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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS COLEGIADO DE GEOLOGIA RESUMO DAS MONOGRAFIAS DE GRAUAÇÃO DO CURSO DE GEOLOGIA DA UFBA PERÍODO: 2005 a 2012.1 SALVADOR-2012

2005 a 2012.1

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS COLEGIADO DE GEOLOGIA

RESUMO DAS MONOGRAFIAS DE

GRAUAÇÃO DO CURSO DE GEOLOGIA DA

UFBA – PERÍODO: 2005 a 2012.1

SALVADOR-2012

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SALVADOR-2012

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

COLEGIADO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA

RESUMO DAS MONOGRAFIAS DO

CURSO DE GEOLOGIA

2005 a 2012.1

VOLUME 2

SALVADOR/ 2012

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Reitora

Profa. Dora Leal Rosa

Vice Reitor

Prof. Luiz Rogério Bastos Leal

Pró-Reitor de Graduação

Prof. Maerbal Bittencourt Marinho

Diretor do Instituto de Geociências

Prof. Ronaldo Montenegro Barbosa

Vice-Diretora

Profa. Olívia Maria Cordeiro de Oliveira

Colegiado de Graduação em Geologia

Coordenador: Prof. Osmário Rezende Leite

Vice-Coordenador: Prof. Hailton Melo

Coordenação do Trabalho Final de Graduação

Prof. Osmário Rezende Leite

Profa. Olívia Maria Cordeiro de Oliveira

XXXXX

Ramilla Vieira de Assunção

Vanderlúcia dos Anjos Cruz

Maria Isabel dos Santos Barros

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APRESENTAÇÃO

O colegiado de graduação do curso de Geologia da Universidade Federal da Bahia

apresenta aos interessados este segundo volume dos resumos das Monografias de Final

de Curso, referente ao período de 2005 a 2012.1. A versão completa dos trabalhos

poderá ser consultada através da página

<http://www.twiki.ufba.br/twiki/bin/view/IGeo/MonoGeologia>

Esta iniciativa objetiva dar ampla divulgação e apresentar os resultados alcançados a

partir de pesquisas e projetos desenvolvidos pelos alunos concluintes e seus

orientadores, completado assim, uma importante etapa do ciclo de formação profissional

dos futuros geólogos.

A edição deste volume especial foi possível a partir da colaboração dos alunos,

professores e servidores do Instituto de Geociências da UFBA e apoio financeiro da

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação da UFBA, através do Programa de Apoio ao

Ensino de Graduação (PROENSINO) – Edital PROGRAD

Osmário Rezende Leite

Coordenadora do Colegiado do Curso de Graduação em Geologia

Olívia Maria Cordeiro de Oliveira

Coordenador do componete curricular Trabalho Final de Graduação

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SUMÁRIO

MONOGRAFIAS DE 2005

CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTALÓGICA E ESTRUTURAL DA

FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO NO AFLORAMETO DO KM 15 DA

RODOVIA CANAL DE TRÁFEGO, BACIA DO RECÔNCAVO-ABA-

ALBERTO SANTOS MOREIRA JUNIOR

21

APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CONTINUAÇÃO DE VELOCIDADE NA

ANÁLISE DA VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO - FERNANDO AUGUSTO

SILVA CEZAR

22

REPRESENTAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS MULTI-

FREQUÊNCIA OBTIDOS EM UM CAMPO DE PETRÓLEO (2005) -

JOELSON DA CONÇEIÇÃO BATISTA

23

ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO

STOCK NEFELINA SIENÍTICO SERRA DA GRUTA, SUL DA BAHIA -

JOSEMAR ARAGÃO DE OLIVEIRA

24

PETROGRAFIA DA INTRUSÃO GRANÍTICA DO COMPLEXO

ALCALINO FLORES AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - MARÍLIA

ROCHA LIMA NUNES

25

AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINAR DA SITUAÇÃO DA

DISPOSIÇÃO FINAL DO RESÍDUO SÓLIDO DOMÉSTICO NA CIDADE

DE CACHOEIRA / BAHIA - ROSENILDA DE JESUS DA SILVA

26

MONOGRAFIAS DE 2007

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL MULTIESCOLAR DO

TONALITO-GRANODIORITO UMBAÚBA, CACULÉ, BAHIA - ALEX

MOURA GOMES

28

ASPECTOS GEOLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS DAS SUB-BACIAS

DO RIO ARROJADO E FORMOSO - BACIAS SEDIMENTARES DO

URUCUIA, OESTE DA BAHIA - ALOÍSIO DA SILVA PIRES

29

MISTURA DE MAGMAS NO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA

AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - ANA CARLA MONTEIRO

SALINAS

30

HERANÇA DE ESTRUTURAS DO EMBASAMENTO EM BACIAS

SEDIMENTARES TECTÔNICAS INVESTIGADAS COM USO DE

IMAGENS GEOREFERENCIADAS E DADOS DE CAMPO BACIAS

RECÔNCAVO SUL E CAMAMU – BAHIA/BRASIL - BRUNO MOREIRA

GUIMARÃES

31

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E CARACTERIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO

DO USO DE OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO COBRE-BA DE 1965 A

2007 COM UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES

GEOGRÁFICAS (SIG) - CARLOS EDUARDO LIBÓRIO DE LIMA

32

SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NA PLATAFORMA CONTINENTAL

ENTRE SERRA GRANDE E OLIVENÇA COSTA CENTRAL DA BAHIA

(COSTA DO CACAU) - CAROLINE ALVES VIEIRA

33

GEOLOGIA E ARCABOUÇO ESTRUTURAL DA REGIÃO À

SULDOESTE DA MINA FAZENDA BRASILEIRO COM ÊNFASE NA

MINERALIZAÇÃO AURÍFERA GREENSTONE BELT DO RIO

ITAPICURU – BARROCAS/BA - CRISTIANO RICARDO DE SALES

MULLER

34

O USO DA AEROGAMESPECTROMETRIA E DE IMAGEM DE RADAR

(SRTM) CONTRIBUINDO PARA O MAPEAMENTO GEOLÓGICO E

IDENTIFICAÇÃO DE ALVOS PARA PESQUISA MINERAL NA REGIÃO

ENTRE CACULÉ E IBITIRA, BAHIA - IGOR ARAÚJO PIMENTEL

BARBOSA

35

ASPECTOS PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS COM DIQUES DO

BATÓLITOS SIENÍTICO ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA -

JAYME DE AZEVEDO LOPES NETO.

36

INTERAÇÃO ENTRE ÁGUAS MINERAIS DE ITAPARICA E O

AQUÍFERO PERIFÉRICO - MIKE HENDERSO SANTANA BATISTA.

37

CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO

COMPLEXO MÁFICO-ULTRMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE

LOURDES, BAHIA. (ENFOQUE ESPECIAL A

PETROGEOQUÍMICADOS ELEMENTO TRAÇOS) - MARCELO BAHIA

CARVALHO DOS SANTOS

38

GEOLOGIA E GEMOLOGIA DAS AMETISTAS DE BREJINHO DAS

AMETISTAS, BAHIA - MÔNICA CORREA 39

ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICOS DAS ROCHAS

ALCALINAS DA SERRA DAS PALMEIRAS, SUL DA BAHIA - MURILO

DE ARAÚJO SANTIAGO

40

ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DOS CLASTOS DO CONGLOMERADO

DO MEMBRO LAVRAS NA REGIÃO DE LENÇÓIS, CHAPADA

DIAMANTINA, BAHIA - NARA GOMES DE ARAÚJO GÓES

41

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E GEOQUÍMICA DOS FOID

SIENITOS DA PORÇÃO NORTE DO STOCK NEFELINA-SIENÍTICO

RIO PARDO, REGIÃO DE PALMARES, SUL DO ESTADO DA BAHIA -

NILO PESTANA QUADROS

42

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PETROGRAFIA DE NEFELINA E SODALITA SIENITOS DA

INTRUSÃO SIENÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA

AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA - NOELINDA RIBEIO SATOS

43

PETROGRAFIA LITOGEOQUÍMICA DOS GRANULITOS

SHOSHONÍTICOS DA PARTE SUL DO ORÓGENO ITABUNA-

SALVADOR-CURAÇÁ, BAHIA - NYEMER PIVETTA COSTA..

44

TERMÔMETROS GEOLÓGICOS EM CORAIS: O COMPORTAMENTO

DA RAZÃO SR/CA NO ESQUELETO DE MUSSISMILIA

BRAZILIENSIS - PRISCILA MORTINS GONÇALVES

45

HIDROQUÍMICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS AQUÍFEROS

CÁRTSICOS DA REGIÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS

VERDE, JACARÉ E SALITRE – BAHIA - REJANE LIMA LUCIANO

46

CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO

COMPLEXO MÁFICO-ULTRAMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE

LOURDES, BAHIA. ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICA

DOS ELEMENTOS MAIORES - TIAGO ALMEIDA BARBOSA

47

MONOGRAFIAS DE 2008.1

A SEDIMENTAÇÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO

MUNICÍPIO DE CONDE (LITORAL NORTE DA BAHIA) DESDE O

ÚLTIMO MÁXIMO GLACIAL: INTEGRAÇÃO DE DADOS

SEDIMENTOLÓGICOS E GEOFÍSICOS - ELISA NUNES SANTOS DA

SILVA

49

PADRÕES DE DISPERSÃO DE SEDIMENTOS AO LONGO DO

LITORAL NORTE DO ESTADO DA BAHIA: SUBSÍDIOS PARA O

GERENCIAMENTO COSTEIRO - FABIANO CRUZ DO LIVRAMENTO

50

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA ÁREA DO FAROL DA BARRA,

SALVADOR-BAHIA, BRASIL - JAILMA SANTOS DE SOUZA 51

MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA

PORÇÃO CENTRAL DO CINTURÃO DE DOBRAMENTOS E

CAVALGAMENTOS DA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL,

CAETITÉ, BAHIA - JOSÉ ELVIR SOARES ALVES

52

CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS E ASPECTOS

METALOGENÉTICOS DO CORPO C-59, MINA FAZENDA

BRASILEIRO, BAHIA - LISÁLVARO LUCAS CHAVES COSTA

53

MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM ÁREAS DE

DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: O CASO DO ATERRO

METROPOLITANO CENTRO - SALVADOR – BAHIA - LUCIANO

AUGUSTO CRUZ DOS SANTOS

54

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CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DOS

SODALITA NEFELINA SIENITOS DA PEDREIRA BANANEIRA, SUL

DO ESTADO DA BAHIA - MANOEL TEXEIRA DE QUEIROZ NETO

55

ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES

METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS

DA REGIÃO CENTRO-NORTE DA SERRA DE JACOBINA/BAHIA,

COMPREENDENDO OS CORPOS DE CAMPO FORMOSO,

CARNAÍBA, JAGUARARI E FLAMENGO - PATRÍA CAMPINHO DIAS

PASSOS

56

GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ -

RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO 57

MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTUAL

MULTIESCALAR DA PORÇÃO SUL DO DOMO DE SALGADÁLIA,

GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA - RODRIGO

MARTINS MENEZES

58

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO

COMPLEXO ITAPETINGA, NOS MUNICÍPIOS DE POTIRAGUÁ E

ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA - ROSENILDA CERQUEIRA

DA PAIXÃO

59

ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO

IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ, SUL DO ESTADO DA

BAHIA - SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA

60

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DAS

ROCHAS GRANULÍTICAS DO COMPLEXO IBICARAÍ, NO

MUNICÍPIO DE POTIRAGUÁ, SUL DA BAHIA - TIAGO SATANA

COSTA

61

ESTUDOS GEOQUÍMICOS E EM CONCENTRADOS DE BATEIA NA

REGIÃO DO GRANITO DE CAMPO FORMOSO, BAHIA - TIAGO

XIMENES CABRAL DUTRA

62

OS CORPOS DE PEGMATITOS DE CASTRO ALVES, ESTADO DA

BAHIA, E SUAS RELAÇÕES COM AS ROCHAS ENCAIXANTES -

UYARA CABRAL MAHADO

63

MONOGRAFIAS DE 2008.2

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DAS

ROCHAS META-KOMATIÍTICAS DA UNIDADE INFERIOR DO

GREENSTONE BELT DE UMBURANAS, BAHIA, BRASIL - ANDRE

LUIZ DIAS SANTOS

65

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QUÍMICA MINERAL E PETROGRAFIA DO STOCK DO RIO PARDO,

SUL DO ESTADO DA BAHIA - CARLITO NEVES SANTOS 66

ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES

METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS

DA REGIÃO CENTRO-SUL DA SERRA DE JACOBINA-BA,

GRANITÓIDES DE MIGUEL CALMON E MIRANGABA - CARLOS

EMANOEL T. DE SANTANA

67

OCORRÊNCIA DE BARITA NO GRUPO BARREIRAS - LITORAL

NORTE DO ESTADO DA BAHIA - CRISTIANE MACIEL DE LIMA 68

BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADOS DO SEGMENTO

ONSHORE DE PETRÓLEO E GÁS DA BAHIA - DENIS ALVES FARIA 69

ESTUDO LITOFACIOLÓGICO DA FORMAÇÃO SALVADOR EM

MONT SERRAT - AFLORAMENTO DA BACIA DO RECÔNCAVO –

BAHIA - FERNANDA GUIMARÃES ARAÚJO

70

GEOLOGIA DA PORÇÃO SUL DO COMPLEXO LAGOA REAL,

CAETITÉ, BAHIA - GILCIMAR DOS SANTOS MACHADO 71

GEOLOGIA DO DISTRITO MANGANESÍFERO DE URANDI - LICÍNIO

DE ALMEIDA: RESULTADOS PRELIMINARES - JOFRE DE OLIVEIRA

BORGES

72

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DAS

ROCHAS META-VULCÂNICAS MÁFICAS DA UNIDADE

INTERMEDIÁRIA DO GREENSTONE BELT DE RIACHO DE

SANTANA, BAHIA, BRASIL - JOILMA PRAZARES SANTOS

73

INFLUÊNCIA DAS ESTRUTURAS E DA PLUVIOMETRIA NA

CONCENTRAÇÃO DE URÂNIO EM AQÜÍFERO FISSURAL NO

ENTORNO DAS INSTALAÇÕES DAS INDÚSTRIAS NUCLEARES DO

BRASIL-CAETITÉ/BAHIA - VINICIUS DE GUSMÃO BARRETO

74

GEOQUÍMICA DAS ROCHAS DO GREENSTONE BELT DO RIO

ITAPICURU, MINA DE OURO MARIA PRETA, BAHIA - ZILDA GOMES

PENA

75

MONOGRAFIAS DE 2009.1

O VULCANISMO CÁLCIO-ALCALINO DA BORDA NORDESTE DA

SEQUÊNCIA VULCANOSSEDIMENTAR CONTENDAS-MIRANTE -

BRUNO PINTO RIBEIRO

77

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA

SEQUÊNCIA METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI, BAHIA -

BRUNO SANTOS FIGUEIREDO

78

SISTEMAS DEPOSICIONAIS NAS FORMAÇÕES TOMBADOR E

GUINÉ NOS ARREDORES DO MORRO DO PAI INÁCIO, CHAPADA

DIAMANTINA – BA - CARLOS VICTOR RIOS DA SILVA

79

MAPEAMENTO MULTI-ESCALAR DE ESTRUTURAS DA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DA PORÇÃO SUL DA FALHA DE SALVADOR, BAHIA -

EDUARDO ANTONIO ABRAHÃO FILHO

80

CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

DO PARQUE TECNOLÓGICO DE SALVADOR - BAHIA

(TECNOBAHIA) - MARIA ARAÚJO SALES

81

AMBIENTES SEDIMENTARES EM TORNO DA DISCORDÂNCIA

ENTRE AS FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ, CHAPADA

DIAMANTINA, BAHIA - MATEUS OLIVEIRA ARAGÃO

82

ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DE ALTA RESOLUÇÃO DA BASE

DA FORMAÇÃO TOMBADOR, NOS ARREDORES DE LENÇÓIS,

CHAPADA DIAMANTINA-BA - RAFAEL OLIVEIRA SANTANA

83

MONOGRAFIAS DE 2009.2

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE

FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DO

TALUDE CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS,

SUL DA BAHIA - ADELINO DA SILA RIBEIRO NETO

85

CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO

GREENSTONE BELT DE UMBURANAS - ADRIANO CAETANO

MOREIRA COSTA

86

ESTUDO LITOGEOQUÍMICO COMPARATIVO DOS CORPOS

MÁFICO-ULTRAMÁFICOS-GABRO-ANORTOSÍTICOS DA PARTE

SUL DO ESTADO DA BAHIA - AGNALDO BARBOSA BARRETO

87

GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ-

BAHIA - ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO 88

PALEOTECTÔNICA DAS ÁREAS DE PROVENIÊNCIA DA

FORMAÇÃO SALOBRO, BACIA DO RIO DO PARDO – BAHIA - ANA

LUIZA SILVA XAVIER

89

PROPOSIÇÃO DE VALORES DE REFERÊNCIA PARA METAIS

TRAÇOS EM SEDIMENTOS DE MANGUEZAL, NA REGIÃO

ESTUARINA DO RIO ITAPICURU, LITORAL NORTE DO ESTADO DA

90

Page 11: 2005 a 2012.1

BAHIA - ANA MARIA MACIEL A. DA SILVA

INCERTEZAS DOS ATRIBUTOS GEOLÓGICOS EM UM MODELO

TRIDIMENSIONAL DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS -

EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - CARLOS HENRIQUE

RABELLO BALOGH

91

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ-

TOMBADOR, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA - CLEISON DAS

MERCÊS SANTOS

92

ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITOS DE FOSFATO

SEDIMENTOGÊNICOS: UMA APLICAÇÃO NA BACIA DE IRECÊ -

CLEITON DA CRUZ DOS SANTOS

93

DIQUES GRANÍTICOS DA ORLA DE SALVADOR: PETROGRAFIA,

LITOGEOQUÍMICA E ESTRUTURAL - ERISSON TIANO GONÇALVES

DOS SANTOS

94

GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DA PORÇÃO

LESTE DA FOLHA CAETITÉ (SD.23-Z-B-III), ESCALA 1:100.000 -

GISELE CHAGAS DAMASCENO

95

ESTRUTURAS ASSOCIADAS COM FLUXOS GRAVITACIONAIS DO

TIPO SLUMP DA FORMAÇÃO MARACANGALHA, NA ILHA DE

MARÉ, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - GUILHERME FREITAS

BARBOSA

96

ESTUDOS DE ANÁLOGOS DE RESERVATÓRIO PARA MODELAGEM

3D - EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - JOEL DOS

SANTOS NAZÁRIO

97

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E PETROGRÁFICA DA FORMAÇÃO

SERGI PRÓXIMO A FALHA DE MARAGOJIPE - DISTRITO DE SÃO

ROQUE DO PARAGUAÇU - LEIDIANE SAMPAIO E SILVA

98

PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS AUGEN-

CHARNOCKITOS DAS REGIÕES DE NOVA ITARANA, IRAJUBA E

ITAQUARA, BAHIA - LEILA TATIANE LOPES SANTOS

99

INTERPRETAÇÃO SÍSMICA 2D NA ÁREA DE ESPIGÃO, BACIA DE

BARRERINHAS, MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – MA - LUIZ

EDUARDO C. L. ANDRADE

100

HIDROGEOLOGIA DO AQUÍFERO CÁRSTICO DA REGIÃO DE

IRECÊ, BAHIA - MOISÉIS SILVA LIMA 101

Page 12: 2005 a 2012.1

ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITO DE FOSFATO

MAGMATOGÊNICO: APLICAÇÃO PARA O DEPÓSITO DE CATALÃO

I – GO - NÍVIA PINA D SOUZA

102

CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE FUNDO

DA PORÇÃO CENTRO-NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS,

BAHIA-BRASIL - PAULA CAMPOS FREIRE

103

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E

GEOQUÍMICAS DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE

BELT MUNDO NOVO - TATIANA MORENO DA SILVA NASCIMENTO

104

ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FÁCIES PARA MODELAGEM

GEOLÓGICA 3D DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO

DE UM CAMPO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA - ULISSES

COSTA SOARES

105

MONOGRAFIAS DE 2010.1

ANÁLISE ESTRUTURAL, HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO

MANANCIAL SUBTERRÂNEO POÇO VERDE, MUNICÍPIO DE

OUROLÂNDIA, BAHIA - ADRIANO SALES BELITARDO

107

O DELTA DO SÃO FRANCISCO: USO DA COMPOSIÇÃO

DO SEDIMENTO NA RECONSTRUÇÃO HOLOCÊNICA DA

SEDIMENTAÇÃO DELTAICA - ALITA DE SOUZA PAIXÃO ALVES

108

ESTUDO COMPARATIVO DOS DIQUES MÁFICOS DA CHAPADA

DIAMANTINA E DO BLOCO GAVIÃO (REGIÕES DE CAETITÉ E

BRUMADO), ESTADO DA BAHIA, BRASIL - AMANDA DULTRA

BANDEIRA

109

O MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA:

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO

PEDRA VERMELHA- ANA FÁBIA MATTOS

110

ESTUDO PETROGRÁFICO DOS GRANULITOS DA REGIÃO DE NOVA

ITARANA, BAHIA - EDNIE RAFAEL MOREIRA DE CARVALHO

FERNANDES

111

ESTRUTURAS ASSOCIADAS A FLUXOS GRAVITACIONAIS DA

FORMAÇÃO MARACANGALHA NA ILHA DOS FRADES, BACIA DO

RENCÔNCAVO, BAHIA - FELIPE SEIBERT MOREIRA

112

ESTUDO PETROGRÁFICO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS

DA PARTE CENTRAL DO GREENSTONE BELT DO RIO CAPIM,

BAHIA, BRASIL - GILMA ALVES PIRES

113

Page 13: 2005 a 2012.1

FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA SEQÜENCIA CONTENDAS-

MIRANTE, BAHIA: CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS,

PETROGRÁFICAS E GEOQUÍMICAS - JANAINA ALMEIDA DE

OLIVEIRA

114

ESTRUTURAS E TECTÔNICA DA ZONA DE TRANSIÇÃO ENTRE OS

BLOCOS JEQUIÉ E ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, REGIÃO DE

ITATIM, BAHIA, BRASIL - JUDIRON SANTOS SANTIAGO

115

ASPECTOS HIDROQUÍMICO E HIDROGEOLÓGICO DA BACIA

CARBONÁTICA DE IRECÊ NO MUNICÍPIO DE IRAGUARA-BAHIA -

KARLOS GOUTHIER MOREIRA SANTOS

116

MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA PORÇÃO NORTE DO DOMO DE

SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA -

LUCAS PHILADELPHO ROSÁRIO

117

MINERALIZAÇÕES DE CORÍNDON DA REGIÃO DE MUNDO NOVO -

BA: CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E PETROGRÁFICA - TATIANA

SILVA RIBEIRO

118

ESTUDO PETROGRÁFICO DOS LITOTIPOS DO MORRO DO CRISTO,

SALVADOR-BAHIA, BRASIL - THIAGO LEAL DE OLIVEIRA 119

ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO RÚPTIL NA PORÇÃO SUL DA SERRA

DE JACOBINA - WILSON LOPES OLIVEIRA NETO 120

MONOGRAFIAS DE 2010.2

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS

ROCHAS ENCAIXANTES E DO MINÉRIO DE FERRO DA REGIÃO DE

CURRAL NOVO, PIAUÍ - ÁDILA FERNANDES COSTA

122

MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO

AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR,

BAHIA - ANDRE LUIZ DE SOUZA E SOUSA

123

ESTUDOS GEOQUÍMICOS DE SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DA BAÍA

DE CAMAMU-BA - CARLA MELO SILVA 124

INVESTIGAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ÓLEO-MINERAL AGREGADOS

(OMA) EM AMBIENTES COSTEIROS SOB DIFERENTES

SALINIDADES: SUBSÍDIO A PROCEDIMENTOS DE REMEDIAÇÃO

DE DERRAMES DE PETRÓLEO - DANILO RIBEIRO DOS SANTOS

125

PETROGRAFIA DO GRANITÓIDE BROCO: EVIDÊNCIA DE FUSÃO

CRUSTAL NO GREENSTONE BELT IBITIRA-UBIRAÇABA, 126

Page 14: 2005 a 2012.1

IBIASSUCÊ, BAHIA - DANTE DA SILVA PALMEIRA

SEDIMENTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA DA SEQUÊNCIA "TAIPUS-

MIRIM" NA PORÇÃO ONSHORE NA BACIA DE CAMAMU-BA -

DEIVSON LUCAS DA SILVA

127

QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NO DISTRITO DE MONTE

GORDO - MUNICÍPIO DE CAMAÇARI-BAHIA - FABIANO DE JESUS

SENA

128

GEOSSÍTIOS NA REGIÃO DE NORDESTINA, BAHIA: UMA

ALTERNATIVA PARA O GEOTURISMO E PARA O

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL - IVANARA PEREIRA LOPES

DOS SANTOS

129

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE RECREACIONAL DAS PRAIAS DO

MUNICÍPIO DE CAMAÇARI A PARTIR DE PARÂMETROS

GEOAMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA - JOSÉ PORTUGAL DE

JESUS JUNIOR

130

MAPEAMENTO GEOLÓGICO MULTIESPECTRAL DA BACIA

CARBONÁTICA DE UTINGA - BA E DAS MINERALIZAÇÕES DE PB

ASSOCIADAS - MICHEL BRUM COUTINHO

131

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA

PRELIMINAR DOS DIQUES MÁFICOS DA REGIÃO DE CAMACAN,

BAHIA, BRASIL - MICHELE CÁSSIA PINTO SANTOS

132

CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DO ENTORNO DO

CEMITÉRIO SÃO MIGUEL - MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO, BAHIA - THAÍZA OLIVEIRA CARVALHO

133

PROJETO CARVÃO NO ALTO SOLIMÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE

DADOS ANALÓGICOS DE SONDAGENS EXPLORATÓRIAS PARA

CARVÃO EM UMA BASE DE DADOS DIGITAIS - THIENE DOS

SANTOS SERRA

134

GEOSSÍTIO CÂNION DO RIO SERGI (SANTO AMARO, BAHIA):

VALORES E AMEAÇAS - VANESSA MARIA DOS SANTOS FUEZI 135

MONOGRAFIAS 2011.1

CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS DE ÓLEO-PARTÍCULA

MINERAL: PROCEDIMENTOS PARA ACELERAÇÃO DA

REMEDIAÇÃO DE DERRAMES DE PETRÓLEO EM AMBIENTES

COSTEIROS - ANTÔNIO JORGE DA CRUZ RODRIGUES

137

Page 15: 2005 a 2012.1

ANÁLISE GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DOS ELEMENTOS

LITOESTRUTURAIS DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E

CABOCLO NA REGIÃO NORTE DE LENÇÓES - CHAPADA

DIAMANTINA, BA - ASAFE DOS SANTOS SANTANA

138

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA,

DAS FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ, NA REGIÃO AO SUL DE

LENÇÓES - CHAPADA DIAMANTINA, BA - CAIO MULLER MAIA

139

FOLHELHOS COM GÁS DA FORMAÇÃO BARNETT, TEXAS, EUA -

UM EXEMPLO DE RESERVATÓRIO NÃO CONVENCIONAL -

GILDEGLEICE BARCELAR DAS VIRGENS

140

CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS, GEOQUÍMICAS E

METALOGENÉTICAS DOS FLOGOPITITOS DE CARNAÍBA E

SOCOTÓ, BAHIA - LEONARDO NÁPRAVNIK PIRES

141

ESTUDO DOS PADRÕES DE ORIENTAÇÃO DE ESTRUTURAS

DEFORMACIONAIS RÚPTEIS E DE CAMPPOS DE TENSÃO EM

AFLORAMENTOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA

(EOCRETÁCEO) EM BOM DESPACHO, NNE DA ILHA DE

ITAPARICA, BAHIA, BRASIL - LUCAS NERY RAMOS

142

APLICABILIDADE DO MÉTODO GEOFÍSICO DE

ELETRORESISTIVIDADE NA PESQUISA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA

EM ROCHAS CRISTALINAS NA REGIÃO DE CONCEIÇÃO DO

COITÉ-BA - MURILO ALVES SILVA DE OLIVEIRA

143

DETERMINAÇÃO DO SENTIDO DE FLUXOS GRAVITACIONAIS DA

FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO) ATRAVÉS DE

ESTRUTURAS ASSOCIADA - ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL -

NELIZE LIMA DOS SANTOS

144

SISTEMAS DEPOSICIONAIS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NOS

ARREDORES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA - PAULO

RICARDO SANTOS

145

ANÁLISE COMPARATIVA DE DADOS GEOLÓGICOS,

LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DAS FORMAÇÕES

FERRÍFERAS DO COMPLEXO BOQUIRA E SUPERGRUPO

ESPINHAÇO NA REGIÃO DE BOQUIRA, BA - PEDRO MACIEL DE

PAULA GARCIA

146

ANÁLISE GEOQUÍMICA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO SETOR

NOROESTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS – BA - RICARDO

LACERDA GOMES

147

ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NAS

PROXIMIDADES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA - VALTER

OLIVEIRA REBOUÇAS

148

Page 16: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE 2011.2

ANÁLISE ESTRUTURAL GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DAS

FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E CABOCLO NO ENTORNO DA

CIDADE DE ANDARAÍ, REGIÃO DA CHAPADA DIAMANTINA – BA -

ALEXANDRE DE OLIVEIRA MOITINHO

150

FÁCIES CARBONÁTICAS E POTENCIAL RESERVATÓRIO DA

FORMAÇÃO SALITRE NEOPROTEROZÓICA, NA BACIA DE IRECÊ-

BAHIA, BRASIL - ANDRÉ LYRIO DE CARVALHO FIGUEIREDO

151

ESTUDOS DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTOS SUPERFICIAIS E

DE FUNDO NO ESTUÁRIO DO JACUÍPE, CAMAÇARI – BAHIA –

BRASIL - ANTONIA DE ANDRADE SANTOS

152

PETROGRAFIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO COMPLEXO

UAUÁ REGIÃO DE EUCLIDES DA CUNHA, BAHIA - DANILO DE

SOUZA SANTOS

153

ROCHAS GERADORAS E SEUS BIOMARCADORES: UMA REVISÃO

BIBLIOGRÁFICA COM ÊNFASE NAS BACIAS DA COSTA LESTE

BRASILEIRA - EULA ANDRADE NASCIMENTO DA SILVA

154

A PRESENÇA DO FLÚOR NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS DA

FORMAÇÃO SERGI (JURÁSSICO SUPERIOR) DA BACIA DO

RECÔNCAVO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL - GLEIDE MENDES

SEABRA

155

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE METAIS TRAÇO NO MUNICÍPIO

DE MADRE DE DEUS – BA - HENRIQUE CÉSAR PEREIRA ASSUMPÇÃO 156

SISTEMA DEPOSICIONAL DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ E

TOMBADOR NAS IMEDIAÇÕES DA CIDADE DE BARRA DA ESTIVA,

BAHIA - JAIME PEREIRA DE SOUZA JUNIOR

157

ANÁLISE CINEMÁTICA E DINÂMICA DAS ESTRUTURAS DAS

FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ NA PORÇÃO SUL DA SERRA

DO SINCORÁ, NOS ARREDORES DAS CIDADES DE BARRA DA

ESTIVA E IBICOARA / CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA - JOSAFÁ DA

SILVA SANTOS

158

ESTUDO PETROGRÁFICO COMPARATIVO ENTRE A FORMAÇÃO

MORRO DO CHAVES DA BACIA (SE/AL) E O GRUPO LAGOA FEIA

DA BACIA DE CAMPOS E O SEU POTENCIAL COMO

RESERVATÓRIO DE HIDROCARBONETOS - LUANA SILVA CASTRO

159

ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO EM

FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTO DA FORMAÇÃO

MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA

METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA

QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS - LUCAS FIGUEIREDO GONTIJO

160

Page 17: 2005 a 2012.1

INTERPRETAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA DO NORTE DA BACIA

DE PELOTAS - LUCIANO VAGNER MATA CRUZ 161

CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA FORMAÇÃO TAQUIPE,

AFLORAMENTO DA PRAIA DE INEMA, SALVADOR - BAHIA -

MARCELO ABBEHUSEN MAGALHÃES

162

MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA ZONA COSTEIRA DA REGIÃO

ENTRE A FOZ DO RIO POJUCA E A PRAIA DE IMBASSAÍ, MATA DE

SÃO JOÃO – BAHIA - MARCUS VINICIUS COSTA ALMEIDA JUNIOR

163

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS DO GRUPO BARREIRAS NA REGIÃO DE

PORTO SEGURO – BAHIA - MARIANA CAYRES SAMPAIO

164

COMPORTAMENTO DE PARÂMETROS GEOCOMPOSICIONAIS DO

SISTEMA PETROLÍFERO IRATI-PIRAMBÓIA, BACIA DO PARANÁ,

BRASIL - MILENA ROCHA DE OLIVEIRA

165

ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO EM

FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA DA FORMAÇÃO

MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA

METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA

QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS - MURIEL NASCIMENTO DE

FIGUEIREDO

166

INFLUÊNCIA DA DOLOMITIZAÇÃO COMO MECANISMO

RESPONSÁVEL PELA CRIAÇÃO DA POROSIDADE NOS

CALCARENITOS OOLÍTICOS/ONCOLÍTICOS DO MEMBRO

MARUIM DA FORMAÇÃO RIACHUELO DE IDADE ALBIANA DA

BACIA SERGIPE-ALAGOAS - PRISCILA PASSOS BARRETO COSTA

167

PETROGRAFIA E ANÁLISE MICROESTRUTURAL DA ZONA DE

ALTERAÇÃO HIDROTERMAL NA SEQUÊNCIA

METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI: METAMORFISMO,

EVOLUÇÃO TECTÔNICA E IMPLICAÇÕES

METALOGENÉTICAS - SILVANDIRA DOS SANTOS GÓES PEREIRA DE

JESUS

168

MAPEAMENTO GEOLÓGICO, PETROGRAFIA, ASPECTOS

LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DOS GRANULITOS DA REGIÃO

DE LAJEDO DO TABOCAL: UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOLOGIA DA

FOLHA MARACÁS (SD.24-V-D-I), BAHIA - THIAGO DRUMOND

ASSIS DE QUEIROZ

169

MONOGRAFIAS DE 2012.1

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E

TOMBADOR NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, 171

Page 18: 2005 a 2012.1

CHAPADA DIAMANTINA – BAHIA – ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO

CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE

TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO

CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA –

ALEXANDRE PORTELA SANTANA

172

ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NAS BACIAS RIFTE: UMA NOVA

ABORDAGEM PARA O ENTENDIMENTO DA VARIAÇÃO DO NÍVEL

DE BASE NA REGIÃO NORDESTE DA BACIA DO RECÔNCAVO –

BRUNO HUOYA MENDONÇA

173

A UTILIZAÇÃO DE DATALOGGERS NO PROJETO RIMAS (REDE

INTEGRADA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

NO AQUÍFERO URUCUIA NO OESTE DA BAHIA – BRUNO

SCHINDLER SAMPAIO ROCHA

174

CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS E HIDROGEOLÓGICAS DE UMA

ÁREA DE CONFORMAÇÃO DÔMICA, EM ROCHAS SEDIMENTARES

DA PORÇÃO ORIENTAL DA BACIA DO RECÔNCAVO NORTE, DIAS

D'ÁVILA, BA – CARLOS ANTÔNIO SÃO PEDRO CRUZ JÚNIOR

175

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E GEOFÍSICA

DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA REGIÃO IBICUÍ-IGUAÍ – BAHIA

– DIEGO MELO FERNANDES

176

ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-

ANORTOSITOS E DAS FOMAÇÕES FERRÍFERAS DOS GRANULITOS

DA REGIÃO DE BAIXÃO DE IPIÚNA, JAGUAQUARA, BAHIA –

EDUARDO CARDOSO VIEIRA FILHO

177

ESTUDOS GEOLÓGICO, GEOFÍSICO E HIDROGEOLÓGICO DA

FAZENDA EXPERIMENTAL DA UFBA, MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS –

BA – FABIANE FERREIRA NATIVIDADE DOS SANTOS

178

ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANO MAGNETITA EM GABRO-

ANORTOSITOS NA REGIÃO DO MUNICÍPIO DE TANCREDO NEVES-

BA – GUSTAVO DE AGUIAR MARTINS

179

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DAS SEQUÊNCIAS

CARBONÁTICAS DA SUB-BACIA DE UNA-UTINGA COM A SUB-

BACIA DE IRECÊ – ÍTALA GABRIELA DIAS DE ARAÚJO

180

ASPECTO HIDROGEOQUÍMICO DO FERRO TOTAL NO SISTEMA

AQUÍFERO SÃO SEBASTIÃO DA NA ÁREA DO PÓLO INDUSTRIAL

DE CAMAÇARI – BAHIA – JAMILLE EVANGELISTA ALVES

181

ESTUDOS COMPARATIVOS DE ÁREAS COM ANOMALIAS

GEOFÍSICAS NA REGIÃO DA FAZENDA MIRABEL, SUL DA BAHIA – 182

Page 19: 2005 a 2012.1

LILA COSTA QUEIROZ

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E ASPECTOS GEOFÍSICOS

DOS METAMORFITOS GRANULÍTICOS DA PORÇÃO SUDOESTE DA

FOLHA MARACÁS, BAHIA – LUCAS TEIXEIRA DE SOUZA

183

ANÁLISE QUANTITATIVA DAS ÁGUA SUPERFICIAIS DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL -

MARCOS DE OLIVEIRA DIAS

184

ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E SEDIMENTOLÓGICA, COM BASE

NOS PERFIS E AMOSTRA DE CALHA DO CAMPO BELA VISTA - FM.

ÁGUA GRANDE/SERGI (BACIA DO RECÔNCAVO) – MATEUS PIRES

FERREIRA

185

ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO DA

MICROBACIA DO RIO BRUMADO (BA) COM EMPREGO DE

GEOTECNOLOGIAS – NATALI DE OLIVEIRA DIAS

186

SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E

MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL –

BOQUIRA/BA – PRISCILA DE FERREIRA FREITAS

187

CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE

TESTEMUNHOS DA FORMAÇÃO SERGI, CAMPO DOM JOÃO,

BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA, BRASIL – REBECA SANTOS DE

ALMEIDA SANTOS

188

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA

E POTENCIALIDADES METALOGENÉTICAS DA FORMAÇÃO ÁGUA

PRETA, BACIA DO RIO PARDO - BAHIA – RODOLFO SANTOS

GASSER

189

UTILIZAÇÃO DE LWD NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO – TASSIANE

RABELO SAMPAIO 190

MODELAGEM POR LÓGICA FUZZY: APLICAÇÃO ÀS MINERAÇÕES

AURÍFERAS DO CINTURÃO GURUPI, FOLHA CENTRO NOVO DO

MARANHÃO, MA/PA – THIAGO REIS RODRIGUES

191

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS

FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT IBITIRA-

UBIRAÇABA, REGIÃO DE BRUMADO, BAHIA – VINICIUS

BENEVIDES SCHIRMER

192

Page 20: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2005

Page 21: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTALÓGICA E ESTRUTURAL DA

FORMAÇÃO SÃO SEBASTIÃO NO AFLORAMETO DO KM 15 DA RODOVIA

CANAL DE TRÁFEGO, BACIA DO RECÔNCAVO-ABA

ALBERTO SANTOS MOREIRA JUNIOR

ORIENTADORES: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA-PETROBRAS)

DR. LUÍZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

Algumas formações da bacia do recôncavo sofrem interferências estruturais ocasionadas

por eventos diapíricos, de forma que, nas exposições existentes na Rodovia Canal de

tráfego ocorrem algumas complicações de ordem estratigráfica e estrutural,

constituindo-se num excelente laboratório para a aplicação dos conhecimentos

adquiridos ao longo do curso de graduação em geologia. O afloramento estudado

constitui uma seção da formação São Sebastião e está situado na porção central da Bacia

do Recôncavo-Ba, no Km 15 da Rodovia Canal de Tráfego, posicionando-se ao lado

direito da pista no sentido Camaçari, onde foram desenvolvidas as seguintes atividades:

(i) Descrição de nove perfis litológicos, (ii) Levantamento de dados estruturais, (iii)

Confecção de um fotomosaico vertical, com a porção estudada do afloramento. Os

principais critérios utilizados para esta caracterização foram a granulometria, estruturas

sedimentares presentes, natureza dos contatos, grau de seleção e maturidade textural.

Foramm reconhecidas seis principais fáceis no afloramento: (i) Sf – arenito fluidizado,

(ii) Fc – folhelho carbonoso, (iii) Anm – arenito médio com estratificações cuzadas

acanaladas, (iv) Ancl – arenito grosso, cíclico com estratificações cruzadas acanaladas,

(v) Agr – argilito róseo maciço, (vi) Anfm – arenito maciço. A partir da caracterização

faciológica foram identificados os procssos responsáveis pela deposição da fáceis e

respectivos ambientais deposicionais, de forma que tornou-se possível a proposição de

um modelo deposicional fluvio-lacustre, no qual ocorre uma progradação do sistema

fluvial provavelmente entrelaçado sobre uma ambiente lacustrino. Após analise

estrutural do afloramento, foram caracterizadas duas fases de deformação rúptil que

poderiam estar relacionadas a migração de corpos diapíricos argilosos, o que pode ser

reforçado pelo complexo padrão deformacional induzido por processos diapíricos

observado a partir da análise de seções sísmica da região.

Palavras-chaves: argilocinese, eventos diapíricos.

Page 22: 2005 a 2012.1

APLICAÇÃO DO MÉTODO DE CONTINUAÇÃO DE VELOCIDADE NA

ANÁLISE DA VELOCIDADE DE MIGRAÇÃO

FERNANDO AUGUSTO SILVA CEZAR

ORIENTADOR: DR. REYNAM DA CRUZ PESTANA (UFBA)

RESUMO

Neste trabalho implementamos e aplicamos o método de continuação de velocidade

proposto por Fomel (2003a) para estimar o campo de velocidade de dados sísmicos e

mapear a seção sísmica migrada em tempo. Esse método transforma seções de

afastamento constante migradas no tempo antes do empilhamento de acordo com

mudanças na velocidade de migração o empilhamento das seções de afastamento

constante é acompanhado de medidas de ocorrência semblance, gerando dois volumes

de dados, um cubo de seções sísmicas empilhadas com velocidades constantes de

migração e o outro cubo de medidas semblance. Ele é usado para extrair as seções

sísmicas migradas em tempo do cubo de seções empilhadas e migradas. Este tratamento

foi aplicado com sucesso nos dados sísmicos sintéticos do modelo de velocidade

constate e do modelo do domo. Alem de mostrar os campos de velocidade estimados e

as seções sísmicas migradas em tempo mapeadas nestes dois casos, verificou-se o

funcionamento adequado do operador de continuação de velocidade em famílias CRP`s

e seções de afastamento constante. A continuação de velocidade foi aplicada a um dado

sísmico do Golfo do Méxicoe o campo de velocidade estimado foi usado para correção

de NMO. A seção empilhada resultante apresenta-se com qualidade comparável a outras

duas seções empilhadas, uma associada a um campo de velocidade estimado por análise

de NMO convencional e outra associada a um campo de velocidade rms convertido de

um modelo em profundidade. Em geral, os resultados atestam a aplicablidade do

método de continuação de velocidade no processo de estimativa do campo de

velocidade, bem como na etapa de imageamento sísmico.

Page 23: 2005 a 2012.1

REPRESENTAÇÃO DE DADOS ELETROMAGNÉTICOS MULTI-

FREQUÊNCIA OBTIDOS EM UM CAMPO DE PETRÓLEO

JOELSON DA CONÇEIÇÃO BATISTA

ORIENTADOR: DR. HÉDISON KIUITY SATO (UFBA-CPGG)

RESUMO

O presente trabalho é parte do projeto de aquisição, processamento e interpretação de

dados eletromagnéticos e multi-frequência para mapear resistividade e polarização

elétrica induzida em subsuperfície em uma área teste de interesse da Petrobras no

Estado da Bahia. Neste contexto, analisa-se o esquema de interpretação, desenvolvido

por Sato (1979), que natureza qualitativa, para construir pseudo-seções de resistividade

versus profundidade verdadeira. Desta forma, produziu-se algumas pseudo-seções de

resistividade aparente a partir de dados eletromagnéticos teóricos para modelo de suas,

três e quatro camadas horizontais, ou melhor, a partir da inpedância mútua entre um

transmissor dipolar magnético vertical e um receptor cujo eixo é simultaneamente

horizontal e radial em relação à posição do transmissor. As pseudo-seções mostraram

que o sistema proposto por Sato (1979) produz imagens que se afatam geometricamente

do modelo de camadas correspondente, ou seja, as curvas de contorno e

isorresistividade divergem do padrão paralelo e horizontal, desejável quando o modelo é

formado por camadas horizontais. O padrão de deformação observado sugere sua

correlação com um trecho curvo da função entre o número de onda aparente e a razão

entre a distância Tz-Rx e o “skin-depht” de Sato (1979). A partir desta reavaliação,

então, sugere-se substituir a função adotada por Sato (1979) por uma outra que, aplicada

aos mesmos dados teóricos, produziu novas imagens de pseu-seções mais condizentes

com seus respectivos modelos, mais que ainda sugerem a necessidade de outros

aperfeiçoamentos. Para complementar, aplicou-se os dois esquemas aos dados

eletromagnéticos de campo obtidos ao longo de uma das linhas de levantamento EM na

área teste citada. Os dados trabalhados referem-se a quatro posições do transmissor

localizadas nas extremidades das linhas, sendo dois no lado direito, deslocados 500 m

entre si, e dois no lado esquerdo, deslocados também da mesma forma. Por hipótese,

esse arranjo de levantamentos permite enxergar sob quatro perspectivas, as partes da

região intermediária da linha. Estas características são importante, pois a região possui

variação lateral de natureza geológica, e ela, por conseguinte, deve aparecer nas quatro

pseudo-seções associadas a cada posição do transmissor. De fato, as variações laterais

ficaram, geometricamente, melhor reproduzidas nas pseu-seções criadas com o novo

processo interpretativo, permitindo uma melhor interpretação geológica.

Page 24: 2005 a 2012.1

ASPECTOS GEOLÓGICOS, PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS DO

STOCK NEFELINA SIENÍTICO SERRA DA GRUTA, SUL DA BAHIA

JOSEMAR ARAGÃO DE OLIVEIRA

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)

RESUMO

O Stock Nefelina-Sienítico Serra da Gruta (SSG) situa-se no município de Potiraguá, sul

do estado, localizado a aproximadamente 615 km da cidade de Salvador. Ele apresenta

forma elipsóie, ocupa área em torno e 4 km² e encontra-se encaixado em terrenos

grnulíticos do Cinturão Itabuna. Este stock é um dos diversos corpos intrusivos que

constitui a Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA) de idade

neoproterozóica. O SSG é constituído predominantemente por rochas sieníticas com

feldspatóide, leucocráticas, faneríticas média a grossa e isotrópicas. Os estudos

petrográficos permitiram identificar cinco grupos litológicos: nefelina sienito, cancrinita

nefelina sienito, cancrinita sodalita nefelita sienito, nefelina biotita sienito e álcali-

feldspato sienito. A mineralogia essencial é formada por feldspato pertítico, efelina,

sodalita e cancrinita, tendo como minerais máficos biotita, aegirina, ribequita. Os

principais acessórios são zircão, apatita, titanita, minerais opacos e calcita. Os dados

químicos mostram um fracionamento, marcado pelo decréscimo de Si, controlado por

feldspato alcalino hipersolvus e minerais máficos. A evolução identificada em

diagramas do tipo Harker é similar à descrita para corpos nefelina-seiníticos da

PASEBA e se marca por crescimento unicamente em de forma moderada. Esta

tendência evolucional revela, ao contrário dos dados modais, que houve importante

participação de minerais máficos e apatita na diferenciação das rochas do SSG. A

tendência da diferenciação identificada através de dados petrográficos e geoquímicos do

magma Serra da Gruta, explica convenientemente o seu enriquecimento em sódio e

alumínio, com aumento das atividades de cloreto (sodalita) e (cancrinita e calcita).

Page 25: 2005 a 2012.1

PETROGRAFIA DA INTRUSÃO GRANÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO

FLORES AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA

MARÍLIA ROCHA LIMA NUNES

ORIENTADOR: DR. HERBET CONCEIÇÃO (UFBA)

RESUMO

O batólito floresta Azul, com cerca de 200 km², está situado na porção sul do Estado da

Bahia, cerca de 8,7 km a oeste da cidade de Ibicaraí. Neste estudo, o batólito foi

organizado em duas grandes subdivisões faciológicas: uma granítica e outra sienítica. A

fácies granítica corresponde a uma suíte alcalina composta por sienogranitos, monzo-

granitos, graodioritos e quartzo-mozonitos e contendo por vezes alguns enclaves de

rochas dioríticas. Apresenta textura fenerítica média a grossa, com mineralogia essencial

composta de feldspato alcalino, quartzo e oligoclásio, e tendo biotita e anfibólio como

minerais predominantes. Possui ainda apatita prismática opacos, titanita, allanita e

zircão como acessórios. Este fáceis é rico em enclaves dioríticos. A fácies diorítica

diferencia-se da granítica pelo seu padrão textural porfirítico com Mariz de granulação

fanerítica média a fina. Estas rochas correspondem principalmente a quartzo-dioritos,

monzodioritos e dioritos, as quais ocorrem inclusas na fáceis granítica, na forma de

enclaves e diques sin-plutônicos. São freqüentes os xenocristais de feldspatos. A

mineralogia predominante é oligoclásio, quartzo, anfibólio, piroxênio e biotita. Os

minerais acessórios são os mesmos da fáceis granítica. A ocorrência freqüente de

enclaves microgranulares e diques sin-plutônicos descontínuos no batólito, aliada às

outras feições texturais (xenocristais do granito no diorito, relações de campo, etc)

observadas, sugerem um contribuição importante dos processos de mistura de magmas

na geração deste corpo.

Page 26: 2005 a 2012.1

AVALIAÇÃO AMBIENTAL PRELIMINAR DA SITUAÇÃO DA

DISPOSIÇÃO FINAL DO RESÍDUO SÓLIDO DOMÉSTICO

NA CIDADE DE CACHOEIRA / BAHIA

ROSENILDA DE JESUS DA SILVA

ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

A disposição final dos resíduos domésticos é de extrema importância tanto para o meio

ambiente como para a saúde do ser humano. Este trabalho tem como objetivo realizar

estudos sobre recipientes ou locais para armazenamento temporário e disposição final

do lixo doméstico na sede do município de Cachoeira, assim como suas interferências

na rede de drenagem. A sede do município de Cachoeira localiza-se na margem do Rio

Paraguaçu, a cerca de 110 Km de Salvador, capital do Estado da Bahia, no leste do

Estado. De acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia

(SEI), o município faz parte da região econômica do Recôncavo Sul. Possui como

fontes de renda a pecuária de bovino, caprino e a agricultura de subsistência, além do

turismo relacionado a festas religiosas e outras. O município apresenta um grande

potencial turístico devido a vários fatores. Entre eles, destaca - se as paisagens naturais,

a rede de drenagem, sua localização na margem do Rio Paraguaçu, a Represa de Pedra

do Cavalo, e seus edifícios arquitetônicos no estilo Barroco. O trabalho foi

desenvolvido em três etapas: 1 - Etapa Pré – campo, na qual foi realizado estudo,

levantamento bibliográfico da área e planejamento da fase de campo; 2 - Etapa de

Campo, nesta foram realizadas visitas de campo à área de estudo e coleta de

informações necessárias; 3 - Etapa de escritório, que compreendeu a análise dos dados e

elaboração da Monografia. Na etapa de campo foram cadastrados 34 pontos de

armazenamento temporário de resíduos sólidos. Na maioria destes pontos os resíduos

encontram-se em recipientes plásticos, porém em 02 os resíduos estão na calçada, em 05

nas margens de afluentes e em 07 sobre a superfície, sem qualquer proteção. A coleta na

sede do município é realizada por oito funcionários municipais com o auxílio de dois

carros compactadores. Não existe um sistema de coleta seletiva. Apesar de possuir uma

coleta de lixo que pode ser considerada como razoável para a sede do município, a

disposição temporária dos resíduos sólidos ocorre de forma irregular em algumas partes

da cidade, principalmente na periferia, pois ocorre disposição temporária do lixo gerado

em diversos locais não apropriados como, por exemplo, nas ruas, nas encostas, e

principalmente nas margens dos afluentes.

Page 27: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2007

Page 28: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL MULTIESCOLAR DO

TONALITO-GRANODIORITO UMBAÚBA, CACULÉ, BAHIA

ALEX MOURA GOMES

ORIENTADOR: DR. LUÍS ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)

RESUMO

O granitóide Umbaúba localiza-se no Bloco Gavião, porção central do Cráton do São

Francisco, no Estado da Bahia. Este trabalho tem como objetivo a análise estrutural

multiescalar de um expressivo corpo granitóide localizado na porção sudoeste do Bloco

Gavião, entre as cidades de Ibitira e Caculé, denominado de Granitóide Umbaúba. Para

atingir o objetivo proposto, foi selecionada uma área de 180 Km² onde foram realizados

levantamento bibliográfico, fotointerpretação, levantamentos de campo e petrologia

estrutural. Duas tectonofácies foram identificadas no granitóide Umbaúba, denominada

de granitóide Umbaúba foliado e granitóide Umbaúba gnaissificado. A diferença entre

elas é a intensidade de deformação. A primeira, pode ser caracterizado como rocha

protomilonítica e a segunda varia entre termos miloníticos e ultramiloníticos. Texturas

sugerem a presença de um fluido hidrotermal em condições pós-magmáticas/pós-

gnaissificação. A foliação impressa nessas rochas sugere uma evolução continua da

trama desde condições magmáticas até o estado sólido, com desenvolvimento de feições

de deformação e recristalização sin-colocação do plúton. O conjunto de estruturas

deformacionais sugere campo de tensão principal segundo SSE-NNW, em regime

transpressional sinistral A distribuição dos elementos da trama sugerem que a

deformação do granitóide Umbaúba ocorreu em condições sin-colocação magmática,

tendo a sua evolução ligada à presença de zonas de cisalhamento sinistrais, de âmbito

regional.

Page 29: 2005 a 2012.1

ASPECTOS GEOLÓGICOS E HIDROGEOLÓGICOS DAS SUB-BACIAS

DO RIO ARROJADO E FORMOSO - BACIAS SEDIMENTARES

DO URUCUIA, OESTE DA BAHIA.

ALOÍSIO DA SILVA PIRES

ORIENTADOR: DR. OLIVAR ANTÔNIO LIMA DE LIMA (UFBA)

RESUMO

Este trabalho tem como principais objetivos a caracterização geológica e

hidrogeografica do Aqüífero Urucuia nas sub-bacias dos rios Arrojado e Formoso,

localizada no oeste do Estado da Bahia. a área de estudo compreende 15.500 Km2,

sendo

5.588Km2 relativos à bacia do rio Arrojado e 9.970Km

2 relativos à bacia do rio

Formoso. A geologia das sub-bacias é representada pelo grupo Urucuia e seuas duas

formações: Posse e Serra das Araras, além do embasamento neoproterozóico,

constituídos pelos carbonatos do Grupo Bambuí e pelo complexo gnáissico

polideformado de idade arqueano-paleoprotozóica. A formação Posse é uma unidade

basal do Grupo Urucuia constituída por arenitos rosas e avermelhados ( redbed) finos à

médio. Seu contato com a Formação Serra das Araras se dá por uma superfície erosiva e

angular. A Formação Serra das Araras corresponde a unidade de topo do Grupo Urucuia

constituída por arenitos esbaranquiçados a amarelado, finos à médio, com grãos

grossos, eventualmente conglumeráticos na base, grão sub-angulares a sub-

arredondados, esfericidade moderada baixa, mal selecionados, normalmente com

intensa cimentação por sílica. Do ponto de vista hidrogeológico, o Grupo Urucuia nas

sub-bacias supracitadas, é representado por um aqüífero do tipo livre e as duas

formações representam dois tipos de reservatórios, sendo a Formação Posse a mais

importante devido às características texturais mais homogênea com porosidade

intergranular de 18%. Os estudos geofísicos, através de sondagem elétrica, indicam que

a zona saturada pode alcançar até 500m enquanto a espessura do Grupo Urucuia, pode

alcançar 1.500m. Ensaios de bombeamento demonstraram que a vazão oscila entre 396

e 402m3/h, com média de 399m

3/h e condutividade hidráulica de 4,3m/s. O fluxo

preferência das águas subterrâneas se dá de sudoeste (SW) para nordeste (NE), com

pequena variações locais, com velocidade aproximadamente de 46,5m/ano. As sub-

bacias estudadas possuem uma reserva água estimada de 601.000x106m

3, e estas

apresentam como características pouco mineralizadas, em que as análises de alguns

parâmetros se encontram abaixo do limite de detecção. São águas doces sulfatadas

sódicas a cálcicas, apresentando baixo risco de salinização. Com relação às

características isotópicas, as águas subterrâneas e superficiais tem uma composição

isotópica bastante parecida indicando a existência de conexão entre elas.

Page 30: 2005 a 2012.1

MISTURA DE MAGMAS NO COMPLEXO

ALCALINO FLORESTA AZUL, SUL DO ESTADO DA BAHIA

ANA CARLA MONTEIRO SALINAS

CO-ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA_UFS)

RESUMO

O complexo Alcalino Floresta Azul (CAFA), localizado na porção sul do Estado da

Bahia, tem 20 Km2 de área aflorante, e constitui uma das intrusões da Província

Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Esta província instalou-se durante o Cryogeniano

(630-850 Ma) e tem sido interpretada expressão do sistema rifte deste período. O CAFA

é um corpo ígneo, com forma alongada na direção NE-SW, sendo constituído por uma

intrusão granítica, posicionada a leste e outra sienítica situada a oeste, em contato por

falha. Neste trabalho, o batólito foi dividido em duas fácies: uma granítica e outra

diorítica. A fácies Graníticas consiste em uma suíte alcalina, de textura fanerítica,

granulação media a grossa, composta por monzo-granitos, granodioritos, sieno-granitos

e quartzo-monzonitos, ricos em enclaves dioríticos, de formas e tamanhos variados. A

mineralogia essencial é composta de quartzo, feldspato alcalino, oligoclásio, e como

minerais máficos predominantes apresenta biotita e anfibólio. Como minerais acessórios

possui a apatita prismática, titanita, allanita, zircão e minerais opacos. A fácies

Dioríticas é constituída por qurtzo-dioritos, monzodioritos e dioritos, que encontram-se

inclusos na fácies graníticas por apresentar padrão textural porfirítico, com granulação

fina a media. A mineralogia prismática é composta por oligoclásio, biotita, anfibólio,

quartzo, piroxênio. Ela apresenta, como minerais acessórios, os mesmo minerais

encontrados na fácies granítica. A geração deste corpo ígneo pode estar relacionada a

processos de mistura de magmas, visto que são freqüentes os enclaves máficos

microgranulares, diques sin-plutônicos descontínuos, a ocorrência de feições texturais

características como fenocristais do granito no diorito, relações de campo, dentre outros.

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HERANÇA DE ESTRUTURAS DO EMBASAMENTO EM BACIAS

SEDIMENTARES TECTÔNICAS INVESTIGADAS COM USO DE IMAGENS

GEOREFERENCIADAS E DADOS DE CAMPO BACIAS RECÔNCAVO SUL E

CAMAMU – BAHIA/BRASIL

BRUNO MOREIRA GUIMARÃES

ORIENTTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

Estes trabalho inal de graduação temm como objetivo o estudo da herança estrutural do

embasameto nas bacias tectônicas do Recôncavo Sul (RS) e de Camamu (BC) através

da análise de lineametos estruturais extraídos do processameto de imagens de satélite

LANDSAT 5 e 7 dos sensores ETM e ETM+ e imagens de MDE ( Modelo Digital de

Elevação) do Projeto SRTM. Esses dados foram comparados cm dados estruturais

coletados em campo do Projeto Neotectônica do SSE. A análise foi feita a partir da

plotagem em diagrama de rosáceas com frequências de direção e comprimento

acumulados. Os dadosanalisados foram estudados através dos valores totais de

frequências de direção e comprimento acumulado e depois com os dados separados do

embasamento e bacia e coberturas mesozóicas. A comparação foi feita através do

resultados obtidos de cada imagem e depois comparados com os dados de campo. A

área abrange a osta centro sul da Baha e compreende o entorno da Bahia de Todos os

Santos e a bacia d Camamu, perfazendo um total de 10.400 km². Está inserida dentro do

Cráton São Francisco e é compreendida regionalmente por rochas arqueanas e

paleoproterozóicas tonaliticas/trondhjemiticas do Orógeno Itabuna – Salvador – Curacá,

por granulitos de fáceis anfibolito alto a granulito do Orógeno Salvador – Esplanada,

rochas sedimentares de idades mesozoicas representas pelas bacias ectônicas do

Recôncavo Sul e Camamu e corbturas sedimentares de idade tércio - quaternárias

formadas principalmente peo Grupo Barreiras. A utilização de imagens de satélite e de

RADAR georeferenciadas dados estruturais coletados em campo contribuiram para o

mapeamento das principais estruturas regionais relacionadas ao embasamento e a bacia,

ajudam o entendimento da evolução geodinâmica e as relações com o processo de sua

formação.

Palavras-Chaves: Lineamentos estruturais, Recôncavo Sul – Camamu,

Processamentos, LANDSAT, RADAR, dados estruturais de campo.

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DIAGNÓSTICO AMBIENTAL E CARACTERIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO

USO DE OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO COBRE-BA DE 1965 A 2007 COM

UTILIZAÇÃO DE UM SISTEMA DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG)

CARLOS EDUARDO LIBÓRIO DE LIMA

ORIENTADOR: MSC. MARIO JORGE DE SOUZA GONÇALVES (UFBA)

RESUMO

Existe uma preocupação mundial com a escassez de água doce, tanto para o consumo

quanto para geração de energia. Notadamente, em algumas regiões, a não

disponibilidade deste recurso é causada pela degradação dos recursos naturais

renováveis. Para analisar e conter tal problema com eficácia é de suma importância o

estudo do meio físico para diagnosticar a situação real em que se encontram os recursos

em um dado espaço geográfico. As Bacias Hidrográficas representam uma perfeita

unidade hidrológica, pois são terras drenadas por um rio principal (seus afluentes e

subafluentes) compreendidas entre divisão de água, ou seja, partes mais altas de

montanhas, morros ou ladeiras, onde existe um sistema de drenagem superficial que

concentra suas águas, o qual está ligado ao mar, a um lago ou a outro rio maior. Sendo

assim, integram vários parâmetros importantes para ciência ambiental e, através dos

seus limites são definidos estudos físicos, biológicos e socioeconômicos visando uma

maior integração de informações para minimizar a degradação do meio ambiente. O

objeto de estudo deste trabalho é a caracterização da Bacia Hidrográfica do rio Cobre

através de mapas temáticos (geológicos, geomorfológicos, pedológicos,

hidrogeológicos, de vegetação, entre outros), assim como o estudo da evolução do Uso

e Ocupação do Solo em 1965 e 2007, para externar quais parâmetros físicos e

antrópicos influenciam nesta bacia, ou seja, área a serem protegidas que ainda estejam

relativamente preservadas ou que passam por processo de degradação, que possam

comprometer a qualidade da água e a sua disponibilidade. Essa caracterização será feita

por meio de um Sistema de Informação Geográfico (SIG), com Software Arcview com a

qual será criado um banco de dados georreferenciados (medidos ou compilados) com

intuito de realizar uma integração das informações da bacia e representação por meio de

mapas, com intuito de auxiliar na preservação e gestão da Bacia.

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SEDIMENTAÇÃO HOLOCÊNICA NA PLATAFORMA CONTINENTAL

ENTRE SERRA GRANDE E OLIVENÇA COSTA CENTRAL DA BAHIA

(COSTA DO CACAU)

CAROLINE ALVES VIEIRA

ORIENTADOR: DR JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho teve como objetivo a caracterização do sedimento superficial de fundo da

plataforma continental, a partir da análise de 103 amostras coletadas desde a linha de

costa à plataforma externa, entre as localidades de Serra Grande e Olivença, porção

central do Estado da Bahia (Figura 01). A sedimentação na área de estudo é

predominantemente biogênica tendo como principais componentes os fragmentos de

alga coralina, foraminífero e Bivalvos. Os sedimentos terrígenos são representados

essencialmente pelo quartzo, e estão restritos às vizinhanças imediatas da linha de costa

e na plataforma interna. Do ponto de vista textural predominam na plataforma media e

externa sedimentos areno-cascalhosos à exceção da região do cânion de Almeida onde a

sedimentação é essencialmente lamosa. A faixa que bordeja a linha de costa é

constituída essencialmente de sedimentos arenosos. Como resultados deste trabalho

foram gerados mapas temáticos mostrando a distribuição espacial dos principais

componentes do sedimento assim como um mapa de fácies sedimentares e um mapa de

uso potenciais da plataforma continental. Esses mapas terão aplicação imediata em uma

grande variedade de atividades humanas tais como: seleção de áreas de descarte para

materiais dragados no porto de Ilhéus, avaliação dos recursos minerais da plataforma

continental, estudos ambientais, estudos das comunidades bentônicas e recursos

pesqueiros, avaliação de riscos ambientais e outros.

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GEOLOGIA E ARCABOUÇO ESTRUTURAL DA REGIÃO À SULDOESTE DA

MINA FAZENDA BRASILEIRO COM ÊNFASE NA MINERALIZAÇÃO

AURÍFERA GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU – BARROCAS/BA

CRISTIANO RICARDO DE SALES MULLER

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

O Greenstone Belt do Itapicuru representa uma seqüência vulcanossedimentar

paleoproterozóica que está situado no Bloco Serrinha, na porção nordeste do Cráton do

São Francisco. Esta megaestrutura aloja um dos mais importantes depósitos de ouro do

Estado d a Bahia. O objetivo deste Trabalho foi realizar integrações de dados geológico,

geofísico e geoquímico com vistas a selecionar áreas favoráveis para a pesquisa de

detalhe para ouro. Como metodologia, foram realizadas interpretações de dados

geofísicos, geoquímicos e de sensoriamento remoto, estudos bibliográficos, trabalhos de

campo e estudos petrológicos. Os levantamentos realizados levou à identificação de

rochas relacionadas a quatro domínios litológicos: metavulcânicas máficas,

metavulcânicas félsicas, metassedimentos e granitóide . De uma maneira geral, as

unidades vulcanossedimentares apresentam-se intensamente de formadas, dificultando o

reconhecimento do protólito ígneo. O arcabouço estrutural levantado revelou a

existência de duas famílias de estruturas, compressional e distensional. A família

compressional é marcada por estruturas das fases Fn - 1, Fn e Fn+1. As duas primeiras

estão marcadas por foliações miloníticas, lineações de estiramento e indicadores

cinemáticos, que, em conjunto, sugerem movimentos de SE para NW. Na fase Fn+1, um

corredor transpressional sinistral a sinistral reverso é gerado, sendo este responsável

pela rotação de elementos da trama Fn. As tensões principais máximas posicionaram-se

segundo N-S. A família distensional é marcada por lineações de crenulação e falhas

normais. As paragêneses minerais sugerema existência de um evento metamórfico as

sociado com alteração hidrotermal (clorita, quartzo, actinolita, carbonato, epidoto).

Metamorfismo dínamotermal também foi interpretado, com paragênes e mineral

constituída por quartzo e biotita. As integrações geológico-geoquímica-geofísica

sugerem uma área localizada na parte central da área como favorável para a acumulação

d e ouro. Os indícios geológicos identificados sugerem que as estruturas Fn - 1 / / Fn

foram as principais acumuladores de ouro na área de trabalho.

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O USO DA AEROGAMESPECTROMETRIA E DE IMAGEM DE RADAR

(SRTM) CONTRIBUINDO PARA O MAPEAMENTO GEOLÓGICO E

IDENTIFICAÇÃO DE ALVOS PARA PESQUISA MINERAL NA REGIÃO

ENTRE CACULÉ E IBITIRA, BAHIA

IGOR ARAÚJO PIMENTEL BARBOSA

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CUZ (UFBA)

RESUMO

O bloco Gavião está inserido na porção not do Cráton do São Francisco e abriga um

conjunto de gnasses e sequências supracustais de idade arqueana-paleoproterozóica. Em

seu interior, uma faixa de sedimentos com orientação NS corresponde ao Aulacógeno do

Paramiim, que abarca um conjunto de rochas metassedimentares de idade meso a

neoproterozóica. Recentemente, a área compreendida entre as cidades de Caculé e

Ibitira foi submetida ao mapeamento geológico na escala 1:100.000, tento sido

verificada a preseça de um conjunto de gnaisses, anfiboliticos, rochas tonalítica-

granodiorítica, constituindo o Domo de Caculé; granitos, sequenciais supracrustais

representadas por xistos, quartzitos, mármores, anfibolitos e diabásios. O objetivo geral

da monografia ora apresentada é a realização da integração geológico-geofísica e do uso

de imagens de radar para contribuir no mapeamento geológico da região compreendida

entre as cidades Ibitira e Caculé / Bahia bem como na definição de alvos para pesquisa

mineral de detalhe. Para se atingir os objetivos propostos, realizaram-se o estudo

bibliográfico, trabalhos de campo, sensoriamento remoto, interpretação de dados

geofísicos e integração de dados geológico-geofísico. As análises em imagem de radar

sugerem a presença de estruturas lineares posicionadas segundo NE/SW e NW/SE que,

em campo, correspondem ás zonas e fratras de cisalhamento destrais reversas e

sisinistrais, respectivamente. O conjunto de dados aerogamaespecteométricos

demostrou a presença de uma região com elevado valores em potássio, urânio e tório,

que corresponde à área de ocorrêcia do Complexo Lagoa Real. Domínios com baixos

valores em radionuclíeos foram verificados e cartografados como domínio do Domo de

Caculé. Entretanto, sugere-se que essas áreas sejam revisitadas, uma vez que possuem

assinatura compatível com rochas máficas-ultramáficas. Do ponto de vista

metalogenético, podem ser sugeridas duas áreas para pesquisa de dtalhe. A primeira,

relaciona-se com o domínio do Complexo Lagoa Real, que hospeda uma importante

mineralização d urânio. A segunda corresponde a uma região situada nas porções oeste e

sudoeste do Domo de Caculé, para a pesquisa de sulfetos.

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ASPECTOS PETROGRÁFICOS E GEOQUÍMICOS COM DIQUES DO

BATÓLITOS SIENÍTICO ITARANTIM, SUL DO ESTADO DA BAHIA

JAYME DE AZEVEDO LOPES NETO.

ORIENTADOR: DRª. MARILDA SANTOS PINTO MIEDEMA (UEFS)

RESUMO

Esta pesquisa foi voltada à obtenção de dados petrográficos e geoquímicos de diques

existentes no Batólito Sienítico Itarantim(BSI), que constitui um dos mais expressivos

corpos da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Esta província brasiliana aloja-

se em geossutura alinhada NE-SW, é interpretada como produto de rifteamento

neoproterozóico. A pesquisa iniciou-se com a reunião de dados bibliográficos, seguida

da realização de missões de campo, preparação de amostras para análises petrográficas e

químicas e, por fim, tratamento e integração dos dados. Os diques estudados foram

coletados nas duas fácies ígneas do BSI, a fácies da Serra do Felíssimo (FSF) e Serra do

Rancho Queimado (FRQ). Os diques da FRQ são essencialmente álcalis feldspato

sienito com nefelina, biotita e anfibólio, ocorrendo, nestas rochas, cristalizações

precoces de zircão, apatita e minerais opacos. Já aqueles diques da FSF apresentam

maiores quantidades de feldspatóides, ocorrendo além da nefelina, sodalita que não se

faz presentes na FRQ, sendo o carbonato também encontrado aqui em maior quantidade

modal. Os resultados geoquímicos destas rochas ao serem lançados no diagrama TAS,

revelam que estas se concentram essencialmente no campo do fóide sienito.

Comparando-se estes dados com aqueles das rochas encaixantes sieníticas, em ambas as

fácies do BSI, constata se que as amostras dos diques seguem a tendência evolucional

do batólito, apresentando, entretanto, maiores conteúdos de Na2O? (até 12%) e Al2O3?

(até 24%), ocupando, assim, extremo fortemente fracionado da evolução. Os dados

obtidos permitem, portanto, inferir que os diques de sienito estudados representam o

produto do processo de cristalização fracionada do magma fonolítico responsável pela

geração dos sienitos do Batólito Sienítico Itarantim.

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INTERAÇÃO ENTRE ÁGUAS MINERAIS DE ITAPARICA E O AQUÍFERO

PERIFÉRICO

MIKE HENDERSO SANTANA BATISTA

ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho faz parte do conjunto de atividades da disciplina GEO-064 e resume

os avanços obtidos para obtenção do grau de Bacharel em Geologia . o escopo das

pesquisas teve por alvo estudar os efeitos de interação entre as águas minerais da Fonte

da Bica (Itaparica) e o aqüífero periférico ao jazimento desta água mineral,

geologicamente localizada no compartimento sul da Bacia do Recôncavo, no município

de Itaparica Bahia-Brasil. A estratégia de pesquisa seguiu a metodologia clássica de

estudos geológicos sendo executados levantamentos de campo, amostragens, analises,

interpretação dos dado obtidos e redação do manuscrito final. Concluiu-se que a zona do

aqüífero periférico distante da linha de praia apresenta semelhanças nas características

hidroquímicas com as águas da Fonte da Bica. Verificou-se, também, que a zona

próximo à linha de praia apresenta forte influencia da cunha de água do mar e a

composição é nitidamente diferente em teores de sais, em comparação a Fonte da Bica.

Os parâmetros Microbiológicos apontaram para necessidade de tratamento da água para

o consumo humano em todos os pontos de coletas. Encontrou-se valores que atingiram

700UFC/100mL de coliformes totais, sendo que o limite máximo aceitável é da ordem

de < 1,0 UFC/100mL segundo a resolução 54/2000 do Código das Águas Minerais.

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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO COMPLEXO

MÁFICO-ULTRMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES, BAHIA.

(ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICADOS ELEMENTO TRAÇOS)

MARCELO BAHIA CARVALHO DOS SANTOS

ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

A investigação estratigráfica de dados sísmicos é uma importante ferramenta na

pesquisa de reservatórios de hidocarbonetos. Cada vez mais, técnicas avançadas têm

sido utilizadas pela industria para promover uma exploração bem sucedida em novas

reservatórios de petróleo, assim como o desenolvimento de campos existentes em áreas

maduras. O objetivo deste trabalho é apresentar os aspectos da interpretação

estratigráfica de dados sísmicos 3D, utilizando um conjunto de metodologias e técnicas,

como análises espectrais e volumétricas, para realças áreas de interesse, visualizar

subconjuntos do dado original e extrair geometrias como superfícies e feições

sismoestratigráficas representando sistemas deposicionais. O trabalho começa com uma

descrição de métodos de investigação sismoestratigráfica. Depois, a execução das

metodologias é detalhada, mostrando, assim suas aplicações. Por fim, são

apresentadados alguns resultados e análises em dados reais com suas respectivas

conclusões finais. O presente trabalho tem abordagem principalmente empírica,

exigindo um amplo condicionamento e prévia análise de dados até a execução final em

dados reais. Foram utilizados dados sísmicos processados e reprocessados, dados de

poços e horizontes previamente interpretados. Todos os dados e recursos utilizados são

da PETROBRAS S.A e para efeito de preservação da confidecalidade dos dados, não

foram identificados durante a conclusão desta esquisa.

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GEOLOGIA E GEMOLOGIA DAS AMETISTAS DE BREJINHO DAS

AMETISTAS, BAHIA

MÔNICA CORREA

ORIENTADOR: DR. VILTON FERNANDES DE JESUS (UFBA)

RESUMO

A Bahia tem sido juntamente com Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul, destaque

na produção de pedras preciosas naturais do Brasil, pais que detém grande parte das

reservas mundiais desses bens minerais, com produção de gemas de qualidade

reconhecidas internacionalmente. Os controles estatísticos registram a presença de mais

de trinta variedades gemológicas em território baiano, com destaque para esmeralda,

água-marinha, citrino, crisoberilo, cristal de rocha e ametista (Tavares ET AL, 1998).

Com relação a essa ultima, o distrito de Brejinho das Ametistas vem se consolidando

como um importante produtor no cenário estadual. Apesar da importância da

mineralização, existe uma carência de estudos científicos que abordem questões

relacionadas com a evolução dos depósitos, com o controle geológico da mineralização

em Brejinho das Ametistas, e com os tratamentos que são realizados para melhorar a

qualidade das ametistas de potencial gemológico, da região estudada. A realização desse

estudo representa um passo significativo no entendimento da evolução metalogenética,

desse que é o principal distrito de ametistas do estado da Bahia. O distrito em questão

situa-se na porção sul da Província Metalogenética do Paramirim (Misi ET AL. 2006),

na feição tectônica denominada de Cinturão de Dobramentos e Cavalgamentos da Serra

do Espinhaço Setentrional. Este cinturão corresponde ao limite ocidental do corredor do

Paramirim. O objetivo geral desse trabalho foi contribuir com o estudo geológico e

gemológico do Distrito de Brejinho das Ametistas, Bahia, alem de enriquecer o

conhecimento desse potencial geológico do território baiano, bem como dos critérios de

classificação e avaliação técnica das gemas e tratamento e beneficiamento das mesmas.

Como métodos de trabalho, foram realizadas pesquisa bibliográfica, trabalhos de

campo, análises químicas de amostras, caracterização gemológicas e tratamento de

dados estruturais. A partir dos dados levantados, pôde-se verificar que a mineralização

de ametista esta posicionada sobre fraturas de tração de baixo ângulo, estando estas

encaixadas nos metarenitos da formação Salto (Supergrupo Espinhaço. Tais fraturas

estão associadas com rampas de empurrão que se desenvolveram durante as

deformações que culminaram com a estruturação do cinturão de dobramentos e

cavalgamentos em questão. Desta forma, conclui-se que a mineralização possui um

controle estrutural. Quimicamente as amostras coletadas demonstraram altos teores de

sódio e ferro. Os resultados obtidos, aliados a presença de crostas ferruginosas

associadas com as fraturas sugerem que a causa da coloração da ametista é devido a

impurezas derivadas da família do ferro (FeO4? )-4.

Tal fato pode ser corroborado pela

associação espacial entre os depósitos de ferro e ametistas. Uma interação complexa

entre ferro e alumínio pode também ser responsável pela coloração, desde que notado

um elevado percentual de Al, presente na carapaça ferruginosa estudada. As

características gamológicas encontradas demonstram que as ametistas apresentam um

elevado potencial comercial, baseado nos Quatro C's (critério de avaliação). Para o

futuro sugere-se trabalhos de levantamentos Geológicos e Pesquisa Mineral, desde que

a exploração das ametistas vem apresentando significativas reduções e limitações nas

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suas atividades minero-industriais, seja pela parcial exaustão das reservas conhecidas,

ou pela necessidade de ampliá-las e , assim, incentivar novos investimento.

ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICOS DAS ROCHAS

ALCALINAS DA SERRA DAS PALMEIRAS, SUL DA BAHIA

MURILO DE ARAÚJO SANTIAGO

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA)

RESUMO

A Serra das Palmeiras está localizada nas proximidades do rio Pardo, possui forma

elíptica e situa-se poucos quilômetros do município de Potiraguá, sul o estado da Bahia.

É composto de rochas sieníticas, está inserida no stock Rio Pardo e encontra-se de

forma intrusiva nos gnaisses granulíticos Paleoproterozóico do cinturão Itabuna. Ambos

pertencem à Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA), de idade

neoproterozóica. Os sienitos são isotrópicos, faneríticos mésio a grossos, subsaturados

em sílica, com presença de feldspatóides como nefelina, cancrinita e sodalita. Possui

ainda em sua composição mineralógica feldspato alcalino pertitico, biotita, titanita,

albita, minerais opacos, pirita, apatita, hornblenda, carbonato e zircão. A partir do estudo

petrográfico, dividiu-se os sienitos em três faciologias: álcali feldspato sienito, nefelina

sienito e sodalita sienito. A fácies sodalita sienito está sempre associada as nefelina

sienito. A grnde maioria dos feldspatos alcalinos encontradas nas faciologias estudadas

exibem a textura de exsolução do tipo pertita, evidenciando, assim, o caráter

hipersolvus. Texturas de substituições são comuns em laminas, como a cancrinita e

sodalita substituindo a nefelina e sodalita à cancrinita. O estudo geoquímico relevou o

caráter peralcalino do magmatismo, além do enriquecimento dos óxidos de alumínio e

sódio, e do empobrecimento dos óxidos de ferro e potássio, à medida que ocorre o

empobrecimento em sílica, ou seja, o fracionamento magmático. Os elementos traços

mostram que as nefelina sienitos possuem elevados teores de cromo, zircônio, estrôncio

e zinco, enquanto que os sodalita sienitos e sodalititos apresentam as mais baixas

concentrações. Os elementos terras raras demonstraram o caráter cogenético entre as

faciologias.

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ESTUDO DA COMPOSIÇÃO DOS CLASTOS DO CONGLOMERADO DO

MEMBRO LAVRAS NA REGIÃO DE LENÇÓIS, CHAPADA DIAMANTINA,

BAHIA

NARA GOMES DE ARAÚJO GÓES

ORIENTADOR: DR. ANTÔNIO CAMPOS MAGALHÃES (PETROBRAS-UO/BA)

RESUMO

A área de estudo localiza-se na Chapada Diamantina na porção central do Estado da

Bahia, no entorno da cidade de Lençóis, que por vez, está inserida no Cráton São

Francisco (CSF; Almeida,1977). O CSF representa a parte em que o substrato de rochas

cristalinas com idade superior a 1.8 Ga, não foram envolvidas nas deformações do Ciclo

Brasiliano. A cidade de Lençóis foi fundada em 1845, em conseqüência da descoberta

dos diamantes que foi de brande importância econômica no século passado, hoje em

declínio, com a queda da produção, mas que ainda dura nos dias atuais. No entanto, o

forte da economia da cidade hoje é o turismo oferecendo belas cachoeiras, paisagens e

trilhas para seus visitantes. O membro Lavras objeto de estudo desse trabalho, ocorre no

topo da Formação Tombador, sendo representado por depósitos de leques aluviais e é

considerado o depósito do tipo secundário das mineralizações diamantíferas. Este

estudo objetiva analisar e representar o percentual da composição dos clastos do

Membro Lavras, classificando-os em extraclastos (oriundos da Cordilheira

Jacobina/Contendas-Mirante) e intraclastos provenientes da própria bacia. O estudo foi

realizado com a descrição e contagem dos clastos em 25 afloramentos ao longo do Rio

Lençóis. Cada ponto amostrado foi fotografado e levantadas as suas coordenadas e

altitude. O caminhamento foi realizado de forma a amostrar pontos do topo para a base

na estratigrafia das camadas de conglomerado. Através dos resultados obtidos com a

descrição da composição dos clastos foi possível traçar uma curva de tendência da

freqüência dos intraclastos, comprovando-se que existe a tendência de aumento da

quantidade dos intraclastos na madida em que se desce na estratigrafia. Desta forma

fortalece-se a hipótese do avanço da fonte dos conglomerados no sentido leste para

oeste, o que pode evidenciar um avanço de uma orogênese no mesmo sentido.

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CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E GEOQUÍMICA DOS FOID SIENITOS

DA PORÇÃO NORTE DO STOCK NEFELINA-SIENÍTICO RIO PARDO,

REGIÃO DE PALMARES, SUL DO ESTADO DA BAHIA

NILO PESTANA QUADROS

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA)

RESUMO

Os Foids sienitos da porção norte do stock nefelina-sienítico do Rio Pardo, sul do

Estado da Bahia, ocupam morros elipsoidais, em uma área total de cerca de 18Km². Este

stock encontra-se encaixados nos terrenos granulíticos do Cinturão Itabuna, e representa

um dos diversos corpos intrusivos alinhados da Província Alcalina do Sul do Estado da

Bahia - PASEBA, com idade neoproterozóica. As rochas alcalinas estudadas são

leucocráticas, faneríticas média a grossa, isotrópicas, compreendendo essencialmente

litotipos sieníticos com feldspatóides. Os estudos petrográficos permitiram a

identificação de três grupos litológicos, sendo eles: álcali-feldspato-sienitos, nefelina-

sienitos e sodalita-álcali-feldspato-sienitos. Sua mineralogia básica é formada por

plagioclásio sódico, ortoclásio e nefelina, e tendo como minerais assessórios: biotita,

cancrinita, carbonatos, titanita, minerais opacos, apatita, fluorita e zircão. Os estudos

litogeoquímicos apontam para um fracionamento marcado pela diminuição de sílica,

controlado por feldspato alcalino hipersolvus e minerais máficos. A evolução

identificada nos diagramas de tipo Harker é semelhante à encontrada para outros foids

sienitos da PASEBA, marcada pelo crescimento moderado em Na2O e Al2O3, com a

diminuição de sílica. A tendência da diferenciação das rochas alcalinas da região em

estudo, através de dados petrográficos e geoquímicos do magma, explica o seu

enriquecimento em sódio e alumínio, com aumento das atividades de cloreto (sodalita) e

gás carbônico (cancrinita e calcita).

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PETROGRAFIA DE NEFELINA E SODALITA SIENITOS DA INTRUSÃO

SIENÍTICA DO COMPLEXO ALCALINO FLORESTA AZUL, SUL DO

ESTADO DA BAHIA

NOELINDA RIBEIO SATOS

ORIENTADOR: DR. HERBERT CONCEIÇÃO (UFBA)

RESUMO

Na região centro-norte da Província Alcalina do Sul do estado da Bahia, encontra-se o

Complexo Alcalino Floresta Azul, que é um corpo ígneo de 200Km² alongado NE-SW,

constituído por uma intrusão sienítica e outra granítica, que estão em contato por falha.

Este batólito é intrusivo em granulitos arqueano-paleoproterozóicos do Cinturão

Itabuna. A Intrusão Sienítica localiza-se na parte sul do Complexo. Ela possui 45Km², é

constituída por sienitos com ou sem feldspatóides, cerca de 85% deste corpo. Esta

intrusão hospeda uma mineralização importante de sienitos azul (sodalita sienito) em

uma porção central, sendo circundada por nefelina sienito e sienito. Este estudo

investiga as relações geológicas e petrográficas entre os diferentes tipos de sienitos, com

o objetivo de compreender a evolução de suas cristalizações. Os dados obtidos até o

momento permitem identificar que os sodalitas sienitos ocorrem como faixas ou balões

pegmatíticos encaixados em nefelina sienitos, que são as rochas mais abundantes da

Intrusão. As relações destas rochas com sienitos encaixantes são complexas e sugerem

que a cristalização da sodalita se processa sob ação de forte pressão de fluidos. As

relações entre os minerais, observados ao microscópio, revelam que a cristalização dos

feldespatóides cancrinita e sodalita é normalmente acompanhada pela formação de

calcita, óxidos e zircão e pela desestabilização da nefelina e feldspato alcalino. Diante

do estudo realizado, foi observado que os cristais de sodalita e cancrinita desenvolvem-

se às custas da nefelina. A cinética do processo indica trata-se de fenômenos

metassomático, provavelmente envolvido em enriquecimento de cloreto de CO2. Foi

verificado que os tipos de sienitos da intrusão e as mudanças em sua mineralogia sejam

influenciadas pela assimilação das rochas do embasamento, na periferia, e o aumento de

feldspatóide indica que a assimilação foi limitada.

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PETROGRAFIA LITOGEOQUÍMICA DOS GRANULITOS SHOSHONÍTICOS

DA PARTE SUL DO ORÓGENO ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, BAHIA

NYEMER PIVETTA COSTA

ORIENTADOR: DR. JOHILDO FIGUEIREDO BARBOSA (UFBA)

RESUMO

O Orógeno Itabuna-Salvados-Curaçá, no sul do estado da Bahia possui quatro maciços

com filiação shoshonítica, metamorfisados no fácies granulito. Eles exibem uma

coloração cinza esverdeado e com textura porfiroblástica, por vezes granoblásticas a

lepidoblásticas, variando de média a grossa. A petrografia permitiu separar em três

litotipos distintos e toda extensão do maciço: (i) granulitos quartzo-monzoníticos, (ii)

granulito monzoníticos e (iii) granulitos monzodioríticos. Do ponto de vista petrográfico

essas amostras são constituídas principalmente de plagioclásio, k-feldspato,

ortopiroxênio, clinopiroxênio, quartzo e de minerais opacos. A litogequímica

corroborou a separação dos três litotipo identificados na petrografia. As análises

químicas mostram À natureza alcalina e a filiação shoshonítica para os granulitos

monzoníticos e monzodioríticos, enquanto que os granulitos quartzo-monzoníticos

confirmam uma tendência subalcalina de filiação cálcio alcalino de alto-K. As rochas

shoshoníticas estudadas nesta monografia são parecidas com rochas shoshoníticas de

outras partes do mundo, fato que pode ser identificado, tanto nos estudos petrográficos

quanto nos litogeoquímicos realizados.

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TERMÔMETROS GEOLÓGICOS EM CORAIS: O COMPORTAMENTO DA

RAZÃO SR/CA NO ESQUELETO DE MUSSISMILIA BRAZILIENSIS

PRISCILA MORTINS GONÇALVES

ORIENTADOR: DR. RUY KENJI PAPA DE KIKUCHI (UFBA)

ORIENTADORA: DRª TÂNIA MARIA FONSECA ARAÚJO (UFBA)

RESUMO

A aplicação dos princípios estratigráficos permite o estudo dos esqueletos coralinos

como termômetros geológicos. Tais esqueletos são construicos por acresção de

aragonita em camadas subseqüentes controladas pela densidade, as quais registram o

crescimento do organismo. Esta superposição cronológica de camadas de aragonita - um

principio essencial da estratigrafia - aliada ao conhecimento da taxa de crescimento

oferece a base para o desenvolvimento dos estudos dos corais como geotérmicos,

incluindo-se o presente estudado. Os esqueletos dos corais oferecem um rico arquivo da

variabilidade climática pretérita nos oceanos tropicais, onde as informações são

limitadas e onde nosso conhecimento da sensibilidade climatológica é incompleta. O

debate mundial sobre as mudanças climáticas renovou o interesse nos corais, já que os

seus esqueletos são arquivos naturais que registram informações sobre as condições

ambientais ao longo da sua construção. Estudos anteriormente conduzidos propõem que

a temperatura da superfície do mar (TSM) desempenhe um papel de controle na

incorporação, pelo esqueleto coralino, de elementos químicos como o Estrôncio (Sr) -

os quais substituem uma pequena proporção de cálcio(Ca) na estrutura da aragonita. O

objetivo desse estudo foi calibrar a razão Sr/Ca no coral Mussismilia braziliensis (Verril

1868), espécie que apresentou grande potencial como geotermômetro. As oitentas e seis

amostras do estudo foram retiradas de um testemunho de uma bioconstrução de corais

coletado na região de Abrolhos, Brasil, em novembro de 2003.

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HIDROQUÍMICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS DOS AQUÍFEROS

CÁRTSICOS DA REGIÃO DAS BACIAS HIDROGRÁFICAS DOS RIOS

VERDE, JACARÉ E SALITRE – BAHIA

REJANE LIMA LUCIANO

ORIENTAOR: DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)

RESUMO

A área de estudo está localizada na região das bacias hidrográficas dos rios Verde, acaré

e Salitre, na porção centro-norte do Estado da Bahia, semi-árido. As características

idroquímicas e a qualidade das águas subterrâneas dos domínios aqüíferos cársticos

desta área, cujo déficit hídrico é superior a 1.500mm/ano, são os objetivos deste

trabalho. Estes aqüíferos cársticos têm caráter heterogêneos e anisotrópicos. O fluxo de

água em sub-superfície está relacionado à falhas, fraturas e ao grau de carstificação dos

aqüíferos. A recarga sofre contribuição das águas da chuva e do aqüífero fissural

metassedimentar relacionados às rochas do Grupo Chapada Diamantina. A elevada

espessura do pacote de rocha carbonática para a as bacias dos rios Verde e Jacaré

(atingindo até 5-7km) juntamente com o tempo de percolação prolongado possibilita um

padrão de evolução hidroquímico de cloretada cálcica para bicarbonatada cálcica,

enquanto a menor espessura do pacote de rocha carbonática para a bacia do rio Salitre

(até 290m) somado ao menor tempo de percolação destas águas, em relação as duas

anteriores, possibilita um padrão de evolução hidroquímico de cloretada mista para

bicarbonatada mista. Os mapas de isoteores mostram que nas regiões onde a

condutividade elétrica é elevada as concentrações de sódio, potássio, cálcio, magnésio,

cloretos e sulfatos também são altas. De forma geral, as concentrações de carbonatos

estão associadas ao fluxo subterrâneo (aumenta para jusante) e as concentrações de

bicarbonato estão associadas a proximidade com as zonas de recarga. Os valores de

sódio, cloreto e potássio encontram-se acima do valor máximo permitido para consumo

humano segundo a Portaria no 518/2004 do Ministério da Saúde. Assim, de acordo com

estes parâmetros, estas águas podem ser consideradas impróprias para o consumo

humano.

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CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO GEOLÓGICO DO COMPLEXO

MÁFICO-ULTRAMÁFICO DE CAMPO ALEGRE DE LOURDES, BAHIA.

ENFOQUE ESPECIAL A PETROGEOQUÍMICA DOS ELEMENTOS MAIORES

TIAGO ALMIDA BARBOSA

ORIENTADOR: DR. MANOEL JERÔNIMO MOREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O complexo máfico-ultramáfico de Campo Alegre de Lourdes é um corpo máfico-

ultramáfico diferenciado, intrudido em rochas metamórficas de alto grau do Complexo

Gnaisses e Migmatitico, situado no extremo noroeste da Bahia. Estudos

petrogeoquímico através da aplicação do método CIPW permitiu caracterizar as rochas

genericamente denominadas Rochas Gabróicas pelos verdadeiros tipos líticos tais como:

Gabros, Granodioritos, Quartzo Monzogranito, sendo que na área as rochas foram

denominadas através das análises de campo como gabros, os outros nomes de rochas

foram classificadas através da aplicação do método CIPW. O estudo geoquímico dos

elementos maiores, sobretudo os elementos Fe, Mg, e Al permitiu caracterizar o

magmatismo formado do corpo ígneo como do tipo sub-alcalino, toleítico evoluído em

condições intracratônicas. O processo de acumulação magmática por efeitos gravitativos

permitiu o desenvolvimento de cumulatos bipartites ricos em Fe, que desenvolveu o

minério de rochas ricas em Fe-Ti (V) e por outra parte rico em Al, onde existem rochas

com tendências anortosíticas.

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MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2008.1

Page 49: 2005 a 2012.1

A SEDIMENTAÇÃO NA PLATAFORMA CONTINENTAL DO MUNICÍPIO DE

CONDE (LITORAL NORTE DA BAHIA) DESDE O ÚLTIMO MÁXIMO

GLACIAL: INTEGRAÇÃO DE DADOS SEDIMENTOLÓGICOS E

GEOFÍSICOS

ELISA NUNES SANTOS DA SILVA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal caracterizar a sedimentação na

plataforma continental do município de Conde (Litoral Norte da Bahia) desde o Último

Máximo Glacial (16.000-20.000 anos AP), a partir da integração de dados

sedimentológicos e geofísicos (sonar de varredura lateral e perfilador de sub-fundo).

Com esta finalidade, foram confeccionados o mapa de isópacas dos sedimentos

holocênicos e os mapas de fácies texturais e de composição dos sedimentos superficiais

de fundo. Estes dados foram integrados a batimetria, sendo também traçada a evolução

da inundação da plataforma continental do município de Conde e calculada as taxas de

sedimentação. As áreas de maior acúmulo de sedimentos correspondem à feição

denominada vale inciso do rio Itapicuru e aos paleocanais existentes na área, onde foi

possível perceber a geometria dos seus depósitos no mapa de isópacas. Os sedimentos

superficiais da plataforma continental do município de Conde são predominantemente

arenosos e cascalhosos, sendo encontrada lama apenas em frente à desembocadura do

rio Itapicuru e em depressões presente na plataforma em frente aos rios Itariri e

Itapicuru. São predominantemente bioclásticos, com altos teores de alga coralina. Sua

inundação após o Último Máximo Glacial (16.000 - 20.000 anos AP) teve início em

11.300 anos AP, sendo completamente afogada em 7.500 anos AP. As maiores taxas de

sedimentação foram atribuídas ao vale do rio Itapicuru e aos paleocanais. Para o melhor

detalhamento do estudo da sedimentação holocênica na plataforma continental do

município de Conde, recomenda-se a coleta de testemunhos, a fim de se estudar a

evolução estratigráfica da área. Para um aprofundamento no estudo do Vale Inciso do

Rio Itapicuru, é necessário o mapeamento de sua porção continental, com a realização

de furos de sondagem. Assim, poderá ser feita a integração da evolução quaternária da

zona costeira e plataforma continental adjacente.

Palavras-chave: Plataforma Continental; Município de Conde; Sedimentação

Holocênica; Sonar de Varredura Lateral; Perfilador de Sub-fundo; Vale Inciso do Rio

Itapicuru.

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PADRÕES DE DISPERSÃO DE SEDIMENTOS AO LONGO DO LITORAL

NORTE DO ESTADO DA BAHIA: SUBSÍDIOS PARA O GERENCIAMENTO

COSTEIRO

FABIANO CRUZ DO LIVRAMENTO

ORIENTADOR: DR. ABÍLIO CARLOS DA SILVA P. BITTENCOURT (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho tem como foco definir os padrões de dispersão de sedimentos ao

longo do litoral norte do Estado da Bahia, numa escala de aproximação três vezes maior

do que a utilização por Bittencourt et al. (2000), na tentativa de explicar os trechos

costeiros sob erosão aí existentes e de oferecer subsídios para os planos de

gerenciamento costeiro deste litoral. A estratégia metodológica constituem em: pesquisa

bibliográfica, fotointerpretação, definição do modelo de clima de ondas obtido apartir

de diagramas de refração de onda; modelagem numérica para o cálculo da derivada

efetiva; utilização dos dados relacionados ao comportamento deste litoral quanto a

evidencia de erosão, progadação ou equilíbrio; e viagem de reconhecimento de campo.

Como resultado da modelagem numérica, foi possível confirmar o padrão geral de

deriva litorânea efetiva definido por Bittencourt et al.(2000), caracterizado por uma

zona de divergência em que, aproximadamente, a metade norte do trecho costeiro

apresenta um sentido de derivada de SW para NE e, a metade sul, de NE para SW. Além

disso, o presente trabalho conseguiu discriminar 14 células de deriva, contra apenas

quatro definidas por aquelas autores, bem como localizar o ponto de divergência a cerca

de 16 Km abaixo do anteriormente definido por Bittencourt et al. (2000). O trecho

costeiro entre Barra do Itariri e Porto e Sauípe apresenta evidêcias de erosão contínuas

ao longo da linha da costa atual e corresponde à zona de divergência no sentido da

deriva efetiva, que é uma zona de déficit de sedimentos. Neste mesmo trecho, o

quaternário costeiro é praticamente inexistente, o que pode indicar que este segmento

tem uma tendência crônica a déficit de sedimentos. Desta forma, sugere-se políticas de

gerenciamento específicas para esta porção do litoral.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA ÁREA DO FAROL DA BARRA,

SALVADOR-BAHIA, BRASIL

JAILMA SANTOS DE SOUZA

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

A região que compreende o Farol da Barra, na cidade de Salvador, estado da Bahia, está

inserida no Cinturão Salvador-Esplanada, uma unidade tectônica alongada na direção

N45°, que apresenta uma história evolutiva complexa, com uma grande diversidade de

litotipos metamórficos de alto e médio grau, extremamente deformados em modo

polifásico. Na área de estudo foram identificados os seguintes litotipos: (i) rochas

ultramáficas e máficas granulitizadas, (ii) granulitos paraderivados, onde estão incluídos

os granulitos aluminosos, granitos granadíferos e os quartzitos com granada, (iii) as

rochas ortoderivadas representadas pelos granulitos tonalíticos (iv) os diques máficos, e

(v) os corpos e veios monzo-sienograníticos. As rochas encontram-se polideformadas no

estado dúctil apresentando, pelo menos, três fases deformacionais, onde primeira fase

deformou os litotipos presentes na área, estruturando uma foliação (Sn) paralela ao

bandamento gnáissico, onde as rochas mais competentes foram boudinadas, com

lineações de estiramento mineral, predominantemente, strike-slip e cinemática ora

dextral a dextral-reversa, ora sinistral-reversa. A segunda fase é caracterizada por zonas

de cisalhamento subverticais que ora se paralelizam, ora transectam os corpos

boudinformes, com lineações de estiramento mineral, de maneira geral, strike-slip e

cinemática predominantemente dextral. A terceira fase, de caráter menos penetrativo,

gerou uma foliação com alto ângulo de mergulho e lineação de estiramento mineral dip-

slip e cinemática reversa. Através do estudo das estruturas rúpteis obtiveram-se vários

conjuntos principais de falhas e fraturas, sendo que a Falha de Salvador está relacionada

ao sistema de fraturas N20º- N30º, a Falha da Barra ao conjunto de fraturas N80º- N90º

e o sistema N120º- N130º é paralelo às falhas transferentes da Bacia do Recôncavo.v

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA PORÇÃO

CENTRAL DO CINTURÃO DE DOBRAMENTOS E CAVALGAMENTOS DA

SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL, CAETITÉ, BAHIA

JOSÉ ELVIR SOARES ALVES

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O cinturão de dobramentos e cavalgamentos do Espinhaço Setentrional envolve as

unidades do supergrupo Espinhaço, de idade paleo-mesoproterozóica, plutônicas do

Complexo Lagoa Real, de idade 1.75 Ga e o embasamento do Bloco Gavião. O objetivo

geral desta monografia é proceder ao mapeamento geológico das cercanias da cidade de

Caetité, com ênfase na caracterização do arcabouço estrutural e estudo do

metamorfismo nas unidades da Formação Mosquito. Neste contexto, as unidades

mapeadas foram: i) metarenitos e metaconglomerados da Formação Salto; ii) augen -

gnaisses e sienitos do Complexo Lagoa Real; iii) associação de formação ferrífera,

rochas cálcio-silicáticas, quartzitos e xistos da Formação Mosquito. A paragênese

mineral metamórfica progressiva sin a tardi -tectônica observados na Formação

Mosquito é marcada por: estaurolita, anfibólio, cianita, biotita verde, quartzo, opacos,

calcita, quartzo, sugerindo condições de fáceis anfibolito em intervalo entre 520 e

660ºC, na zona da estaurolita. Por outro lado, a paragênese retrograda tardi -tectônica é

marcada por calcita, clorita, quartzo, anfibólio (actinolita) sugerindo condições de fácies

xisto verde com intervalos 300 e 400ºC, na zona de clorita. Nas unidades da Formação

Salto, a presença da sericita fina sugere condições de metamorfismo de fácies xisto

verde a subxisto-verde. Neste sentido, o metamorfismo diminui de leste para oeste. O

levantamento estrutural revelou a existência de três fases deformacionais. A primeira

fase (Fn-1) é marcada por foliação milonítica. Segunda fase (Fn) foi dividida em dois

estágios, o primeiro, Fn', é marcado por rampas de empurrão com vergência para W,

boudins de quartzos, dobras intrafoliais e de arrastos; o segundo, Fn'', está representado

por dobras regionais que estão associadas a zona de cisalhamento, em modelo clássico

de cinturões de dobramentos e cavalgamentos. A última fase, Fn+1, é marcada por

dobras em kinkbands e de crenulaçao, com desenvolvimento de clivagem. A assimetria

das primeiras sugerem vergência para leste. A evolução deformacional da área está

relacionada com regimes compressivos e distensivos que se sucederam, em que o

embasamento esteve envolvido na deformação da cobertura metassedimentar.

Palavras-chave: Formação Mosquito, metamorfismo e rampas de empurrão.

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CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS E ASPECTOS

METALOGENÉTICOS DO CORPO C-59, MINA FAZENDA BRASILEIRO,

BAHIA

LISÁLVARO LUCAS CHAVES COSTA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

A mina Fazenda Brasileiro está localizada na região nordeste do Estado da Bahia,

porção sul do Greenstone Belt do Rio Itapicuru, mais precisamente na Faixa Weber.

Essa faixa corresponde a uma zona de cisalhamento com mais de 8 km de extensão,

orientada segundo E-W, mergulhando cerca de 45° para sul. Trata-se de um dos mais

importantes depósitos de ouro orogênico do Brasil. O Corpo C-59 encontra-se a uma

profundidade de 590 m da superfície, apresentando recursos lavráveis da ordem de

69.252,6 t de minério, com o teor médio de 5,26 g Au\t. Situase entre as rochas das

seqüências Fazenda Canto (MPV) e Fazenda Brasileiro (CLX). Durante o mapeamento

geológico foram identificados dois tipos de veios mineralizados: (i) veios paralelos a

subparalelos a foliação e (ii) veios discordantes, apresentando composição mineral e

teores de ouro, fortemente controlados pelas encaixantes, evidenciando o papel das

encaixantes no processo mineralizador, resultante da interação fluido\rocha. Os estudos

petrográficos mostraram que o ouro encontra-se como partículas finas variando de 5 μm

a 200 μm, apresentando-se incluso nas bordas e preenchendo microfraturas nas

arsenopiritas, além de ocorrer partículas livres nos veios de quartzo. A paragênese de

alteração hidrotermal é formada por quartzo - clorita - sericita - sulfeto - carbonato -

albita ± biotita ± muscovita ± ilmenita ± rutilo resultantes de processos de cloritização,

silicificação, sericitização, sulfetação, carbonatação e albitização. Foram observadas

duas fases principais de mineralização, a primeira é caracterizada por apresentar ouro

incluso nas arsenopiritas, em paragênese com pirrotita, calcopirita e pirita

(remobilizadas), e nos veios concordantes de quartzo e quartzo-carbonato. E a segunda,

por apresentar partículas de ouro preenchendo microfraturas nas arsenopiritas e nos

veios. A nível de corpo de minério, outros controles podem ter influenciado nas

distribuições e concentrações de ouro, destacando-se: (i) controle mineralógico

relacionado, principalmente, à presença de arsenopirita; (ii) controle estrutural

associado às zonas de charneira das dobras de segunda fase (Fn'); e (iii) controle

associado às alterações hidrotermais (cloritização, silicificação, carbonatação,

sericitização).

Palavras-chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Mina Fazenda Brasileiro, Depósitos

de Ouro Orogênico.

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MONITORAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS EM ÁREAS DE

DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS: O CASO DO ATERRO

METROPOLITANO CENTRO - SALVADOR – BAHIA

LUCIANO AUGUSTO CRUZ DOS SANTOS

ORIENADOR: DR. LUIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)

RESUMO

Em áreas de deposição final de resíduos sólidos existe uma grande preocupação com a

contaminação dos recursos hídricos por chorume proveniente do lixo. O monitoramento

contínuo das águas tanto superficiais quanto subterrâneas se faz necessário para a

identificação e prevenção de possíveis danos aos recursos hídricos e ao meio ambiente

em geral. O presente trabalho teve como principal objetivo avaliar as principais

metodologias e parâmetros usados para monitorar os recursos hídricos em áreas de

disposição de resíduos sólidos urbanos e possíveis danos ambientais causados pelo

vazamento de chorume ocorrido no dia 14 de janeiro de 2007 no Aterro Metropolitano

Centro (AMC) da cidade de salvador. O trabalho foi realizado na área do AMC

localizado na bacia hidrográfica do rio Ipitanga e que recebe todo lixo produzido pelos

municípios da Região Metropolitana de Salvador. A partir de análises físico-químicas e

microbiológicas das águas superficiais da área estudada (ex: Condutividade Elétrica,

DBO, DQO, OD, fenol, nitrato) foi possível observar que logo após o vazamento de

chorume houve alterações na composição das águas. Entretanto, após cerca de uma

semana do vazamento, as concentrações dos elementos voltaram aos valores normais

para a região dentro dos limites estabelecidos pela legislação vigente.

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CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DOS SODALITA

NEFELINA SIENITOS DA PEDREIRA BANANEIRA, SUL DO ESTADO DA

BAHIA

MANOEL TEXEIRA DE QUEIROZ NETO

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)

RESUMO

O Maciço Nefelina Sienítico Rio Pardo (732 Ma) localiza-se na porção sul da Província

Alcalina do Sul do Estado da Bahia (PASEBA), próximo à cidade de Potiraguá. Ele é

intrusivo em rochas metamórficas de alto grau, com contatos marcados por falhas. Este

corpo hospeda vários sítios mineralizados em sodalita sienito de cor azul e essa

monografia apresenta as características geológicas, petrográficas e litogeoquímicas da

Pedreira Bananeira, que se localiza na Serra de Anápolis, na região norte do maciço.

Três fácies petrográficas foram identificadas no sítio estudado: sienítica, nefelina

sienítica e sodalita sienítica. Estas rochas apresentam granulação média a grossa, são,

por vezes, inequigranulares com matriz (<8% do volume) constituída essencialmente

por albita e microclina. Apresentam-se normalmente isotrópicas, podendo algumas delas

exibir estruturas de fluxo magmático marcadas pelo alinhamento de minerais máficos

ou de prismas de feldspato. O feldspatóide dominante nos principais tipos de sienitos é a

nefelina que tem forma subédrica a anédrica, ocorrendo normalmente de forma

intersticial e que mostra-se usualmente transformada para cancrinita. A sodalita ocorre

anédrica e mostra feições indicativas de substituir a nefelina. Os feldspatos alcalinos são

microclina e albita, ambos podendo apresentar exsoluções. A biotita é o máfico

dominante, embora tenha-se identificado em algumas rochas riebequita, aegirina e

hornblenda. Os minerais acessórios nas rochas estudadas são titanita, minerais opacos,

carbonato e zircão. Os dados químicos permitiram identificar que os sienitos estudados

são rochas com elevado percentual de nefelina normativa e que tem o índice de Shand

variando de peralcalino a peraluminoso. A evolução química identificada é marcada

pelo decréscimo de sílica e o aumento importante de álcalis, particularmente do sódio, e

alumínio durante o fracionamento. Este padrão é usual nessa província alcalina.

Palavras-Chave: Sodalita, Nefelina, Sienitos, PASEBA

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ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES

METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS DA

REGIÃO CENTRO-NORTE DA SERRA DE JACOBINA/BAHIA,

COMPREENDENDO OS CORPOS DE CAMPO FORMOSO, CARNAÍBA,

JAGUARARI E FLAMENGO

PATRÍA CAMPINHO DIAS PASSOS

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO AS SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Os plutões graníticos proterozóico da região da Serra de Jacobina, disposto em direção

aproximadamente o meridional, são interpretados como um magmatismo crustal,

produzido pela colisão de blocos continentais que estruturam o Cinturão Contendas-

Jacobina. Na parte norte deste cinturão foi possível identificar parâmetros

geotectônicos, petrográficos e geoquímicos para classificar e comparar o potencial

metalogênetico dos granitóides de Campo Formoso, Carnaíba, Jaguarari e Flamengo. Os

granitóides estudados apresentam composições mineralógicas semelhantes, destacando-

se basicamente os minerais de microclina, plagioclásio, quartzo, biotita, moscovita e

minerais opacos. Os estudos litogeoquímicos apontam que estes granitóides são do tipo

S, de origem sedimentar pelítica, de ambientes orogênicos transicionais, cálcio-

alcalinos. Baseado em critérios geoquímicos, mineralógicos e petrográficos, os

granitóides de Flamengo, Jaguarari e Campo Formoso não apresentam características

favoráveis para possíveis mineralizações, somente o granitóide de Carnaíba obtém um

alto potencial metalogênetico, caracterizado pelas mineralizações de esmeralda e

molibdenita.

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GEOLOGIA E LITOGEOQUÍMICA DO SILL DO RIO JACARÉ

RAMILLE DANIELE PINTO RAIMUNDO

ORIENADOR: DR. JOHLIDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)

RESUMO

O Sill do Rio Jacaré, localizado no centro-leste do estado da Bahia, caracteriza-se como

uma intrusão máfica-ultramáfica acamadada. Faz contato a Leste com as rochas do

Bloco Jequié e a oeste com o Greenstone Belt de Contendas-Mirante. Foram estudadas

as rochas metamórficas encaixantes do Sill e o corpo máficoultramáfico propriamente

dito, sobretudo nos alvos Fazenda Gulçari A e Fazenda Novo Amparo, utilizado como

base, dados geoquímico de trabalhos anteriores e aqueles fornecidos pela Largo

Mineração LTDA. Os litotipos identificados no Sill foram, da base para o topo: meta-

piroxenito, meta-magnetita-piroxenito, metamagnetitito, meta-gabro de leste e meta-

anortosito. Com relação aos meta-gabros que ocorrem no lado oeste, a geologia de

campo e os dados geoquímicos, sobretudo ao Elementos Terras Raras sugerem que eles

não fazem parte do Sill. Todas estão deformadas segundo o “trend” regional N10ºE e

reequilíbradas na fácies anfibolito. Os meta-magnetititos do alvo Fazenda Gulçari A são

os portadores de importante reserva em teor médio de magnetita vanadífera do Sill. A

geoquímica demonstra que o magma que originou as litologias do Sill do Rio Jacaré, era

muito enriquecido em ferro e empobrecido em magnésio, tratando-se de um magma

toleiítico bastante diferenciado. Em comparação com as rochas da intrusão acamadada

de Skaegaard o Sill do Rio Jacaré apresentou trends similares.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTUAL MULTIESCALAR

DA PORÇÃO SUL DO DOMO DE SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO

RIO ITAPICURU, BAHIA

RODRIGO MARTINS MENEZES

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUIERA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O Greenstone Belt do Rio Itapicuru (GBRI) é uma seqüência metavulcanossedimentar

paleoproterozóica localizada no nordeste do Cráton do São Francisco (CSF). O trabalho

teve como objetivo o mapeamento geológico em escala de detalhe (1:10.000) da porção

sul do Domo de Salgadália. O método de trabalho envolveu pesquisa bibliográfica,

sensoriamento remoto, compilação de dados aerogeofísicos, mapeamento geológico

básico, petrografia (clássica e microestrutural) e análise estrutural multiescalar. O

embasamento da área é formado por gnaisses miloníticos e metapelitos miloníticos do

Complexo Santa Luz, sobrepostos às rochas supracrustais do GBRI: i) metabasaltos, ii)

metavulcânicas félsicas e iii) metassedimentos. Essa seqüência supracrustal foi intrudida

por um magnetita-biotita granodiorito que foi subdividido em três tectonofácies

relacionadas com a intensidade de deformação, são elas: granodiorito ultramilonítico,

granodiorito augen milonítico e granodiorito augen milonítico rico em biotita. Algumas

rochas de posicionamento duvidoso foram encontradas, quais sejam, migmatitos

inseridos nos Granodioritos Salgadália, enclaves anfibolíticos, tonalitos/thondjemitos

miloníticos e monzogranodioritos miloníticos. Tais migmatitos podem representar

xenólitos do embasamento relictos dos processos de fusão ou até regiões do corpo que

chegaram a migmatizar. Toda essa seqüência de rochas apresenta uma estruturação geral

meridiana antiformal dômica com dobras assimétricas com vergência centrípeta na qual

os granodioritos Salgadália encontram-se no eixo. O Domo de Salgadália está

posicionado na transição entre dois setores regionais distintos. O primeiro é marcado

por um conjunto de feições estruturais com orientação geral segundo ENE-WSW, com

movimentos, em geral, dextral-reverso a reverso-sinistral, ao passo que o segundo

compreende um conjunto de estruturas submeridianas, em que predominam movimento

sinistral-reverso. Tais domínios são cronocorrelatos e foram interpretados como

produtos de uma competição entre a tectônica regional do Orógeno Salvador-Curaçá e a

tectônica local de domos do GBRI. Três fases deformacionais foram identificadas,

denominadas Fn-1, marcada por uma superfície Sn-1, Fn, que representa a fase

deformacional dominante associada com a colocação do granodiorito e com a geração

de foliação milonítica, lineação de estiramento, duplexes, rampas de empurrão e veios

de quartzo e calcita. Esse conjunto de estruturas está associado com campo

compressional, cuja vergência é centrífuga em direção ao eixo do Domo de Salgadália.

O estudo petrológico permitiu verificar que o grau metamórfico diminui

centrifugamente a partir dos granodioritos Salgadália, desde a fácies anfibolito até xisto-

verde. Nos extremos oeste e sul o metamorfismo volta aumentar para anfibolito nas

rochas do Complexo Santa Luz. Este evento metamórfico principal está associado com

processos de recristalização de feldspatos, que necessitam de condições mínimas de

550oC. Por ultimo ocorreu um evento metamórfico-hidrotermal incipiente que afeta as

rochas da área formando reações de hidrólise dos feldspatos e cloritização das

hornblendas, biotitas e magnetitas.

Palavras-chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, mapeamento geológico, análise

estrutural, Domo de Salgadália, geologia da Bahia.

Page 59: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DO COMPLEXO

ITAPETINGA, NOS MUNICÍPIOS DE POTIRAGUÁ E ITARANTIM, SUL DO

ESTADO DA BAHIA

ROSENILDA CERQUEIRA DA PAIXÃO

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)

RESUMO

O Complexo Itapetinga localiza-se na Faixa de Dobramento Araçuaí, sul do estado

Bahia, na zona limítrofe com o Cráton São Francisco, nas proximidades dos municípios

de Potiraguá e Itarantim. É constituído por gnaisses, geralmente migmatizados, de

composição sieno-granítica, monzo-granítica e álcali-feldspato granítica, que compõem

o embasamento arqueano-paleoproterozóico da Província Alcalina do Sul do Estado da

Bahia (PASEBA). A partir dos estudos petrográficos as rochas foram classificadas em

rochas do Complexo Itapetinga em cinco litotipos: hornblenda biotita gnaisse, biotita

gnaisse, moscovita gnaisse, granito gnáissico e mármore calcítico. As rochas gnáissicas

do Complexo Itapetinga exibem estruturação em bandas, textura granoblástica e são

constituídos essencialmente por microclina, quartzo e oligoclásio. Os máficos

dominantes são hornblenda, biotita e encontram-se associados aos minerais opacos,

clorita e titanita. Moscovita, zircão, allanita e apatita ocorrem como acessórios. O

moscovita gnaisse mostra granulação fina e é constituído predominantemente por

moscovita e quartzo. O mármore calcítico exibe textura granoblástica grossa e contém

grão subidioblásticos de calcita e quartzo xenoblástico. As análises químicas revelam

que as rochas apresentam altos conteúdos de SiO2? (71-78%) e classificam-se como

granitos predominantemente, peraluminoso. Os elementos traços caracterizam-se por

elevados valores de Zr (9-150 ppm), Ba (13-998 ppm), Cr (3-143 ppm), La (10-642

ppm) e Ce (10 1156 ppm). Os dados litogeoquímicos apontam para um protólito ígneo

de afinidades cálcio-alcalina alto K ou alcalina.

Palavras-Chave: Complexo Itapetinga, PASEBA, petrografia, geoquímica.

Page 60: 2005 a 2012.1

ASPECTOS PETROGRÁFICOS E LITOGEOQUÍMICA DO COMPLEXO

IBICUÍ-IPIAÚ NA REGIÃO DE POTIRAGUÁ, SUL DO ESTADO DA BAHIA

SÂMIA DE OLIVEIRA SILVA

ORIENTADORA: DRª. MARIA DE LOURDES DA SILVA ROSA (UFBA-UFS)

RESUMO

As rochas arqueano-paleoproterozóicas do Complexo Ibicuí-Ipiaú que ocorrem no

município de Potiraguá pertencem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e representam

parte do embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Elas são em

geral de coloração cinza esverdeados, bandadas, anisotrópicas de granulação média a

grossa. Os estudos petrográficos permitiram dividir estas rochas em três conjuntos:

biotita gnaisses, gnaisses e anfibolitos. Elas são predominantemente leucocráticas e de

composições monzograníticas e granodioríticas. Os gnaisses são compostos por quartzo,

andesina, feldspato alcalino pertítico, diopsídio, epídoto, clorita, carbonato, apatita,

titanita, minerais opacos e zircão. O anfibolito é composto essencialmente por

honblenda e, possui minerais opacos como acessórios, sendo denominado de

hornblendito. Os dados químicos mostram que estas rochas, de forma geral, apresentam

pouca variação nos conteúdos de SiO2? (62 a 67%), são metaluminosas e encontramse

distribuídas entre as séries toleítica, cálcio-alcalina e cálcio-alcalina alto K. O

horblendito tem os teores mais elevados de Cr (658 ppm), V (167 ppm) e Cu (555 ppm).

Os biotita gnaisses possuem os conteúdos elevados de Zr (122 ppm), Y (57 ppm), Sr

(811 ppm), Ba (2205 ppm) e Zn (129 ppm). O fácies gnaisse tem altos conteúdos de La

(229 ppm) e Ce (408 ppm).

Palavras-chave: Complexo Ibicuí-Ipiaú, Potiraguá, petrografia, litogeoquímica.

Page 61: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA DAS ROCHAS

GRANULÍTICAS DO COMPLEXO IBICARAÍ, NO MUNICÍPIO DE

POTIRAGUÁ, SUL DA BAHIA

TIAGO SATANA COSTA

ORIENTADORA: DRª MARIA DE LOURDES AS SILVA ROSA (UFBA-UFS)

RESUMO

As rochas arqueano-paleoproterozóicas do Complexo Ibicaraí que estão localizadas a

leste do município de Potiraguá pertencem ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá e

representam parte do embasamento da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia.

Elas são em geral de coloração cinza esverdeados, por vezes bandadas, isotrópicas,

faneríticas e de granulação fina a média. A partir dos estudos petrográficos, dividiram-se

as rochas em três conjuntos: anfibolito gnaisse, granodiorito gnaisse gnaisses e rochas

alcalinas. Os anfibolitos gnaisse exibem coloração cinza acastanhado, textura fina a

média, sendo compostos principalmente por hornblenda, tremolita, epídoto, allanita,

plagioclásio, feldspato alcalino, biotita e quartzo. Os granodioritos gnaisse exibem

coloração acinzentada, possuem textura inequigranular, granulação média a grossa,

sendo constituído por quartzo, plagioclásio, feldspato alcalino, biotita e riebeckita. As

rochas alcalinas são traquito e sienito, exibem coloração clara, estrutura maciça, são

faneríticas finas, tendo como minerais principais feldspato alcalino, riebeckita, aegerina

e biotita Os dados litogeoquímicos mostram que os conjuntos gnaíssicos são

metaluminosos e predominantemente sub-alcalinos. Os anfibolitos têm composição

gabróica com altos teores de Cr e Ni. As rochas granodioríticas são de natureza cálcio-

alcalina e conteúdos elevados de Sr e Ba. As litologias alcalinas são peraluminosas a

peralcalinas e ricas em ETRL.

Palavras-chave: Complexo Ibicaraí, Potiraguá, petrografia, litogeoquímica.

Page 62: 2005 a 2012.1

ESTUDOS GEOQUÍMICOS E EM CONCENTRADOS DE BATEIA NA

REGIÃO DO GRANITO DE CAMPO FORMOSO, BAHIA

TIAGO XIMENES CABRAL DUTRA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HARLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho apresenta os resultados de prospeccao geoquimica em sedimentos de

corrente e concentrados de bateia realizados na area de exposicao do granito de Campo

Formoso que, em principio, apresenta feicoes litologicas, estruturais e geotectonicas

favoraveis a existencia de mineralizacoes tipicas do magmatismo plutonico acido, alem

de registros anteriores que indicaram a presenca de wolframita no dominio espacial

deste granito. Os resultados geoquimicos e mineralogicos obtidos nao apresentam

valores significativos para os elementos pesquisados (W, Sn, Mo, Nb, Ta, Be),

indicando uma baixa potencialidade de mineralizacoes para o granito de Campo

Formoso. Entretanto em alguns pontos localizados restritamente, observam-se valores

relativamente elevados de estanho, zinco, chumbo, niobio e ouro que sao recomendados

para investigacoes mais detalhadas. A coerente correlacao verificada entre a geoquimica

e os concentrados de bateia com as litologias da area estudada possibilita a utilizacao

destes parametros como subsidio ao mapeamento geologico.

Palavras-chave: Sedimento de Corrente; Concentrados de Bateia; Granito de Campo

Formoso.

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OS CORPOS DE PEGMATITOS DE CASTRO ALVES, ESTADO DA BAHIA, E

SUAS RELAÇÕES COM AS ROCHAS ENCAIXANTES

UYARA CABRAL MAHADO

ORIENTADORA: DRª: ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

Nos arredores da cidade de Castro Alves, em terrenos de alto grau metamórfico do

denominado Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá situa-se a segunda mais potente distrito

de pegmatitos do Estado da Bahia. Desse corpos é extraída grande quantidade de

feldspato, utilizado na cerâmica e de quartzo leitoso, este último aproveitado em grande

escala para a siderúrgica. Embora importante do ponto de vista econômico, esse distrito

pegmatítico não foi ainda estudado em detalhe fato que mantêm ainda o seu contexto

geológico relativamente desconhecido do ponto de vista metalogenético. O presente

trabalho expõe dados preliminares de pesquisas que estão sendo realizadas nessas

províncias tendo o apoio da CBPM- Companhia Baianas de Pesquisa Mineral e da

UFBA - Universidade Federal da Bahia. Com base nos trabalhos realizados até o

momento, foi possível separar na área dois conjuntos de litologias, ambos separados por

importantes zonas de cisalhamento: (i) rochas enderbíticas-charno-enderbiticas (fácies

granulito), (ii) rochas charnockíticas, (iii) rochas ortogonássicas-migmatíticas (fácies

anfibolito alto) e (iv) rochas granitóides. No caso das rochas charnockíticas destacam-se

das outras em função de seus aspectos morfológicos visto que elas apresentam-se com

relevo acidentado, formando extensas serras e com boas exposição sob a forma de

lajedos. São rochas de coloração rósea a castanha, granulação média a grossa,

apresentam texturas granoblásticas a nematoblástica sendo constituídas por

mesopertita/microclina, quartzo, plagioclásio, hornblenda, minerais opacos,biotita e

traços de zircão, alanita e, subordinadamente, por hiperstênio, titanita e apatita. As

rochas enderbíticas-charnockíticas formam um relevo suavemente ondulado e, assim

como as anteriores estão também expostas em extensos lajedos. São de cor cinza claro a

esverdeado, de granulação média, por vezes com vênulas e veios qurtzo-feldspáticos,

apresentando textura granoblástica, com mesopertita/microclina, plagioclásio, quartzo,

hiperstênio, biotita e traços.

Page 64: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2008.2

Page 65: 2005 a 2012.1

GEOLOGIA, PETROGRAFIA E EVOLUÇÃO METAMÓRFICA DAS ROCHAS

META-KOMATIÍTICAS DA UNIDADE INFERIOR DO GREENSTONE BELT

DE UMBURANAS, BAHIA, BRASIL

ANDRE LUIZ DIAS SANTOS

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

O objetivo deste estudo é a caracterização litofaciológica dos sedimentos da Formação

Salvador que afloram nas proximidades do Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat, no

bairro da Ribeira em Salvador, na parte sul da Bacia do Recôncavo. Neste afloramento,

esta formação é constituída por intercalações de níveis de conglomerados, arenitos e

lamitos. Os conglomerados são polimíticos, formados basicamente por clastos de

constituintes do Alto de Salvador (mais velhos) e, por extraclastos de carbonatos da

Formação Estância (mais novos), com granulometrias que variam de grânulo a matacão.

Podem ser observados ortoconglomerados e paraconglomerados, com matriz areia

grossa e, em muitos é observada grano-decrescência ascendente em seus estratos. Em

lâmina os carbonatos da Formação Estância são classificados como:

Doloespatito/Microdoloespatito totalmente dolomitizados, Calcarenito espático

oncolítico neomorfizado e dolomitizado, e, Calcilutito peloidal neomorfizado. Os níveis

de arenitos ocorrem como camadas decimétricas a centimétricas, com S0 N125/30SE e

N164/20SE, apresentam coloração bege-amarelada, e exibem estruturas do tipo escape

de fluidos, tipo Dish, dobras convolutas, estruturas que revelam altas concentrações de

fluidos no seu ambiente deposicional. Como estruturas deformacionais, algumas

camadas exibem dois sistemas de fraturas contemporâneas, N100/85SW e N145/85SW.

Também foram observadas nos níveis de arenito, Shear Band s ou bandas de

deformação, onde em algumas foi encontrado possível óleo biodegradado.

Petrograficamente são classificados, segundo Folk (1970) como: sub-arcósio a sub-

arcósio calcítico. Níveis de lamito cinza-esverdeado ocorrem entre camadas de

conglomerado, geralmente apresentam-se bastante intemperizados, dificultando a

identificação de suas estruturas primárias. Na determinação das paleocorrentes, a partir

da medida do eixo menor dos clastos, eixo Z, observa-se que os conglomerados

constituídos por clastos do embasamento apresentam paleocorrente com orientação

sudoeste enquanto que, os conglomerados que apresentam clastos da Fm. Estância

indicam apresentam paleocorrentes com orientação sul e sudoeste. Essas informações

indicam que as fontes dos sedimentos estavam, respectivamente, a NE e a NNE da

posição atualmente ocupada pelos pacotes sedimentares.

Page 66: 2005 a 2012.1

QUÍMICA MINERAL E PETROGRAFIA DO STOCK DO RIO PARDO, SUL DO

ESTADO DA BAHIA

CARLITO NEVES SANTOS

ORIENTADOR: DR. HERBERT CONCEIÇÃO (UFBA-CPGG)

RESUMO

Esse estudo foca a química mineral e petrografia de rochas representativas do Stock

Nefelina Sienítico Rio Pardo, que constitui um dos corpos mais interessantes da

Província Alcalina do Sul da Bahia. O Stock Nefelina Sienítico Rio Pardo, de idade

neoproterozóica, é intrusivo em metamorfitos arqueano-paleoproterozóico, com área de

18 km2, mantém contatos por falha com essas rochas. Ele é essencialmente constituído

por sienitos com ou sem nefelina, nefelina sienitos, sodalita nefelina sienitos que são

cortados por diques alcalinos. Nesse estudo desenvolveu-se inicialmente levantamento

de dados bibliográficos, seguido de estudo petrográfico de quatro rochas representativas

deste corpo e o tratamento de dados químicos de minerais. Nesse contexto, foram

tratadas 45 análises no total dos seguintes minerais: feldspato alcalino, nefelina,

aegirina, magnetita, anfibólios, biotita e cancrinita. As relações texturais observadas

revelam que nessas rochas tem-se inicialmente cristalizado o feldspato alcalino, seguido

pelo anfibólio, biotita e nefelina. A sodalita, cancrinita, titanita e carbonato foram-se

pela interação de fluidos peralcalinos nos estágios finais da cristalização do magma

fonolítico. Os dados químicos evidenciam uma evolução dos piroxênios sódicos, de

aegirina augita para aegirina, revelando aumento de alcalinidade sódica. Os anfibólios

mostram evolução de ferropargasita e hastingsita para um anfibólio alcalino mais tardio,

a taramita. A biotita exibe evolução marcada pelo enriquecimento em ferro e alumínio,

tendo aumento na molécula de siderofilita. A nefelina apresenta composição compatível

com reequilibrio a baixas temperatusa (<500o C) sendo essas condições presentes no

feldspatos alcalinos que são praticamente puros (abita e ortoclásio).

Page 67: 2005 a 2012.1

ESTUDOS SOBRE AS POTENCIALIDADES E ESPECIALIZAÇÕES

METALOGENÉTICAS DOS GRANITÓIDES PALEOPROTEROZÓICOS DA

REGIÃO CENTRO-SUL DA SERRA DE JACOBINA-BA, GRANITÓIDES DE

MIGUEL CALMON E MIRANGABA

CARLOS EMANOEL T. DE SANTANA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Os granitóides paleoproterózoicos em estudo localizam-se na porção centro-sul da Serra

de Jacobina, compreendendo os Granitóides de Miguel Calmon (GMC) e Mirangaba

(GMR). São corpos intrusivos no Complexo Mairi, estando associados ao Complexo

Itapicuru, Grupo Jacobina e a Formações Superficiais. Constituem-se de corpos

alongados, muito homogêneos, onde predominam granodioritos e monzonitos de

coloração rosa a cinza, em geral porfiríticos, sendo a paragênese principal constituída de

plagioclásio, quartzo, microclina, biotita, moscovita e minerais opacos. Os dados

geoquímicos posicionaram-nos como granitos pós-orogênicos, sendo o GMC tipo I e o

GMR do tipo S. São fracamente peraluminosos, do tipo subsolvs da serie cálcio-

alcalina. Através de parâmetros geológicos, petrográficos, geoquímicos e geotectônicos

foi possível classificar e comparar a especialização e o potencial metalogênetico dos

granitóides, onde o Granitóide de Miguel Calmon apresenta-se com baixo potencial

metalogenético, enquanto o Granitóide de Mirangaba classifica-se como de bom

potencial metalogenético, particularmente para mineralizações de wolfrâmio.

Page 68: 2005 a 2012.1

OCORRÊNCIA DE BARITA NO GRUPO BARREIRAS - LITORAL NORTE DO

ESTADO DA BAHIA

CRISTIANE MACIEL DE LIMA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

A ocorrência da Barita de Conde aflora num corte de estrada ao longo da BA-099

(Linha Verde), no km 142, no sentido Salvador Aracaju e esta inserida em uma lente de

argilito do grupo Barreiras. Esta ocorrência de barita no grupo Barreiras é um fato

inédito na metalogênese do Estado da Bahia, uma vez que nesta unidade geológica, até

então, não se conhecia a presença de barita, o que trouxe questionamentos quanto às

condições ambientas para a gênese desta ocorrência. O grupo Barreiras que já foi

estudado por diversos autores, que ao descreverem a estratigrafia das suas unidades

litológicas em diversos locais na costa do Brasil, observaram que seus ambientes de

sedimentação podem variar desde continental, fluvial e lacustrino até o ambiente

marinho. Além de acrescentar uma novidade à metalogênese do período Terciário no

Estado da Bahia, os resultados deste trabalho também contribuem para a caracterização

e evolução de parte dos ambientes geológicos durante a deposição do grupo Barreiras.

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BANCO DE DADOS GEORREFERENCIADOS DO SEGMENTO ONSHORE

DE PETRÓLEO E GÁS DA BAHIA

DENIS ALVES FARIA

ORIENTADOR: DR. DONEIVAN F. FERREIRA (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo principal a criação da Ferramenta SIGPETRO-

BA, um banco de dados georeferenciado baseado no Sistema de Informação Geográfica

(SIG) para o Segmento Upstream Onshore do Estado da Bahia. O SIGPETRO-BA

pretende fornecer ao Setor de Petróleo e Gás (1) uma ferramenta computacional

dinâmica, possibilitando sua atualização e aperfeiçoamento constante, e (2) uma

ferramenta prática, possibilitando seu acesso rápido e "amigável" para usuários em

diversos níveis de conhecimento. Ao longo desse trabalho de graduação, foi

desenvolvida uma versão preliminar do SIGPETRO-BA. Essa versão será aprimorada,

ampliada e transformada em uma ferramenta on-line em uma etapa posterior. No

entanto, essa versão preliminar já é inteiramente funcional e constitui-se em uma

contribuição significativa para diversos atores do segmento upstream onshore do Estado

incluindo as seguintes categorias de informações sistematizadas ( layers): (1) os ring

fences em áreas de produção com acumulações marginais de petróleo e gás natural na

Bacia do Recôncavo (áreas sob concessão de pequenos operadores ou em posse da ANP

após terem sido devolvidas pela PETROBRAS); (2) os ring fences em áreas maduras;

(3) outras áreas de produção onshore; (4) fronteiras exploratórias (Blocos e Áreas

indicadas para os Leilões de Concessão); (5) o posicionamento georeferenciado e a

caracterização de todos os poços da Bahia; (6) a caracterização físico-química dos óleos

produzidos (Grau API); (7) a caracterização geológica das rochas aflorastes; (8) dados

sobre a infra-estrutura de escoamento e transporte da produção (dutos); e (9) dados

sobre a geografia política das áreas e suas respectivas infra-estruturas viárias; (10) dados

sobre a eletrificação local. O desenvolvimento do SIGPETRO-BA foi dividido em três

etapas: (1) o SIGPETRO-BA Versão BETA-1.0 (protótipo desenvolvido durante a

graduação para ser testado e aperfeiçoado na Academia); (2) o SIGPETRO-BA Versão

PRO-1.1, (ainda em desenvolvimento e destinado ao acesso restrito on-line de parceiros

do projeto); e (3) o SIGPETRO-BA Versão SERV-1.1 (em fase de planejamento e

direcionado a empresas e órgãos públicos como ferramenta para planejamento e

estabelecimento de infra-estrutura urbana ou rodoviária).

Page 70: 2005 a 2012.1

ESTUDO LITOFACIOLÓGICO DA FORMAÇÃO SALVADOR EM MONT

SERRAT - AFLORAMENTO DA BACIA DO RECÔNCAVO – BAHIA

FERNANDA GUIMARÃES ARAÚJO

ORIENTADOR: GEÓLOGO CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (UFBA)

RESUMO

O objetivo deste estudo é a caracterização litofaciológica dos sedimentos da Formação

Salvador que afloram nas proximidades do Forte de Nossa Senhora de Mont Serrat, no

bairro da Ribeira em Salvador, na parte sul da Bacia do Recôncavo. Neste afloramento,

esta formação é constituída por intercalações de níveis de conglomerados, arenitos e

lamitos. Os conglomerados são polimíticos, formados basicamente por clastos de

constituintes do Alto de Salvador (mais velhos) e, por extraclastos de carbonatos da

Formação Estância (mais novos), com granulometrias que variam de grânulo a matacão.

Podem ser observados ortoconglomerados e paraconglomerados, com matriz areia

grossa e, em muitos é observada grano-decrescência ascendente em seus estratos. Em

lâmina os carbonatos da Formação Estância são classificados como:

Doloespatito/Microdoloespatito totalmente dolomitizados, Calcarenito espático

oncolítico neomorfizado e dolomitizado, e, Calcilutito peloidal neomorfizado. Os níveis

de arenitos ocorrem como camadas decimétricas a centimétricas, com S0 N125/30SE e

N164/20SE, apresentam coloração bege-amarelada, e exibem estruturas do tipo escape

de fluidos, tipo Dish, dobras convolutas, estruturas que revelam altas concentrações de

fluidos no seu ambiente deposicional. Como estruturas deformacionais, algumas

camadas exibem dois sistemas de fraturas contemporâneas, N100/85SW e N145/85SW.

Também foram observadas nos níveis de arenito, Shear Band s ou bandas de

deformação, onde em algumas foi encontrado possível óleo biodegradado.

Petrograficamente são classificados, segundo Folk (1970) como: sub-arcósio a sub-

arcósio calcítico. Níveis de lamito cinza-esverdeado ocorrem entre camadas de

conglomerado, geralmente apresentam-se bastante intemperizados, dificultando a

identificação de suas estruturas primárias. Na determinação das paleocorrentes, a partir

da medida do eixo menor dos clastos, eixo Z, observa-se que os conglomerados

constituídos por clastos do embasamento apresentam paleocorrente com orientação

sudoeste enquanto que, os conglomerados que apresentam clastos da Fm. Estância

indicam apresentam paleocorrentes com orientação sul e sudoeste. Essas informações

indicam que as fontes dos sedimentos estavam, respectivamente, a NE e a NNE da

posição atualmente ocupada pelos pacotes sedimentares.

Page 71: 2005 a 2012.1

GEOLOGIA DA PORÇÃO SUL DO COMPLEXO LAGOA REAL, CAETITÉ,

BAHIA

GILCIMAR DOS SANTOS MACHADO

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

A área de estudo está localizada geograficamente na região sudoeste do Estado da

Bahia. Do ponto de vista tectônico, está posicionada na porção centro-sul do Bloco

Gavião e no domínio meridional do Corredor do Paramirim, na zona de inversão do

Aulacógeno homônimo. O Contexto geológico regional é dominado por unidades do

embasamento arqueano-paleoproterozóico, por intrusivas ácidas e básicas e por um

conjunto de rochas metassedimentares de idades meso e neoproterozóica. O objetivo

deste trabalho foi realizar o mapeamento, a caracterização petrológica, estrutural

multiescalar e litogeoquímica de uma área selecionada na porção sul da área de

ocorrência do Complexo Lagoa Real. Este complexo, de idade 1,7 Ga, hospeda a Suíte

Intrusiva Lagoa Real e um conjunto de ortognaisses, anfibolitos, albititos, oligoclasitos,

microclinitos e enclaves de rochas charnoquíticas. Como metodologia adotou-se a

pesquisa bibliográfica, os trabalhos de campo, os estudos petrográficos e os

litogeoquímicos. Durante os trabalhos de campo foram descritos trinta afloramentos,

cujas características estruturais, especialmente às relacionadas com a intensidade de

deformação, permitiram identificar cinco tectonofácies, estas divididas em três grupos

de acordo com classificação de (Sibson, 1977): protomilonitos (granitóide com pouca

deformação e granitóide foliado), milonitos (augen-gnaisse e ortognaisses com foliação

descontínua) e ultramilonitos (ortognaisses com foliação contínua). Em termos modais,

essas tectonofácies são rochas de composição essencialmente sienítica. Os dados de

campo e petrográficos mostram que as rochas da Suíte Intrusiva Lagoa Real passaram

por processos deformacionais no estado sólido transformando-se em gnaisses. Tal

processo ocorreu em função da nucleação de um conjunto de zonas de cisalhamento

compressionais, de idade brasiliana. Associadas a essas zonas desenvolve-se uma

foliação milonítica (S'1) que está paralelizada ao bandamento composicional dos

gnaisses e posicionada, em geral, segundo N180/04 W. A lineação de estiramento

mineral é marcada pela biotita, anfibólio e aglomerados de quartzo e feldspatos

recristalizados e posiciona-se com máximo em 21p/225. Os indicadores de movimento

recuperados ma macro-escala revelam um contexto compressional para a deformação

F'1. Os estudos microestuturais sugerem a atuação de processos plásticos de deformação

associados esse estágio, com a recristalização sintectônica de feldspatos e quartzo,

levando à destruição da trama primária das rochas em condições de temperatura

supeiores aos 550º C. Truncando a trama gnáissica, um conjunto de fraturas de

cisalhamento ocorre e levaram à fragmentação dos feldspatos e a recristalização do

quartzo. Tais fraturas hospedam clorita e epidoto. A partir da análise microestrutural,

sugere-se temperaturas de deformação variando entre 300 e 500º C. Os dados

geoquímicos mostram que as rochas estudadas são alcalinas, metaluminosas, de alto a

muito alto potássio, com características de granitóides anorogênico, derivação crustal e

formadas ambientes intra-placa continental.

Page 72: 2005 a 2012.1

GEOLOGIA DO DISTRITO MANGANESÍFERO DE URANDI - LICÍNIO DE

ALMEIDA: RESULTADOS PRELIMINARES

JOFRE DE OLIVEIRA BORGES

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O distrito ferro-manganesífero de Urandi-Licínio de Almeida hospeda as maiores

ocorrência de manganês do Estado da Bahia. O objetivo geral deste trabalho é contribuir

com o entendimento dos aspectos geológicos e metalogenéticos do Distrito em questão.

Desse modo, foram selecionadas três minas do sub-distrito Caetité-Licínio de Almeida,

quais sejam, Lagoa D'anta, Colônia e Riacho Comprido e Passagem, e uma mina do

sub-distrito de Urandi, denominada de Barreiro dos Campos. A mina de Lagoa D'anta

compreende a uma formação ferro-manganesífera com altos teores de Fe2O3? . O

proto-minério é do tipo óxido. As encaixantes imediatas são classificadas itabiritos e

xistos, sendo comum a paragênese grunerita-cummingtonita e quartzo. Na ocorrência de

Colônia e Riacho Comprido o minério manganesífero é da fácies silicato (Gondito),

marcado pela presença da espessartita. Na mina da Passagem o proto-minério também é

da fácieis silicato, estando encaixado em granada-cianita-anfibolito-biotita Xisto. No

sub-distrito de Urandi, o depósito de Barreiro dos Campos é da fácies carbonato,

marcado pela rodocrosita. Os estudos petrológicos permitiram a identificação das

paragêneses quartzo+grunerita-cummingtonita+granada, sugerindo condições

metamórficas de fácies anfibolito. A análise estrutural permitiu a identificação de duas

fases deformacionais. Na primeira, F1, foi subdivida em três estágios distintos. No

primeiro foi nucleada uma foliação milonítica S0 //S1', em contexto tectônico incerto.

No segundo rampas de empurrão e zonas de cisalhamento intraestratais levaram à

formação da foliação milonítica S0 //S1' // S1", cujos indicadores de movimento

sugerem transporte tectônico para NW. No terceiro estágio um conjunto de sinformes e

antiformes foram gerados, com vergência para NW. A segunda fase deformacional levou

à formação de um conjunto de fraturas de cisalhamento compressional. Segundo

consideração deste trabalho, os depósitos em questão depositaram-se numa bacia

marinha, em condições plataformais, com fonte primária destes metais de origem

hidrotermal. Entretanto, tais deduções são alvo de controvérsias, pois os eventos

tectono-metamorficos, ocorridos no Neoproterozóico, e ação da supergênese, no

Fanerozóico, podem ter remobilizado e reconcentrado os elementos, mascarando as sua

assinaturas originais.

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GEOLOGIA, PETROGRAFIA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DAS ROCHAS

META-VULCÂNICAS MÁFICAS DA UNIDADE INTERMEDIÁRIA DO

GREENSTONE BELT DE RIACHO DE SANTANA, BAHIA, BRASIL

JOILMA PRAZARES SANTOS

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

O Greenstone Belt de Riacho de Santana (GBRS) está inserido na porção central do

Cráton do São Francisco, no Bloco Guanambi-Correntina e situa-se na porção sudoeste

do Estado da Bahia. O GBRS estende-se ao longo de uma faixa norte-sul, descontínua,

com aproximadamente 84 km de comprimento e largura média de 12 km, delineado

entre rochas intrusivas do Batólito Urandi-Guanambi e os terrenos graníticos-

gnaíssicos-migmatíticos arqueanos do embasamento. As paragêneses metamórficas

associadas às rochas do GBRS correspondem à fácies xisto verde, gradando para a

fácies anfibolito nas proximidades dos terrenos gnáissicos, na porção leste do GBRS.

Segundo Silveira & Garrido (2000) o GBRS apresenta um arranjo litoestratigráfico

disposto em três unidades geológicas principais: (i) Unidade Inferior, é composta por

metassedimentos químicos e detríticos associados a vulcanismo komatiítico

máfico/ultramáfico; (ii) Unidade Intermediária, constituída por meta-sedimentos

pelíticos e químicos, associados a vulcanismo máfico e correspondentes piroclásticos e

epiclásticos de natureza félsica e (iii) Unidade Superior, representada por uma sequência

sílico-carbonática (quartzitos e metacarbonatos) tipicamente de ambiente plataformal,

com intercalações de meta-basalto e meta-tufos. As rochas meta-vulcânicas máficas da

Unidade Intermediária do GBRS, objeto de estudo, ocorrem na porção noroeste da

cidade de Riacho de Santana. São corpos que se apresentam sob a forma de blocos

arredondados a subarredondados, de granulação fina a média e coloração variando de

verde a verde acinzentada. São rochas que se encontram altamente cisalhadas e foliadas,

ocorrendo tipos com estruturas isotrópicas e maciças. Raramente mostram à presença de

veios preenchidos por quartzo e plagioclásio. De uma forma geral, as rochas meta-

vulcânicas máficas foram classificadas como actinolita xistos. Predominam as texturas

granoblástica a nematoblástica, nas quais há um desenvolvimento da orientação dos

cristais de actinolita e são constituídas predominantemente por anfibólio (actinolita) e

plagioclásio, e em menor quantidade de quartzo, titanita, apatita e minerais opacos. O

zircão ocorre como mineral traço. Mais raramente ocorrem rochas de estrutura maciça,

com texturas ofíticas a subofíticas, constituída por actinolita, plagioclásio, titanita,

quartzo e minerais opacos. As rochas meta-vulcânicas máficas foram classificadas como

basaltos com afinidade toleítica. Com a evolução magmática observa-se

empobrecimento de Cr, Ni, CaO? e Al2O3? e enriquecimento de SiO2? , TiO2? , FeOt?

, K2O? , Na2O? e elementos incompatíveis. O comportamento geoquímico dos

elementos maiores sugere um forte controle dos minerais plagioclásio e clinopiroxênio

no fracionamento magmático.

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INFLUÊNCIA DAS ESTRUTURAS E DA PLUVIOMETRIA NA

CONCENTRAÇÃO DE URÂNIO EM AQÜÍFERO FISSURAL NO ENTORNO

DAS INSTALAÇÕES DAS INDÚSTRIAS NUCLEARES DO BRASIL-

CAETITÉ/BAHIA

VINICIUS DE GUSMÃO BARRETO

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho trata da caracterização e avaliação hidrogeoquímica do aqüífero fissural

instalado nas rochas metamórficas do Complexo Lagoa Real no entorno das instalações

das industrias Nucleares do Brasil. A área está situada no centro-sul do Estado da Bahia,

próximo da cidade de Caetité, e está inserida no contexto geotectônico da porção

setentrional da Faixa Araçuaí. Apesar dos diversos trabalhos sobre os depósitos de

Urânio da Província Lagoa Real, pouco se sabe sobre os aqüíferos fissurais da região.

Nesse sentido este trabalho objetiva fazer uma avaliação hidrogeoquimica, com atenção

especial para a questão da concentração de Urânio. Para isso, os trabalhos foram

focados em dados de planialtimetria, geologia, estrutural, pluviometria e

hidrogeoquimica; chegando também a relação dos resultados dos valores encontrados

para urânio, com os dados de pluviometria e estrutural. A área é dominada por estruturas

de orientação predominantes NW-SE e SW-NE, relacionados aos eventos da orogênese

brasiliana, com uma sub-bacia apresentando forte controle estrutural. As águas

subterrânea são basicamente Bicarbonatadas Sódicas, e apresentavam valores de

concentração de urânio acima do valor de referencia da Organização Mundial de Saúde.

Sendo que aparentemente esse valores ocorrem naturalmente nesse aqüífero. Não foi

observada influência dos fatores analisdos em relação aos valores de urânio; com esses

valores ocorrendo devido unicamente ao fator litológico.

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GEOQUÍMICA DAS ROCHAS DO GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU,

MINA DE OURO MARIA PRETA, BAHIA

ZILDA GOMES PENA

ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)

RESUMO

A área objeto de estudo deste Trabalho Final de Graduação (TFG) está situada na

porção nordeste do Cráton do São Francisco, no Núcleo Serrinha. Este núcleo arqueano

possui uma área aflorante de aproximadamente 21.000km, sendo constituído por três

conjuntos litoestratigráficos distintos: (i) o embasamento granítico-gnássico-

migmatitico arqueano, (ii) as seqüência vulcanossedimentares de Greenstone Belt do

Rio Itapicuru (GBRI) e do grupo capim (CG), e (iii) vários corpos graníticos. O objeto

deste estudo são as rochas vulcanossedimentares do GBRI, mais especificamente

aqueles que ocorrem na área da antiga Mina de Ouro Maria Preta (MMP), atualmente

explorada pela Yamana Gold Inc. Apesar da área ser explorada a mais de 20 anos,os

estudos geoquímicos disponíveis SAP aqueles apresentados nos anos 70 e 80, e

limitados a dados de elementos maiores e alguns poucos traços. Assim, no q se refere a

caracterização geoquímica, essencial para aprimorar o modelo metalogenético para a

ocorrência dos metais base, foram poucos os avanços. Por exemplo, ainda inexistem no

greenstone itapicuru dados que suportem a existência de magmas komateiíticos,

freqüentes na seqüência de greenstone arqueanas mineralizadas em ouro em todo o

mundo. As rochas estudadas permitiram individualizar duas séries magnéticas: (i)

toleítica, para as rochas metaluminosas da Unidade Vulcânica Mafica Bassal (UVM), de

natureza pré a sin colisional, e (ii) cálcio alcalino, para as rochas peraluminosas da

Unidade Vulcânica Félsica intermediaria (UVF), as quais apresentam natureza sin a pós-

colisional. Os estudos demostraram ainda a ocorrência de rochas ricas em magnésio, e

caracterizadas como boninitos (ams. 3027 e 3030). Os basaltos da UVM apresentam

várias características de rochas komateiticas, contudo eles possuem baixos teores de

magnésio (< 12%), o que impedem que sejam classificados como komateitos. São

necessários estudos mais detalhados para confirmar as relações petrogenéicas destas

rochas e a sua gênese. Adicionalmente, até o momento não se dispõe de dados

geocronológicos precisos que permitam discussões mais aprofundadas e/ou

modificações no modelo tectônico envolvido em sua geração.

Page 76: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2009.1

Page 77: 2005 a 2012.1

O VULCANISMO CÁLCIO-ALCALINO DA BORDA NORDESTE DA

SEQUÊNCIA VULCANOSSEDIMENTAR CONTENDAS-MIRANTE

BRUNO PINTO RIBEIRO

ORIENTADOR: DR. MOACYR MOURA MARINHO (UFBA)

RESUMO

A borda nordeste da seqüência Contentas-Mirantes abriga uma suíte metavulcânica

cálcio-alcalino de composição básica e intermediária. As rochas básicas são

representadas por metabasltos enquano as intermediárias por metandesitos além de

rochas anômalas com assembléia mineralógica peculiar. Essas litologias estão

distribuídas, em planta, na forma de três corpos principais, de formatos lineares a

vermiformes intercalados em xistos pelíticos da Fm. Mirantes ou em contato tectônico

com o Sill do Rio Jacaré, a leste. São reconhecidas as texturas

granonematoblástica, whisker, Microglomeroporfiroblástica, blastoporfirítica, e

blastoamigdaloidais. Geoquimicamente o caráter cálcio-alcalino desses termos é

confirmado pelos padrões de elementos terras-raras e por diagramas de variação para

elementos maiores, que ainda sugerem uma evolução química pelo processo de

cristalização fracionada. Em cinco amostras avaliadas se observa um quimismo

diferenciado, de caráter toleiítico, para quatro amostras classificadas como metabásicas

indivisas, e de caráter cálcio-alcalino para uma amostra de rocha metavulcânica ácida.

As relações dos elementos de baixa mobilidade utilizadas em diagramas geotectônicos

para os metavulcanitos estudados indicam que o mesmo foi provavelmente originado

em ambiente tectônico de margem continental ativa. A disposição dos elementos traços

no diagrama multi-elementar também ressalta a sua similaridade com contextos

modernos de arco continental, apresentando um nítido desajuste entre os LILE e os

HFSE. Os resultados analíticos da rocha metavulcânica ácida avaliada sugerem uma

gênese parecida, embora não se tenha segurança quanto a sua inclusão na suíte de

rochas estudadas, uma vez que os dados no diagrama ETR mostram-se contrários a uma

possível cogeneticidade entre elas. Esses corpos cálcio-alcalino estudados representam

episódios vulcânicos gerados em um contexto de margem continental ativa de idade

neoarqueana. Dentro do contexto regional, a formação das unidades vulcânicas marca

um período de fechamento da bacia Contentes-Mirantes.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DA SEQUÊNCIA

METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI, BAHIA

BRUNO SANTOS FIGUEIREDO

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA P. CRUZ (UFBA)

RESUMO

A Sequencia Metavulcanossedimentar Urandi - SMU encontra-se a SW do Estado da

Bahia associada com as rochas do Complexo Santa Isabel, pertencente ao Bloco Gavião,

no Cráton do São Francisco. O objetivo geral é apresentar o mapeamento geológico

básico e a construção de um modelo tridimensional geométrico para a SMU, tendo

como objetivos o mapeamento geológico de detalhe e o entendimento das relações

estruturais tridimensionais entre as formações ferríferas e as suas encaixantes imediatas

da sequencia supracitada. De oeste para leste, na área de estudo afloram gnaisses

ortoderivados intercalados com bandas anfibolíticas caracterizados como embasamento,

seguido pelas rochas da SMU constituída por formações ferríferas bandadas da fácies

oxido e silicato, quartzitos ferrruginosos, quartzitos micáceos, quartzo-biotita-xistos,

calcissilicáticas e rochas metabásicas. Apófises de granitóides são encontradas no setor

N e NW da área. O levantamento estrutural permitiu a identificação de três fases

deformacionais Fn, Fn +1 (esta divida em Fn + 1' e Fn + 1''), e Fn+2. Todas distintas e

aparentemente ligadas a no mínimo dois eventos deformacionais, verificadas nos

gnaisses do embasamento quanto nas rochas da SMU. A primeira fase, Fn, desenvolve

uma foliação milonítica Sn, cuja assinatura cinemática não foi identificada e que está

paralelizada com uma foliação anterior Sn - 1. Esta foliação possui direção NNE-SSW,

um bandamento composicional associado, lineação de estiramento com caimento geral

para ESE. A segunda delas, Fn + 1, com formação de dobras intrafoliais, transposição

do bandamento, desenvolvimento de boudins, dobras em bainha desenvolvem um

conjunto de dobras, desde abertas a fechadas, horizontais a recumbentes, e rampas de

empurrões reverso-sinistrais, que evoluem na fase Fn + 1'' para zonas de cisalhamento

compressionais. Ambas vergentes para NNW. A terceira fase deformacional Fn+2, com

maior componente rúptil-dúctil, foi responsável pela estruturação de falhas dextrais

reversas além de uma série de fraturas com direções principais E-W, N-S e NW-SE. Os

estudos sobre a relação das apófises com as fases de deformação verificadas deverão

avançar mais ao longo do tempo, mas as relações de campo sugerem injeções sin a

tardias às fases Fn + 1 e Fn + 2, pois aparentemente essas intrusões deformam as rochas

e estruturas pré-existentes. O modelamento estrutural realizado permitiu verificar que as

formações ferríferas da SMU ocupam calhas sinformais assimétricas e vergentes para

NW. O estudo das associações minerais permitiu identificar uma paragênese

metamórfica progressiva de fácies anfibolito médio, representado nas rochas máficas do

Complexo Santa Isabel e da SMU por hornblenda, biotita, granada, clinopiroxênio,

plagioclásio e quartzo, e nas rochas itabiríticas pela magnetita, hematita e grunerita-

cummingtonita. Essa paragênese está relacionada com as fases deformacionais Fn e

Fn+1. Uma paragênese retrograda é marcada pela calcita, mica branca, actinolita,

epidoto e quartzo e possivelmente está associada com a fase Fn+2.

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SISTEMAS DEPOSICIONAIS NAS FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ NOS

ARREDORES DO MORRO DO PAI INÁCIO, CHAPADA DIAMANTINA - BA

CARLOS VICTOR RIOS DA SILVA

ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)

RESUMO

Na região da Chapada Diamantina existem exposições de rochas metasedimentares

paleo-meso-neoproterozoicas de excelente continuidade lateral e vertical. Neste

domínio intracratônico estão presentes intervalos sedimentares que correspondem a uma

gama de sistemas deposicionais, principalmente siliciclásticos, com suas estruturas

sedimentares primarias bem preservadas. Trata-se, portanto, de uma área adequada para

a aplicação dos conceitos da estratigrafia de seqüências na escala de afloramento. Este

trabalho tem como objetivo o reconhecimento de fácies, associação de fácies e

interpretação de ambientes deposicionais a partir da descrição de afloramentos das

Formações Tombador e Guiné, localizados no parque nacional da Chapada Diamantina.

Na área de trabalho foi possível agrupar as fácies em 6 elementos arquiteturais

associados a três ambientes deposicionais: estuarino, eólico e deltaico. Os principais

desafios encontrados para a realização deste trabalho foram: a identificação de fácies,

definição dos elementosarquiteturais, correlações inter-afloramentos, reconhecimento de

superfícies chaves de caráter estratigráfico e identificação de ciclicidade nos

afloramentos. A metodologia utilizada na interpretação dos perfis basea-se na

estratigráfica de alta resolução adotada no curso da Petrobras (Savini & Raja Gabaglia,

1996). Com base em todas essas informações, o interprete está apto a construir o

modelo estratigráfico da alta resolução de caráter preditivo em qualquer bacia

sedimentar, fator fundamental para a identificação de prospectos e "plays" petrolíferos.

Inúmeros são os excelentes exemplos de incorporação de informações obtidas em

afloramentos ao processo interpretativo na indústria petrolífera, na exploração de água

subterrânea e depósitos minerais.

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MAPEAMENTO MULTI-ESCALAR DE ESTRUTURAS DA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DA PORÇÃO SUL DA FALHA DE SALVADOR, BAHIA

EDUARDO ANTONIO ABRAHÃO FILHO

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

A Falha de Salvador (FS) tem aproximadamente 150 km de extensão, rejeito de 6000

metros e localiza-se na borda Leste da Bacia do Recôncavo. Sua história está inserida na

formação do Rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá (nordeste do Brasil) durante a abertura do

Oceano Atlântico Sul no Eocretáceo (Magnavita et al., 2005). Apesar de sua

importância não existem trabalhos que a tenham como objeto principal de estudo.

Visando entender a geometria 3-D da FS, foram mapeadas estruturas na porção Sul do

Orógeno Salvador-Esplanada (OSE), de orientação regional N30o, e nos conglomerados

da Formação Salvador, com objetivos de: (i) verificar como e quais estruturas do OSE

influenciaram a nucleação e evolução da FS, (ii) definir como estão dispostas

espacialmente as estruturas rúpteis derivadas dos esforços geradores da FS, (iii)

entender a cinemática das estruturas relacionadas à FS e (iv) analisar se a FS é formada

por um plano simples de falha ou se por um sistema complexo de falhas. A FS é

representada em Salvador por uma escarpa de linha de falha onde inúmeras famílias

montaram suas moradias e, nas quais, sofrem constantes riscos de deslizamentos de

terra, realçando o caráter social desse estudo. No campo foram coletadas estruturas em

dezesseis afloramentos ao longo da escarpa da FS em Salvador, perfazendo um total de

mais de 2000 estruturas planares (falhas, fraturas e foliações) e lineares (estrias, degraus

e lineações de estiramento/crescimento mineral). Posteriormente foram gerados mapas

com interpretações de campo contendo diagramas de rosetas e de isodensidade polar e

mapa de lineamentos estruturais a partir de imagens de satélite. Como principias

resultados obtidos tem-se que: (i) quatro foliações foram definidas (Sn-1, Sn, Sn+1,

Sn+2), (ii) a estruturação geotectônica do OSE, as Sn+2 e as Lx foram às principais

estruturas do embasamento responsáveis pela orientação da FS. Quanto às estruturas

rúpteis conclui-se que: (i) a cinemática da FS não foi apenas normal, mas apresentou

também componente importante dextral, marcado por estrias e degraus diagonais aos

planos de falhas estudados e (ii) as principais famílias de fraturas e falhas foram N030º-

N040º, N090o-N100o, N120o-N130o e N150o-N160o. Os dados coletados em campo

foram corroborados pelas informações das imagens de satélite.

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CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO DO

PARQUE TECNOLÓGICO DE SALVADOR - BAHIA (TECNOBAHIA)

MARIA ARAÚJO SALES

ORIENTADOR: JOAQUIM XAVIER CERQUEIRA NETO (UFBA)

RESUMO

A atual conjuntura mundial, marcada por crises e grandes desafios exige da sociedade

ação visando à integração: Homem, Desenvolvimento e Meio Ambiente, áreas em que

muito contribui as Geociências, mostrando ao ser humano como se deve ajustar ao meio

ambiente para que ele possa garantir o desenvolvimento e retirar da terra seu sustento

sem destruí-la, em harmonia com todos os seres. Nesta linha preocupação destaca-se a

importância iniciativa do Governo do Estado da Bahia materializada no Projeto do

Parque Tecnológico de Salvador, ou TecnoBahia? , considerado um dos mais

importantes empreendimentos do país, e que tem como objetivo acomodar grandes

empresas de nível internacional detentoras de tecnologias e conhecimentos exigíveis nas

soluções de problemas, atuais e futuros, de nosso desenvolvimento; e que tenham

atuação nas áreas de biotecnologia, energia, tecnologia da informação e comunicação.

Este trabalho tem como objetivo a caracterização Geoambiental da área de Implantação

do TecnoBahia? e a implantação de um Sistema de Informações Geográficas específico

- o SIG_TecnoBahia-Geoambiental,cujas componentes temáticas englobam: a Geologia

e Geomorfologia, a Vegetação e Uso do Solo e, a Hidrografia. Sugere-se que o sistema

proposto seja uma componente de um sistema geral - o "SIG_TecnoBahia-Sistêmico",

constituído naturalmente de outras componentes, tais como o SIG_tecnoBahia-Infra-

Estrutura (Rede Elétrica, Água, Esgoto); - Empresas, etc. cartas com dados geotécnicos

em escala adequada ao estudo de Engenharia de fundações, e, dados adicionais de

análises físico-químicas, hidrobiológicas e bacteriológicas, etc., poderão ser

acrescentado a uma segunda versão do SIG_TecnoBahia-geoambiental aqui proposto a

título de referência. Assim, esses sistema construído dentro do rigor técnico-científico,

aliado à gestão adequada prevista no Projeto e aos estudos subseqüente têm o mérito de

colocar, a qualquer tempo, os gestores do Projeto doTecnoBahia? e as instituições

envolvidas em posição plenamente defensável em face de eventuais questionamento

pela Sociedade, órgãos de fiscalização ambiental, Ministério Público, ou organização

ambientalista.

Page 82: 2005 a 2012.1

AMBIENTES SEDIMENTARES EM TORNO DA DISCORDÂNCIA ENTRE AS

FORMAÇÕES TOMBADOR E GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA

MATEUS OLIVEIRA ARAGÃO

ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)

RESUMO

O presente trabalho analisa três afloramentos das rochas sedimentares

mesoproterozóicas da Formação Guiné, unidade do Grupo Paraguaçu, e da Formação

Tombador, do Grupo Chapada Diamantina. Tem por objetivo reconhecer ambientes

deposicionais a partir de perfis granulométricos e descrição de estruturas caracterizando

fácies sedimentares. No afloramento da Trilha Cachoeira da Fumaça a Formação Guiné

foi depositada em um ambiente deltaico. Foram interpretados os sub-ambientes de

prodelta, frente deltaica e planície deltaica. No mesmo afloramento a Formação

Tombador foi depositada em um ambiente eólico na base e ambiente estuarino no topo

com respectivos sub-ambientes de lençol de areia e barras estuarinas. No afloramento

do Morrão, a Formação Guiné também de ambientes deltaico possui apenas os sub-

ambientes de frente deltaico e planície deltaica. A Formação Tombador é de ambiente

estuarinode caráter proximal. O critério para distinguir as duas formações foi a mudança

de direções das paleocorrentes, que aponta para leste, na Formação Guiné, e para

sudoeste para a Formação Tombador. No afloramento da Trilha Beco, o sub-ambiente de

planície deltaica foi interpretado para a Formação Guiné, a partir de estudos como

syneresis cracks e perfil granulométrico. Para a Formação Tombador, apenas o ambiente

eólico é observado, interpretando-se como sub-ambiente de lençol de areia. Conclui-se

que o ambiente estuarino da Formação Tombador ocorre de maneira restrita, o que é

explicado porque este ambiente é controlado pela fisiografia local. Outra conclusão é

que os depósitos eólicos têm caráter costeiro devido à intercalação com o ambiente

estuarino, o que denota que estava sujeito a oscilações de nível de base marinho.

Page 83: 2005 a 2012.1

ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS DE ALTA RESOLUÇÃO DA BASE DA

FORMAÇÃO TOMBADOR, NOS ARREDORES DE LENÇÓIS, CHAPADA

DIAMANTINA-BA

RAFAEL OLIVEIRA SANTANA

ORIENTADOR: GEÓLOGO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)

RESUMO

A apresentação da Formação Guiné para a Formação Tombador é marcada por uma

discordância angular regional. Em termos de ambiente sedimentar ambas as formações

são representadas pela transição continente/oceano. A porção superior da Formação

Guiné é representado por um ambiente deltaico e a base da Formação Tombador por um

ambiente Estuarino. Tal contato é utilizado como referência no trabalho proposto, que se

baseia na estratigrafia de seqüências de alta resolução em escala de afloramento. Os

afloramentos foram selecionados para o trabalho após mapeamento geológico de área de

estudo. Ao todo foram 12 perfis de empilhamento verticais levantados ao longo da BR-

242 (do Morro do Pai Inácio até o restaurante Toca da Rita) e da trilha que liga o Morro

do Pai Inácio a Lençóis. Esse levantamento propiciou a interpretação de superfícies

estratigráficas, dos tratos de sistemas, em escala de afloramento, pontos chaves para a

caracterização do modelo da estratigráfica de alta resolução. A correlação entre os perfis

de empilhamento geram três seções estratigráficas. Na seção I foi utilizado além do

empilhamento de perfis no topo e na base do Morro do Pai Inácio, a fotointerpretação de

superfícies que se destacam ao longo deste morro. As outras duas seções (II E III) se

baseiam somente em descrição de afloramentos. Com os trabalhos de campo foi

possível interpretar 4 seqüências deposicionais de 3ª ordem na base da Formação

Tombador e inúmeras de 4ª ordem. Foi gerado também um diafragma esquemático de

correlação entre as 3 seções alem de um mapa de seqüência em escala de detalhe

(1:10.000) de área abrangendo as seções estratigráficas II E III.

Page 84: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2009.2

Page 85: 2005 a 2012.1

ESTUDO DA DISTRIBUIÇÃO VERTICAL DA MICROFAUNA DE

FORAMINÍFEROS DO SEDIMENTO DE SUBSUPERFÍCIE DO TALUDE

CONTINENTAL DO COMPLEXO RECIFAL DE ABROLHOS, SUL DA BAHIA

ADELINO DA SILA RIBEIRO NETO

ORIENTADORA: DRª. TÂNIA MARIA F. ARAÚJO (UFBA)

RESUMO

Os recifes de coral apresentam uma grande biodiversidade, com muitas espécies

endêmicas. O Complexo Recifal de Abrolhos forma os maiores e mais ricos recifes de

corais do Brasil e a maior diversidade marinha do Atlântico Sul. Esse ambiente tem

sofrido grandes transformações, desde o Quartenário, devido a fatores naturais e,

atualmente, antropogênicos, que atingem o desenvolvimento de corais e dos organismos

associados a eles, como por exemplo, os foraminíferos. A comunidade de foraminífero é

estudada visando à classificação granulométrica e sistemática, correlação da distribuição

vertical das espécies através do tratamento de amostras de testemunho, além da

determinação de dados estatísticos como frequência relativa e absoluta, riqueza,

diversidade e equitatividade e as associações granulométricas e faunísticas. Através da

identificação de assembléias de foraminíferos ao longo do testemunho, é possível

identificar as condições paleoambientais relacionadas às mudanças climáticas e padrões

de sedimentação. Esses dados representam uma perspectiva de entendimento da história

evolutiva da plataforma continental do estado da Bahia, e fornecerá subsídios para

elaboração de projetos de monitoramentos ambiental.

Palavras-chave: Foraminíferos; Recifes de coral; Quartenário

Page 86: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE

BELT DE UMBURANAS

ADRIANO CAETANO MOREIRA COSTA

ORIETADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

As Formações Ferríferas do Greenstone Belt de Umburanas, como todas as formações

ferríferas, dizem muito a respeito do seu ambiente de origem. Neste trabalho são

apresentados os resultados de estudos geológicos, geoquímicas, petrográficos e

mineralógicos realizados em cinco alvos com exposições de formação ferrífera no

âmbito do Greenstone Belt de Umburanas-GBU. Além dos objetivos acadêmicos destes

estudos, também foram abordados alguns aspectos econômicos dos alvos pesquisados.

Os BIFs do GBU apresentaram características da fácies óxido em 3 alvos, com

mineralogia composta predominantemente por magnetita, hematita e quartzo e 2 alvos

na fácies silicato, representado por bandas de grunerita e bandas de quartzo. Análises

químicas e petrográficas, sugerem um ambiente de deposição plataformal,

caracterizando as formações ferríferas do GBU como tipo Lago Superior. As formações

ferríferas do GBU estão estremamente deformadas e apresentam metamorfismo entre a

fácies xisto-verde e anfibolito-médio. Através dos estudos realizados foi possível a

definição de três alvos que apresentam anomalias de elementos economicamente

significativos.

Palavras-chave: Formações Ferríferas Bandadas (Bif); Greenstone.

Page 87: 2005 a 2012.1

ESTUDO LITOGEOQUÍMICO COMPARATIVO DOS CORPOS MÁFICO-

ULTRAMÁFICOS-GABRO-ANORTOSÍTICOS DA PARTE SUL DO ESTADO

DA BAHIA

AGNALDO BARBOSA BARRETO

ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)

RESUMO

Os quatro corpos máficos-ultramáficos e gabro-anortosíticos do sul do Estado da Bahia,

objeto deste trabalho de compilação bibliográfica, constituem os maciços do Rio Piau,

Samaritana/Carapussê, Mirabela e Palestina. Eles estão alinhados na direção

aproximadaN100E? e localizados entre os blocos Itabuna-Salvador-Curaçá e Jequié.

Usando como base, dados petrográficos e análises químicas de rocha total, de trabalhos

anteriores, esse TFG tenta verificar se eles foram ou não provenientes de uma mesma

fonte magmática. Os dados anteriores têm mostrado que esses corpos foram gerados por

magmas toleíticos, sendo interpretados como de idade paleoproterozóica. Os dois

primeiros (Rio Piau e Samaritana/Carapussê) são mineralizados em Fe, Ti e V, o terceiro

(Mirabela) em sulfetos de níquel e platinóides, e o quarto (Palestina), embora ainda não

tenha sido suficientemente pesquisado, ele se parece muito com o terceiro. Os diversos

litotipos, sobretudo aqueles de Mirabela variam desde as composições duníticas até as

composições gabróica-anortosíticas. Inclusive, o corpo de Mirabela possui a seqüência

típica de corpos máficos-ultramáficos acamadados, estudados mundialmente, ou seja:

dunito, peridotito, piroxenito, websteritos, gabro e por último anortosito. Os elementos

maiores e traços demonstraram que existem dois conjuntos cumuláticos toleíticos: um

relativo à Mirabela e Palestina e outro relativo ao Rio Piau e Samaritana/Carapussê.

Apesar de se tratarem de rochas cumuláticas, os pontos representativos das análises

químicas dos membros máficos-ultramáficos e gabro-anortosíticos, (Mirabela e

palestina) e membros gabro-anortosíticos (Rio Piau e Samaritana/Carapussê) se

organizam bem nos gráficos bidimensionais, ambos com tendência de acumulação

magmáticas característicos. Com exceção de Mirabela, trabalhos de mapeamento

geológico de detalhe serão necessários nos outros corpos, sobretudo no do Rio Piau e

Samaritana/Carapussê para verificar se neles serão encontrados os membros máficos-

ultramáficos. Ao lado disso, trabalhos de geocronologia e geologia isotópica, serão

também indispensáveis para se identificar as fontes desses corpos: se eles vieram de

uma ou de duas fontes magmáticas.

Palavras-chave: máficos-ultramáficos, gabro-anortosíticos, Rio Piau,

Samaritana/Carapussê, Mirabela, Palestina, Bahia, Brasil.

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GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DE ITAPÉ-BAHIA

ANA CAROLINA OLIVEIRA PINHEIRO

RESUMO

O magmatismo basáltico da região de Itapé, sudeste do Estado da Bahia, compreende

rochas de caráter intrusivo, sob a forma de diques. Este conjunto de rochas é parte

integrante do Orógeno Itabuna - Salvador - Curaçá, no Cráton do São Francisco e

intrudem terrenos granulíticos polideformados arqueanos e paleoproterozóicos do sul do

Estado da Bahia. O enxame de diques máficos de Itapé faz parte do magmatismo

fissural da Província Itabuna - Itaju do Colônia (PIIC), que está situada na Zona de

Cisalhamento Itabuna - Itaju do Colônia (ZCIIC). Os diques máficos do enxame de

Itapé apresentam-se de forma expressiva ao longo do leito do rio Colônia, com

dimensões variadas, aflorando como corpos tabulares quase sempre em cristas emersas,

mas também submersos. São subverticais a verticais e possuem trend preferencial na

direção NE-SW, embora também ocorram na direção NW-SE. A partir das

características texturais e mineralógicas, esses corpos máficos foram divididos em dois

grupos: basaltos e metabasaltos. Apresentam texturas ofítica, subofítica e intergranular,

e sua mineralogia essencial consiste de plagioclásio cálcico (labradorita), clinopiroxênio

(augita), ortopiroxênio (hiperstênio). Subordinadamente ocorrem anfibólio

(hornblenda), biotita, minerais opacos, apatita, zircão, titanita e quartzo e como produtos

de alteração observou-se clorita, sericita, calcita e epidoto. No contato entre o dique

máfico e a encaixante granulítica observou-se a formação de material vítreo, entretanto

à medida em que se afastava do contato, foi possível perceber o crescimento dos cristais

e formação de textura holocristalina suportando micro, macro e fenocristais de

plagioclásio, piroxênios e opacos. As condições de resfriamento gradativo do magma

gerou zoneamento dos plagioclásios e piroxênios.

Palavras-chave: Diques Máficos. Petrografia. Itapé.

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PALEOTECTÔNICA DAS ÁREAS DE PROVENIÊNCIA DA FORMAÇÃO

SALOBRO, BACIA DO RIO DO PARDO – BAHIA

ANA LUIZA SILVA XAVIER

ORIENTADOR: DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (CPRM)

RESUMO

A Bacia do Rio Pardo representa um dos registros mais importantes da evolucao do

Craton do Sao Francisco e das Faixas Moveis brasileiras, em especial, a Aracuai. Esta

localizada na porcao sudeste do estado da Bahia, encontra-se no limite entre o Craton do

Sao Francisco e a Faixa Aracuai. A Formacao Salobro, objeto de estudo deste trabalho,

esta situada no setor nordeste da Bacia do Rio Pardo e caracteriza-se por uma sucessao

de rochas metassedimentares clasticas, imaturas com metarenitos carbonaticos e

argilosos; metagrauvacas; metarcoseos finos e grossos; metassiltitos laminados; ardosias

e metaconglomerados polimiticos. Seus protolitos foram depositados em uma bacia do

tipo antepais ou foreland periferica. O estudo da tectonica das areas-fonte da Formacao

Salobro, objetivou a determinacao da relacao entre o tipo especifico de ambientes

tectonicos, suas areas-fonte e tambem os seus eventos deposicionais. A petrografia

permitiu a caracterizacao dos metarenitos como metarcoseos, com proporcoes de

feldspato superiores as de quartzo, seguidos de fragmentos liticos. A aplicacao do

metodo de Gazzi-Dickinson, utilizado para estudos de proveniencia em bacias

anerozoicas, mostrou que os sedimentos foram provenientes de um embasamento que

foi soerguido e posteriormente erodido, mas estes resultados podem estar

comprometidos, pois a bacia em questao e de idade Neoproterozoica e foi afetada por

metamorfismo de grau baixo a medio. Fontes multiplas a partir do embasamento

cratonico e orogenico sao indicadas pela composicao do arcabouco de alguns

metaconglomerados, que contem seixos de granulito, com clastos de metavulcanica;

carbonato, gnaisses, alem de fragmentos de metassiltito da propria bacia em algumas

amostras de metarenito. A facies metamorfica foi determinada a partir das parageneses

minerais encontradas, estando na interface Xisto Verde / Epidoto-Anfibolito, indicando

temperaturas entre 500 e 600 oC e pressoes entre 2 e 6 Kbar.

Palavras-chave: Bacia do Rio Pardo; Craton do Sao Francisco; Orogeno Aracuai;

metodo Gazzi-Dickinson; Xisto Verde / Epidoto-Anfibolito.

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PROPOSIÇÃO DE VALORES DE REFERÊNCIA PARA METAIS TRAÇOS EM

SEDIMENTOS DE MANGUEZAL, NA REGIÃO ESTUARINA DO RIO

ITAPICURU, LITORAL NORTE DO ESTADO DA BAHIA

ANA MARIA MACIEL A. DA SILVA

ORIENTADORA: DRª. OLGA MARIA F. OTERO (UFBA)

RESUMO

A determinação de valores de referência de qualidade para metais pesados em

substratos/sedimentos é de extrema importância, pois além de servir como um indicador

de qualidade, pode também auxiliar estudos que dizem respeito à poluição inorgânica,

assim como estabelecer o nível atual, através das concentrações "naturais" dos metais

no substrato. O objetivo deste trabalho tem como base o desenvolvimento e a

proposição de uma lista orientadora, contendo valores de referência para metais traço

em sedimentos de manguezais, compatíveis com as condições geomorfológicas e

climáticas do litoral norte do Estado da Bahia, estabelecendo critérios e padrões para a

prevenção e controle da poluição antrópica. Os trabalhos de campo, com coleta de

amostras, e medições in situ foram realizados no estuário do rio Itapicurú, Município de

Conde, Litoral Norte do Estado da Bahia. A área de estudo está localizada dentro de

uma Área de Proteção Ambiental do Litoral Norte (APA), e foi escolhida por apresentar

um bom estado de conservação, além de uma grande diversidade biológica. As

amostragens, controladas e registradas por GPS, além de fotos aéreas, foram realizadas

em 5 estações, coletando-se 5 amostras por estação (perfil), em diferentes profundidades

(0-5 cm; 5-10 cm; 10-20 cm; 20-40 cm e 40-60 cm), totalizando 25 amostras. Elas

foram acondicionadas em sacos plásticos e preservadas dentro de uma caixa de isopor

com gelo. Nos locais de coletas, registrou-se (in situ) os parâmetros físico-químicos,

não conservativos, como pH, Eh, Salinidade, Oxigênio Dissolvido, Condutividade e

Temperatura da água. Após a fase de campo iniciaram-se as etapas de tratamento e

análises das amostras, com prétratamento das amostras para análise granulométrica;

digestão parcial das amostras (secas) em meio ácido, através do forno microondas,

determinando-se, posteriormente, os metais pesados, pelo Método Espectrométrico;

Além da determinação de Matéria Orgânica Total, pelo Método Walkey-Black; e do

Nitrogênio Total pelo Método Kjeldahl. Os valores encontrados para os metais

condizem com àqueles para resultados esperados, visto que suas concentrações são

baixas, exceto para ferro, o que é considerado comum em se tratando de substratos de

manguezal. Os valores mínimos e máximos verificados dos metais foram,

respectivamente: Cd (< Limite de detecção do método - LDM), Pb (1,806 e 11,931 mg.

kg-1 ), Fe (4870 e 36384 mg xiv kg-1), Mn (12,946 e 304,402 mg kg-1), Zn (4,408 e

38,481 mg kg-1), Cr (2,079 e 42,449 mg kg-1), Cu (4,143 e 20,499 mg kg-1), Co (2,846

e 9,426 mg kg-1), Ni (16,684 e 19,073 mg kg-1). O Nitrogênio verificado variou entre

0,067% e 0,322 %. A Matéria Orgânica encontrada variou entre 2,22% e 10,08%. O

Carbono Orgânico analisado variou entre 1,29% e 5,85%.

Palavras-chave: Metais Pesados, Valores Orientadores, Sedimentos de Manguezal.

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INCERTEZAS DOS ATRIBUTOS GEOLÓGICOS EM UM MODELO

TRIDIMENSIONAL DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO NA

BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

CARLOS HENRIQUE RABELLO BALOGH

ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)

RESUMO

Os reservatorios de petroleo possuem incertezas geologicas que influenciam

significativamente na recuperacao de oleo e gas. Essas incertezas podem ser reduzidas

pela obtencao e integracao de informacoes associadas aos modelos geologicos

tridimensionais. Esses modelos sao construidos por um procedimento definido e usado

como base para a avaliacao das incertezas. A Geoestatistica proporciona a modelagem

numerica da continuidade espacial, atraves das chamadas funcoes "estruturais", tais

como o semivariograma, gerando distribuicoes que representam a incerteza nos espacos

nao amostrados de atributos petrofisicos (dados de pocos) de reservatorios utilizando

dentre muitas tecnicas de analise de incertezas a simulacao probabilistica. A simulacao

dos atributos volumetricos de um reservatorio utiliza a simulacao geoestatistica gerando

a distribuicao de probabilidade do volume de hidrocarboneto in situ atraves do processo

de quantificacao das incertezas relacionadas com as variaveis dos atributos geologicos

do reservatorio. As incertezas da modelagem tridimensional estao associadas tanto para

os dados diretos quanto indiretos, e que sao inseridos no processo de modelagem. Dessa

maneira para que as incertezas sejam minimizadas torna-se necessario, durante o

processo de modelagem, o uso nao apenas de ferramentas geoestatisticas, mas tambem a

experiencia do geologo durante o tratamento de dados.

Palavras-Chaves: Incertezas, reservatorios petroliferos, modelagem tridimensional,

geoestatistica.

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ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ-TOMBADOR,

CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA

CLEISON DAS MERCÊS SANTOS

ORIENTADOR: GEÓLOGO ANTONIO JORGE MAGALHÃES (PETROBRAS)

RESUMO

A área de estudo está situada no domínio fisiográfico da Chapada Diamantina, parte

central do Estado da Bahia da Província São Francisco. Devido a diferenças estruturais,

conforme Jardim de Sá et al.(1976) a Chapada Diamantina pode ser dividida nos

domínios Ocidental e Oriental . A área de trabalho está restrita ao domínio oriental em

metassedimentos pertencente ao Supergrupo Espinhaço, e compreende os grupos

Paraguaçu e Chapada Diamantina. O presente trabalho tem como objetivo realizar a

análise estratigráfica de seções geológicas, em rochas mesoproterozóicas das Formações

Guiné-Tombador, com base nos conceitos da Estratigrafia de Seqüências. A passagem

da Formação Guiné para Formação Tombador é marcada por uma superfície de

discordância subaérea. A parte superior da Formação Guiné é representada por depósitos

deltaicos. Acima da discordância subaérea, a Formação Tombador apresenta depósitos

eólicos que são cobertos por depósitos estuarinos transgressivos. A Formação Guiné

está inserida no grupo Paraguaçu e representa a fase pós-rifte da Bacia do Espinhaço

Oriental. A Formação Tombador, presente no grupo Chapada Diamantina representa a

fase sinéclise da Bacia do Espinhaço Oriental. Foram levantados perfis de

empilhamento verticais gerando três seções estratigráficas (Trilha da Cachoeira da

Fumaça, Morrão, Trilha do Beco). Esse levantamento propiciou a interpretação de

superfícies estratigráficas, tratos de sistemas e hierarquização das superfícies, em escala

de afloramentos.

Palavras-chaves: Formações Guiné-Tombador; Seções Estratigráficas; Superfícies

Estratigráficas; Tratos de Sistemas.

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ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITOS DE FOSFATO

SEDIMENTOGÊNICOS: UMA APLICAÇÃO NA BACIA DE IRECÊ

CLEITON DA CRUZ DOS SANTOS

ORIENTADORA: MSC. MAISA BASTOS ABRAM (CPRM)

RESUMO

Fosfato e um termo utilizado para designar um grupo de minerais, depositos ou rochas

que tem como principal constituinte o elemento quimico fosforo (P). Este bem mineral

constitui um dos principais componentes de fertilizantes utilizados para a agricultura em

diversos paises. Os depositos de fosfato estao relacionados a tipologias distintas,

destacando-se os de origem sedimentar e os magmatogenicos. Os depositos de origem

sedimentar constituem a principal fonte de fosfato no mundo (cerca de 80% das reservas

mundiais de fosfato). Este trabalho tem como foco o estudo dos depositos de fosfato

sedimentogenico e a aplicacao do metodo espectrorradiometrico para a verificacao da

validade do uso desta ferramenta na prospeccao de depositos relacionados a esta

tipologia. A espectrorradiometria constitui uma importante tecnica do sensoriamento

remoto, que vem sendo aplicada em diversas areas de conhecimento da geologia,

destacando-se seu uso no mapeamento de zonas de alteracao hidrotermal associadas a

depositos minerais. Os depositos de fosfato sedimentogenico possuem parageneses

especificas, estando normalmente associados a niveis dolomiticos, intercalados em

pelitos ou em niveis margosos e quando intemperizados geram fosfatos aluminosos que

se espera poderem ser rastreados atraves de suas assinaturas espectrorradiometricas.

Para este estudo, foi escolhida uma area de deposito conhecido de fosfato

sedimentogenico na Bacia de Irece. Foram coletadas amostras de rocha e solo da zona

mineralizada nos municipios de Irece e Canarana e das encaixantes destes depositos, as

quais foram submetidas a estudos petrograficos, difratometria de raios-X e medidas

espectrorradiometricas em laboratorio. A partir deste estudo e das medidas realizadas foi

composta uma biblioteca espectral para o deposito e mapeamento multiespectral em

sensor ASTER das assinaturas espectrais encontradas no deposito.

Palavras-chave: Fosfato, espectrorradiometria, geologia, mapeamento, mineralizacao.

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DIQUES GRANÍTICOS DA ORLA DE SALVADOR: PETROGRAFIA,

LITOGEOQUÍMICA E ESTRUTURAL

ERISSON TIANO GONÇALVES DOS SANTOS

ORIENTADORA: DRª. AMALVINA COSTA BARBOSA (UFBA)

RESUMO

Os diques félsicos que ocorrem na região da orla marítima da cidade de Salvador, estado

da Bahia, inseridos no Cráton São Francisco, especificamente no embasamento

granulítico do Orógeno Salvador-Esplanada, Esta é uma unidade tectônica alongada na

direção N45º, que apresenta uma história evolutiva complexa, destacando-se as diversas

rochas metamórficas de alto e médio grau do domínio Alto do Salvador (BARBOSA et

al. 2005). Os principais afloramentos destes diques encontram-se nas praias de Itapuã,

Jardim de Alah e Paciência (bairro Rio Vermelho). Os corpos intrusivos félsicos

apresentam-se completamente fraturados e intemperizados, de coloração rósea e

granulometria de média a grossa. São leucocráticos, isotrópicos, inequigranulares e tem

dimensões entre 0,4 a 3,0 metros de largura e de 1,0 a 31,0 metros de comprimento.

Estão colocados em duas direções preferenciais, no quadrante sudeste e sudoeste com

atitudes respectivamente de N115/75ºNE e N080º/86ºNW. Composicionalmente, os

diques foram classificados como sienogranitos e monzogranitos, cujos minerais

essenciais são: microclina, oligoclásio e quartzo. Associam-se a estes os minerais

varietais - biotita e muscovita e uma fase acessória, com magnetita, apatita e zircão,

apresentam texturas relacionadas à alteração fraca atribuída a circulações de soluções

aquosas Os cristais apresentam fraturas com preenchimento mineral de alteração,

evidenciando circulação de fluidos.

Palavras chaves: diques félsicos, petrografia, Salvador, Bahia.

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GEOLOGIA E PETROGRAFIA DOS DIQUES MÁFICOS DA PORÇÃO LESTE

DA FOLHA CAETITÉ (SD.23-Z-B-III), ESCALA 1:100.000

GISELE CHAGAS DAMASCENO

RESUMO

Os diques máficos localizados na porção leste da folha Caetité, sudeste do Estado da

Bahia, encontram-se inseridos no Cráton do São Francisco, mais precisamente no

embasamento granítico-gnaissico-migmatítico, de idades Arqueana do Bloco Gavião.

De acordo com Barbosa et al. (2009, no prelo), os diques máficos estudados apresentam

posicionamento cronológico duvidoso, mas podem ser relacionados e associados aos

diques máficos da Chapada Diamantina de idade Mesoproterozóica (BRITO, 2005,

2008). Esses diques máficos encontram-se localizados tanto na porção interna quanto na

porção externa do "Domo Lagoa da Macambira" onde foram cartografadas rochas do

Complexo Gavião, tonalito a granodiorito Lagoa da Macambira e Santa Rita e rochas

vulcanossedimentares do Complexo Ibitira-Ubiraçaba, respectivamente. De modo geral,

os diques máficos se apresentam sob forma de lajedos, localizados em sua maioria em

margens e leitos de rios, apresentam granulometria entre fina a média, são maciços,

isotrópicos, possuem morfologia retilínea com pequenas sinuosidades, preenchendo

fraturas distensivas segundo orientação preferencial WNW-ESE, espessuras que variam

de poucos centímetros a dezenas de metros e extensões variáveis de até 3 km. Nos

locais onde os diques máficos fazem contato com a rocha encaixante é comum a

presença de fragmentos que variam de pequenos seixos a blocos com capas concêntricas

em torno do núcleo mais duro da rocha. Petrograficamente são equigranulares, possuem

granulação que varia de fina a média e texturas como ofítica, subofítica, intergranular e

poiquilítica. Apresentam ainda texturas como zoneamento, saussuritização,

sericitização, cloritização, uralitização e biotitização. A partir do estudo petrográfico

detalhado foi possível agrupá-los em dois grupos com características texturais distintas

reflexo do posicionamento dos diques máficos em relação ao "Domo Lagoa da

Macambira". Os diques máficos foram classificados como gabros com afinidade

toleítica. A partir do estudo geoquímico utilizando diagrama Harker e MgO? como

índice de variação notou-se que a evolução magmática gerou empobrecimento

de CaO? e Al2O3 e enriquecimento de SiO? 2, TiO? 2, FeO? t, K2O, Na2O e elementos

incompatíveis. O comportamento geoquímico dos elementos maiores sugere um forte

controle dos minerais plagioclásio e piroxênio no processo de cristalização fracionada

sofrido pelo magma. Fazendo uma comparação dos diques máficos estudados com os

diques máficos da região de Brumado é possível perceber as similaridades a partir do

comportamento geoquímico dos elementos maiores, traços e terras raras.

Palavras chaves: Petrografia, Geoquímica, Diques Máficos, Caetité.

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ESTRUTURAS ASSOCIADAS COM FLUXOS GRAVITACIONAIS DO

TIPO SLUMP DA FORMAÇÃO MARACANGALHA, NA ILHA DE MARÉ,

BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

GUILHERME FREITAS BARBOSA

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA GOMES (UFBA)

RESUMO

A seção rifte das bacias sedimentares brasileiras representa o registro associado à

fragmentação do Gondwana e consequente separação entre o Brasil e a África, com a

abertura do Oceano Atlântico Sul, gerando os mais importantes sistemas petrolíferos do

país. A Formação Maracangalha (Eocretáceo ca. 140 Ma), faz parte da seção rifte da

Bacia do Recôncavo. Na Ilha de Maré os depósitos estão associados com fluxos

sedimentares gravitacionais subaquosos, em especial do tipo slump (escorregamento).

Estes depósitos são caracterizados pela perda parcial ou total de estrutura interna

durante evolução do fluxo, originando os pacotes arenosos com granulometria fina, por

vezes maciços, que constituem os membros Caruaçu e Pitanga. O objetivo principal

deste trabalho foi caracterizar as estruturas associadas com fluxos por slump na Ilha de

Maré e, com isso, sugerir os sentidos para a movimentação destes sedimentos, assim

como determinar os campos de tensão associados. Devido ao estado mecânico dos

sedimentos, eles apresentam uma grande variedade de estilos de deformação interna,

variando desde o estágio rúptil, até o altamente plástico. As estruturas foram

individualizadas de acordo com o processo de formação em três grupos; (i) associadas

ao estado plástico; (ii) de injeção (liquefação e fluidização), ambas relacionadas com

eventos cedo ou sin-sedimentação, e por fim (iii)associadas ao estado sólido, sendo esta

tardi ou após a sedimentação das camadas arenosas. No primeiro caso, verificou-se a

existência de uma superfície de slump (SS), onde, zonas de cisalhamentos aproveitam o

plano, resultando em estruturas S-C, além de laminações convolutas e dobras

intrafoliais. Relacionadas com as estruturas de injeção, ocorrem diques clásticos,

vulcões de areia ( blows) e estruturas de carga. No terceiro grupo entram as falhas de

grande amplitude pós-sedimentares, as bandas de deformação e as fraturas. Ao todo foi

coletado um total de 2.013 medidas planares e lineares. Como resultado foi verificado

que certas estruturas são confiáveis na determinação do sentido de movimento de

massa, obtendo fluxos que variam entre os quadrantes SW e SE, sugerindo um fluxo

parcialmente confinado. Fazendo uma integração dos dados entre os três setores, tem-se

como resultado que as falhas possuem duas direções principais; uma aproximadamente

N-S com mergulho para E, e outra N140°-N150° com mergulhos para NE e SW, que

podem estar associadas com a Falha de Mata-Catu (N140°) e com as falhas de borda da

bacia; Salvador (N30°) e Maragogipe (N10°). Os tensores principais (σ1) analisados

posicionam-se em três direções principais N60°-N70°, N90°-N100° e N150°- N160°,

obtidos através da análise dos pares conjugados de falhas. Os eixos de dobras cilíndricas

possuem direção preferencial N290°-N300°, sugerindo um fluxo aparente para N200°-

N210°.

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ESTUDOS DE ANÁLOGOS DE RESERVATÓRIO PARA MODELAGEM 3D -

EXEMPLO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

JOEL DOS SANTOS NAZÁRIO

ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)

RESUMO

A presente monografia apresenta o resultado da pesquisa feita sobre a importância do

estudo de análogos de reservatório petrolífero para modelagem 3D, abordando as suas

utilizações tanto nas etapas dessa modelagem, quanto nos critérios utilizados para a

escolha de um análogo. Este reservatório está localizado no Campo de Araçás, na parte

central da Bacia do Recôncavo, Bahia. Sua rocha reservatório pertence ao Membro

Santiago da Formação Pojuca. Esta formação é uma unidade estratigráfica do Grupo

Ilhas de idade Hauteriviano a Barremiano (Cretáceo Superior) que engloba o Membro

Santiago, um dos principais reservatórios petrolíferos da Bacia do Recôncavo. A

caracterização geológica deste estudo se resume ao local onde se situa este reservatório.

O ambiente de deposição dos arenitos Santiago situa-se em uma área relativamente

restrita dentro da porção do sistema da planície deltáica da Bacia do Recôncavo,

correspondente a uma baía interdistributária que contém influxo de areias de

granulometria grossa que se acumularam através do rompimento de diques dos dois

canais de adução principais localizado ao norte e ao oeste do campo de Araçás. Os tipos

de depósitos possuem as características dos subambientes da barra de desembocadura

proximal e/ou distal, barra distal, barra/baía distal, prodelta e preenchimento de baía

( bay fill). Em relação à modelagem 3D, os análogos conhecidos podem ser utilizados

para incrementar os subsídios teóricos do modelo conceitual para um determinado

reservatório ou em hipóteses amplamente aceitas para a formação e estruturação do

reservatório. Os análogos podem também ser utilizados na configuração estrutural de

um reservatório independente da qualidade da sísmica ou quando não existe dado

sísmico, no arcabouço estratigráfico preenchendo lacunas provocadas por processos

naturais ocorridos durante a formação das rochas ou por programas computacionais, na

modelagem de fácies quando os dados poços não são suficientes, sendo utilizados como

dados de entrada para funções de correlação, e na modelagem petrofísica sendo

utilizados com a finalidade de suprir as carências em termos de dados de

permeabilidade e porosidade ou até mesmo enriquecer com informações tornando o

modelo mais ideal. Os critérios que foram escolhidos para a escolha de análogos de uma

área em estudo devem variar para cada situação específica. Utilizando-se alguns desses

critérios, três áreas geológicas foram escolhidas como análogos à Formação Pojuca,

sendo: a Formação Dunvegan (análogo antigo), porção basal da Formação Rio Bonito

(análogo antigo) e o delta do Rio Mississipi (análogo recente). Os análogos podem ser

utilizados em todas as etapas da modelagem tridimensional. E as formações Dunvegan e

Rio Bonito e o delta do Rio Mississipi podem subsidiar a modelagem geológica do

reservatório Santiago, através dos seus dados geológicos disponíveis

Palavras - chave: Análogos. Ambiente de deposição. Modelagem geológica.

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ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E PETROGRÁFICA DA FORMAÇÃO SERGI

PRÓXIMO A FALHA DE MARAGOJIPE - DISTRITO DE SÃO ROQUE DO

PARAGUAÇU

LEIDIANE SAMPAIO E SILVA

ORIENTADOR: DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA- PETRORAS)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo a caracterização sedimentológica e petrológica da

Formação Sergi na borda oeste da Bacia do Recôncavo, avaliando os impactos dos

ambientes deposicionais, das condições diagenéticas e da tectônica rúptil sobre a

qualidade dos reservatórios constituídos pelos arenitos dessa formação. Foram

determinados os paleoambientes deposicionais da Formação Sergi na área de estudo,

com a utilização dos critérios que definem conceitos de fácies, litofácies e associação de

fácies, identificando as características litológicas e estruturas sedimentares. A área

estudada foi associada à seqüência I da Formação Sergi, caracterizada por depósitos

fluviais efêmeros associados a depósitos eólicos de frente de dunas e de interdunas. A

identificação dos eventos diagenéticos, aos quais os litotipos estudados foram

submetidos permitiu interpretar as diferentes condições de soterramento dos

reservatórios, que variaram desde a eodiagênese até a mesodiagênese profunda. Estudos

preliminares de proveniência, baseados somente na composição mineralógica,

concluíram que a principal fonte dos sedimentos locais estaria no Cráton do São

Francisco, posicionado a oeste da área estudada. A tectônica rúptil local, que foi

associada à fase rifte da Bacia do Recôncavo, promoveu o desenvolvimento de bandas

de cisalhamento e mobilização da sílica que cimentou os poros e substituiu os minerais

do arcabouço e da pseudomatriz dos reservatórios. No seu conjunto, os eventos

diagenéticos e a tectônica rúptil impressos nos reservatórios locais impactaram

diretamente na baixa qualidade dos mesmos.

Palavras-chave: Formação Sergi. Sedimentologia. Petrografia. Diagênese. Tectônica,

Reservatório.

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PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS AUGEN-

CHARNOCKITOS DAS REGIÕES DE NOVA ITARANA, IRAJUBA E

ITAQUARA, BAHIA

LEILA TATIANE LOPES SANTOS

ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)

RESUMO

As rochas alvo dessa pesquisa são os augen-charnockitos, mapeados na porção sudeste

da Bahia e que encontram-se metamorfizadas no fácies granulito. Estas rochas

ortoderivadas são constituídas predominantemente por mesopertita, quartzo,

plagioclásio, anfibólios, biotita e opacos e, em menor proporção, ortopiroxênio e

clinopiroxênio. A apatita, o zircão e a mirmequita ocorrem como acessórios. O aspecto

augen dessas rochas é dado por fenocristais de mesopertita, sendo que as deformações e

o metamorfismo que as atingiram ocorreram durante o Paleoproterozóico, este último,

tendo alcançado temperaturas de cerca de 850°C e pressões de 7 kbar. Os resultados

litogeoquímicos preliminares sugerem que os augen-charnockítos são provenientes de

uma suíte de composição essencialmente granítica, cálcioalcalina de médio K e sem

nenhuma afinidade geoquímica com os TTGs dessa época. Os diagramas de Harker

sugerem um comportamento compatível para os elementos

maiores TiO2? , CaO? , Al2O3? , Na2O? ,FeO? , MgO? , e P2O5? e elementos menores

e traços Ba, Sr, Zr e o Ni. Já os elementos incompatíveis são claramente o K2O? e o Rb

e menor o Na2O? . Pelos padrões dos elementos Terras Raras (ETR) é possível observar

um forte enriquecimento dos elementos Terras Raras Leves e uma depleção nos Terras

Raras Pesados.

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INTERPRETAÇÃO SÍSMICA 2D NA ÁREA DE ESPIGÃO, BACIA DE

BARRERINHAS, MUNICÍPIO DE SANTO AMARO – MA

LUIZ EDUARDO C. L. ANDRADE

OIENTADOR: GEÓLOGO MARCO CESAR SCHINELLI (PETROBRAS)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo interpretar três seções sísmicas da Área de Espigão,

localizada na Bacia de Barreirinhas, município de Santo Amaro, Maranhão. A

metodologia aplicada compreendeu o estudo prévio da geologia da Bacia de

Barreirinhas e da Área de Espigão, a correlação das informações de perfilagem sísmica

dos poços com as seções sísmicas através da construção de um sismograma sintético e

do gráfico de relação tempo x profundidade, o mapeamento de horizontes com indícios

de hidrocarbonetos, superfícies estratigráficas e estruturas geológicas. Como resultado

foi possível descrever a evolução da estratigrafia da área estudada, mapear e classificar

as estruturas geológicas e os reservatórios de gás natural. A Área de Espigão tem um

grande potencial para produção de gás natural, mas para uma melhor avaliação da

economicidade da área, torna-se necessária a aquisição de dados sísmicos, em maior

quantidade e melhor qualidade.

Palavras-chave: Interpretação Sísmica 2d; Bacia De Barreirinhas;Área De Espigão.

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HIDROGEOLOGIA DO AQUÍFERO CÁRSTICO DA REGIÃO DE IRECÊ,

BAHIA

MOISÉIS SILVA LIMA

ORIENTADOR: DR. LUiIZ ROGÉRIO BASTOS LEAL (UFBA)

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo o estudo hidrogeológico do aquífero cárstico da região

de Irecê/BA , devido à necessidade de se compreender o funcionamento, processos que

controlam esse tipo de meio anisotrópico. No estudo e utilização dos aquíferos cársticos

é imprescindível a compreensão e entendimento das características desses tipos de

sistemas principalmente no que diz respeito às demarcações de rotas de fluxo da água

subterrânea e correlação de áreas de recarga e descarga. O aquífero cárstico da região de

Irecê está inserido no domínio das bacias hidrográficas dos rios Verde e Jacaré

(afluentes do rio São Francisco) e na porção sul na bacia do rio Santo Antônio (afluente

do rio Paraguaçu). Devido à interação dos fatores climatológicos, litológicos e

estruturais apresenta diferentes estágios evolutivos. No norte e centro exibe um estágio

juvenil com presença de dolinas rasas e de pequeno porte, poucos sumidouros,

constituindo um aquífero de natureza cárstico-fissural. No sul e nos contatos (bordas

leste e oeste) com as litologias do Grupo Chapada Diamantina, o carste apresenta-se

bem desenvolvido (dolinas de grande porte e profundas, sumidouros, vales cegos,

estruturas de desabamento, etc.) devido à maior disponibilidade de água proveniente das

precipitações e da circulação subterrânea associada aos fraturamentos e falhamentos de

contato. A construção do mapa potenciométrico da área estudada, possibilitou a

identificação do principal divisor de águas da região de Irecê. Este situa-se na região da

cidade de João Dourado (porção central do mapa), onde os fluxos apresentam um

movimento radial divergente em todos os sentidos. Na região da cidade de América

Dourada está localizada a principal zona de descarga do aquífero, onde os fluxos

convergem em direção ao rio Jacaré que se constitui no nível de base local. Nessa região

estão localizados os poços com as maiores vazões.

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ESPECTRORRADIOMETRIA EM DEPÓSITO DE FOSFATO

MAGMATOGÊNICO: APLICAÇÃO PARA O DEPÓSITO DE CATALÃO I – GO

NÍVIA PINA D SOUZA

ORIENTADORA: MSC. MAISA BASTOS ABRAM-CPRM (CPRM)

RESUMO

O fosfato é uma substância mineral de grande interesse econômico para o Brasil. O

interesse por este bem mineral é alto, uma vez que constitui um dos principais

componentes dos fertilizantes, e não existe substituto para o fósforo na agricultura. A

produção brasileira de fosfato não atende a demanda nacional, sendo o fosfato crítico

para a economia do país, havendo necessidade de novas descobertas para suprir esta

deficiência. As rochas fosfatadas podem ocorrer na forma de depósitos de origem

magmática, depósitos sedimentares, depósitos fosfáticos residuais zoógenos (tipo ilha),

depósitos residuais meteóricos e depósitos metamorfizados. Neste trabalho será

estudado o depósito de fosfato de Catalão I que é de origem magmática, que está

associado aos complexos alcalino-carbonatíticos mesozóicos, relacionados ao

lineamento Az 125º, localizado na borda da Bacia do Paraná na Província Alcalina do

Alto Paranaíba. O objetivo deste trabalho foi verificar a aplicabilidade de técnicas de

prospecção de fosfato magmatogênico com o uso do sensoriamento remoto. Este

trabalho final de graduação (TFG) utilizou técnicas de sensoriamento remoto, através de

estudos de espectrorradiometria para reconhecer as respostas espectrais de um depósito

já conhecido de fosfato. Para tanto, foi utilizada técnica de mapeamento hiperespectral

aplicadas a imagens multiespectrais ASTER ( Advanced Spaceborne Thermal Emission

and Reflection Radiometer). Para embasar o estudo foi feita a caracterização

petrografica das amostras coletadas em campo, utilizadas na determinação

espectrorradiométrica do depósito alcalino-carbonatítico escolhido. Esta pesquisa

resultou em um mapa espectral a partir da técnica Spectral Angle Mapper (SAM) e

deverá dar suporte ao desenvolvimento de uma nova técnica de prospecção para

depósitos de fosfato magmatogênico. Na medida em que as paragêneses dos depósitos

de fosfato magmatogênico estudadas forem identificadas com o uso de sensores

remotos, novas áreas poderão ser identificadas, ampliando assim a perspectiva para

novos depósitos desta tipologia.

Palavras-chave: Sensoriamento remoto, espectrorradiometria, fosfato magmatogênico e

petrografia.

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CARACTERIZAÇÃO DOS SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DE FUNDO DA

PORÇÃO CENTRO-NORTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS, BAHIA-

BRASIL

PAULA CAMPOS FREIRE

ORIENTADOR: PROF. GERALDO MARCELO PEREIRA LIMA (UFBA)

RESUMO

A Baía de Todos os Santos (BTS), terceira maior reentrância costeira do Brasil,

representa um dos maiores depósitos de sedimentos carbonáticos em áreas confinadas

do país. As avaliações batimétricas, energia hidrodinâmica e diferentes áreas fonte de

sedimentos são os principais fatores que controlam a sedimentação nesta baía. Para o

presente trabalho foi coletado um total de 32 amostras de sedimento superficial de

fundo na porção centro-norte da Baía de Todos os Santos, com o auxílio de uma draga

tipo van Veen. Os estudos realizados permitiram identificar, a partir de análises

granulométricas e morfométricas, a origem dos sedimentos siliciclásticos, os grupos

formadores dos depósitos carbonáticos, as características texturais e proporções

composicionais dos grãos, estabelecendo as classes que possuem uma maior

predominância na área.

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CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E GEOQUÍMICAS

DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT MUNDO NOVO

TATIANA MORENO DA SILVA NASCIMENTO

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Formações ferríferas bandadas (BIFs) foram definidas por James (1954) como

sedimentos químicos, finamente bandados, contendo 15% ou mais de ferro, de origem

sedimentar, comumente, mas não necessariamente, contendo leitos de chert. Elas podem

ser classificadas na literatura pertinente quanto ao ambiente geológico/geotectônico

(Tipo Algoma,Lago Superior e Rapitan), quanto as fácies mineralógica (óxido,

carbonato, sílicato e sulfeto) e ambiente deposicional. No Greenstone Belt Mundo

(GBMN), Bahia afloram formações ferríferas bandadas, onde foram estudados cinco

alvos: Alvo Mundo Novo-AMN, Alvo Fazenda Sossego-AFS, Alvo Fazenda Jandaia-

AFJ, Alvo Lagoa da Onça-ALO e Alvo Jacobina-AJ Estes foram caracterizados,em

relação, a geologia, mineralogia, petrografia e geoquímica. O AMN é caracterizado por

uma associação vulcânica-grauvaca, possuindo presença de sedimentos exalativos como

chert, manganês e formações ferríferas bandadas. ALO ocorre rochas ultramáficas e

quartzíticas, encaixantes de formações ferríferas bandadas, associada a metachert.

Enquanto AFS foram encontrados fragmentos de rochas do tipo anfibolito e

calcissilicáticas, constituintes do dominio máfico inserido, possuindo formações

ferríferas exibindo laminações associada a metachert. O AFJ ocorre típicas BIFs, com

microbandas de metachert. AJ exibem formações ferríferas e manganesíferas, associada

a metachert, com presença também de andaluzitaxisto e quartzito. As fases

mineralógicas presentes em todos alvos são a hematita, magnetita, goethita e quartzo,

identificadas pela difratometria de raio-x ou petrografia microscopica, além da grunerita

presente apenas AFS. Ocorrem nos alvos, teores médios de Fe ( 9,52->15%),mostrando

gradação de metachertferruginoso para formação ferrífera propriamente dita. Os

resultados geoquímicos, nas formações ferríferas, revelaram teores médios baixos para

Mg = 0,03 %, Al=0,19%, Ca= 0,02%, Mn=0,46%, Na= 0,03%, P= 0,04%, K= 0,07% e

Ti = 0,01%. Para os elementos traços, ocorre teores altos, como, AMN (Zn e Ba), AFS

(Ba,Cr,), o AFJ (V,Cr,Zn), ALO (Cr), AJ (Ba,Co,Cr,Cu,Ni,Zn). Baseado na associação

de rochas vulcânicas nos alvos, características litológicas associadas e interpretação de

seu ambiente deposicional observase formações ferríferas bandadas semelhantes ao

Tipo Algoma. A fácies óxido (hematita e magnetita) é identificada em todos os alvos.

Em relação a origem, tem-se que os principais componentes, ferro e silício, das

formações ferríferas, foram derivado do oceano e não de uma fonte continental, a partir

da introdução direta de Fe+2 por exalação vulcânica ou hidrotermal (fumarolas pretas)

sobre o assoalho oceânico, verificado pelos padrões de terras raras, exibindo anomalias

positivas de Europio (Eu). A deposição do ferro foi controlada pelas condições de Eh e

pH, exibindo grande homogenidade química e a origem do bandeamento em BIFs,

possivelmente foi, pela floculação e assentamento diferencial entre sílica e ferro. As

BIFs podem auxiliar nos estudos de reconstrução do ambiente, auxiliado, por exemplo,

pelo registro da assinatura geoquímica ou como critério propesctivo na busca de

mineralizações próximas.

Palavras chaves: GBMN, formações ferríferas bandadas, origem

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ELABORAÇÃO DE UM MODELO DE FÁCIES PARA MODELAGEM

GEOLÓGICA 3D DE RESERVATÓRIOS PETROLÍFEROS - EXEMPLO DE

UM CAMPO NA BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

ULISSES COSTA SOARES

ORIENTADORA: MSC. JACIARA B. DOS SANTOS (PETROBRAS)

RESUMO

Este trabalho aborda a modelagem tridimensional de reservatório, realizado para o

Membro Santiago da Formação Pojuca em um campo de petróleo da Bacia do

Recôncavo, Estado da Bahia. O Membro Santiago é constituído por depósitos de origem

deltaica com direção de paleocorrente para noroeste. Um estudo realizado por Freitas

em 1969, dividiu-o em cinco intervalos reservatórios, definidos como: S-1, S-2, S-3, S-4

e S-5. A modelagem 3-D visa seguir as etapas básicas de uma modelagem com objetivo

de se obter um modelo de fácies. Para isso, fez-se uso de dados de 19 poços

disponibilizado pela Petrobras, os quais constam de perfis elétricos e dado de

testemunho. A análise do testemunho permitiu definir três fácies para o Membro

Santiago, sendo duas fácies areníticas e uma fácies folhelhos, os quais foram associados

aos elementos deposicionais deltaicos. Foram realizadas correlações dos poços a partir

das interpretações definidas a partir de testemunho, e assim determinaram-se os topos e

bases dos intervalos do Membro Santiago. A modelagem iniciou com a modelagem

estrutural, onde foi definido o modelo de falhas e o modelo de superfícies,

estabelecendo a arquitetura e a geometria externa do reservatório. Em seguida foi

construído o modelo estratigráfico onde se definiram as superfícies que limitam as

principais unidades dos reservatórios, bem como o número delayers estratigráficos. Por

fim gerou-se o modelo de fácies utilizando curvas de proporção vertical e variogramas,

de modo a representar, da melhor forma possível, as características das rochas

reservatórios e sua variação espacial. Como resultado obteve-se um modelo de fácies

definido em quatro intervalos: S-2, S-3, S-4a e S-4b, onde o intervalo S-3 mostra-se

como o melhor reservatório.

Palavras-chave: Modelagem Geológica 3d; Modelo De Fácies; Geoestatística.

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MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2010.1

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ANÁLISE ESTRUTURAL, HIDROGEOLÓGICA E HIDROQUÍMICA DO

MANANCIAL SUBTERRÂNEO POÇO VERDE, MUNICÍPIO DE

OUROLÂNDIA, BAHIA

ADRIANO SALES BELITARDO

ORIENTADOR: MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)

RESUMO

A área de estudo está inserida na bacia hidrográfica do rio Salitre a qual ocupa uma área

de cerca de 14.500 km2 na região centro-norte do Estado da Bahia, localizada na

margem direita do rio São Francisco. Esta bacia apresenta escassez das reservas hídricas

superficiais nos seus domínios cársticos, com precipitação pluviométrica média inferior

a 600 mm anuais, concentrada normalmente no período de dezembro à março. A bacia é

composta por rochas do Paleoproterozóico (Seqüências Vulcanossedimentares e

Terrenos Granítico-Gnáissico-Migmatíticos), rochas do Grupo Chapada Diamantina, de

idades Neo a Mesoproterozóica (metassedimentos siliciclásticos das formações

Tombador, Caboclo e Morro do Chapéu), rochas do Grupo Una, de idade

Neoproterozóica (formado pelas rochas carbonáticas presentes na Formação Salitre e

pelos diamictitos da Formação Bebedouro) e pelas Formações Superficiais Cenozóicas

(calcretes da Formação Caatinga e coberturas residuais siliciclásticas) até os depósitos

aluvionares mais recentes. Do ponto de vista hidrogeológico, a água subterrânea está

presente em aqüíferos complexos alojados nos metassedimentos dos grupos Chapada

Diamantina e Una. O Grupo Chapada Diamantina hospeda bons aqüíferos,

dominantemente de fissuras, relacionados ás zonas de falhas. As rochas carbonáticas

que compõem o Grupo Una (formações Salitre e Caatinga) comportam aqüíferos

cársticofissurais. Neles o armazenamento e a circulação de água se dá através de fendas

e canais de dissolução. Classificado como um manancial subterrâneo, o Poço Verde está

localizado a sudoeste do Município de Ourolândia distante 7 km da sede municipal,

onde se constitui como uma importante reserva hídrica. É uma estrutura cárstica

importante, em forma de dolina, desenvolvida por processos de carstificação dos

calcários do Grupo Una, onde se observa o lençol freático aflorante. As análises

estrutural, hidrogeológica e hidroquímica feitas neste trabalho serviram para demonstrar

os seguintes fatos, saber: a) a relação existente entre o fraturamento estrutural e a

carstificação; b) o caráter essencialmente bicarbonatado cálcico daquelas águas, muito

comum em aqüíferos cársticos; c) e que o Poço Verde, pode estar ameaçado de possíveis

contaminações da Barragem de Ourolândia, exigindo ações a serem encaminhadas para

que o quadro atual permaneça inalterado.

Palavra-chave: Hidrogeologia, Hidroquímica, Água subterrânea, Aquífero Cárstico

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O DELTA DO SÃO FRANCISCO: USO DA COMPOSIÇÃO DO SEDIMENTO

NA RECONSTRUÇÃO HOLOCÊNICA DA SEDIMENTAÇÃO DELTAICA

ALITA DE SOUZA PAIXÃO ALVES

ORIENTADOR: DR. JOSÉ MARIA LANDIM DOMINGUEZ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo fundamental propor uma divisão de fácies

sedimentares para a planície deltaica do rio São Francisco durante o Holoceno, com

base na análise composicional dos sedimentos de subsuperfície, visando reconhecer os

paleoambientes que existiram durante este período. Para isso, foram elaborados gráficos

com a composição dos sedimentos para os 15 furos de sondagem do tipo SPT (Standard

Penetration Test) realizados irregularmente na planície deltaica. Estes dados foram

analisados, individual e integralmente, a fim de observar e delimitar os padrões

composicionais de sedimentação que foram, posteriormente, agrupados em seis fácies

sedimentares, a saber: areia eólica, areia marinha, areia-cascalho fluvial, areia fluvial,

lama marinha e lama fluvial. Dentre os componentes identificados, a alga coralina, a

mica, o feldspato, o foraminífero e o fragmento de rocha se destacaram em alguns

padrões composicionais devido à abundância e distribuição com que ocorrem. Dessa

forma, a partir da composição dos sedimentos, na planície deltaica do rio São Francisco,

foi possível registrar, adequadamente, (a) as variações energéticas ao longo das

pretéritas linhas de costa, (b) as mudanças das fontes de edimentos, (c) a disponibilidade

de substratos duros e (d) a presença de antigas áreas protegidas. Este trabalho mostrou

preliminarmente a importância da análise composicional para a identificação de

mudanças ambientais deposicionais, contudo, não foi possível neste trabalho fazer a

correlação sistemática das fácies identificadas com um modelo evolutivo do delta, que é

uma sugestão para um trabalho posterior.

Palavras-chave: Delta do São Francisco; Planície Deltaica; Composição dos

Sedimentos; Fácies Sedimentares; Sondagem SPT.

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ESTUDO COMPARATIVO DOS DIQUES MÁFICOS DA CHAPADA

DIAMANTINA E DO BLOCO GAVIÃO (REGIÕES DE CAETITÉ E

BRUMADO), ESTADO DA BAHIA, BRASIL

AMANDA DULTRA BANDEIRA

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

Inseridos no contexto geotectônico do Cráton do São Francisco (CSF), os diques

máficos que ocorrem na região sudoeste da Chapada Diamantina (CHD) e nas cidades

de Caetité e Brumado, na porção sudeste do Bloco Gavião (BG), foram estudados de

forma mais detalhada por Brito (2008), Damasceno (2009) e Pereira (2007),

respectivamente, evidenciando principalmente as características petrográficas e

químicas destas rochas. Os corpos máficos da região da CHD estão associados,

principalmente, às rochas do Supergrupo Espinhaço, enquanto que os diques máficos

estudados do BG encontram-se totalmente encaixados nas rochas graníticas-gnáissicas-

migmatíticas. A partir da análise dos dados mais detalhados existentes na literatura dos

diques máficos da CHD e do BG, livres ou com pouca alteração metamórfica, foi

possível fazer a correlação dos dados de campo, além de caracterizar e comparar os

dados petrográficos e geoquímicos desses corpos. De forma geral, os diques máficos

estudados são maciços, de granulação fina a média, espessuras de 2 a 5 metros e

extensões variando de alguns centímetros a dezenas de metros. Todos os diques máficos

estudados no presente trabalho possuem uma orientação preferencial próxima a NW-SE

e, secundariamente, NE-SW. A mineralogia essencial perfaz cerca de 90% do volume

total da rocha, composta por andesina/labradorita e augita, podendo possuir cristais de

hornblenda nos corpos máficos da região de Caetité. Os aspectos geoquímicos dos

diques máficos estudados permitiram classificá-los, através de diagramas binários e

ternários, como basaltos de intraplaca, seguindo um trend toleítico. O comportamento

dos elementos maiores e traços evidenciam uma evolução muito semelhante entre os

corpos estudados, mostrando, porém, teores mais elevados

de SiO2? ,TiO2? , Na2O? , K2O? , P2O5? , Ba, Y e Zr e mais baixos

de CaO? e Al2O3? para os diques do BG. O padrão de ETR mostra uma distribuição

espacial bastante semelhante entre os diques estudados, típica de magmas toleíticos,

com um leve enriquecimento de ETR leves em relação aos ETR pesados, sugerindo uma

única fonte mantélica para os diques máficos da CHD e do BG, com porções mais ou

menos diferenciadas.

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O MAGMATISMO GRANÍTICO NO NÚCLEO SERRINHA: GEOLOGIA,

PETROGRAFIA E LITOGEOQUÍMICA DO MACIÇO PEDRA VERMELHA

ANA FÁBIA MATTOS

ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)

RESUMO

O Maciço Granítico Pedra Vermelha (MGPV) é um corpo intrusivo de formato circular,

com aproximadamente 30 Km2 e aflora nas proximidades do município de Monte

Santo, Bahia. Geologicamente o MGPV está situado na porção norte no Núcleo

Serrinha, um antigo bloco siálico constituído por um embasamento Arqueano

Paleoproterozóico sobre o qual se depositaram uma sequência vulcanossedimentar,

ambas intrundido por diversos corpos graníticos. Intrudindo rochas metabásicas, o

MGPV é o único corpo desta natureza que ocorre na porção norte do NSer. Com base na

disposição espacial das rochas, nas relações de campo, e na análise macrotextural,

individualizou-se, no MGPV, dois fácies: (i) fácies núcleo e (ii) fácies borda. O Fácies

de Núcleo (FN) representa um conjunto de rochas monótonas, sendo poucas às

variações texturais e/ou modais observadas. As rochas deste fácies são compostas por

biotita monzogranitos isotrópicos, hololecocrático a leucocrático, de coloração cinza

clara e/ou avermelhada, com textura fanerítica fina a média. O Fácies de Borda (FB) é

mais abundante no maciço, representando cerca de 60% do volume total do corpo. Esta

fácies apresenta-se circundando o núcleo isotrópico e suas rochas aparentam estar

gnaissificadas. Em campo, essas rochas apresentam feições texturais complexas, que se

assemelham às texturas migmatíticas do tipo dobradas e schilieren, e feições sugestivas

de mistura de magmas. Adicionalmente, avaliaram-se as rochas metabásicas da

encaixante imediata, classificadas com hornblenda-gabro melanocráticos, cuja

mineralogia principal é dada por hornblenda e plagioclásio. Os estudos litogeoquímicos

no MGPV, contudo, não permitiram individualizar diferenças significantes entre as

rochas dos dois fácies. Geoquimicamente, as amostras analisadas posicionam-se no

campo dos granitos e granodioritos, sub-alcalinos peraluminosos. Elas apresentam

dualidade potássico-sódica, indicativa de sua natureza shoshonítica. O padrão linear de

alguns elementos químicos em diagramas discriminantes tipo Harker, tais como feições

observadas em campo, sugerem a presença de mistura de magmas, contudo não há

dados suficientes para avaliar quem seriam os componentes desta mistura. Quanto às

encaixantes, apresentaram um padrão com tendências curvilíneas sugestivas de

cristalização fracionada. Os dados apresentados indicam o caráter shoshonítico das

rochas do MGPV, o que, aliado à idade de 2.07 Ga apresentada por Rios et al. (2005)

para as rochas do centro do MGPV, reforçam uma colocação tardi a pós tectônica deste

maciço.

Palavras-chave: Núcleo Serrinha, Granito, Shoshonítico.

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ESTUDO PETROGRÁFICO DOS GRANULITOS DA REGIÃO DE NOVA

ITARANA, BAHIA

EDNIE RAFAEL MOREIRA DE CARVALHO FERNANDES

ORIENTADOR: DR. JOHILDO SALOMÃO F. BARBOSA (UFBA)

RESUMO

A área de estudo está localizada no centro-sul do Estado da Bahia, inserida no Cráton do

São Francisco, fazendo parte da Região Granulítica do Sul da Bahia e do Bloco Jequié.

Durante a colisão Paleoproterozóica, o Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá superpôs o

Bloco Jequié reequilibrando-o no fácies granulito. Os litotipos estudados foram

classificados em rochas paraderivadas, representadas pelos granulitos alumino-

magnesianos (kinzigitos), e ortoderivadas, divididas em: a) granulitos quartzo-dioríticos

com encraves e boudins de granulitos quartzo-gabronoríticos; b) granulitos quartzo-

monzodioríticos; c) granulitos tonalíticos-migmatíticos; d) augen -charnockitos. Estas

rochas apresentam uma história metamórfica complexa no fácies granulito e a presença

de textura simplectítica em alguns minerais sugere que elas sofreram rápida

descompressão durante o soerguimento orogenético.

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ESTRUTURAS ASSOCIADAS A FLUXOS GRAVITACIONAIS DA

FORMAÇÃO MARACANGALHA NA ILHA DOS FRADES, BACIA DO

RENCÔNCAVO, BAHIA

FELIPE SEIBERT MOREIRA

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

A Bacia do Recôncavo, localizada no nordeste do Brasil, no estado da Bahia, consiste

em uma bacia do tipo rifte que possui um dos mais importantes sistemas

petrolíferos onshore do país. Sua geração é associada à fragmentação do

supercontinente Gondwana, que resultou na separação entre a América do Sul e a África

e a abertura do Oceano Atlântico Sul. A Ilha dos Frades, inserida na Baía de Todos os

Santos é constituída por arenitos maciços e lamitos intercalados, com alguns níveis mais

grosseiros, pertencentes à formação Maracangalha, de idade Eocretácea (ca. 140 Ma), e

é subdividida nos membros Caruaçu e Pitanga. Esses litotipos estão relacionados à fase

rifte da evolução da bacia, sendo ligados à fluxos sedimentares gravitacionais na forma

de movimentos de massa subaquosos, podendo ocorrer como: (i) Slumps caracterizados

pela perda total da estrutura interna dos sedimentos ocasionado pela presença de água

durante a evolução do fluxo, o asionando o aumento da plasticidade dos sedimentos, e

(ii) Slides que ocorrem quando a estrutura interna dos sedimentos é preservada havendo

somente a rotação e basculamento do corpo deslocado. De cunho estratigráfico-

estrutural, este trabalho teve como objetivo: (i) identificar padrões de orientação de

estruturas rúpteis e plásticas, determinando os sentidos de movimentação desses fluxos

e definindo se os mesmos ocorreram de forma livre ou confinada e (ii) determinar os

campos de tensões associados às famílias de falhas locais. De acordo com o processo de

formação, as estruturas puderam ser subdividas em quatro grupos, sendo eles: a)

Estruturas pré-fluxo de massa (acamadamento e falhas em intraclastos); b) Estruturas

associadas ao estado plástico (marcas de carga, rampas frontais, dobras e

pseudoclastos); c) Estruturas de injeção (vulcões de areia, diques de arenito, e marcas de

escape de fluido); d) Estruturas associadas ao estado sólido (falhas e fraturas). Quanto á

deformação rúptil foram obtidas aproximadamente 3000 medidas de estruturas planares

e lineares ( slickensides e slickenlines) que foram tratadas com o

Software® StereoNet? versão 2.46, o que possibilitou a distinção das famílias das

estruturas rúpteis mais expressivas. O formato da Ilha dos Frades possui um controle

estrutural fortemente marcado em fotos aéreas ou imagens de satélite, concordando com

as falhas e fraturas encontradas com direções principais N30° e N110°, podendo estar

relacionadas às falhas de Salvador (N30°) e com as falhas de transferência da bacia. As

estruturas indicativas do transporte de massa indicam que os fluxos ocorreram em geral

para leste, havendo algumas variações para nordeste, sul e sudeste, indicando um

provável alto estrutural a oeste. As falhas evidenciaram a atuação de σ1 verticalizado

com extensão para NW-SE, o que vai de acordo com a segunda fase de rifteamento da

Bacia do Recôncavo-Tucano-Jatobá.

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ESTUDO PETROGRÁFICO DAS UNIDADES LITOESTRATIGRÁFICAS DA

PARTE CENTRAL DO GREENSTONE BELT DO RIO CAPIM, BAHIA,

BRASIL

GILMA ALVES PIRES

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

O Greenstone Belt do Rio Capim (GBRC) está situado no Município de Uauá - Bahia,

no limite nordeste do Cráton do São Francisco, em terrenos granito - greenstone que

compõem o Bloco Serrinha. O GBRC compõe uma sequência de rochas metamorfisadas

com extensão de 130km2, dispostas em um sinclinório com forma sigmoidal alongada

em norte – sul e delimitado por falhas. O GBRC é constituído, da base para o topo, por

basaltos toleíticos de fundo oceânico, seguidas por lavas piroclásticas intermediárias a

ácidas, cálcioalcalina de arco de ilha e, finalmente, paragnaisses calciossilicático

intercalados a itabirito e metacherts ferruginoso ou turmaliníticos. De oeste para leste na

área de estudo afloram rochas de composição granítica-gnaissicas-migmatíticas cortadas

por diques máficos composta por plagioclásio, anfibólios, piroxênios e biotita,

caracterizadas como o embasamento da sequência. As rochas do GBRC, na área de

estudo, são constituída por rochas metabasalticas, anfibolíticas e tonalíticas. O estudo

das associações minerais permitiu identificar uma paragênese metamórfica de fácies

anfibolito, composta por hornblenda + plagioclásio representando nas rochas máficas da

Unidade Riacho das Pedras; fácies xisto verde referentes as rochas da Unidade Caratacá

compostas por plagioclásio, quartzo, biotita, carbonatos e cloritas; e fácies anfibolito da

unidade Coiqui, Gado Bravo e Caiada compostas por hornblenda, plagioclásio, biotita,

quartzo e piroxênios. As paragêneses calcita, mica branca e hornblenda parecem estar

relacionadas a alteração hidrotermal na área de estudo. O GBRC, de idade

paleoproterozóica, apresenta semelhança temporal e litoestratigráfico com o greenstone

belt do Rio Itapicuru, alojado também no Bloco Serrinha.

Palavras chaves: greenstone belt, Rio Capim.

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FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA SEQÜENCIA CONTENDAS-MIRANTE,

BAHIA: CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS, PETROGRÁFICAS E

GEOQUÍMICAS

JANAINA ALMEIDA DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Neste trabalho são apresentados os resultados de estudos geológicos,

petrográficos/mineralógicos e geoquímicos (ETRs, varredura 30 elementos e Au + Pt +

Pd), realizados emformações ferríferas em 9 alvos da Seqüência Contendas-Mirantes,

BA, onde 6 deles apresentam exposições dessas formações. De modo geral, as

formações ferríferas estudadas se concentram na porção leste da unidade Jurema-

Travesssão e tem como principal rocha encaixante os tremolititos e meta cherts. Elas

são constituídas por quartzo, magnetita, hematita, grunerita/cumingtonita e por vezes

tremolita, sendo classificada, portanto, como representantes da Fácies óxido/silicato. As

rochas dessa seqüência encontram-se intensamente deformadas e dobradas, orientadas

segundo a direção geral norte-sul com mergulho para leste. As análises químicas

mostram que os elementos Ni, Cr, Cu, Pb e Zn, apresentam concentrações relativamente

baixos, tanto nas formações ferríraras quanto nos tremolititos, e se aproximam das

concentrações de rochas de natureza sedimentar(folhelhos). A integração dos dados

geológicos, petrográficos e químicos sugere que as formações ferríferas estudadas

foram depositadas em ambiente marinho raso com alguma contribuição hidrotermal,

conforme os padrões obtidos para elementos terras - raras. Os processos hidrotermais

provavelmente fo ram responsáveis pelas mineralizações de sulfetos e ouro, presentes

em alguns pontos das formações ferríferas.

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ESTRUTURAS E TECTÔNICA DA ZONA DE TRANSIÇÃO ENTRE OS

BLOCOS JEQUIÉ E ITABUNA-SALVADOR-CURAÇÁ, REGIÃO DE ITATIM,

BAHIA, BRASIL

JUDIRON SANTOS SANTIAGO

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

A região de Itatim fica situada em uma mega-estrutura sigmoidal, em uma zona de

transição entre dois importantes segmentos crustais do estado de Bahia, o Bloco Jequié

e o Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá, normalmente associado a um regime tectônico

regional sinistral. Apesar disso, muito pouco se sabe sobre como se estruturou essa faixa

de transição e a importância das estruturas regionais na modelagem do relevo local, uma

vez que, nesse local, se encontra uma dos maiores concentrações de inselbergs do

mundo, coincidentemente alinhados segundo o trend regional N120º. Os litotipos

metamórficos de alto e médio grau encontram-se polideformadas no estado dúctil,

interpretados em termo de evolução tectônica colisional em quatro fases deformacionais

progressivas. A primeira fase do estágio inicial da colisão possui movimentação

tectônica reversa, onde foi gerada uma foliação regional de baixo mergulho, de

orientação principal N030º e uma lineação de crescimento mineral dipslip, associada

com o fácies de granulito. A segunda fase representa um estágio mais avançado da

colisão, onde se desenvolveu uma foliação de alto ângulo de orientação N120º e um

sistema de zonas de cisalhamento transpressivo dextral, marcada pela presença de

grandes alinhamentos estruturais no relevo em escala regional. A terceira fase é

caracterizada por um par conjugado de cisalhamento transcorrente dúctil (N140º e

N010º). A quarta fase está associada ao colapso gravitacional do orógeno, onde foi

gerada uma foliação de baixo mergulho. Por fim, baseado no estudo de estruturas

dúcteis e indicadores de cinemáticos associados, usando métodos de inversão foram

possível adquirir a orientação 3-D dos campos remotos de paleotensão para cada fase da

evolução tectônica: (i) na fase inversa, σ1 foi orientado a N120º e σ3 a N317º; (ii) na

fase de transpressiva, σ1 N160º e σ3 N252º; (iii) na terceira fase, σ1 N000º e σ3 N090º

e; (iv) na fase de colapso, σ1 N041º e σ3 N082º. A combinação destes dados sugere uma

rotação do tensor principal de compressão (σ1) no sentido horário, durante a evolução

da colisão dextral, inserido em um cenário de evolutivo tectônico regional sinistral. Isso

pode ser explicado pela geometria de sigmoidal da zona de colisão, com orientação N-S

para um cenário sinistral e N120º para o cenário dextral de expressão local. Uma

observação interessante neste estudo é o controle tectônico-estrutural exercido na

evolução geomorfológica, cujos produtos constituem abruptas elevações de rochas

completamente isoladas na planície (inselbergs).

Palavras-chave: zona de colisão de blocos, rochas de alto grau metamórfico,

análiseestrutural, inselbergs, Itatim- Bahia.

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ASPECTOS HIDROQUÍMICO E HIDROGEOLÓGICO DA BACIA

CARBONÁTICA DE IRECÊ NO MUNICÍPIO DE IRAGUARA-BAHIA

KARLOS GOUTHIER MOREIRA SANTOS

ORIENTADOR: DR. SERGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho concentra seus estudos no aqüífero Cástico do município de

Iraguara, Bacia Carbonática de Irecê, situado na região central do Estado da Bahia, no

domíio da Chapada Diamantina. Hidrograficamente o aqüífero Cástico do município de

Iraguara, está inserido no domínio das bacias hidrográficas do Rio Paraguaçu (alto do

Paraguaçu) com a bacia hidrográfica do Rio São Francisco. Devido à interação dos

fatores climatológicos, litológicos e estruturais apresenta diferentes estágios evolutivos

do carste, com grandes concentrações de grutas e cavernas à sul, região das localidades

de Lagoa Seca, Fazenda Pratinha, Lapa Doce e Torrinha onde há grutas homônimas.

Geomorfologicamente a área exibe feições inerentes ao Carste, com presença de dolinas

de porte variado, sumidouros, vales cegos, etc. No contato (bordas leste e oeste e a sul)

com as litologias do Grupo Chapada Diamantina, o Carste apresenta-se bem

desenvolvido (dolinas de grande porte e profundas, sumidouros, vales cegos, estruturas

de desabamento, etc.) devido à maior disponibilidade de água provenientes das

precipitações e da circulação subterrânea associada aos fraturamento e falhamentos de

contato. O estudo das características físico-química das águas subterrânea no município

de Iraguara foi realizado, através do tratamento e análise de ficha dos poços tubulares

CERB, distribuídos pela área de tal forma que pudesse representar bem os parâmetros,

tendo com objetivo principal a classificação das águas para irrigação e consumo

humano, através do software Qualigraf, procurando classificar as águas, em relação aos

íons dominantes. A construção do mapa potenciométrico propiciou uma análise do fluxo

do aqüífero no município, mostrando que o mesmo se da de forma convergente da

região da sede a sede municipal, convergindo geralmente em direção aos vales cegos.

Através do mapa e das analise foi possível identificar as zonas de contaminação com

elevado teor de , que chega a alguns locais até 60% a mais do que o permitido pela

portaria 518/2004 do ministério da saúde. Por fim, faz-se necessário um estudo mais

detalhado, com novas analise físico-químicas e bacteriológica nos poços das localidades

onde existe uma concentração de muito elevada, visto que, nessa área não há nessas

áreas evidencias de uso de agroquímicos e/ou fertilizantes, podendo o alto teor esta

associado à falta de saneamento básico (efluentes domestico), ou até mesmo a níveis

litológicos de sais de nitrato, característico de regiões calcárias, estando a população

local correndo sérios riscos, pois a mesma se abastece dessas águas.

Palavras chave: Hidrogeologia, Aqüífero Cárstico, Mapa Potenciométrico,

Contaminação, Iraquara.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO DA PORÇÃO NORTE DO DOMO DE

SALGADÁLIA, GREENSTONE BELT DO RIO ITAPICURU, BAHIA

LUCAS PHILADELPHO ROSÁRIO

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

O Domo de Salgadália (DS) localiza-se na porção sul do Greenstone Belt do Rio

Itapicuru (GBRI) e está inserido no Bloco Serrinha, na porção nordeste do Cráton do

São Francisco. O mapeamento da sua porção norte levou à identificação de:

Embasamento do Complexo Santa Luz; Unidades do Domínio Metavulcânico Máfico,

Domínio Metavulcânico Intermediário a Félsico, Domínio Metassedimentar do

Greenstone Belt do Rio Itapicuru; o conjunto de gnaisses Trondhjemíticos-Tonalíticos a

Granodioríticos Salgadália (TGS), Granitóides e Pegmatitos e rochas de posicionamento

duvidoso como Rocha Granodiorítica e Tonalitos a Granodioritos Miloníticos. Como

ferramentas para o mapeamento, em escala 1:25.000, foram utilizadas imagens

aerogeofísicas magnetométricas e gamaespectométricas em canais separados de tório,

potássio e urânio, imagem landsat®, petrografia, mapeamento de campo, levantamento

de dados estruturais, trabalhados em software steronet®. A geometria principal é um

antiforme regional nucleado pelos TGS que desenvolve-se sobre a foliação Sn. O

trondhjemito-granodiorito Salgadália possui formato ovalado e alongado na direção

NNE-SSW, fazendo contato tectônico com a unidade metassedimentar do GBRI, assim

como com todas outras unidades cartografadas. No setor norte do DS, em todas as

unidades cartografadas, uma superfície milonítica (Sp’) apresenta ampla distribuição

modal, compatível com a estrutura dômica. Sobre esse superfície tem-se a lineação de

estiramento mineral (Lxp´), que orienta-se preferencialmente segundo 17° para 093.

Indicadores de movimento, tais como estruturas S/C/C’ e boudins assimétricos, sugerem

transporte tectônico de NNE para SSW para a primeira fase de deformação identificada.

Essa foliação encontra-se dobrada por um estágio seguinte, Dp” e cortado por zonas de

cisalhamento Dp’”. A paragênese metamórfica é marcada por granada, biotita, quartzo e

cianita, sugerindo condições de metamorfismo compatível com fácies xisto verde

médio, com temperatura superior a 500ºC e pressões acima de 4 kb.

Palavras Chave: Greenstone Belt do Rio Itapicuru, Bloco Serrinha,

trondhjemitotonalito-granodiorito, Domo de Salgadália.

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MINERALIZAÇÕES DE CORÍNDON DA REGIÃO DE MUNDO NOVO - BA:

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA E PETROGRÁFICA

TATIANA SILVA RIBEIRO

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Neste trabalho são descritas e analisadas as características geológicas, petrográficas,

mineralógicas e geoquímicas das mineralizações de córindon da região de Mundo Novo.

Foram estudadas cinco ocorrências que estão inseridas em terreno arqueano do

complexo Mairi, embasamento do greenstone belt de Mundo Novo que, na área

pesquisada, apresenta-se estruturado como um antiforme. As ocorrências de córindon

estão distribuídas e alinhadas ao longo de aproximadamente 8 km, segundo o azimute

N170o, direção que coincide com o eixo daquele antiforme e de alguns falhamentos

regionais A zona mineralizada possui forma lenticular sendo constituída essencialmente

por clorita, córindon e quantidades menores de sillimanita, cordierira, cianita, biotita,

moscovita e rutilo, passando gradacionalmente para rocha encaixante, que é formada

basicamente pelos mesmos minerais da zona mineralizada, mas tendo o corindon em

quantidade acessória. O coríndon ocorre em cristais de dimensões milimétricas a

centimétricas de modo disseminado ou em forma de agregados localmente

concentrados. Duas gerações de coríndon foram identificadas, sendo a primeira formada

por cristais subidiomórficos, de cor rosa arroxeada e a outra por cristais idiomórficos, de

cor verde que, freqüentemente, envolvem os primeiros. Os estudos petrográficos

mostram uma intensa alteração hidrotermal, representada pela cloritização que afetou os

silicatos aluminosos e também o córindon. Os dados obtidos sobre as características

geológicas, petrográficas e geoquímicas das ocorrências estudadas são discutidos e

cotejados com os modelos genéticos para os depósitos de córindon. A interpretação dos

dados obtidos propõe que as mineralizações de córindon da área estudada foram

formadas pelo metamorfismo de médio a alto grau sobre sedimentos bastante

aluminosos.

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ESTUDO PETROGRÁFICO DOS LITOTIPOS DO MORRO DO CRISTO,

SALVADOR-BAHIA, BRASIL

THIAGO LEAL DE OLIVEIRA

ORIENTADORA: MSC. JAILDA SANTOS DE SOUZA

RESUMO

O afloramento rochoso do Morro do Cristo, na Barra, bairro da cidade de Salvador-Ba,

encontra-se na parte sul da faixa móvel denominada de Faixa Salvador-Esplanada, que é

constituída por rochas metamórficas de alto a médio grau. No afloramento do Morro do

Cristo foram identificadas cinco unidades litotípicas: a) rochas ultramáficas

granulitizadas; b) granulitos ortoderivados, representados pelos tonalitos e pelos

quartzo-gabros granulitizados; c) dique máfico; d) corpos e veios sieno-graníticos; e)

conglomerados e; f) areia de praia. Os litotipos são polideformados, no estado dúctil,

além de serem cortados por diversas zonas de cisalhamento dúctil/rúptil e,

posteriormente, fraturados nas direções preferenciais N30/38SE a N40/38SE,

subparalelas à Falha de Salvador, correspondendo à formação da bacia do Recôncavo.

Percebeu-se, através das associações mineralógicas e revisão bibliográfica, que essas

rochas foram metamorfisados em alto grau, evidenciado pela presença de ortopiroxênio

nas principais associações minerais. Sabe-se também que a área sofreu

retrometamorfismo, devido à presença de bordas de reação nos piroxênios, associados a

plagioclásio e minerais opacos, formando biotita. As rochas ultramáficas granulitizadas

também apresentam biotita retrometamórfica e se comportam, em campo,

como boudins envolvidos pelos tonalitos granulitizados. Existem, pelo menos, duas

famílias de corpos e veios sieno-graníticos: uma mais antiga que se encontram

paralelizadas à foliação principal observados nos litotipos ortoderivados; e outra pós-

deformacional que trunca essa foliação e apresenta fenocristais de feldspato potássico,

sem orientação preferencial. O desenvolvimento do estudo petrográfico do afloramento

do Morro do Cristo contribuiu para o conhecimento geológico da região metropolitana

de Salvador, além de apresentar um mapa geológico contendo seus litotipos e principais

estruturas.

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ANÁLISE DA DEFORMAÇÃO RÚPTIL NA PORÇÃO SUL DA SERRA DE

JACOBINA

WILSON LOPES OLIVEIRA NETO

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

O cinturão Jacobina está inserido no Bloco Mairí, no setor centro-Norte do Cráton do

São Francisco, possuindo 170Km de extensão e em média 15Km de largura. O objetivo

desse trabalho é o entendimento da orientação, cinemática, campos de tensão e

ambiência tectônica associada à deformação rúptil na serra. Para atingir os objetivos

propostos foi realizada atualização do acervo bibliográfico, trabalhos de sensoriamento

remoto, trabalhos de campo e escritório. A partir do levantamento de falhas e seus

componentes cinemáticos (estrias e degraus), foram identificadas as orientações das

principais estruturas rúpteis, suas cinemáticas e o posicionamento dos campos de tensão

associados a estas. Foram identificadas três fases de deformações rúpteis: i) a primeira

reversa, com compressão NW-SE subhorizontal e distensão vertical, é responsável pela

nucleação de falhas de direção NW-SE e SW-NE ambas com cinemática dextral e

reversa; ii) Na posterior fase transcorrente, tem-se compressão NW-SE e tensor mínimo

(σ3) horizontalizado com direção NE-SW, esta fase é responsável pela reativação de

falhas com direção N-S com cinemática sinistral reversa e produção de falhas E-W

dextrais; e iii) Por fim com última fase da deformação rúptil do Cinturão Jacobina tem-

se a fase normal onde os tensores principais máximos (σ1) se encontram verticalizados

e os tensores mínimos (σ3) com orientação NE-SW. Esta fase é responsável pela

reativação de falhas com orientação N-S com cinemática normal sinistral e outras com

orientação NW-SE com cinemática normal dextral. Tais esforços SW-NE das fases

reservas e transcorrentes podem estar associadas a evolução do bloco Mairí durante a

colisão do Paleoproterozóico ou são correlacionáveis com o evento de colisão entre o

cinturão de dobramento Riacho do Pontal e o cráton do São Francisco a cerca de

230Km a NW do local de estudo durante o evento Brasiliano responsável também por

forte deformação na Chapada Diamantina. Por fim, tem-se campos de tensão máxima

verticalizados que são correlacionados a eventos de relaxamento que produziram

distensões perpendiculares e paralelas ao trend geral do Cinturão de Jacobina.

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MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2010.2

Page 122: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS ROCHAS

ENCAIXANTES E DO MINÉRIO DE FERRO DA REGIÃO DE CURRAL

NOVO, PIAUÍ

ÁDILA FERNANDES COSTA

ORIENTADORA: DRª. MARIA DA GLORIA DA SILVA (UFBA)

RESUMO

As mineralizações de ferro do Alvo Massapê-Manga Velha, Distrito Ferrífero de Curral

Novo, localizam-se na Província da Borborema, sudeste do Estado do Piauí, a norte do

Lineamento de Pernambuco, na Subprovíncia Setentrional.

Nessa área afloram rochas metamáficas de provável idade arqueana do Complexo

Granjeiro, cujos protólitos foram caracterizados como ígneos, de natureza gabróica e

basáltica, de afinidade toleítica compatível com ambiente de subducção (arco vulcânico

ou de bacia back-arc). Essas rochas encontram-se intrudidas por granitóides cedo, sin- e

pós tectônicos, em sua maioria de idade neoproterozóica. Os metagabros e metabasaltos

foram metamorfisados na fácies anfibolito e heterogeneamente afetados pela

deformação cisalhante neoproterozóica. As rochas mais intensamente deformadas foram

posteriormente modificadas por fluidos hidrotermais de provável assinatura granítica,

ricos em H2O? , CO2, K, Si, Fe, Zn, Ca, ETRL, Zr, Th, Ta, P, B, dentre outros, tendo

desenvolvido uma mineralogia hidrotermal rica em Ca-anfibólios, Fe-anfibólios, biotita,

quartzo, granada, carbonato, turmalina, apatita e allanita. Tais rochas foram

caracterizadas como Hidrotermalitos.

Os estudos de campo, petrográficos e litogeoquímicos mostram a existência de dois

tipos de minério de ferro na área: (i) Tipo I, uma Formação Ferrífera Bandada (BIF) do

tipo Algoma, que ocorre intercalada no pacote de metagabros e metabasaltos,

metamorfisada na fácies anfibolito, constituída por bandas de magnetita e bandas de

quartzo e anfibólio da série grunerita-cummingtonita; e (ii) Tipo II, tectono-controlado,

que ocorre disseminado, lenticular, laminado, venular, brechóide, associado aos

hidrotermalitos, ao longo de um trend de cerca de 30 km da zona de cisalhamento

dextral Itainzinho-Baixio. Esse minério, ao qual se associam sulfetos de Cu e teores

anômalos de Au, foi caracterizado como um Ironstone Hidrotermal.

O conjunto de dados, com destaque para a associação Fe-Cu-Au do minério Tipo II,

permite que se sugira para este minério um modelo do tipo IOCG (Iron Oxide Copper

Gold Deposits).

Palavras-chave: Província da Borborema, Complexo Granjeiro, Formações Ferríferas,

Metamáficas, Hidrotermalismo.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO E ANÁLISE ESTRUTURAL DO

AFLORAMENTO DA PRAIA DO HOSPITAL ESPANHOL, SALVADOR, BAHIA

ANDRE LUIZ DE SOUZA E SOUSA

ORIENTADORA: DRª. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

Na orla da cidade de Salvador, Bahia, afloram rochas do Cinturão Metamórfico

paleoproterozóico Salvador-Esplanada, com trend preferencial segundo NE-SW. A

escassez de estudos de mapeamento de detalhe envolvendo esse cinturão motivou este

projeto, que visa levantar dados geológicos sobre a sua evolução tectônica através do

mapeamento na escala 1:300. A área de trabalho é um amplo lajedo em frente do

Hospital Espanhol, na praia da Barra, entre o Forte de Santa Maria e o Farol da Barra,

com uma variedade de rochas e estruturas deformacionais. O mapeamento levado a

efeito permitiu identificar rochas granulíticas, como tonalito granulítico, granada

monzogranito milonítico e granulito alumino-magnesiano. Além dessas unidades, foram

também identificados duas gerações de diques, sendo uma geração de rocha félsica, que

corresponde a sienogranito não deformado, e uma outra geração de rocha máfica,

representado por diabásio. Sedimentos neogênicos representados por conglomerados

com cimento carbonático e areias inconsolidadas completam o cenário litológico. O

registro estrutural levantado permitiu identificar um conjunto de estruturas dúcteis

associadas com a fase Dn de deformação, que foi subdividida em três estágios

evolutivos. O primeiro, Dn’, foi responsável pela geração da foliação Sn’, pela

paralelização dessa estrutura com a foliação Sn-1 e pela formação do bandamento

gnáissico. Dobras isoclinais, sem raiz e com plano axial paralelizado com a foliação Sn’

foram nucleadas. Além da foliação Sn’, lineação de estiramento (Lxn’), lineação

mineral (Lmn’), boudins e duplex foram nucleados nesse estágio de deformação. A

vergência geral do movimento é de NE para SW. A progressão da deformação Dn’ levou

a nucleação de dobras suaves a abertas com envoltória simétrica durante o estágio Dn”.

Em condições tardi Dn’’ houve a instalação dos diques félsicos, intrusivos nos

granulitos. Em seguida, zonas de cisalhamento rúptil-dúctil foram nucleadas (estágio

Dn’”) (Fase Dn+1?). Diques máficos foram colocados possivelmente relacionado com

extensão neoproterozóica. Truncando os diques um conjunto de zonas de cisalhamento

rúpteis e fraturas foram desenvolvidas (Dn+2?), com orientação preferencial segundo

N120°-N130°. Possivelmente, essa última fase deformacional está associada com a

abertura da Bacia do Recôncavo e do Oceano Atlântico Sul.

Palavras-chave: Cinturão metamórfico Paleoproterozóico; registro estrutural; boudin,

duplex.

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ESTUDOS GEOQUÍMICOS DE SEDIMENTOS SUPERFICIAIS DA BAÍA DE

CAMAMU-BA

CARLA MELO SILVA

ORIENTADORA: DRª. OLGA MARIA FRAGUEIRO OTERO (UFBA)

RESUMO

A determinação de metais pesados em sedimentos de estuário constitui um dado

importante para o estabelecimento de critérios de qualidade e de controle da poluição.

Nos países industrializados, predominantemente em regiões temperadas, esse tipo de

estudo é bastante freqüente. O presente trabalho tem como objetivo avaliar

geoquimicamente os sedimentos de manguezais na Baía de Camamú, litoral sul do

Estado da Bahia, fornecendo estudos e subsídios que contribuam para o monitoramento

e preservação deste importante ecossistema costeiro. Foram escolhidas 9 (nove)

estações de amostragem em diferentes profundidades (0-5 cm; 5-10 cm; 10-20 cm; 20-

40 cm e 40-60 cm), totalizando 45 amostras, que foram acondicionadas em sacos

plásticos e preservadas dentro de uma caixa de isopor com gelo. Os parâmetros físico-

químicos, não conservativos, como pH, Eh, Salinidade, Oxigênio Dissolvido,

Condutividade e Temperatura da água foram registrado em in situ. Após a fase de

campo iniciaram-se as etapas de tratamento e análises das amostras, com pré-tratamento

das amostras para análise; digestão parcial das amostras (secas) em meio ácido, através

do forno microondas, determinando-se, posteriormente, os metais pesados, pelo Método

Espectrométrico; Além da determinação de Matéria Orgânica Total, pelo Método

Walkey-Black; e do Nitrogênio Total pelo Método Kjeldahl. Os resultados encontrados,

de uma maneira geral, demonstraram que os sedimentos de manguezais da baia de

Camamú não apresentam teores de metais elevados.

Palavras-chave: Metais Pesados, Sedimentos de Manguezal.

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INVESTIGAÇÃO DA INTERAÇÃO DE ÓLEO-MINERAL AGREGADOS

(OMA) EM AMBIENTES COSTEIROS SOB DIFERENTES SALINIDADES:

SUBSÍDIO A PROCEDIMENTOS DE REMEDIAÇÃO DE DERRAMES DE

PETRÓLEO

DANILO RIBEIRO DOS SANTOS

ORIENTADORA: DRª. OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)

RESUMO

Óleo-mineral agregados (OMA) são entidades microscópicas compostas de óleo e

minerais aglutinados, estáveis durante períodos de semanas em água salgada. Os

primeiros experimentos que reportaram a interação entre óleo derramado e sedimentos,

sugerem que os fatores que influenciaram a quantidade de óleo incorporado no

sedimento incluem: i) a característica do óleo; ii) o tipo de sedimento; iii) a energia da

área; e iv) a salinidade da água. Baseado em experimentos de laboratório com

sedimentos da zona costeira impregnados com óleo relatam que a interação entre o óleo

e o sedimento poderia ser um instrumento natural para auxiliar na “limpeza” destas

áreas contaminadas. Mostram ainda que a formação da OMA é inibida em água doce

(salinidade de 0-1), que por sua vez é aumentada em água salobra (salinidade acima de

10). Com o presente trabalho foi testado a nível laboratorial e de bancada a interação do

óleo bruto, proveniente da Bacia do Recôncavo, e sedimentos de manguezal da Baía de

Todos os Santos e de praia da orla de Salvador-Bahia, com o objetivo de observar e

quantificar a formação do OMA. Em laboratório foi utilizada água destilada e

adicionado sal marinho sintético para obter um intervalo de salinidade de 0-36. A

quantificação de óleo incorporado no sedimento formando OMA mostrou que o

ambiente estuarino é mais favorável que o marinho. Verificou-se que a sua formação

depende fortemente também de outros parâmetros, a exemplo da natureza do mineral

presente. Conclui-se que a degradação de óleo é favorecida pela formação de OMA e é

aplicável tanto às águas marinhas, quanto às estuarinas.

Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em

ambiente costeiro, Dispersão do óleo, Salinidade.

Page 126: 2005 a 2012.1

PETROGRAFIA DO GRANITÓIDE BROCO: EVIDÊNCIA DE FUSÃO

CRUSTAL NO GREENSTONE BELT IBITIRA-UBIRAÇABA, IBIASSUCÊ,

BAHIA

DANTE DA SILVA PALMEIRA

ORIENTADORA: DRª. SIMOE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

A área de estudo localiza-se nas cercanias da cidade de Ibiassuçê, na região centro-oeste

do Estado da Bahia. Do ponto de vista tectônico, posiciona-se no Bloco Gavião, na

porção nordeste do Cráton do São Francisco tendo como rocha encaixantes rochas

metapelíticas do Greenstone Belt Ibitira Ubiraçaba. Essas rochas estão truncadas pela

zona de cisalhamento Iguatemi, que é uma das estruturas arqueanas que foram

reativadas durante a evolução do Corredor do Paramirim. Nesta área foi encontrado

granitóide tipo S nunca antes relatado na literatura, cujas relações de campo sugerem

que se tratam de produtos da fusão de metassedimentos do greenstone citado, o qual foi

denominado de Granitóide Broco. O mapeamento geológico deste corpo e de suas

encaixantes imediatas, assim como a identificação da mineralogia, texturas e aspectos

deformacionais presentes nele são os objetivos deste trabalho. Como método de

trabalhou realizou-se o levantamento bibliográfico, visita de campo para aquisição de

dados e contextualização do corpo, além de um estudo petrográfico e microestrutural

para a identificação as suas características. O estudo feito determinou que o protólito

deste corpo é um sienogranito e identificou duas tectonofácies: (i) baixa deformação,

que é caracterizado pelo isotropismo e pela preservação das estruturas ígneas do

protólito; (ii) média à alta deformação, que se caracteriza pela presença de foliação e

pelo desenvolvimento expressivo de uma trama granoblástica, milonítica e

porfiroclástica. Em ambas as tectonofácies, a substituição do k-feldspato por mica

branca e do plagioclásio pela mica branca e epídoto sugerem a presença de reações

retrometamórficas. A evolução deste corpo esteve ligado a um processo de fusão dos

metapelitos, com a geração de uma rocha sienogranítica com granada e biotita que

posteriormente foi submetida à deformação na fácies anfibolito e em seguida em fácies

xisto verde (retrometamorfismo), neste caso marcado pela geração de mica branca e

epídoto.

Palavras-Chave: Granitos tipo-S, kinzigito, zona de cisalhamento, greenstone belt,

mapeamento, anatexia.

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SEDIMENTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA DA SEQUÊNCIA "TAIPUS-MIRIM"

NA PORÇÃO ONSHORE NA BACIA DE CAMAMU-BA

DEIVSON LUCAS DA SILVA

ORIENTADOR: DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)

RESUMO

A Bacia de Camamu faz parte das bacias marginais brasileiras, está situada na faixa

costeira do estado da Bahia, entre os paralelos 13° e 14° S, com uma área de 12.929

Km². As lítologias presentes na área de estudo estão inseridas no Grupo Camamu, que é

subdividida nas formações Taipus-Mirim, que foi depositado durante o Aptiano e a

formação Algodões que foi depositado durante Albiano ao Cenoniano. Segundo Caixeta

(2007), a formação Taipus-Mirim, é constituída por evaporitos e clásticos grossos

(arenitos e conglomerados), e intercalações de folhelhos carbonáticos do Membro

Serinhaem e os calcários, folhelhos e halita do Membro Igrapiuna. A Bacia de Camamu

é dividida em trezes seqüências básicas (CAIXETA, 2007), tendo as seqüências que

correspondem a formação Taipus-Mirim, que foi detalhada nesse estudo, é limitada na

base pela discordância Pré-Alagoas e seu topo pela discordância correspondente a

Formação Algodões. As Ilhas de Pedra Furada e Ilha Grande estão inseridas na

formação Taipus-Mirim, e são compostas por cinco fácies sedimentares:

i) conglomerados matriz-suportado;

ii) arenito bioclastico;

iii) arenito com wavy;

iv) arenito médio a fino;

v) lamitos.

Todas as fácies são provenientes de canais fluvials e leques aluvias, que se depositaram

durante a fase de extensão da bacia (rifte), durante o cretáceo. O presente trabalho tem

por objetivo de apresentar os resultados da análise sedimentológica e estratigráfica da

formação Taipus-Mirim contribuindo assim para elaboração de modelo deposicional.

Palavras-chave: Sedimentologia, Estratigrafia de Seqüências, Discordâncias e Fácies.

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QUALIDADE DA ÁGUA SUBTERRÂNEA NO DISTRITO DE MONTE GORDO

- MUNICÍPIO DE CAMAÇARI-BAHIA

FABIANO DE JESUS SENA

ORIENTADOR: DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)

RESUMO

O objetivo principal deste estudo foi elaborar um diagnóstico sobre a qualidade da água

subterrânea no distrito de Monte Gordo - município de Camaçari, Bahia. Com o

aumento da população local, o consumo de água cresceu e a disponibilidade de recursos

hídricos superficiais e subterrâneos vem sofrendo cada vez mais com o problema dos

poluentes tais como: esgotos domésticos e urbanos e fossas sépticas. Assim o

abastecimento dessas comunidades fica prejudicado devido ao não gerenciamento

dessas águas que permitam manter seus padrões de qualidade para uso como fonte

alternativa. Os dados obtidos foram sistematizados, analisados e, posteriormente, após a

sua interpretação foi possível avaliar a qualidade das águas. Conclui-se assim que a

qualidade das águas subterrâneas da região de Monte Gordo encontra-se em alguns

casos fora dos padrões especificados pela Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde. Os

parâmetros físico-químicos e bacteriológicos analisados mostraram que as águas

subterrâneas encontram-se impróprias para consumo humano sem que ocorra antes um

tratamento convencional. Para esta ser consumida pela população local torna-se

recomendável à curto prazo a efetiva filtração e cloração para tratamento da mesma. À

médio prazo é necessário que a população local possa contar com água e saneamento

executado pela Empresa de Água e Saneamento da Bahia – Embasa.

Palavras-Chave: Recursos Hídricos. Monte Gordo. Qualidade da água. Abastecimento

de água.

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GEOSSÍTIOS NA REGIÃO DE NORDESTINA, BAHIA: UMA ALTERNATIVA

PARA O GEOTURISMO E PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

IVANARA PEREIRA LOPES DOS SANTOS

ORIENTADORA: DRª. DÉBORA CORREIA RIOS (UFBA)

RESUMO

A preocupação com a biodiversidade vem sendo tema de muitos debates da atualidade,

na tentativa de minimizar os efeitos nocivos causados pela ação antropogênica. A

geodiversidade, apesar de estar subjacente nas discussões, atualmente vem obtendo

destaque, como um dos elementos do trinômio: Geodiversidade - Geoconservação -

Geoturismo. A região de Nordestina, estado da Bahia, objeto de estudo deste trabalho, é

detentora de uma riqueza natural diversificada, abrangendo importante conteúdo

geológico, paleontológico e meteorítico, além de flora (vegetação de caatinga) e fauna

típicas de clima semiárido. A área está inserida no Núcleo Serrinha, um dos três núcleos

arqueanos que integram os terrenos do embasamento do Cráton do São Francisco,

contendo um complexo gnáissico-migmatítico e bacias vulcanossedimentares

associadas ao plutonismo TTG, cálcio-alcalino e alcalino potássico-ultrapotássico. No

decorrer dos trabalhos foram cadastrados oito geossítios (Pillows Lavas Maria Preta,

Granito Café Royal, Lamprófiros do Morro do Afonso, Inselgebirg da Caraconha,

Castle Koppie do Lopes, Calcita Laranja, Stock Diorítico Quijingue, Pipe Nordestina),

utilizando o aplicativo “Cadastro de Geossítios” desenvolvido pela CPRM. Estes

geossítios são classificados como de relevância internacional (1), nacional (2) e regional

(5), sendo que pelo menos três deles possuem apelo turístico recreativo. O

prosseguimento dos trabalhos de cadastramento na região deverá revelar novos

geossítios de interesse geoturístico, os quais, agregados às atrações já conhecidas na

região (históricas: Guerra de Canudos, achado do primeiro meteorito do Brasil;

paleontológicas: macrofósseis; geológicas/metalogenéticas: maior produtor de ouro,

importante produtor de diamantes; meteoríticas: local de achado de dois dos cinco

meteoritos baianos), devem contribuir para ampliar e diversificar o quadro do potencial

turístico atual, principalmente no que se refere ao turismo didático e científico. Essa

possibilidade representa uma alternativa de desenvolvimento sustentável para a região

em foco, tendo em vista que cinco dos municípios abrangidos na área de estudo

apresentam baixos valores de Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), quando

comparados com o índice estadual. A comunidade geológica tem o dever de proteger o

patrimônio geológico através de medidas de geoconservação e, paralelamente,

desenvolver esforços no sentido de conscientizar os demais segmentos da sociedade

sobre a importância dessa questão.

Palavras-chave: Nordestina, Geoturismo, Geossítio, Desenvolvimento Sustentável.

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE RECREACIONAL DAS PRAIAS DO

MUNICÍPIO DE CAMAÇARI A PARTIR DE PARÂMETROS

GEOAMBIENTAIS E DE INFRAESTRUTURA

JOSÉ PORTUGAL DE JESUS JUNIOR

ORIENTADORA: DRª. IRACEMA REIMÃO SILVA (UFBA)

RESUMO

O município de Camaçari está inserido no Litoral Norte do estado da Bahia, sendo um

dos maiores vetores de crescimento e desenvolvimento turístico do estado. A ocupação

desordenada da maior parte das praias deste município tem causado diversos problemas

ambientais e evidencia a necessidade urgente de uma gestão efetiva e integrada de suas

praias. Neste contexto, esta pesquisa teve o objetivo de avaliar a qualidade geoambiental

e de infraestrutura para uso recreacional das praias do município de Camaçari, gerando

informações para possíveis atuações no gerenciamento dessas praias. Para isso as praias

de Busca Vida, Jauá, Interlagos, Arembepe, Barra Jacuípe, Guarajuba e Itacimirim

foram caracterizadas em relação a 23 parâmetros geoambientais e a 15 parâmetros de

infraestrutura para uso. Estes parâmetros foram classificados em três categorias (1-

baixa; 2- média; 3- alta) e ponderados de acordo com o grau de importância atribuído a

cada um deles. De acordo com esta metodologia, as praias de Itacimirim, Guarajuba e

Barra do Jacuípe apresentam uma qualidade geoambiental mais elevada em relação às

outras praias do município, principalmente por apresentarem poucas construções no

pós-praia, ausência de estruturas antropogênicas que dificultem a circulação dos

usuários, inclinação moderada, a granulometria fina a média dos seus sedimentos e

vegetação localmente preservada. Em relação à avaliação da qualidade relacionada à

infraestrutura recreacional oferecida pelas praias, apesar de não haver grande variação

entre os resultados encontrados, as praias de Guarajuba e Barra do Jacuípe obtiveram

novamente os melhores valores, principalmente pela ausência de animais domésticos e

provisão de sanitários. A avaliação da qualidade recreacional, integrando estes dois

resultados, buscou evidenciar um conjunto de condições ideais para o uso das praias.

Assim, de acordo com a metodologia empregada, as praias de Busca Vida, Jauá,

Arembepe e Itacimirim apresentaram uma qualidade recreacional baixa e as praias de

Interlagos, Barra do Jacuípe e Guarajuba apresentaram uma qualidade média. A

avaliação da qualidade recreacional das praias, durante os meses de setembro e outubro

ao longo de caminhamento feito na faixa de praia do município, por meio de

indicadores geoambientais e de infraestrutura se mostrou adequada, contudo, esta

pesquisa precisa ser complementada em diferentes épocas do ano, identificando os

problemas ambientais e as potencialidades de cada praia.

Palavras-chave: gestão de praias; qualidade recreacional; indicadores geoambientais e

de Infraestrura; município de Camaçari.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO MULTIESPECTRAL DA BACIA

CARBONÁTICA DE UTINGA - BA E DAS MINERALIZAÇÕES DE PB

ASSOCIADAS

MICHEL BRUM COUTINHO

ORIENTADOR: DR. WASHINGTON DE JESUS S. DA FRANÇA ROCHA (UEFS)

RESUMO

O sensoriamento remoto é uma ferramenta utilizada para se obter informações de um

objeto sem que haja a necessidade de um contato físico. Através dos sensores (satélites)

localizados na orbita terrestre podemos captar diversos tipos de informação, sejam de

zonas de impacto ambiental, queimadas, desastres da natureza, entre outros. O sensor

capta a parcela refletida da Radiação Eletromagnética (REM) que interage com os alvos

da paisagem (rochas, vegetação, solo etc.) transformando esses dados obtidos em

produtos como gráficos, tabelas e principalmente imagens. Neste trabalho estudaremos

as zonas mineralizadas de Pb-Zn na Bacia de Utinga - BA analisando as litofácies

contendo regiões sulfetadas onde se encontra a mineralização e a crosta ferruginosa

associada, além de caracterizar os principais métodos e técnicas de sensoriamento

remoto utilizados para mapear estas zonas. Este trabalho final de graduação (TFG)

utilizará as técnicas de sensoriamento remoto para mapear as zonas mineralizadas de

Pb-Zn na região de Nova Redenção - BA, com suporte em técnicas de classificação de

imagens de satélite LANDSAT sensor TM (Thematic Mapper), demonstrando os

benefícios de se utilizar o sensoriamento remoto como ferramenta para suporte à

prospecção mineral. Esta pesquisa poderá contribuir para o conhecimento sobre o

potencial deste tipo de mineralização na bacia estudada.

Palavras-chave: Sensoriamento remoto, zonas mineralizadas, mapeamento geológico,

informações e técnicas.

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CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E GEOQUÍMICA PRELIMINAR DOS

DIQUES MÁFICOS DA REGIÃO DE CAMACAN, BAHIA, BRASIL

MICHELE CÁSSIA PINTO SANTOS

ORIENTADORA: DRª. ÂNGELA BEATRIZ DE MENEZES LEAL (UFBA)

RESUMO

Os diques máficos da região de Camacan estão inseridos no contexto tectônico do

Cráton do São Francisco, intrudindo os terrenos granulíticos polideformados arqueanos

e paleoproterozóicos pertencentes ao Cinturão Itabuna – Salvador – Curaçá. Estes

diques máficos fazem parte da Província Litorânea dos Diques Máficos do Estado da

Bahia e têm como principais áreas de ocorrência os cortes de estrada dispostos entre as

cidades de Camacan e Santa Luzia e entre Santa Luzia e Arataca. De modo geral os

diques máficos preenchem fraturas distensivas na encaixante granulítica em variadas

direções e apresentam coloração cinza a preta, granulometria variando de muito fina a

grossa, são isotrópicos e maciços. Suas formas variam de reta, levemente sinuosas a

angulosas com espessuras predominantes variando de 5 a 31 cm. O estudo petrográfico

permitiu separar os diques máficos em 4 grupos: embasamento (Grupo 1),

granulometria média (Gabros - Grupo 2), granulometria fina (Basaltos - Grupo 3) e

contato (Grupo 4). Foram identificadas as texturas ofítica, subofítica e intergranular, e

mineralogicamente são compostos por andesina, clinopiroxênio (augita e diopsídio),

ortopiroxênio (hiperstênio) e subordinadamente têm-se hornblenda, biotita, minerais

opacos, apatita, esfeno/titanita, rutilo, quartzo e zircão. Processos de alteração como

saussuritização e sericitização (para os plagioclásios) e biotitização, uralitização e

cloritização (para os piroxênios), também estão presentes. Os diques máficos

apresentam, de forma geral, enriquecimento em FeOt?em relação ao MgO? (trend de

Fenner) e baixas razões sílica/álcalis características de suítes toleíticas, exceto a amostra

CA-01 que plotou no campo da suíte alcalina. Através do comportamento geoquímico

dos elementos maiores e traços foi constatada a importância das fases minerais

plagioclásio e clinopiroxênio no fracionamento magmático. Diagramas de ambiência

tectônica utilizando como parâmetros o Ti, Zr e Y sugerem que a colocação dos diques

máficos ocorreu em ambiente continental intracratônico.

Palavras-chave: Diques máficos, Camacan, petrografia, geoquímica

Page 133: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO GEOAMBIENTAL DO ENTORNO DO CEMITÉRIO

SÃO MIGUEL - MUNICÍPIO DE SIMÕES FILHO, BAHIA

THAÍZA OLIVEIRA CARVALHO

ORIENTADOR: DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO (UFBA)

RESUMO

Esta pesquisa descreve os resultados das análises físico-químicas e bacteriológicas

realizadas nas águas subterrâneas do entorno do Cemitério Municipal São Miguel no

Município de Simões Filho, Bahia. Através de oito poços e cacimbas existentes no

Condomínio João Filgueiras, procurou-se classificar e avaliar a qualidade da água

subterrânea e sua relação com uma provável influência do cemitério São Miguel como

fonte de contaminação. Para tanto foram investigados alguns parâmetros físico-

químicos e bacteriológicos indicativos de contaminação das águas subterrâneas tendo

como fonte o citado cemitério. São enfatizados no trabalho os riscos de saúde pública

representados pela contaminação das águas subterrâneas de áreas de cemitérios. Os

resultados encontrados apresentam apenas indícios de contaminação, principalmente os

indicadores bacteriológicos.

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PROJETO CARVÃO NO ALTO SOLIMÕES: UMA EXPERIÊNCIA DE DADOS

ANALÓGICOS DE SONDAGENS EXPLORATÓRIAS PARA CARVÃO EM

UMA BASE DE DADOS DIGITAIS

THIENE DOS SANTOS SERRA

ORIENTADOR: DR. RICARDO DA CUNHA LOPES (CPRM)

RESUMO

O carvão mineral é de grande importância econômica para o Brasil. Combustível fóssil

sólido, o carvão é formado por matéria orgânica vegetal depositada em bacias

sedimentares, onde sofreu ação da temperatura, pressão (por soterramento) e perda de

oxigênio, ocasionando um enriquecimento em carbono, este recurso energético,

constitui um bem mineral de grande interesse econômico, visto que a relação

tempo/custo para a instalação de uma usina termoelétrica é bem menor, comparando-se

os mesmos parâmetros, para a instalação de uma usina hidrelétrica. O carvão foi usado

como principal fonte energética por décadas, não somente forneceu a energia que

abasteceu toda a Revolução Industrial no século XIX, como também foi a mola

propulsora da era da eletricidade do século XX. Atualmente aproximadamente 28% da

eletricidade gerada mundialmente é produzida através do carvão mineral. Países da

América do Sul, Dinamarca, China, Grécia, Alemanha e Estados Unidos tem nesse

combustível uma importante fonte de energia. Na década de 70, o mundo passou pela

denominada "crise do petróleo", países da Organização dos Países Exportadores de

Petróleo (OPEP) aumentaram o preço dos barris, este aumento chegou a quatro vezes o

preço normal, e no Brasil autoridades políticas determinaram que os órgãos

responsáveis pela pesquisa mineral no país, Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e

Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM, realizassem estudos de outras

fontes de energia viáveis, e campanhas por quase todo o país foram feitas no âmbito de

explorar os possíveis depósitos de carvão. Dentre os trabalhos desenvolvidos, está o

Projeto Carvão no Alto Solimões que foi executado nos anos de 1975 a 1977, no Alto

Solimões, região incluída em uma bacia paleozóica intracratônica, Bacia do Solimões,

que conta com cerca de 440.000 km2 de área total. Este trabalho de monografia final de

curso (TFG) utilizará dados do referido projeto, convertendo - os do meio analógico

para a plataforma digital, de forma que possam ser utilizados no meio geocientífico, já

que estes constam até então inéditos. Para tanto faremos a recuperação das imagens

Raster e/ou JPEG; Composição do mapa de localização; tabelamento dos dados

litoestratigráficos e litológicos de um acervo mínimo de 20 poços. Esta pesquisa deverá

dar subsídio a posteriores projetos de pesquisa na região, assim como auxiliar empresas

interessadas em pesquisa mineral, ampliando as possibilidades de utilização deste

material.

Palavras-chave: Carvão, energia, conversão de dados e perfilagens geofísicas.

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GEOSSÍTIO CÂNION DO RIO SERGI (SANTO AMARO, BAHIA): VALORES

E AMEAÇAS

VANESSA MARIA DOS SANTOS FUEZI

ORIENTADOR: DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (CPRM)

RESUMO

O Patrimônio Geológico consiste em um conjunto de sítios geológico (ou geossítios),

que está estreitamente relacionado com a geodiversidade, contudo, não se deve encarar

o patrimônio geológico como sinônimo de geodiversidade. A geodiversidade, de forma

simples, consiste em toda variedade de minerais, rochas, fósseis e paisagens que ocorre

no Planeta Terra. Já o patrimônio geológico é apenas uma pequena parcela da

gediversidade apresentando características especiais e que, por conseguinte deve ser

conservado. Geossítios são locais bem delimitados geograficamente, onde ocorrem um

ou mais elementos de geodiversidade com singular valor do ponto de vista cientifico,

pedagógico, cultural, turístico ou outro. O Brasil mostra um riquíssimo patrimônio

geológico ainda pouco conhecido. O município de Santo Amaro começou a ser estudado

geologicamente na primeira metade metade dos anos quarenta, a partir da exploração

petrolífera da Bacia do Reconcavo, desde quando as rochas que aí afloram eram o

principal reservatório de petróleo da Bacia (Lanzarini, 1996). Neste trabalho será

estudado o geossítio do cânion do rio Sergi com o objetivo de desenvolver uma proposta

de inventariacao sistemática do cânion do rio Sergi situado no município de Santo

Amaro - Bahia. Considerando-o como um geossítio e abordando-o sob o aspecto da

geoconservação. Com isso, pretende-se de acordo com a metodologia utilizada pelo

PROGEO (Brilha, 2005), cadastrar, quantificar e propor ações de geoconservação de

forma a incentivar o início deste processo em outros geossítios.

Palavras-chave: Cânion, patrimônio geológico, geoconservação, geossítios.

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MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2011.1

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CARACTERIZAÇÃO DE AGREGADOS DE ÓLEO-PARTÍCULA MINERAL:

PROCEDIMENTOS PARA ACELERAÇÃO DA REMEDIAÇÃO DE

DERRAMES DE PETRÓLEO EM AMBIENTES COSTEIROS

ANTÔNIO JORGE DA CRUZ RODRIGUES

ORIENTADORA: DR.ª. OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)

RESUMO

Agregados de óleo-mineral (OMA) são entidades microscópicas formadas muito

facilmente no meio ambiente a partir da interação e aglutinação de partículas minerais

finas e petróleo, são estáveis durante períodos de semanas, em água salgada, podendo

ser positivamente ou negativamente flutuante. Os primeiros experimentos que

reportaram a interação entre óleo derramado e sedimentos, sugerem que os fatores que

influenciaram a quantidade de óleo incorporado no sedimento incluem: i) a

característica do óleo; ii) o tipo de sedimento; iii) a energia da área; e iv) a salinidade da

água. Experimentos de laboratório com sedimentos da zona costeira impregnados com

óleo relatam que a interação entre o óleo e o sedimento poderia ser um instrumento

natural para auxiliar na "limpeza" destas áreas contaminadas. O presente trabalho testou

a nível laboratorial a interação do óleo bruto, proveniente da Bacia do Recôncavo, e os

sedimentos de margens do Rio São Paulo e da praia da Base Naval de Aratu ambos da

Baía de Todos os Santos, com o objetivo de observar e quantificar a formação do OMA.

Em laboratório foi utilizada água destilada e frações granulométricas: a) areia, b) silte e

argila, ambas as frações foram retiradas dos dois ambientes em estudo. A quantificação

de óleo incorporado no sedimento formando OMA mostrou que o ambiente estuarino é

mais favorável para essa aglutinação que o marinho. Verificou-se que a sua formação

depende fortemente também de outros parâmetros, a exemplo da presença de

argilominerais associados. Conclui-se que a formação do OMA em ambientes tropicais

marinhos e estuarinos de características granulométricas areia, silte e argila poderá

favorecer a degradação de óleos derramados tanto em águas marinhas quanto em

estuarinas.

Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em

ambiente costeiro, Fração granulométrica, Limpeza de Ambiente Costeiro.

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ANÁLISE GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA DOS ELEMENTOS

LITOESTRUTURAIS DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E

CABOCLO NA REGIÃO NORTE DE LENÇÓES - CHAPADA DIAMANTINA,

BA

ASAFE DOS SANTOS SANTANA

ORIENTADOR: DR. CARLSON MATOS MAIA LEITE (UFBA-PETROBRAS)

RESUMO

A região à norte de Lençóis localizada na Chapada Diamantina, Bahia, é caracterizada

por mega-dobramentos suaves que definem o anticlinal da Serra do Sincorá. As

litologias são expostas a partir de uma janela erosional no meio do anticlinal, que

pertencem à Formação Açuruá, composta por metarenitos deltáicos; à Formação

Tombador, composta por metarenito fluviais, estuarinos, eólico e os metaconglomerados

de leques aluviais do Membro Lavras; e a Formação Cabloco, constituída por

metassíltitos e metarenitos finos de ambiente marinho raso. As análises dos lineamentos

estruturais de relevo adquiridos em feições lineares de drenagem e vales, permitiram

diferenciar três direções de falhas e fraturamento: NW-SE, N-S e W-E, agrupadas em

dois estágios deformacionais D1 e D2. O anticlinal da Serra do Sincorá foi a primeira

estrutura deformacional a ocorrer no estágio D1, formado a partir de um esforço E-W e,

concomitante à mesma, foram geradas as fraturas diagonais com as orientações nas

direções NE-SW e NW-SE. As estruturas quais foram geradas ao longo dos flancos do

mega-anticlinal que serve como rampa de cavalgamento, para o desenvolvimento das

dobras subsidiárias pelo mecanismo do tipo fault-propagationfold. O estágio D2

representa a fase transcorrente sinistral e transtrativa, de tensão principal NNW - SSE.

Este estágio favoreceu a geração da falha do Rio São João. O padrão das falhas

associadas segue o sistema de cisalhamentos Riedel, com zonas de cisalhamentos

sinistrais e dextrais bem marcadas, representando assim o R ( Riedel) marcado pela

direção N350 à N 300 e a R' ( Antiriedel) representadas pelas direções de

aproximadamente de N270 à N240. Intrusões básicas sob forma de diques cortam as

formações sedimentares, com orientação preferencial NW - SE.

Palavras-chave: Anticlinal da Serra do Sincorá, estágio D1, Estágio D2,

faultpropagation-fold, cisalhamento Riedel.

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CARACTERIZAÇÃO ESTRUTURAL, GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA, DAS

FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ, NA REGIÃO AO SUL DE LENÇÓES

- CHAPADA DIAMANTINA, BA

CAIO MULLER MAIA

ORIENTADOR: DR. CARLSON MATOS MAIA LEITE (UFBA-PETROBRAS)

RESUMO

As formações Tombador e Açuruá englobam as sequências siliciclásticas de idade

mesoproterozóica do Supergrupo Espinhaço e estão localizadas no domínio oriental da

Chapada Diamantina, centro-oeste do Cráton do São Francisco. Este domínio apresenta

um relevo modelado por extensas cristas paralelas e vales estreitos que refletem a

ocorrência das estruturas rúpteis e rúpteis-dúcteis, de direção predominante NNW-SSE.

Além disso, hospeda ainda um trend de mega-dobramentos, definidos por amplos

anticlinais e sinclinais alternados. Na área de estudo, desenvolveu-se, como principal

estrutura, o Anticlinal do Pai Inácio. O objetivo geral deste trabalho foi aplicar a

ferramenta de análise estrutural, geométrica e cinemática, identificando, mapeando e

interpretando as estruturas de deformação sin-sedimentar e as de origem secundária,

essa última subdividida em dúcteis, rúpteis-dúcteis e rúpteis, além da elaboração de um

modelo de evolução deformacional simplificado. Desse modo, a análise estrutural foi

caracterizada a partir do estudo de diferentes tipos de estruturas, enfocando desde a

mega-escala, com observação de lineamentos estruturais, em imagens de satélite e

fotografias aéreas, até a escala de afloramento. A análise dos lineamentos estruturais

revelou quebras negativas de relevo, feições lineares de drenagens e vales, que

representam falhamentos direcionais, e foram agrupados em três classes: NW-SE, N-S e

W-E. Considerando a situação da área em relação ao contexto da bacia, bem como a

disposição das principais estruturas em relação à sua situação geotectônica, sugere-se

que a área de estudo tenha sido afetada por dois estágios deformacionais (D1 e D2)

incluídos em uma fase deformacional, durante o Neoproterozóico. O D1 compreende

um estágio de deformação compressional onde se nucleou o dobramento (D1),

correspondente ao Anticlinal do Sincorá, e uma série de estruturas localizadas nos

flancos dessa dobra, tais como: juntas associada ao dobramento, dobras subsidiárias,

dobras em kink e falhas de empurrão. As fraturas relacionadas a esse estágio

compreendem juntas de extensão que são representadas pelas fraturas longitudinais,

transversais e diagonais ao eixo do anticlinal do Pai Inácio. O D2 compreende um

estágio de deformação que é representado por uma transcorrência regional sinistral e

transtassiva. Pode ser vista como uma manifestação, no interior do Cráton do São

Francisco, dos processos geradores das faixas Rio Preto e Riacho do Pontal, a norte, que

estruturaram com falhas de empurrão e dobras com vergência para sul, os

metacarbonatos do Supergrupo São Francisco. Foi acomodado na forma de zonas de

cisalhamento rúpteis e regionais nas rochas metassedimentares do Supergrupo

Espinhaço. Observou-se neste trabalho a falha do Rio São João de movimento

transcorrente e cinemática sinistral que bordeja a norte a Serra do Sincorá, sendo

responsável pela estruturação da serra, principalmente com o desenvolvimento de

falhamentos de direção NNW-SSE. A partir do padrão de abertura dos vales e o sistema

de fraturas e/ou falhamentos com cinemáticas, pode-se sugerir uma tectônica rúptil de

cisalhamentos Riedel para a explicação da estruturação da Serra do Sincorá.

Palavras-chave: Formações Tombador e Açuruá; Análise Estrutural; Modelo de

Evolução Deformacional.

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FOLHELHOS COM GÁS DA FORMAÇÃO BARNETT, TEXAS, EUA - UM

EXEMPLO DE RESERVATÓRIO NÃO CONVENCIONAL

GILDEGLEICE BARCELAR DAS VIRGENS

ORIENTADOR: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA-PETROBRAS)

RESUMO

Diante da atual demanda energética no mundo, a busca por novos reservatórios de

petróleo e gás se estende até àqueles anteriormente considerados com economicamente

inviáveis. Esses denominados reservatórios não convencionais representam hoje em

muitos países o caminho para a independência energética. Os reservatórios não

convencionais possuem características petrofísicas particulares que impossibilitam o

hidrocarboneto acumulado de poder ser extraído por processos simples de recuperação,

necessitando assim de um estágio tecnológico de desenvolvimento avançado. Diante

deste desafio este trabalho propõe o entendimento dos fatores que afetam a distribuição

e desempenho da produção dos principais reservatórios não convencionais a exemplo

dos reservatórios de metano em camadas de carvão, arenitos com baixa permeabilidade,

hidratos de Metano, reservatórios de óleo pesado e de gás em folhelhos.

Com o foco principal de estudo na análise do reservatório de gás em folhelho da

Formação Barnett, localizado na bacia de Fort Worth no Texas, EUA, este trabalho

apresenta as principais características desse reservatório como seu contexto geológico,

características petrofísicas, geoquímicas e modelo de produção. Evidenciando a

viabilização e incorporação de novos recursos para a manutenção da cadeia

petrolífera/gaseífera depende da ampliação de pesquisas e desenvolvimento tecnológico

nessa área.

Palavras-chave: Reservatórios não convencionais, gás em folhelho, Formação Barnett.

Page 141: 2005 a 2012.1

CARACTERÍSTICAS PETROGRÁFICAS, GEOQUÍMICAS E

METALOGENÉTICAS DOS FLOGOPITITOS DE CARNAÍBA E SOCOTÓ,

BAHIA

LEONARDO NÁPRAVNIK PIRES

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho apresenta os resultados obtidos na caracterização petrográfica, geoquímica

e metalogenética realizada para os flogopititos dos distritos garimpeiros de Carnaíba-

Pindobaçu e Socotó-Campo Formoso, localizados na porção centro-norte da Serra de

Jacobina, no estado da Bahia. Os flogopititos são rochas derivadas dos serpentinitos, em

decorrência da ação hidrotermal promovida pelos fluidos finais de corpos graníticos que

se colocaram no final do Paleoproterozóico. A petrografia apontou que os flogopititos

são constituídos, predominantemente, pela mica flogopita, acompanhada, em

quantidades variáveis, de anfibólio, quartzo, dolomita, fluorita, turmalina e berilo,

ocorrendo como acessórios a titanita, o espinélio e o zircão, além de minerais opacos.

Os serpentinitos encaixantes apresentaram, além da serpentinita que o caracteriza,

grande quantidade de talco e, subordinadamente, fluorita, quartzo, plagioclásio,

flogopita/clorita, dolomita e opacos. A caracterização geoquímica permitiu verificar que

houve o aporte dos elementos traço Ba, Be, Li, Sc, Sr, F, Cs e Rb nos flogopititos de

ambas as áreas estudadas, e uma depleção para os elementos Co, Cr, Ni e V. Em relação

aos elementos maiores, foi notado o acréscimo nos teores de Al2O3? , Fe2O3? , FeO? ,

K2O? , TiO2? e P2O5? e uma defasagem nos teores de MgO? , CaO? e Na2O? . Quanto

aos elementos escassos, somente três amostras do distrito de Carnaíba apresentaram

teores acima do background para o elemento Au, contudo não configurando anomalias

de grande expressão. A caracterização geoquímica permitiu verificar que houve o aporte

dos elementos traço Ba, Be, Li, Sc, Sr, F, Cs e Rb nos flogopititos de ambas as áreas

estudadas, e uma depleção para os elementos Co, Cr, Ni e V. Em relação aos elementos

maiores, foi notado o acréscimo nos teores de Al2O3? , Fe2O3? , FeO? , K2O? , TiO2?

e P2O5? e uma defasagem nos teores de MgO? , CaO? e Na2O? . Quanto aos elementos

escassos, somente três amostras do distrito de Carnaíba apresentaram teores acima do

background para o elemento Au, contudo não configurando anomalias de grande

expressão.

Palavras-chave: Flogopititos; Hidrotermalismo; Fontes Alternativas de Potássio

Page 142: 2005 a 2012.1

ESTUDO DOS PADRÕES DE ORIENTAÇÃO DE ESTRUTURAS

DEFORMACIONAIS RÚPTEIS E DE CAMPPOS DE TENSÃO EM

AFLORAMENTOS DA FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO)

EM BOM DESPACHO, NNE DA ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL

LUCAS NERY RAMOS

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

O estudo dos aspectos estruturais em bacias sedimentares do tipo rifte é de extrema

importância, pois nestas bacias podem estar registradas informações importantes a

respeito de um período singular no seu desenvolvimento: a sua faz inicial de abertura.

Na Bacia do Recôncavo a Formação Maracangalha representa uma parte do pacote

sedimentar depositado durante a fase rifte desta bacia, portanto, é de se esperar que nela

esteja registrados índices da fase de abertura ocorrida durante o período Eocretáceo (140

Ma). Na ilha de Itaparica, vastos afloramentos da Formação Maracangalha e seu

Membro Caruaçu estão presentes ao longo das praias que ligam Bom Despacho até a

vila de Amoreira. Estes depósitos estão relacionados a fluxos turbidíticos e hiperpicnitos

que adentraram a um lago em período de tectonismo ativo. Estes turbiditos tem a sua

gênese relacionada a colapsamentos de frentes detaicas devido a aumento de influxo

sedimentar que evoluem para slumps e slides alcançando as partes mais profundas com

fluxos turbulentos. O objetivo desta monografia é de relacionar estruturas rúpteis e de

injeção para determinar a interação destas com os campos de tensão geradores das

mesmas. Explorando os afloramentos a norte de Bom Despacho em busca de estruturas

deformacionais rúpteis e estruturas de injeção poderemos, com a densificação dos

dados, mapear o arcabouço estrutural na ilha de Itaparica e compará-lo ao arcabouço da

Bacia do Recôncavo. Para melhorar o entendimento da área a mesma foi dividida em 4

sub-áreas de acordo com intervalos de afloramento e estruturas deformacionais sendo as

estruturas agrupadas em (i) estruturas no plástico, representadas pelas superfícies

deposicionais primárias (); (ii) estruturas de injeção, representadas pelos diques

clásticos e (iii) estruturas no estado sólido, representada pelas falhas e fraturas.

Concluímos mostrando que as estruturas rúpteis obedecem ao arcabouço geral do rifte

Recôncavo-Tucano-Jatobá com principais grupos de falhas posionados N-S, N030º e

N130º representando as falhas de borda e de transferência do rifte. Que as falhas

normais, analisadas separadamente relevam dois eventos de abertura, o primeiro E-O e

o segundo NW-SE corroborando o modelo proposto por Magnavita et al., (2005) de

rifteamento duplo para a Bacia do Recôncavo. Que a análise de paleotensores evidencia

a condição cinemática dip-slip característica para bacias do tipo rifte, com rotação do

de E-O para NW-SE. E finalmente que as demais estruturas com falhas reversas,

transcorrentes e estruturas de injeção se relacionam geometricamente com a segunda

fase de abertura (NW-SE) nesta porção da Bacia e aos fluxos gravitacionais para SSW.

Palavras-chave: Bacias do tipo Rifte; Análise Estrutural; Campos de Tensão.

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APLICABILIDADE DO MÉTODO GEOFÍSICO DE ELETRORESISTIVIDADE

NA PESQUISA DE ÁGUA SUBTERRÂNEA EM ROCHAS CRISTALINAS NA

REGIÃO DE CONCEIÇÃO DO COITÉ-BA

MURILO ALVES SILVA DE OLIVEIRA

ORIENTADORA: DRª. SUSANA SILVA CAVALCANTI (UFBA)

RESUMO

A área de estudo está situada no município de Conceição do Coité, Região Nordeste do

Estado da Bahia, inserida no polígono das secas. Geologicamente compreende duas

unidades de rochas metamórficas pertencentes ao embasamento do Cráton do São

Francisco. O domínio hidrogeológico é representado pelo aquífero fissural com a

ocorrência de água subterrânea condicionada a uma porosidade secundária, originando a

formação de reservatórios de pequena extensão. Neste trabalho, buscou-se caracterizar a

subsuperfície e mapear as fraturas e o solo de alteração. Inicialmente foi realizada uma

pesquisa bibliográfica cuidadosa sobre a geologia da região, em seguida foram

interpretados dados geofísicos de eletrorresistividade e realizada uma visita a área de

estudo. Os dados de 37 sondagens elétricas verticais (SEV), com arranjo Schlumberger

de eletrodos (AB/2 variando de 1,6 a 130m), foram processados e interpretados. As

SEVs foram executadas ao longo de dois perfis com direção perpendicular a uma zona

de falha. Os resultados dos levantamentos geofísicos permitiram identificar e separar as

rochas fraturadas do embasamento cristalino, áreas mais propícias para a locação de

poços, porém com potenciais hídricos pequenos e a cobertura sedimentar.

Palavras-chave: Aquíferos; Eletrorresistividade; Conceição do Coité.

Page 144: 2005 a 2012.1

DETERMINAÇÃO DO SENTIDO DE FLUXOS GRAVITACIONAIS DA

FORMAÇÃO MARACANGALHA (EOCRETÁCEO) ATRAVÉS DE

ESTRUTURAS ASSOCIADA - ILHA DE ITAPARICA, BAHIA, BRASIL

NELIZE LIMA DOS SANTOS

ORIENTADOR: DR. LUIZ CÉSAR CORRÊA-GOMES (UFBA)

RESUMO

A Bacia do Recôncavo está inserida no Sistema de Rifts Recôncavo-Tucano-Jatobá; cuja

origem está associada aos estágios precoces da abertura do Atlântico Sul e ruptura do

Gondwana. A Formação Maracangalha (~ 140 Ma), teve a sua deposição iniciada a

partir de um sistema lacustre durante a fase rift da Bacia do Recôncavo. Esta formação é

composta por folhelhos que acomodam dois membros cujas origens estão associadas à

fácies gravitacionais e deformacionais, os Membros Pitanga (fluxos gravitacionais de

massa) e Caruaçu (fluxos gravitacionais de massa e de sedimento).

A presente monografia tem como objetivo principal, interpretar os sentidos de fluxo

sedimentar gravitacional, nos depósitos arenosos da Formação Maracangalha, indicando

as suas áreas fontes. Desta forma foram analisadas as estruturas deformacionais

indicativas existentes na formação e os principais campos de tensão atuantes,

relacionados aos fluxos gravitacionais. O estado plástico dos sedimentos permitem

encontrar estruturas que apresentam-se tanto no estado rúptil quanto no altamente dúctil,

sendo possível encontrar estilos deformacionais diversos. Para realização deste estudo

foram coletados um total de 284 medidas planares e lineares em três sub-áreas distintas,

separadas de acordo com o seu grau de deformação. As estruturas encontradas foram

separadas em quatro grupos conforme com o seu processo de formação: i) estruturas

pré-deformacionais, acamadamento (S0); ii) estruturas no estado plástico, dobras

cilíndricas e cônicas; iii) estruturas de injeção (liquefação), diques clásticos; ambas

relacionadas com eventos cedo ou sin-sedimentação, e por fim iii) estruturas no estado

sólido, sendo estas tardi-sedimentação, falhas reversas originadas por dobras e os

duplex contracionais. Foi verificado que certas estruturas são bons indicadores do

sentido aparente do movimento de massa. Integrando os dados das 3 sub-áreas, temos

que as superfícies de acamadamento possuem direção preferencial N120°-N130°, com

mergulhos variáveis. Os eixos de dobras possuem direção preferencial N190°-N200°,

sugerindo um fluxo aparente para SW. A análise do campo de tensão, na área de

trabalho, indica um movimento compressivo para SSW, relacionado à movimentação de

massa.

Palavras-chave: Formação Maracangalha; Fluxos Gravitacionais; Estruturas

Deformacionais.

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SISTEMAS DEPOSICIONAIS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NOS ARREDORES

DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA

PAULO RICARDO SANTOS

CO-ORIENTADOR: GEOLÓGO CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (UFBA)

RESUMO

Este trabalho final de graduação propôs a caracterização do sistema deposicional da

Formação Açuruá nos arredores de Guiné, sítio que possui bons análogos de

reservatórios de petróleo e água subterrânea, com o objetivo de ampliar o conhecimento

sobre sedimentologia e estratigrafia e suas aplicações nos afloramentos daquela

Formação, em particular na região da Serra do Sincorá. Para isso, a metodologia

utilizada baseou-se na interpretação dos elementos arquiteturais componentes do

sistema. Desta forma, foram caracterizadas treze litofácies e agrupadas em seis

elementos arquiteturais que integram o sistema deposicional deltaico dominado por rio,

da Formação Açuruá e o sistema fluvial efêmero atribuído a base da Formação

Tombador, estes são separados por uma superfície de discordância subaérea. Estas

interpretações diferem dos trabalhos anteriores, que atribuíram a influência de marés

para sistema deltaico e o sistema deposicional eólico para a base da Formação

Tombador. Contudo, qualitativamente, os sistemas deposicionais caracterizados foram

associados a um sistema petrolífero composto de rochas reservatório, selante e,

possível, geradora.

Palavras-chave: Fácies. Elementos arquiteturais. Sistema deposicional deltaico. Guiné.

Page 146: 2005 a 2012.1

ANÁLISE COMPARATIVA DE DADOS GEOLÓGICOS, LITOGEOQUÍMICOS

E GEOFÍSICOS DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO COMPLEXO

BOQUIRA E SUPERGRUPO ESPINHAÇO NA REGIÃO DE BOQUIRA, BA

PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA

ORIENTADOR: DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

No município de Boquira, na região sudoeste da Bahia, afloram rochas de idade

Arqueana (complexos Paramirim e Boquira) a Paleoproterzóica (granitos de Boquira e

Veredinha e supergrupo Espinhaço) além de coberturas detríticas recentes. Duas destas

unidades, o complexo Boquira e o supergrupo Espinhaço, são portadoras de litotipos

ricos em ferro, objetos de análise comparativa do presente estudo. A comparação

baseou-se em dados geológicos, litogeoquímicos e aerogeofísicos. As rochas do

complexo Boquira são as únicas Formações Ferríferas (FF’s) autênticas na área de

estudo, derivadas de sedimentos químicos, com concentrações de ferro primárias. As

FF’s do complexo Boquira estão associadas a metassedimentos, foram originadas de

protólitos sedimentares (tipo Lago Superior), a partir de rochas das fácies silicato,

silicato-carbonato e óxido. Apresentam-se metamorfisadas nas fácies xisto verde a

anfibolito, estão polideformadas, e exibem evidências de atuação de fluidos

hidrotermais. As rochas ferruginosas do supergrupo Espinhaço foram originadas a

protólitos sedimentares térrígenos, comparáveis a red beds, onde muitas vezes as

concentrações de ferro se deram por enriquecimento intempérico. Exibem

metamorfismo em fácies xisto verde, e deformação predominantemente rúptil. Os

estudos litogeoquímicos evidenciaram um ambiente geoquímico mais aberto para as

rochas do complexo Boquira, que maior variação nos conteúdos de elemento traço e

ETR, além de maiores teores de Fe. As anomalias magnetométricas demonstraram

grande capacidade para delimitar os litotipos do complexo Boquira. As anomalias de K

e U apresentam relação direta com a ocorrência de ferro do supergrupo Espinhaço e do

complexo Boquira, respectivamente.

Palavras-chave: Formações Ferríferas (FF’s), depósitos de ferro, Boquira, complexo

Boquira, supergrupo Espinhaço, Arqueano, Paleoproterozóico.

Page 147: 2005 a 2012.1

ANÁLISE GEOQUÍMICA DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DO SETOR

NOROESTE DA BAÍA DE TODOS OS SANTOS – BA

RICARDO LACERDA GOMES

CO-ORIENTADORA: DRª. KARINA SANTOS GARCIA (UFBA)

RESUMO

A Baía de Todos os Santos, localizada no Recôncavo Baiano, é a maior baía navegável

do Brasil. As regiões também de manguezal que compõem essa baía assistiram à

implantação de indústrias e das primeiras unidades de exploração, produção e refino de

petróleo em território brasileiro. Como consequência desse pioneirismo, um grande

passivo ambiental se faz sentir pela biota local e está registrado nos sedimentos, sob a

forma de contaminação. O objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do sedimento

de fundo da porção Noroeste da Baía de Todos os Santos. Para isso foram coletadas três

amostras em triplicata e determinou-se a distribuição espacial de Sulfetos Voláteis em

Ácidos (AVS) e Metais Extraídos (Cu, Ni, Zn, Cr, Fe e Mn) Simultaneamente (MES).

Também foram avaliados texturalmente a granulometria dos sedimentos. O AVS foi

extraído do sedimento anaeróbio com ácido clorídrico 6mol L-1

a frio, e os metais

bivalentes liberados durante este tratamento são referidos como metais extraídos

simultaneamente (SEM). Os resultados obtidos pela razão AVS/MES, foram

correlacionados com as frações granulométricas e os metais [ Ni (3,15 a 3,56 mg.K-1,

Cr ( 3,37 a 4,11 mg.K-1

), Cu (2,12 a 6,73 mg.K-1

), Zn (12,17 a 18,75 mg.K-1

), Mn ( 137

a 330 mg.K-1

), Fe ( 5340 a 6851 mg.K-1

)], para entender os processos referentes a

biodisponibilidade dos metais em associação com os sulfetos. Comparando-se esses

resultados com valores de referências internacionais (National Oceanic and Atmosferic

Administration – NOAA) e nacionais (Garcia, (2009) e Onofre, (2007), verificou-se

estarem abaixo do “background” ou valores estabelecidos, mesmo quando comparados

com aqueles encontrados em áreas diferentes do Brasil. Encontrou-se valores > 1 para a

relação [MES]/[AVS] em todas as estações. Indicando que os metais poderão estar

biodisponíveis, os sedimentos não apresentam necessariamente toxicidade. Com estes

resultados obtidos em níveis referenciados dos teores de metais em sedimento, pode-se

concluir que a região de coleta não apresenta efeitos adversos à biota.

Palavras-chave: sedimentos, Baía de Todos os Santos, Metais, Geoquímica.

Page 148: 2005 a 2012.1

ESTRATIGRAFIA DE SEQUÊNCIAS NA FORMAÇÃO AÇURUÁ NAS

PROXIMIDADES DE GUINÉ, CHAPADA DIAMANTINA, BA

VALTER OLIVEIRA REBOUÇAS

ORIENTADOR: MSC. ANTÔNIO JORGE CAMPOS MAGALHÃES (UFBA)

RESUMO

O objetivo deste trabalho é realizar a análise estratigráfica de seções geológicas na

Formação Açuruá, a partir do reconhecimento e delimitação de padrões de

empilhamento em afloramentos, bem como da identificação de superfícies

estratigráficas. A análise estratigráfica das seções geológicas foi realizada com base nos

conceitos da Estratigrafia de Sequências, interpretando superfícies estratigráficas e

tratos de sistemas em escala de afloramentos. Foram caracterizados também conjuntos

de parassequências e uma sequência estratigráfica genética. A Formação Açuruá foi

identificada como pertencente a um trato de sistemas de nível alto. Levantamentos com

esta abordagem e restrito a Formação Açuruá não foram realizados até então devido ao

fato destas rochas não conterem recursos minerais e energéticos que justifiquem maior

suporte e investimentos. Entretanto, o cunho científico deste trabalho é válido, pois tais

rochas podem ser consideradas análogas de reservatórios para exploração e explotação

de hidrocarbonetos, além de esclarecer mais sobre a sedimentação no Supergrupo

Espinhaço na região da Chapada Diamantina.

Palavras-chave: Superfícies Estratigráficas, Estratigrafia de Sequências, Formação

Açuruá.

Page 149: 2005 a 2012.1

MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2011.2

Page 150: 2005 a 2012.1

ANÁLISE ESTRUTURAL GEOMÉTRICA E CINEMÁTICA

DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ, TOMBADOR E CABOCLO

NO ENTORNO DA CIDADE DE ANDARAÍ, REGIÃO DA

CHAPADA DIAMANTINA - BA

ALEXANDRE DE OLIVEIRA MOITINHO

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA)

RESUMO

A região de Andaraí, localizada no domínio da Chapada Diamantina, centro do Estado

da Bahia é caracterizada por um relevo modelado por uma alternância de sinclinais e

anticlinais dos quais se destaca a Serra do Sincorá onde repousam os litotipos do

Supergrupo Espinhaço que sofreram intensas deformações durante o Ciclo Brasiliano no

Neoproterozoico. A evolução dessas deformações resultaram em um conjunto de

estruturas das quais predominam aquelas orientadas na direção NNW-SSE incluindo- se

neste grupo o Anticlinal do Sincorá cujos flancos abrigam diferentes classes de

estruturas como Dobras kink, Falhas Inversas e Falhas transcorrentes com padrão

Riedel geradas por duas fases distintas de deformação: Fase Deformacional D1 e Fase

Deformacional D2. A primeira fase (D1), com características compressionais, foi

responsável pela nucleação de sistemas de dobramentos e empurrões com orientação

geral NNW-SSE a N-S que abrigam, em seus flancos, estruturas dúcteis-rúpteis a

rúpteis tais como dobras subsidiárias do tipo kink, geradas pelo mecanismo default

propagation fold, associadas a falhas de empurrão. A segunda fase (D2), interpretado

como reflexo do desenvolvimento das Faixas Rio Preto e Riacho do Pontal, possui

caráter transcorrente e transpressivo que nucleou um sistema de fraturas, falhas e zonas

de cisalhamento que evoluíram segundo o sistema de cisalhamento Riedel chamado de

Falha de São João. Este sistema é formado por um conjunto principal de falhas,

sintéticas à falha principal, com orientação NNW-SSE e cinemática sinistral, além de

um sistema de fraturas antitéticas em relação ao conjunto principal, com cinemática

dextral, orientado segundo WNW-ESE.

Palavras-chave: Serra do Sincorá, Andaraí, Fault propagation fold, Rampas de

Empurrão, Riedel.

Page 151: 2005 a 2012.1

FÁCIES CARBONÁTICAS E POTENCIAL RESERVATÓRIO

DA FORMAÇÃO SALITRE NEOPROTEROZÓICA, NA

BACIA DE IRECÊ-BAHIA, BRASIL

ANDRÉ LYRIO DE CARVALHO FIGUEIREDO

ORIENTADOR: PROF. DR. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRÁS UFBA)

RESUMO

A Bacia de Irecê é composta por uma sequência sedimentar carbonática depositada no

contexto de um mar epicontinental em ambiente marinho raso. Esta sequência é

constituída pela Formação Salitre, de idade Proterozóica Superior, que é subdividida

neste trabalho em três unidades litofaciológicas informais: Nova América, Jussara e

Irecê. Estas foram estudadas em campanha de campo e caracterizadas

macroscopicamente e petrologicamente, com interpretação ambiental para cada uma

delas. Na Unidade Nova América, foram encontradas ocorrências de laminitos

microbias, calcarenitos e bioconstruções estromatolíticas. Já a Unidade Jussara foi

caracterizada predominantemente pela presença de calcarenitos oncolíticos

intraclásticos, além de bioconstruções trombolíticas, enquanto a Unidade Irecê,

comumente constituída por interestratificações de calcilutitos e margas, foi interpretada

como a sequência litofaciológica relativamente mais profunda da Formação Salitre.

Com o objetivo do estudo da potencialidade destas unidades litofaciológicas, em termos

de possíveis reservatórios para acumulação de hidrocarbonetos, enfatizando a

importância da porosidade e das feições diagenéticas nestas litologias, pode-se dizer que

as bioconstruções estromatolíticas da Unidade Nova América apresentam os valores

mais significativos em termos de porosidade. Já os calcarenitos das Unidades Nova

América, Fazenda Recife e Jussara, apesar de serem considerados um dos tipos mais

comuns de reservatórios, apresentam valores de porosidade baixos ou ausentes,

provavelmente devido a obliteração dos poros pelos processos diagenéticos. O mesmo

ocorre para as bioconstruções trombolíticas da Unidade Jussara. Apesar da baixa

porosidade da maioria destas litofácies carbonáticas, o que impulsiona esta pesquisa é o

fato de existirem bacias, no Brasil e no mundo, de idades semelhantes, que possuem

reservas comerciais de hidrocarbonetos.

Palavras-chave: Bacia de Irecê, Formação Salitre, unidades litofaciológicas,

reservatórios .

Page 152: 2005 a 2012.1

ESTUDOS DE METAIS PESADOS EM SEDIMENTOS

SUPERFICIAIS E DE FUNDO NO ESTUÁRIO DO

JACUÍPE, CAMAÇARI – BAHIA – BRASIL

ANTONIA DE ANDRADE SANTOS

ORIENTADOR: PROFA. DRA. KARINA SANTOS GARCIA (UFBA)

RESUMO

Para estabelecer critérios de avaliação, qualidade e controle de contaminação de metais

pesados em sedimentos de áreas estuarinas é necessário primeiro a determinação desses

elementos. Nos países industrializados, predominantemente em regiões temperadas,

esse tipo de estudo é bastante freqüente. Este trabalho propõe uma avaliação

geoquímica do estuário do Jacuípe, visando à averiguação da diminuição da

concentração de metais pesados, por influência da taxa de sedimentação relacionada

com a ação antrópica ou natural. Foram escolhidos 3 locais para retirada dos

testemunhos e estes foram fatiados do topo para a base de 5 em 5cm, sendo o último de

10cm, totalizando 07 amostras de cada testemunho com um total de 21 amostras

analisadas. Estas foram acondicionadas em sacos plásticos e preservadas dentro de uma

caixa de isopor com gelo. Após a fase de campo iniciaram-se as etapas de tratamento e

análises das amostras, com pré- tratamento das amostras para análise; digestão parcial

das amostras (secas) em meio ácido, através do forno microondas, determinando-se,

posteriormente, os íons metálicos, pelo Método Espectrométrico; Além da determinação

de Matéria Orgânica Total, pelo Método Walkey-Black; e do Nitrogênio Total pelo

Método Kjeldahl.Os resultados encontrados para os metais analisados em mg Kg-1 (Pb

4,48 a 24,83; Zn 6,45 a 22,18; Cu 0,50 a 5,18; Cr 2,94 a 15,83; Ni 2,55 a 6,67; Fe

3135,04 a 14835,81; Al 545,23 a 5032,45; Mn 15,11 a 71,49), de modo geral,

demonstraram que os sedimentos de manguezais do estuário do Jacuípe não apresentam

teores de metais elevados (exceto o Pb e Cr), comparados a estudos anteriores e com os

valores de referência do NOOA E CETESB. Esses resultados encontrados para metais

podem ter sofrido influência da taxa de sedimentação relacionada com a atividade

antropogênica na área de estudo.

Palavras-chave: Estuário do Jacuípe, Metais pesados, Sedimento, Manguezal.

Page 153: 2005 a 2012.1

PETROLOGIA DOS GNAISSES E MIGMATITOS DO

COMPLEXO UAUÁ NA REGIÃO DE EUCLIDES DA

CUNHA, BAHIA

DANILO DE SOUZA SANTOS

ORIENTADOR: DRA. DÉBORA C. RIOS (UFBA)

RESUMO

Este trabalho visa realizar o estudo petrográfico das rochas gnáissico- migmatíticas do

Complexo Uauá que afloram no município de Euclides da Cunha (NE do estado da

Bahia) de modo a contribuir para o entendimento da evolução geológica destas

litologias com o aporte de novas informações.

As rochas do Complexo Uauá foram anteriormente compartimentadas em duas unidades

distintas (Unidade Superior e Unidade Inferior). Os dados previamente obtidos por

outros pesquisadores indicam que estas rochas têm quimismo sub- alcalino com

tendência calcioalcalina, indicando um ambiente de formação do tipo arco magmático,

tendo obtido idades de 3,0 Ga para o metamorfismo, em datações U-Pb em monozircão

e idade de cristalização de 3,195 Ga.

As rochas gnáissico-migmatíticas do Complexo Uauá aqui estudadas foram aqui

classificadas como metagranodioritos, metagranitos, monzodioritos e tonalitos de

acordo com as características microscópicas e feições observadas em campo.

Palvras-chave: Núcleo, Embasamento, Magmatismo, Complexo, Geocronologia.

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ROCHAS GERADORAS E SEUS BIOMARCADORES:

UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA COM ÊNFASE NAS

BACIAS DA COSTA LESTE BRASILEIRA

EULA ANDRADE NASCIMENTO DA SILVA

ORIENTADOR: PROF. MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA)

RESUMO

Existem semelhanças quanto a evolução tectônica e história do preenchimento

sedimentar entre as bacias marginais brasileiras, devido a gênese comum, resultado da

ruptura do Gondwana. A partir desta história evolutiva conclui-se que existem

semelhanças em termos de bacias sedimentares entre a Costa Oeste da África e o litoral

do Brasil. A região africana apresenta estruturas geológicas consideradas comparáveis

àquelas encontradas no Brasil e possui potencial para a descoberta de expressivos

volumes de petróleo em áreas localizadas de águas profundas. Este trabalho foi

desenvolvido através da revisão bibliográfica destacando a caracterização das rochas

geradoras através das técnicas geoquímicas de COT, Pirólise Rock- Eval, Reflectância

de Vitrinita, Índice de Alteração Térmica para avaliação do potencial gerador e

maturação da matéria orgânica, como também as técnicas utilizadas para determinação

dos biomarcadores. Complementando este trabalho, serão apresentadas as rochas

geradoras localizadas nas bacias da costa oeste africana a fim de correlacioná-las com as

bacias da costa leste brasileira, estabelecendo as possíveis relações entre as diferentes

rochas geradoras destas bacias hoje separadas pelo Oceano Atlântico.

Palavras-Chave: Rochas Geradoras; Técnicas Geoquímicas; Biomarcadores; Petróleo.

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A PRESENÇA DO FLÚOR NAS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS

DA FORMAÇÃO SERGI (JURÁSSICO SUPERIOR) DA

BACIA DO RECÔNCAVO NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL

GLEIDE MENDES SEABRA

ORIENTADOR: PROF. DR. AUGUSTO JOSÉ PEDREIRA (UFBA)

RESUMO

Neste trabalho foi desenvolvida a caracterização sedimentológica e petrológica da

Formação Sergi, que compreende uma seqüência siliciclástica depositada durante a fase

pré-rifte da Bacia Sedimentar do Recôncavo, situando-se na sua borda oeste. A

Formação Sergi é composta essencialmente por arenitos muito grossos

(conglomeráticos) a muito finos, por eventuais níveis de conglomerados granulosos,

excepcionalmente seixos, e raras camadas delgadas de lamitos arenosos. Do ponto de

vista hidrogeológico o aqüífero é constituído basicamente pelos arenitos dessa

Formação. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a presença de Flúor na água

subterrânea e determinar a sua origem e distribuição.

Palavras-chave: Formação Sergi; Aquífero Sergi; Petrografia; Distribuição do Flúor.

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DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DE METAIS TRAÇO NO MUNICÍPIO

DE MADRE DE DEUS - BA

HENRIQUE CÉSAR PEREIRA ASSUMPÇÃO

ORIENTADOR: PROFA. DRA. GISELE MARA HADLICH (UFBA)

RESUMO

O objetivo deste trabalho foi representar espacialmente a distribuição de metais traço

em solos de encosta, apicum, manguezal e área urbana no município de Madre de Deus,

Norte da Baía de Todos os Santos (BTS), utilizando o método da geoestatística. A

escolha da Krigagem, como método geoestatístico aplicado ao trabalho, foi devido a

esse ser o método aconselhado para fazer estudo em áreas que existam dados com

variáveis que podem apresentar dependência espacial, como é o caso dos metais

pesados em manguezais. A metodologia utilizada para a realização desta pesquisa

envolveu além da revisão de literatura, a obtenção de dados de metais traço (Cu, Zn,

Mn, Fe e Cr), extraídos das amostras superficiais de solos e de sedimentos coletados em

campo, que foram determinados através da técnica de extração parcial. Também foram

determinados o ph, salinidade e nitrogênio total. Em todos os dados foi aplicada a

estatística descritiva seguido pela geoestatística, para análise da distribuição espacial

dos dados. Para cada variável foram geradas isolinhas sobre uma imagem do município

de Madre de Deus, facilitando assim a observação das concentrações dos elementos

analisados sobre a área de estudo. Os resultados mostraram que a salinidade é o

principal parâmetro para se diferenciar os ambientes manguezal, apicum e encosta,

sendo que as concentrações de metais traço não apresentam importantes diferenças entre

esses. A área urbana apresentou concentrações altas de fósforo. Através dos resultados,

também foi possível identificar a Fábrica de Asfalto como o provável responsável pela a

inserção de contaminantes na área oeste de Madre de Deus e comprovou-se que a

krigagem ordinária é muito eficaz na espacialização de dados geoquímicos em

diferentes ambientes e se mostrou bastante eficaz na identificação de alguns fatores que

contribuem para a concentração de metais traço na área de estudo.

Palavras-chave: Manguezal, Apicum, Geoestatística, Krigagem, Geoquímica Ambiental,

Metais Traço.

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SISTEMA DEPOSICIONAL DAS FORMAÇÕES AÇURUÁ E TOMBADOR NAS

IMEDIAÇÕES DA CIDADE DE BARRA DA ESTIVA, BAHIA

JAIME PEREIRA DE SOUZA JUNIOR

ORIENTADOR: PROF. MSC. ANTONIO JORGE C. MAGALHÃES (UFBA)

RESUMO

O principal foco para a construção do presente trabalho foi uma feição geomorfológica

situada dentro da cidade de Barra da Estiva, localizada na porção sul da Chapada

Diamantina. Essa feição constitui o Morro da Torre e nela afloram as formações Açuruá

e Tombador, a primeira de idade Paleoproterozóica e a segunda Mesoproterozóica.

Essas se constituíram nos alvos para realização de um perfil de empilhamento vertical,

com o objetivo de caracterizar as fácies, associação das fáceis e estudo das formas

geométricas dos corpos para identificação dos elementos arquiteturais. Para

identificação dos sistemas deposicionais, nesse trabalho utilizou-se o agrupamento de

elementos arquiteturais presentes nas referidas formações. Em Ambas as formações

foram identificadas barras de marés e canais de maré, característicos de sistemas

estuarinos. Na base da Formação Açuruá foram encontrados sedimentos lamosos,

característicos de depósitos de planície de maré. Durante a descrição do perfil vertical

observou-se variações cíclicas de elementos arquiteturais, evidenciando variações do

nível de base seguido de ciclos de transgressões e regressões marinhas. Para a separação

dos elementos pertencentes a cada Formação utilizou-se como critério os sentidos das

paleocorrentes, sendo na Formação Açuruá predominantemente para leste e na

Formação Tombador para oeste.

Palavras-chave: Geologia – Barra da Estiva, Bahia. Estruturas sedimentares. Estuários.

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ANÁLISE CINEMÁTICA E DINÂMICA DAS ESTRUTURAS DAS

FORMAÇÕES TOMBADOR E AÇURUÁ NA PORÇÃO SUL DA

SERRA DO SINCORÁ, NOS ARREDORES DAS CIDADES DE

BARRA DA ESTIVA E IBICOARA / CHAPADA DIAMANTINA, BAHIA

JOSAFÁ DA SILVA SANTOS

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-

PETROBRAS)

RESUMO

A porção sul da Serra do Sincorá localizada no centro oeste do estado da Bahia,

contempla rochas metassedimentares do Proterozoico das Formações Açuruá e

Tombador. Estas formações são constituídas por metassiltitos e metalamitos estuarinos e

metarenitos e metaconglomerados, fluvio/eólicos e aluviais, que fazem parte da

cobertura plataformal do Cráton do São Francisco. Estas formações fazem parte do

Supergrupo Espinhaço na porção Oriental da Chapada Diamantina e foram submetidas

no Neoproterozoico à deformações progressiva de caráter dúctil-rúptil a transicional

rúptil, divididas em duas fases deformacionais D1 e D2 geradas por um evento

compressional à transpressional no Brasiliano. Na fase D1dois estágios progressivos

D1’ e D1”representam a deformação progressiva, com tensões de direção geral E-W e

condicionada a mecanismo de dobramento por deslizamento flexural. No estágio D1’

foram geradas dobras regionais de grande amplitude, representadas pelos anticlinais de

Campo Redondo e Mundo Novo, superfícies de cisalhamento intraestratal, bandas de

cisalhamento S/C e foliação plano axial S1. Aliada a geração destas grandes dobras

foram nucleadas num estágio D1”, estruturas fortemente condicionadas ao aumento da

taxa de encurtamento pelo mecanismo de deslizamento flexural com geração de dobras

subsidiárias de cisalhamento tipo Kink e rampas de cisalhamento de cinemática reversa

e componentes transcorrentes sinistrais e dextrais. Uma fase tardia D2 transpressional

gerada por tensões de direção NNW-SSE à N-S, nucleou estruturas rúpteis em padrão de

cisalhamento tipo Riedel com geração de um plano de fluxo N-S de cinemática sinistral.

Os estágios D1’ e D1” da fase D1 do evento E1 compressional frontal, teve como

gatilho geotectônico a inversão do Corredor de Deformação do Paramirim no

Neoproterozoico. Para a fase D2 tardia do evento E1 as estruturas das fases D1 foram

transpostas por falhas e fraturas de direção geral NNW e NW-SE nucleadas pela

propagação das tensões impostas à inversão da Bacia Irecê a Norte e Faixa Araçuaí a

Sul.

Palavras-chave: Deslizamento Flexural; Rampas de cisalhamento Intraestratal;

Deformação progressiva.

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ESTUDO PETROGRÁFICO COMPARATIVO ENTRE A

FORMAÇÃO MORRO DO CHAVES DA BACIA (SE/AL) E

O GRUPO LAGOA FEIA DA BACIA DE CAMPOS E O

SEU POTENCIAL COMO RESERVATÓRIO DE

HIDROCARBONETOS

LUANA SILVA CASTRO

ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS-UFBA)

RESUMO

A presente monografia tem como objetivo principal fazer um estudo petrográfico

comparativo entre as coquinas da Formação Morro do Chaves, pertencentes à Bacia de

Sergipe-Alagoas, e as coquinas do Grupo Lagoa Feia da Bacia de Campos. A

importância deste estudo petrográfico se fez devido à necessidade de se avaliar o

potencial da Formação Morro do Chaves como reservatório de hidrocarbonetos, por

essa Formação apresentar o mesmo tipo de constituinte bioclástico e intervalo de

deposição que o Grupo Lagoa Feia (que constitui um dos reservatórios carbonáticos da

Bacia de Campos). Verificou-se que, a partir dos estudos petrográficos, foi possível

reconhecer diversos aspectos dessas rochas tais como: os constituintes, o aspecto

textural, os tipos de porosidade e seu percentual, as feições diagenéticas presentes e o

seu ambiente deposicional. Com o suporte das descrições macroscópicas e da

caracterização petrográfica comparativa, foi possível interpretar que as coquinas da

Formação Morro do Chaves, em termos de valores de porosidade, possuem um

potencial para reservatório carbonático, apesar desta não ocorrer como rocha

reservatório na Bacia de Sergipe-Alagoas.

Palavras-chave: Bacia de Sergipe-Alagoas; Formação Morro do Chaves; Grupo Lagoa

Feia; Reservatório Carbonático; Coquinas .

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ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO

EM FLUXOS GRAVITACIONAIS DE SEDIMENTO DA FORMAÇÃO

MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA

METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA

QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS.

LUCAS FIGUEIREDO GONTIJO

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-

PETROBRAS)

RESUMO

A seção rifte das bacias sedimentares brasileiras representa o registro associado à

fragmentação do Gondwana e consequente separação entre a América do Sul e a África,

com a abertura do Oceano Atlântico Sul, gerando os mais importantes sistemas

petrolíferos do país. A Formação Maracangalha (Eocretáceo ca. 140 Ma), faz parte da

seção rifte da Bacia do Recôncavo.

Este estudo buscou, inicialmente, uma descrição das fácies turbidíticas e lacustres do

Membro Caruaçu, Formação Maracangalha, em testemunhos de dois poços perfurados

pela Petrobras no Campo de Fazenda Boa Esperança (Bacia do Recôncavo), localizado

a aproximadamente 100 km a norte da cidade de Salvador, com o objetivo de agrupá-las

em associações de fácies, a partir das estruturas e litologias sedimentares presentes.

Posteriormente, integradas as associações de fácies e os dados petrofísicos de

porosidade e de permeabilidade aos perfis de radioatividade (GR), de potencial

espontâneo (SP), de resistividade (ILD) e de densidade (RHOB) dos poços

testemunhados. Os padrões de correlação foram utilizados em outros quatro poços não

testemunhados para que fossem analisados dados de perfis (logfácies) em intervalos

com potencial para reservatório de hidrocarbonetos. Foram também confeccionadas

duas seções geológicas (strike e dip) com o intuito de conhecer as extensões laterais das

associações de fácies de turbiditos com potencial para reservatório de hidrocarbonetos.

Com base nessas análises, concluiu-se que a associação de fácies turbidito distal - F8

(Mutti et. al., 1999) - reúne as melhores condições permoporosas, além de possuir boa

extensão lateral e maior espessura dentre as outras associações de fácies analisadas. Por

isso, é considerada a de maior potencial para acumulação de hidrocarbonetos, dentre as

fácies turbidíticas estudadas.

Palavras-chave: Membro Caruaçu, Fluxos gravitacionais de sedimento (Turbidito),

Seção geológica, Qualidade dos reservatórios.

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INTERPRETAÇÃO SISMOESTRATIGRÁFICA DO NORTE

DA BACIA DE PELOTAS

LUCIANO VAGNER MATA CRUZ

ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo o estudo estratigráfico-geológico da região norte da

Bacia de Pelotas a partir da análise sismoestratigráfica. A metodologia aplicada

compreendeu o estudo prévio baseado na literatura sobre a geologia da Bacia de Pelotas,

principalmente na sua porção norte por apresentar características distintas, a correlação

das informações das seções sísmicas através da construção do mapeamento de

horizontes, os padrões deposicionais, as superfícies estratigráficas, as terminações

estratais e estruturas geológicas tais como feições vulcânicas e falhas. Como resultado

foi possível descrever a evolução da estratigrafia de sequência da área estudada, mapear

e classificar as estruturas geológicas e entender como se deu a deposição relacionando-a

com a possível área fonte. A Bacia de Pelotas

possui distinções das demais Bacias do Leste Brasileiro, e esse estudo contribui para a

avaliação e o aprimoramento do conhecimento da evolução tectono-sedimentar da

bacia.

Palavras-chave: Interpretação sísmica 2D; Bacia de Pelotas; Sismoestratigrafia.

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CARACTERIZAÇÃO FACIOLÓGICA DA FORMAÇÃO TAQUIPE,

AFLORAMENTO DA PRAIA DE INEMA, SALVADOR - BAHIA

MARCELO ABBEHUSEN MAGALHÃES

ORIENTADOR: PROF. MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (UFBA)

RESUMO

A Bacia do Recôncavo está inserida no Sistema de riftes Recôncavo-Tucano-Jatobá

(MAGNAVITA, 1996) e está localizada no Nordeste do Brasil, no estado da Bahia,

ocupando uma área aproximada de 11.500 km² (SILVA et al., 2007).

Dentre os vários sistemas petrolíferos encontrados na Bacia do Recôncavo, os turbiditos

da Formação Taquipe, objeto de estudo do presente trabalho, caracterizam o quinto mais

importante play da bacia (Roberto Rosa, informação verbal), com porosidade de 18 a

24% e permeabilidade de 30 a 300 md (ROSTIROLLA, 1997).

A presente monografia teve como principal objetivo a caracterização faciológica dos

ritmitos da Formação Taquipe, no afloramento da Praia de Inema, Base Naval de Aratu.

A partir deste estudo, pôde-se identificar os processos e ambientes deposicionais que

originaram as fácies e estruturas sedimentares observadas durante os trabalhos de

campo, sendo traçados paralelos com os dados e informações pretéritas obtidas acerca

desta Formação.

Utilizando critérios como, estruturas sedimentares, granulometria e geometria dos

corpos, individualizou-se quatro fácies sedimentares: (i) Folhelho com laminação plano-

paralela e intercalações de níveis arenosos à sílticos; (ii) Arenito fino à médio maciço ou

com estratificação plano-paralela; (iii) Arenito fino a médio com laminações cruzadas

cavalgantes (climbing ripples); (iv) Arenitos com intercalações de folhelhos.

O principal mecanismo de deposição interpretado para a presente Formação foi o de

correntes de turbidez, visto que as estruturas sedimentares encontradas nas fácies

sedimentares observadas representam os intervalos Ta – Tc/Td da Sequência de Bouma,

e dos intervalos F7, F8 e F9a, das fácies turbidíticas de Mutti.

Concluiu-se que as correntes de turbidez se propagaram em condições de regimes de

fluxo superior e inferior de baixa densidade, além da ocorrência de fluxos gravitacionais

de massa, que foram responsáveis por depósitos de slump.

O ambiente em que esta formação está inserida é o Cânion de Taquipe, em regime

subaquoso, lacustre e escavado sobre os deltas da Fm. Pojuca.

Palavras-chave: Taquipe, Turbiditos, Recôncavo, Fácies.

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MAPEAMENTO GEOAMBIENTAL DA ZONA COSTEIRA DA

REGIÃO ENTRE A FOZ DO RIO POJUCA E A PRAIA DE

IMBASSAÍ, MATA DE SÃO JOÃO - BAHIA

MARCUS VINICIUS COSTA ALMEIDA JUNIOR

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ ANGELO S. ARAUJO DOS ANJOS (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho tem como objetivo apresentar os dados da análise e avaliação

ambiental da área de estudo, na escala 1:25.000, a partir do mapeamento geoambiental

realizado na região compreendida entre a foz do rio Pojuca e a praia de Imbassaí,

situada entre as coordenadas 602.000 e 616.000 mE e 8606.000 e 8624.000 mN, com

área aproximada de 100km2, distando 60km da cidade do Salvador. O clima

predominante é o quente-úmido com precipitação média anual oscilando entre 1.600 a

1.800 mm. A principal bacia hidrográfica da região é a do Rio Pojuca, sendo o rio

homônimo presente na área de estudo, além de, na parte nordeste, a presença do rio

Imbassaí. Metodologicamente o trabalho consistiu em levantamento bibliográfico,

trabalhos de fotointerpretação, confecção de mapas preliminares, saídas de campo e

análise, avaliação e elaboração dos mapas e textos finais. Foram identificadas oito (8)

unidades geoambientais, da I a VIII, levando-se em consideração a geologia, padrões de

relevo, cobertura vegetal, uso e ocupação do solo, hidrografia/hidrogeologia e aspectos

voltados à parte ambiental, tais como riscos, danos e impactos ambientais, além de

vulnerabilidade ambiental. Por fim, foram realizadas recomendações com base na

avaliação geoambiental feita na área de estudo, a fim de preservar, conservar e

promover a utilização racional dos recursos naturais existentes na região.

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ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E QUALIDADE DAS ÁGUAS

SUBTERRÂNEAS DO GRUPO BARREIRAS NA

REGIÃO DE PORTO SEGURO – BAHIA

MARIANA CAYRES SAMPAIO

ORIENTADOR: PROF. DR. ZOLTAN ROMERO CAVALCANTE RODRIGUES

(INEMA)

RESUMO

A área de estudo está situada no município de Porto Seguro, Região Sul do Estado da

Bahia, onde ocorrem unidades litológicas do Complexo Gnáissico-Granítico e Grupo

Macaúbas de idade pré-cambriana; sedimentos areno-argilosos do Grupo Barreiras do

Terciário e depósitos quaternários. O principal domínio hidrogeológico é representado

pelos aquíferos granulares do grupo supracitado, onde a água subterrânea encontra-se

acondicionada nos espaços intergranulares que se constituem em reservatórios de boa

potencialidade de grande importância para esta região. Este trabalho tem por objetivo,

caracterizar a estratigrafia do Grupo Barreiras e avaliar a qualidade de suas águas.

Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica sobre a região, em seguida foram

feitas as interpretações dos perfis elétricos e radioativos. Utilizando dados geológicos e

perfilagens de três poços, foi construído um perfil estratigráfico paralelo à linha de

costa, com direção N- S, que permitiu entender o comportamento espacial das duas

fácies. Apesar da completação dos poços, com filtros nas duas seções, favorecer a

mistura das águas das duas unidades, foi possível identificar, por meio dos perfis de

resistividade, a variação vertical da salinidade; com águas mais doces na fácies superior,

com alta resistividade e mais salinas na fácies inferior, com resistividade mais baixa.

Utilizando os resultados das análises de água dos poços foram construídos diagramas de

Stiff e Piper que permitiram classificar e avaliar a distribuição espacial das águas

subterrâneas para tentar identificar os controles das ocorrências.

Palavras-chave: Análise Estratigráfica; Água Subterrânea; Grupo Barreiras; Perfilagens.

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COMPORTAMENTO DE PARÂMETROS

GEOCOMPOSICIONAIS DO SISTEMA PETROLÍFERO

IRATI-PIRAMBÓIA, BACIA DO PARANÁ, BRASIL

MILENA ROCHA DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: PROF. DRA OLÍVIA MARIA CORDEIRO DE OLIVEIRA (UFBA)

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo principal o estudo geoquímico por meio de parâmetros

geocomposicionais, dos óleos extraídos das camadas de folhelhos do Membro

Assistência (Fm. Irati) e dos arenitos asfálticos da Formação Pirambóia situadas na

Bacia do Paraná. Foram coletadas 3 amostras de rochas das Formações geológicas em

questão, aflorantes na superfície. As amostras foram submetidas à extração e o óleo

assim obtido a análises de cromatografia líquida em coluna aberta e cromatografia

gasosa acoplada com detector de ionização por chama (CG-DIC) em óleo total (whole-

oil). Os dados de cromatografia líquida revelaram o predomínio de compostos NSO,

seguidos pelos hidrocarbonetos aromáticos e alifáticos. A distribuição e abundâncias

relativas dos n-alcanos e isoprenóides indicam que o óleo presente nos nas camadas de

folhelhos da Fm. Irati possuem mesmo input de matéria orgânica e que tanto estes

folhelhos como os arenitos asfálticos possui um baixo grau de evolução térmica e níveis

moderados a severos de biodegradação. Os marcadores moleculares associados à

origem indicam que o óleo provém de matéria orgânica de caráter transicional

depositada num ambiente marinho evaporítico anóxico. Com base em parâmetros

moleculares observados não foi possível estabelecer uma boa correlação entre o betume

dos arenitos betuminosos da Formação Pirambóia e os extratos orgânicos da Formação

Irati em decorrência do elevado estágio degradacional do betume da Fm. Pirambóia.

Palavras-chave: Irati-Pirambóia, Geoquímica do petróleo, n-alcanos e isoprenóides.

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ESTUDO DE MECANISMOS E PROCESSOS DE SEDIMENTAÇÃO

EM FLUXOS GRAVITACIONAIS DE MASSA DA FORMAÇÃO

MARACANGALHA, MEMBRO CARUAÇU. APLICAÇÃO DA

METODOLOGIA DE ESTUDO ROCHA X PERFIL NA PREDIÇÃO DA

QUALIDADE DOS RESERVATÓRIOS

MURIEL NASCIMENTO DE FIGUEIREDO

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-

PETROBRAS)

RESUMO

Esta monografia é resultado do estudo faciológico sedimentar, sistemático, de 273

metros de testemunhos de dois poços perfurados pela Petrobras no Campo Fazenda Boa

Esperança (Bacia do Recôncavo), localizado a aproximadamente 100 km a norte da

cidade de Salvador. O trabalho consistiu da análise de testemunhos e de perfis de

radioatividade (GR), de potencial espontâneo (SP), de resistividade (ILD, RILD, SR) e

de densidade (RHOB) destes dois poços, com o objetivo de definir padrões de logfácies

características de associações de fácies de fluxos gravitacionais de massa ( slide e

slump). Foi possível a identificação de sete fácies sedimentares: arenitos maciços (AR-

ma), arenitos com laminações convolutas (ARlc), arenitos com intraclastos (AR-ic),

arenitos com laminação plano-paralela (ARpp), arenitos conglomeráticos (ARC),

conglomerados (CG) e lamitos (LM), os quais foram agrupadas nas associações de

fácies do tipo slide (AR-pp) e slump (AR-ma, AR-lc, AR-ic, ARC, ARC, CG e LM). A

correlação associação de fácies x perfis definindo padrões de logfácies foi reconhecida

em outros três poços não testemunhados para que fossem confeccionadas seções

geológicas longitudinais e transversais à orientação geral dos fluxos gravitacionais

presentes no campo e avaliadas as extensões laterais desses depósitos nos poços não

testemunhados. Esta correlação foi feita tendo-se em mente a característica dos slides

(pacote semiconsolidado que se desloca sobre o talude, ocorrendo deformação na base

do pacote e preservação das estruturas em sua parte central) e dos slumps (pacotes

inconsolidados, que sofrem fortes deformações durante seu processo de escorregamento

ao longo do talude). Os slumps constituíram 98% dos testemunhos descritos e os slides

2%, sendo que as melhores qualidades de reservatórios foram encontradas em pacotes

de slump associados a pacotes de turbiditos, enquanto os slumps intercalados com

folhelhos apresentaram, em geral, baixa qualidade permoporosa.

Palavras-chave: Membro Caruaçu, Fluxos gravitacionais de massa ( slide e slump),

seção geológica, qualidade dos reservatórios.

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INFLUÊNCIA DA DOLOMITIZAÇÃO COMO MECANISMO RESPONSÁVEL

PELA CRIAÇÃO DA POROSIDADE NOS CALCARENITOS

OOLÍTICOS/ONCOLÍTICOS DO MEMBRO MARUIM DA FORMAÇÃO

RIACHUELO DE IDADE ALBIANA DA BACIA SERGIPE-ALAGOAS

PRISCILA PASSOS BARRETO COSTA

ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS)

RESUMO

O presente trabalho tem por objetivo identificar e discutir as principais feições

diagenéticas observadas, principalmente a dolomitização nas rochas das Pedreiras Brejo

e Carapeba, que se constituem ótimos afloramentos do Membro Maruim na bacia de

Sergipe Alagoas. A partir das análises petrográficas, pôde-se formatar o modelo de

dolomitização mais adequado. Análises macroscópicas e estudos petrográficos

combinados revelaram que os principais litotipos encontrados nas Pedreiras Brejo e

Carapeba são Packstones, Grainstones e Doloespatitos, sendo os principais constituintes

os oncólitos, oólitos, bioclastos, peloides e intraclastos, além de romboedros de

dolomita.Tais estudos revelaram, também, que as rochas analisadas apresentam graus

diferentes de dolomitização, sendo o modelo que mais se adequa a estas rochas, a

mistura de águas ( Dorag), devido à quantidade de material terrígeno encontrado em

lâmina, bem como nenhuma outra evidência que justifique os outros modelos.

Constatou-se um acréscimo de porosidade dos Doloespatitos em detrimento dos demais

litotipos confirmando o que já e conhecido na literatura. Por fim, quanto à interpretação

ambiental associou-se os litotipos com presença de lama carbonática e oncólitos aos

ambientes de baixa energia, possivelmente um ambiente lagunar, ao passo que os

litotipos com cimento e oólitos, um ambiente de alta energia, possivelmente os bancos

carbonáticos de aguas rasas e patch reefs. Devido à promoção de porosidade em

Doloespatitos, sugere-se que tais rochas venham a ser alvo de estudos contínuos nas

bacias brasileiras, tanto pelo potencial conhecido na literatura, quanto pela quantidade

expressiva de reservatórios carbonáticos no mundo.

Palavras-chave: Petrografia; Processos Diagenéticos; Dolomitização; Porosidade.

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PETROGRAFIA E ANÁLISE MICROESTRUTURAL DA

ZONA DE ALTERAÇÃO HIDROTERMAL NA

SEQUÊNCIA METAVULCANOSSEDIMENTAR URANDI:

METAMORFISMO, EVOLUÇÃO TECTÔNICA E IMPLICAÇÕES

METALOGENÉTICAS

SILVANDIRA DOS SANTOS GÓES PEREIRA DE JESUS

ORIENTADOR: PROFA. DRA. SIMONE CERQUEIRA PEREIRA CRUZ (UFBA)

RESUMO

A Sequência Metavulcanossedimentar Urandi-SMVU está localizada na zona de

transição entre o Cráton do São Francisco e o Orógeno Araçuaí, abrangendo o

município homônimo à sequência. Constitui-se uma sequência metavulcanossedimentar

pouco estudada que possui vocação metalogenética para ferro e é composta por rochas

metamáficas que se intercalam a rochas metapelíticas, formações ferríferas bandadas,

quartzitos e rochas calcissilicáticas, todas estas milonitizadas e metamorfizadas no

fáciesanfibolito. Essas rochas apresentam-se intrudidas por granitoides de idade

Riaciano-orosiriana que constituem o granito Santa Isabel e o Batólito Monzo-Sienítico

Guanambi-Urandi. A interação, provavelmente, com fluidos destes granitoides imprimiu

a estas rochas uma alteração hidrotermal em graus diferenciados. Rochas metamáficas,

metapelíticas, metagranitoides encontram-se desde preservadas até muito modificadas,

constituindo os denominados hidrotermalitos. Associado a esta alteração desenvolve-se

uma paragênese mineralógica sin-tectônica composta por microclina, plagioclásio e

biotita; e sin a tardi-tectônica composta por quartzo, anfibólios metassomáticos,

carbonato, turmalina, epidoto, mica branca, além de concentrações de hematita,

magnetita, pirita e calcopirita. Os estudos petrográficos realizados, além de permitir a

identificação desta paragênse mineral, possibilitou a classificação da mineralização da

SMVU em dois tipos principais, quais sejam: a) a mineralização do tipo I, de gênese

sedimentar, itabirítico, hematítico e com baixa intensidade de alteração hidrotermal,

assinalada pela presença de raros grãos de microclina, plagioclásio, turmalina e apatita;

b) a mineralização do tipo II, composto predominantemente por magnetita com

associações subordinadas e tardias de hematita, pirita e calcopirita associada às rochas

mais fortemente hidrotermalizadas. O conjunto de dados obtidos a partir dos estudos de

campo, petrográficos, microestruturais e microquímicos, que ainda precisam ser

aprofundados, permitiram elaborar um modelo genético preliminar para a área da

SMVU. A análise e interpretação destes dados indicam grandes similaridades que

enquadram esta sequência tanto na classificação dos depósitos do tipo Iron Oxide-

Copper-Gold -IOCG, quanto nos depósitos associados à orogenia.

Palavras-chave: Bloco Gavião, Sequência Metavulcanossedimentar Urandi-SMVU,

alteração hidrotermal.

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MAPEAMENTO GEOLÓGICO, PETROGRAFIA,

ASPECTOS LITOGEOQUÍMICOS E GEOFÍSICOS DOS

GRANULITOS DA REGIÃO DE LAJEDO DO TABOCAL:

UMA CONTRIBUIÇÃO A GEOLOGIA DA FOLHA

MARACÁS (SD.24-V-D-I), BAHIA

THIAGO DRUMOND ASSIS DE QUEIROZ

ORIENTADOR: PROF. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIREDO BARBOSA (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho é o resultado do mapeamento geológico da porção leste da Folha

Maracás (SD.24-V-D-I), a qual está inserida na região granulítica do sulsudeste da

Bahia, e engloba, no seu contexto, rochas Arqueanas- Paleoproterozoicas de alto grau

metamórfico do Bloco Jequié. Neste trabalho foram identificadas seis unidades

geológicas, são elas: (i) granulitos heterogêneos paraderivados (SCG), composto por

paragnaisses com bandas básicas e félsicas quartzo-feldspáticas, quartzitos com ou sem

granada e granulitos aluminomagnesianos (kinzigitos); (ii) granulitos heterogêneos

migmatíticos (CH7), formados por rochas charnockíticas a charnoenderbíticas, com

protólitos de caráter peraluminoso, subalcalino com tendência cálcio alcalina de

intermediário potássio, cujas litogeoquímicas permitiram subdividi-las em três tipos;

(iii) granulitos heterogêneos ortoderivados (CHO), composto por rochas charnockíticas

e charnoenderbíticas com protólitos peralcalino e subalcalino; (iv) granulitos

enderbíticos-charnockíticos (CH1) representados por charnoenderbitos e charnockitos,

com protólitos peraluminosos a metaluminosos e subalcalino do tipo cálcio-alcalino de

médio K; (v) granulitos augen -charnoenderbíticos-charnockíticos (CH4) compostos por

rochas charnockíticas, com protólitos de caráter metaluminoso, subalcalino com um

trend cálcio-alcalino de médio potássio e; (vi) depósitos detríticos recentes (NQd),

correspondendo a sedimentos semiconsolidados mal selecionados. Análises

aerogeofísicas gamaespectrométricas e magnéticas permitiram a melhor identificação de

contatos litológicos e observações acerca das estruturas regionais e locais, cujas

conclusões foram advindas da individualização de três zonas gamaespectrométricas

(ZG) e seis zonas magnéticas (ZM).

Palavras-chave: Mapeamento geológico; petrografia; litogeoquímica; granulitos; Bloco

Jequié; Bahia.

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MONOGRAFIAS DE GEOLOGIA 2012.1

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ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA DAS FORMAÇÕES GUINÉ E TOMBADOR

NAS PROXIMIDADES DE BARRA DA ESTIVA, CHAPADA DIAMANTINA -

BAHIA

ACÁCIO JOSÉ SILVA ARAÚJO

ORIENTADOR: PROF. DR. RUY KENJI PAPA KIKUCHI (UFBA)

RESUMO

As formações Guiné e Tombador, objeto deste trabalho, afloram no domínio oriental do

Supergrupo Espinhaço e compreende os grupos Paraguaçu (Paleoproterozóico

/Mesoproterozóico) e Chapada Diamantina (Mesoproterozóico), localizados na região

da Sinclinal de Ituaçu, nas cercanias da cidade de Barra da Estiva inseridos na região

central do Estado da Bahia. Essa pesquisa aborda a análise estratigráfica de seções

geológicas nas Formações Guiné e Tombador a partir da descrição vertical de fácies e

interpretação de superfícies chaves da estratigrafia de sequências em escala de

afloramentos, com o intuito de caracterizar as litofácies, seus ambientes deposicionais e

as hierarquias dos eventos estratigráficos em diferentes ordens. Nas duas Formações os

elementos arquiteturais reconhecidos foram barras, planícies de maré, bandas de maré e

canais, onde são visíveis as estruturas de estratificação cruzada acanalada, tabular e

tangencial, marcas de onda, interlaminados sub-horizontais de silte e argila. As

superfícies estratigráficas mais frequentes nos afloramentos foram a superfície

regressiva máxima (SRM) e a superfície discordância subaérea. O nome da Formação

Guiné foi adotado neste trabalho devido a sua proximidade da localidade de Guiné e a

primeira citação sobre esta unidade ter sido feita por Montes (1977), que descreveu com

detalhes a seção tipo, espessura e litologias. E de acordo com Código de Nomenclatura

Estratigráfica o primeiro registro de uma Unidade prevalece sobre os seguintes.

Palavras-chave: Formações Guiné / Tombador, Estratigrafia de Sequências, Litofácies,

Ambientes Deposicionais e Bandas de Maré.

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CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE

TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO

CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

ALEXANDRE PORTELA SANTANA

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (PETROBRAS-

UFBA)

RESUMO

Esta monografia resulta da análise sedimentológica e estratigráfica de uma seção

testemunhada correspondente ao Membro Boipeba, Formação Aliança em um poço do

Campo de Araçás, Bacia do Recôncavo. O estudo de 124 metros de testemunhos

compreendeu a análise das características texturais e genéticas com a finalidade de

definir fácies e associação de fácies. Os resultados desse estudo identificam ambientes

deposicionais fluviais, eólicos, lacustres e de leques aluviais que contextualizam os

ciclos flúvio-eólicolacustres característicos da fase pré-rifte/ proto-rifte da Bacia do

Recôncavo. Foram identificadas doze litofácies agrupadas em cinco associações,

denominadas: lacustre, flúviolacustre,fluvial efêmero, lençóis de areia eólicos e leques

aluviais. O padrão de empilhamento estratigráfico sugere o registro de três ciclos

progradantes, nos quais depósitos relacionados a sistemas fluviais, representados por

espessos estratos arenosos, progressivamente substituem depósitos com influência

lacustre. A presença de conglomerados estaria relacionada a sistemas de leques aluviais

que encerram os ciclos

progradacionais.

Palavras-chave: Testemunho, Ambiente fluvio-eólico-lacustre, Ambiente de leques

aluviais, Membro Boipeba, Bacia do Recôncavo.

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CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE

TESTEMUNHOS DO MEMBRO BOIPEBA/ FORMAÇÃO ALIANÇA, NO

CAMPO DE ARAÇÁS, BACIA DO RECÔNCAVO, BAHIA

BRUNO HUOYA MENDONÇA

ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)

RESUMO

A Bacia do Recôncavo está localizada na região nordeste do Brasil, no estado da Bahia.

Desenvolvida sobre o Cráton do São Francisco e inserida no contexto do rifte

Recôncavo-Tucano-Jatobá, esta bacia foi formada durante a separação do

supercontinente Gondwana. A área de estudo está localizada na parte nordeste da bacia,

na região do Campo de Caracatu, próximo à Falha de Salvador, e bastante influenciada

pelos leques aluviais oriundos da mesma. O estudo do pacote sedimentar da área foi

feito se baseando nas definições e conceitos da estratigrafia de sequências, que como

método de análise estratigráfica possibilita um caráter preditivo bastante aplicável na

prospecção de hidrocarbonetos. A utilização dessa ferramenta em bacias do tipo rifte

divide o pacote sedimentar, depositado durante a formação da bacia, em três tratos

tectônicos: trato tectônico de início de rifte, trato tectônico de clímax de rifte e o trato

tectônico de final de rifte. Esses apresentam características sedimentares que refletem a

interação entre a tectõnica e o clima em cada parte da formação de uma bacia rifte, com

respostas específicas nos perfis geofísicos. A interpretação dos 9 perfis de poços

contidos dentro da área de estudo possibilitou a confecção de 5 seções estratigráficas, as

quais proveram informações sobre a arquitetura estratigráfica e a dinâmica deposicional

da bacia. Essas seções e modelos estratigráficos tridimensionais, construídos a partir

dessas, juntamente com as interpretações das 4 linhas sísmicas, possibilitaram a

confecção de 4 seções esquemáticas. Esses providenciaram dados para o melhor

entendimento da situação atual do arcabouço estrutural da área em estudo, assim como a

atual disposição dos pacotes sedimentares, ilustradas por 5 seções geológicas e por

modelos geológicos tridimensionais. Além de possibilitar um mapeamento

tridimensional da região nordeste da Bacia do Recôncavo, a análise e interpretação dos

dados de poços e sísmicos tornou possível uma melhor compreensão da variação do

nível de base, na área de estudo, durante a formação desse aulacógeno, culminando num

modelo que ilustra essa variação, assim como as taxas de variação do nível de base

durante a evolução dessa bacia.

Conclui-se que a formação do OMA em ambientes tropicais marinhos e estuarinos de

características granulométricas areia, silte e argila poderá favorecer a degradação de

óleos derramados tanto em águas marinhas quanto em estuarinas.

Palavras-chave: Interações de óleo e sedimento, OMA, Derramamento de óleo em

ambiente costeiro, Fração granulométrica, Limpeza de Ambiente Costeiro.

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A UTILIZAÇÃO DE DATALOGGERS NO PROJETO RIMAS (REDE

INTEGRADA DE MONITORAMENTO DE ÁGUAS SUBTERRÂNEAS) NO

AQUÍFERO URUCUIA NO OESTE DA BAHIA

BRUNO SCHINDLER SAMPAIO

ORIENTADOR: PROF. DR. CRISTOVALDO BISPO DOS SANTOS (UFBA)

RESUMO

A CPRM (Serviço Geológico do Brasil) propôs e definiu as bases para a implantação de

uma rede integrada de monitoramento de águas subterrâneas (RIMAS) nos principais

aquíferos do país. O projeto RIMAS no Aquífero Urucuia, no oeste do estado da Bahia,

necessita de um acompanhamento continuo com medições periódicas para que as

informações obtidas, assim como suas analises, sejam bem representativas. Desta forma

a instalação de Dataloggers viabiliza o monitoramento a distancia, não sendo

necessário, portanto, a medição diária do nível estático do aquífero em cada ponto

pessoalmente. São aparelhos que tomam medidas de nível periodicamente com um

intervalo de tempo escolhido de acordo com o propósito e a natureza da pesquisa e as

salvam em um banco de dados. Estes são capazes de armazenar milhares de medidas,

que posteriormente serão coletadas para que continue o monitoramento. Sendo assim

necessária uma visita para coleta dos dados a cada três meses ou mais. Devido à oferta

de diversas empresas que possuem aparelhos de monitoração de parâmetros, como

pressão, temperatura, ph dentre outros, cabe ao trabalho a analise dos aparelhos

escolhidos pela empresa (CPRM) a fim de determinar a melhor opção. Três Modelos

diferentes foram adquiridos e instalados nos 24 poços da rede de monitoramento, são

eles: DIPPERLOG HERON, ORPHIMEDES e THALIMEDES OTT. Deste modo

foram analisados e avaliados os três tipos de Loggers a fim de se escolher o melhor para

tal trabalho, visto que este deve obter dados consistentes e prover ao operador analises

coerentes de níveis estáticos dos poços de monitoramento. Em paralelo a este trabalho

foi confeccionado mapa potenciométrico e de profundidade de NE da área de estudo

com os dados obtidos com os aparelhos em questão. As águas subterrâneas representam

um dos mais importantes recursos naturais, visto que a sua importância para o

atendimento atual e futuro de diversas demandas de uso, como exemplo, o

abastecimento público e a agroindústria.

Palavras-chave: Dataloggers, Aquífero Urucuia, RIMAS.

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CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICA E HIDROGEOLÓGICA DE UMA ÁREA

DE CONFORMAÇÃO DÔMICA, EM ROCHAS SEDIMENTARES DA PORÇÃO

ORIENTAL DA BACIA DO RECÔNCAVO NORTE, DIAS D'ÁVILA, BA

CARLOS ANTÔNIO SÃO PEDRO CRUZ JÚNIOR

ORIENTADOR: PROF. MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)

RESUMO

A demanda de água na Bacia Sedimentar do Recôncavo Norte tem se intensificado nos

últimos anos, tanto pelo aumento da população quanto pela necessidade das indústrias

ali instaladas. Isto tem levado os órgãos gestores da água naquela região à busca de

novos setores desta bacia que possam dar suporte à esta demanda crescente. A existência

de uma área de conformação dômica, no extremo leste da bacia, se configurou como um

possível alvo para exploração. No entanto, sua forma deixava dúvidas sobre a sua

potencialidade hídrica, pois poderia ser um diápiro de argila, comum nesta bacia,

tornando inviável a sua exploração para água subterrânea. Desta forma, nosso trabalho

se constituiu em, através de estudos geológico e hidrogeológico, definir a constituição

litológica desta área, caracterizando-a, ou não, como um possível aquifero produtor. Os

trabalhos de campo realizados foram decisivos para determinar que a forma dômica da

área se deve à uma série de falhamentos, de direção geral NE-SW, possivelmante

reativados durante a deposição da Formação São Sebastião, principal aquifero desta

bacia sedimentar, durante a subsidência no estágio sin-rift da bacia. Trabalhos geofísicos

anteriores realizados na área, definiram que, os arenitos do membro Rio Joanes da

Formação São Sebastião, apresentam uma espessura variável entre 200 e 400 metros,

até atingir uma expressiva camada de folhelhos desta mesma Formação, constituindo-se,

desta forma, em um importante aquifero livre. Do mesmo modo, um poço tubular

existente na área, com profundidade de 104 metros, produz água de qualidade, com uma

vazão de 18 m3/h. Esta água é suficiente para atender as necessidades da população

ribeirinha. Consideramos entretanto que, a maiores profundidades, poder-se-ia obter

maiores vazões. Estas evidências nos levam a concluir que, esta área se constitui em um

potencial reservatório livre de água subterrânea, dada à expessura média dos arenitos do

Membro Rio Joanes, sendo também uma possível área para exploração de um aquifero

confinado, abaixo da camada de argila detectada pelo método geofísico. Por outro lado

a existencia dos falhamentos que dão forma dômica à area, poderiam sugerir um

selamento do aquifero, aumentando o seu potencial hídrico.

Palavras-chave: Aquifero, Estrutura dômica, Abastecimento de água.

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CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E

GEOFÍSICA DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DA REGIÃO DE

IBICUÍ-IGUAÍ – BAHIA

DIEGO MELO FERNANDES

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

O presente trabalho é resultado dos estudos visando a caracterização das ormações

ferríferas da área de Ibicuí-Iguaí, região que geologicamente está inserida no

compartimento do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá, e engloba rochas de alto grau

metamórfico.

As formações ferríferas foram estudadas do ponto de vista geológico, etrográfico e

quimico, além de estudo de imagens aerogeofísicas. As formações ferríferas estão

associadas à charnockitos, enderbitos, anfibolitos e kinzigitos.

As características das formações ferríferas estudadas refletem o grau de metamorfismo

em que as mesmas estão inseridas, desde escala macroscópica, como o tamanho dos

cristais de quartzo nos bandamentos reliquiares, até na geoquímica que ossui grandes

variações. A geoquímica dessas formações indica que elas foram depositadas em

ambientes com fontes variadas de material e sofreram interações com fluídos

hidrotermais.

Ao final dos trabalhos foi possível classificar essas formações como do tipo Lago

Superior com fontes mistas e variadas temperaturas de formação. Mineralogicamente

pode ser classificada como sendo do fácies óxido em transição para fácies silicato.

A interpretação aerogeofísica da área se mostrou uma importante ferramenta de

prospecção, principalmente se utilizado o mapa de primeira derivada magnética.

Palavras-chave: Formações Ferríficas, Geoquímica, Ibicaí-Iguaí

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ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-

ANORTOSITOS E DAS FORMAÇÕES FERRÍFERAS DOS GRANULITOS DA

REGIÃO DE BAIXÃO DE IPIÚNA, JAGUAQUARA, BAHIA

EDUARDO CARDOSO VIEIRA FILHO

ORIENTADOR: PROF. DR. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIRÊDO BARBOSA

(UFBA)

RESUMO

As ocorrências de titânomagnetita associam-se às rochas gabro-anortosíticas, onde são

comagmaticas com suas encaixantes. Estes corpos estão localizados no Bloco Jequié,

próximo à interface Bloco Jequié/ Bloco ISC, tendo sido intrudidos relacionados à

colisão paleproterozóica que metamorfisou e deformou tais blocos. Os depósitos de

ferro ligado às rochas gabroanortosíticas têm sua gênese relacionada à cristalização

fracionada em sistema endomagmático, de um magma residual rico em ferro, derivado

de um magma silicatico. Tal processo de cristalização magmática formou a magnetita,

sendo que o elemento ferro é susceptível a ser substituído pelo elemento vanádio, por

afinidades geoquímicas. Ocorrências de titânomagnetita e formações ferríferas

localizadas no município de Jaguaquara, região de Baixão de Ipiúna foram estudadas no

presente trabalho.As formações ferríferas, diferentemente dos depósitos de

titânomagnetita, são depósitos de origem sedimentar química, por precipitação do ferro

em ambiente oxidante. Ambos os tipos de depósitos de ferro encontrados, estão com um

grau moderado a alto de oxidação e alteração supergênica, portanto estando

impreterivelmente associados a cangas ferruginosas compactas, formadas a partir de

alterações superficiais destes corpos de minério. Estudos petrográficos em microscopia

de luz refletida foram realizados para amostras dos dois tipos de minério. As

titânomagnetitas apresentaram assembleia mineral básica de magnetita e ilmenita, com

piroxênios residuais. Textura de agregados granulares cumuláticos foram

predominantes. As formações ferríferas contêm basicamente magnetita martitizada,

perfazendo cerca de 90% quando maciça. Quando intercalada com camadas de

quartzito, sua composição de ferro é aproximadamente cerca de 40%, em óxido. Tais

valores foram obtidos a partir de estudos litogeoquímicos, onde estudos composicionais

da titânomagnetita também foram possíveis de ser avaliados, através dos resultados de

química total, com teores de vanádio chegando a 1,5% em óxido. Foi, ainda, realizado

um mapa de ocorrências de depósitos de ferro da área de estudo de escala 1:60000, onde

está localizado as ocorrências de titânomagnetita, crosta ferruginosa compacta

associada, e as formações ferríferas.

Palavras-chave: Titânomagnetita, Formação ferrífera, Vanádio, Jaguaquara

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ESTUDOS GEOLÓGICO, GEOFÍSICO E HIDROGEOLÓGICO DA FAZENDA

EXPERIMENTAL DA UFBA, MUNICÍPIO DE ENTRE RIOS- BA

FABIANE FERREIRA NATIVIDADE DOS SANTOS

ORIENTADOR: PROF. MSC. HAILTON MELLO DA SILVA (UFBA)

RESUMO

Neste trabalho desenvolveu-se um estudo multidisciplinar envolvendo dados geológico,

hidrogeológico, hidroquímico e geofísico da Formação Marizal e do Grupo Ilhas,

presentes na área de estudo, a Fazenda Experimental da UFBA, no município de Entre

Rios, Bahia. Tal estudo foi feito com o intuito de se avaliar a qualidade da água e o

potencial hídrico destas unidades geológicas, visando a locação de um poço tubular que

atendesse às demandas da fazenda em dessedentação animal, irrigação, consumo

humano e no uso para a apicultura. O reconhecimento de subsuperfície foi realizado

através de quatro sondagens elétricas verticais (SEV), possibilitando a confirmação das

características hidrogeológicas dos tipos litológicos da área, já obtidas em literatura. A

qualidade das águas, coletadas de dois poços locais, foi avaliada de acordo com os seus

parâmetros físico-químicos, tendo como base na Portaria do Ministério da Saúde no

2914/2011. Os resultados destes estudos permitiram avaliar preliminarmente o potencial

hídrico, a qualidade da água, bem como as espessuras e resistividades de cada unidade

presente. Deste modo, foi possível constatar-se a boa qualidade da água no aquífero da

Formação Marizal e a presença de sais no aquifero local do Grupo Ilhas. Entretanto,

verificou-se a necessidade de estudos adicionais para avaliar-se com precisão a

potencialidade do aqüífero da Formação Marizal, bem como a sua capacidade para

atender as demandas da Fazenda Experimental da UFBA.

Palavras-chave: Formação Marizal, Grupo Ilhas, Águas Subterrâneas.

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ESTUDO DAS OCORRÊNCIAS DE TITANOMAGNETITA EM GABRO-

ANORTOSITOS NA REGIÃO DO MUNICÍPIO DE TANCREDO NEVES-BA

GUSTAVO DE AGUIAR MARTINS

ORIENTADOR: PROF. DR. JOHILDO SALOMÃO FIGUEIRÊDO BARBOSA

(UFBA)

RESUMO

As ocorrências de óxidos de Fe-Ti-V no município de Tancredo Neves no sul do Estado

da Bahia, objeto de estudo desta monografia, ocorrem associados à rochas da série

anortosítica intrusivas em terrenos próximos da zona de colisão paleoproterozóica entre

os Blocos arqueanos Jequié e Itabuna-Salvador-Curaçá. Este material foi formado pela

cristalização de um fundido muito rico em ferro a partir da cristalização de um magma

silicático, gerando corpos concordantes e discordantes com as rochas que o encaixam. O

vanádio, que é um elemento químico de caráter estratégico, pode substituir

geoquimicamente elementos, como o titânio, na estrutura de minerais como a

titanomagnetita. Na área de estudo, observou-se afloramentos de óxidos bastante

intemperizados e assim, associados á cangas ferruginosas decorrentes da alteração

supergênica do material. Estudos petrográficos foram executados a partir da

microscopia de reflexão sobre três seções polidas aonde foi possível determinar a

assembléia mineral (magnetita e ilmenita) assim como processos de exsolução entre

magnetita, ilmenita, ulvospinélio e hematita. A textura do material apresentado é

predominantemente cumulática. Pela litogeoquímica foi possível uma avaliação

composicional da titanomagnetita de Tancredo Neves através da análise dos diversos

elementos químicos assim como a possibilidade de comparação com o minério de Fe-

Ti-V presente em outros depósitos como, por exemplo, o localizado em Maracás-BA.

Nesse trabalho foi gerado um mapa de ocorrências de titanomagnetita de Tancredo

Neves, na escala de 1:5.000, aonde é exposta a localização das ocorrências do óxido

maciço e suas cangas ferruginosas associadas.

Palavras-chave: Titanomagnetita, Anortosito, Fe-Ti-V, Vanádio, Tancredo Neves

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CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA DAS SEQUÊNCIAS CARBONÁTICAS

DA SUB-BACIA UNA-UTINGA E CORRELAÇÕES COM A SUB-BACIA DE

IRECÊ

ÍTALA GABRIELA DIAS DE ARAÚJO

ORIENTADOR: PROF. CÍCERO DA PAIXÃO PEREIRA (PETROBRAS)

RESUMO

A sub-bacia de Una-Utinga é constituída por uma sequência sedimentar carbonática

depositada em um ambiente marinho epicontinental, tendo na base diamictitos

glaciogênicos da Formação Bebedouro. Esta sequência faz parte do Grupo Una,

classicamente subdividido em Formação Salitre (carbonatos, margas e pelitos) e

Formação Bebedouro (diamictitos glaciomarinhos), de idade neoproterozóica. As

sequências carbonáticas são portadoras de importantes registros de mineralizações de

sulfetos de Pb-Zn, além de rochas carbonáticas fosfátizadas (fosforito). Neste trabalho

foram identificadas três unidades litofaciológicas informais na sequência carbonática,

correlacionáveis às que foram previamente mapeadas na sub-bacia de Irecê, sendo da

base para o topo: Unidade C, Unidade B e Unidade B1. Na Unidade B1 são descritos

calcarenitos dolomitizados neomorfizados e bioconstruções estromatolíticas, formados

em ambientes de submaré/plataforma rasa. A Unidade B é constituída por

interestratificações de calcilutitos e margas, tendo sido interpretada como uma

associação litofaciológica de águas relativamente mais profundas, em ambiente de

talude/bacia. A Unidade C é constituída por calcários dolomíticos vermelhos e argilosos

depositados em ambiente inter/submaré raso, pós-glacial. Na sub-bacia de Una-Utinga,

rocha carbonática enriquecida em fosfato (fosforito) foi observada pela primeira vez nos

furos NR 03 e NR 04 (CPRM), redescritos detalhadamente neste trabalho. A rocha

fosfática encontra-se na forma de finas laminações (estromatolíticas?) na zona basal da

Unidade B1, na mesma posição estratigráfica dos estromatolítos colunares fosfatizados

de Irecê-Lapão, sub-bacia de Irecê. As mineralizações de Pb-Zn de Nova Redenção,

originalmente descritas em trabalhos da CPRM, mostram também um nítido controle

estratigráfico, além de estrutural (falhas com direção NW-SE). São constituídas

predominantemente por galena, esfalerita e pirita, ocorrendo principalmente de forma

disseminada, em bolsões e em veios. Nos furos estudados e nas áreas de ocorrência

(afloramentos) os sulfetos estão oxidados (cerussita e óxidos de Fe). As mineralizações

estão associadas aos calcarenitos/calcilutitos intraclásticos oncolitos dolomitizados da

porção superior da Unidade B1, na mesma posição estratigráfica das mineralizaçõs de

Pb-Zn da sub-bacia de Irecê.

Palavras-chave: sub-bacia de Una-Utinga, sub-bacia de Irecê, Formação Salitre, sulfetos

de Pb-Zn, fosfato.

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ASPECTO HIDROGEOQUÍMICO DO FERRO TOTAL NO SISTEMA

AQUÍFERO SÃO SEBASTIÃO DA NA ÁREA DO PÓLO INDUSTRIAL DE

CAMAÇARI - BAHIA.

JAMILLE EVANGELISTA ALVES

ORIENTADOR: PROF. DR. SÉRGIO AUGUSTO DE MORAIS NASCIMENTO

(UFBA)

RESUMO

Na área da Bacia Sedimentar do Recôncavo Norte está inserido o segundo principal

aquífero da Bahia, o aquífero São Sebastião, detentor de água doce de boa qualidade e

vazão. A área do Polo Industrial de Camaçari, principal complexo petroquímico do

estado, está implantado sobre este aquífero. Este trabalho trata de um estudo

hidrogeoquímico do ferro total na área do Polo Industrial de Camaçari – Bahia onde foi

observado que o teor desse elemento nas águas subterrâneas do sistema aquífero São

Sebastião encontram-se, em alguns pontos, acima do recomendado pela Portaria

2914/2011 do Ministério da Saúde. Com o intuito de determinar a presença do ferro

total nestas águas, buscou-se dados de análises químicas para determinar a sua

qualidade, índice de saturação e a especiação. Procurou-se também estabelecer a sua

origem em função das rochas armazenadoras (aquífero) que compõem a Formação São

Sebastião.

Palavras-chave: Hidrogeoquímica, Água Subterrânea, Ferro, Índice de Saturação.

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ESTUDOS DE FRATURAS E DIAGÊNESE EM FOLHELHOS PRODUTORES

DE HIDROCARBONETO DO MEMBRO GOMO DA FORMAÇÃO CANDEIAS,

BACIA DO RECÔNCAVO: CORRELAÇÃO TIPOS DE FRATURAS X

EVOLUÇÃO DIAGENÉTICA

LAURA SILVEIRA DE OLIVEIRA

ORIENTADOR: PROF. DR. CARLSON DE MATOS MAIA LEITE (UFBA-

PETROBRAS)

RESUMO

Este trabalho resulta de análises macro e microscópicas dos folhelhos fraturados do

Membro Gomo - Formação Candeias, Bacia do Recôncavo. A seção estudada

compreende aproximadamente 350m de testemunhos, dos quais foram confeccionadas

19 lâminas delgadas. Corresponde a uma zona de produção caracterizada por

reservatórios não convencionais da Formação Candeias, no campo homônimo. Foram

enfocadas as feições sedimentológicas e estruturais e a evolução diagenética dos

minerais visando relacioná-las aos diferentes tipos de fraturas. Desta forma, a

monografia objetiva possibilitar uma indicação de intervalos de interesse para produção

nesses reservatórios do Membro Gomo, no que se refere a espaços porosos

significativos. Os minerais eodiagenéticos identificados são esmectita, pirita e cimento

calcítico. Na mesodiagênese se formaram fosfato, ilita-esmectita, barita, ilita, dolomita e

quartzo, além da calcita que continuou cimentando a rocha. As fraturas também são

diagnósticas dessa fase. Foram identificados dois principais tipos de fraturas: as fraturas

abertas mineralizadas (veios e fraturas parcialmente mineralizadas), que cortam todo o

arcabouço; e as abertas não mineralizadas, tardias, que truncam as demais fraturas. As

fraturas abertas mineralizadas são preenchidas por calcita e barita fibrosas que,

localmente, podem apresentar substituição por dolomita ou calcita blocosa. Observou-se

também que as fraturas abertas e parcialmente mineralizadas são as mais favoráveis à

acumulação de fluidos, pois os minerais formados criam condições de retenção desses

fluidos nas paredes de seus cristais, além de representarem importantes espaços porosos.

Sua maior população foi então relacionada ao intervalo mesodiagenético profundo,

quando a dolomitização do cimento promoveu uma maior rigidez da rocha e propagação

de novas fraturas abertas.

Palavras-chave: Membro Gomo, Campo de Candeias, fraturas, diagênese, reservatórios

fraturados.

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ESTUDOS COMPARATIVOS DE ÁREAS COM ANOMALIAS GEOFÍSICAS

NA REGIÃO DA FAZENDA MIRABEL, SUL DA BAHIA

LILA COSTA QUIEROZ

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

O Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá é um importante segmento crustal de idade

arqueana, situado na porção setentrional do Cráton São Francisco, que tem sido alvo de

inúmeras investigações geológicas devido ao potencial metalogenético para

mineralizações de Ni, Cu, EGP, dentre outros. Essas mineralizações ocorrem em

intrusões máfica-ultramáficas indeformadas e encaixadas em terrenos metamórficos de

alto grau do embasamento.

Este trabalho apresenta o processamento, análise e a interpretação integrada de dados

geológicos e aerogeofísicos (magnéticos e gamaespectrométricos) que recobrem a Folha

Ipiaú, associados a trabalhos de campo e de petrografia. O uso destes dados permitiu

obter informações importantes sobre o arcabouço tectônico e unidades lito-estruturais da

área, visando mapear corpos circulares ou alongados, conhecidos por hospedar níquel

.Os produtos magnéticos gerados neste trabalho refletem a distribuição e segregação

metamórfica de minerais magnéticos, principalmente magnetita, no embasamento

rochoso da área de estudo. Os eventos deformacionais podem ser interpretados a partir

do alinhamento destes minerais, que na Folha Ipiaú produzem uma tendência geral

NNE-SSW, compatível com os esforços regionais gerados pela Orogenia

Paleoproterozóica. A partir da integração de dados multi-fontes foi delimitada uma

extensa faixa que segue o trend regional, a qual está inserida a mina de Santa Rita,

relacionada com um domínio magnético de paisagem movimentada, composto por

zonas anômalas bem definidas e por baixos teores de radioelementos, tornando-se

interessante sob ponto de vista prospectivo. Este domínio foi descrito petrograficamente

como composto por granulitos chanoquíticos.

Este estudo tem importância acadêmica e em trabalhos exploratórios desenvolvidos

pelas empresas de mineração, pois estabelece parâmetros geofísicos para os depósitos e

contribui para o entendimento da geologia regional do sul do estado da Bahia.

Palavras-chave: Itabua-Salvador-Curaçá, Magnetometria, Gamaespectrometria,

Granulito

Page 184: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E ASPECTOS GEOFÍSICOS DOS

METAMORFITOS GRANULÍTICOS DA PORÇÃO SUDOESTE DA FOLHA

MARACÁS, BAHIA

LUCAS TEIXEIRA DE SOUZA

ORIENTADOR: JOHILDO SALOMÃO FUIGUEIRÊDO BARBOSA (UFBA)

RESUMO

Na região centro-sul do Estado da Bahia, nos arredores do município de Maracás,

ocorrem rochas metamórficas de alto grau, equilibradas no fácies granulito, pertencentes

ao Bloco Jequié, inserido no Cráton do São Francisco (CSF). Nessa região foi realizado

mapeamento geológico na escala 1:100.000 da porção sudoeste da Folha Maracás

(SD.24-V-D-I), resultando um polígono com dimensões aproximadas de 27,7 x 21,4 km,

perfazendo uma área total aproximada de 592 km2. Durante o mapeamento de campo

foram descritos um total de 37 afloramentos, sendo coletadas 20 amostras para a

confecção de lâminas delgadas e com isso, juntamente com as interpretações de

fotografias aéreas, mapas geofísicos e imagens diversas, pode-se confeccionar o mapa

geológico da área em foco. Assim, foram separadas na área de pesquisa cinco unidades

distintas: (i) granulitos heterogêneos migmatíticos (CH7), formado por rochas

charnockíticas a charnoenderbíticas; ii) granulitos augen-charnoenderbíticos-

charnockíticos (CH4) compostos por rochas charnockíticas, caracterizados por

apresentar textura augen com megacristais de mesopertita e/ou plagioclásio; (iii)

granulitos enderbíticos-charnockíticos (CH1), representados por charnoenderbitos e

charnockitos; (iv) granulitos heterogêneos paraderivados (SGC), composto por

paragnaisses e granulitos alumino-magnesianos (kinzigitos); e, (v) depósitos detríticos

recentes (NQd), correspondendo a sedimentos semiconsolidados mal selecionados,

coloração avermelhada, com contatos marcados por stonelines. As análises petrográficas

destes metamorfitos granulíticos corroboram a premissa de se tratar de um terreno

metamórfico de alto grau devido à ocorrência generalizada de ortopiroxênio nas rochas

estudadas. A geofísica ajudou na separação das unidades acima e permitiu que se

interpretassem os traços estruturais provocados pela tectônica paleoproterozoica que

atingiu a região.

Palavras-chave: Maracá, Bloco Jequé, Granulitos, Geofísica

Page 185: 2005 a 2012.1

ANÁLISE QUANTITATIVA DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS DA BACIA

HIDROGRÁFICA DO RIO JACUÍPE NO ESTADO DA BAHIA, BRASIL.

MARCOS DE OLVEIRA DIAS

ORIENTADOR: PROF. PEDRO MACIEL DE PAULA GARCIA (UFBA)

RESUMO

A Bacia Hidrográfica do Rio Jacuípe - BHRJ, a maior e mais importante sub-bacia do

rio Paraguaçu está localizada na porção centro-leste do território do estado da Bahia e

possui a quase totalidade inserida no clima semiárido com uma população residente em

torno de 1.200.000 habitantes. A escassez dos recursos hídricos, aliada as ações

deletérias sobre este insumo essencial à manutenção da vida no planeta, tornou-se alvo

de inúmeras pesquisas, principalmente devido às interações ocorrentes entre os meios

físico, biótico e socioeconômico nessa célula. Este trabalho propôs a investigação

quantitativa das águas superficiais da BHRJ utilizando os dados históricos de

precipitação e de vazão da Agência Nacional das Águas - ANA, aplicando uma

metodologia inédita, onde se é atribuído o Fator Hidrológico como referência para anos

de seca, normal hidrológico e excedente hídrico, subsidiando uma previsão para

cenários futuros, auxiliando na gestão da bacia hidrográfica. Os produtos gráficos de

regionalização e vazão, aliados aos dados numéricos históricos propiciaram a

determinação do macro tempo de resposta das precipitações na calha do rio Jacuípe.

Para o período analisado ficou evidente que o rio não possui uma vazão regularizada,

com anos de seca e por vezes, com picos de cheia, que as barragens no rio Jacuípe estão

no ano de 2012 operando muito aquém de suas capacidades, com previsão de piora no

quadro e que os longos períodos de estiagem são recorrentes e fazem parte do histórico

da bacia, devendo então ser encarados com normalidade.

Palavras-chave: Gestão de bacia hidrográfica, Fator Hidrológico, Rio Jacuípe, Análise

Quantitativa.

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ANÁLISE ESTRATIGRÁFICA E SEDIMENTOLÓGICA, COM BASE NOS

PERFIS E AMOSTRA DE CALHA DO CAMPO BELA VISTA - FM. ÁGUA

GRANDE/SERGI (BACIA DO RECÔNCAVO)

MATEUS PIRES FERREIRA

ORIENTADOR: PROF. GERALDO GIRÃO NERY (UFBA)

RESUMO

Durante décadas as Formações Sergi e Água Grande, bacia do Recôncavo, foram alvo

de diversos estudos. A maior parte dos trabalhos científicos publicados foca

principalmente no estudo de afloramentos, fazendo com que formações pouco

aflorantes, caso da formação Água Grande na área de estudo, tenham escassez de

informação. Tendo sua área de estudo localizada no campo de Bela Vista (Campo

escola), porção nordeste da bacia, dentro do município de Esplanada, o presente

trabalho se propõe uma abordagem diferente no estudo estratigráfico e sedimentológico

das formações supracitadas, de tal forma que na construção desta monografia se utilizou

de informações adquiridas através de perfilagens e descrições das amostras de calha

realizadas nos poços 1-BLV-1-BA, 7-BLV-4-BA, 7-BLV-5-BA. Foram analisados neste

trabalho perfis de radioatividade (GR), de potencial espontâneo (SP), de resistividade

(ILD, SFLA), de densidade (RHOB) e neutrônico (NPHI), posteriormente foram feitas

correlações dos perfis com as descrições das amostras de calha com a finalidade de

compreender a estratigrafia, características sedimentológicas e a configuração externa

dos corpos areníticos das formações

estudadas, o que culminou com construção de três seções, feitas no programa Corel

Draw. No estudo local das formações Sergi e Água Grande, campo de Bela Vista,

detectou-se significativa variação faciológica e de espessura entre os poços avaliados,

variações estas que ocorrem em algumas centenas de metros de distância. Foram

também identificadas duas falhas locais, onde uma esta disposta entre o poço 7-BLV-5-

BA e os poços 1-BLV-1-BA, e 7-BLV-4-BA, e outra é responsável por omitir a Fm.

Sergi no ultimo poço.

Palavras-chave: Fm. Água Grande, Fm. Sergi, Estratigrafia, Perfis Geofísicos, Seções

Geológicas.

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ANÁLISE DA VULNERABILIDADE NATURAL À EROSÃO DA MICROBACIA

DO RIO BRUMADO (BA) COM EMPREGO DE GEOTECNOLOGIAS

NATALI DE OLIVEIRA PASSOS

ORIENTADOR: PROF. MSC. DANILO HEITOR CAIRES TINOCO BISNETO

MELO (UFBA)

RESUMO

Apresenta-se os principais resultados obtidos na aplicação de uma metodologia, apoiada

em ferramentas de geoprocessamento, para a determinação do grau de suscetibilidade à

erosão da microbacia do alto curso do rio Brumado, situada na mesorregião Centro-sul

do estado da Bahia encerrando duas sedes municipais: Rio de Contas e Livramento de

Nossa Senhora. Tal metodologia, integralmente aplicada em ambiente SIG, consistiu na

delimitação da área da microbacia por meio de Modelo Numérico de Terreno (MNT); na

elaboração de planos de informação referentes à geologia, relevo, solo, vegetação e

clima com base em imagens de satélite, MNT e dados bibliográficos, com resolução

espacial de 30m e; na integração ddessas informações, por análise de multicritérios, que

permitiu estabelecer valores na escala de vulnerabilidade adotada para a área objeto

desta investigação. Como resultado, foram distinguidas oito unidades territoriais básicas

subdivididas em seis unidades de paisagem natural e dois polígonos de intervenção

antrópica. As unidades de paisagem natural I, II, V caracterizam-se como áreas

medianamente estáveis. Nas unidades III, IV e VI, além de setores medianamente

estáveis, foram identificados locais moderadamente vulneráveis. Dentro da escala

adotada, 1:150.000, os procedimentos aplicados alcançaram resultados bastante

coerentes com a realidade. Contudo, é importante lembrar que esta metodologia se

propõe a ser, apenas, uma primeira aproximação do objeto de interesse, não dispensando

posteriores trabalhos de campo e estudos de maior detalhe.

Palavras-chave: Suscetibilidade à erosão, Geotecnologias, Rio Brumado

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SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E

MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL -

BOQUIRA/BA

PRISCILA FERREIRA FREITAS

ORIENTADOR: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)

RESUMO

Esta monografia refere-se ao trabalho realizado na cidade de Boquira, cujo objetivo foi

estudar as rochas metassedimentares mesoproterozoicas do Supergrupo espinhaço que

afloram na porção setentrional da serra homônima, sob o ponto de vista da

Sedimentologia e da Estratigrafia de Sequências. A descrição de afloramentos da Fm.

Mosquito permitiu a confecção de dois perfis estratigráficos,

PF12 e PF13, nos quais foram identificadas 11 fácies. Estas foram interpretadas e

permitiram a divisão em dois paleoambientes deposicionais: Planície Costeira e Planície

de Maré, que compõem o Sistema Costeiro e demonstram o domínio ora por ondas, ora

por correntes de maré. Esta variação pode estar associada à variação do nível de base X

Eustasia, e ocorreria durante o Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) e Trato de

Sistemas Transgressivo (TST), respectivamente. Além disto, este trabalho demonstrou

que, apesar da área ter sofrido deformação e metamorfismo durante o ciclo

neoproterozoico, as estruturas primárias foram preservadas e podem, facilmente, ser

reconhecidas em trabalhos de campo. Mesmo em locais onde não é possível a

identificação dos aspectos texturais, tais como arredondamento, esfericidade e

selecionamento, pode-se estimar a granulometria através de diagramas teóricos,

associados à própria análise de afloramento. Os trabalhos realizados em unidades

correlacionáveis na região da Chapada Diamantina também sugerem que a deposição

deste litotipo ocorreu sob condições variáveis de regressão e transgressão.

Palavras-chave: Boquira, Fm. Mosquito, Maré, Regressão, Transgressão.

Page 189: 2005 a 2012.1

SISTEMAS DEPOSICIONAIS DOMINADOS POR AÇÃO DE ONDAS E

MARÉS: EXEMPLO NA SERRA DO ESPINHAÇO SETENTRIONAL -

BOQUIRA/BA

PRISCILA FERREIRA FREITAS

BANCA: PROF. DR. MICHAEL HOLZ (UFBA)

RESUMO

Esta monografia refere-se ao trabalho realizado na cidade de Boquira, cujo objetivo foi

estudar as rochas metassedimentares mesoproterozoicas do Supergrupo espinhaço que

afloram na porção setentrional da serra homônima, sob o ponto de vista da

Sedimentologia e da Estratigrafia de Sequências. A descrição de afloramentos da Fm.

Mosquito permitiu a confecção de dois perfis estratigráficos,PF12 e PF13, nos quais

foram identificadas 11 fácies. Estas foram interpretadas e permitiram a divisão em dois

paleoambientes deposicionais: Planície Costeira e Planície de Maré, que compõem o

Sistema Costeiro e demonstram o domínio ora por ondas, ora por correntes de maré.

Esta variação pode estar associada à variação do nível de base X Eustasia, e ocorreria

durante o Trato de Sistemas de Nível Baixo (TSNB) e Trato de Sistemas Transgressivo

(TST), respectivamente. Além disto, este trabalho demonstrou que, apesar da área ter

sofrido deformação e metamorfismo durante o ciclo neoproterozoico, as estruturas

primárias foram preservadas e podem, facilmente, ser reconhecidas em trabalhos de

campo. Mesmo em locais onde não é possível a identificação dos aspectos texturais, tais

como arredondamento, esfericidade e selecionamento, pode-se estimar a granulometria

através de diagramas teóricos, associados à própria análise de afloramento. Os trabalhos

realizados em unidades correlacionáveis na região da Chapada Diamantina também

sugerem que a deposição deste litotipo ocorreu sob condições variáveis de regressão e

transgressão.

Palavras-chave: Boquira, Fm. Mosquito, Maré, Regressão, Transgressão.

Page 190: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO SEDIMENTOLÓGICA E ESTRATIGRÁFICA DE

TESTEMUNHOS DA FORMAÇÃO SERGI, CAMPO DOM JOÃO, BACIA DO

RECÔNCAVO, BAHIA, BRASIL

REBECA SANTOS DE ALMEIDA NASCIMENTO

BANCA: MSC. FLÁVIO MIRANDA DE OLIVEIRA (UFBA)

RESUMO

A Bacia do Recôncavo está inserida em um sistema de riftes intracontinentais,

denominado de Recôncavo-Tucano-Jatobá, originado no Eocretáceo. Está localizada no

centro-leste do Estado da Bahia e sua área é estimada em 11.500 km2. A arquitetura da

bacia mostra um meio gráben orientado segundo NE-SW. A sua evolução tectônica se

deu em três fases: pré-rifte, sin-rifte e pós-rifte. A Formação Sergi, tema deste estudo,

foi depositada na fase pré-rifte, ao final do Jurássico, e compreende depósitos de origem

flúvio-lacustre-eólico, englobando, essencialmente, arenitos finos a conglomeráticos. O

objetivo principal deste trabalho foi analisar 243 metros de testemunhos da Formação

Sergi amostrados em um poço locado no Campo de Dom João, compartimento sul da

Bacia do Recôncavo, a fim de identificar suas características texturais e genéticas,

sequências deposicionais e aspectos de reservatório. Como resultado da descrição,

foram identificadas 13 litofáces, que permitem estabelecer cinco associações de fácies

com caráter genético: flúvio-lacustre, fluvial efêmero, fluvial entrelaçado perene,

lençóis de areia eólicos e dunas eólicas. Os testemunhos descritos foram relacionados às

três sequências deposicionais da Formação Sergi propostas por outros autores:

sequência III, que ocorre na porção superior do intervalo estudado, caracterizada pelos

depósitos fluviais efêmeros; a sequência II, que compreende depósitos fluviais

entrelaçados perenes; e a sequência I, posicionada na base da Formação Sergi,

constituída por depósitos flúvio-lacustres, fluviais efêmeros, e eólicos. Foram

verificados, visualmente, significativos intervalos com boas condições permo-porosas,

corroborando com o potencial de reservatório de toda a unidade.

Palavras-chave: Testemunho, Formação Sergi, Campo Dom João, Bacia do Recôncavo.

Page 191: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO GEOLÓGICA, PETROGRÁFICA, GEOQUÍMICA E

POTENCIALIDADES METALOGENÉTICAS DA FORMAÇÃO ÁGUA PRETA,

BACIA DO RIO PARDO - BAHIA

RODOLFO SANTOS GASSER

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Na bacia metassedimentar do Rio Pardo, sudeste da Bahia, afloram as rochas do Grupo

Rio Pardo, de idades Meso a neoproterozóica, ao qual pertence a Formação Água Preta,

objeto de estudo deste trabalho. O presente trabalho busca a caracterização da Formação

Água Preta, na procura de indícios de uma provável origem ou contribuição vulcânica,

na formação das litologias que compreende a referida formação geológica. Para isso

usou-se dados geológicos, petrográficos e geoquímicos. A Formação Água Preta é

composta por: (i) filitos, constituídos por quartzo, sericita e clorita, secundariamente por

moscovita e minerais opacos; (ii) metarenitos, divididos em três sublitolgias, de acordo

com sua composição: a) metarenito micáceo, constituídos por quartzo, sericita e clorita

como principais minerais, e plagioclásio e hematita como minerais acessórios; b)

metarenito arcoseano, constituídos por sericita, plagioclásio, quartzo e microclina, tendo

ortopiroxênio e hematita como minerais acessórios; c) metarenito quartzoso,

constituídos por quartzo; (iii) metacalcários e metadolomitos, constituídos por calcita e

dolomita, respectivamente e; (iv) metassiltitos, constituídos por quartzo e sericita. Seus

protólitos foram depositadas sob regime de fluxo de turbidez de baixa densidade, em

uma bacia de margem passiva, havendo um rápido soterramento, ocorrendo também a

presença de um ambiente marinho raso, que proporcionou a formação das camadas de

metacarbonatos, em elevações do substrato. Apresentam-se metamorfizadas nas fácies

xisto verde baixo e exibem evidências de atuação de fluidos hidrotermais. Os padrões

geoquímicos dos elementos maiores, traços e terras raras evidenciam que sua formação

de natureza essencialmente sedimentar. Atividades hidrotermais afetaram as rochas da

bacia do Rio Pardo, incluindo a Formação Água Preta, representados por sericitização e

veios de quartzo.

Palavras-chave: Formação Água Preta, Bacia do Rio Pardo, Filito, Metarenito.

Page 192: 2005 a 2012.1

UTILIZAÇÃO DO LWD NA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO

TASSIANE RABELO SAMPAIO

ORIENTADOR: MSC. ROBERTO ROSA DA SILVA (PETROBRAS-UFBA)

RESUMO

O LWD (Logging While Drilling – Perfilagem Durante a Perfuração) corresponde à

técnica de perfilar poços durante a perfuração utilizando os mesmos perfis da

perfilagem a cabo, a diferença consiste no sistema de obtenção das informações destes

perfis. Enquanto na perfilagem a cabo os dados são enviados para a superfície após a

perfuração do poço, através de um cabo elétrico, na técnica do LWD estes dados são

obtidos pela telemetria de lama, permitindo, assim, a aquisição de perfis durante a

perfuração do poço. A telemetria consiste no envio dos dados para a superfície através

dos pulsos na lama, que pode ser realizado em tempo real ou durante as manobras para

troca de broca, seja em poços verticais, direcionais de alto ângulo ou horizontais. O

LWD vem sendo muito utilizado na perfilagem de poços horizontais, uma vez que a

perfilagem a cabo não consegue atingir o fundo do poço. Esta técnica trouxe diversos

avanços para a indústria petrolífera devido a otimização do tempo e a maior produção

de petróleo, pela possibilidade de realizar poços horizontais. Este trabalho visa difundir

a técnica de perfilagem de LWD, tecendo comparações com a perfilagem convencional.

Palavras-chave: LWD; Perfilagem; Perfuração.

Page 193: 2005 a 2012.1

MODELAGEM POR LÓGICA FUZZY: APLICAÇÃO ÀS MINERAÇÕES

AURÍFERAS DO CINTURÃO GURUPI, FOLHA CENTRO NOVO DO

MARANHÃO, MA/PA

THIAGO REIS RODRIGUES

ORIENTADOR: MSC. MAÍSA BASTOS ABRAM (CPRM)

RESUMO

Dentro do universo da modelagem geológica, a Análise Espacial de Dados constitui

uma ferramenta eficaz que permite avaliar e indicar áreas com diferentes graus de

favorabilidade para ocorrência de novos jazimentos minerais. Neste trabalho, a

indicação destas zonas potenciais foi fundamentada no conhecimento dos mecanismos

de controle das mineralizações (knowledge driven), com o emprego da Lógica Fuzzy, na

qual são atribuídos pesos entre 0 e 1 de acordo com a importância do tema analisado e

com o auxílio das ferramentas do Sistema de Informações Geográficas (SIG). Esta

metodologia foi aplicada às mineralizações auríferas da região do Gurupi, folha Centro

Novo do Maranhão, localizada na divisa entre os Estados do Maranhão e do Pará. Dois

domínios geotectônicos principais são representados nessa área: o Cráton São Luís e o

Cinturão Gurupi. O Cráton São Luís possui idade paleoproterozoica, sendo dominado

por sequências metavulcano-sedimentares e rochas calcioalcalinas juvenis formadas em

arcos de ilha intra-oceânicos. Já o Cinturão Gurupi é um cinturão metamórfico

polifásico, predominantemente neoproterozoico, composto de sequências

metassedimentares metavulcano-sedimentares, gnaisses, algumas gerações de

granitoides e rochas alcalinas. O limite entre estes dois domínios é marcado pela zona

de cisalhamento Tentugal, ao longo da qual se concentra a maior parte das ocorrências

auríferas da região. Estes depósitos podem ser classificados como “lode gold” ou tipo

orogênico e a entrada dos fluidos mineralizantes é tardia em relação à granitogênese,

metamorfismo e deformação.

Palavras-chave: Modelagem geológica; Lógica Fuzzy; Cinturão Gurupi.

Page 194: 2005 a 2012.1

CARACTERIZAÇÃO PETROGRÁFICA E LITOGEOQUÍMICA DAS

FORMAÇÕES FERRÍFERAS DO GREENSTONE BELT IBITIRA-

UBIRAÇABA, REGIÃO DE BRUMADO, BAHIA

VINICIUS BENEVIDES SCHIRMER

ORIENTADOR: PROF. DR. JOSÉ HAROLDO DA SILVA SÁ (UFBA)

RESUMO

Nesse trabalho são apresentados os resultados de estudos geológicos, petrográficos e

litogeoquimicos realizadas ns formações ferríferas da faixa Ibitira-Ubiraçaba, unidade

geotectônica do tipo “greenstone belt” de idade Neoarqueana/Paleoproterozoica. As

formações ferríferas estudadas apresentaram características da fácies óxido no alvo I,

com mineralogia predominante formada por magnetita e quartzo com pequena

contribuição da fácies silicato marcado pela presença de grunerita em pequena

quantidade; e características da fácies carbonato no alvo II, com predominância de

magnetita e Fe-carbonatos, apresentando quartzo e grunerita subordinadamente. Os

resultados das análises litogeoquimicas, sugerem um ambiente platarformal,

caracterizando as formações ferríferas como do tipo Lago Superior, praticamente sem

contribuição hidrotermal, conforme os padrões obtidos para elementos terras raras.

Palavras-chave: Formações Ferríferas, Greenstone Belt Ibitira-Ubiraçaba,

Litogeoquímica.

Page 195: 2005 a 2012.1

DISTRIBUÇÃO DOS TEMAS DAS MONOGRAFIAS POR ÁREA DE

ATUAÇÃO PROFISSIONAL DO GEÓLOGO

PERÍODO 2005 A 2012.1

Geologia Ambiental.....................................16%

Recursos Minerais.......................................47%

Geologia do Petróleo....................................27%

Recursos Hídricos........................................10%