20/04/2013 - Jornal Semanario - Edição 2918

FERNA

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ECIA

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Mais perto

de casa

Falta de médicos suspende consultas e procedimentos das 17h às 22h e gera transtorno na unidade

São Roque sofre sem atendimento vespertino

A HORA DO POLICIAMENTO COMUNITÁRIO

Três denúncias a cada dia

Página 16

BENTO GONÇALVES, SÁBADO, 20 DE ABRIL DE 2013 – ANO 46 – N°2918 – R$ 3,00 – www.jornalsemanario.com.br

Página 14

Página 31 e Editorial

Produtores em novo endereço na terça

FEIRA ECOLÓGICA

Página 11

Bairros da cidade começam a receber núcleos policiais a partir da próxima semana

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

O Raio-X das UBSs

BGF quer conquistar primeira vitória hoje

FUTSAL SÉRIE OURO

Página 2

Recém-criada na cidade, Delegacia da Mulher registra 312 casos entre janeiro e março

Sábado, 20 de abril de 20132 Opinião

Um grito dentro do larEDITORIAL

Em sete anos de vigência, a lei nº 11.340/06, conhecida como Lei Maria da Penha, se consolidou como instrumen-to fundamental para coibir a violência doméstica e punir com mais rigor os agressores e, para marcar sua vigência, o governo federal e o sistema da justiça lançaram este mês a campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Pe-nha – A lei é mais forte”. O objetivo é dar celeridade aos julgamentos dos casos de violência contra a mulher e mo-bilizar a sociedade brasileira para o enfrentamento a esse tipo de crime. Nestes seis anos, muita coisa mudou. A lei definitivamente pegou, mas é preciso que ela seja efetiva-

mente cumprida em todos os municípios do país.

Em Bento Gonçalves, nestes sete anos de vigência, são registrados, em média, mais de mil casos de vio-lência doméstica por ano. Os números, ainda que pa-reçam altos, não alarmam a Delegacia da Mulher – outro avanço conquistado

contra a violência doméstica no município após a criação da lei. Isso porque as autoridades encaram que os índices, mais que indicar um recrudescimento da violência contra a mulher, apontam que, cada vez mais, as mulheres perdem o medo e optam por registrar a ocorrência e dar seguimento às investigações para punir o agressor.

Isso quer dizer que, a cada dia, pelo menos três mulheres procuram o posto policial específico para atender vítimas de violência doméstica para registrar uma ocorrência con-tra o agressor. Se compararmos com os índices nacionais,

A cada dia, pelo menos três mulheres procuram o posto policial específico para atender mulheres vítimas de violência doméstica para registrar uma ocorrência contra o agressor

que apontam que, no Brasil, cinco mulheres são agredidas a cada dois minutos, tudo bem, não há motivo para sustos. Mas o ponto negativo escondido nas estatísticas é que, se este é apenas o número de vítimas que confiam na Justiça, então a realidade aponta que a violência agride mais mulhe-res a cada dia na cidade.

É exatamente isso que precisa parar. É este o comporta-mento a ser combatido diariamente. Porque as consequên-cias da violência doméstica estão muito além de qualquer estatística. Por isso, é urgente reforçar a prática da lei, por-que muitas autoridades ainda se recusam a praticá-la e por-que grande parte dos avanços que a lei trouxe precisa de in-vestimentos. Não basta apenas punir, é preciso criar centros de atendimento psicossocial e jurídico, casas-abrigo, delega-cias especializadas, núcleos de defensoria pública, serviços de saúde, centros especializados de perícias médico-legais, centros de educação e de reabilitação para os agressores.

Enfim, há um longo caminho ainda a percorrer, tanto em Bento Gonçalves, na região, no estado como no país.Não é característica de um país avançado apresentar altos índices de violência contra a mulher. País desenvolvido é também país pacífico, que respeita seus cidadãos e cidadãs. A tarefa é de todos, desde as famílias e as escolas, passando pelas entidades organizadas, pelas igrejas, até chegar aos poderes constituídos, que evidentemente precisam assumir seu pa-pel de protagonista para mudar um país.

Para que uma lei tão importante como essa seja realmen-te cumprida, a ponto de transformar gerações e não apenas punir agressores, identificar vítimas e engrossar estatísticas, o poder público deve atuar em harmonia. Não basta apenas existir, ela precisa ser plena e corretamente aplicada em todos os locais do nosso país. E mais, precisa chegar à Educação.

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Uma relação de amor e ódioApontar erros gramaticais dos outros parece ser divertido.

Lê-los de uma forma condensada, mais ainda. Mas, em nome dos que já “atentaram contra a Língua” e em meu próprio nome, embora ainda não esteja nas manchetes da tal página do face que “malha” a imprensa da região, vou justificar a ocor-rência das escorregadelas:

Nosso amado e odiado Português possui um vasto voca-bulário – um verdadeiro exército, com mais ou menos 600 mil vocábulos prontos para entrar em guerra mesmo que seja em defesa da paz. A cada dia, novos soldados vão se incorporan-do às forças armadas – li que, nos Estados Unidos, surge um neologismo a cada 98 minutos. Aqui no Brasil, não sei de pes-quisa que tenha calculado o ritmo dessas incorporações, mas suspeito que clonagens ganham voz e vez diuturnamente, seja através de métodos ortodoxos – um prefixo ali, um sufixo aco-lá, uma união, aglutinação, redução... – seja pelas crias das ruas, como as gírias e onomatopeias.

Além disso, temos os estrangeirismos, que infernizam nosso cotidiano. São uma espécie de mercenários que engrossam os batalhões sem passarem por regras de seleção. Não importa o tamanho, se exibem tatuagens, se são extremistas, libidinosos, assexuados... todos entram em nosso território sem fronteiras e sem preconceitos, passando a ganhar status.

Há coisas do arco da velha, como, por exemplo, este ogro

de 46 letras, pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconitico (doença pulmonar causada pela inspiração de cinzas vulcâni-cas), que bota no chinelo o proclamado “inconstitucionalissi-mamente”. Há coisas recicladas que, de tempos em tempos, ganham novos significados. São palavras que azulam das pri-sões semânticas para curtir a liberdade de expressão. Há coisas inusitadas que nos derrubam ao primeiro ataque, ou melhor, nos deletam com um simples approach, seja através do mouse ou de um hit musical. E então? Existe winchester humano ca-paz de guardar tanta informação?

Eu sei, eu sei! A gente só faz uso de pouco mais de uma dezena de vocábulos no dia a dia, mas os exércitos estão aí, de prontidão. É só um maluco qualquer dar o sinal que as palavras disparam... E como disparam! Elas carregam armas mortífe-ras, capazes de dizimar a dignidade, o respeito, a autoestima (My God! Com hífen ou sem hífen?). Elas podem ser terríveis! Mas – é claro – também podem ser sensíveis... Há legiões de boa vontade que fazem parte dos dicionários, acolhendo, abra-çando, acarinhando, amando...

Por tudo isso, diria que nossa Língua é mãe e madrasta, com quem temos uma relação de amor e ódio. E para que a co-municação flua sem mortos e ferido, é melhor a gente respei-tar suas idiossincrasias. Até porque os críticos de plantão, que mostraram a coragem – ainda não, a cara – estão na espreita...

Denise da Ré[email protected]é

Sábado, 20 de abril de 2013 3Opinião

JOÃO FARIA NETO, PRESIDENTE DA TODESCHINI, DURANTE LANÇAMENTO DA NOVA LINHA DE MÓVEIS, CHAMADA DE IDENTIDADE

A Todeschini embarca mensalmente para todo o

Brasil cerca de 600 toneladas de móveis produzidos em

Bento Gonçalves

Você já olhou os painéis publicitários na cidade? Então, você é favor da

sua colocação?

TrêsPontos... “Não, eu sou totalmente contra, porque, além de ser uma poluição visual, tira toda a atenção dos motoristas, inclusive po-dendo ocasionar aciden-

tes. Acho que a lei deveria ser mais rígi-da”. Álvaro Becker, 56 anos, delegado de polícia, morador do Centro.

“Acho que eles dão uma ideia boa de marketing, mas, ao mesmo tempo, vira uma poluição para nossos olhos, e acabam atrapalhando, e isso é

prejudicial, principalmente no trânsito”. Fernanda Wons, 21 anos, universitá-ria, moradora do bairro Maria Goretti.

“Sou contra porque atra-palha a visão de muitos motoristas e pode oca-sionar acidentes, até por-que, eles ficam em posi-ções totalmente contrária

de onde deveria ser”. Domingos Izair de Lima, 48 anos, auxiliar de pintura, morador do bairro Tancredo Neves.

Vai sair o policiamento comunitário. Vamos dar graças indo até o Caravaggio a pé?Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

MST fecha rodovias

O Movimento dos Tra-balhadores Sem-Terra blo-queou rodovias em 10 esta-dos na quarta-feira, 17, na sequência do “abril verme-lho”. Além de cobrar a ace-leração da reforma agrária, as manifestações lembraram a morte de 21 sem-terra em confronto com a polícia, em 1996, em Eldorado dos Cara-jás, no Pará. Em Porto Ale-gre, a Via Campesina mante-ve acampamento no pátio da Receita Federal e do Incra. O movimento também quer a aceleração da reforma agrária e escolas adequadas à deman-da de assentamentos.

Painel

A pergunta quenão quer calar

HUMOR Moacir Arlan

O “Dia D”contra a gripe

De peito aberto será lançado no CIC de Bento em prol do Imama

Hoje é considerado o “Dia D” da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe.

Aqui em Bento, todas as Unidades Básicas de Saúde nos bairros estarão abertas para a imunização das 8h às 17h. Além disso, a Unida-de Móvel de Saúde (ônibus amarelo) estará oferecendo a vacina na Via Del Vino, em frente à prefeitura.

Bento Gonçalves e região se mobilizam para conscienti-zar e informar à sociedade em relação ao câncer de mama, seus diagnósticos e tratamentos, além de sua influência e in-terferência no meio social. O projeto De peito aberto, que será lançado no Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves (CIC/BG) em palestra-almoço no dia 25 de julho, beneficia o Imama Bento Gonçalves, que atua em 21 municípios da Serra Gaúcha. O ingresso será vendido no valor de R$ 90. O trabalho desenvolvido pela unidade será apresentado durante o encontro, que também contará com a palestra da mastologista Cídia Mazzoccato. O evento não é dirigido apenas às mulheres. Afinal, homem também tem câncer de mama. Além do CIC, que abre suas portas para o início das atividades destinando R$ 20 de cada ingresso vendido para a instituição. Outras entidades já atuam como multiplicadores do projeto, entre elas a CDL/BG, SEC-BG, Ascon Vinhedos, Aprovale, Bento Convention Bureau, Sin-dimóveis, ACI de Carlos Barbosa. O projeto foi idealizado pela Hering Store Bento Gonçalves.

Amém – Bento

Foi entregue na noite de terça-fei-ra, 16, Portaria de Louvor e Agra-decimento ao Padre Izidoro Bigolin e ao Jornalista e fotógrafo Fabiano Mazzotti, autores do livro “Amém – Igrejas e Capelas desta terra”. Fa-biano Mazzotti disse que a soleni-dade é uma confirmação oficial da aprovação das pessoas que presti-giaram o trabalho. “Nossos esfor-ços contribuíram para o interesse coletivo e não somente a satisfação individual”, disse Mazzotti. Izidoro Bigolin, destacou a fé em seu dis-curso. “Sentimos o quanto as igrejas e capelas ontem foram importan-tes, e quanto hoje são importantes, como um espaço de convivência, de lazer, de partilhas e preocupações”, explicou.

FOTOS DIVULGAÇÃO

Hoje, terminam as atividades da Semana do Livro, que ini-ciou na segunda-feira, 15. O evento, promovido pela secre-taria da Cultura, Fundação Casa das Artes, Biblioteca Pública Castro Alves e secretaria de Educação, tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância da implemen-tação de políticas claras e consistentes sobre o livro. O Grupo Giordani Turismo apoiou o evento, integrando sua progra-mação com a peça “Vamos juntos construir um mundo me-lhor”, alertando crianças acerca da importância da reciclagem e instruindo sobre o correto descarte de resíduos. A esquete teatral foi elaborada e apresentada pela equipe do Parque Temático Epopéia Italiana. Interessados em proporcionar a apresentação dessa esquete em escolas, empresas e even-tos podem entrar em contato com Alexssandra, no telefone (54) 3454.1789.

Semana do Livro encerra hoje


Antônio [email protected]ônioFrizzo

ÚLTIMASPrimeira: Prefeito Fortunatti, de Porto Alegre, nomeou o Kiko, do seriado Chaves, como mais um “embaixador da Copa 2014 em Porto Alegre”. Os “azedos” de plantão cornetearam;

Segunda: A capital já tem qua-se 20 “embaixadores”. Por que, então, Kiko, com sua fama mun-dial, não poderia ser mais um? Ah, a corneta...;

Terceira: A Audiência Pública de quinta-feira, na Câmara, sobre mu-dança no Plano Diretor, foi apenas um palco para os interessados explanarem seu desejo de mudança, já que o Prefeito Pasin anunciou a revisão do Plano para este ano, ainda;

Quarta: A entrega de 77 com-putadores, pela 16ª CE, para escolas estaduais esta semana faz parte de um grande plano do governo. Dia 23, 380 tablets serão entregues a professores. É a modernização no ensino;

Quinta: Na quarta-feira, em jantar no Hotel Villa Michelon, o Advogado Felipe Possamai to-mou posse como presidente da OAB, Seccional Bento Gonçalves. Sucesso ao Possamai e sua equipe;

Sexta: Também na quarta, no Dall’Onder Grande Hotel, acon-teceu o lançamento simultâneo de duas grandes feiras, a EnvaseBra-sil e a BrasilAlimenta, a serem realizadas em abril de 2014;

Sétima: Hoje é o “Dia D” da va-cinação contra a gripe em Bento Gon-çalves. Das 8h às 17h, todos os postos de saúde estarão abertos para atender as pessoas dos setores de risco (idosos, pro-fissionais da saúde, grávidas, crianças até seis meses, etc);

Oitava: : Preciso dizer a todos os gremistas que estranharam a minha ausência no jantar de sábado passado, na posse do cônsul da diretoria, que não fui convidado. Este o motivo de não ter ido;

Nona: Qualquer coisa diferente disso que seja dito por quem quer que seja não corresponde com a verdade;

Décima: Mas, deixo o consula-do do GRÊMIO com a consciên-cia do dever cumprido. Recebi o cargo com raros sócios e entrego ao departamento consular com quase MIL. Multiplicamos por vinte ou trinta o número de só-cios, mesmo sem grandes títulos a comemorar;

Décima-primeira: Continuo meu trabalho em prol do GRÊMIO como conselheiro e à disposição dos gremistas de Bento e região, como sempre. E que venha o Santa Fé.

ELES CONSEGUIRAM!São seis ou sete “famiglias” que controlam os grandes

meios de comunicação (ou serão de “opinião político-parti-dária”?) no Brasil. E elas estão a serviço dos “donos do Bra-sil” (grandes empresários, empreiteiros, usineiros, ruralistas, banqueiros, etc) que, por sua vez, manipulam o meio políti-co, pouco importando o partido a que estão filiados, no mo-mento, os “selecionados”. Importante dizer-se que “os donos do Brasil”, notadamente os grandes empresários – e muito médios e pequenos, “maria-vai-com-as-outras”, repetiam – queriam porque queriam a redução da taxa de juros porque ela “impedia os investimentos, o crescimento econômico, o desenvolvimento das empresas”. Pois o Governo Dilma co-locou a Taxa Selic no menor patamar da história do Brasil: 7,25% a.a. Raras palavras de apoio foram ouvidas. O jogo político-partidário falou mais alto. A inflação estava sob controle e nunca chegou aos patamares absurdos de 2002, por exemplo, quando foi quase QUATRO VEZES superior (12,53%) à meta estabelecida pelos “papas” da economia do governo fhc, onde a Selic chegou a fantásticos 42% a.a., o que catapultou a dívida interna para o espaço sideral.

ELES CONSEGUIRAM IICom a economia do Brasil se destacando no mundo, notada-

mente na Europa, onde “países de primeiro mundo” atingem níveis de desemprego históricos e com o Euro sendo questionado (até hoje a Inglaterra não aderiu ao Euro), o governo Dilma atinge percentuais inéditos de aprovação em todas as pesquisas efetuadas, inclusive no Datafolha, instituto do jornal que é um dos maiores adversários dela. O “sinal de alerta”(?) mobilizou os jornalões, revistonas e redes de televisão patrocinados pelos “donos do Brasil”. Era hora das “famíglias” passarem à carga pesada. Inventaram vilões e juravam por todos os juros que a “inflação es-tava descontrolada” e que “fortes medidas deveriam ser tomadas por Dilma, mesmo que prejudicasse a economia e a população”. Alguns pit bulls articulistas, colunistas e comentaristas a serviço das “famíglias” apontavam o caminho para “a solução do pro-blema inflação”: AUMENTAR A TAXA DE JUROS. Mes-mo que isso provocasse recessão e desemprego era necessário para “controlar a inflação”. Até Maison da Nobrega, que, como mi-nistro da fazenda, chegou a juros de mais de 80%, teve coragem de dar pitacos. As “famíglias” entrevistaram todos aqueles cujos palpites (opiniões são bem diferentes, fundamentadas com fatos) lhes interessavam. Pois nesta semana o Governo Dilma, através do Comitê de Politica Monetária, o COPOM, sucumbiu: au-mentou em 0,25% a.a. a Taxa Selic. Pouco? Veremos!

AS CONSEQUÊNCIASQuem acha pouco 0,25% ao ano – e “eles” continuam

querendo mais – é só imaginar o que isso corresponde em valores a mais que deverão ser pagos pelo governo – leia-se “pelo povo brasileiro”- em razão da alta dívida interna indexada à Taxa Selic. Certamente correspon-dem a muitos bilhões de reais que farão falta em inves-timentos governamentais em outras áreas prioritárias. Mas, “eles” conseguiram. Agora, só falta essa gente – os “donos do Brasil” – voltarem a criticar as “altas taxas de juros como empecilho ao crescimento econômico e aos investimentos”. Mas, não me surpreenderia. Afinal, tudo foi politizado no Brasil. Os caras-de-pau não se constrangem em se contradizer um dia após o outro. Nem mesmo os pit bulls das “famíglias” demonstram resquícios de vergonha na cara. Sim, as consequências disso tudo o povo já sabe: vai pagar por isso. Ah, sim, e os banqueiros, rindo sozinhos, investirão pesado na imprensa político-opinativa das “famíglias”. A “casa--grande” – como diz Mino Carta, renomado jornalista – está feliz. A senzala está aí para, calada, pagar a conta. Mas, há quem goste, não é mesmo?

A COPA DE 2014Nesta terça-feira, com o patrocínio da Florauto, o radia-

lista Pedro Ernesto Denardin foi o palestrante em reunião--jantar no Salão Nobre do CIC/BG. O tema foi “Oportuni-dade de Negócios na Copa de 2014”. O Pedro falou sobre suas experiências em nove copas das quais participou como homem de rádio, narrador de futebol que é. Mostrou no te-lão um vídeo de vários momentos registrados em Copas re-alizadas em vários países. Para alguns, Denardin só confir-mou o fato de que a realização de uma Copa do Mundo num país trás grandes benefícios; para outros, os mais céticos, tentou demonstrar que “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”, ou seja, não dá para confundir investimentos governamentais (dos municípios, estados e União) numa Copa do Mundo com investimentos em saúde e educação. Afirmou que os aproximadamente sete bilhões que serão investidos para viabilizar a Copa de 2014 são “troco” para a arrecadação dos governos. Mas, chamou a atenção para a necessidade de Bento Gonçalves e seu povo se envolverem totalmente para conquistar o direito de ser “campo base” de uma seleção que disputará a Copa. Mencionou o que seria importante termos uma Alemanha, Itália, Argentina ou Uruguai, por exemplo, hospedados e treinando aqui. O Comitê da Copa 2014 está em plena atividade, mas pre-cisará de muito apoio para levar a bom termo seu trabalho e seus objetivos.

O POR QUE BRETES?Tem sido apontado como um dos fatores da tragédia da Boate

Kiss, em Santa Maria, a dificuldade de saída do local. A Boate possuía uns “bretes” (aquelas “cerquinhas” que são colocadas nos matadouros e/ou invernadas para direcionar os animais) exatamente na única porta de saída existente. Interessante isso. Conversei com muitos jovens frequentadores de casas noturnas, em Bento e Porto Alegre. Todos afirmaram a mesma coisa: é co-mum na madrugada, próximo à hora do final da balada, alguns “espertinhos” simularem confrontos para gerar tumultos, objeti-vando a abertura das portas e, assim, sonegarem o pagamento da noitada. Isso fez com que as casas noturnas tomassem medidas para não serem prejudicadas constantemente. A Boate Kiss fez o mesmo, provavelmente para evitar tais prejuízos. Explica, mas não justifica, certamente. Nada justificaria 241 mortes. Mas, já é mais do que hora das pessoas tomarem consciência. Gastou, tem que pagar e comportar-se civilizadamente em sociedade não é virtude, é obrigação. Se assim fosse sempre, os bretes não te-riam existido e a tragédia não teria acontecido. Ou teria?

NÓS PAGAMOS A CONTAHouve um tempo em que deputados, senadores, vereadores, en-

fim todos os parlamentares usavam e abusavam do “direito” de viajar “a trabalho”. Só que esse “trabalho” não era traduzido em benefícios para a população que paga essa conta. Viajavam para cursos, normalmente em resorts paradisíacos nos litorais mais ba-dalados e, na volta, não prestavam contas à comunidade que, ali-ás, em 99,9% dos casos não tomava conhecimento dessas viagens. Com as várias denúncias efetuadas pela imprensa, eles começaram a se cuidar mais. A Lei da Transparência restringiu a “farra das diárias” mais ainda. Agora, as viagens, notadamente de verea-dores, são mais controladas. Mas, por vezes, fica difícil entender algumas coisas. O governador Tarso, por exemplo, vai viajar para Israel e levar na comitiva CINCO deputados. A troco de quê to-dos esses parlamentares estarão gastando dinheiro público? Por que não vai só o presidente da Assembléia ou UM seu representan-te? Provavelmente alguém irá prestar esclarecimentos a respeito. Aqui, em Bento, vereadores têm viajado? Se sim, a imprensa não tem divulgado. Ou divulgou? E se viajaram, prestaram contas à comunidade? A coluna está à disposição, gratuitamente, para di-vulgar as viagens e os benefícios auferidos pela população com as viagens dos vereadores.

Sábado, 20 de abril de 2013 5


Rogério Costa [email protected]

Há quem esteja preocupado: hoje, o Tacchini realiza 80% de seus atendimentos pelo SUS, que, se sabe, não repassa nem os custos dos materiais para os hospitais do sistema.

O peso da conta já se pode sentir na perda de qualidade do material utilizado, até mesmo em cirurgias.

Hoje, o hospital utiliza artigos made in China, e há médicos solicitando descredenciamento.

Se houve ou não dinheiro da prefeitura para a Globo na disputa do quadro do programa domingueiro, são outros 500.

Se a repercussão positiva da exposição da cidade à audiência nacional será percebida, mais outros.

Tudo isso perde um pouco da relevância diante da participação entusiasmada da população, que dançou como que para resgatar a autoestima da cidade.

Mesmo aqueles que, como este escriba, não se alinham às fileiras da tietagem global, isso sim merece aplausos, ô meu.

Esta semana, o governo gaúcho assinou o convênio entre o Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis) e o Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) que possibilita a aplicação de recursos estimados em R$ 10 milhões.

As verbas serão utilizadas para a execução do plano de trabalho do Programa de Desenvolvimento e Ordenamento da Cadeia Produtiva da Uva, do Vinho e seus derivados.

O acordo pretende dar continuidade, ordenar e organizar os elos da cadeia produtiva vitivinícola e promover o seu desenvolvimento sustentável.

PontoNas últimas semanas, um assunto ganhou certa repercussão na imprensa por conta de um e-mail sem identificação que, no fi-nal das contas, queria exatamente isso que estou fazendo agora: dar ao assunto novo espaço nas rádios e jornais. Trata-se de de-núncias sobre a suposta existência de “dízi-mo” na câmara de vereadores na legislação anterior, e é preciso restituir a verdade so-bre a onda de boatos que ameaça ganhar as ruas e, ao mesmo tempo em que desinfor-ma a população, tenta criar uma descabida animosidade entre a opinião pública e o Mi-nistério Público e o Judiciário.

As denúncias são reais, atingem diversos vere-adores e variados par-tidos, e estão sim sendo investigadas pelo Minis-tério Público, que já ouviu uma série de testemunhas e está ainda na fase de co-leta de provas. Na próxima semana, o MP deve ouvir uma testemunha chave para a investigação, revelou o promo-tor Alécio Nogueira. Quanto ao silêncio da imprensa, em grande parte é exigido pelo famigerado trâmite judiciário do segredo de justiça, que tanto protege inocentes e auxilia as investigações quanto, em algumas oportunidades, pode acobertar envolvidos. Mas também a imprensa precisa fazer mea culpa pela carência de investigação e, claro, dividir responsabilidades com os próprios denunciantes, que não falam à imprensa por um justificado temor da exposição.

Em destaqueAlém desses pontos estruturais, há algo que Bento Gonçalves tem como diferencial e que atrai muitas seleções estrangeiras: o clima europeu. Os times de futebol da Europa preferem o frio a climas nordestinos

Pedro Ernesto Denar-din, narrador esportivo, ao afirmar que a cidade está um passo à frente para receber uma seleção na Copa do Mundo.

Desde o início do ano, a indústria ben-to-gonçalvense demonstra um fôlego para contratar que sinaliza para uma recu-peração do período ruim registrado ano passado. Em março, este sinal ficou mais forte: o setor industrial foi o que apresen-tou o maior crescimento na geração de emprego na cidade. A indústria registrou 55 novas vagas de trabalho com carteira assinada. Em 12 meses, o muni-cípio apresenta um crescimen-to de cerca de 4,5% nos e m p r e g o s formais.

EMPREGO EM ALTA

Se Bento é a cidade do estado mais preparada para a Copa do Mundo, como afirmou o narrador espor-tivo da RBS Pedro Ernesto Denardin esta semana em um lauto jantar no CIC de Bento, então é mesmo pre-ciso acender o sinal de alerta. Se Bento fosse uma ilha, tudo certo, poderíamos nos regozijar debaixo dos parreirais por nossa capacidade de acolher tu-ristas, profissionais de diversas especialidades e mes-mo seleções de futebol. Mas afirmar isso sem levar em conta a extrema carência estrutural que cerca a ilha da fantasia soa como frase para agradar gregos e troianos, o que diz-se ser tarefa mui difícil. No entorno, não há estradas em condições, transporte coletivo de qualidade e em oferta suficiente, sequer um aeroporto para atender a demanda, sem falar em questões mais específicas, como um comezinho (para o dito primeiro mundo, claro) sinal de internet em banda larga (alguém aí já ouviu falar do 4G?). Isso sem contar as mazelas municipais.

Mesmo assim, há oportunidades, como bem narrou Pedro Ernesto a uma plateia acolhedora. Temos uma rede hoteleira com quase três mil leitos de fazer inveja à Suíça, uma farta gastronomia, um certo ar europeu, conforto e elegância e, claro, vinhos e espumantes da mais alta casta, para ficar no senso comum. Pedro Er-nesto está certo, há oportunidades. As elencadas pelo radialista e outras, mais estratégicas e, portanto, não externadas ao público, como fazer como a Suíça Wegis na mais recente preparação brasileira e meter a mão no bolso. Por que não? Se a intenção do município for mesmo trazer uma seleção que arraste multidões à cidade, será preciso debater custo e benefício. Já ima-ginou a cidade cheia de mexicanos? Ou japoneses? Di-ficilmente virão só porque a cidade é bordada de par-reirais. Será preciso investir para lucrar com a Copa.

Pedro Ernesto encantou no CIC, ficou à vontade, fez merchandising (o seu e o da empresa que representa), ar-rancou risadas e conversas paralelas, agradou o patro-cinador e cumpriu com louvor a agenda, simpático e popular. Os dados apresentados, o fenômeno Michel Teló, a dança do Neymar e a garrafa de refrigerante na mão de David Beckham, assim como a sugestão para investimentos nas fanfest – em inglês, of course – foram recebidos generosamente. Mas o prato principal ficou para depois da sobremesa: o homem de 10 copas disse, ao final do bate-papo, que, com algum esforço, poderia trazer o fenômeno para Bento. Taí. Como diria outro narrador global, que, aliás, tem negócios por aqui e mais identidade com as cascatas reais donde jorram vinhos borbulhantes: É Ronaldinhoooooo! Tá valendo, ou me-lhor: pode isso, Arnaldo?

Segredo de Justiça Pode isso, Arnaldo?

Chama a atenção que o estudo de viabilidade téc-nica para a revitalização do trem regional não aborde também as necessidades regionais do modal para o transporte de cargas. Ora, até os buracos da RSC-470 sabem que as indústrias da Serra perdem competiti-vidade também porque o transporte rodoviário não oferece as melhores condi-ções. Lobby dos transporta-dores? Será preciso mobili-zar para a audiência de maio, e trazer o assunto à tona.

Lobby


Sábado, 20 de abril de 20138 Política

Verbas serão captadas para restauro

A prefeitura de Bento bus-cará maneiras para arre-

cadar os recursos necessários para a restauração da Casa Geisel.

A próxima etapa do proces-so será definir a melhor ma-neira para captar os recursos necessários para a reforma, estimada em cerca de R$ 1 milhão.

Para o prefeito Guilherme Pasin, a melhor maneira é usar os R$ 120 mil disponí-veis pelo Fundo de Desen-volvimento Integrado (Fun-do Atar) como contrapartida, para conseguir todos os re-

Cerca de 50 prefeitos, vices e técnicos de três associações da região estiveram reunidos em Caxias do Sul na quinta--feira, 18, no Encontro das Macrorregionais que faz par-te do Programa de Interio-rização, promovido pela Fe-deração das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs).

Durante o dia, os participan-tes da audiência pública conhe-ceram mais detalhes sobre os projetos da Famurs nas áreas, jurídica, de meio ambiente, saúde, assistência social, agri-cultura, educação, trânsito, cul-tura, turismo e desporto.

Além disso, os administra-dores debateram assuntos variados, como os royalties do petróleo, Lei da Trans-parência, Pacto Federativo, a dívida pública do Rio Gran-de do Sul, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), normas que regem os licenciamentos ambientais e planos para sa-neamento básico.

Também foi apresentado aos participantes do evento um estudo com diagnósticos sobre a atual situação dos os

FAMURS

Casa Geisel

Para custear a obra, será necessário cerca de R$ 1 milhão. Prefeitura dispõe de aproximadamente R$ 120 mil para contrapartida

Prefeitura realiza medidas paliativas para manter integridade do local

Encontro reúne prefeitos em Caxias do Sul

Fernando Levinski

[email protected]

MARIANA MAIOLI, ARQUIVO

municípios gaúchos.Este foi o primeiro de sete

encontros que a Famurs reali-zará pelo interior do Estado. Os próximos serão em Passo Fundo (26/4), Santa Rosa (29/4), Itaara (30/4), Canoas (9/5), Pelotas (10/5) e Ere-chim (16/5).

Os 50 prefeitos que estive-ram presentes no encontro pertencem a três associa-ções. A Associação dos Mu-nicípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), com 31 cidades, a Associação dos Municípios de Turismo da Serra (Amserra), com sete e a Associação dos Municí-pios dos Campos de Cima da Serra (Amucser), com 12 prefeitos.

Algumas entidades também estiveram presentes, como a Ordem dos Advogados do Brasil, o Tribunal de Contas do Estado, Ministério Públi-co Estadual, a Controladoria Regional da União no Estado do RS, Associação dos Juízes do RS, o presidente da Asso-ciação Gaúcha de Municípios, José Scorsatto e o presidente da Famurs, Ary Vanazzi.

cursos necessários.O valor estimado da obra

está baseado nas normas que regem a restauração de um lo-

cal histórico. Após a restaura-ção, a intenção da prefeitura, que possuí um contrato de convênio por tempo indeter-

minado, é transformar o lugar em um museu. “Queremos utilizar o local para expor a vida de um presidente que morou em Bento, além de uti-lizar o local para aumentar o fluxo de visitantes na cidade”, afirma Pasin. Ainda não há previsão para o início da res-tauração.

Um convênio foi firmado há cerca de 20 anos entre a Fundação Educacional do Vale dos Vinhedos (Fervi) e a prefeitura para que o local fosse utilizado pela a admi-nistração municipal. A Casa Geisel foi ocupada pela Se-cretaria de Trânsito até o fi-nal de 2011, desde então o

imóvel está desocupado.Após a reunião entre a pre-

feitura e a Fervi, proprietária do local, na segunda-feira, 15, ficou combinado que em um primeiro momento a prefeitu-ra providenciará medidas pa-liativas para evitar a degrada-ção do local, como o conserto de calhas e do teto impedindo goteiras no interior da casa. Além disso, o mato no en-torno da casa já foi retirado.Veneno será aplicado dentro da casa e as janelas serão blo-queadas. Estas medidas serão tomadas de maneira periódica até o início da restauração.

Sábado, 20 de abril de 2013 9Política

Serra quer Região Metropolitana

Entidades desconhecem projetoHá vantagens que precisam ser debatidas por toda a região. Além disso, até nome com referência a Caxias gera controvérsias

Rogério Costa Arantes

Apesar de não ter uma po-sição oficial, lideranças da

Serra Gaúcha acreditam que será preciso ampliar o debate sobre a criação de uma região metropolitana serrana, con-forme pretende estabelecer um projeto que já tramita na Assembleia Legislativa, antes de fechar questão sobre como deverá funcionar o processo. De autoria do deputado esta-dual caxiense Vinicius Ribeiro (PDT), antes mesmo de esta-belecer um consenso sobre as diretrizes desenvolvimentistas que deverão nortear o debate, o projeto já suscita controvérsias, e não apenas pela definição do nome da região – enquanto o projeto original pretende cha-mar de Região Metropolitana de Caxias do Sul, outros defen-dem o genérico Serra Gaúcha.

Uma das principais questões levantadas é quanto à forma como o projeto está sendo con-duzido. Representantes das prin-cipais entidades representativas da região – Associação dos Mu-nicípios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne), Conselho Regional de Desenvolvimen-to (Corede Serra), Associação das Entidades Representativas da Classe Empresarial da Ser-ra Gaúcha (Cics Serra) e Aglo-meração Urbana do Nordeste do Rio Grande do Sul (Aune), afirmam que as entidades não foram sequer consultadas.

“O projeto ainda é incipien-te, mas é preciso que as entida-des debatam a ideia”, revelou o presidente da Cics Serra, Ade-mar Petry, que foi surpreendi-do com o trâmite. “Estranha-mos que o projeto já esteja correndo. Pode ser bom, mas nem sabemos quais são as di-

retrizes”, afirma Petry, que de-fende a ampliação do debate. A mesma posição pessoal tem o secretário executivo do Co-rede Serra, José Adamoli, que informou que a entidade deve-rá se manifestar oficialmente apenas depois de uma reunião marcada para o dia 27. Mesmo assim, ele garante que ainda é cedo para definições.

Tempo e votação

Atualmente, o Projeto de Lei Complementar nº 21/2013 se encontra na Comissão de Constituição e Justiça da As-sembleia e depois seguirá para a Comissão de Assuntos Mu-nicipais. Portanto, uma even-tual votação deve demorar, o que daria tempo para unificar o debate em torno do proje-to que, inicialmente, amplia a abrangência da Aune, hoje de

11 municípios, para 13, englo-bando Antônio Prado, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, Ipê, São Marcos, Nova Pádua, Monte Belo do Sul, Santa Te-resa e Pinto Bandeira.

Para o autor, há vantagens no reconhecimento de uma re-gião metropolitana, e não será o nome que tirará o mérito do projeto. Além de condicionar os municípios a dialogar, o que, para as rivalidades serranas, se-ria oportuno, a região colocaria os municípios como prioritá-rios para a conquista de recur-sos governamentais e na busca de soluções comuns e para o planejamento regional. “Temos visto em regiões que optaram por este caminho melhorias no transporte coletivo, no acesso à educação e na geração de em-prego”, avalia Ribeiro.

Presidente da Amesne, enti-dade que congrega 33 muni-cípios da Serra, Diogo Sega-binazzi Siqueira não concorda com a prioridade do debate. Para ele, a região tem outras questões mais importantes para definir. Uma delas é o fortalecimento dos consórcios intermunicipais, para agilizar serviços e estabelecer econo-mia nas compras públicas, por exemplo. Afirmando que a iniciativa do projeto é positi-va, por fomentar a discussão a respeito do tema, Siqueira de-fende que priorizar o fortaleci-mento dos consórcios entre os municípios é uma política mais eficaz. “Quem garante que a região metropolitana terá prio-ridade para receber recursos? Para os consórcios, há legisla-ção sobre o tema”, afirma.

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Sábado, 20 de abril de 201310 Política

Plano Diretor

Ipurb recebe proposta de revisãoDurante audiência pública, proposta de alteração do Plano Diretor foi remetida ao Ipurb com 1,4 mil assinaturas da comunidade

Plenário esteve lotado na audiência pública que debateu mudanças no Plano Diretor em Bento

A primeira audiência públi-ca para debater uma nova

alteração do Plano Diretor de Bento Gonçalves, realizada na noite da quinta-feira, 18, no plenário da Câmara de Verea-dores, nada definiu. Com a pre-sença de 145 pessoas, o debate durou mais de três horas, apre-sentou posições contraditórias e terminou com a decisão de enviar ao Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano (Ipurb) a proposta de revisão.

De autoria do vereador Gil-mar Pessutto (PSDB), o Pro-jeto de Lei Complementar nº 2/2013 quer alterar o Plano Diretor para proporcionar à comunidade um melhor aproveitamento da área de cada terreno, possibilitando a construção de um número maior de imóveis.


A iniciativa inclui os bairros Santa Helena, Fátima, Santa Marta, Imigrante, Fenavinho, Loteamento Zanetti e parte do bairro Botafogo. Na aber-tura da audiência, o presiden-te da Comissão Técnica Per-manente de Obras, Serviços

Públicos e Atividades Priva-das, vereador Moacir Came-rini (PT), leu quatro ofícios encaminhados por entidades, três delas contrárias às alte-rações. Além disso, 27 pes-soas manifestaram opinião durante a audiência pública,

onde mais de 90% se posi-cionou de maneira favorável ao projeto do vereador Pes-sutto. “Com as propostas de mudança de índice de cons-trução na região da ZPM2, a taxa de ocupação passaria de 0,50 para 0,60, de dois para

quatro andares, de sete para 16 metros de altura, de unifa-miliar para multifamiliar, en-tre outras alterações”, disse o vereador Pessutto.

Durante a audiência pública, os vereadores Gilmar Pessutto e Moacir Camerini entregaram a documentação das alterações do Plano Diretor, contendo 1,4 mil assinaturas da comuni-dade, ao secretário-adjunto do Ipurb, Juliano Cavalet. “O Pla-no Diretor está sendo revisado e a proposta será analisada. Todas as alterações serão efe-tuadas dentro da legalidade e seguindo os estudos e trâmites necessários”, disse.

O vereador Gilmar Pessutto disse que a audiência foi po-sitiva. “Depois da análise do Ipurb, o projeto deve passar por sessão da Câmara”, disse.

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RODRIGO BERGSLEITHNER

Sábado, 20 de abril de 2013 11Geral

Félix da Cunha vai ser o destino

Apesar das inúmeras tenta-tivas de alguns produtores,

a Feira Ecológica vai realmente mudar de endereço. A partir de terça-feira, 23, os feirantes terão que instalar suas barracas na rua Félix da Cunha, junto à praça Centenário. O horário continua-rá o mesmo, com os atendimen-tos acontecendo das 15h às 18h.

De acordo com o titular da Secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana, Mauro Moro, a mudança era inevi-tável, já que o trânsito ficava muito congestionado e os mo-toristas tinham dificuldades em chegar a área dos bancos, ten-do que fazer o retorno somen-te na rua José Mário Mônaco. “Precisamos pensar a cidade para todos e não apenas para alguns”, destaca o secretário.

Moro afirma que a rua Félix

Feira ecológica

Feirantes deixam a rua Marechal Floriano e começam a atender no novo endereço, junto à praça Centenário, na terça-feira, 23

Primeiras impressões sobre o novo ponto de atendimento da feira ecológica serão conhecidas na terça, 23

Marcelo Maciel

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da Cunha vai atender perfei-tamente as necessidades dos feirantes. Ele revela que será colocada uma faixa na rua Ma-rechal Floriano indicando que houve a mudança de endereço da Feira Ecológica.

Em contrapartida pela mu-dança, o mercado de produtos orgânicos no município terá ampliação dos dias de exposição e venda dos produtos. A partir do sábado, 27, a Feira Ecológi-ca contará com um espaço ex-clusivo junto à Feira Livre do Produtor Rural, que ocorre na rua Barão do Rio Branco, das 6h às 10h30min. Além da área central, a feira acontece na rua Fernandes Vieira, no bairro Ci-dade Alta, às sextas-feiras, das 15h às 18h30min, e na praça Matriz São Roque, às terças--feiras, das 10h às 13h.

As barracas dos feiran-tes serão colocadas em cima da calçada da pra-ça Centenário. O espaço é considerado suficiente para que os clientes pos-sam fazer suas compras sem transtornos.

Os veículos dos fei-rantes ficarão estacio-nados no lado esquer-do da rua, sendo que eles serão manobra-dos no recuo da via, próximo à escadaria.

Os moradores da Félix da Cunha poderão uti-lizar a via normalmente nos dois sentidos. O es-tacionamento do lado di-reito de quem sobe tam-bém poderá ser utilizado.

MARCELO MACIEL

Geral

Sábado, 20 de abril de 201312 Geral

Lei dos Táxis

Nova licitação no prazo de seis mesesTribunal de Justiça estipula o prazo até o dia 13 de agosto para que a prefeitura de Bento Gonçalves faça nova licitação

O Ministério Público (MP) investiga a concessão de táxis em Bento Gonçalves desde o ano de 2010

O Tribunal de Justiça deter-minou que, em seis meses

(a contar do trânsito em julga-do da decisão, que ocorreu em 13 de fevereiro de 2013), uma licitação deve ser realizada pela prefeitura de Bento Gonçalves sobre o serviço de táxi. A si-tuação dos pontos existentes, segundo o mesmo Tribunal, persistirá no máximo por seis meses, a contar da decisão re-ferida. “O Tribunal determi-nou a realização de licitação pela Prefeitura com relação à concessão de táxis, de maneira que os seis meses de tolerância para as concessões existentes. A licitação deve ser realizada antes disso.”, disse o promotor de Justiça, Alécio Nogueira.

O Ministério Público (MP) de Bento Gonçalves investiga a concessão de táxis no muni-cípio desde 2010. O inquéri-to civil iniciou após denúncia


de que a lei municipal estaria sendo desrespeitada por não possuir licitação. Na época, o caso foi remetido à Procurado-ria-Geral de Justiça na capital gaúcha, que passou a analisar a constitucionalidade da lei em questão, ingressando com uma Ação Direta de Inconstitucio-nalidade (Adin) discordando de alguns artigos da legislação.

De acordo com o promotor Alécio Nogueira, o inquériro civil encontra-se em fase fi-nal. “A ação que considerou inconstitucional a legislação de Bento Gonçalves acerca das transferências intervivos e causa mortis dos pontos de táxis já terminou, não haven-do mais o que discutir quanto a esse ponto. A ação direta de

inconstitucionalidade findou em fevereiro deste ano, o que prossegue é o meu Inquérito Civil, aqui em Bento Gonçal-ves, onde acompanho o cum-primento, pela prefeitura, da decisão do Tribunal de Justi-ça. A prefeitura já teve ciência da decisão, pois o Município de Bento Gonçalves é o réu na ADIN. Ainda assim, estou

remetendo ofício ao prefeito Guilherme Pasin para saber se a licitação está sendo provi-denciada”, disse. O presiden-te do Sindicato dos Taxistas de Bento Gonçalves, Paulo Redante, salienta que até o momento a categoria não foi informada sobre nenhuma decisão judicial a respeito da licitação. “É uma questão bem complicada, mas não soube-mos de nenhuma providência nem por parte do Judiciário e nem pelo Executivo”, disse Redantes.

A legislação diz que deve existir um táxi para cada 1,2 mil pessoas. Em Bento Gon-çalves, a frota conta com 91 veículos. Como o município possui 107.278 habitantes, conforme o Instituto Brasilei-ro de Geografia e Estatística (IBGE), a média é de um táxi para cada 1178 pessoas.

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Serviços da Liga


Entidade completa 35 anos de assistência

ALiga de Combate ao Cân-cer de Bento Gonçalves

completou 35 anos. A entidade sem fins lucrativos e com cará-ter beneficiente tem por finali-dade dar assistência a pessoas em estado de vulnerabilidade social. Além disso, busca cons-cientizar e educar a população visando a prevenção e o diag-nóstico precoce da doença.

Os recursos para a manuten-ção da entidade são provenientes de trabalho voluntário, de ativi-dades promovidas pela Liga e de doações de particulares e empre-sas da região. Um dos principais

Após serem adiadas mais uma vez, as obras das refor-mas da Via del Vino, que deve-riam recomeçar no domingo, 14, iniciam amanhã,21.

O primeiro passo do crono-grama será a retirada dos pos-tes, que acontecerá entre às 7h e o meio-dia deste domingo. A fiação subterrânea já funciona desde o ano passado. Os fios que ainda estão nos postes são de empresas telefônicas e de-vem ser removidos para a reti-rada as estruturas. Porém, isso não deverá prejudicar o serviço de telefonia.

As outras etapas da obra são a recuperação da calçada e do asfalto, onde há um poste que será retirado da rua Marechal Floriano. O trabalho deverá acontecer durante a semana. Também será feita a imper-

VIA DEL VINO

Liga de Combate ao Câncer

Objetivo é conscientizar e educar a comunidade na prevenção da doença

Presidente Maria Lúcia Severa com uma equipe de voluntárias

Obras foram realizadas no asfalto da rua Marechal Floriano em 2012

Obras recomeçam amanhã

Exames, biópsias, anatomo-patológicos, colonoscopias, ecografias, citopatológicos, ma-mografias, videolaringoscopias, consultas médicas, atendimen-tos fisioterápicos, psicológicos, fonoaudiólogos, nutricionais e outros encaminhamentos ne-cessários para o tratamento.

MARCELO MACIEL, ARQUIVO

DIVULGAÇÃO

meabilização do local onde está a fonte. A construção de trechos das calçadas nas ruas Gomes Carneiro e Cândido Costa faz parte do cronogra-ma das obras. A Via del Vino já passou por uma série de re-

formas no ano passado. Foram feitas manutenções no asfalto da Marechal Floriano, constru-ção de canteiros, instalação do chafariz e do piso tátil (que fa-cilita a movimentação de pes-soas com deficiência visual).

eventos realizados é o tradicional jantar “Eles na Cozinha”.

Prevenção

Os tabagistas que desejam apoio para parar de fumar também encontram ajuda na entidade, através do programa “Espalhe Vida”, onde são de-senvolvidas ações para evitar a iniciação ao tabagismo, auxiliar os fumantes a largarem o vício, além de promover e manter am-

bientes públicos de uso coletivo livres do tabaco. A Organização Mundial da Saúde (OMS) defi-niu o dia 31 de maio como o Dia Mundial Sem Tabaco.

No âmbito educativo e pre-ventivo, a entidade desenvolve palestras em escolas, empresas e na comunidade em geral. Além disso, faz a distribuição de folderes sobre diversos ti-pos de câncer, fatores de risco, qualidade de vida e sinais de alerta para o câncer.


Polícia Comunitária

Reforço na segurança em boa horaMoradores dos bairros São Roque, Cidade Alta e Botafogo estão preocupados com o número de roubos, assaltos e drogas

O policiamento comunitá-rio entra em funciona-

mento em Bento Gonçalves na próxima terça-feira, 23. O município é o único do Rio Grande do Sul onde a polícia comunitária vai contar com o trabalho em conjunto da Bri-gada Militar e Polícia Civil. Responsável pelo policiamento comunitário na Polícia Civil, a delegada Isabel Pires Trevisan disse que o trabalho dos poli-ciais civis vão abranger todos os bairros que vão contar com a polícia comunitária. “Serão oito policiais civis, sendo dois de cada delegacia, que vão trabalhar com um único ob-jetivo: diminuir a reincidência em delitos. Deste modo, tra-balharemos contra a violência doméstica, contra os abusos às crianças e aos idosos, para reprimir o conflito entre vizi-nhos e no combate ao tráfico de drogas”, disse a delegada.

Antes mesmo do início do

Elvira relata que é preciso ficar presa em casa depois das 18h

Zilá foi assaltada pela manhã, enquanto passeava, no Cidade Alta

Boaventura diz que a polícia chega em boa hora no São Roque

Rodrigo Bergsleithner policiamento comunitário, moradores reclamam da falta de segurança em diversos pon-tos da cidade e relatam que a iniciativa chega em bom mo-mento. “A polícia comunitária chega em boa hora aqui no bairro São Roque. De cinco anos pra cá, os roubos aumen-taram e é notável o consumo de drogas aqui pelo bairro. Fi-cou perigoso sair à noite”, dis-se Getúlio de Boaventura.

O mesmo diz Claudinei Car-valho, que reside há 10 anos no bairro São Roque e relata que foi assaltado no portão de sua casa. “Uma moto parou e o motoqueiro anunciou o assalto com a arma na minha cabeça, no início da noite”, disse.

Viúva e morando sozinha no bairro São Roque, Elvira Giuliatti reside há 48 anos no local, onde já foi assaltada à tar-de, quando se dirigia à padaria. “Fico fechada dentro de casa depois das 18h. Foi preciso co-locar arame enfarpado em volta da minha casa, por duas vezes.

Fui assaltada uma vez, mas sempre fico com medo”, conta.

Cidade Alta

Moradora do bairro Cidade Alta há 11 anos, Zilá Dorneles conta que foi assaltada às 9h da manhã, enquanto passeava pela Praça Centenário. “À noi-te eu não saio de casa. É muito perigoso. Nos sábados e do-mingos fica complicado sair de casa para ir tomar chimarrão nas praças. Até isso ficamos impedidos de fazer”, diz.

Botafogo

No bairro Botafogo, Salete Colle diz que já presenciou ti-roteio à luz de dia, e sempre há um caso de roubo entre a vi-zinhança. “Assaltos são cons-tantes por aqui. Ninguém sai de casa depois das 21h. É mui-to perigoso até mesmo para quem anda de carro”, disse.

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FOTOS RODRIGO BERGSLEITHNER


Entidades debatem questões com a PGE

A festa marcada para come-morar o levantamento das can-celas do pedágio de Farroupilha não aconteceu. Com a liminar permitindo o funcionamento até dezembro, o manifesto do final da terça-feira, 16, serviu para pro-testar contra a decisão judicial.

O movimento ocorreu no des-vio do pedágio, na Linha Julieta e reuniu políticos e representantes da região. Os carros que passa-ram pelo local recebiam adesivos alusivos à campanha pelo fim do funcionamento da praça.

Para o presidente da Associa-

Uma reunião realizada na quarta-feira, 17, na Pro-

curadoria Geral do Estado (PGE) em Porto Alegre, re-uniu algumas entidades para tratar dos desdobramentos das ações que envolvem as limina-res que estenderam o funcio-namento das praças de pedá-gio até o final do ano.

O que foi discutido

O secretário executivo do Conselho Regional de Desen-volvimento da Serra (Corede Serra), José Antônio Adamoli, afirmou que a primeira ques-tão foi saber se a PGE tem o interesse em levar adiante a sugestão abordada durante

NÃO FOI O FIM

Pedágios

Procuradoria Geral do Estado recebeu pedidos de associações sobre concessões

Protesto no desvio do pedágio de Farroupilha

Fernando Levinski

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a audiência pública do Con-selho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES--RS), para que todo o valor pago como pedágio após o prazo final de funcionamento da praça seja depositado em juízo e, após uma decisão da Justiça, caso o ganho de causa seja do Estado, o valor arre-cadado seja destinado para a Empresa Gaúcha de Rodo-vias (EGR) ou devolvido aos usuários que tenham guarda-do os tickets do pedágio.

Sobre isso, Adamoli afir-mou que a PGE está empe-nhada em derrubar as limi-nares, “mas prometeu avaliar esta questão”.

Além disso, há um pedi-do das entidades para que os membros do governo tenham

um conhecimento maior sobre toda a história envolvendo os pedágios do Rio Grande do Sul. “Precisamos que o gover-no tenha um posicionamento mais forte”, afirma Adamoli.

Outro assunto da pauta foi um pedido para que os estu-dos da consultoria contratada pelo governo do Estado para avaliar as estradas pedagiadas, incluindo os trechos sob res-ponsabilidade das três praças do pedágio comunitário, seja concluído.

Adamoli acredita que todos os pontos acumulados sobre os pedágios servem para a abertura de uma nova Comis-são Parlamentar de Inquérito (CPI).

ção dos Usuários das Rodovias Concedidas (Assurcon), Juarez Colombo, o protesto ficou abai-xo do esperado. Além disso, ele manifestou surpresa pelo fato da Assurcon ter recebido um inter-dito proibitório (documento ju-dicial para evitar manifestações).

Colombo também afirmou que a associação iniciará uma cobrança pública para que a con-cessionária cumpra alguns pon-tos previstos em contrato, como a manutenção de estradas que dão acesso à rodovia, como é o caso do acesso à Linha Julieta.

CACAU GRAZZIOTIN/DIVULGAÇÃO

Manifestação pela abertura das cancelas ocorreu na Linha Julieta


Radiografia da saúde

Distribuição de 8 fichas para os turnos da manhã e da tarde – 4 são agendadas para pacientes preferenciais

2 clínicos gerais realizando o trabalho 20 horas cada – 12 consultas cada um

1 pediatra – 12 consultas diárias1 nutricionista1 fisioterapeuta – trabalha com atendimento referenciado1 dentista - trabalha nos turnos da manhã e tarde1 enfermeira5 técnicos de enfermagemMédia de 430 a 450 receitas de medicamentos recebidas na far-

mácia básicaMédia de 180 a 200 consultas diáriasMédia de 5,4 a 6,0 mil consultas mensais

Saúde

UBS tem vespertino suspensoUnidade do bairro São Roque tem horário das 17h30min suspenso por carência de profissionais para realizar atendimentos

Mariana Maioli

A U n i d a d e Básica de

Saúde (UBS) do bairro São Roque é refe-rência no Sis-tema Único de

Saúde (SUS) de Bento Gon-çalves, já que é tida como Uni-dade Avançada, por ter sido inaugurada com o objetivo de disponibilizar atendimento também no horário do vesper-tino, suspenso por sofrer com a carência de profissionais para realizar o atendimento em um turno a mais. Com isso, mui-tos dos pacientes tem ido até a UBS durante a madruga-da para a retirada das fichas. Além da falta de médicos, a Unidade enfrenta o problema da ausência dos pacientes nos exames agendados.

Quadro incompleto

Segundo o Coordenador da Atenção Básica da Secretaria da Saúde, Antenor Stringhini, a UBS ainda não há um quadro de profissionais completo para iniciar o atendimento no horá-rio vespertino. “Como os pro-fissionais não procuram pelas vagas abertas na secretaria da Saúde, ainda não temos pre-visão de quando iniciaremos o atendimento ao público no vespertino”, diz.

Segundo o secretário de Saú-de Roberto Miele, a carência de médicos é geral, não só em Bento Gonçalves, mas diversas cidades do estado. Ele ressalta que a secretaria tem trabalha-do para apressar a contratação de profissionais na cidade. “Estamos estabelecendo con-

tatos de referência para a con-tratação de médicos. A secre-taria está retomando o quadro de profissionais de odontolo-gia e técnicos de enfermagem. Mas o objetivo é sensibilizar os médicos, para que venham tra-balhar em Bento”, afirma.

O secretário também con-firmou a ideia é retomar o horário vespertino até as 22h assim que o quadro de profis-sionais seja estabilizado. Se-gundo ele, a projeção é de que a carência de médicos no sis-tema de saúde do município seja sanado até o final do pri-meiro semestre. Miele afirma que futuramente, a secretaria pretende ampliar o horário da UBS para 24 horas. “Já que atendemos as demandas de várias regiões, e que muitas pessoas não dispõe de tempo para serem atendidas no ho-rário determinado, pretende-mos estender os horários da Unidade futuramente”, disse.

Ausência de pacientes

Além da carência de pro-fissionais, a Unidade sofre com o não comparecimento de pacientes para a execução dos exames agendados. “Os pacientes realizam consulta e através de requisição na admi-nistração da Unidade, o agen-damento é encaminhado ao paciente com data e horário da realização do exame”. No dia em que o exame foi marcado, os pacientes não comparecem. Isso vem se repetindo muitas vezes na Unidade. “Muitos exames tem de ser pagos, mes-mo com a ausência dos pacien-tes”, afirma o coordenador da Atenção Básica, Antenor Stringhini.

Pacientes aguardam fichas de atendimento em filas de espera

Atendimentos

O coordenador ressaltou também que a média de aten-dimentos varia dependendo do período. “Como a campanha de vacinação para a gripe A iniciou, o número de atendimentos au-menta devido a aplicação da va-cina na população”, afirma.

Desde novembro do ano passado, os atendimentos no horário vespertino, das 17h30min às 22h foram sus-pendidos devido à falta de mé-dicos. Segundo a enfermeira chefe da Unidade Básica de Saúde, Marione Kirchhof, o horário de atendimento foi temporariamente suspenso devido à grande demanda de população nos zoneamentos próximos da UBS e falta de profissionais. “Moradores do bairro Ouro Verde e as famí-lias do Residencial Novo Futu-ro vem buscar atendimento na nossa Unidade, além da região do Bairro São Roque”, afirma.

Distribuição de fichas

A enfermeira ressaltou tam-bém que a distribuição tem

acontecido durante a madru-gada. “Os moradores tem che-gado para garantir as fichas de atendimento às 3h da madru-gada”, diz. A distribuição de fichas abrange oito atendimen-tos pela manhã e oito à tarde.

População insatisfeita

Os moradores da região onde a UBS está localizada também sen-tiram a carência de profissionais na UBS. O pedreiro Eurico Luiz Silvestri, 62, ressalta que tem di-ficuldade para ser atendido pelos

clínicos gerais. “O atendimento já foi melhor. Hoje em dia temos de esperar muito tempo para que um médico venha nos atender”, diz. Segundo Silvestri, a maioria dos medicamentos receitados pelos médicos da UBS não são encontrados na farmácia. “Pou-cos remédios estão à disposição da comunidade na farmácia des-sa Unidade”, afirma.

Já a comerciante Salete Go-mes da Silveira, 41 afirmou que sente dificuldades em marcar consultas fora do horário esti-pulado pela UBS. “Não tenho condições de ir no horário esti-pulado pela Unidade para a re-tirada das fichas, e por isso, sin-to dificuldade em ser atendida pelos clínicos da UBS”, afirma.

Farmácia

A UBS dispõe de farmá-cia que faz a distribuição dos medicamentos básicos para os pacientes. A média de receitas mensais recebidas na farmácia é de 430 a 450, com excessão dos medicamentos contínuos.

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MARIANA MAIOLI

As UBSs2. São Roque


Onde doar

Confira os locais de coleta da Campanha do Agasalho de Bento Gonçalves no site do Jornal: www.jornalsemanario.com.br.

FRANCINE BOIJINK

Solidariedade

Ajuda para aquecer o inverno A Campanha do Agasalho, que será lançada amanhã, 20, em Bento Gonçalves, se estende até o dia 20 de junho

O frio típico da Serra Gaúcha, aliado à umi-

dade do local onde mora Lindomar da Silva de 24 anos no Bairro Tancredo Neves, em Bento Gonçal-ves, faz aumentar ainda mais a necessidade de agasalhos para que ele possa enfrentar com mais conforto as baixas temperaturas.

O soldador e montador está há cinco meses neste en-dereço junto com a esposa, e garante que as despesas men-sais não permitem outros investimentos: “Se sobrasse para comprar roupas estaria bom”afirma.

Grande parte do que eles vestem, segundo Silva, é re-sultado de doações; pouco foi comprado. E daqui a al-gum tempo, outra necessida-

de do casal vai ser adquirir roupas de criança, já que a mulher dele está grávida.

Quem também valoriza as doações é Sara Rodri-gues Chaves. Aos 22 anos, a moradora do bairro Muni-cipal está desempregada, e garante estar precisando de agasalhos:“O primeiro inver-no que passei aqui foi muito frio”, comenta. Um ponto positivo que Sara destaca é a ajuda entre os vizinhos. Um doa o que pode para ajudar o outro que está precisando.

No mesmo bairro de Sara mora Adelar Luiz Rodrigues,de 39 anos. Solidá-rio, as roupas que já não são mais usadas pelo filho de 10 anos são doadas para os vizi-nhos. “O que não serve para um vai para o outro. Fico fe-liz ajudando mais uma crian-ça que precisa.” diz.

Para quem quiser colocar em prática o mesmo gesto de Rodrigues e fazer doações de diferentes peças, como calçados, roupas de crianças, fraldas de adultos e crianças, abrigos, mantas de lã, meias de lã, tem como opção con-tribuir com a Campanha do Agasalho, que será lança-da amanhã, 20, às 9h30min, em frente à prefeitura. Até o dia 20 de junho, cerca de 50 pontos de coletas estarão espalhados em locais como supermercados, bancos, lo-jas e empresas. Um pedido da assessoria do Gabinete da Primeira Dama é para que as pessoas classifiquem e doem o que estiver em boas con-dições de uso. Os donativos serão encaminhados para en-tidades assistenciais de Bento

Francine Boijink

[email protected]

Lindomar da Silva, 24, recebe grande parte das roupas de doações

Proamb comemora aniversário e celebra lançamentos em evento

Em 22 anos de trajetória, a Fundação Proamb mante-

ve o foco no objetivo maior de oferecer ao mercado soluções ambientais. Mais do que isso, a finalidade foi sempre buscar e aproximar conceitos, tecno-logias, produtos e serviços de vanguarda. Assim surgiu a sua primeira unidade de negócio, o aterro de resíduos sólidos in-dustriais, que ainda hoje é refe-rência em segurança e perfil de trabalho. Criado para atender a demanda regional, hoje reúne clientes de todo o Rio Grande do Sul em um projeto que foi recentemente ampliado.

A vocação para tratar a sustentabilidade e o conhe-cimento de gestão ambien-tal ofereceram a base para o desenvolvimento de outras duas unidades de negócio, que ajudaram a consolidar o nome e a capacidade técnica da entidade: a assessoria am-biental e a Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (Fiema Brasil), que no próximo ano chega à sua sexta edição, reunindo expo-sitores e clientes voltados a negócios calcados nos pilares da sustentabilidade ambiental, financeira e cultural.

Uma noite para comemorar resultados

O principal objetivo da noite festiva do sábado, 13, no Sa-lão Carmenère do Dall’Onder Grande Hotel, foi a celebração dos 22 anos de fundação da Proamb. Mas, além de celebrar mais um ano de trabalho da instituição, a festa teve outros motivos para o brinde: a trans-missão de cargo da presidente da fundação, Juliana Lúcia Ac-cordi Ferrari Dal Piaz, ao novo titular, Neri Gilberto Basso; a apresentação da nova direto-ria da instituição para a gestão 2013/2015 e o lançamento ofi-

Meio Ambiente

Transmissão de cargo de presidente, posse da diretoria e lançamento oficial da sexta Fiema Brasil foram os destaques da noite

Nova diretoria da Fundação Proamb para a gestão 2013/2015 foi apresentada durante o evento de celebração dos 22 anos da instituição

Cerca de 600 pessoas prestigiaram o aniversário da Fundação Proamb no sábado, 13, no Salão Carmenère do Dall’Onder Grand Hotel

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cial da edição de 2014 da Fie-ma Brasil.

Nos últimos quatro anos, a Fundação Proamb foi presi-dida pela engenheira química Juliana Lúcia Accordi Ferrari Dal Piaz, especialista em ges-tão ambiental e planejamento urbano, que esteve à fren-te de uma capacitada equi-pe técnica, responsável pela operacionalização dos servi-ços e, junto a uma combativa diretoria, esteve focada em planejar estrategicamente os negócios da empresa.

Para a agora ex-presidente, a maior conquista da fundação neste período foi ter a única unidade de coprocessamen-to de resíduos sólidos indus-triais do Rio Grande do Sul e a quarta unidade de negócios da Proamb no estado. “A unidade de blendagem da Proamb, que tem capacidade de processar oito toneladas hora de blend, neste primeiro momento, trou-xe diversas inovações para o mercado de coprocessamento do país por apresentar uma linha de produção completa,

que é destinada para fabri-car combustível a partir de resíduos sólidos. A operação iniciou recentemente, depois de diversos anos de trabalho. Também tivemos a amplia-ção da central de resíduos, a consolidação da Fiema, que vem com um formato com-pletamente renovado e é este o motivo deste lançamento di-ferenciado, que não havíamos feito nas outras edições”, disse Juliana.

Outro ponto relevante so-bre o trabalho da Fundação

Proamb foi a parceria inter-nacional com universidades da Itália e da Alemanha, além da estreita ligação com enti-dades representativas do setor em todo o território nacional. “Uma série de conquistas que nós tivemos como resulta-do de um excelente trabalho em equipe. Um grupo de profissionais abnegados que conquistaram méritos para a fundação como um todo”, re-sume Juliana.

FOTOS RODRIGO BERGSLEITHNER

Sábado, 20 de abril de 201318 Especial

Sábado, 20 de abril de 2013 19Especial

Criada com o objetivo de apresentar soluções para o meio ambiente, a Feira Inter-nacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (Fiema Brasil 2014) chega a sua sexta edição em 2014.

Nas três últimas gestões, a Fiema Brasil foi presidi-da pelo engenheiro elétrico, especialista em automação de sistemas, Márcio Chiara-monte, que juntamente com a sua diretoria, contribuiu significativamente para o crescimento da feira e de seu reconhecimento internacio-nal. Como forma de agrade-cimento a todos os serviços prestados, a presidente da Fundação Proamb nas duas últimas gestões, Juliana Dal Piaz, entregou uma placa de homenagem ao ex-presidente da Fiema, Márcio Chiara-monte, pelos recentes ser-viços prestados à Fundação Proamb e Fiema Brasil.

Hoje, a Fiema Brasil conta com uma nova diretoria que vai ter como presidente o en-genheiro mecânico, Jones Fa-vreto, para aproxima edição, que vai ocorrer de 22 a 25 de abril de 2014, no Parque de Eventos de Bento Gonçal-ves. “O que nós esperamos no próximo ano com a Fiema é manter uma evolução cons-tante. Um novo crescimento, uma nova evolução em relação às edições anteriores. Já existe um trabalho feito desde a úl-tima edição da feira, onde há um ano já vendemos os espa-ços. Um bom número con-solidado e agora o trabalho da reta final, nestes 12 meses, para que temos uma feira com-pleta. Buscamos em torno de 350 expositores de seis países e estamos fazendo um trabalho forte para satisfazer o nosso expositor”, disse.

Para Favreto, a expectativa é de um público entre 15 a 20 mil pessoas. “O que a Fiema vai mostrar é um dos pilares da gestão ambiental. Um lo-cal propício para que as pes-soas venham buscar novas tecnologias, conhecimentos, em geral para fazer gestão ambiental em suas empresas. Desde o pequeno negócio até grandes empresas”, disse

O evento teve a participação do Subprocurador-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e Procurador de Fundações do Estado do Rio Grande do Sul, Antônio Carlos de Avelar Bastos, que salientou o traba-lho da Fundação Proamb e a referência internacional que é a Fiema. “22 anos é um inexpres-sivo tempo para justificar um atuante e brilhante trabalho que a Proamb desenvolve em nosso estado e no país”, disse.

Estiveram presentes no ceri-monial de lançamento da sexta edição Fiema Brasil, o deputa-do estadual Ronaldo Santini; o vice-prefeito de Bento Gon-

FIEMA BRASIL

PRESENÇAS

Novo presidente eleito da Fundação Proamb, Neri Basso, e o vice-presidente Mathias Schneider (ao fundo)

O que espera o novo presidente

Novo presiden-te da Fundação Proamb, Neri Gilberto Basso faz questão de salientar que o primeiro objetivo da nova adminis-tração vai ser dar continuidade ao que considera “a excelente gestão da presidente Ju-liana Dal Piaz”. Segundo ele, há todo um trabalho pela frente que exige muito pla-nejamento, e será necessário continuar expandindo a base tecnológica da empresa, agregando serviços inovadores e estando sem-pre adiante das exigências do mercado.

“Dando continuidade ao trabalho que foi feito na ges-tão da presidente Juliana, estamos inaugurando a unida-de de coprocessamento e a unidade educacional, onde teremos um grande trabalho pela frente. Temos uma equipe muito forte, que é comprometida e faz o seu trabalho de planejamento com eficácia, nos deixando tranquilos neste aspecto”, disse o novo presidente da Proamb, Neri Basso.

Após o pronunciamento de posse, já como presidente eleito da Fundação Proamb, Basso, efetuou a entrega de uma homenagem à presidente Juliana Dal Piaz, que esteve à frente da entidade nas gestões 2009/2010 e 2011/2012. Em seguida, o novo presidente realizou a assinatura do ter-mo de posse, sendo declarado como novo presidente.

FIEMA 2014

Diversas autoridades presentes no lançamento

O lançamento da sexta edição

Nova diretoria da Fiema

Presidente: Jones FavrettoDiretor Internacional: Matthias SchneiderDiretor Financeiro: Olívio AimiDiretor de Serviços: Hermes BassoDiretores de Comunicação: Neri Gilberto Basso e Marcio

ChiaramonteDiretor Industrial: Mauro MoroDiretor Comercial: Neri Gilberto BassoDiretora Executiva: Fabiane LocatelliCoordenador Geral: Fernando Bonamigo TecchioDiretora de Público Visitante: Francine Zanatta

Diretores do Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente – Vânia Schneider, Andressa Brandalise, Evandro Cristofoli

Diretores do Seminário Brasileiro de Gestão Ambiental na Agro-pecuária – Alexandre Hoffmann e Luciano Gebler

Diretor do Seminário de Legislação Ambiental e Gestão Públi-ca – Ademar Petry

Diretora do Meeting Empresarial – Regina Basso Bertuol

Eventos Simultâneos

çalves Mário Gabardo; o vice--reitor da UCS, José Carlos Köche; o presidente da As-sociação Brasileira de Enge-nharia Sanitária e Ambiental (Abes), Nancy Begnini Giug-no; o presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), Car-los Horn; presidente da Cics/Serra, Ademar Petry; presiden-te da Fundaparque, Tarcisio Michelon, além do secretário municipal de Meio Ambiente, Luiz Augusto Signor; secretá-rio municipal de Agricultura, Thompson Benhur Didoné e o secretário de Turismo, Gil-berto Durante.

o novo presidente. Em sua sexta edição, a Fiema

Brasil apresentou sua campa-nha de divulgação com o tema “Recicle Seus Negócios”.

A campanha, criada pela Agência Batuca, tem como objetivo principal reforçar co-nexões, através de um apelo visual mais humano.

Presidente da Fiema, Jones Favreto, a ex-presidente da Proamb, Juliana Dal Piaz, e o novo presidente da Proamb, Neri Basso

O presidente Neri Gilberto Basso

Sábado, 20 de abril de 201320 Economia

Indústria de Transformação criou 55 novas vagas de trabalho em março

Admissões e demissões em Bento

Extrativa Mineral: 18 admissões e 20 desligamentosIndústria de Transformação: 3.398 admissões e 2.742 desliga-

mentosServiço Industrial de Utilidade Pública: 15 admissões e 8 desli-

gamentosConstrução Civil: 492 admissões e 415 desligamentosComércio: 1.277 admissões e 1.160 desligamentosServiços: 1.882 admissões e 1.604 desligamentosAgropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca: 27 admissões e

12 desligamentos.

Atividades Extrativas: 5 admissões, 3 desligamentos

Ind. de Transformação: 1119 admissões, 1064 desligamentos

Serv. Industrial de Utilidade Pública: 7 admissões, 2 desligamentos

Construção Civil: 157 admissões, 148 desligamentos

Comércio: 472 admissões, 455 desligamentos

Serviços: 695 admissões, 646 desligamentos

Agropecuária: 6 admissões, 17 desligamentos

Panorama dos primeiros três meses de 2013:

Evolução do mês de março em Bento:

FOFNTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO/CAGED

FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO/CAGED

Indústria de Transformação

Setor gera maior número de vagasDurante os três primeiros meses deste ano, as atividades ligadas ao ramo lideraram a criação de empregos em Bento

Francine Boijink

A Indústria de Transforma-ção liderou o ranking da

criação de empregos em Bento Gonçalves no mês de março, com 55 postos de trabalho for-malizados. As funções ligadas a essa atividade econômica já atin-giram o topo da lista em número de contratações nos meses de ja-neiro e fevereiro deste ano.

Conforme o presidente do Sindicato das Indústrias Meta-lúrgicas, Mecânicas e de Mate-rial Elétrico de Bento Gonçal-ves (Simmme), Juarez Piva, os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Emprego e Desem-prego (Caged) representam uma reposição na mão de obra do setor, que estava em baixa no ano passado. Segundo Piva, a rotatividade de funcionários chegou a 7%, enquanto o nor-mal seria de no máximo 2%.

A expectativa do sindicato é de que, pelo menos até a metade do ano, o número de empregos no setor continue em crescimento.

A pesquisa mostra também que no mês de março, o setor de Serviços figura em segundo lugar quanto à colocação de empregados no mercado de trabalho formal, com o víncu-lo de 49 pessoas.

Segundo a Carta Mensal do Mercado Formal de Trabalho, da Universidade de Caxias de Sul (UCS), houve a abertura de 126 novos postos de trabalho no mês. Assim, o município registra um aumento de 0,31% sobre o total dos empregos for-mais. Na contramão desse nú-mero positivo, a atividade eco-

nômica ligada a Agropecuária, Extração Vegetal, Caça e Pesca foi marcada por um saldo nega-tivo, com seis admissões e de-zessete desligamentos.

Já a Construção Civil regis-trou o número de contratações próximo ao de desligamentos.Foram 157 novos vínculos e 148 demissões. Situação se-melhante ao que aconteceu no Comércio, setor onde foram registrados 472 postos de tra-balho e ocorreu o desligamen-to de 455 funcionários.

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KÁTIA CASAGRANDE

Sábado, 20 de abril de 2013 21Economia

Redes de lojas são o alvo dos consumidores

As grandes redes de lojas que se instalam em Ben-

to Gonçalves tornaram-se o alvo prncipal das reclamações dos consumidores. A cada duas queixas recebidas pelo Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) relacionadas ao co-mércio local, uma é referente a problemas nestes estabeleci-mentos de maior porte. A situa-ção tornou-se preocupante para o Procon, que decidiu separar estas empresas em um setor es-pecífico no levantamento men-sal dos atendimentos realizados.

De acordo com o diretor do Procon, Maciel Giovanella, a maioria das reclamações é re-ferente a problemas com aten-dimento e também com assis-tência técnica. Ele explica que, a partir deste mês, o levantamen-to mensal ganhará o item Redes Lojistas, que irá englobar os es-tabelecimentos comerciais que não tem sua matriz em Bento Gonçalves. “Acreditamos que

Procon

Número de reclamações fez com que o órgão mudasse formato de pesquisa

Giovanella busca a negociação

Venda casada também na mira Casos mais comuns

Instituições bancárias con-dicionam a venda de serviços como financiamentos median-te abertura de conta corrente e contratação de outros serviços, como seguros, títulos de capi-talização e cartão de crédito.

Operadoras anunciam des-contos, mas os consumidores devem contratar planos tele-fônicos e/ou de internet.

Estabelecimentos comerciais anunciam aparelho de celular grátis, mas, ao solicitar o apa-relho, o consumidoré informa-do que deverá contratar deter-minado plano da operadora.

Instituições Bancárias

TV a Cabo

Telefonia

As reclamações

Janeiro 45Fevereiro 67Março 53



Grandes redes de lojas

Comércio Municipal

Registradas no Procon

FONTE: PROCON

Marcelo Maciel

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é injusto colocar estas empre-sas no item Comércio Munici-pal, sendo que, muitas vezes, as reclamações são referentes às centrais de atendimento e pro-cedimentos que não são realiza-dos em nossa cidade”.

Giovanella exemplifica apre-sentando os números do mês de março. Foram registradas 57 reclamações referente ao comér-

Além das reclamações mais comuns dos consumidores, o Procon está atento para a prá-tica da chamada venda casada, que vem ocorrendo em alguns estabelecimentos comerciais da cidade, principalmente em ban-cos e empresas de telefonia.

A secretária executiva Letícia Stringuini, de 46 anos, alega ter sido induzida por um vendedor a adquirir um produto que não queria. Ela adquiriu um tablet para seu filho de 14 anos e foi informada na loja que só pode-ria comprar o produto mediante a aquisição de um pacote de da-dos. “Só consegui levar o apare-lho depois de muita insistência, porém, para a minha surpresa, recebi uma fatura da operadora cobrando o pacote de dados”.

A gerente da loja revela que algumas divergências aconte-cem, mas negou que seja rea-

cio municipal, sendo que 53 delas eram direcionadas aos atendi-mentos realizados pelas grandes redes lojistas. “Agindo desta for-ma, teremos um levantamento real de como está o atendimento do comércio da cidade que, na sua maioria, não dispõe de call center”, revela o diretor.

lizada a venda casada de pro-dutos. Além disso, creditou o problema de Letícia a uma falha no sistema da central de atendimento da operadora.

Segundo o diretor do Pro-con, Maciel Giovanella, ainda são recebidas poucas recla-mações destes casos na sede do órgão, mas os problemas têm sido contornados direto com as lojas. “Temos alguns casos de exigência de valor de recarga e de inclusão de paco-tes que não foram solicitados pelo cliente, mas a maioria de-les conseguimos resolver de forma amigável”, destaca. O diretor afirma que os consumi-dores que se sentirem lesados devem procurar o Procon e denunciar o fato ocorrido, para que um possível ressarcimento seja solicitado na loja ou dire-tamente com a operadora.

DIVULGAÇÃO

Sábado, 20 de abril de 201322 Economia

Fiscais discutem ideias para situação tributária

Começou ontem o 14º En-contro Estadual do Fisco,

em Bento Gonçalves, reunin-do os agentes fiscais do Te-souro do Estado, entre os dias 19 e 21, no Dall’Onder Gran-de Hotel. Serão discutidos te-mas como royalties do petró-leo, pacto federativo, Fundo de Participação dos Estados e dívida pública de estados e municípios.

O objetivo do encontro é debater temas importantes para o Rio Grande do Sul e para o Brasil, em questões referentes às contas públicas e ao desenvolvimento eco-nômico e social da sociedade. Preocupados com a crescen-te centralização dos recursos públicos em Brasília, a Asso-ciação dos Fiscais de Tributos Estaduais do RS (Afisvec) e o Sindicato dos Servidores

14º Encontro Estadual do Fisco

Desde ontem, agentesdo Tesouro do Estado discutem temas importantes

Serviço

Evento: 14º Encontro do Fisco Estadual Gaúcho

Data: 19, 20 e 21 de abril de 2013

Local: Dall’Onder Gran-de Hotel

Nem todos sabem que em Paris, em 1789 a Assembléia Nacional criou um ARQUIVO no qual deveria ser guardados os seus atos. Um ano depois, a 12 de setembro de 1790, um Decreto transformou esse Arqui-vo em “ARCHIVE NACIONAL DE PARIS”, estava criado o primeiro Arquivo Nacional do mundo. Nele deveriam ser mantidos e conservados os Documentos da Nova França, que nascia sob o signo do Iluminismo.

O que deveria ser feito com os Documentos que registravam o odia-do passado? Alguns revolucionários insistiram na sua destruição, ale-gando que nestes documentos estavam expressos e consolidados os direitos e privilégios de um Estado regido pelo autoritarismo. Durante toda a Revolução Francesa os Documentos foram considerados básicos para conhecimento de uma antiga sociedade e para o estabelecimento de uma nova estrutura social e conseqüentemente o reconhecimento da Importância da Preservação destes registros para a sociedade.

No Campo Arquivístico, estas conquistas propiciaram o reconhe-cimento da responsabilidade do Estado pela conservação dos Docu-mentos e a proclamação do princípio de acesso neles contida. Para assegurar o cumprimento desses princípios básicos foi então criado em Paris, o ARQUIVO NACIONAL com a finalidade de preservar e administrar os Documentos.

A realização do XI Congresso Internacional de Arquivos, em Paris, em 1988, destacou e enfatizou a importância destas instituições e a atenção que eles devem merecer do Poder Público.

“OS ARQUIVOS não representam somente o passado, registram também os anseios da caminhada de um povo, em relação ao futuro”.

Em 1999, O ARQUIVO NACIONAL BRASILEIRO, com sede no Rio de Janeiro sediou o Congresso Internacional e entre outras reso-luções, foram aprovados os Princípios Éticos do Arquivista, a fim de atender as normas do Conselho Internacional de Arquivos que é a de incentivar a divulgação mais ampla possível dos princípios éticos do arquivista. Como por exemplo: Dos Deveres e Obrigações:

- O arquivista deve respeitar os princípios e as normas reconhecidas internacionalmente, de forma a garantir a integridade dos arquivos, para que eles possam se constituir em provas jurídicas e em testemu-nho permanente do presente e do passado.

- O arquivista deve respeitar a legislação em vigor, referente ao aces-so e sigilo, particularmente no que diz respeito à vida privada das pessoas relacionadas à origem ou ao conteúdo dos documentos.

- O arquivista não deve utilizar nem revelar a terceiros, informações contidas em documentos cujo acesso é restrito por lei ou de acordo entre as partes.

O ARQUIVO PÚBLICO E HISTÓRICO MUNICIPAL DE BEN-TO GONÇALVES, esta amparado pela Lei Municipal de nº 1.290, de 19 de novembro de 1994 – DISPOE SOBRE O PATRIMÔNIO ARQUI-VISATICO DE BENTO GONÇALVES – Tem seu marco HISTÓRI-CO na DOCUMENTAÇÃO HISTÓRICA DO MUNICÍPIO. Passou pela fase de organização e arranjo dos documentos. Atende a diversas secretarias (como Arquivo Intermediário) – Processos, fichas funcionais, certidões de tempo de serviço. E em Nível Estadual, Nacional e Inter-nacional como Arquivo Permanente ou HISTÓRICO. Os pesquisado-res fazem buscas das fontes dos seus antepassados. As Universidades de TURIN e VENEZA da ITÁLIA, já estiveram fazendo pesquisas, através dos UNIVERSITÁRIOS, para apresentarem suas teses, sobre – “ O que os filhos do Imigrantes teriam iniciado como Indústrias e Profissões nos anos de 1920 a 1930, sem ser o trabalho agrícola que era a única oportu-nidade naquela época da vinda do Imigrante da Itália.

Documentos do Arquivo Público e Histórico de Bento Gonçalves

AssuntaDeParis

Importância da preservação da documentação

REPROD

UÇÃ

O

Kátia Casagrande

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Públicos da Administração Tributária do RS (Sindifisco) decidiram como tema admi-nistração tributária e o federa-lismo fiscal brasileiro.

O presidente da Afisvec, Abel Henrique Ferreira, acre-dita que sairão do encontro muitas ideias que poderão transformar o atual centralis-mo de União. “Buscamos al-gumas definições para que os estados e os municípios pos-sam ter recursos essenciais ao desenvolvimento econômico e social de suas esferas de go-verno”, afirma.

Para abrir a conferência, o consultor jurídico e ex-secre-tário da Receita Federal Eve-rardo Maciel explanou sobre as questões tributárias e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), problemas existentes e problemas futu-ros. “Apresentei a origem dos

problemas do ICMS, porque existem e como resolvê-los ou torná-los pior”, revela.

Outros temas que serão debatidos são a lei orgânica da administração tributária, a autonomia da administra-ção tributária e a autonomia administrativa e financeira da administração tributária. O 14º Encontro do Fisco Es-tadual Gaúcho conta com a presença de importantes lide-ranças políticas e do governo do estado.

Sábado, 20 de abril de 2013 23Economia

Fornecimento de verduras é local

Os hortifrutigranjeiros, além de uma importante

fonte de vitaminas, são alimen-tos fundamentais para uma vida saudável. E muito do que é consumido em Bento Gon-çalves provêm de plantações locais ou da região.

Conforme o diretor da rede de supermercados Apolo, Antônio Cesa Longo, prati-camente 100% das verduras comercializadas e 60% dos outros produtos, entre frutas e legumes, são produzidos na Serra. “Nossa região é privile-giada, sendo o grande polo do

Hortifrutigranjeiros

Muitos dos alimentos que são consumidos pelos bento-gonçalvenses são cultivados por agricultores da Serra Gaúcha

Kátia Casagrande

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estado na produção de verdu-ras. O tempo entre a colheita e a mesa do consumidor é me-nor, o que garante um produ-to mais saudável e de melhor qualidade”, avalia.

O mesmo acontece em ou-tros mercados e fruteiras da cidade que disponibilizam aos consumidores verduras, algu-mas frutas e legumes cultivadas por agricultores serranos. No mercado Rizzardo, de acordo com o proprietário, Rudinei Rizzardo, uma parte dos pro-dutos é de produção própria. “Temos a nossa plantação, para comercializar um produto mais fresco e sem agrotóxico

com o mesmo custo dos ou-tros”, afirma.

Para a gerente da fruteira São Roque, Giovana Costa, além de prestigiar o produtor local, comprar o que é produ-zido na cidade gera emprego e o consumidor se favorece por comer um alimento que não ficou horas na caçamba de um caminhão. O proprietário da fruteira São Bento, Paulo Girardi, explica que além de eliminar transportadores, o produto vai direto para o con-sumidor final e ele não encon-tra dificuldades para conseguir algum item.

Com a oferta de verduras

e outros cultivares na região, a agilidade na entrega sem comprometer a qualidade do alimento é uma garantia para o consumidor, avalia o ge-rente do supermercado Imec, Marcos Loureiro. A aprovisio-nadora de perecíveis do Na-cional, Fernanda Pereira Al-meida, enfrenta um problema, pois todos os produtos devem ir primeiro para a central em Porto Alegre e depois retornar em à cidade. “A logística da empresa faz com que o pro-duto demore para chegar ao mercado, o que muitas vezes ocasiona a falta de alguns pro-dutos”, comenta.

Tomate não era o vilão

De acordo com o produtor de tomates Domingos Santin, os preços subiram apenas no feriado de Páscoa. Para ele, isso aconteceu devido à grande pro-cura e não pela falta do produto.

A produção, que gira em tor-no de dois mil de pés, é toda comercializada em mercados e fruteiras de Bento. Santin tem o interesse em aumentar a sua produção, mas devido a falta de incentivos e mão de obra escassa comenta que fica com-plicado para trabalhar.

Sábado, 20 de abril de 201324

25Sábado, 20 de abril de 2013 Educação

Projeto Província de São PedroCRE contempla escolas com 77 computadoresAção faz parte do programa de modernização das instituições estaduais

Coordenador mostrou aos professores eixos estratégicos da Seduc

A 16ª Coordenadoria Regio-nal de Educação (CRE)

entregou na quarta-feira, 17, 77 computadores para escolas estaduais de Bento Gonçalves e da região. A entrega simbó-lica aconteceu na sede da 16ª CRE, contando com a pre-sença de diretores das regiões abrangidas pela coordenado-ria. A ação é parte do pro-jeto estadual Província de São Pedro, que disponibiliza um computador por aluno e pro-fessor em escolas de Ensino Fundamental.

O objetivo é qualificar os ser-viços administrativos das ins-tituições de ensino. O coorde-nador da 16ª CRE, Ênio Eliseu Ceccagno, ressaltou a impor-tância de implantar tecnologias no ensino estadual. “Além de qualificarmos os trabalhos ad-ministrativos das instituições, teremos mais facilidade para desenvolvermos as atividades e os processos serão mais rápi-dos, já que a forma de comuni-cação será direta”, afirmou.

O coordenador também apresentou aos professores o Plano de Necessidades de Obras, que contempla 1.028 escolas do estado. A previsão de investimentos na infraes-

trutura das instituições é de R$ 1 bilhão até o final de 2014. “O novo plano de infraestru-tura abrangerá sala de estudos para os professores, quadros brancos, novas quadras de es-portes, climatização das salas, paisagismo, planos de preven-ção e combate à incêndios, acessibilidade, novas instala-ções elétricas e hidráulicas ade-quadas, cozinhas e refeitórios com água quente, cercamento e iluminação, internet wi-fi, monitoramento com câmeras de vídeo e nova identidade vi-sual”, disse.

No encontro, também foi ressaltado o papel dos pro-fessores atualmente. “Temos de trabalhar a ideia de sermos entusiastas dos nossos alunos, avaliando os processos para que estes deem frutos, saben-

do que aquilo que é construído por nossos estudantes perma-nece”, disse.

A modernização tecnoló-gica no estado já abrange 21 cidades contempladas com 10.985 novos equipamentos, envolvendo 3.479 professo-res, 46.952 alunos, 100 esco-las e um investimento de R$ 10.612.465. Até 2014, 160 mil alunos serão contemplados com o programa Província de São Pedro, organizado pela Se-cretaria Estadual de Educação (Seduc) que tem como princi-pais eixos a recuperação física e a modernização tecnológica, a valorização profissional, a reestruturação curricular, além da qualificação e democratiza-ção da gestão.

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Mariana MaioliMARIANA MAIOLI

QUALIFICAÇÃO NO ENSINO

Entrega de tablets será em 15 dias

Dentro de 15 dias, a 16ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) fará a entrega de 380 tablets para professores das escolas da CRE. O projeto é financiado pelo Fundo Na-cional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que esta-beleceu a aquisição de tablets de sete polegadas. No estado, os aparelhos serão de 10 po-legadas, devido ao orçamento próprio.

Formação para professores

Para que os 380 professores recebam o equipamento, uma formação inicial para o apren-dizado operacional dos tablets está marcada para o dia 23, através do Núcleo de Tecno-logia Educacional (NTE) da 16ª CRE, sob coordenação da professora Marta Rocha e da orientadora educacional Grei-ce de Barba. Em maio a for-mação será pedagógica, para a utilização dos aplicativos insta-lados no equipamento.

Custo

Cada tablet custou R$ 462,49 e será entregue a todos os pro-fessores concursados no Ensi-no Médio da rede estadual.

O coordenador da 16ª CRE, Ênio Eliseu Ceccagno ressalta a importância do uso de novas tecnologias para qualificar o

ensino dos estudantes da rede estadual. “Os professores po-derão aproveitar o conteúdo já instalado nos tablets, lendo os mais de 80 livros contidos no aparelho, ou mesmo assistindo às aulas disponíveis juntamen-te com todo o conteúdo pre-parado para facilitar e melho-rar cada vez mais o sistema de educação”, afirmou.

O projeto

A ação também faz parte do projeto Província de São Pe-dro. Até junho, estima-se que 22 mil tablets sejam entregues nas instituições de ensino do Rio Grande do Sul, totalizan-do um investimento de R$ 15 milhões entre equipamentos, infraestrutura e formações. Os recursos são do Ministério da Educação (MEC), do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Sa-lário Educação.

Tablets

Os equipamentos possuem 10 polegadas multitoque, são produzidos no Brasil e têm instalado o sistema opera-cional Android, com arma-zenamento de 16GB, câmera frontal para filmagem e foto-grafia, entrada para mini-car-tão de memória, bluetooth e acesso à internet através de redes wi-fi.

Sábado, 20 de abril de 201326 Bairros

Comandante condecorando o oficial durante a solenidade

Na quarta-feira, 17, ocor-reu a formatura dos novos soldados que ingressaram em fevereiro no 6º Batalhão de Comunicações (6º Bcom), em São Roque.

O evento contou com um café da manhã com a pre-sença de autoridades, con-vidados, oficiais e imprensa. Após, ocorreu a apresentação das tropas e, em seguida, to-dos os presentes realizaram um passeio de Maria Fuma-ça, saindo de Carlos Barbo-sa com chegada em Bento Gonçalves. As festividades do aniversário de 70 anos do Batalhão contaram ainda com a venda de uma cami-seta alusiva ao aniversário da instituição e desfile das tro-pas e reservistas, na presença do comandante, o tenente--coronel José Augusto Bog-noni Lós Reis, do prefeito Guilherme Pasin e do pre-sidente da Câmara de Verea-

SÃO ROQUE

NOEMIR LEITÃO

6º BCOM comemora 70 anos de trabalho

dores Valdecir Rubbo (PDT). O comandante do 6º BCOM estava satisfeito com a pre-sença de todos neste evento, e enfatizou a importância do Batalhão, inserido na comu-nidade de Bento Gonçalves.

Sábado, 20 de abril de 2013 27Bairros

Empresas e comunidade juntas

Com a integração entre a co-munidade e empresas preo-

cupadas com o bem-estar dos bento-gonçalvenses, estão sen-do realizadas obras de restaura-ção no salão da comunidade do bairro Santo Antão. A iniciativa partiu da preocupação com o patrimônio coletivo, e as obras, iniciadas no segundo semestre de 2012, tem como objetivo reparar a estrutura utilizada em eventos sociais e empresários na comuni-dade. O projeto foi desenvolvido pelo arquiteto Juarez Ranzi.

Conforme o tesoureiro da equipe administrativa do salão, Valdemar Bringhenti, os valores arrecadados e as economias de caixa não eram suficientes para realizar o investimento necessá-rio para a reforma. Por isso, foi elaborado um projeto para bus-car apoio da iniciativa privada. Euclides Rizzi, da Lidear Má-quinas, uma das incentivadoras,

Santo Antão

União de esforços e investimentos visam contribuir com as obras do salão comunitário do bairro numa grande integração

O salão comunitário anteriormente sem qualquer estruturação, agora ele recebeu todos os reparos

FOTOS PAULA GIORDANI, DIVULGAÇÃO

acredita que as empresas devem estar atentas às necessidades da comunidade. “Nossas responsa-bilidades vão além das empresas. Ainda resta parte da reforma, por isso estendemos o convite para outras empresas”.

Diversas melhorias já foram realizadas, como o restauro da Igreja e a revitalização da praça. O coordenador da equipe ad-

ministrativa, Darci Peraqui, está satisfeito com o engajamento da comunidade. Além dele e da esposa, Cleusa, fazem parte da equipe Rodrigo e Marlene Cas-sinelli, Valdecir e Maria Pinto, Telve e Jane Michelon, Valde-mar e Inês Bringhenti, além das integrantes do Conselho, Teresi-nha Piovesana, Helena Zanatta e Neusa Ranzi.

Nova estrutura já recebe eventos

No início do mês, o salão re-cebeu cerca de 600 pessoas em um almoço em honra a Santo Antão, padroeiro da comuni-dade. Na ocasião, os festeiros André e Adriana Sandrin, Cla-cir e Tereza Pegoraro, Edmar e Angelita Somacal, Gilmar e

Ana Baggio, e Sérgio e Eliane Dagostin, receberam o padre Darci Camatti, que celebrou missa onde estiveram presentes também os padres Jairo e Jú-lio. Camatti elogiou a iniciativa e acredita que tudo está sendo feito para oferecer à comunida-de um espaço para confraterni-zar. Depois da missa, um almo-ço preparado voluntariamente por famílias locais, congregou a comunidade. Também con-tribuíram com a realização do evento integrantes do grupo de serviços do bairro.

As empresas

Carraro Móveis;Cemitério Parque;Italínea;Geremia Redutores; eLidear Máquinas.

COM A PRIMEIRA ETAPA DAS MELHORIAS

Antes Depois

Sábado, 20 de abril de 201328 Interior & Região

José Pansera prepara projetos para o ano

Pinto Bandeira

Escola proporcionará atividades voltadas dentro do programa estabelecido

Estudantes deverão dar sequência aos trabalhos pedagógicos em 2013

Com 304 alunos em três turnos, a Escola Estadual

de Ensino Médio Professor José Pansera, de Pinto Bandei-ra, começa a preparar o proje-to para o decorrer de 2013.

Segundo a diretora do esta-belecimento de ensino, Marisa Ferrari Guizzo, as propostas para ampliar o projeto sobre o meio ambiente serão definidas ainda em abril. Segundo ela falta concretizar o apoio de empresas que ajudam a escola no decorrer do ano. “Ainda estamos aguar-dando uma definição da parceria que realizamos no ano passado para dar sequência aos nossos projetos deste ano”, disse.

A entidade conta com um qua-dro de 34 pessoas, entre profes-sores e funcionários, e incentiva-rá todas as promoções que serão realizadas durante o ano letivo.

Uma das promoções foi o bin-

go que ocorreu no salão paro-quial no sábado, e que arrecadou uma boa quantia de dinheiro, que será aplicada na entidade. Para o dia 11 de maio, ocorrerá uma ho-menagem às mães com missa e programação toda especial.

A escola também irá organizar sua festa junina, que será em ju-lho, com muitas atrações. Na es-cola José Pansera, uma das ações que os alunos realizam é a busca por uma escola ainda melhor na

concretização da cidadania, e des-de o jardim de infância até o 3º ano do ensino médio, as tarefas são práticas e consideradas fun-damentais para o desempenho e crescimento dos estudantes.

Um dos incentivos da entidade é fortalecer ainda mais o desem-penho nas atividades curricula-res, objetivando a parte intelec-tual dos alunos de todas as séries.

Noemir Leitão

[email protected]

NOEMIR LEITÃO

29ObituárioSábado, 20 de abril de 2013

Faleceram em Bento

EUCLIDES ANTÔNIO CASSINELLI, no dia 09 de abril de 2013. Natural de Garibaldi, RS, era filho de Martins Cassinelli e Carolina Pilati Cassineli e tinha 80 anos.

ZEFERINA MAGNI BARELLA, no dia 11 de abril de 2013. Natural de Garibaldi, RS, era filha de João Gotardo Magni e Teresa Josefina Spader e tinha 82 anos.

HORTENCIA DELFINA CHIES ACOSTA, no dia 11 de abril de 2013. Natural de Montenegro, RS, era filha de Antonio Chies e Carolina Chies e tinha 84 anos.

ERNESTO GIROLAMO SBERSE, no dia 12 de abril de 2013. Natural de Guaporé, RS, era filho de Domingos Sberse e Joana Zanchett e tinha 80 anos.

MARIA LUIZA MULLER DOS SANTOS, no dia 12 de abril de 2013. Natural de Santo Ângelo, RS, era filha de Benita Fernandes Muller e tinha 81 anos.

IRMA CATHARINA PERIN LONGHI, no dia 13 de abril de 2013. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Ernesto Perin e Stella Flamia e tinha 87 anos.

OCTAVIO CASAROTTO, no dia 13 de abril de 2013. Natural de Encantado, RS, era filho de Umberto Casarotto e Josefina Casarotto e tinha 91 anos.

DANRLEI LUIZ CHIESA, no dia 14 de abril de 2013. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Luiz Domingos Chiesa e Ivonete Coleone Chiesa e tinha 18 anos.

FRANCISCA FIGLESKI FABICHAKI, no dia 14 de abril de 2013. Natural de Casca, RS, era filha de Inácio Figleski e Ana Figleski e tinha 88 anos.

Sábado, 20 de abril de 201330 Obituário/Publicações Legais

Sábado, 20 de abril de 2013 31Polícia

312 casos em três meses do anoDelegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Bento Gonçalves, recebe, em média, três denúncias por dia

Violência doméstica

O poeta Renato Russo es-tava certo: o amor ao

próximo parece estar realmen-te fora de moda. A violência ronda vidas e lares em todas as suas formas. O que muitas vezes não se percebe é que ela se encontra muitas vezes mais próxima do que imaginamos. A violência doméstica sempre deixará as pessoas perplexas. Não só a agressão de um ho-mem a uma mulher, mas todo o tipo de agressão verbal ou física ocorrida dentro de uma residência.

Um caso registrado no dia 7 de abril, em Bento Gonçalves, não é muito diferente dos que causam indignação nacional. Uma mulher de 42 anos foi agredida física e verbalmente pelo marido, com quem tem três filhos. Ela registrou ocorrência e afirma que sofre diariamente agressões verbais, sendo chama-da de “burra, gorda, preguiçosa, monstro”, além de palavras de baixo calão. Ao registrar o Bole-tim de Ocorrência (BO), ela so-licitou medida protetiva. Há um ano, havia iniciado o processo de separação, pois, segundo ela, o marido tinha uma amante. De-pois de promessas de mudança, ela voltou atrás, pensando em preservar o casamento.

O drama vivido por esta mu-lher (cujo nome é mantido em sigilo para preservar sua segu-rança) iniciou no dia 5 de abril, quando ela foi agredida pela em-pregada da residência, segundo ela, com o consentimento do marido, que ainda teria debo-chado dela após as agressões. As agressões ocorreram após uma discussão entre as duas. A empregada a espancou com socos e pontapés, deixando-a visivelmente machucada, princi-palmente no rosto. Ela registrou um BO contra a agressora.

A mulher ainda relata que foi ameaçada de morte e se viu obri-gada a sair da casa onde vivia há 14 anos, juntamente com os três filhos. A vítima afirmou que está passando por dificuldades financeiras e sobrevive graças a

doações de pessoas que sabem da sua condição e se compade-cem. Ela procurou a redação do jornal para divulgar o seu caso. A mulher afirma que tem medo dos danos psicológicos que a situação pode causar aos filhos, pois eles estão horrorizados.

1,1 mil casos em 2012

Casos assim não são iso-lados. Em Bento, de acordo com a Delegacia Especializa-da de Atendimento à Mulher (Deam), em 2012, foram regis-trados 1.152 casos de violência doméstica. De janeiro à março deste ano, são 312 casos, quase 30% dos registros do ano ante-rior em apenas três meses, uma média de 104 registros mensais.

Dados do Ministério Público demonstram que, a cada quatro minutos, uma mulher é mor-ta pela violência doméstica no Brasil. Esta é a principal causa da morte de mulheres entre 16 e 44 anos. Desses crimes, 99% são causados por ciúme e pos-sessividade, e 77% dos confli-tos ocorrem depois da sepa-ração. No estado, 93 mulheres morreram vítimas de violência doméstica em 2012. 15 delas haviam solicitado medida pro-tetiva. São mais de duas mulhe-res mortas por semana no es-tado, 40% com idade entre 20 e 30 anos, 70% dentro de casa, 55% à noite. Dos 90 autores, 40 foram presos, 29 estão em liberdade, 20 cometeram suicí-dio e um está foragido. Os mu-nicípios com maior índice são Porto Alegre, São Leopoldo e Alvorada. Das vítimas fatais, 40% haviam feito registro de ocorrência policial.

Para a titular da Deman, de Bento Gonçalves, Isabel Pires Trevisan, é importante que as mulheres e a comunidade con-tinuem denunciando os agres-sores. “Além de encorajar outras mulheres a fazer a denúncia, isso demonstra aos agressores que há uma punição, e reeduca a sociedade para um melhor con-vívio entre homens e mulheres”.

Segundo dados do gover-no federal, a violência física continua sendo a mais fre-quente, agressão contra as mulheres, totalizando 50.236 registros no ano passado (56% do total de casos de violência doméstica). Dentre as demais, estão a violência psicológica em 24.477 casos (28%); a moral em 10.372 (12%); a sexual, em 1.686 (2%); e patrimonial, em 1.426 (2%) dos registros.

Ligue 180 e Escuta Lilás

Criada em 2005 pela Se-cretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que orienta as mulheres em situação de violência sobre seus direitos. Tem o intuito de prestar uma acolhida nessas situações e fornecer informações sobre onde podem recorrer caso so-fram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da sema-na, inclusive finais de semana

Andressa Bergsleithner

No Brasil, a violência doméstica é a principal causa da morte de mulheres entre 16 e 44 anos

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Serviços minimizam impactoe feriados. De 2006 até 2012, a central alcançou 3.058.392 atendimentos à população, se-gundo balanço da SPM.

O Rio Grande do Sul possui, além do Ligue 180, o Escuta Lilás, um centro de atendimen-to à mulher em situação de violência, que atende através do número 0800 541 0803. No ano de 2012, o centro recebeu 312 ligações e realizou 53 aten-dimentos individuais.

MP promove debate

Membros de comissões de defesa da mulher, que parti-ciparal do painel promovido pelo MP do estado, no mês de março, avaliaram a postura do agressor e as providências a se-rem tomadas pelas vítimas.

Segundo Lindinalva Rodri-gues Dalla Costa, membro da Comissão Permanente de Combate à Violência Domés-tica e Familiar contra a Mulher (Copevid): “O agressor começa humilhando, agredindo, amea-çando; as mulheres ainda acham que não são completas se não tiverem um homem ao lado, porque nós ensinamos nossas

filhas que elas precisam espe-rar o príncipe no cavalo bran-co, e muitas se perdem nesse processo. Devemos mudar esse pensamento”, enfatizou a promotora.

A denúncia é muito im-portante, pois, segundo o integrante do Coletivo Fe-minista Sexualidade e Saú-de, Sérgio Barbosa, “quanto mais cedo a mulher denun-ciar, mais fácil é o nosso trabalho. Oferecemos vagas para o homem que xingou ou esbofeteou a mulher, pois queremos trabalhar na pre-venção, na primeira crise, para desconstruir esses atri-butos de gênero aprendidos desde sempre”, argumentou. Já a Coordenadora das De-legacias Especializadas de Atendimento à Mulher do Rio Grande do Sul, Dele-gada Nadine Anflor, afirma que “está na hora de dizer-mos que não basta apenas o processo criminal; precisa-mos do restante da rede de proteção, com casas abrigo, casas de passagem, assistên-cia social e programas de reeducação dos agressores”.

REPRODUÇÃO

Sábado, 20 de abril de 201332 Polícia

Drogadição

O mistério do homem do capuz

Circulando pela praça, cidadão que veste um capuz é suspeito de vender maconha, crack e cocaína*

Moradores do bairro São Roque relatam a presença de um homem que veste capuz enquanto vende drogas no bairro

Na calada da noite, um homem de capuz circula

pela Praça Matriz no bairro São Roque, onde permanece du-rante alguns minutos e some. Não há dia e nem horário certo para avistá-lo caminhando pela praça, mas os interessados em sua presença no local sabem o momento exato dos pontei-ros do relógio para ele marcar presença na via pública. Não se trata de algo sobrenatural. Muito menos de um assassino em potencial. Estamos falando de um traficante que aparece pelo local para vender maco-nha, cocaína e crack.

Uma senhora que reside há mais de 40 anos no bairro São Roque e por medo de sofrer represálias não quis se iden-tificar, disse que foi necessá-rio mudar o seu horário de ir fazer as compras na padaria e no supermercado por temer a presença do homem do capuz e dos usuários que os seguem. “Costumava ir no supermerca-do e na padaria no intervalo da novela das 19h. Agora, preci-sei antecipar a minha ida para às 16h/17h. Este cara, sempre com um capuz na cabeça, reu-ne o piazedo em volta da praça, vende as drogas e vai embora. Uma vez o vi perto de um ca-chorrão que tem aqui na pra-ça. Antes era tranquilo passar por ali. Estes dias quando vim de táxi para casa, eram 23h, e havia um monte de jovens fumando maconha por ali. O cheiro era insuportável”, disse.

Eu vi ele

A estudante Paola (o nome foi mudado para preservar a iden-tidade da fonte), 26 anos, relata que precisa passar pela praça todas as noites quando retorna da faculdade. “Costumava pas-sar sempre pela praça depois das 22h, mas agora está perigo-so. De uns três anos para cá, o bairro tem ficado perigoso. São assaltos, roubos nas residências e nos pontos comerciais, e ago-ra tem o problema da droga.


De dia é o mau cheiro da ma-conha, e de noite percebemos pessoas feito zumbis rondando pela praça. E sempre tem este cidadão de capuz circulando pelas ruas do bairro. Depois que ficou perigoso caminhar por aqui, eu passei a andar de táxi ou vir de carona para casa. Andar a pé não dá mais”, disse.

Medo provocado

Para quem vive há 43 anos no bairro, como o caso de Paulo (o nome foi mudado para preservar a identidade da fonte), o medo provocado pela presença de traficantes no local preocupa a todos, geral-mente os pais que zelam pela vida de seus filhos. “Fica com-plicado você ter que ficar se-guindo onde os seus filhos vão por que na praça e em outras ruas tem gente mal intenciona-da. Quando chega no início da noite, precisamos impedir que nossos filhos se dirijam até a padaria porque podem ser as-saltados ou espancados por al-gum drogado”, disse.

O passeador

Eram 19h da noite da quin-ta-feira, 18, quando o jovem João (o nome foi mudado para preservar a identidade da fon-te), percorria a praça da Matriz

vasculhando o chão. Falando sozinho e com um “olhar pe-trificado”, o jovem usuário de crack dizia procurar um di-nheiro que havia perdido pelo chão. Ao ser indagado sobre o que faria com o dinheiro, caso o encontrasse, ele foi espontâ-neo: “preciso comprar um ba-rato” (na gíria, preciso comprar crack). Segundo ele, o “passea-dor” (apelido dado ao tal ho-mem que veste um capuz), pas-sa pelo local em horários que poucos percebem. “A gente mora na rua. Vivemos no mun-do sem paredes, onde poucos nos enxergam. Não perturba-mos ninguém. Quando a lei passa por aqui, o ‘passeador’ não aparece”, disse o jovem.

Após achar as moedas perdi-das, o jovem atravessou a praça e sumiu na quadra seguinte.

Namoro na fumaça

Na mesma noite, por volta das 21h, um jovem casal na-morava e trocava de mão em mão um cigarro de maconha. Para disfarçar o cheiro, a mu-lher segurava em sua mão di-reita um incenso aceso. “É para não alarmar os ratos (ri-sos). Não precisamos demons-trar para todo o quarteirão que gostamos de fumar maconha. Somos um casal que namora-mos na praça e gostamos de

fumar maconha. Aonde conse-guimos a droga? Ah, isso tem por aí em qualquer esquina, tanto aqui no São Roque como no Conceição, onde mora o meu namorado”, disse Maria (o nome foi mudado para pre-servar a identidade da fonte).

O namorado de Maria dis-se que existe um cidadão que sempre circula pelas principais ruas do bairro São Roque ven-dendo drogas. “Realmente ele sempre está com um capuz. Às vezes, além do capuz, ele está com um skate embaixo do braço. Quase toda a semana estamos aqui, eu e minha na-morada, e recentemente só vi-mos o cara uma vez por aqui. Ele anda muito rápido. Sempre atento e olhando para os dois lados. Mas pelo perfil e pela doideira que ele caminha, acre-dito que só realize a venda de crack. Ele está sempre ‘noiado’ (expressão usada na gíria entre os usuários para definir a pes-soa que está fora de si)”, disse.

Lenda ou realidade?

O cidadão Abel (o nome foi mudado para preservar a iden-tidade da fonte), que reside em Bento Gonçalves há três meses, relata que frequenta o bairro São Roque para visitar amigos e a sua namorada. No período de uma ou duas vezes

por semana eu visito a região. Como moro aqui há pouco tempo, sempre venho de táxi por não conhecer direito ain-da a cidade. “Realmente o que existe é um grande número de pessoas pela rua após às 22h, dependendo do dia de semana. Já deixei o bairro São Roque à meia-noite de uma quinta--feira e de uma segunda-feira e não avistei ninguém pela praça. Mas teve um domingo que havia mais de dez pessoas perambulando pela praça e nas ruas paralelas, e lembro que até comentei com o taxista que os bairros de Bento Gon-çalves estavam ficando pareci-dos com as principais ruas de Porto Alegre, devido ao gran-de número de pessoas usando crack. Se existe um homem do capuz não sei, até porque na-quela noite avistei uns quantos fumando crack e todos ves-tiam capuz na cabeça”, conta.

O taxista Vando (o nome foi mudado para preservar a iden-tidade da fonte), diz não se tratar de uma lenda. Ele conta que em um sábado à noite um homem de capuz, com uma aparência horripilante, fez si-nal para que ele parasse o veí-culo. “Lógico que percebi que se tratava de um assalto ou era um drogado querendo uma ca-rona para ir atrás de uma dro-ga. Como eu estava indo para casa, o que fiz foi acelerar e ir embora. O rosto da pessoa não tinha vida, era muito feio e estava todo destruído. Um olhar ‘vidrado’ que dava medo. Sem dúvida nenhuma ele havia abusado de drogas. E realmen-te usava um capuz”, revela.

Segundo o taxista, depois deste episódio, ele recebeu um telefonema às 22h de uma terça-feira, quando um cidadão pedia um corrida. Ao chegar no local, percebeu que era a mes-ma pessoa que ele havia negado a corrida três dias depois. “Foi uma ironia do destino”, disse.

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* a imagem que foi usada nesta ma-téria é meramente ilustrativa.

Sábado, 20 de abril de 2013 33Polícia

BRIGADA MILITAR RS, DIVULGAÇÃO

Carro roubado é recuperado

Na tarde da quarta-feira, 17, por volta das 14h, um automóvel Peugeot, de cor preta, que cons-tava no sistema da polícia como roubado, foi encontrado na RSC-470, no Km 215. O carro foi reco-lhido e encaminhado à delegacia.

Tragédia da Kissno canal Discovery

O canal Discovery exibirá um es-pecial sobre a tragédia na boate Kiss, em Santa Maria, ocorrida no dia 27 de janeiro. Passados três meses do incêndio que matou 241 pessoas, um documentário chamado “Tragé-dia em Santa Maria”, da produtora Mixer, irá ao ar no dia 27 de abril, às 21h30min, e reconstituirá os momen-tos de terror vividos dentro da boate.

Foragido preso em Bento Gonçalves

No final da tarde da quinta-fei-ra, 18, na rua Marechal Deodoro, foi preso um foragido da justiça que tentava furtar um supermer-cado. Com a chegada da Brigada Militar, após consulta no sistema, foi descoberto que o cidadão era foragido do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) de Porto Alegre. Após ser encaminhado à Delegacia, o indivíduo foi enviado ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

Casa arrombada no bairro Eucaliptos

Na terça-feira, 16, às 7h, uma residência na rua Ari da Silva, no bairro Eucaliptos, foi arrombada, de onde foram furtados os seguin-tes itens: aparelho celular, DVD, videogame, TV, tênis, controle da antena parabólica e R$ 25.

Bebeu suco com soda e passa bem

Na terça-feira, 16, uma mulher foi até a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), por livre ini-ciativa, com o intuito de informar que teria colocado soda cáustica no suco de uva em sua residência. Segundo ela, o suco era para o seu próprio consumo. Porém, o marido tomou por engano, sendo necessá-rio encaminhá-lo ao Hospital Tacchi-ni. Anteontem, o marido deixou o hospital e prestou depoimento na 1ª Delegacia de Polícia. De acordo com informações preliminares, o ci-dadão não sofreu danos piores por ter conseguido cuspir o líquido.

Novo comando na Polícia Federal

Na data de ontem, foi empossa-do o novo Superintendente da Po-lícia Federal do Rio Grande do Sul, delegado Sandro Luciano Caron de Moraes, em solenidade reali-zada no auditório Mondercil Paulo de Moraes, no Ministério Público do RS, e contou com a presença do governador Tarso Genro e do secretário estadual de segurança pública, Aírton Michels.

Polícia segue busca em Boston/USA

Um dos suspeitos do atentado que matou três pessoas e deixou 176 feridos em Boston, nos Esta-dos Unidos, foi morto ontem. O outro, irmão dele, chamado pela polícia de “suspeito número 2”, continua foragido. O FBI realizou ontem buscas no apartamento de Alina Tsarnaeva, identificada como irmã dos suspeitos de planejarem o atentado a bomba na Maratona de Boston, na última segunda, 15.

SEGURANÇA PÚBLICA

28 novos soldados da BM em Bento Gonçalves

Depois do período de treinamento no ano passado, novos policiais estarão nas ruas na segunda-feira

Serão 60 novos soldados do Corpo de Bombeiros em Bento e Caxias

Uma solenidade realizada no Ginásio Poliesportivo

do Sesi, no bairro Fátima, no final da tarde de ontem, em Caxias do Sul, marcou o in-gresso de 217 concursados na carreira militar 28 deles serão encaminhados à Brigada Mili-tar de Bento Gonçalves. Além disso, são 60 novos soldados do Corpo de Bombeiros que serão divididos entre os muni-cípios de Caxias do Sul e Ben-to Gonçalves. A Brigada Mili-tar de Caxias do Sul vai receber 78 novos policiais. Em Farrou-pilha, serão mais 31.

Em todo o estado, 2.447 alunos soldados assumirão o compromisso de atuar pela segurança da comunidade, mesmo em situação de risco. Deste total, 1.913 serão desti-nados ao policiamento osten-sivo e 620 são bombeiros.

O governo do Estado deu início, na manhã de ontem, às 16 cerimônias de formatu-ra dos policiais e bombeiros aprovados no último concur-so da Brigada Militar, realiza-do em 2012.

Todos os soldados estarão nas ruas a partir da próxima segunda-feira, 22. No total, serão 1.827 destinados ao po-liciamento ostensivo, e 620

para atuação no Corpo de Bombeiros.

O comandante-geral da Bri-gada Militar, coronel Fábio Duarte Fernandes, parabeni-zou os novos integrantes da tropa. “Vocês ingressam em uma carreira em que colocam em risco suas próprias vidas pela segurança da sociedade”, salientou. Ele também falou sobre os investimentos que o Governo do Estado vem fazendo na área da segurança pública, em equipamentos e recursos humanos.

De acordo com o coronel Fábio Fernandes, o novo efe-tivo será distribuído priorita-riamente entre as regiões com maiores índices de criminali-dade e nos pequenos municí-pios que possuem menos de cinco policiais. Os Comandos Regionais de Policiamento Ostensivo (CRPOs) de Porto Alegre, Região Metropolita-na e Serra receberão o maior contingente, em torno de mil policiais. “Há uma distribui-ção baseada em critérios téc-nicos, mas todas as regiões do Estado receberão soldados”, garantiu Fernandes.

O governador também anunciou que remeterá à As-sembleia Legislativa dois pro-jetos de lei que beneficiam a Corporação. O primeiro irá

Rodrigo Bergsleithner aumentar a gratificação de permanência no serviço ati-vo, incentivo concedido desde 2011 àqueles que optaram por prosseguir em atividade após cumprir as exigências para a reserva.

Outro projeto permitirá a readaptação dos policiais lesionados em missão para que suas carreiras não sejam interrompidas e possam atin-gir postos mais elevados na carreira. “Transformando, portanto, este incidente pro-fissional não em uma dimi-nuição das possibilidades de acesso, mas em um reconhe-cimento do Estado, de que aquele soldado ou oficial, que está sendo readaptado, pode prosseguir na sua carreira normalmente, galgando todos os postos que ele teria pos-sibilidade”, defendeu Tarso. Com duração de sete meses e 1,3 mil horas/aula, o curso básico de formação policial militar incluiu aulas técnicas e humanísticas, com disciplinas como Direitos Humanos, De-fesa Pessoal, Medicina Legal, Direito Penal e Sociologia da Violência e da Criminalidade. As aulas ocorreram entre os dias 17 de setembro de 2012 e 19 de abril de 2013.

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Roubo em loja na Avenida Planalto

Na quinta-feira, 18, uma loja foi arrombada na Avenida Planal-to, em Bento Gonçalves, de onde foram furtados quatro televisores, três notebooks, dez camisetas, uma câmera digital e R$ 400.

Diretora presa por desvio de merenda

Após denúncia anônima, a Briga-da Militar de Serafina Corrêa rea-lizou a prisão da diretora de uma escola que estava se apropriando de produtos alimentícios que com-põem a merenda escolar. Segundo a denúncia, a intenção da diretora era levar os produtos para casa. Após o flagrante do peculato, a acusada foi encaminhada à Delega-cia de Polícia de Guaporé. O crime cometido pela diretora está previsto no artigo 312 do Código Penal, e se for condenada, poderá pegar de 2 a 12 anos de reclusão e multa.

11 mortes em naufrágio no Pará

11 pessoas morreram no nau-frágio que ocorreu na madrugada de ontem na Ilha dos Marajós, no norte do Pará. Dos 80 passageiros que estavam na embarcação, 46 continuam desaparecidos. O barco ‘Leão do Norte’ naufragou no rio Arari, por volta da 1h30min.

Sábado, 20 de abril de 201334 Polícia

O sequestro do menino

MPF pede a extradição do pai italianoProcuradoria da República em Bento Gonçalves processará criminalmente Carlo Mormile, que fugiu com o filho para Montevidéu

Italiano Carlo Mormile, com o filho, foi preso pela Interpol na capital uruguaia no início da semana

O italiano Carlo Mormile es-tava no Brasil há seis meses

com a finalidade de acompanhar a disputa judicial pela guarda de seu filho, o qual ele possuía au-torização para visitá-lo. No úl-timo sábado, 13, ele deveria ter entregue o menino à mãe até às 17h. Não o fez. Na segunda--feira, 15, a Interpol prendeu o italiano em um hotel no centro de Montevidéu, no Uruguai, onde foi descoberto que ele ti-nha reservas para embarcar para a Itália, com o filho, em um voo no dia seguinte. Agora, o Minis-tério Público Federal em Bento Gonçalves foi o órgão respon-sável pela extradição do italiano Carlo Mormile, que estava na companhia de seu filho, menor de idade, filho de mãe brasileira.

Corre na Justiça Federal de Bento Gonçalves a ação de guarda do menor (processo nº 5003063-77.2012.404.7113), no qual há decisão liminar assegurando a guarda provi-sória à mãe do menor Jhony. O caso tramita na Justiça Fe-

deral em razão da aplicação de convenção internacional, sen-do que o Ministério Público Federal participa do processo como fiscal da lei, a fim de as-segurar a correta aplicação da lei e em prol da proteção do melhor interesse ao menor.

Com a extradição de Carlo para o Brasil, o Ministério Pú-blico Federal buscará a aplica-ção da pena de sequestro ao italiano detido no Uruguai, em processo criminal que será ajuizado perante a Justiça Fe-deral brasileira.

Rodrigo Bergsleithner O italiano Carlo Mormile, 54, fugiu de Guaporé, onde mora a mãe da criança, Alessandra Spiller, que viveu com o ex-ma-rido durante cinco anos na Itá-lia. “Ele disse que ia levar meu filho embora e que ele fugiria do Brasil pelo Uruguai. E se eu quisesse ver meu filho, tinha que ir para a Itália”, disse a mãe.

Uma liminar assegura à mãe a guarda provisória do filho, en-quanto corre na Justiça Federal de Bento Gonçalves a ação da guarda definitiva do menor.

Advogada da mãe, Mari Te-resinha Maule, afirma que há um pedido feito pelo Minis-tério Público à justiça de pri-são preventiva ao pai italiano. “Queremos que a criança re-torne bem para a mãe”, disse.

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INTERPOL, DIVULGAÇÃO

Capa da edição de 19 de Abril de 1975


Lions

O Lions Clube Bento Gonçalves Centro, presidido pelo industrialista Ayrton Gio-vannini, está empenhado em solucionar o problema do menor abandonado em nos-so Município. Para tanto, em setembro de 1974 formou uma comissão para estudar a situação composta por Natalino Marcon, Armando Neis e Horácio Monaco. O tra-balho foi iniciado, mas a Fenavinho im-possibilitou que tivesse continuidade, uma vez que toda cidade esteve voltada para a festa, inclusive o Lions, que montou uma tenda para angariar fundos. “Agora finda a Fenavinho, diz Giovannini, retoma-mos o problema com maior empenho para solucioná-lo”. Para conseguir isso, o Lions Centro realizou na 2.a-feira, no Clube Aliança uma reunião que contou com a presença de autoridades, entre as quais o Juiz de Direito Waldemar de Freitas Filho e o Secretário de Gover-

no Carlos Perizzolo, bem como a Berenice Couto – Assistente Social da Fundação do Bem Estar do Menor e presidente dos de-mais Clubes de Serviço locais. Na ocasião o Dr. Ayrton, foto, disse do empenho do seu Clube em auxiliar a manutenção do Patro-nato local, contando que este inicie suas ati-vidades e de imediato passe a abrigar os 20 menores abandonados com que contamos. Porém, como primeiro passo será elabora-do, pela Febem, um plano de trabalho para o Patronato, que após será entregue à Pre-feitura e esta, finalmente, deverá conclamar as forças vivas do município para o auxílio necessário. “O Lions Centro está disposto até a doar todo o lucro que obteve com sua tenda durante a Fenavinho, desde que a so-lução quanto ao Patronato seja dada”, diz Giovannini. É um exemplo digno de ser ci-tado e, que se seguido, poderá redundar nos frutos almejados. Leia na pág. 2.

Bertholdo é destaque Literário

Segunda-feira, às 20,00 horas, no Centro Cultural Pradense, em Antônio Pra-do, o Pe Oscar Bertholdo receberá o troféu de “Des-taque Literário Praden-se de 1974”. A festa dos destaques pradenses, que contará com a presença de autoridades estaduais, além dos homenageados, é pro-movida pela Sociedade Cul-tural dos Amigos de Antô-

nio Prado, responsável pelo “Jornal de Antônio Prado” e pelo “Centro Cultural Pradense”. Como é do co-nhecimento, o Pe Berthol-do é natural daquela cidade, e em 1974 viu seu último livro “Poemimprovisos” publicado pela Editora Mo-vimento, após obter o pri-meiro lugar no concurso de poesias promovido pela Caixa Econômica Federal.

Castellarin na Presidência da CEASA

Rizzardo na Secretaria da AdministraçãoMotoqueiros já tem seu Clube

Às 17,00 horas de ontem, na sede da CEASA, em Por-to Alegre, assumiu o cargo de Diretor-Presidente daque-la importante Empresa o Dr. Plinio Castellarin, que vinha respondendo pela Vinosul. A Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. – CE-ASA, que a convite do Gover-nor Sinval Guazelli, Castelarin passa a dirigir, é uma empresa

O Vereador e quartanista de Ciências Econômicas, Fortu-nato Janir Rizzardo, atualmen-te desempenhando cargo de chefia na Dreher S.A., acaba de aceitar convite que lhe foi formulado pelo Prefeito Darcy Pozza, para assumir a Secre-taria Municipal da Adminis-

Todos os fins-de-semana, mais de 40 motoqueiros re-únem-se no Barracão, foto, - numa área próxima à estrada para Farroupilha, para treinar acrobacias (saltos e quedas) e velocidade, preparando-se para um campeonato Municipal de Motocross, a ocorrer bre-

que tem a participação acio-nária dos Governos Federal, Estadual e Município de Por-to Alegre, com a finalidade de abastecer a Grande Porto Ale-gre e o Estado. Com sua posse, Castellarin deixa uma vaga na Direção da Vinosul, que deve-rá ser preenchida na próxima semana e com grandes possibi-lidades de que o seja por mais um Bento-gonçalvense.

tração. Tal Secretaria, como é do conhecimento, vinha sendo respondida pelo Dr. Carlos José Perizzolo, que acumulava também o cargo de Secratá-rio do Governo. A posse de Rizzardo deverá ocorrer no próximo dia de presidido pelo Prefeito Darcy Pozza.

vemente. O campeonato, terá como finalidade apurar os me-lhores pilotos de Bento Gon-çalves, que deverão representar o Município em campeonatos estaduais, realizados periodi-camente em várias cidades do Rio Grande. O Clube local do Motoqueiros ainda não tem de-

nominação e nem sede, mas os treinos de seus componentes, jovens e adultos, são assistidos não raro por mais de duzentas pessoas. Isso exigiu até a mon-tagem de um esquema de segu-rança, e inclusive a presença de mecânicos para consertarem as motos no próprio local.

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BENTO GONÇALVES

Sábado20 DE ABRIL DE 2013ANO 46 N°2918R$ 3,00

72 páginasPrimeiro caderno .................... 36 páginasEsportes .................................. 8 páginasEmpresas & Empresários .......... 8 páginasSaúde & Beleza ........................ 8 páginasCaderno S ............................... 12 páginas

EditorialUm grito dentro do lar analisa estatísticas e clama pelo fim da violência doméstica

ColunistasASSUNTA DE PARIS

A importância dos arquivos É no Arquivo Público que se guarda grande parte da história de um povo. Em Bento, não é diferente

Economia / 22

ITACYR LUIZ GIACOMELLO

Proamb e FiemaLançamento da edição de 2014 da feira e posse da nova diretoria da fundação são destaques na semana

IG Variedades / Caderno S, 9

CAPA S

Rosimeri Machado, uma batalhadora

Caderno S, Capa

AMBIENTE

Proamb comemora e empossa diretoria

Páginas 18 e 19

LANÇAMENTO

Todeschini apresenta coleção Identidade

Empresas & Empresários , Página 3

Licitação à vistaAção do Ministério Público para rever concessões e transferências aponta irregularidades e determina nova concorrência em agosto

No retrovisor

Página 12

ANDRÉ PIOVESAN, ARQUIVO

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20/04/2013 - Jornal Semanario - Edição 2918