia e na biologia, para indicar o procedimento mediante o qual parte do sinal de sada de um sistema retorna a entrada para modificar o processo (diminuir ou ampliar ou desviar ou controlar etc.) e a sada do prprio sistema. Apesar do sentido estrito, refira-se ao retorno de um efeito para uma causa de um fenmeno, no mbito das interaes humanas no se trata de um processo simples. O conceito faz parte do pensamento sistmico, notvel no mtodo cientfico moderno, e compreende anlises de interaes, de ciclos de retroalimentaes, em lugar de cadeias lineares de causas e efeitos e anlises de processos de mudanas ao longo do tempo, - dinmica, em lugar de momentosa estanque, de modelos.]

d) A reduzida influncia de percepes de diferentes atores a partir de seus interesses, entre outros pressupostos mais ou menos crticos do pensamento mecanicista.A realidade composta tanto de aspectos positivos dominantes a serem preservados quanto de aspectos negativos possveis de controle ( o campo da cincia) o cenrio; um cenrio de diagnsticos prospectivos, de fatos e fenmenos inter-relacionados, complexos, dinmicos (...); um cenrio diferente do assumido pelo pensamento mecanicista.O estudo ou pesquisa, no cenrio moderno, requer de uma nova abordagem, um novo paradigma, com novos pressupostos para superar o tudo organizado com caractersticas e propriedades emergentes de interaes e causalidades contingentes e buscar a concepo da realidade em termos de padres de interaes dentro de contextos maiores, em distintos nveis sistmicos da realidade, - aninhados e entrelaados, com diversos graus descritivos de organizao. nesse tecido com realidades de fluxos de atividades e processos inter-relacionados, e no elementos ltimos (ou causas primrias), que se encontram os problemas para/das cincias com possibilidades de solues. Problemas que fazem parte de uma organizao ou estrutura sistmica, interagindo, por vezes, com atributos positivos do prprio sistema.A soluo de partes negativas priorizadas, nesse sistema, requer a aceitao pelo tecido; uma soluo direcionada para o controle de apenas a parte negativa desse todo, porm, no isolada do sistema; o ideal, desintegr-lo e dirigir o combate a essa parte desguarnecida, a semelhana do que ocorre e se projeta em tratamentos com recursos nanotecnolgicos. [endnoteRef:19]Essa aceitao e direcionamento tem sua origem na percepo (real e suficiente) do problema; na maneira como a dificuldade traduzida ao mtodo cientficos; e na forma como a soluo comunicada-integrada ao sistema: gerada conforme as caractersticas desse sistema para que nele seja integrada. [19: Que recursos nanotecnolgicos so utilizados e se projetam para o tratamento de doenas? Antes de responder questo conveniente definir conceitos. De acordo com Duran, Marcato e Teixeira (2010), a nanotecnologia refere-se tecnologia utilizada para manipular estruturas muito pequenas, tornando possvel a criao de estruturas funcionais que poderiam ter sido inconcebveis utilizando a tecnologia convencional; a nanotecnologia combina diversas reas do conhecimento, tais como qumica, fsica, biologia e engenharia, em arranjos multidisciplinares, com resultados transdisciplinares quando, por exemplo, propriedades fsicas e qumicas so aletradas gerando novas possibilidades de aplicaes e diferentes fenmenos (...). Dessa forma, descobrem-se novas propriedades de efeitos qunticos e se tem um grande potencial de manipulao do cdigo genticos em molculas do DNA; modificaes, nesse nvel molecular de diferenciao, levam ao surgimento de doenas; com o entendendo desse processo se pode chegar ao controle de doenas. Esta parte fascinante das cincias, a nanobiotecnologia, - a fuso da biotecnologia e a nanotecnologia, para estudo, processamento, fabricao e desenho de dispositivos orgnicos com aplicaes em biologia molecular e gentica, diagnsticos pela fsica mdica e desenvolvimento de nanofrmacos, relaciona-se com doenas do esprito, com doenas que decorrem de anormalidades sistmicas, orgnicas e funcionais: efeitos de (...); tais efeitos so, por vez causas de molstias como o estresse e depresso. Em outro sentido, as aplicaes da nanotecnologia podem-se associar ao bem-estar, com novos materiais (leves, mais resistentes, mais maleveis, biodegradveis etc.); com avanos na agricultura (produtos com novas propriedades alm das nutricionais); medicina (terapia, controle, preveno etc.); meio ambiente; energia etc.]

Por vezes, algo que o iniciado, a famlia, a sociedade (...) julga e avalia como apenas um pequeno e tolervel: desvio, falta, vcio, atraso, comportamento, atitude (...) sem importncia, pode se desenvolver e afetar atributos maiores, afetar todo um sistema. Mas, ainda que no se desenvolva esse pequeno, tolervel e sem importncia problema, o sistema depende da fora, da integridade (...) de cada ligao ou, depende da fraqueza, da incompletude (...) de apenas um nico link. [endnoteRef:20] [20: A importncia de uma pequena coisas. No sistema de elementos interdependentes, dinmicos (...) no existem pequenas coisas, nem desprezveis consequncias. Conta a lenda que pela falta de um prego, o cavalo, sem ferradura, se perdeu; pela falta do cavalo, o cavaleiro se perdeu; pela falta de um cavaleiro, a batalha se perdeu; pela falta da batalha, o reino se perdeu; e tudo pela falta de um prego de ferradura. preciso, apesar da lio da lenda, dar certa interpretao s coisas conforme sejam o ambiente, as circunstncias, pois a tolerncia e coexistncia tm suas vantagens e valor. A sugesto, no campo da pesquisa, por um tratamento integral de todas as coisas indesejveis, o tornam impossvel (...). racional (inclusive do ponto de vista econmico) e operacional definir prioridades e estabelecer o que deve ser tratado de imediato, o que se pode adiar e o que o sistema tolera.]

preciso, em um estudo ou pesquisa, ordenar e estabelecer escalas de prioridades para tratar o que necessrio, estratgico e no racional adiar em determinado contexto. Assim, gerar a soluo destaca outro aspecto do problema: o conhecimento do ambiente que o compreende: a contextualizao do problema, suas causas e efeitos em um contexto, - o da realidade. A perspectiva de conhecimento, controle e regulao de um sistema complexo uma preocupao antiga e uma forma tradicional de aplicao do conceito de sistema que se observa em, por exemplo, a ciberntica ao buscar eliminar variaes exgenas indesejveis com a instituio de mecanismos para se ter um comportamento desejvel. Isto demanda a compreenso da natureza e sua estrutura e da funo e comportamento dinmico que responde pela estabilidade ou instabilidade, pelo crescimento ou queda em um sistema natural, econmico, social (...); uma compreenso em todos os nveis. Esta introduo definio de um problema explica a importncia do problemae o tempo gasto por Einstein, em termos relativos (91,7% do tempo disponvel) para defini-lo.As respostas s questes metdicas, em quanto no houver migrao para um novo paradigma de fazer cincia, permitem definir, por exemplo, um problema que limita a expresso do ser, uma oportunidade que se perde para crescer, o desequilbrio que impede conviver, o vcio que deforma fsica e moralmente, a impulsividade agressividade que humilha e afasta do convvio humano (...). o incio, no atual estado da arte e cincia, razo e referncia do processo de um EPC. o referencial para planejar, desenvolver e aplicar um resultado que se oriente para auxiliar ao iniciado a superar a limitao, aproveitar a oportunidade, equilibrar relaes, controlar ambientes e seautoeducarpara conviver com seu semelhante e no ambiente natural compartilhado. a partir desse estado insatisfatrio conhecido ( o sentido de o problema para pesquisa) que se planeja e busca: o que fazer? O como fazer? O quando fazer? O quanto fazer? com quem fazer? para que e para quem fazer?(...) e a esse mesmo estado, evoludo ou no, deve-se retornar para, com o resultado do estudo e pesquisa, provocar a mudana que se deseja e seja possvel: um novo estado aceitvel e satisfatrio tanto pela contribuio do estudo ou pesquisa quanto, em especial, pela vontade ou desejo do iniciado ao incorporar esse resultado e vivenci-lo para se elevar.O processo de delimitao e definio do problema no poder ser planejado, - em um projeto, nem desenvolvido de maneira adequada e proveitosa-til, em um estudo ou pesquisa, se no for:a) Bem colocado com suficincia de detalhes (sem redundncia; o sentido de conciso ou reduzido ao essencial, mas explicativo do problema, e apenas do problema em foco) e com a necessria objetividade;[endnoteRef:21] convenientemente arranjado, entre atores interessados, e com coeso e coerncia[endnoteRef:22]necessria para se ter a correta descrio do estado inicial objeto de estudo ou pesquisa. [21: Objetividade, o que objetivo e externo conscincia por causa da imparcialidade na observao relevante (...) e sem subjetividade (quanto possvel: controvertido) no tratamento da informao com valor. Um assunto considerado, - parte da epistemologia, em EPC, nos termos da linguagem prpria, a tcnico-cientfica, tratado de maneira direta, imparcial e simples, no simplista, obedecendo a certa sequncia lgica, ordenada e crescente de conceitos, de ideias e de resultados. Devem-se evitar, nesse tratamento, desvios do assunto e consideraes irrelevantes, mas, ao esclarecer ou complementar ideias apresentadas no texto, podero aparecer em curtas notas de rodap ou em anexos e apndices especficos.] [22: Complementa a nota n. 1. Os assuntos tratados na pesquisa devem ter coeso, - unidade lgica e proximidade de seus elementos em uma frase ou proposio; coerncia, - ligao, nexo ou harmonia entre os elementos de uma unidade para expressar uma ideia; e progresso na exposio lgica de ideias. Dessa forma, facilitam-se a comunicao (pela conformidade, exatido, rigor etc.) e a leitura e interpretao (direta e simplificada).]

A descrio do estado inicial, pela objetividade que se requer nessa definio, precisa de descritores e indicadores, definidos e aplicados com clareza[endnoteRef:23]e preciso, - as devidas e possveis em cada caso. [23: Complementa a nota n. 1. Clareza e preciso, com o uso adequado da linguagem tcnico-cientfica, para facilitar e favorecer a leitura e o entendimento da mensagem, - parte da sistematizao e normalizao. Para isso, preciso apresentar as ideias em formas e estilos sucintos e com a linguagem precisa, dando a(s) devida(s) nfase(s) (s) ideia(s), - as que devem ser destacadas e unidade do texto, a ser mantida; evitar explicaes irrelevantes e/ou redundantes; usar o vocabulrio preciso, o de cada disciplina; e resguardar-se de usar termos e expresses vagas e/ou ambguas. Todo isso contribui para a clareza, preciso e objetividade do texto, atributos indispensveis na comunicao cientfica.]

Ao dispensar tais exigncias no admissvel responder ao questionamento de orientao indicado acima; sem essas respostas consistentes no se define o problema com coerncia; sem essa definio no se escolhe o caminho e os meios de percorr-lo a fim de alcanar uma soluo til e aplicvel para o controle do problema; por fim, o alcanado, ao se omitir esse processo de orientao, de definio, de escolha (...), poder ser apenas uma suposta, imaginada ou colocada soluo de incerteza ao se ter a dvida nas fases precedentes: os que no conhecem caminham na escurido e nunca podero ver a luz.b) Se as motivaes de natureza prtica - material ou intelectual - espiritual no forem satisfatrias e convincentes o necessrio para justificar o estudo ou pesquisa com suas correspondentes finalidades-meios. Sem atender os propsitos dessas fases intermedirias oudas finalidades-meios no se alcanar o objetivo-fim.c) Se no existir algum, - o sujeito com a necessidade e vontade de superar um problema (por exemplo, perde de uma oportunidade, limitao, desequilbrio, vicio, impulsividade-agressividade) que espera e adotar o tratamento (por exemplo, aproveitar, superar, equilibrar, controlar, educar-dominar); e, do outro lado, algum capaz de traduzir a necessidade do primeiro para o mtodo cientfico e gerar - transferir a soluo para esse sujeito, entre outras condies pertinentes e motivos de destaque na definio do problema para(perspectiva do cliente) /de (perspectiva do pesquisador, da cincia) estudo ou pesquisa.Em alguns casos o sujeito que tem o problema e o sujeito que gera- adota o tratamento pode ser o mesmo: este documento um exemplo desse caso. O sujeito que EPC com critrios tcnico-cientficos, objetividade, evidncia no fato da realidade alvo e sistematizao adequada e que alcana um resultado (um benefcio)desse estudo ou pesquisa deveria publicar essa experincia. Seria, ao faz-lo, uma experincia que transcenderia o processo instrutivo e se potencializaria (um novo valor)pelo fim educativo que traz a comunicao.Com frequncia, o problema ou a oportunidade a ser tratada em um EPC pode parecer simples, fcil e at cmodo (simplista) apresent-lo como uma pergunta, mas no decorrer do desenvolvimento surgem as complexidades inerentes ao tema problematizado e as dificuldades de representao, sntese e tratamento com os recursos cientficos e dentro das possibilidades reais de um estudo ou pesquisa.O problema de pesquisa ser tanto maior quanto menor for o conhecimento da realidade, sua delimitao, contexto ou cenrio e a especificao-caracterizao das principais causas no problema para pesquisa. Conhecimento sem simplismo, mas, com realismo e exequibilidade tcnica e operacional. Da a necessidade de se ter a melhor (a mais completa) caracterizao e delimitao do problema para pesquisa a fim de facilitar a expresso e traduo desse estado problematizado em um problema de pesquisa.Trata-se, em ambos os casos, de uma definio essencial que deve considerar tanto aspectos prticos (exigncias de tempo para realizar o estudo, dedicao, orientao, disponibilidade de dados etc.) como intelectuais (competncias e habilidades para entender o fato, "traduzi-lo" ao mtodo e trata-lo no EPC).O iniciado, ao decidir fazer um estudo ou pesquisa e no comeo, com a primeira tarefa a desenvolver, - definir o problema para (...), auxiliado, orientado e incentivado pela Ordem a se expressar com liberdade, sinceridade e vontade. Esse iniciado supera a dvida ao conhecer seu problema e, repetindo, comea a se afastar do ignorante que no duvida porque desconhece que ignora. O que a Ordem no pode fazer emprestar animo e vontade para que ele possa agir; obrig-lo a trabalhar em prol de seu progresso moral e espiritual ao superar um problema. Isso depende exclusivamente dele e da reflexo e motivao que possam anim-lo a caminhar para a frente.Este documento, apesar da abordagem simplista em alguns aspectos, uma orientao, terica e ilustrativa - operacional, de um dos aspectos formais, o metodolgico, para planejar e desenvolver um estudo ou pesquisa com fins de elevao intelectual e moral.--------------------Com frequncia, os textos de metodologia cientfica e, com frequncia, documentos disponveis e acessveis na Internet e em outros meios de informao sobre o assunto, apresentam o problema como uma pergunta que pretendem responder com o estudo ou pesquisa: diante a incerteza ou dvida na fase inicial no h escolhas de meios nem de caminhos, um passo adiante; de objetivos nem metas, outro passo; de cronogramas e resultados a alcanar.A apresentao do problema e seu desdobramento, em tais referncias, resultam aqum, inclusive de uma viso mecanicista (com breve descrio acima), insuficientes para dar incio a umestu do ou a uma pesquisa com os propsitos indicados nesta sntese.Os exemplos que seguem (relao e meno ilustrativa de apenas uns poucos casos) descrevem essa apresentao considerada (ou suposta) falha, incompleta ou de escasso valor:a) Marconi e Lakatos (1996, p. 24), ao especificar o planejamento da pesquisa e no item formulao do problema, consideram:"Problema uma dificuldade, terica ou prtica, no conhecimento de alguma coisa de real importncia, para o qual se deve encontrar uma soluo. Definir o problema significa especific-lo em detalhes precisos e exatos (...); deve haver clareza, conciso e objetividade. O problema deve ser levantado, formulado, de preferncia em forma interrogativa (negritado ausente da fonte consultada) e delimitado com indicaes das variveis que intervm no estudo de possveis relaes entre si".b) "A formulao do problema prende-se ao tema proposto; ela esclarece a dificuldade especfica com a qual se defronta e que se pretende resolver por intermdio da pesquisa. Para ser cientificamente vlido, um problema deve passar pelo crivo das seguintes questes: pode o problema ser enunciado na forma de pergunta? (negritado ausente da fonte consultada); corresponde aos interesses pessoais (capacidade), sociais e cientficos, isto , de contedo e metodolgicos; esses interesses esto harmonizados? constitui-se o problema em questo cientfica? (negritado ausente da fonte consultada); pode ser objeto de investigao sistemtica, controlada e crtica? (MARCONI e LAKATOS, 1992, p.103-4).c) Segundo Mattar Netto (2002, p. 143) "um problema [do trabalho cientfico na era da informtica] implica uma ou mais dvidas ou dificuldades em relao ao tema, que voc se propor a resolver. Formul-lo, portanto, deve envolver perguntas, (negritado ausente da fonte consultada) que o trabalho procurar responder".d) Em Fundamentos de metodologia, de Fachin (2001, p, 108), conceitua-se assim "Entenda-se como problema uma questo (negritado ausente da fonte consultada) sem soluo, objeto de discusso e de muito estudo. um fato, algo significativo que, a princpio, no possui respostas explicativas, pois a soluo, a resposta ou explicao se faro por intermdio do desenvolvimento da pesquisa".e) "Quando se diz que toda pesquisa tem incio com algum tipo de problema, torna-se conveniente esclarecer o significado deste termo. Uma acepo bastante corrente que identifica o problema como questo (negritado ausente da fonte consultada) que d margem a hesitao ou perplexidade, por difcil de explicar ou resolver (...).Algo que provoca desequilbrio, mal-estar, sofrimento ou constrangimento s pessoas. Contudo, na acepo cientfica, problema qualquer questo (negritado ausente da fonte consultada) no solvida e que objeto de discusso, em qualquer domnio do conhecimento. Assim, so problemas cientficos indagaes, segundo Gil (1987, p. 52), tais como: Qual a composio da atmosfera de Vnus? Qual a causa da enxaqueca? Qual a origem do homem americano?"f) O problema de pesquisa deve ser formulado como uma pergunta (negritado ausente das fontes consultadas) (BRAGA, 2010; GOMIDES, 2010).Apesar do conceito pergunta ter sentidos como os de indagar, inquirir e investigar, sua primeira acepo de dvida ou interrogao