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Revista Espírita – novembro de 1867Artigo “O zuavo Jacob” – 2° artigo
Nos fatos concernentes ao Sr. Jacob, por assim dizer, ele
não fez menção do Espiritismo, ao passo que toda
atenção se concentrou sobre o magnetismo; isto tinha
sua razão de ser e sua utilidade. Se bem que o concurso
de Espíritos desencarnados nessas espécies de
fenômenos seja uma fato constatado, sua ação não é
aqui evidente porque disso fazemos abstração.
Pouco importa que os fatos sejam explicados com ou
sem a intervenção de Espíritos estranhos; o
magnetismo e o Espiritismo se dão a mão; são duas
partes de um mesmo todo, dois ramos de uma
mesma ciência que se completam e se explicam um
pelo outro. Acreditar o magnetismo é abrir o
caminho ao Espiritismo, e reciprocamente.
ÁGUA FLUIDIFICADA ou MAGNETIZADA?Baseado no texto de Jacob Melo (notebook, site)
Tanto Allan Kardec como todos os ancestrais
magnetizadores haviam empregado o termo “água
magnetizada”. Todavia, no Movimento Espírita, criou-se
um termo que não aparece nas obras do Codificador –
água fluidificada. Para os leigos, a água já é um fluido,
isto é, um líquido, portanto torna-se redundante. Que
temos feito nós com esse termo e essa prática?
Simplesmente desprezamos a base: seja a
espírita, seja a magnética. Então, quando queremos
dizer ao mundo médico que temos recursos positivos e
que estes podem auxiliar, em muito, na terapia de
diversas patologias, simplesmente caímos no ridículo,
pois o termo ao ser traduzido para o inglês, por
exemplo, fica parecendo “água líquida”.
“Hoje vejo claramente que essa mudança - de água
magnetizada para água fluidificada - praticamente
desintegrou as possibilidades da primeira.” – Jacob -
Na água magnetizada não temos como eliminar a
presença do magnetizador, conforme propõe Allan Kardec
em O Livro dos Médiuns, Cap. VIII – “Do laboratório do
mundo invisível” – Item 131 (visto na Aula 9): “O Espírito
atuante é o do magnetizador, quase sempre assistido por
outro Espírito. Ele opera uma transmutação por meio do
fluido magnético que, como atrás dissemos, é a
substância que mais se aproxima da matéria cósmica, ou
elemento universal.
Ora, desde que ele pode operar uma modificação
nas propriedades da água, pode também produzir um
fenômeno análogo com os fluidos do organismo, donde o
efeito curativo da ação magnética, convenientemente
dirigida”.
Na água fluidificada, pretensamente “transferimos” essa
ação para os Espíritos, os quais, segundo nos afirma
Kardec, estão apenas “quase sempre” dando assistência,
o que não garante que “estejam sempre presentes” no
processo.
Qual a razão de o Movimento Espírita oficial não
esclarecer que nós, os humanos, temos sim o poder de
promover as mudanças nas propriedades da água, no
intuito de que ela seja mais do que fluida (o que já por
sua própria natureza), de que seja terapêutica? E
enquanto distribuirmos apenas água fluidificada
estaremos, mesmo sem perceber, desconfigurando a
proposta de Kardec e, pior ainda, não fornecendo aos
que buscam, toda a nossa parte e capacidade de ajuda.
As hemácias ou glóbulos vermelhos têm uma
forma discal, com uma depressão central e sem núcleo,
com citoplasma rico de uma proteína chamada
HEMOGLOBINA.
Sua função principal é transportar o OXIGÊNIO (O2) do
ar que chega aos pulmões para as células do corpo, e o
GÁS CARBÔNICO (CO2), resultado do trabalho celular
(metabolismo), para os pulmões, daí sendo eliminado
para a atmosfera no processo da respiração.
Os leucócitos ou glóbulos brancos
(neutrófilos, linfócitos, monócitos, basófilos e
eosinófilos) têm formas diferenciadas, com núcleos
multiformes, e que estão relacionados basicamente
com a função de defesa e imunidade do organismo.
As plaquetas são células relacionadas com a
coagulação do sangue, ativadas pela formação de
FIBRINA nos casos de ferimentos, por exemplo.
Formação do sangue
Intra útero: baço, fígado e medula óssea.
Após o nascimento:
-Série vermelha, série mielóide e plaquetas: só na
medula óssea vermelha
-Série linfóide: na medula óssea vermelha, no baço e
nos linfonodos.
Medula óssea vermelha
Até os 7 anos: todos os ossos
Adulto: ossos chatos (quadril, esterno) e extremidades dos ossos longos. O restante se transforma em medula amarela (tutano).
Exemplos de doenças do sangue:
ANEMIA – há um baixo número de hemácias.
CAUSAS :
- PERDA: hemorragias agudas ou crônicas
- FALTA de NUTRIENTES:
Microcítica: ferropriva;
Macrocítica: falta de ácido fólico, de Vit. B12, etc.
- DESTRUIÇÃO AUMENTADA (anemia hemolítica): por
deformidade da hemácea, geralmente hereditárias:
talassemia, anemia falciforme
Hemácea falciformeHemáceas na talassemia
Anemia hemolítica:-Anemia (palidez de pele e mucosas)-Esplenomegalia (aumento do baço)-Icterícia (pela destruição exagerada das hemáceas)
LEUCEMIA- doença cancerígena da medula óssea em
que há uma produção exagerada e descontrolada dos
glóbulos brancos. O paciente tem sua imunidade e
defesa orgânicas comprometidas, sendo vítima de
infecções.
PLAQUETOPENIA - diminuição do n° de plaquetas
Púrpura trombocitopênica (<50.000): sangramento
-Idiopática Baço aumentado
-Autoimune e outras
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico é comparado a um grande exército
de defesa ativa e passiva para o organismo humano;
possui uma arquitetura de múltiplas camadas,
com mecanismos de
regulação e defesa
espalhados em
vários níveis.
a) Barreiras físicas: a pele funciona como uma espécie
de escudo protetor contra os invasores, sejam maléficos
ou não. O sistema respiratório também ajuda na
manutenção dos antígenos distantes. Seus mecanismos
de defesa incluem a apreensão de pequenas partículas
nos pêlos e mucosas nasais e a remoção de elementos
via tosse e espirros. A pele e as membranas que fazem
parte do sistema respiratório e digestório também
contêm macrófagos e anticorpos.
b) Barreiras bioquímicas: fluidos como a saliva, o suor e
as lágrimas contêm enzimas como a lisozima. Os ácidos
estomacais eliminam grande parte dos microrganismos
ingeridos junto com a comida e a água. O pH e a
temperatura corporais podem apresentar condições
desfavoráveis de vida para alguns microrganismos
invasores.
c) Sistema imune inicial: é a primeira linha de defesa
contra muitos microrganismos comuns. Ele é formado
por células fagocitárias, como os macrófagos e os
neutrófilos, além de fatores solúveis, como
complemento e algumas enzimas. As células que
pertencem a este sistema destroem e captam as
informações dos agressores, repassando-as para as
células do sistema adaptativo (linfócitos), que demora
alguns dias para agir.
d) Sistema imune adaptativo ou específico: os animais
vertebrados desenvolveram um sistema de defesa com a
característica principal de ser preventivo, ou seja, ele é
capaz de se prevenir contra qualquer tipo de antígeno.
Os linfócitos são as principais células deste sistema
imune, produzindo os anticorpos (imunoglobulinas) que
servirão para atacar de modo mais eficaz todas as vezes
que o mesmo tipo de agressor (antígeno) aparecer
(vacinas).
APLICAÇÕES PRÁTICAS
1- ALERGIAS: são reações imunológicas despropositadas
a um antígeno estranho. No alérgico, o sistema
imunológico não distingue o antígeno nocivo do que é
inócuo para o indivíduo (grão de pólen, por exemplo) e
desencadeia uma reação colossal a estímulos que não
fariam mal à integridade do ser.
2- DOENÇAS AUTOIMUNES: o sistema imunológico
ataca as próprias células do corpo, julgando-as
invasoras. Exemplos: lupus eritematoso (LE), artrite
reumatoide, esclerose múltipla, todas essas mais
comuns nas mulheres. Nos homens é mais comum a
espondilite anquilosante.
3 - REJEIÇÃO DE TRANSPLANTES: a rejeição de
transplantes deve-se ao fato de as proteínas celulares
de membrana da pessoa que doa o órgão serem
diferentes daquelas do receptor. Os linfócitos atacam e
matam as células do órgão transplantado. Este
problema pode ser reduzido pela escolha de pessoas
doadoras pertencentes ao mesmo laço familiar (pais,
irmãos, filhos) e com uso de substâncias
imunossupressoras, como os corticoides.
4 - IMUNODEFICIÊNCIA: é causada por uma baixa do
número de linfócitos ou por deficiência das células
fagocitárias (neutrófilos e macrófagos). Pode ser
congênita ou adquirida. Na congênita, o tratamento é
o transplante de medula óssea. Na imunodeficiência
adquirida, como na AIDS, há diminuição do número de
linfócitos T e o indivíduo fica propenso às infecções e
doenças oportunistas, que em outra pessoa não teriam
consequências mortais.