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Revista da APM Setembro de 2006 1

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Publicação da AssociaçãoPaulista de Medicina

Edição nº 571 – Setembro de 2006

REDAÇÃOAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278

Cep 01318-901 – São Paulo – SPFones: (11) 3188-4200/3188-4300

Fax: (11) 3188-4279E-mail: [email protected]

Diretores ResponsáveisNicolau D’Amico Filho

Roberto Lotfi Junior

Editor ResponsávelUlisses de Souza – MTb 11.459–SP

Editora-assistenteLuciana Oncken – MTb 46.219–SP

RepórteresAdriana Reis

Carla NogueiraLeandro de Godoi

Ricardo Balego

Editor de ArteLeandro Deltrejo

Projeto e Produção GráficaCubo Editorial e Notí[email protected]

Fotos: Osmar BustosRevisora: Thais Oncken

Secretaria: Rosenaide da SilvaAssistente de Comunicação:

Laura Rocha Passerini

ComercializaçãoDepartamento de Captação

e Marketing da APMFones: (11) 3188-4200/3188-4300

Fax: (11) 3188-4293

Periodicidade: mensalTiragem: 30 mil exemplares

Circulação: Estado de São Paulo(Inclui Suplemento Cultural)

Portal da APMwww.apm.org.br

APRESENTAÇÃORoberto Lotfi Jr.Nicolau D’Amico Filho

Neste mês de setembro, ano de eleições, as atividades no Congresso

estiveram praticamente paralisadas. Pouca coisa andou para consolidar a

aprovação de leis importantes. E lá tramitam cerca de 400 projetos que

versam sobre a saúde. Alguns são relevantes, como o do Ato Médico, da

CBHPM e do PEC-29 (orçamento).

Um novo Congresso começa a trabalhar daqui a quase três meses. Mas as

entidades médicas decidiram se antecipar ao debate e criaram uma comissão

composta por representantes da Associação Médica Brasileira (AMB) e do

Conselho Federal de Medicina (CFM) a fim de acompanhar de perto a

tramitação de projetos na área da saúde.

Este é o assunto principal desta edição, que circula justamente no mês

que antecede às eleições. A reportagem mostra como a comissão vai

monitorar o trabalho do Congresso e dá uma posição sobre os principais

projetos em andamento.

Mas há muito mais nesta revista de setembro.

Boa leitura!

Nicolau D’Amico Filho e Roberto Lotfi Jr.Diretores de Comunicação

De olho no Congresso

3 Apresentação

4 Editorial

5 Responsabilidade Social

8 CAPA

Política Médica

Cerca de 400 projetos de saúde

tramitam no Congresso

12 Política Médica

16 Associativismo

20 Natureza

22 Saúde Pública

25 Música Popular Paulista

26 Saúde na Infância

30 Carta

32 Câncer

34 Entrevista

36 Radar Médico

40 Agenda Científica

41 Agenda Cultural

42 Produtos & Serviços

43 Literatura

44 Por Dentro do SUS

45 Classificados

CONTEÚDO

Luiz Henrique:ansiedade e oaumento dopeso

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Faz poucos dias, em 7 de setembro, comemoramos mais umaniversário da independência do Brasil. Considerando o momentoque atravessamos e a proximidade das eleições, vale parar e refletirsobre o passado, presente e o futuro. Comecemos pelo lado bom;somos referência em diversas frentes, como o futebol, vôlei, carnaval,potencial turístico, só para citar algumas.

Porém, temos tantos ou mais aspectos negativos. Somos campeõesem abusos dos direitos humanos, em violência, na diferença social,em impostos e juros exorbitantes. Atualmente lideramos até,pasmem, o ranking de faculdades de medicina – são nada menosdo que 156. Já ultrapassamos os Estados Unidos e inclusive aChina, que tem cerca de 1,5 bilhão de habitantes.

Em outras profissões a abertura indiscriminada de novas facul-dades também configura grave problema, particularmente no setorprivado. O fato é que o aparelho formador confunde quantidadecom qualidade. Para piorar, falta o necessário investimento emáreas como a saúde, educação, segurança, habitação e assistênciasocial. Falta a injeção de verbas séria e bem estudada com a devidavalorização de recursos humanos.

Rever valores significa melhor remuneração, mas, ao mesmotempo, educação continuada, treinamento, boas condições de tra-balho, plano de cargo e carreira. Enfim, há muito a fazer paraenterrar o perfil assistencialista do Estado; e para oferecer aos tra-balhadores possibilidades concretas para a prestação adequada deserviços e para a população condições de desenvolvimento digno.

É vergonhoso saber que faculdades de medicina são criadas, todos

Vote conscienteos dias, sem a necessidade social e sem recursos mínimos, comohospital-escola e preceptória. Fica a impressão de que o lobby dosempresários faz o que quer com o aval governamental. Inventampseudocursos médicos de três anos, criam facilidades para revalida-ção de diplomas de formados na Bolívia ou em Cuba e por aí vai.

Enquanto isso, o financiamento à saúde continua pífio. Na Amé-rica do Sul, investimos menos do que a Argentina, Chile, Uruguai eoutros. O Brasil gasta ao ano míseros R$ 360,00 por habitante.

Não podemos negar avanços na gestão do SUS. O Estado de SãoPaulo é exemplo, mostra sempre resultados. No entanto, para umavirada importante, precisamos gastar mais com a saúde dos cidadãos.

Podemos citar dezenas de problemas, como a falta de boas normaspara o setor suplementar, a corrupção e seus sanguessugas, e até adesilusão da população com a classe política. Aliás, é grande a chancede recorde de votos nulos, especialmente para o Congresso.

Chegamos ao fundo do poço? Não, e nem chegaremos, poissomos um povo obstinado. Temos consciência de que o Brasil neces-sita de justiça social, de desenvolvimento e lutaremos até chegar lá.

Um bom caminho é acabar com essa história de voto nulo, eapostar no voto consciente. É votar em pessoas com passado coerentee presente de luta pela melhoria da saúde e do País. Com a crescentecapacidade de indignação e de organização da sociedade civil,vamos, certamente, mudar a cara do Brasil. Isso já aconteceu emoutros países e este é o nosso momento de consolidar a verdadeiraindependência e de ensinar aos nossos filhos que bom é ser honesto,justo, ético e solidário. Feliz eleição e bom futuro a todos nós.

DIRETORIA ELEITA - DIRETORIA 2005-2008Presidente: Jorge Carlos Machado Curi1º Vice-presidente: Florisval Meinão2º Vice-presidente: Paulo De Conti3º Vice-presidente: Donaldo Cerci Da Cunha4º Vice-presidente: Luís Fernando PeixeSecretário Geral: Ruy Y. Tanigawa1º Secretário: Renato Françoso Filho

DIRETORESAdministrativo: Akira Ishida; AdministrativoAdjunto: Roberto de Mello; 1o Patrimônio eFinanças: Lacildes Rovella Júnior; 2o

Patrimônio e Finanças: Murilo RezendeMelo; Científico: Alvaro Nagib Atallah;Científico Adjunto: Joaquim Edson Vieira;Defesa Profissional: Tomás Patrício Smith-Howard; Defesa Profissional Adjunto:Jarbas Simas; Comunicações: NicolauD´Amico Filho; Comunicações Adjunto:Roberto Lotfi Júnior; Marketing: RonaldoPerches Queiroz; Marketing Adjunto: ClóvisFrancisco Constantino; Eventos: Hélio Alvesde Souza Lima; Eventos Adjunto: FredericoCarbone Filho; Tecnologia da Informação:Renato Azevedo Júnior; Tecnologia da

Silvana Maria Figueiredo Morandini; 4o

Diretor Distrital Sorocaba: Wilson OlegárioCampagnone; 5o Diretor DistritalCampinas: João Luiz Kobel; 6o DiretorDistrital Ribeirão Preto: João CarlosSanches Anéas; 7o Diretor DistritalBotucatu: Noé Luiz Mendes de Marchi; 8o

Diretor Distrital São José do Rio Preto:Pedro Teixeira Neto; 9o Diretor DistritalAraçatuba: Margarete de Assis Lemos; 10o

Diretor Distrital Presidente Prudente: EnioLuiz Tenório Perrone; 11o Diretor DistritalAssis: Carlos Chadi; 12o Diretor DistritalSão Carlos: Luís Eduardo Andreossi; 13o

Diretor Distrital Barretos: Marco AntônioTeixeira Corrêa; 14o Diretor DistritalPiracicaba: Antonio Amauri Groppo

CONSELHO FISCALTitulares: Antonio Diniz Torres, Braulio deSouza Lessa, Carlos Alberto Monte Gobbo,José Carlos Lorenzato, Tarcísio Eloy Pessoade Barros Filho. Suplentes: KrikorBoyaciyan, Nelson Hamerschlak, ReinaldoAntonio Monteiro Barbosa, João Sampaio deAlmeida Prado.

Informação Adjunto: Antonio Ismar Marçal Menezes;Previdência e Mutualismo: Alfredo de Freitas SantosFilho; Previdência e Mutualismo Adjunto: Maria dasGraças Souto; Social: Nelson Álvares Cruz Filho; SocialAdjunto: Paulo Cezar Mariani; Ações Comunitárias:Yvonne Capuano; Ações Comunitárias Adjunto:Mara Edwirges Rocha Gândara; Cultural: Ivan de MeloAraújo; Cultural Adjunto: Guido Arturo Palomba;Serviços Gerais: Paulo Tadeu Falanghe; ServiçosGerais Adjunto: Cristião Fernando Rosas; EconomiaMédica: Caio Fabio Camara Figliuolo; EconomiaMédica Adjunto: Helder de Rizzo da Matta; 1o DiretorDistrital São Caetano do Sul: Delcides Zucon; 2o

Diretor Distrital Santos: Percio Ramon Birilo BeckerBenitez; 3o Diretor Distrital São José dos Campos:

Associação Paulista de MedicinaFiliada à Associação Médica Brasileira

SEDE SOCIAL:Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 – CEP 01318-901

São Paulo – SP – Fones: (011) 3188-4200/3188-4300

EDITORIAL

Jorge Carlos Machado CuriPRESIDENTE DA APM

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RESPONSABILIDADESOCIAL

air na estrada, sentido interior

do Estado de São Paulo. Na ba-

gagem, conhecimento, responsabilida-

de social, solidariedade e compromisso

com a Saúde Pública.

Os viajantes desta longa jornada, que

têm por destino municípios carentes do

Estado de São Paulo, são universitários

do 1º ao 6º ano e residentes de Medici-

na da Faculdade de Ciências Médicas

da Santa Casa de São Paulo. A aventura

é uma mistura de desafio e improviso.

Trata-se do projeto de extensão univer-

sitária, criado há cerca de três anos pela

instituição: “Expedição Científica e

Assistencial” atualmente coordenada

Expedição do bemA Saúde é levada às comunidades carentes do Estado de São Paulo por meio de expediçõesrealizadas por alunos, residentes e professores da Santa Casa de São Paulo. O trabalhopermite uma troca justa. De um lado, os novos profissionais têm contato com a realidadebrasileira fora dos grandes centros; de outro, a população é beneficiada por um trabalhoque leva em consideração a cultura local

CARLA NOGUEIRA

Cpelo médico Paulo Carrara, do depar-

tamento de Medicina Social da Santa

Casa São Paulo.

A iniciativa visa, entre outros objetivos,

estudar condições de saúde de uma certa

população, analisar suas características

Expedição chega a municípios carentes do Estado de São Paulo

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RESPONSABILIDADESOCIAL

regionais; oferecer atendimento médico

local, estimular e fortalecer a interação

entre docentes, residentes e alunos.

Cada ano, cerca de 100 pessoas, entre

docentes, universitários e residentes de

várias áreas (clínica médica, dermato-

logia, psiquiatria, pediatria e ginecolo-

gia), tiram uma semana para dedicar-se

a estes pacientes. Neste período, os par-

ticipantes têm uma proximidade mai-

or com cada paciente que passa por

atendimento médico, ações educativas

e preventivas. O atendimento é com-

posto pelas fases: triagem, anamnese,

exame físico, discussão de caso e pres-

crição de conduta. Após o diagnóstico

completo, a Expedição fornece medi-

camentos, orientações e encaminha-

mento para tratamento, caso seja

necessário. Também realiza palestras

educativas ao público em geral e agen-

tes de saúde, em que são distribuídos

materiais didáticos.

Os grupos de atendimento são forma-

dos por cinco acadêmicos e um médico

supervisor. Os estudantes são respon-

sáveis pela elaboração da história clí-

nica do paciente para, em seguida, se

necessário, apresentação e discussão de

caso com o profissional supervisor. É

neste contato com o paciente, ouvindo

toda sua história, inseridos na cultura

de cada local, que os universitários vi-

vem momentos únicos.

“A gente precisa se adaptar ao local

do paciente e não o contrário. Outro

fator que é muito importante é que

conhecemos o paciente como todo.

Sabemos de suas carências, seus hábi-

tos, conhecemos sua família, e este tipo

de contato é muito gratificante, porque

enxergamos o paciente como ser huma-

no. Este atendimento, além de propor-

cionar muitos desafios, porque ali,

afinal, realmente temos testado o co-

nhecimento adquirido na faculdade,

também ensina que o médico precisa

ser mais ouvinte de seu paciente. Não

esquecer do seu lado cidadão”, declara

a estudante de Medicina do terceiro

ano, Karina Moraes Kiso Pinheiro, ao

lado de Leandro Girardi Shimba e Paulo

Henrique Fogaça de Barros, que junta-

mente com mais dez alunos pertencem

à comissão organizadora da terceira

edição, da expedição prevista para ja-

neiro de 2007, em Ituverava, na região

de Franca.

Karina explica que as consultas são

agendadas com antecedência, utilizando

a penetração na comunidade dos agen-

tes de saúde locais e profissionais res-

ponsáveis pelo Programa Saúde da

Família. A Expedição atende nos perí-

odos da manhã (das 8h às 12h) e tarde

(das 14h às 18h). “A escolha da cidade

é feita por meio do resultado de uma

Comissão Organizadora do projeto Expedição Científica e Assistencial de 2007 (daesq. para a dir.): Karina Moares Kiso Pinheiro, Paulo Henrique Fogaça de Barros e

Leandro Girardi Shimba

Conhecer a realidade local contribui para um atendimento mais próximo e humanizado

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pesquisa que mostra as necessidades

assistenciais e sociais dentro do Estado

de São Paulo”, completa Karina.

A Expedição, segundo Shimba, é uma

experiência onde o futuro médico con-

segue enxergar a realidade da Saúde no

Estado de São Paulo. “Durante a Ex-

pedição, trabalhamos com o que temos.

E isto é muito importante, porque

aprendemos a utilizar a Medicina tra-

dicional, sem muitos recursos como há

hoje. Também vemos uma realidade

mais carente. Percebemos que os paci-

entes são, em primeiro lugar, seres hu-

manos que precisam ser ouvidos, e esta

atenção, muitas vezes, fica difícil de ser

oferecida durante uma consulta no hos-

pital público, porque o número de pa-

cientes é muito grande”.

ExperiênciasA Expedição já tem sua história dei-

xada em algumas cidades. A primeira

edição ocorreu em Sandovalina. No ano

passado, as cidades de Narandiba e Santo

Anastácio receberam o projeto. “Vemos

que a população respeita a gente. Fo-

mos recebidos com fogos de artifício e

faixas de agradecimento em Narandi-

ba. E isto, para nós, que ainda somos

estudantes, é gratificante porque mos-

tra que nosso projeto está sendo valori-

zado”, ressalta Karina.

Segundo levantamento oficial da Ex-

pedição, só em Santo Anastácio passa-

ram pelo projeto cerca de 10.369

homens e 10.850 mulheres. Em Naran-

diba, a experiência também foi na área

rural, já que o município possui cerca

de 39% de população rural. “Na Expe-

dição, conseguimos enxergar que não

basta apenas saber medicina, é preciso

ser realmente médico, tendo consciên-

cia da responsabilidade da profissão”,

argumenta ela.

Após cada expedição, os participan-

tes emitem relatórios com os resultados

obtidos pelo Projeto e, em seguida, en-

caminham aos órgãos de saúde regionais.

Busca de PatrocínioA Expedição Científica e Assistencial

é um trabalho voluntário, e por isso

precisa da iniciativa de patrocínio para

se manter. Ao todo, o custo do projeto

está calculado em torno de R$ 20 mil,

incluindo gastos de transporte dos alunos,

cartazes de divulgação, certificados,

registro e patente, bata para identifica-

ção do aluno, viagens, identificação do

local e tabulador.

Para realizar a “aventura” de 2007, a

comissão organizadora já iniciou o pro-

cesso de busca de patrocínios. “Vamos

em busca de parceria com empresas

relacionadas na área de saúde, institui-

ções financeiras ou instituições que de-

sejam colaborar com o projeto”,

conclui Karina. �

Estudantes do 1º ao 6º ano, Residentes e docentes da Santa Casa integram Expedição

Mais de 20 mil pessoas já foram atendidas pelo projeto só no município de Santo Anastácio

Outras informações sobre o Projeto:

http://pecasantacasa.sites.uol.com.br/

ou pelo email:

[email protected].

SERVIÇO

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De olho nas leis

POLÍTICAMÉDICA

AADRIANA REIS

Saúde é tema recorrente na

Política. Basta acompanhar a

propaganda eleitoral dos candidatos que

disputam uma vaga na Câmara, no

Senado, nas Assembléias Legislativas e

mesmo na cadeira de presidente da

República para perceber a importância

do assunto. Todos eles têm, em seu plano

de governo, um capítulo dedicado a

apresentar propostas para melhorar o

atendimento à população na área da

Saúde. Depois de eleitos, os deputados

e senadores apresentam suas idéias em

forma de projetos de lei, que são vota-

dos e aprovados e, em seguida, sancio-

nados pelo presidente, para que se

transformem em lei.

O problema é que muitos destes

Criação de Comissão permite acompanhamento constante e mais participação dos médicosna elaboração de projetos de lei de interesse da categoria e da sociedade

parlamentares não têm o necessário

envolvimento e conhecimento sobre

a Saúde para criar leis que efetiva-

mente vão ao encontro das urgências

da população. Ao perceber essa dificul-

dade, profissionais médicos decidiram

criar uma Comissão de Assuntos Políti-

cos. Mensalmente, três representantes

Reunião da comissão criada para discutir assuntos parlamentares

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do Conselho Federal de Medicina e três

da Associação Médica Brasileira reúnem-

se para debater os projetos de lei em

tramitação no Congresso. O trabalho,

que começou por iniciativa do CFM,

há um ano e meio, e que ganhou a par-

ceria da AMB em novembro de 2005,

já rendeu um importante fruto. Neste

mês, em Manaus, será lançada a Agenda

Parlamentar da Saúde Responsável, um

livro que reúne cerca de 80 projetos de

lei, com o parecer da Comissão. O grupo

selecionou os projetos mais importantes,

discutiu e elaborou uma posição sobre

eles, a partir da qual passou a propor

mudanças, acréscimos ou mesmo que

fossem retirados da agenda de votação

antes de um amadurecimento maior.

Estão citados, entre outros projetos

de lei, o que trata sobre o Ato Médico

(PL 25/02), que regulamenta as ativi-

dades que são de competência do mé-

dico; o do CBHPM (PL 3466/04), que

referencia a Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimentos Mé-

dicos no sistema suplementar de saúde,

em âmbito nacional; e a emenda 29 da

Constituição, que trata sobre o orça-

mento para a área da Saúde (leia mais

no quadro).

“Quando começamos a fazer esta

busca, ficamos surpresos. Encontramos

pelo menos 400 projetos que versam

sobre o tema da Saúde. Escolhemos

aqueles que são mais relevantes para o

bem-estar da população e que fossem

de interesse da categoria”, afirma o

conselheiro do CFM, Alceu Peixoto

Pimentel, que coordena a Comissão ao

lado de Jurandir Marcondes Ribas Fi-

lho, representando a AMB. Completam

o grupo os médicos Luc Louis Mauri-

ce Weckx e José Luiz Dantas Mestri-

nho, pela AMB, e Pedro Pablo Chacel

e Neuman Figueiredo, pelo CFM.

Pimentel lembra que, ao começar

este trabalho, percebeu que muitas

categorias já faziam o mesmo no Con-

gresso. “É um lobby que todos fazem

para defender posições. O problema é

que, no Brasil, este recurso sempre foi

mal usado, porque há aqueles grupos

Há 400 projetos sobre Saúde em tramitação no Congresso

Jurandir Marcondes Ribas Filho

“O que fazemos com esta Co-

missão é discutir os temas junto

ao movimento médico, para via-

bilizar o que é melhor para a po-

pulação. Nosso envolvimento é

necessário porque há distorções em

muitos projetos de lei, já que os

parlamentares, em geral, não são

da área médica”, aponta Alceu

Peixoto Pimentel.

que defendem interesses próprios em

detrimento dos benefícios a toda a

sociedade”, explica o médico.

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Foto: Assessoria da AMB

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POLÍTICAMÉDICA

AceitaçãoA iniciativa do CFM e da AMB em

criar essa Comissão foi bem recebida

pela classe médica, que há tempos vis-

lumbrava a possibilidade de acompa-

nhar mais de perto a elaboração das leis.

“Acho que é fundamental discutir os

projetos de lei e estar atento às priori-

dades da população. Vejo como avanço

esse envolvimento da classe médica

com a área política”, avaliou o presi-

dente da Associação Paulista de Medi-

cina, Jorge Machado Curi. Para ele,

além de ouvir as entidades médicas, a

Comissão também deve se preocupar

em captar as opiniões externas e ampliar

o debate periodicamente.

CautelaSe no início o grupo se mostrou cau-

teloso, já que estava entrando na área

política, de difícil acesso, logo a Comis-

são se tranqüilizou. Isto porque os pró-

prios deputados e senadores mostraram

antemão os projetos que estão sendo

propostos e permite que à Comissão

faça o debate antes mesmo de passarem

por votação.

Com o projeto de lei em mãos, a

Comissão analisa todos os pontos pos-

síveis, vê se há falhas e elabora o pare-

cer. “Alguns projetos são polêmicos até

mesmo para a categoria. Nestes casos,

nós os encaminhamos para a Socie-

dade de Especialidade correspondente,

para uma avaliação mais precisa”,

explica Pimentel. Também costumam

ser consultados médicos de renome e

de indiscutível conhecimento, como

doutores honoris causa. Com a opinião

formada, o grupo procura pelo relator

do projeto e apresenta as opiniões e

sugestões para as devidas alterações.

EleiçõesA Comissão vem trabalhando ininter-

ruptamente desde que foi criada, mas

sentiu as dificuldades em debater junto

aos parlamentares nos últimos meses,

com a proximidade das eleições. “Senti-

mos que este contato está mais difícil

por causa do período eleitoral. Mas sabe-

mos que isso é inevitável, porque estão

todos em campanha”, diz Pimentel.

“Está tudo parado no Congresso. Neste

momento, é perda de tempo mandar qual-

quer ofício para lá”, confirma Mestrinho.

O presidente da APM, Jorge

Machado Curi, diz que o acompa-

nhamento de tudo que acontece no

Congresso permite que a classe

médica saiba, em primeira mão, o

que está sendo proposto, antes mes-

mo que se torne lei: “Outro ponto

interessante é que, muitas vezes,

demora um tempo entre a apresen-

tação do projeto de lei e sua vota-

ção. E, neste período, as prioridades

mudam, a dinâmica passa a ser

outra. Quando ficamos a par desta

discussão, podemos propor as

alterações necessárias e evitar que

sejam criadas leis inadequadas com

a necessidade atual”

abertura em debater suas propostas e

aceitar as interferências das entidades

médicas. “Nosso trabalho tem tido um

efeito muito positivo. Mesmo antes de

apresentar à Agenda, já temos procurado

o Congresso para discutir os projetos

com seus autores. Nas nossas cerca de

40 visitas, sempre fomos recebidos e

ouvidos”, diz Pimentel.

Para que este trabalho seja possível,

a Comissão de Assuntos Políticos conta

com a atuação do assessor parlamentar

Napoleão Salles, contratado pelo CFM

e pela AMB para circular pelo Con-

gresso e manter contato com os políti-

cos. Desta forma, ele conhece de

“Os parlamentares ficam real-

mente satisfeitos. Eles agradecem

nossa disposição e acham que nosso

trabalho é necessário”, confirma

José Luiz Dantas Mestrinho, outro

integrante da Comissão.

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• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato• Projeto de lei 25/02 – Ato

Médico:Médico:Médico:Médico:Médico: objetiva apenas regulamentar

os atos médicos, fortalecendo o con-

ceito de equipe de saúde e atendendo

de forma digna a população. De acordo

com o projeto, que tem apenas cinco

artigos, o médico deve ter em vista a

promoção da saúde, prevenção, diag-

nóstico e tratamento de doenças e rea-

bilitação dos doentes. Está na Comissão

de Assuntos Sociais (CAS) do Senado

para discussão do mérito.

• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –• Projeto de lei 3466/04 –

CBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação BrasileiraCBHPM (Classificação Brasileira

Hierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de ProcedimentosHierarquizada de Procedimentos

Médicos): Médicos): Médicos): Médicos): Médicos): referencia a CBHPM no sis-

tema suplementar de saúde em âmbito

nacional. Já foi aprovado pelas Comis-

sões de Seguridade Social e Família;

Desenvolvimento Econômico, Indústria

e Comércio; e Constituição e Justiça e

de Cidadania. Atualmente, tramita em

regime de urgência, aguardando a vota-

ção em plenário.

• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:• Emenda 29 da Constituição:

dispõe sobre o orçamento para a área da

Saúde. Foi aprovada pelo Congresso em

2000, mas depende de regulamentação

para ser colocada em prática.

• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05:• Projeto de lei 6435/05: atri-

bui ao farmacêutico competências pró-

prias do médico. Foi apresentado em

dezembro, mas já está pronto para vo-

tação pelo plenário da Câmara dos De-

putados. Várias Sociedades de

Especialidade já se manifestaram contra

a proposta, argumentando que apenas

o curso de medicina é capaz de preparar

o profissional para diversas das ativida-

des ali descritas.

A Comissão aguarda o término deste

período para apresentar a Agenda

Parlamentar da Saúde Responsável ao

Senado e à Câmara dos Deputados. “Es-

tamos planejando uma sessão lá no Con-

gresso, no dia 17 de outubro, para

comemorar o Dia do Médico e entre-

gar para cada um deles uma cópia da

nossa Agenda”, afirma Pimentel.

A Agenda terá tiragem inicial de 6

mil unidades e também será distribuí-

da a todas as entidades representativas

dos médicos. “Nossa idéia é multipli-

car este trabalho. Queremos criar esta

cultura e fazer com que o movimento

médico possa repetir esta experiência

em nível estadual e municipal”, conta

Pimentel. Com as mudanças nas cadei-

ras parlamentares, por causa da eleição,

Pimentel já prevê o aumento das ativi-

dades da Comissão a partir de janeiro

de 2007. Isto porque é no primeiro ano

de legislatura que é apresentado o

maior número de projetos de lei. “Os

deputados e senadores chegam e que-

rem mostrar suas idéias”, explica Pi-

mentel. A intenção é continuar

debatendo as novas proposições e ela-

borar boletins eletrônicos, que serão

encaminhados aos médicos e aos parla-

mentares. A vigilância da Comissão

deve ser permanente, conforme defende

Pimentel, falando em nome da Comissão:

“Se toda a população participar deste

debate político, teremos melhores leis.

Nosso trabalho é propositivo. Queremos

contribuir para o bem da sociedade”. �

As eleições deste ano paralisaram as atividades no congresso

Fonte: Site da AMB

Conheça alguns dos principais projetos sobre o tema da Saúde:

Foto: Osmar Bustos

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POLÍTICAMÉDICA

pós longas negociações, inici-

adas ainda em 2005, a União

Nacional das Instituições de Autoges-

tão em Saúde (Unidas) oficializou o

acordo por meio do qual parte de suas

afiliadas adotaram a Classificação Bra-

sileira Hierarquizada de Procedimen-

tos Médicos (CBHPM) no Estado de

São Paulo.

Realizada na sede da Associação

Paulista de Medicina (APM), dia 11 de

agosto, a reunião contou com represen-

tantes da Comissão Estadual de Conso-

lidação e Defesa da CBHPM, APM,

Conselho Regional de Medicina de São

Paulo (Cremesp), Sindicato dos Médi-

cos de São Paulo (Simesp) e da própria

Unidas e suas afiliadas.

Em vigor desde 1º de setembro, o

acordo garante o reajuste do valor das

consultas realizadas para R$ 36,00,

assim como a adoção da Classificação

com redução do deflator dos portes

para 17% e da Unidade de Custo Ope-

racional (UCO) para 25%. Os reajustes

serão feitos anualmente, sempre no mês

de janeiro.

“É importante lembrar que, no acordo,

as empresas estão adotando os valores

constantes na terceira edição da

CBHPM”, ressalta o coordenador da

Comissão Estadual de Consolidação e

Defesa da CBHPM e diretor de Defesa

Profissional da APM, Tomás Patrício

Smith-Howard. Segundo ele, as nego-

ciações para a utilização dos valores

constantes na quarta edição da Classifi-

cação devem trazer resultados somente

em 2007.

As empresas filiadas à Unidas que

endossaram o acordo integralmente são

Fundação Cesp, Sabesprev, Saúde Caixa,

Sistema Paulista de Assistência, Abas

15, SP Trans, GE Industrial, Capesesp,

Fassincra e Economus.

A Petrobrás aceitou parcialmente o

acordo, uma vez que mantém o valor

das consultas proposto, porém, com

deflator de 20% para os portes. Já a

Cassi – Banco do Brasil mantém o

deflator em 17% e praticará R$ 35,00

para as consultas.

Com os reajustes, os médicos serão

comunicados pelas empresas para acor-

darem novos instrumentos contratuais. “A

Unidas se comprometeu a entrar em con-

tato com seus associados para efetuar es-

sas mudanças”, informou Tomás Patrício.

Outras afiliadas da Unidas, como

Plan-Assiste, Assefaz, Metrus, Sepaco,

Volkswagen, Cabesp, Prev Saúde e

Abet, entre outras, não concordaram

nesse momento com a proposta e devem

continuar em negociações com a Co-

missão Estadual.

Participaram também da reunião que

consolidou o acordo: Renato Azevedo

Júnior, diretor do Cremesp, Maria das

Graças Souto, Otelo Chino Júnior e

Aizenaque Grimaldi, diretores do Si-

mesp, Antonio Klaus Mesojedovas, da

Sabesprev e superintendente da Unidas,

Nereide Couto, da Cassi, e Walter Lírio

do Vale, da Fundação Cesp. �

Implantação daCBHPM em SPEm âmbito estadual, a implantação da CBHPM temapresentado avanços

Reunião de representantes da Comissão de Consolidação da CBHPM

RICARDO BALEGO

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presidente da AMB, José Luiz

Gomes do Amaral, participou

da audiência que foi coordenada pela

senadora Lúcia Vânia (PSDB-GO) e

contou também com a presença da

presidente da União Nacional das

Instituições de Autogestão em Saúde

Ato Médicoem debateAs eleições trancam apauta de votação doCongresso Nacional, masaudiência pública realizadano final de agosto trouxeesperança para a classemédica. O projeto de lei doAto Médico pode servotado ainda este ano

José Luiz Amaral, presidente da AMB: “aprovação é um avanço”

Foto

: Már

cio

Arr

uda

/ CFM

O

Audiência Pública sobre o Ato Médico realizada em Brasília

(UNIDAS) e da representante do

Conselho Federal de Nutricionistas,

Rosane Nascimento.

Para a senadora Lúcia Vânia, foram

obtidos avanços expressivos durante os

dois anos em que o projeto foi colocado

em discussão, e que ela acompanhou

como relatora. O debate, em sua visão,

permitiu consensos entre as diversas

partes envolvidas na polêmica. “Devido

a isso, acredito que conseguiremos

colocar o projeto em votação ainda este

ano”, destacou.

Amaral fez questão de ressaltar que o

projeto não tem nenhum cunho mer-

cantilista ou corporativista, tratando

apenas do interesse do paciente e da

saúde do povo brasileiro.

“É necessário que ultrapassemos ques-

tões corporativistas, questões políticas

e questões econômico-financeiras. É

necessário que entendamos as diferen-

ças entre as capacidades, as valências de

cada uma das 14 profissões da saúde.

Nós, os médicos, nos preparamos para

identificar doenças, não identificar dis-

funções que fazem parte das doenças ou

são suas conseqüências. Também faz

parte da nossa profissão encontrar

mecanismos para tratá-las”, explicou.

O presidente da AMB defendeu um

trabalho harmônico entre as diversas

profissões e voltou a ressaltar que a

aprovação do projeto será um avanço

para os interesses dos pacientes e da

saúde do brasileiro.

O presidente do CFM, Edson de Oli-

veira Andrade, acompanhado de con-

selheiros federais e regionais de vários

estados, além do presidente da Federa-

ção Nacional dos Médicos (Fenam),

Eduardo Santana, acompanhou a audi-

ência pública, que foi transmitida por

sistema de vídeo-conferência para

Assembléias Legislativas de diversas

regiões do país. �

Foto

: Már

cio

Arr

uda

/ CFM

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POLÍTICAMÉDICA

Associação Médica Brasileira

(AMB) recebeu, em sua sede,

no dia 11 de agosto, mais uma reunião

conjunta entre a Comissão Nacional de

Consolidação e Defesa da CBHPM e as

comissões estaduais.

O objetivo foi discutir os avanços e

desafios com relação aos quatro seg-

mentos do setor de saúde suplementar

– autogestões, medicinas de grupo,

cooperativas e seguradoras.

O sistema de autogestão, por exemplo,

apesar de ter participado da elaboração

da quarta edição da CBHPM, não a pra-

tica ainda. “A Unidas havia aprovado

tecnicamente a nova edição em 26 de

abril, após participar ativamente da

Câmara Técnica Permanente da

CBHPM. Iremos questionar quais se-

riam os entraves atuais e buscar, mais

uma vez, o entendimento”, disse o

coordenador da CNCD e vice-presidente

da APM, Florisval Meinão.

No setor cooperativo de saúde, foi

reforçada a importância de se implan-

tar a Classificação junto às singulares

da Unimed. A comissão nacional irá

propor, nesse sentido, a adoção dos

CBHPM consolidaavanços

códigos e nomenclatura da CBHPM em

todo o país, assim como já acontece com

a Unimed do Brasil e seu sistema de

intercâmbio. “A partir do momento em

que as Unimeds, como um todo, en-

camparem a CBHPM, a implantação

deslanchará”, prevê Luiz Sallim Emed,

representante do Conselho Federal de

Medicina (CFM) na CNCD.

O presidente da AMB, José Luiz

Gomes do Amaral, também presente à

reunião, lembrou com relação às segu-

radoras que “as negociações têm sido

francas e produtivas. Por isso espera-

mos ter, em breve, outras boas notíci-

as”. A Bradesco Saúde, por exemplo,

tem demonstrado empenho ao passo

que reajustou, desde 1º de agosto, seus

honorários médicos em 6% e suas con-

sultas para R$ 42,00. A seguradora tam-

bém já havia se comprometido a voltar

a referenciar aqueles médicos que fo-

ram desligados durante o movimento

para a implantação da CBHPM. �

José Luiz Amaral (AMB) e Florisval Meinão (APM) na reunião quedebateu a CBHPM

A

Membros da Comissão de Consolidação e Defesa da CBHPM

Foto

: Cam

ila K

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AM

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Foto: Camila Kaseker / AMB

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ncontro entre representantes

da Unimed, Comissão Nacio-

nal de Consolidação e Defesa da

CBHPM (CNCD) e entidades médicas,

realizado na sede da Confederação das

Unimeds do Estado de São Paulo (Con-

fesp), no dia 12 de julho, resultou em

uma aproximação maior com a coope-

rativa de saúde em relação à adoção da

Classificação Brasileira Hierarquizada

de Procedimentos Médicos.

Na ocasião, os representantes da con-

federação, Eudes de Freitas Aquino e

Humberto Jorge Isaac, demonstraram

vontade em empenhar avanços na in-

trodução da Classificação no sistema

Unimed, especialmente no Estado de

São Paulo. “O encontro serviu para

estreitar esta parceria, que já vinha acon-

tecendo. A Confederação das Unimeds

se colocou à disposição no sentido de

auxiliar na introdução da CBHPM em

seu sistema”, ressaltou o diretor de

Defesa Profissional da APM e coorde-

nador da Comissão Estadual da Conso-

lidação e Defesa da CBHPM, Tomás

Patrício Smith-Howard.

Segundo o coordenador, a cooperativa,

que participou ativamente das câmaras

técnicas criadas para viabilizar a im-

plantação da Classificação, sinalizou de

forma positiva para que o processo de

adoção evolua cada vez mais.

Atualmente, o sistema Unimed

congrega 376 cooperativas em todo o

país, com cerca de 98 mil médicos coo-

perados. A Unimed do Brasil já havia

adotado recentemente a CBHPM em

seu sistema de intercâmbio. As singu-

lares da cooperativa, no entanto, pos-

suem autonomia e algumas delas,

principalmente em São Paulo, ainda não

adotaram a Classificação.

Também participaram da reunião o

presidente da CNCD e vice-presidente

da APM, Florisval Meinão, o presidente

do Sindicato dos Médicos de São

Paulo (Simesp), Cid Carvalhaes, e o

presidente do Conselho Regional de

Medicina de São Paulo (Cremesp),

Desiré Carlos Callegari. �

Cid Carvalhaes, Desiré Callegari, Isac Humberto, Florisval Meinão, Eudes Aquino, Tomás Smith-Howard e Jorge Curi

Unimed viabiliza CBHPM

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ASSOCIATIVISMO

U

Parceria leva inúmerosbenefícios aos associados

ma parceria inédita entre a As-

sociação Paulista de Medicina

(APM) e os cartões American Express

foi celebrada oficialmente no dia 11 de

agosto, na sede da APM. O evento tam-

bém marcou a inauguração do Espaço

Maracá, no 11o andar da entidade.

Sempre pensando no melhor para os

seus associados, a Associação Paulista

de Medicina tem buscado parcerias à

altura do que os médicos do Estado de

São Paulo merecem. O trabalho con-

junto com os cartões American Express

demonstra isso. “Esta parceria é funda-

mental e marca um grande avanço da

APM com uma empresa reconhecida,

que é a American”, destacou o presi-

dente da APM, Jorge Carlos Machado

Curi, durante a abertura. O resultado é

o desenvolvimento de um cartão de

crédito exclusivo para atender às ne-

cessidades desses profissionais no seu

dia-a-dia, um produto feito sob medida

para o associado: o American Express

Business APM.

Isento de taxa de anuidade ou de ina-

tividade, o cartão American Express

José Luiz Amaral, Jorge Curi, Cesário Nakamura, Márcio Parizotto e Ronaldo Queiroz

José Luiz Amaral e Jorge Curi inauguram o Espaço Maracá, na APM

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Business APM dará acesso aos serviços

financeiros dos cartões da American

Express, oferecendo encargos reduzidos,

ferramentas de controle de gastos e, o

melhor, privilégios exclusivos, como

jantares cortesia, acesso a ingressos para

espetáculos, entre outros benefícios.

O cartão exclusivo para os Associados

APM leva, ao associado, a excelência

dos serviços prestados pelos cartões

American Express, proporcionando a

comodidade e bem-estar para o médico.

O presidente da Associação Médica

Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do

Amaral, ex-presidente da APM, prestigiou

o evento e comentou sobre a união entre

a APM e os cartões American Express.

“É uma alegria retornar a falar com

vocês. Sinto-me orgulhoso em ver que

a diretoria atual está realizando parceri-

as como esta com a American Express.

É um motivo de satisfação. A marca

APM, que é de muita credibilidade, está

fortalecida com outra marca também

reconhecida internacionalmente, a

American Express.”

O diretor executivo dos cartões

American Express, Cesário Nakamura,

ressaltou a credibilidade da APM, princi-

pal ponto que motivou a American a

fechar a parceria. “É uma honra estar

no coquetel de celebração da parceria.

É a primeira vez, no Brasil, que a Ameri-

can Express realiza um trabalho exclu-

sivo voltado apenas para uma categoria

profissional que, no caso, é a médica.”

Nakamura também discorreu, em

poucas palavras, como se iniciou a idéia

da parceria. “Este trabalho está sendo

efetuado há cerca de um ano. Começamos

com patrocínios na APM; depois com

a posse da nova diretoria, tivemos um

contato mais direto, que resultou neste

serviço inédito. É uma semente que está

sendo plantada hoje e esperamos que,

daqui um ano, estejamos celebrando

toda sua evolução e sucesso”, salientou.

PraticidadeA parceria com os cartões American

Express tornou ainda mais prático ser

sócio da APM. O acesso às vantagens e

benefícios que a APM já oferece aos seus

associados, como o Clube de Campo,

serviços de despachante, assistência

jurídica, educação continuada, progra-

mas culturais, publicações, parceria

com empresas reconhecidas no merca-

do, será facilitado por um serviço ofere-

cido pela recente parceria. O associado

poderá optar pelo pagamento da sua

contribuição associativa APM por meio

do cartão. Ou seja, ao invés de receber

em sua casa um boleto e mais a fatura do

cartão, o associado pode incluir o valor

da contribuição associativa na fatura do

seu American Express Business APM.

Outra praticidade é poder utilizar o

cartão da American Express como car-

teirinha da APM, evitando carregar

vários documentos.

Lançamento do cartão, na APM

Cartão exclusivo para sócios da APM

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OpiniãoDurante o evento, a diretoria da

APM e os executivos dos cartões Ame-

rican Express expressaram a alegria

pela parceria e as perspectivas.

Maracá é instrumento indígena

“Um dos pilares da APM é

fazer esta aproximação da classe

médica com a sociedade em seu

todo. É fundamental que o faça-

mos com entidades que tenham

respeitabilidade, e a American

Express representa exatamente

isso. É uma parceria pioneira”.

Jorge Carlos Machado Curi,

presidente da Associação Pau-

lista de Medicina.

“É uma ação complemente

pioneira. Esta parceria com a

APM é fundamental. É mais um

serviço, um beneficio para o

associado agregando vantagens

a todos”. Ronaldo Queiroz,

diretor de marketing da Associ-

ação Paulista de Medicina.

“A parceria, eu enxergo como

uma imensa possibilidade de

criar um novo negócio para nós

da American Express e também

para a APM. Esta união permite

customizar o produto, de forma

que atenda à classe médica.

Super importante. A minha

expectativa é que este relacio-

namento entre APM e American

Express seja, cada vez mais,

expressado e que tenhamos o

produto sempre em evolução”.

Marcio Parizotto, superinten-

dente dos cartões American

Express Pessoa Física.

“Olha, para nós, esta parceria é uma

oportunidade muito interessante de

consolidar o serviço com a APM. O

produto atenderá as próprias necessida-

des dos sócios (médicos). Esta parceria,

que está se iniciando com o lançamento

do cartão, permitirá que possamos dese-

nhar mais benefícios para os médicos”.

Cesário Nakamura, diretor dos cartões

American Express Pessoa Física.

ASSOCIATIVISMO

Espaço MaracáO lançamento da parceria da Associ-

ação Paulista de Medicina (APM) com

os cartões American Express marcou a

inauguração de mais um ambiente acon-

chegante e intimista, que será utilizado

para realização de eventos: o Espaço

Maracá. “É extremamente gratificante

estar, neste momento, compartilhando

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com vocês a união entre os cartões

American Express e a APM. A inaugu-

ração do Maracá veio agregar à cele-

bração, um espaço aconchegante”,

destacou o presidente da APM, Jorge

Machado Curi, na abertura do evento.

O nome do ambiente é uma digna

homenagem aos primeiros “morado-

res” e donos de uma cultura única: os

índios. Maracá foi o primeiro instru-

mento indígena no Brasil, utilizado para

ritmar cantos e danças, usado na época

por pagés em momentos considerados

essenciais dentro da cultura indígena,

como os rituais de cura.

O presidente da Associação Médica

Brasileira (AMB), José Luiz Gomes do

Amaral, um dos idealizadores do

Maracá, quando presidente da APM,

demonstrou sua felicidade ao ver o

espaço inaugurado. Inclusive citando a

contribuição da Associação Médica do

Mato Grosso do Sul pelo envio de três

maracás que decoram o espaço. “A

inauguração do Maracá marca um

momento de confraternização”.

O evento, que teve apoio da Yamaha,

contou com a apresentação do pianista

Erik Escobar. Com apenas 27 anos, o

músico já tocou para o grupo Placa

Luminosa e acompanha, entre outros

artistas, os irmãos Sandy & Júnior.

Além de se apresentar internacionalmen-

te e já ter gravado o seu álbum solo. �

Ambiente no Espaço Maracá

O médico busca conforto e bem-estarno seu dia-a-dia atribulado. A APM buscoua parceria de uma grande empresa paraproporcionar isso aos seus associados.

Veja como os benefícios exclusivos docartão American Express® Business APMse traduzem em economia, eficiência emodernidade para o dia-a-dia do associado:

Anuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaAnuidade gratuita por toda a vidaEste é um benefício muito especial

válido também para os cartões adicionais.Dining ProgramDining ProgramDining ProgramDining ProgramDining Program

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Suas compras valem pontos que podemser trocados por recompensas, de assinatu-ras de revistas a milhas em companhias aére-as parceiras. Para Associados APM, a primeiraanuidade desse programa será gratuita. Ospontos acumulados não expiram nunca.Assistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial GratuitaAssistência Emergencial Gratuita

Em situações de emergência, os cartõesAmerican Express disponibilizam gratuita-mente profissionais para efetuar reparoshidráulicos, elétricos e serviços de chavei-ro, dentro do limite de cobertura, alémde outros serviços a preços tabelados.Facilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daFacilidade no pagamento daContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição AssociativaContribuição Associativa

Ao incluir a cobrança da contribuiçãoassociativa na fatura do cartão de crédito,o associado ganha uma garrafa de uísquepara comemorar este novo relacionamento.Identificação APMIdentificação APMIdentificação APMIdentificação APMIdentificação APM

O cartão também vale como carteirinha deidentificação dentro das dependências da APM.

A APM e os cartões American Expressestão entrando em contato com os

associados para oferecer o benefício.

Facilidades no dia-a-diado médico

Erick Escobar apresenta-se na inauguração do Espaço Maracá

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NATUREZA

Um domingo especial noClube de Campo da APM

UCARLA NOGUEIRA

m domingo mágico, inspirador

e contagiante. “Manhã Musical

e Tarde de Contos” foi o evento que

marcou o dia 27 de agosto no Clube de

Campo da APM, numa combinação de

natureza a arte.

Para começar o dia, a Orquestra do

Limiar, regida pelo médico e músico

Samir Rahme, pela primeira vez entrou

em cena. A sintonia era tão perfeita,

que até o sol colaborou para o espetáculo.

O tempo, até então nublado, abriu-se

para a música. E assim, no cenário

intimista, em meio ao verde, ao canto

dos pássaros, ao aplauso do público, a

orquestra encontrou seu espaço. “Vamos

fazer um piquenique musical e espero

que vocês gostem. Ficamos honrados

com o convite”, disse Rahme.

No repertório, Kanon, de Johann

Pachelbel, Dança Húngura número 5,

de Johannes Brahms, Yesterday, dos

Beatles, Clóvis Pereira, com No Reino

da Pedra, Chiquinha Gonzaga, com

Gaúcho, entre outros.

Em uma hora e meia de apresenta-

ção, o público teve seu momento de

meditação. Ali, observava-se que cada

um aproveitava a magia da música e de

todo o cenário da natureza para desper-

tar cada ritmo dentro de si.

“Tive a sorte de vir aqui hoje e encon-

trar toda esta beleza. Gosto de música

clássica e aqui, ouvindo com este verde,

desperta a sensibilidade”, destacou a

médica Stela Yamamoto Vieira, com o

filho no colo, o pequeno Caio Yamamoto

Orquestra da APM apresenta-se na “Manhã Musical”Foto: Gisela Gutara

Foto

: Gis

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Gut

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Marco de Oliveira Jesus, 8 anos, vencedor do concurso de redação e pintura

Vieira. Era a primeira vez que ela visi-

tava o clube e ficou entusiasmada com

a programação.

A admiração pelo programa também

chegava aos freqüentadores assíduos.

“Poesia e música é uma união perfeita.

A Limiar é maravilhosa”, salientou a

médica associada Marta Castilho, que

todo final de semana está no Clube.

O diretor do departamento Social da

APM, responsável pela pelo Clube de

Campo, Nelson Cruz Filho, homena-

geou Rahme no final do espetáculo, com

a entrega de um certificado. “Foi um

espetáculo belíssimo. A qualidade de

musical da Limiar impressiona e emo-

ciona. É gratificante saber que, além de

exercer a profissão de médico, Rahme

tem a arte, no caso a música, como uma

de suas grandes paixões”, disse ao agra-

decer ao maestro.

Tarde de contosOs baixinhos também tiveram a sua

vez no Clube. Em torno de um ambi-

ente aconchegante, a criançada pôde

brincar um pouco no universo dos contos

e, com isto, aprender mais sobre a

importância de cuidar do meio ambi-

ente. Aprender, de um jeito gostoso,

leve e divertido.

As crianças ficaram sobre um tapete

colorido, em roda, e ouviram atentos

os contadores de histórias, também

médicos: Maria Helena Lemos, autora

do livro A Mensagem que veio do mar

e Luis Cláudio do Carmo, autor da obra

Consultório do Dr. Coruja.

Depois, todos os participantes recebe-

ram um diploma de Médico Guardião

da Natureza, assinado pelo presidente

da APM, Jorge Machado Curi.

As cores da Fauna e daFlora da Sede Campestre

Dando continuidade à programação

do evento, foi entregue a premiação

para o vencedor do 2º Concurso de

Redação, Fotografia e Desenho. O ganha-

dor na categoria - desenho e redação -

destinado só para crianças, foi Marco

Aurélio de Oliveira Jesus, 8 anos.

Grande admirador da leitura e da

escrita, Marco Aurélio conseguiu

Pintura vencedora

emocionar a todos com sua redação.

Mostrou sensibilidade e consciência de

cuidar da natureza e também de toda a

beleza que cerca o Clube de Campo.

“Fico feliz em receber o prêmio. Venho

aqui todo domingo e gosto muito”, afir-

mou após receber troféu e certificado

das mãos do diretor do departamento

Social da APM. �

Redação feita por Marco deOliveira Jesus

Foto

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SAÚDEPÚBLICA

Governo lançaprograma contrainfecções cirúrgicasProjeto pretende diminuir oimpacto da segunda maiorcausa de eventos adversosem pacientes hospitalizadosno Estado

CRICARDO BALEGO

om o objetivo de reduzir os ín-

dices de infecções cirúrgicas

nos serviços de saúde do Estado, foi

lançado, no dia 16 de agosto, o proje-

to Provitae, uma parceria com a APM

e sociedades de especialidade.

Coordenado pelo Centro de Vigilân-

cia Epidemiológica (CVE) da Secreta-

ria Estadual de Saúde de São Paulo, é

destinado especialmente aos cirurgiões,

anestesistas e equipes de enfermagem,

Carlos Magno Fortaleza e Denise Brandão de Assis, da Secretaria de Saúde de São Paulo

com ênfase na mobilização do pro-

fissional responsável pelos cuidados

ao paciente.

As infecções cirúrgicas acarretam,

além dos próprios danos à saúde do

paciente, um aumento no tempo de

internação, muitas vezes acompanhado

de um novo procedimento cirúrgico,

conseqüentemente, gerando um custo

maior ao hospital. Como exemplo,

procedimentos que requerem implan-

tes, como as artroplastias totais de qua-

dril, têm um aumento nos custos

hospitalares entre 400 e 600% quando

ocorre infecção.

Cerca de 5 a 10% dos procedimentos

cirúrgicos de uma forma geral resultam

em infecções das feridas operatórias.

Como ações pontuais, o Provitae aposta

em prevenção nas atividades de vigilân-

cia epidemiológica, anti-sepsia correta,

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esterilização de materiais, cuidados na

tricotomia e profilaxia antimicrobiana.

A Associação Paulista de Medicina

(APM) é uma das idealizadoras do

projeto, em parceria com a secretaria e

sociedades de especialidade, já tendo

realizado reuniões prévias na sede da

entidade. Durante o lançamento do

Provitae, o presidente da APM, Jorge

Carlos Machado Curi falou aos presen-

tes sobre o tema “O papel do cirurgião

e do anestesista”, abordando as situa-

ções que aumentam o risco de infec-

ções, como tempo de permanência do

paciente no recinto, mau uso de anti-

sépticos, tabagismo e o próprio bom

senso da equipe clínica. “A técnica do

médico também é fundamental. O pa-

ciente bem operado, com o mínimo de

Jorge Curi, da APM, faz palestra sobre o papel do cirurgião e do anestesista

Lançamento do Provitae, em São Paulo

trauma residual, está menos propenso

a infecções”, disse a uma atenta platéia.

Dados recentes fornecidos pelo ser-

viço indicam haver no Estado de São

Paulo mais de 106 mil leitos disponí-

veis – quase 66% pertencente ao SUS –,

dos quais 27,5% são cirúrgicos. Des-

tes, 71% são utilizados em Cirurgia

Geral e Obstetrícia.

Para o coordenador da Coordenadoria

“Às vezes o próprio cirurgião

pode levar uma infecção, se não for

cuidadoso. São milhares de bacté-

rias que podem infestar o ambiente

cirúrgico”, destacou, Curi.

Segundo Denise Brandão de

Assis, diretora técnica da Divi-

são de Infecção Hospitalar do

CVE, as infecções hospitalares são

a segunda causa mais comum em

eventos adversos que acometem

pacientes hospitalizados. “Muitas

infecções hospitalares ocorrem

após a alta, o que gera, inclusive,

um problema de subnotificação”,

lembra, em referência à atuação

da Central de Notificação, prin-

cipal instrumento do órgão para

políticas de prevenção, como o

próprio Provitae. O Sistema de

Vigilância e Notificação de infec-

ções hospitalares do CVE existe

desde 2004.

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de Controle de Doenças de São Paulo

(CCD), Carlos Magno Fortaleza, “já há

alguns anos essa questão vem se tor-

nando um fenômeno nacional. Nos

últimos cinco anos, houve um impulso

na prevenção, em grande parte pela

vigilância sanitária”.

O projeto pretende realizar, nos

próximos meses ainda, treinamentos

presenciais envolvendo equipes de

médicos e auxiliares.

Durante o evento de lançamento os

presentes também puderam tirar dúvi-

das e participar de outras discussões

envolvendo equipes multiprofissionais

de hospitais, especialmente aquelas

SAÚDEPÚBLICA

envolvidas diretamente no controle das

infecções cirúrgicas.

Infecções hospitalaresPresentes não só em ambientes cirúr-

gicos, as infecções hospitalares, de um

modo geral, configuram um grande pro-

blema de saúde pública no Brasil. São cer-

ca de 45 mil mortes por ano no país, índice

que supera os óbitos provocados por aci-

dentes de trânsito ou por armas de fogo.

Segundo o Ministério da Saúde, de 13

a 15% dos pacientes contraem algum

tipo de infecção durante sua permanên-

cia nos hospitais. Tal situação gera,

ainda, um acréscimo anual de 12 mi-

lhões de internações e prolonga o tempo

de permanência dos pacientes nos leitos

entre 10 e 14 dias.

A Lei Federal nº 9.431, de 1997, torna

obrigatória a criação de Programas e

Comissões de Controle de Infecções

Hospitalares nos hospitais do país. Os

cuidados estão relacionados, na maioria

dos casos, a cuidados básicos das equi-

pes, como assepsia, curativos e mani-

pulação de sangue, por exemplo. �

Carlos Magno justifica a impor-

tância da iniciativa argumentando

que “estamos perdendo o foco da

infecção hospitalar como proble-

ma de saúde pública, neste que é

um importante fator de morbidade

e mortalidade”.

Hospital também faz sua parte para evitar infecções

Assepsia faz parte dos cuidados básicos contra infecções

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anto que encanta. Canto que é

canto, voz, expressão da fala, do

corpo, da alma. Canto que faz jus à

Música Popular Paulista, tão cantada e

homenageada no programa homônimo,

que a Associação Paulista de Medicina

(APM) realiza há um ano. Naquele 3

de agosto, o público ouviu e se encan-

tou com Ná Ozzetti.

Ná canta em qualquer canto; e em

qualquer canto, encanta. “Vim cantar

sobre essa terra/antes de mais nada,

aviso/ trago facão/ paixão crua e bons

rocks no arquivo” diz, ao interpretar a

música “Canto em qualquer canto”,

composta numa parceria com o consa-

grado Itamar Assumpção.

Ná é amor explícito pela Música

Popular Brasileira. E os admiradores

eternos reconhecem, agradecem. E ela

vai em frente. Agora com “Capitu”.

Empolga a platéia.

E poderíamos dizer à Ná: “De um

lado vem você com seu jeitinho/ Hábil,

hábil, hábil/E pronto!/Me conquista

com seu dom”.

- Lindaaaaa! – interrompe uma fã lá

no fundo do auditório.

Ná retribui com um sorriso tímido. E

volta a cantar, a encantar. Passa por

Ná Ozzettiencanta

CARLA NOGUEIRA

LUCIANA ONCKEN

C

“Atração Fatal”, “A Olhos Nus”. Faz

uma releitura dos sucessos de Rita Lee,

passa por “Atlântida” e “Mutante”, segue

a noite: “ai de mim que sou romântica”.

E o público delira, mas teme o “Tempo

sem Tempo”, aguarda o “Tempo Es-

condido”. Já não era mais “À Tardi-

nha”, num “Rodopio” veio a “Noite

Torta”, perfeitamente, torta. Ná vestiu-

se de “Crápula”, de pássaro em “Ultra-

pássaro”, terminou “Sutil”.

Mas veio o retorno, o público ainda

não queria se despedir de Ná. Exigiu

bis. Ná voltou. Voltou, e ainda com a

participação da amiga e também canto-

ra Suzana Salles, que estava quietinha

na platéia.

- Conheço Ná dos tempos do Onça -

entrega.

Em coro, Ná e Suzana, entoam Capitu.

Ná Ozzetti “canta porque é preciso,

porque esta vida é árdua pra não perder

o juízo”. Nós a escutamos porque concor-

damos com Ná, a vida é árdua demais.

Ná deixa a vida mais leve.

Paulista “da gema”Paulista da “gema”, reconhecida pelo

mundo afora após vencer, como melhor

intérprete, o Festival de Música Brasi-

leira, promovido pela Rede Globo em

2000, depois de deliciosamente inter-

pretar a canção “Show”, de autoria de

Luiz Tatit e Fábio Tagliaferri.

Ná nasceu respirando música e arte.

Vem de uma família em que os irmãos

tocavam instrumentos musicais. Sua

aproximação com a música foi rápida

e, aos 15 anos, inaugurou o palco que

depois não largaria por nada. Começou

como vocalista do grupo de Dante,

durante um festival de colégios. A par-

tir de então, aperfeiçoou-se em aulas de

canto e dança. União perfeita que Ná

utilizaria em toda sua carreira, com a

gostosa brincadeira “dança na voz, o

canto na dança”.

Ná, só temos a te dizer: “É esse o seu

modo de ser ambíguo/Sábio, sábio/E

todo encanto/Canto, canto/Raposa e se-

reia da terra e do mar/Na tela e no ar”. �

MÚSICAPOPULARPAULISTA

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SAÚDENAINFÂNCIA

ADRIANA REIS

I

Obesidade infantilpreocupa especialistas

nício de tarde, sábado ensolarado,

um número considerável de crian-

ças e jovens se aglomera na “boca do

caixa” da movimentada lanchonete do

bairro para fazer um de seus programas

preferidos. A concorrência das mesas

comprova a satisfação da garotada em

trocar o arroz e feijão do dia-a-dia por

um incrementado hambúrguer, sem

esquecer a batata frita e o refrigerante.

Aparentemente, uma inofensiva

Cresce o número de crianças e adolescentes que vivem muitoacima de seu peso. Causas são alimentação inadequada,sedentarismo e falta de orientação dos pais

combinação, mas que associada ao se-

dentarismo e à falta de orientação, já trou-

xe um preocupante resultado: o aumento

de peso em crianças e adolescentes.

Não se trata apenas de uma nova

geração de meninos e meninas mais

rechonchudos, mas de um problema de

saúde, já que muitos deles ultrapassam

o limite aceitável e passam a sofrer com

a obesidade. “Vivemos uma epidemia

de obesidade infantil. Ela é evidenciá-

vel em todo o mundo”, alerta o presi-

dente da Associação Brasileira de

Nutrologia, Durval Ribas Filho.

As estatísticas confirmam: somente

no Brasil, a obesidade atinge entre 15%

e 25% das crianças e adolescentes,

dependendo da região onde vivem.

Estudo feito em 2004 pelo Centro de

Adolescência da Unifesp registrou, em

São Paulo, 8 mil crianças entre 10 e 15

anos com obesidade infantil, 23% do

total dessa faixa etária. Este crescimento

é visível nas ruas, em casa e nas esco-

las. “A obesidade teve um aumento

muito significativo”, afirma Ribas

Filho. Ela atinge todas as camadas

sociais, tornando-se um problema

generalizado entre a população.

Como identificar?“Na família, ainda hoje prevalece a

mentalidade de que a criança gordinha

é saudável”, aponta o médico e profes-

sor da Unifesp Fabio Ancona Lopez,

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presidente do departamento de Nutro-

logia da Sociedade Paulista de Pedia-

tria. Um mito que precisa ser

derrubado. “Em 11% dos casos de obe-

sidade infantil, as vítimas também apre-

sentam algum grau de desnutrição, o que

prova que comer muito não significa

comer bem”, afirma Ribas Filho.

Por esta razão também os adultos

demoram a procurar ajuda médica.

Segundo a pediatra Lílian Simone Gon-

çalves Zaboto, quando os pais chegam

ao consultório, a obesidade já se mani-

festou na criança.

que vai se expressar na dependência de

fatores ambientais. Ou seja: há pessoas

com facilidade para armazenar energia.

Mas se elas terão aumento de peso, isso

depende do quanto e do que ela come”,

explica o médico Lopez.

Em busca das causasO aumento do peso da população não

é um fenômeno apenas brasileiro. Isso

tem se manifestado em todo o mundo,

independentemente das condições

sociais. “Houve um tempo na História

da Humanidade em que o homem pre-

cisava correr atrás da comida e tinha de

saber armazenar energia. O fato de parte

da nossa espécie carregar genes que

guardam energia promoveu nossa evo-

lução. Só que hoje é a comida que corre

atrás das pessoas”, pondera Lopez.

Mas, se a humanidade sempre lidou

com a alimentação, porque tem aumen-

tado o índice de obesidade nos últimos

tempos? “Estudos mostram que, a par-

tir da década de 90, o mundo passou a

viver um momento de deseducação

alimentar”, explica Ribas Filho. Do

ponto de vista da criança, também hou-

ve mudanças, conforme afirma a peda-

goga Lílian: “Com a urbanização, as

pessoas passaram a ficar mais tempo

fora de casa e se alimentam na rua. As

mães amamentam menos”. De acordo

com Ribas Filho, a obesidade infantil

começa na vida intra-uterina. “Uma

mulher que ganha muito peso na gravi-

dez estimula as células de gordura da

criança, que já nasce com a chamada

‘tendência para engordar’”, afirma.

Homens e mulheres passam o dia fora

de casa e as crianças começam a ingerir

mais produtos industrializados, muitas

vezes ricos em gordura e açúcar. Ribas

Filho lembra ainda outro item impor-

tante a considerar: a merenda escolar.

“A merenda foi reforçada e acabou

virando uma refeição, principalmente

por causa das crianças que não têm se

alimentado em casa. O problema é que

aquelas que têm acabam comendo tam-

bém muito mais do que precisariam”,

ressalta. E quando o problema não é

quantidade, é a qualidade. As cantinas

têm passado por um processo de retira-

da de alimentos gordurosos e, pouco a

pouco, substituem refrigerantes e sal-

gadinhos por sucos e sanduíches natu-

rais. Mas ainda é comum flagrar os

alunos devorando uma coxinha na hora

do intervalo.

Trancadas em casaA questão da obesidade não está fo-

cada apenas no que se come. “A razão

da obesidade infantil é a combinação

de dois fatores: erros alimentares e

sedentarismo”, afirma Lílian. O medo

da violência, na opinião da pediatra,

fez com que os pais trancassem seus

filhos em casa ou no apartamento. “Eles

passam horas em frente à TV, jogando

videogame. Não gastam energia com

Hambúrguer e batata-frita fazem a alegria da garotada

“Normalmente, eles acham

que os filhos estão apenas gordi-

nhos, mas a situação é mais séria”,

afirma Lílian Simone Gonçalves

Zaboto, que coordena o depar-

tamento de Obesidade Infantil da

Abeso – Associação Brasileira

para o Estudo da Obesidade e da

Síndrome Metabólica.

Uma das dificuldades é convencer

adultos e crianças de que obesidade é

preocupante e deve ser tratada. “A obe-

sidade é uma doença de causa genética,

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brincadeiras de rua, como pega-pega e

esconde-esconde. Muitas nem sabem

andar de bicicleta”, alerta a médica.

É comum que os avós assumam os

cuidados com as crianças, enquanto os

pais trabalham. Para Ribas Filho, esse

pode ser um fator de complicação. “A

figura da avó, na família, é perigosa,

porque ela não sabe dizer não aos netos

e acaba cedendo aos seus apelos por

guloseimas”. Mesmo a televisão, que

parece inofensiva, acaba contribuindo

para o consumo de produtos calóricos.

É o que mostra uma pesquisa acadêmica

feita na Unifesp, sob supervisão do pro-

fessor Lopez: “O estudo revelou que

no horário dedicado aos programas

infantis há maior veiculação de alimen-

tos altamente calóricos. Nesses casos,

é importante a intervenção governa-

mental para controlar essas propa-

gandas e evitar esse apelo publicitário

prejudicial”, defende.

Fator psicológicoEntender todas as dimensões do pro-

blema é fundamental para encontrar

uma solução a médio e longo prazo. O

acompanhamento das crianças e ado-

lescentes revelou que, em alguns casos,

a questão não é apenas a preferência

pela alimentação inadequada. Há um

forte fator psicológico que pode estar

desencadeando a vontade de comer

compulsivamente. “A obesidade tem

origem multifatorial. Há aspectos

ambientais, de alimentação, o metabo-

lismo e também há a parte psicológica.

Em alguns casos, esse último fator é

que salta aos olhos”, afirma a psicóloga

Flávia Schimith Escrivão, que integra

uma equipe multidisciplinar no trata-

mento da obesidade infantil.

Flávia explica que os pais precisam

estar atentos e reparar por que a criança

está engordando tanto. “Talvez o pro-

blema seja a alimentação errada, mas a

criança pode estar descontando na co-

mida suas angústias”, exemplifica. A

falência de alguns valores e a pressão

exercida pela sociedade sobre crianças,

jovens e adultos no mundo atual tam-

bém podem desencadear essa ansieda-

de. “Há uma enorme pressão pelo

sucesso. O universo simbólico está em-

pobrecido. A criança acaba encontran-

do o prazer na comida”, afirma Flávia.

A ansiedade, aliás, é identificada por

muitos pais de crianças acima do peso,

como a assistente Sandra Maria Mira

de Oliveira. Mãe de dois meninos, ela

convive com o excesso de peso do mais

Luiz Henrique, 16 anos, 98 quilos: satisfação em comer

Luiz Henrique e a mãe, Sandra Maria

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velho desde que ele tinha sete anos.

Hoje, aos 16 e pesando 98 quilos, Luiz

Henrique se divide entre o desejo de

emagrecer e a satisfação de comer seus

alimentos preferidos: macarrão à bolonhe-

sa e pão. “Percebo que ele é uma crian-

ça ansiosa. Chega em casa e me pergunta

pelo jantar. Mesmo quando eu digo que

está quase pronto ele resolve beliscar

outra coisa. Se eu compro um pacote

de bolacha, ele come inteiro, não sos-

sega enquanto não vê o fim”, relata.

A partir de uma certa idade na adoles-

cência, o lado estético também passa a

contar. Quem não se encaixa no padrão

de beleza do “corpo sarado”, pode se

sentir discriminado e se isolar, atingin-

do em cheio a auto-estima. Luiz Henri-

que reconhece que sente dificuldade por

ser gordinho, principalmente para com-

prar roupa. “Eu me preocupo com mi-

nha saúde e quero perder peso”, diz.

Perigo na infânciaAs complicações na saúde para uma

criança muito acima de seu peso come-

çam cedo. Altos índices de colesterol,

pressão arterial elevada e problemas

ortopédicos são apenas alguns exem-

plos citados. Ainda muito nova, a pes-

soa passa a desenvolver uma série de

doenças que provavelmente a acompa-

nharão pelo resto da vida. “Dois terços

das crianças obesas serão adultos obe-

sos”, confirma Ribas Filho. “A pessoa

que passa a infância obesa se torna um

adulto mais predisposto a desenvolver

doenças cardiovasculares, aumento de

colesterol, problemas de coluna, hi-

pertensão, diabetes tipo 2 e problemas

dermatológicos”, lista.

A pediatra Lílian lembra ainda os

problemas respiratórios e a possibili-

dade de desenvolver alguns tipos de

câncer, como o de mama, de útero e de

intestino. “Quanto mais cedo começa a

obesidade, mais difícil a reversão e

mais cedo aparecem as complicações”,

alerta Lopez. E por isso que é tão im-

portante iniciar o tratamento assim que o

diagnóstico é feito.

faz a reeducação alimentar”, afirma

Lopez. O ideal, segundo os médicos,

é ensinar a fracionar as refeições e fa-

zer uma alimentação variada, sem

exageros e não tendo como rotina os

produtos muito calóricos.

O trabalho de conscientização dos

pediatras é fundamental e tem sido cada

vez mais freqüente. Eles alertam os pais

quando os filhos excederam o peso e

indicam o tratamento. Assim, buscam

reverter esse quadro e evitar que a cri-

ança gordinha de hoje seja o adulto

debilitado de amanhã. Mas são unâni-

mes em dizer: “Não há como tratar a

obesidade infantil sem a participação

de toda a família”. �

De acordo com Ribas Filho, há

cinco modos de tratar a obesidade:

• dieta alimentar;

• atividade física;

• apoio psicoterápico;

• farmacoterapia e

• cirurgia bariátrica.

“Não é recomendado o uso de medi-

camentos em crianças. Mesmo para o

adolescente, o uso é feito com acompa-

nhamento rigoroso. A cirurgia bariátri-

ca só é feita como último recurso,

apenas se há alguma doença associada

e depois de tentar dois tratamentos sem

sucesso”, afirma Lílian.

Uma equipe formada por um médico,

um psicólogo, um nutricionista e um

educador físico podem fazer um tra-

balho a médio e longo prazo. Os espe-

cialistas explicam que a dieta é feita

sem restrições de alimentos, porque a

criança está em fase de crescimento e

deve comer de tudo. “Basta que pare

de engordar; na fase do estiramento,

ela irá perder peso. De quebra, ainda

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Balança, terror dos jovens obesos

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Associação Paulista de Medicina esuas regionais sempre participaram

ativamente da discussão sobre políticas desaúde. Nosso objetivo é construir um sistemaeficaz para a prestação de serviços, além dedigno e eficiente para a assistência aos paci-entes. Porém, temos muito a fazer ainda. Atu-almente, há enorme distância entre o dispostonos textos constitucionais/ normativasgovernamentais e a realidade da atenção àsaúde, tanto na rede privada quanto pública.

As propostas deste documento visam àmelhoria da qualidade das ações em saúdepara a população. São proposituras aos can-didatos, majoritários e minoritários, dos quaisesperamos comprometimento de fato comcada uma delas. Dessa forma, além de oferecersubsídios à melhoria do sistema, poderemoscobrar dos futuros eleitos suas responsabilida-des e seriedade na condução da saúde.

Propostas1. Considerar o capítulo de saúde da

Constituição como conquista do povobrasileiro

2. Aceitar o modelo vigente queconsidera livre a iniciativa privada nasaúde, devidamente inserida, de modocomplementar, num sistema único desaúde baseado na hierarquização, des-centralização e participação social

3. Considerar inaceitável a desi-gualdade na atenção às pessoas entreos setores público e privado

4. Insistir na tese de que esta desi-gualdade ocorre pela diferença no vo-lume de recursos que é destinado paraatividades semelhantes

5. Trabalhar pela imediata regulamen-tação da Emenda Constitucional 29

6. Viabilizar mais investimentos paraa área da saúde

Sugestões de saúde aoscandidatos paulistasA 7. Na regulamentação do setor pri-

vado, garantir:a) que as entidades profissionais es-

tabeleçam, com parâmetros técnicos,o piso para a remuneração dos serviçosprestados por seus filiados, a partir doqual serão feitas negociações com osetor empresarial

b) o respeito à liberdade de escolhado usuário de planos de saúde e a pre-servação da autonomia na relaçãomédico/paciente

c) a promoção das alterações na Lei9.656/98 para que a ANS passe a regu-lamentar, controlar e fiscalizar planoscoletivos e estabeleça a portabilidadede carências

d) a construção de um índice econô-mico de custos médicos hospitalaresque sirva de parâmetro para o reajuste

e) a incorporação da ClassificaçãoBrasileira Hierarquizada de Procedi-mentos Médicos (CBHPM) em todo osistema, com revisões periódicas do rolde procedimentos, para a incorporaçãode novas técnicas

f) o controle e a fiscalização da con-tratualização dos profissionais pelaANS, evitando descredenciamentosindevidos, recusa no pagamento de pro-cedimentos ou atrasos nos pagamentos

g) a viabilização do efetivo ressarci-mento ao SUS

h) o compromisso efetivo e definiti-vo da saúde suplementar com as diretri-zes e protocolos médicos da AssociaçãoMédica Brasileira, que deverão ser esti-muladas em campanhas institucionais àclasse médica e aos usuários

i) a participação das entidades médi-cas nos critérios de avaliação da qualida-de das prestadoras de serviços de saúde

j) o trabalho pela desburocratização,especialmente de procedimentos comautorização prévia

k) o trabalho em prol do direito aocredenciamento universal e da refor-mulação do tipo de contrato celebra-do entre o médico e as empresas

8. Possibilitar a participação dasentidades médicas na elaboração de cri-térios para avaliação de desempenho egarantia da qualidade nos serviços desaúde público e privado

9. Reivindicar vinculação de recursosao setor público capaz de garantir, alémdo custeio com valores atualizados, in-vestimentos em instalações e atualizaçãode equipamentos, preservando a capaci-dade instalada e ampliando os serviços

10. Denunciar que a insuficiência derecursos compromete a gestão, e atuarpara reverter o problema

11. Rever os valores pagos pelos ser-viços prestados ao SUS, cujas correçõesnos doze últimos anos estão em enor-me desproporção com os índices de saú-de da FIPE e os inflacionários

12. Garantir o respeito ao código 7do SUS, para impedir manipulações dorepasse de honorários

13. Ressaltar a necessidade de controleda incorporação tecnológica, algumasvezes excessiva no setor privado, para evi-tar ociosidade e desperdício. No setorpúblico destacar que a insuficiência causaretardos incompatíveis com o atendimen-to eficaz, criando deficiências gritantes

14. Garantir que a incorporação denovas tecnologias deverá sempre estarbalizada em critérios, como os da me-dicina baseada em evidências e da far-macoeconomia

15. Definir um projeto de promoção

CARTA

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à saúde, com ênfase nas ações preventi-vas, incluindo o controle epidemioló-gico e imunização, combate à endemias,fiscalização, esgotamento sanitário,água, coleta e tratamento do lixo, parao qual se exige orçamento específico

16. Considerar institutos de pesquisae laboratórios farmacêuticos oficiaisestratégicos à auto-suficiência em imu-nobiológicos e à regulação da políticade medicamentos

17. Apoiar os Programas de Saúde daFamília (PSF) e o de Agentes Comunitá-rios de Saúde (PACS), reivindicandoampla reformulação nos Recursos Hu-manos, principalmente no que tange àformação, qualificação e capacitação doprofissional médico, cuja presença deve-rá ser obrigatória em qualquer equipe

18. Pleitear urgente reestruturação domodelo, com montagem de retaguardade especialistas e de leitos para o pri-meiro atendimento nas próprias áreasonde as equipes atuam, para que o pro-grama adquira um mínimo de resoluti-vidade e consolide os vínculos dasequipes com a população

19. Apoiar a estruturação do SUS nonível de atenção primária, devendo prio-rizar profissionais que residam ou passema residir nas comunidades ou regiões pró-ximas aos seus locais de trabalho e quesejam contratados formalmente pelosmunicípios, estados ou Governo Federal,enquanto trabalhadores do setor públicoe que desempenham atividades típicas doEstado, aceitando-se, em casos específicos,a vinculação a entidades da sociedade, nãogovernamentais e sem fins lucrativos

20. Evitar a precarização de vínculose assegurar um Plano de Cargos, Car-reiras e Salários - PCCS, conforme alegislação do SUS

21. Coletar, sistematizar e disponibili-zar indicadores epidemiológicos e dadosdos prestadores da rede de serviços desaúde para controle e acompanhamento

22. Barrar a expansão indiscrimina-da de faculdades de medicina sem ava-liação de necessidade social. Proibirabertura de faculdades sem complexohospitalar e ambulatorial, bem comocorpo clínico e recursos docentes capa-zes de garantir a boa formação

23. Exigir das escolas o cumprimen-to das Diretrizes Curriculares Nacio-nais do Curso de Graduação emMedicina (Resolução CNE/CES nº 4,de 7 de novembro de 2001)

24. Estudar, em conjunto com asentidades, a implantação de serviço so-cial voluntário aos egressos de escolasmédicas, que lhes garanta créditos nosconcursos de residência médica

25. Estimular a adaptação dos currícu-los que permitam a preparação dessesegressos a exercer o atendimento à popu-lação, ao invés de prepará-los precocemen-te para especialidades e áreas de atuação

26. Aceitar currículos diferenciados,sempre que as condições da escola per-mitam, sem abdicar da formação quepermita o serviço social voluntário aotérmino do curso

27. Reconhecer a importância daResidência Médica, adequando núme-ro de vagas ao de formandos, evitandoque entrem no exercício profissional osque não conseguiram vaga na residên-cia e não estejam preparados

28. Diante da desigualdade da forma-ção médica em diferentes países, libe-rar, para o exercício no País, apenas osmédicos estrangeiros que se submete-rem à revalidação do diploma em cen-tros credenciados pelos Ministérios daEducação e da Saúde, de acordo com asnormas do CFM

29. Medicamentosa) Política específica para distribui-

ção de remédios de uso contínuo à po-pulação, evoluindo gradativamente paraa oferta gratuita para a comunidade, den-tro de uma visão sistêmica de saúde

b) Rigorosa fiscalização da publici-dade de medicamentos

30. Gestão da Saúdea) Serão apoiadas as modalidades de

gestão que privilegiem:• Efetivo e competente controle de

resultados• Mecanismos de controle social,

compostos por representantes das enti-dades médicas e da comunidade

• Implantar as diretrizes estabeleci-das no PACTO PELA SAÚDE 2006

• Aprovar o PLC 01/03, que poderáelevar os gastos públicos para cerca de 4%

do PIB ao regulamentar a definição dosgastos em saúde e estabelecer patamar de10% das receitas da União para a saúde

• Aprofundar estudos sobre a legisla-ção que regula a contratação e gestãodo trabalho nos serviços de saúde

• Trabalhar pela unificação do entendi-mento dos Tribunais de Contas sobre asparcerias na lei de responsabilidade fiscal

• Implementar melhorias/mudançasnos processos da gestão pública commaior transparência, informação disse-minada e controle público. As mudan-ças devem começar internamente,mediante adoção de protocolos parapromoção da saúde e prevenção

• Fortalecer mais e aperfeiçoar siste-ma de comunicação dos Conselhos deSaúde nas várias esferas do governo

• Garantir a participação estatutáriae permanente das entidades médicas noConselho Nacional de Saúde por suaimportância na fiscalização da gestão ena implantação das políticas públicasde saúde

• Instituir cartão de identificação dosusuários do SUS

31. Valorização do Profissional Médicoa) Trabalhar pela regulamentação

legal da profissão do médico, proibin-do que não-médicos exerçam atos pri-vativos dos profissionais de medicina

b) Educação continuada, aplicadadurante o período de trabalho, cabendoaos gestores a implantação e a responsa-bilidade por sua efetivação

c) Caberá aos gestores garantir a se-gurança pessoal dos médicos para o ple-no exercício da profissão

d) Ampliação do número de bolsas ereajuste dos seus valores aos médicosresidentes

e) Condições de trabalho adequadas,em termos de recursos humanos, recur-sos materiais e espaço físico

Por fim, exigimos dos dirigentes go-vernamentais e parlamentares medidasconcretas na definição das estratégiaspara a viabilização destas propostas. �

São Paulo, 12 de Setembro de 2006Associação Paulista de Medicina

Associação Médica Brasileira

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CÂNCER

RICARDO BALEGO

D

Câncer de mamaaumenta entremais jovens

ados recém-divulgados pelo

Hospital do Câncer A.C. Ca-

margo, em São Paulo, confirmam uma

preocupante tendência para a população

feminina: o aumento dos casos de câncer

de mama em populações mais jovens.

Segundo a pesquisa, que abrange os

anos de 1999 a 2004, aumentou em

cinco vezes a incidência da doença em

mulheres com idade inferior a 35 anos.

O levantamento, realizado pela equipe

de Mastologia do hospital, apresenta

uma evolução anual dos casos: 17 em

1999, 26 em 2000, 34 em 2001, 35 em

2002, 38 em 2003 e espantosos 84

casos em 2004. Nesse período, ainda,

dois casos de pacientes com 20 anos

chegaram a ser notificados.

“Isso é preocupante, uma vez que o

tratamento do câncer na mulher jovem

é diferente de uma mulher de uma

outra faixa etária”, explica o diretor

do Departamento de Mama do Hospi-

tal e coordenador da pesquisa, Mário

Mourão Neto.

Os consensos atuais indicam que o

surgimento dos casos e a prevenção por

meio de exames clínicos deve ocorrer

a partir dos 40 anos. O aumento da

doença em faixas etárias menores, no

entanto, tem sido uma tendência mun-

dial, especialmente a partir da última

década. “Hoje o câncer de mama

compromete cada vez mais em idades

mais jovens”, afirma o presidente da

Sociedade Paulista de Mastologia e

especialista do Hospital das Clínicas da

FMUSP, Carlos Alberto Ruiz. “É um

fenômeno que hoje podemos conside-

rar universal, aumentou pelo menos

umas três ou quatro vezes essa incidên-

cia”, confirma Mourão.

O departamento de Mastologia do

Hospital do Câncer atende, anualmente,

cerca de 6.000 mulheres, das quais a

metade tem apresentado diagnóstico

positivo para o tumor maligno de

mama. Isso significa que, em 2004, por

exemplo, uma em cada 71 mulheres

atendidas pelo hospital foi diagnosti-

cada com câncer e tinha idade inferior

a 35 anos.

CausasA equipe coordenada por Mário

Mourão está realizando uma investiga-

ção epidemiológica mais detalhada

dessas pacientes, a fim de detectar pos-

síveis causas, como histórico familiar,

hábitos alimentares, época da primeira

Levantamento confirma tendência de aumento contínuode casos da doença em mulheres abaixo dos 35 anos

“Estamos fazendo uma pesquisa

de fatores epidemiológicos promo-

tores de câncer de mama na mulher

jovem e também outro trabalho, que

é de expressão gênica, este de longo

prazo”, explica o coordenador da

pesquisa, Mário Mourão.

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menstruação, possível ligação com

fatores externos, entre outros dados

mais específicos. O possível caráter

genético e hereditário da doença tam-

bém vem sendo considerado.

Para a linha de investigação baseada

na expressão gênica, a instituição conta,

inclusive, com fragmentos dos tumores

congelados em seu banco de tumores.

Segundo Carlos Ruiz, fatores como

urbanização, stress, menor número de

filhos que as mulheres têm, gravidez

tardia e outras práticas que aumentam

o número de ciclos ovulatórios também

contribuem. “O câncer de mama de-

pende da ação do hormônio, do estró-

geno. Quanto mais exposta ao estrógeno

a mulher estiver, maiores vão ser seus

riscos”, avalia.

De acordo com o mastologista Alfre-

do Carlos S. D. de Barros, livre-docente

da FMUSP e ex-presidente da Socieda-

de Brasileira de Mastologia e Federa-

ção Latino-americana de Mastologia,

no entanto, o foco de atenção ao pro-

blema ainda deve ser as mulheres mais

velhas, que concentram a maioria dos

casos do câncer. “Em termos de saúde

pública, isso não deve causar alarde

neste momento. O maior problema

ainda é a probabilidade de casos nas

mulheres mais adultas, acima dos 35

anos”, pondera.

Alta letalidadeSegundo o Instituto Nacional do Cân-

cer (Inca), órgão do Ministério da Saú-

de, o câncer de mama é a principal causa

de mortes por câncer entre as mulheres

brasileiras. A maior incidência da

doença se dá entre os 40 e 69 anos.

O maior problema no país ainda é o

diagnóstico tardio, uma vez que a mai-

oria dos casos notificados já se encon-

tra nos níveis 3 e 4 da neoplasia, o que

compromete a eficácia dos tratamen-

tos e a sobrevida das pacientes.

Estimativa feita pelo instituto indica

que, em 2006, serão 75, ou seja, 45

casos para cada grupo de 100 mil mu-

lheres no Estado de São Paulo. Em todo

o Brasil, os números indicam o surgi-

mento de 48.930 novos casos neste ano.

Mulheres com histórico familiar da

doença devem ser submetidas ao exame

de mamografia já a partir dos 35 anos.

“O câncer de mama hereditário, nas

pacientes mais jovens, tem fundamen-

talmente a manifestação de ser mais

agressivo, de ser menos responsivo às te-

rapêuticas. É um trabalho que de fato a

gente tem se surpreendido em função

especificamente desse nível de agressi-

vidade”, explica Carlos Alberto Ruiz.

“O fator hereditário está presente em

apenas 5 a 10% dos casos, só que nessa

parcela o risco de desenvolver câncer

de mama é 40 a 80% maior que na po-

pulação geral”, completa.

PrevençãoOs sintomas do câncer de mama po-

dem ser identificados de forma palpá-

vel, por meio de nódulo ou tumor no

seio, acompanhado ou não de dor ma-

mária. Estes nódulos podem surgir tam-

bém na axila. É possível, ainda,

surgirem alterações na pele que reco-

bre a mama, como retrações ou aspecto

semelhante à casca de uma laranja.

“É importante mudar a mentalidade

do médico que atende uma mulher

jovem com um nódulo, às vezes de-

tectado no auto-exame, pois acha que

é benigno e deixa para depois”, alerta

Mário Mourão.

Segundo Carlos Ruiz, a nova

tendência não altera em nada a

indicação de prevenção do câncer

de mama. “O auto-exame e a ma-

mografia continuam sendo muito

importantes, a orientação e a mu-

dança de hábitos de vida para todas

também”, recomenda. �

“Em mais de 90% das vezes o

tumor foi descoberto fruto do auto-

exame, procedimento muitas vezes

relegado, não valorizado pelo

médico que atende essas jovens

mulheres”, acrescenta o diretor do

Hospital do Câncer.

O especialista Alfredo de Barros tam-

bém sugere maior atenção por parte dos

colegas. “É claro que não se pode fazer

mais como antigamente, o médico ao

atender uma mulher de 25 anos tem que

indicar o auto-exame pelo menos

anualmente, para ver se aparece algum

nódulo”, diz.

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ENTREVISTA

LUCIANA ONCKEN

H

Decisão do CADEfortalece regionaisda APM

oje os tempos são mais propí-

cios ao diálogo, e as entidades

têm conseguido algum progresso nas

negociações com empresas operadoras

de planos de saúde no que diz respeito

à implantação da Classificação Brasi-

leira Hierarquizada de Procedimentos

Médicos (CBHPM). Não foi sempre

assim. Se atualmente ainda é difícil

para a categoria conseguir todos os pro-

gressos que merece, houve um tempo

em que as empresas se fecharam total-

mente e passaram a ditar sozinhas as

regras do mercado. Inclusive conseguin-

do inverter a lógica de que eram elas

que impunham seus valores vis de pa-

gamento aos profissionais, em oposição

aos altos valores cobrados pelos usuários.

Para se ter uma idéia, em 1996, uma

representação da Associação Brasileira

dos Serviços Assistenciais de Saúde

Próprios de Empresas (Abraspe), en-

dereçada à Secretaria de Direito Econô-

mico (processo número 0800.020294/

96-03), protocolada em junho daquele

ano, acusava 19 regionais da APM (veja

quadro) de conduta contra a ordem

econômica, fazendo entender à Secre-

taria que as entidades estariam im-

pondo a Tabela de Honorários Médicos

(THM-92). Três anos depois, em novem-

bro de 1999, o secretário do órgão de-

terminou a apuração da representação.

De lá pra cá, a entidade vem defen-

dendo que a tabela era apenas um refe-

rencial e não representava impacto sobre

o valor final cobrado pelas operadoras

de planos de saúde, no caso da Abraspe,

empresas de auto-gestão, já que elas

impunham seus preços aos usuários e

constantes reajustes nas mensalidades

sem repassar tais valores aos seus pres-

tadores de serviço, o que caracterizava

uma exploração do trabalho médico.

Foi também nessa mesma época, em

1996, que os médicos passaram a se

organizar melhor, a partir do trabalho

árduo do então recém-empossado

presidente da Associação Paulista de

Medicina (APM), Eleuses Vieira de

Paiva, que esteve no cargo até 1999,

tendo assumido posteriormente a pre-

sidência da Associação Médica Brasi-

leira. O trabalho teve continuidade na

gestão de José Luiz Gomes do Amaral

e, na atual gestão, tendo à frente da enti-

dade Jorge Carlos Machado Curi.

Recentemente, o Conselho Admi-

nistrativo de Defesa Econômica -

CADE decidiu pelo arquivamento do

processo. Foi uma grande vitória para

as 19 regionais da Associação Paulista

de Medicina (APM), que mostrou que

estes dez anos de luta valeram a pena.

A decisão reforça aos profissionais da

medicina o direito de lutarem por uma

remuneração mais justa, e às entidades

médicas o direito de defenderem a

categoria que representam contra or-

ganizações que exploram o trabalho

desse profissional liberal.

Uma entrevista com o consultor

jurídico da APM, Alessandro Acayaba

de Toledo, esclarece o que essa vitó-

ria representa para as entidades e

seus associados.

Alessandro Acayaba

Revista da APM - Quando a APM

foi comunicada dessa representação,

em 1996, na gestão do então presidente

Eleuses Paiva, como a entidade se

manifestou juridicamente?

Acayaba - A estratégia jurídica seguiu

a linha da transparência. A Abraspe

enxergava as entidades médicas como

titulares de um cartel, obrigando os

médicos à cobrança dos valores previs-

tos na tabela editada pela AMB, sob

pena de sanções. Ora, tal imposição, se

confirmada, caracterizaria inclusive

infração aos próprios estatutos das

entidades, os quais não toleram im-

posições de qualquer natureza e não

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interferem na contratação entre seus as-

sociados e terceiros, mas condenam o

aviltamento dos honorários médicos.

Também nos apoiamos na política tra-

çada pelo então presidente da entidade

Eleuses Paiva, que erguia a bandeira

pela digna remuneração aos médicos,

sempre revestida de absoluta legalidade

e agora corroborada pela recente deci-

são do CADE.

RAPM - Não era a primeira vez que

as empresas tentavam inverter a lógica

da situação. Por que essas empresas

insistem nessa tecla?

Acayaba -O objetivo dessa representa-

ção foi a de manter a tabela desatualiza-

da, já que as empresas filiadas à Abraspe

vinham, na época, empregando a Tabela

de Honorários Médicos editada pela

AMB, para quantificar e estabelecer os

valores dos procedimentos médicos.

Isso, sem nenhuma restrição, na medida

em que estes valores não contrariavam

seus interesses e até ajudavam a obte-

rem mais lucro com o aumento dos pre-

ços dos planos de saúde aos usuários.

Era uma situação confortável para essas

empresas. Com a tabela defasada, a si-

tuação os beneficiava, em detrimento

de uma justa remuneração pelos servi-

ços prestados pelos médicos. Este tipo

de ação dificulta o trabalho das entida-

des, que só querem garantir remunera-

ção e condições de trabalho dignas aos

profissionais que representam.

RAPM - Por que a tabela não se

caracteriza como conduta contra a

ordem econômica?

Acayaba - Ora, é simples, porque os

médicos individualmente não têm

poder para impor preços de seus servi-

ços a empresas de convênios e planos

de saúde. Nem as associações que os

representam, que atuam enquadradas

nos limites do permissivo constitucio-

nal e estatutário, mostraram deter qual-

quer influência que pudesse impor seus

preços nos serviços médicos. Não se

trata de imposição de preços uniformes,

previamente acertados, que seriam

repassados aos pacientes atendidos

como particulares, ou mesmo a usuários

do serviço público. Em nenhum mo-

mento, quando a AMB criou valores

referenciais para que deles pudesse se

servir cada profissional médico, indi-

vidualmente, para o estabelecimento de

preços de seus serviços, houve a inten-

ção de limitar, falsear ou de qualquer

forma prejudicar a livre concorrência

ou a livre iniciativa, ou dominar o merca-

do, impondo a tabela de forma abusiva.

RAPM - Porque este processo demo-

rou tantos anos? E como o CADE che-

gou a essa decisão inédita a favor da

classe médica?

Acayaba - Desde a representação da

Abraspe junto à Secretaria de Direito

Econômico até o julgamento final do

processo pelo Conselho Administrati-

vo de Defesa Econômica, transcorreu

aproximadamente uma década de de-

dicação dispensada a um propósito justo.

Assim como no Judiciário, os procedi-

mentos administrativos se acumulam

nos órgãos públicos. Aliado a isso, no

processo em comento, afora as 19 Re-

gionais da APM, também figuravam no

pólo passivo outras entidades médicas,

o que contribuiu para a morosidade do

andamento do feito. As decisões do

CADE sempre se repetiam no sentido

de condenar a utilização da tabela. Uti-

lizei, então, de um expediente autori-

zado por lei e sustentei oralmente a

defesa das entidades filiadas à APM,

expondo e exemplificando as razões da

classe médica. Acredito que esta atitude

tenha motivado um dos Conselheiros

presentes no dia do julgamento a pedir

vistas dos autos e retirá-lo de pauta,

mesmo com o voto contrário do Relator.

Ao final, o CADE decidiu pelo arqui-

vamento do feito por entender que não

houve infração à ordem econômica.

RAPM - Podemos considerar isto

como uma vitória? Mesmo que a tabela

não seja mais válida, afinal já se passa-

ram 10 anos do processo e 14 anos da

THM-92? E o que isto significa hoje

para a classe médica?

Acayaba - A classe médica tem o que

comemorar. Foi sim uma vitória. É fato

que a tabela se foi, mas é certo que fica

registrada a decisão do CADE, órgão

que deve julgar outros tantos casos

semelhantes. Atualmente, o médico

busca abrigo na Classificação Brasileira

Hierarquizada de Procedimentos Mé-

dicos – CBHPM, que também vem

sendo alvo de questionamentos junto à

Secretaria de Direito Econômico, sob

o já banido argumento de cartelização.

A CBHPM, idealizada por Eleuses

Paiva, quando então presidente da

AMB, resgatou um cenário promissor

para a classe médica. Em conjunto com

as entidades de especialidades médicas,

a FIPE, e com o apoio do Conselho

Federal de Medicina, a AMB lançou

um projeto que garante honorários dig-

nos aos profissionais médicos, obser-

vado um justo critério de classificação

de procedimentos, além de afastar a

temida uniformização de preços con-

denada pelo CADE, sendo certo que a

remuneração médica pode variar de

acordo com a Região a ser aplicada. �

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RADARMÉDICO

Izzy Gordon no Clube do Jazz

Realizado pela primeira vez fora da

sede da Associação Paulista de Medi-

cina, o Clube do Jazz levou, no dia 18

de agosto, a cantora Izzy Gordon e

músicos convidados ao Higienópolis

Medical Center. Médicos instrumen-

tistas, associados da APM, foram

convidados a prestigiar o evento.

O tema do mês foi “As Divas”. Na

palestra, ministrada e ilustrada pelo

coordenador e produtor do projeto,

Guy Sasso, o público conheceu um

pouco da história das grandes vozes

femininas do jazz mundial, particular-

mente daquelas que influenciaram o

trabalho da intérprete Izzy Gordon.

Sobrinha de Dolores Duran, a cantora,

que na ocasião lançou seu primeiro

disco, “Aos Mestres com Carinho: Ho-

menagem a Dolores Duran”, executou

um repertório baseado nos grandes

sucessos do estilo. No show, foi acom-

panhada pelos músicos Mauro Case-

llatto (saxofones), Leo Mitrulis (piano),

Richard Montano (bateria) e Guy

Sasso (contrabaixo).

Entre outros clássicos, o grupo in-

terpretou “O negócio é amar”, de Car-

los Lyra e Dolores Duran, “Sattin

Doll”, de Duke Ellington, “Rio”, de

Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli,

“Something”, George Harisson e

“Smooth Operator”, de Sade Adu e St.

John. No final, médicos cantores e

instrumentistas participaram da tradi-

cional jam session promovida pelos

músicos do projeto.

A próxima edição do Clube do Jazz

será realizada no dia 29 de setembro e

contará com a presença do cantor ame-

ricano radicado no Brasil J. J. Jackson.

Reservas antecipadas no telefone (11)

3188.4301 ou [email protected]

APM faz entrega do título de especialista

Novos especialistas participam de solenidade na APM

A APM realizou, na noite de 10

de agosto, em seu Auditório No-

bre, mais uma entrega de títulos de

especialista a novos médicos. O

evento foi o quinto de 2006 e con-

solida o trabalho que passou a ser

desenvolvido este ano. A entrega

dos certificados é feita na sede da

entidade, em solenidade comemo-

rativa. A iniciativa tem o intuito

de estreitar ainda mais os vínculos

entre a APM e o médico em todas

as fases de sua formação.

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As regionais da Associação Pau-

lista de Medicina (APM) de Santo

André, São Bernardo do Campo,

São Caetano do Sul e o núcleo de

Diadema, em parceria com o Con-

selho Regional de Medicina (Cre-

mesp), realizam, em 20 de outubro,

uma iniciativa inédita.

Em comemoração ao Dia do

Médico – data oficial, dia 18 de

outubro -, as entidades se unirão

para homenagear médicos que

Mais informações• APM São Bernardo do Campo/Diadema - fone: (11) 4330-6166

• APM São Caetano do Sul - fone: (11) 4224-4454

• APM Santo André/Mauá e Ribeirão Pires - fone: (11) 4990-0366

possuem mais de 50 anos em ativi-

dade. O evento comemorativo, que

pretende reunir cerca de 800 a mil

convidados, será no Buffet Samir,

em São Caetano do Sul, em torno

de um jantar dançante.

Segundo a organização, a esti-

mativa é que cerca de 40 médicos

sejam lembrados por toda dedica-

ção à Medicina durante 50 anos.

Regionais do ABCD: Integração

Proposta diminui CPMF, mas tornao tributo permanente

Segundo o Ministro do Planejamento,

Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo

Silva, será levada ao Congresso Nacio-

nal uma proposta para redução da

Contribuição Provisória sobre Movi-

mentação Financeira (CPMF), de seus

atuais 0,38% para a alíquota de 0,08%

no prazo de dez anos.

A redução deste imposto seria feita

de forma gradual. Em 2006, está pre-

vista uma arrecadação de R$ 32 bilhões.

Caso a proposta seja aprovada, no en-

tanto, o tributo não terá mais o caráter

de provisório.

O Ministro defende que a Desvincu-

lação das Receitas da União (DRU), da

qual faz parte a CPMF, se torne perma-

nente. O mecanismo, que existe desde

1994, garante ao governo maior liber-

dade ao tratar de suas despesas e inves-

timentos, assim como agrega mais um

elemento para alcançar metas como o

superávit primário.

A DRU, na prática, desobriga o

governo de utilizar 20% daquilo que

arrecada nas chamadas vinculações

constitucionais. O governo, por ou-

tro lado, afirma que a medida possi-

bilita realocar recursos durante o

exercício orçamentário.

Atualmente, a CPMF possui caráter

provisório até o final de 2007, poden-

do ainda ser prorrogada. O imposto já

havia sido prorrogado em 2003 pelo

atual governo, que defende torná-lo

permanente para garantir maior visibi-

lidade fiscal ao país.

A questão ainda tem sido motivo de

grande debate entre os presidenciáveis

neste ano, já que só após as eleições a

proposta deve ser negociada junto ao

Congresso Federal.

A Diretoria da Sociedade Pau-

lista de Cirurgia Pediátrica con-

vida os sócios para a Assembléia

Geral Ordinária a ser realiza em

04 de outubro p.f., às 19:30 horas

em primeira convocação, no audi-

tório bege (10º andar) da Associa-

ção Paulista de Medicina (Avenida

Brigadeiro Luiz Antonio, 278),

para a apreciação da seguinte or-

dem do dia:

a) Prestação de contas da atual

gestão;

b) Apresentação do relatório da

Diretoria;

c) Eleição dos cargos diretivos;

d) Assuntos gerais.

Edital

Prof. Dr. José Roberto de Souza Baratella

Presidente da CIPESP

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Residentes fazemmobilização

RADARMÉDICO

Também como parte das ativida-

des da paralisação, foi elaborado um

questionário para ser preenchido pe-

los médicos residentes, a respeito de

suas condições de trabalho, aprendi-

zado e vida.

Os médicos residentes do Estado

de São Paulo participaram, no dia 24

de agosto, da “Paralisação Nacional

dos Médicos Residentes” por 24 ho-

ras, que teve a adesão de quase cinco

mil profissionais. Às 13h, foi reali-

zado um ato conjunto de diversas ins-

tituições à Avenida Doutor Enéas de

Carvalho Aguiar, em frente ao metrô

Clínicas, na capital paulista, onde fi-

cam a Secretaria de Estado da Saúde

e o Hospital das Clínicas da FMUSP.

Nas demais cidades, foram realiza-

dos atos em frente aos hospitais ou

em locais públicos.

Durante a paralisação, o atendi-

mento de Urgência e Emergência (PS

e afins) foi mantido.

Residentes pararam por 24 horas em todo o Estado

• Reajuste da Bolsa (inflação acumulada desde 2002: 53,7%)

• Condições Dignas de Trabalho, Aprendizado e Vida

• Reestruturação dos Órgãos de Regulamentação

• Política de Estado para Especialização Médica

Além de reajuste, residente exigem melhores condições de trabalho e ensino

Saiba mais:Para ter acesso, entre no site

www.ameresp.org.br/wp/

questionario/.

Sob o título “Reajuste e Reformas, Sem Reduçãode Vagas!”, o movimento tem como pautas:

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Ameresccompleta umano de atividade

A Associação dos Médicos Residentes

e Especializandos da Santa Casa de São

Paulo (Ameresc) completou um ano de

atividades no dia 23 de agosto. Para

celebrar seu primeiro aniversário, a

Ao lado de Ricardo Miranda e homenageadas, Jorge Curi fala sobrea importância da Ameresc

entidade promoveu um encontro com

professores, alunos,

residentes, médicos e

diretores da Facul-

dade de Ciências

Médicas da Santa

Casa de São Paulo

(FCMSCSP) e da Ir-

mandade Santa Casa

em um dos auditórios

da instituição.

Na ocasião, tam-

bém estiveram pre-

sentes familiares do

professor Emílio Athié, morto em

abril deste ano. Sua mulher, Beatriz

Athié, recebeu um buquê de flores e

foi cumprimentada pelas autoridades

presentes, numa homenagem aos mais

de 30 anos de dedicação do marido ao

ensino médico.

O evento contou, ainda, com a pre-

sença do presidente Associação Pau-

lista de Medicina, Jorge Carlos

Machado Curi. A Ameresc, que man-

tém suas ações com o apoio da APM,

é presidida pelo R2 de cirurgia geral

Ricardo Eustáchio de Miranda.Cerimônia foi realizada na Santa Casa de São Paulo

• Inauguração da sede com pre-

sença de diversos convidados da

Irmandade e da APM.

• Realização, em 2005, do I En-

contro dos Residentes no Clu-

be de Campo da APM.

• Redução da carga horária sema-

nal na clínica médica para as atu-

ais 60 horas, como previsto na lei.

• Inclusão, no currículo da clínica

Entre as realizações deste ano, a Ameresc destaca:

médica, de diversas especialida-

des clínicas antes não abordadas.

• Festa dos Residentes.

• Aquisição de uma televisão

tela plana de 29 polegadas, com

os recursos provindos da Festa

dos Residentes.

• Acordo com a UNE, para

tornarmos uma sede autoriza-

da a realizar Carteira de Estu-

dante (nacional, mundial e da

Jovem Pan).

• Acordo com diversos labora-

tórios para realização de cursos

dos mais variados temas, con-

tribuindo para a educação mé-

dica continuada.

• Estréia da televisão com os

jogos da Copa, com confrater-

nização e muita pipoca.

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OBSERVAÇÕES1 .1 .1 .1 .1 . Os sócios, estudantes, residentes e

outros prof iss ionais deverãoapresentar comprovante de categoriana Secretaria do Evento, a cadaparticipação em reuniões e/ou cursos.

2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real ização2.Favor conf irmar a real izaçãodo Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)do Evento pelo telefone: (11)3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .3 1 8 8 - 4 2 5 2 .

3 .3 .3 .3 .3 . As programações estão sujeitas aalterações.

INFORMAÇÕES/INSCRIÇÕES/LOCAL:Associação Paulista de MedicinaAv. Brigadeiro Luís Antônio, 278Tel.: (11) 3188-4252 –Departamento de EventosE-mail: [email protected]: www.apm.org.br

ESTACIONAMENTOS:Rua Francisca Miquelina, 67(exclusivo para sócios da APM)Rua Genebra, 296(Astra Park – 25% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 436(Paramount – 20% de desconto)Av. Brig. Luís Antonio, 289 (OriginalPark)

PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza Lima. Hel io de Souza LimaDiretor de Eventos

PPPPProfrofrofrofrof. Dr. Dr. Dr. Dr. Dr. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lah. Álvaro Nagib Ata l lahDiretor Científico

Programação para LeigosPrograma Educação para SaúdeCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: DrCoordenação: Dr. Severiano. Severiano. Severiano. Severiano. SeverianoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes NettoAtanes Netto01/10 – quarta – 14h25/10 – quarta – 14h

AGENDA CIENTÍFICA

OUTUBRO Departamento de Patologia Clínica26/10 - quinta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Análise e validação de métodos

laboratoriais - Dr. José Basques

Comitê Multidisciplinar deReumatologiaCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emCurso de Revisão emReumato log iaReumato log iaReumato log iaReumato log iaReumato log ia06/10 – sexta – 7h50OsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseOsteoporoseCoordenação: Dr. Cristiano Zerbini• Osteoblasto, osteoclasto,

remodelação óssea - Dr. CharlesCastro

• Marcadores bioquímicos - Dra.Maria Pippa

• Osteoporose primária: avaliaçãodiagnóstica e terapêutica - Dra.Vera Szejnfeld

• Osteoporose secundária:fisiopatologia, diagnósticodiferencial e abordagemmedicamentosa - Dra. RosaPereira

• PerguntasOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseOsteoar t roseCoordenação: Dr. Ibsen Coimbra• Fisiopatologia e quadro clínico -

Dr. Ibsen Coimbra• Tratamento medicamentoso e não-

medicamentoso - Dr. RicardoFuller

• PerguntasColagenosesColagenosesColagenosesColagenosesColagenosesCoordenação: Dr. Luiz Latorre• Lupus eritematoso sistêmico - Dra.

Ivone Meinão• Síndrome antifosfolipide - Dr.

Jozelio Carvalho• Miopatias inflamatórias - Dr. José

Szajubok• Esclerose sistêmica - Dra. Cláudia

Borges• Perguntas07/10 – sábado – 8hF ibromia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aF ib romia l g i aCoordenação: Dr. Daniel Feldman• Fisiopatologia - Dr. Daniel

Feldman• Quadro clínico e diagnóstico

diferencial - Dra. Laís Lage• Tratamento - Dr. José Provenza• PerguntasRRRRReumatologia Peumatologia Peumatologia Peumatologia Peumatologia Pediátr icaediátr icaediátr icaediátr icaediátr icaCoordenação: Dra. Maria Terreri• Diagnóstico diferencial das artrites

crônicas na infância e naadolescência - Dra. Claudia Schainberg

Comitê Multidisciplinar de AuditóriaMédica19/10 – quinta – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Atualização em neurocirurgia –

Prof. Dr. Luiz Manreza

Departamento de Cancerologia19/10 – quinta – 19h110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologia110ª Jornada de Cancerologiada APMda APMda APMda APMda APMVacinas de Prevenção e Tratamentodo Câncer: Futuro Promissor ouRealidade?Organização: Agliberto Oliveira/ CéliaOliveira/ Alice Garcia/ Renato Samea• Pesquisas em desenvolvimento, e o

que podemos oferecer naterapêutica do melanoma

• Atualização em imunoterapia docâncer do rim

• Câncer ginecológico e HPV:situação atual, epidemiologia,fatores de risco

• Vacina HPV: resultados daspesquisas clínicas, indicações emanejo terapêutico

• Discussão

Departamento de Cirurgia Plástica31/10 – terça – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica

Comitê Multidisciplinar deCitopatologiaCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoCurso de Câncer do ColoUter inoUter inoUter inoUter inoUter inoOrganização/ Coordenação: Profa.Dra. Suely Alperovitch/ Profa. Dra.Célia Sakano/ Prof. Dr. Moses Zitron26/10 – quinta - 19h• Generalidades - Dr. José Marques• Exame cito-histopatológico - Dr.

João Stavale• Conduta atual - Dra. Iara Baldacini

Departamento de Clínica Médica21/10 – sábado – 9hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaTemas de Interesse para o Clínico emGeriatria• Abordagem clínica das síndromes

demenciais - Dr. Luis Machado• Abordagem terapêutica da Doença

de Alzheimer - Dr. Cássio Bottino• Cuidados clínicos em pacientes com

demência em fase avançada - Dr.José Velho

Controle de Qualidade Hospitalar –CQH20/10 – sexta – 8h30Curso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eCurso: Informações eConhecimentoConhecimentoConhecimentoConhecimentoConhecimento• Conceituação de informação e

análise• Indicadores de desempenho

hospitalares• O uso de informação e análise na

gestão hospitalar e de serviços desaúde

• Revisão das definições, métodos etécnicas de coleta dos indicadoreshospitalares de acordo comPrograma CQH

• Indicadores de resultados doPrêmio Nacional da Gestão emSaúde – PNGS

• Capital intelectual

26 e 27/10 – quinta e sexta – 8h30Curso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e PlanosCurso de Estratégias e Planos– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico– Planejamento Estratégico• Formulação das estratégias• Operacionalização das estratégias• Planejamento da medição do

desempenho global• Metodologia SWOT• Exercícios

Departamento de Genética Clínica03/10 – terça – 20h04/10 – quarta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Diagnóstico pré-natal

Departamento de Medicina deFamília e Comunidade10/10 – terça – 19h30Reunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaModeradora: Dra. ArianeVia WEBCAM: Dr. Joseph E.Scherger - USA• O futuro da Medicina de Família: o

que nos espera

Departamento de Neurocirurgia28/10 – sábado – 9hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Discussão de casos: hidrocefalia –

derivação, um mal necessário• Mesa Redonda: infecção e coleção

subdural

Departamento de Nutrologia19/10 – quinta – 20hReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f icaReunião Cientí f ica• Avaliação nutrológica nas doenças

gastro-intestinais - Dr. Júlio Marchini

• Febre reumática: atualização -Dra. Maria Terreri

• Abordagem da criança com dormúsculo-esquelética (dor emmembros) - Dra. Lúcia Campos

• PerguntasArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideArtr i te ReumatóideCoordenação: Dra. Ieda Laurindo• Fisiopatologia - Dra. Ieda Laurindo• Diagnóstico e acompanhamento -

Dra. Andréa Lomonte• Tratamento atual - Dr. Manoel

Bértolo• Novas perspectivas - Dra. Rina

Giorgi• Perguntas

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TTTTTango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentinoango Argentino

Prof. Carlos Trajano

3a feira: 17h às 18h30

Valor mensal: R$ 20,00 (casal) e R$ 10,00

(individual) para sócios da APM e R$ 70,00

(casal) e R$ 40,00 (individual) para não sócios.

Danças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças FolclóricasDanças Folclóricas

Prof. Carlos Trajano

2ª feira: 10h às 11h30.

Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da

APM e R$ 35,00 para não sócios

Dança terap iaDança terap iaDança terap iaDança terap iaDança terap ia

Prof. Carlos Trajano

4ª feira: 10h às 11h30.

Valor mensal: R$ 10,00 para sócios da

APM e R$ 35,00 para não sócios

PPPPPiano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Piano Erudito e Popularopularopularopularopular

(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)(aulas com agendamento até as 17h)

Prof. Gilberto Gonçalves

3ª feira: 9h às 17h

Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da

APM e R$ 150,00 para não sócios.

Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /Pintura sobre tela / Desenho /

ColagemColagemColagemColagemColagem

Profa. Cláudia Furlani

4ª feira: 9h às 12h, 14h às 17h ou 18h às 21h

5ª feira: 10h às 13h, 14h às 17h

Valor mensal: R$ 45,00 para sócios da

APM e R$ 140,00 para não sócios.

ESCOLADEARTES

INFORMAÇÕES E RESERVAS(11) 3188-4301 / 4302

AGENDA CULTURAL

CHÁ COM CINEMA

Desde 1997, a APM promove des-

contração, cultura e lazer nas tardes

de quinta-feira. Exibições de fil-

mes, seguidas de chá da tarde com

sorteio e música ao vivo. Auditório

da APM. Ingressos: alimentos

não-perecíveis doados a entida-

des assistenciais. Reservas de

lugares devem ser feitas às segun-

das-feiras que antecedem ao evento.

GRETA GARBO

05/10– quinta - 14h

Mata Hari

89 min., EUA, 1932.

Direção: George Fitzmaurice.

19/10 – quinta - 14h

Grande Hotel

113 min., EUA, 1932.

Direção: Edmund Goulding.

CINE-DEBATE

Projeção mensal de um filme temá-

tico relacionado ao cotidiano das

pessoas. Após a exibição do filme,

especialistas convidados analisam

e debatem com a platéia. Entrada

franca. Coordenação: Wimer Bo-

tura Júnior (psiquiatra).

20/10 – sexta - 20h

Parente é Serpente

100 min., Itália, 1993.

Direção: Mario Monicelli. Com:

Tommaso Bianco, Renato Cecche-

co e elenco.

Debate: até onde pode chegar a hi-

pocrisia e a inveja dentro da rela-

ção familiar?

Grandes nomes da música erudita,

nacional e internacional, apresentam-

se na APM toda última quarta-feira

do mês.

25/10 - quarta - 20h30

Eudóxia de Barros - piano

Composições de Wolfgang Ama-

deus Mozart (1756-1791), Mozart

Camargo Guarnieri (1907-1993),

Stefano Golinelli (1818-1891),

Achile-Claude Debussy (1862-

1918), Amaral Vieira (1952), Os-

valdo Lacerda (1927), Fernando

Cupertino (1959), Francisco Mig-

none (1897-1986), Edino Krieger

(1928), Zequinha de Abreu (1880-

1935), Ernesto Nazareth (1863-

1934), Alberto Nepomuceno

(1874-1930) e Alexandre Levy

(1874-1902)

MÚSICA EM PAUTA

CONHEÇA A ÓPERA

04/10 – quarta - 19h

O Guarany

Carlos Gomes (1836-1896)

Ópera em 4 atos, baseada no romance

de José de Alencar, sobre o amor de um

índio por uma jovem branca. Estréia no

La Scala, em 1870. Época: século XVI.

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42Revista da APM Setembro de 2006

Produtos&

Serviços

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LITERATURA

Os livros estão disponíveis na Biblioteca que funciona no 5º andar do prédio da APM de segunda a sexta das 8h30 às 20h.

Transplantes de Órgãos e TecidosSegundo a apresentação da obra, assinada pelo ex-presidente darepública, Fernando Henrique Cardoso, “o tratado editado por quatrobrasileiros que se notabilizaram na área atesta os êxitos do programanacional de transplantes e a alta qualidade dos profissionais envolvi-dos. O livro está dividido em 12 seções: considerações gerais, processode doação, considerações imunológicas, clínicas, transplante renal,hepático, cardíaco, pulmonar, pancreático, intestinal, outros trans-plantes e perspectivas. Nas considerações gerais, dividida, é contadaa história no Brasil e no mundo, seus aspectos legais, psicologia,

método para cálculo das curvas de sobrevida e outros. Mais de 100 profissionais colabo-raram com esta segunda edição.Autor:Autor:Autor:Autor:Autor: Valter Duro Garcia, Mário Abbud Filho, Jorge Neumann e José Medina Pestana.Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 21 x 28cm, 992 páginas. Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Segmentofarma. Contato: (11) 3039.5669ou www.segmentofarma.com.br

A obra preencheuma lacuna na li-teratura médica,por ser voltada aoatendimento pri-mário, aqueleexercido no am-bulatório ou nosconsultórios mé-dicos. Juntamentecom o prof. Anto-

nio Carlos Lopes, Maria Elena Guariento eLaura Sterian Ward editaram os textos pre-parados por 115 colaboradores, referên-cias em suas respectivas áreas, sobre osdiversos temas da medicina ambulatorialque refletem o cotidiano do clínico. Aliás,a leitura fácil e prazerosa, sem deixar delado a objetividade, faz do livro uma com-pleta fonte de consulta dirigida ao aten-dimento no consultório ou no ambulatóriomédico. O livro é dividido em 73 capítulosagrupados em 13 módulos.Editores:Editores:Editores:Editores:Editores: Antonio Carlos Lopes, LauraSterian Ward e Maria Elena Guariento.Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 1044 páginas, 21 cm x 28 cm.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Atheneu (www.atheneu.com.br)

Rotina em MastologiaEm sua 2ª edição, esta obra apresenta o que há de atual na área.São abordadas anatomia, evolução e involução da mama, diagnósticoclínico, punções e biópsias mamárias, condutas nos derrames papi-lares, etiologia e história natural do câncer de mama, manejo dopaciente de alto risco genético, linfonodo sentinela, radioterapia,entre outros. Com visão multidisciplinar, a obra proporciona umavisão geral do assunto, segundo a experiência vivida ao longo deduas décadas pela equipe de profissionais do Serviço de Masto-logia do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (RS).

Organização:Organização:Organização:Organização:Organização: Carlos H. Menke e colaboradores. Formato:Formato:Formato:Formato:Formato: 17 x 25cm, 270 páginas.Editora:Editora:Editora:Editora:Editora: Artmed. Contato: (11) 3665.1100 ou www.artmed.com.br

Medicina Ambulatorial

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II - Pacto pela saúde 2006Sáude do idoso

Ações Estratégicas• Acolhimento – reorganizar o pro-

cesso de acolhimento à pessoa idosanas unidades de saúde como uma dasestratégias de enfrentamento das difi-culdades atuais de acesso.

• Assistência Farmacêutica – desen-volver ações que visem qualificar a dis-pensação e o acesso da população idosa.

• Atenção Diferenciada na Internação– instituir avaliação geriátrica global,realizada por equipe multidisciplinar, atoda pessoa idosa internada em hospitalque tenha aderido ao Programa de Aten-ção Domiciliar.

• Atenção Domiciliar – instituiresta modalidade de prestação deserviços ao idoso, valorizando oefeito favorável do ambiente familiarno processo de recuperação de pa-cientes e os benefícios adicionais parao cidadão e o sistema de saúde.

• Implantar acolhimento prefe-rencial em unidades de saúde, res-peitando o critério de risco.

• Implantar a Caderneta de Saúdeda Pessoa Idosa.

• Manual de Atenção Básica e Saú-de para a Pessoa Idosa – para induçãode ações de saúde, tendo por referên-cia as diretrizes contidas na PolíticaNacional da Saúde da Pessoa Idosa.

Controle do Câncer1- Objetivos e metas para o controle

do Câncer de Colo de Útero e de Mama:• Cobertura de 80% para o exame

preventivo do câncer de colo deútero, conforme protocolo, em 2006.

• Incentivo da realização de cirurgiade alta freqüência técnica, que utiliza uminstrumental especial para a retirada delesões, ou parte do colo uterino com-prometido (com lesões intra-epiteliais dealto grau) com menor dano possível, quepode ser realizada em ambulatório, compagamento diferenciado, em 2006.

2- Metas para o controle do Câncer

de Mama:• Ampliar para 60% a cobertura de

mamografia, conforme protocolo.• Realizar a punção em 100% dos

casos necessários, conforme protocolo.

Redução da mortalidade1- Objetivos e Metas para a redução

da mortalidade infantil:• Reduzir a mortalidade neonatal em

5%, em 2006.• Reduzir em 50% os óbitos por doença

diarréica, e 20% por pneumonia, em 2006.• Apoiar a elaboração de propostas

de intervenção para a qualificação daatenção às doenças prevalentes.

• Criação de comitês de vigilância doóbito em 80% dos municípios compopulação acima de 80.000 habitantes,em 2006.

2- Objetivos e metas para a reduçãoda mortalidade materna:

• Reduzir em 5% a razão de mortali-dade materna, em 2006.

• Garantir insumos e medicamentospara tratamento das síndromes hiper-tensivas no parto.

• Qualificar os pontos de distribui-ção de sangue para que atendam àsnecessidades das maternidades e outroslocais de parto.

Promoção da saúde• Elaborar e implementar uma Polí-

tica de Promoção de Saúde, de respon-sabilidade dos três gestores;

• Enfatizar a mudança de comporta-mento da população brasileira de for-ma a internalizar a responsabilidadeindividual da prática de atividade fí-sica regular, alimentação adequada esaudável, e combate ao tabagismo;

• Articular e promover os diversos pro-gramas de promoção de atividade físicajá existentes e apoiar a criação de outros;

• Promover medidas concretas pelohábito da alimentação saudável;

• Elaborar e pactuar a PolíticaNacional da Promoção da Saúde, que

contemple as especificidades própri-as dos estados e municípios, devendoiniciar sua implementação em 2006.

Atenção primária• Assumir a estratégia de saúde da

família como estratégia prioritáriapara o fortalecimento da atenção pri-mária, devendo seu desenvolvimentoconsiderar as diferenças loco-regionais.

• Desenvolver ações de qualificaçãodos profissionais da atenção primáriapor meio de estratégias de educaçãopermanentes e de oferta de cursos deespecialização e residência multipro-fissional e em medicina da família.

• Consolidar e qualificar a estraté-gia de saúde da família nos pequenose médios municípios.

• Ampliar e qualificar a estratégiade saúde da família nos grandes cen-tros urbanos.

• Garantir a infra-estrutura neces-sária ao funcionamento das UnidadesBásicas de Saúde, dotando-as de re-cursos materiais, equipamentos e in-sumos suficientes para o conjunto deações propostas para esses serviços.

• Garantir o financiamento da Aten-ção Primária como responsabilidadedas três esferas de governo.

• Aprimorar a inserção dos profissi-onais da Atenção Primária nas redeslocais de saúde, por meio de vínculosde trabalho que favoreçam o provi-mento e fixação dos profissionais.

• Implantar o processo de monitora-mento e avaliação da Atenção Primárianas três esferas de governo, com vistas àqualificação da gestão descentralizada.

• Apoiar diferentes modos de organi-zação e fortalecimento da Atenção Pri-mária que considere os princípios daestratégia de Saúde da Família, respei-tando as especificações loco-regionais.

• Implantar a Política Nacional deSaúde da Pessoa Idosa, buscando aatenção integral. �

PORDENTRODOSUSpor Luiz Antonio Nunespor Luiz Antonio Nunes

Continua na próxima edição

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AVISO: Quando não consta,o prefixo do telefone é 11.

SALAS – HORÁRIOS –PERÍODOSCONSULTÓRIOS – CONJUNTOS

ALUGAM-SESala ou períodos para consultório médico equipado.Clínica de padrão com IE completa, prédiocomercial com segurança e estacionamento. R.Vergueiro, próximo ao metrô Vila Mariana. Fones5575-3085 e 5575-7646 Denise

Casa térrea c/ estacionamento, metrô Paraíso,linda clínica alto padrão. Recepcionista das 8hàs 20h. Toda IE, internet, recepção ampla c/jardim. Salas ou períodos para médicos. Fone5572-0299

Sala de 30m², na R. Itapeva, 366 – Cj. 44, emconsultório montado c/ toda IE, sala de esperae garagem privativa. Fone 3288-8180

Sala ou períodos em consultório para médicosou profissionais da saúde, à R. Alexandre Dumas(Chácara Sto Antônio). Fone 5183-7319, comSandra (3ª a 6ª)

Sala p/ médicos e afins em sobrado na VilaMariana (R. Pedro de Toledo), com toda IE eamplo estacionamento. Fone 5579-3561

Sala, por período ou integral (9 às 18h) em clínicade alto padrão e toda IE no Campo Belo(Zacarias de Góes), em funcionamento comdermato, cirurgiões, dentista e psicóloga. Fone9996-3821 Deise

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Salas p/ pediatria e especialidades da área, emfrente ao Hospital Samaritano. Fone 3667-5412/3826-2847 Patrícia ou Francisca

Sala p/ psiquiatras, psicólogos, homeopatas,fisioterapeutas e fonoaudiólogos em clínicapróxima ao metrô Santa Casa. Ótimaconservação, localizada em rua tranqüila. Fone5573-3031 Eliane

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Sala em consultório médico, próxima aoHospital das Clínicas. Rua Capote Valente.Preferência Cardio, Dermato, Ortopedista,Oftalmo ou ORL. Fone 3083-6427 Rosana

Sala para consultório por período à RuaVergueiro, próxima à estação Vila Mariana dometrô. Fones 5549-1031 e 5087-4311

Sala ou período p/ cons. médico equipado,clínica c/ IE compl., prédio coml. c/ segurançae estac., R. Vergueiro, próx. Metrô Vl Mariana.Fones 5575-7646 5575-3085

Sala ou período, clínica de alto padrão c/ infra-estrutura, secretária, estac., tel. fax, ar cond. emfuncionamento c/ dermato. Fone 3813-7872Jucinéia

Sala no Morumbi Medical Center. Próx. aoHosp. Albert Eintein, São Luiz, Darcy Vargas,Iguatemi. Prédio c/ segurança, ar cond.,laboratório, estacion. c/ manobrista. Fone3721-5666 Esther

Salas em consultório de alto padrão c/ infra-estrutura completa na Aclimação. Fone3208-5546 Cleo

Salas para consultório com IE montada, arcondicionado, recepcionista, som ambiente efácil acesso. Rua Estela, 471 Paraíso. Fones5571-0789 e 5575-3031 Eunice

Salas para profissionais da saúde. Fone 3057-2140

Salas para consultório. Rua Maranhão, 598, cj.61. Fones 3826-7805 e 3826-7918 Ignês

Salas equipadas em suas unidades para locaçãopor hora ou mensal para profissionais da áreada saúde. Fones 3277-6056 e 3207-2889

Salas por período, mensal ou por hora empoliclínica: R$ 12,00. Estação Metrô Santana,com toda IE. Fones 6281-7530, 6959-2493e 6975-4059 Sandra

Salas de 25m², sendo 01 c/ banheiro privativo,de alto padrão, secretária, telefone e fax. Salade pequenas cirurgias/curativos. Casa térreano bairro da Penha (Vila São Geraldo). Fones3493-1090 e 6646-5587

Salas para profissionais da saúde em clínica comtoda infra-estrutura na Vila Mariana. Fones5579-9433 e 5572-8420

Clínica médica com centro cirúrgico em pontonobre de Santos (Canal 3). Fone (13) 9782-8425

Clínica de alto padrão com sala montada, todaIE e sala de procedimentos. Período ou mensal.Fone 3885-4511 dr. Ignacy

Clínica de alto padrão em Osasco, a 5 minutosda USP, com salas por período ou por mês. Fone9234-1881 dr. Cláudio

Conjuntos na Faria Lima, 02 c/ 60m2, vaga,recepção, 03 salas, 02 wc, copa, ar cond.,carpete, luminárias, persianas e armários. Fone3064-2040 Heloísa

Conjuntos em Higienópolis. Av. Angélica,próximos à Paulista. 65 m2 úteis, com 03 salas,03 wc, copa e garagem ou com 130 m2. Alugoou vendo. Fone 3865-7905

Conjunto em centro comercial. R. PeixotoGomide, 515, cj. 152. Fone 3287-6103

Conjuntos 114/115, comerciais, no Itaim OfficeBuilding, à R. Bandeira Paulista, 662. Fones3253-8712 e 3284-0437

Consultório de alto padrão ao lado do HospitalSão Luiz. IE, garagem com manobrista, 02linhas telefônicas, secretária. Fone 9997-4153dr. Sérgio

Consultório mobiliado à Av. Angélica, 1996.Períodos e horários a combinar. Fones3661-7463 à tarde

Consultório período ou mensal, emHigienópolis, para médicos e profissionais deáreas afins. Oftalmo, Homeopata, Psicólogos.Fone 3256-3368

Consultórios período ou mensal, c/ toda IE, fone,fax, secretária e serviços. Centro médicoOswaldo Cruz. Praça Amadeu Amaral, 47.Fone 3262-4430 Daniela

Consultório situado próximo ao cruzamento dasAv. Brasil e 9 de julho. Sala c/ 57m2.

Estacionamento próprio, manobrista, secretáriae informatizado. Mobiliado e próprio parapsicoterapeuta. Período ou integral. Fones3052-4534 e 8189-3440

Divido salas para consultório com todainfra para médicos e profissionais de saúde a100 metros do Metrô Tucuruvi – Fones 6991-7687e 6994-0012

Horário em consultório ginecológico. Qualquerhorário, já com aparelho de ultra-sonografia.Fones 3885-9274 e 3051-7131 dr. Roberto

Horários em salas mobiliadas com secretárias,estacionamento para clientes e possibilidade deatendimento a convênios através da clínica. E-mail:[email protected] . Fones 3064-4552,3060-8244 e 3088-4545

Período em consultório. Rua Cerro Corá. Fone3031-4188 Walter

Período em consultório médico na área deginecologia/obstetrícia. Mobiliado e com todaIE, na região da Vila Olímpia. Fones 3846-9022e 3846-5246

Períodos em consultório médico de alto padrão,totalmente montado, próximo ao Metrô SantaCruz. Fone 5082-3390

Períodos em consultório médico em Moema(sobrado), com secretária, estacionamento einfra-estrutura. Fone 5542-8784

CLASSIFICADOS

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CLASSIFICADOSSalas ou períodos em clínica médica com todaIE no Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 Margareth ou Adriana

Salas ou períodos para médicos e profissionaisda saúde com toda IE. Rua Martim Soares,258 Metrô Tatuapé. Fone 6192-9032 e6198-5340 Rita

Salas ou períodos em clínica de alto padrão,com toda IE. Próximas ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. Fone 3284-8742

Salas próximas ao metrô Vila Mariana paraprofissionais da área da Saúde, com toda infra-estrutura e despesas inclusas. Período: R$ 140,00ou integral a combinar. Fone 5549-1809 Dirceou dra. Laura

Salas montadas para médicos por períodos de4 horas na Zona Norte. Alto padrão e toda IEcompleta. Mais Saúde Centro Clínico. Fones6959-7073 e 6959-9233

Salas p/ profissionais da saúde e afins emconsultório no Jabaquara. Fone 5011-5872 Edgar

Salas ou períodos em clínica de alto padrão comtoda IE. Alto da Boa Vista. Fones 5041-9649 e8447-4569 Margareth ou Adriana

Salas p/ médicos e áreas afins, mensal ou p/período 6h, clínica c/ toda IE, próx. metrô Paraíso,Central Park 23 de maio. R. Estela, 455. Fones5571-0190, 5083-9468 e 5083-9469

Salas ou períodos em clínica de alto padrão,localizada próxima ao Hospital BeneficênciaPortuguesa. IE completa. Fone 3284-8742Isaura

Salas para médicos ou psicólogos comsecretária e telefone em Higienópolis. Fone3258-0588 Eliara ou Renata

Salas ou períodos, cons. alto padrão p/ médicose afins. R. Luiz Coelho, 308, entre Paulista eAugusta, c/ estac. próx. metrô Consolação.Fones 3256-8541 e 3259-9433

Sala para médico e demais profissionais da saúde,com IE completa. Sala de espera, secretária,estacionamento. Próximo à Praça dos Estudantes– Guarulhos. Fones 6461-3783 e 6468-0540

Salas para médicos e demais profissionais dasaúde, com IE completa. Sala de espera,secretária e estacionamento. Próximas à Praçados Estudantes. Fones 6461-3783 6468-0540

Salas, cons. médico c/ toda IE. R. Pio XI, Lapa.Integral, períodos, p/ horas. Inclusive p/psicólogas, fonoaudiólogas, nutricionistas.Fones: 3644-4043 ou 3644-3274

Salas em clínica no Tatuapé. Fones 6673-9458,9961-1279 e 6674-6452

Salas, clínica c/ infra-estrutura completa. Ótimopadrão, prédio novo. Períodos/integral,Aclimação, 20m do metrô Vergueiro. Fone3271-7007 Elizabeth

Vila Mariana, sala p/ médicos, dentistas,psicólogos. Período ou integral. Consultório c/toda infra-estrutura. Próxima ao metrô AnaRosa. Fones 5575-5170 e 9980-6436 Cristina

Vila Mariana. Sala por período. Rua SenaMadureira, 80. Próxima à estação do MetrôVila Mariana. Ótimo ambiente e estacionamentopara 10 carros. Fone 5083-6881

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Aptº Morumbi. 03 dormitórios, 01 suíte, salacom terraço, 01 ou 02 vagas em andar alto.Lazer total. Fone 3237-4747

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Aptº Enseada (atrás do Aquário), 100 m da praia,c/ vista p/ o mar, 03 dorms., 01 suíte, dep. deempregada, 100 m2 AU, mobiliado. R$180 mil.Fones 3078-4919 e 8168-6868

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Clínica na Zona Norte necessita das seguintesespecialidades: endócrino, geriatra, dermato,pediatra, psiquiatra, reumato, urologista emastologia. Fone 3531-6651 Valdelice/Valéria

Dermatologista recém formado na região doABC. Fones 4979-4421, 4436-8109 e9541-3807 Silvia

Neurologista para atendimento infantil e adultopara atuar em S.B.Campo. 20 horas semanais,a combinar. R$ 3081,29 e benefícios. Fone4433-5091

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Médico Ultra-sonografista para região do ABCe SP. Fone 4438-0650 Regiane

Médica endocrionologista com especializaçãopara atendimento em consultório. Clínica emSantana. Fone 6950-4227 Patricia ou Cristina

Clínica Realm Skin necessita de dermatologistasrecém-formados para atender em consultóriolocalizado em Higienópolis. Fone 3255-9213dra. Deborah

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