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Catedral Metodista de Piracicaba Oratório O Messias (G. F. Haendel) Culto Vespertino 02 de dezembro de 2007 Participação especial do Coro Sinfônico da Escola de Música de Piracicaba Ernst Mahle (EMPEM) e do Coral Municipal de Rio Claro, O Mensageiro. Pianista: Eliana Asano CORAL MUNICIPAL DE RIO CLARO, “O MENSAGEIRORegente: Daniel Pedroso Sopranos: Carol Manzolli Palma, Fabiola Rodrigues Passos, Helenir Q. Ribeiro, Janaina Salvini, Lucia Seussel, Maria Luiza F. Polastri. Contraltos: Celia Oehlmeyer, Julia Ferro, Luciana Ferro, Renata Giaretta. Tenores: Carlos José Gibelli e Tiago Fegadolli. Baixos: Diego R. Alves. O ORATÓRIO “O MESSIAS” DE HAENDEL Dos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimento (século XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantes- cas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnifi cência e poder expressivo da música. A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, sobre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edifi cação dos fi éis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosta popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias. Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, desenvolveu tais repre- sentações piedosas, dando grande ênfase oas cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, descritivas ou dramáticas, passaram grad- ualmente a ser chamadas de “oratórios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório. Em música, pois, o termo oratório significa cantata religiosa, as vezes de maiores dimensões que esta. As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu aparecimento, os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diversos grupos de cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acom- panhamento de vozes instrumentais. Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo. Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e movimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório eliminou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi. “O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão natu- ralizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colorido. Possui trechos con- tritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”. Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia causou tal im- pacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâneo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante. Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pouco mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífi ca obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé. Afrânio do Amaral Garboggini POR QUE CANTAMOS EM PORTUGUÊS? Apresentando “ O Messias” não estamos pensando num público super-seleto, formado por pessoas que possuem inúmeras gravações da obra com diferentes re- gentes, coros, volitas ou que estiveram em Londres ou em N. York e assistiram “ao vivo” a interpretação desse monumental oratório. E que além do mais dominam perfeitamente a língua inglesa. Naturalmente, fazer uma boa tradução é difícil e negar que a obra em inglês, língua original em que a obra foi composta, os efeitos são ainda maiores, seria ingenuidade. A experiência, entretanto, vem demonstrando que o fato do CORO, formado por brasileiros, cantar em português, oferece ao público, que afinal também é constituído por brasileiros, comunicação emotiva e atrativos especiais. Cidinha Mahle

2007.12.02 programa especial culto vespertino

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Catedral Metodista de Piracicaba

OratórioO Messias

(G. F. Haendel)

Culto Vespertino02 de dezembro de 2007

Participação especial do Coro Sinfônico da Escola de Música de Piracicaba

Ernst Mahle (EMPEM) e do Coral Municipal de Rio Claro, O Mensageiro.

Pianista: Eliana Asano

CORAL MUNICIPAL DE RIO CLARO, “O MENSAGEIRO”Regente: Daniel PedrosoSopranos: Carol Manzolli Palma, Fabiola Rodrigues Passos, Helenir Q. Ribeiro, Janaina Salvini, Lucia Seussel, Maria Luiza F. Polastri.Contraltos: Celia Oehlmeyer, Julia Ferro, Luciana Ferro, Renata Giaretta.Tenores: Carlos José Gibelli e Tiago Fegadolli.Baixos: Diego R. Alves.

O ORATÓRIO “O MESSIAS” DE HAENDELDos milhares de oratórios compostos desde a época do Renascimento (século

XVI) até agora, um dos maiores é “O Messias” de Haendel, não só pelas gigantes-cas dimensões do texto como – e principalmente – pela luminosa magnifi cência e poder expressivo da música.

A ORIGEM DO GÊNERO “ORATÓRIO” – Desde a Idade Média, a Igreja promovia pequenas representações, em templos e praças públicas, sobre trechos das Escrituras Sagradas e da vida dos santos, para edifi cação dos fi éis. Naturalmente a música fazia parte dessas representações tão ao gosta popular, numa época em que eram mínimas as diversões públicas e os meios de divulgação de idéias.

Nos meados do século XVII, o eclesiástico Felipe Néri, que fundara na Itália uma ordem religiosa chamada Congregação do Oratório, desenvolveu tais repre-sentações piedosas, dando grande ênfase oas cânticos especialmente compostos para tais ocasiões. Essas peças religiosas, descritivas ou dramáticas, passaram grad-ualmente a ser chamadas de “oratórios”, justamente por serem apresentadas nas festas da Congregação do Oratório. Em música, pois, o termo oratório signifi ca cantata religiosa, as vezes de maiores dimensões que esta.

As DIFERENTES VOZES NO “MESSIAS” – Na época de seu aparecimento,os oratórios eram todos “polifônicos”, isto é, apresentados por diversos grupos de

cantores que faziam, em cada grupo, a primeira, a segunda, a terceira voz etc. Mas quando surgiu a ópera, em inícios do século XVII, o oratório também adotou o estilo chamado “homofônico” no qual existe uma voz principal, solista, com acom-panhamento de vozes instrumentais.

Ao ouvir “O Messias”, note como os recitativos e as árias são expostos por solistas acompanhados de instrumentos, em estilo homofônico, com os vários grupos de vozes diferentes cantando ao mesmo tempo. Também a partir da época barroca, a ópera tornou-se o veículo de obras musicais com representação teatral, com cenário, roupagem e movimentação especial de cada personagem, ao passo que o oratório eliminou todo o aspecto cênico, mesmo quando possuía caráter dramático, como o célebre “Jefté” de Carissimi.

“O MESSIAS”, OBRA DE LOUVOR – O oratório Messias, do alemão natu-ralizado inglês Georg Friedrich Haendel, é basicamente um oratório de louvor, expresso em tons vívidos e com intenso relevo de colorido. Possui trechos con-tritos e trechos súplices, em contraste com partes de refulgente majestade, como o “Aleluia”.

Na primeira apresentação deste oratório em Londres, o Aleluia causou tal im-pacto nos ouvintes, que o rei Jorge II levantou-se, num impulso espontâneo, ouvindo-o todo de pé, sendo naturalmente acompanhado por todos os súditos presentes. Daí se originou o costume, ainda hoje mantido naquele país e em certas congregações evangélicas do mundo todo, de os ouvintes levantarem para a audição desse trecho fulgurante.

Sobre a composição de “O Messias” cita-se um detalhe espantoso: em pouco mais de vinte dias, de 22 de agosto a 14 de setembro de 1741, Haendel compôs essa magnífi ca obra, nela deixando toda a marca de seu gênio e a força de sua fé.

Afrânio do Amaral Garboggini

POR QUE CANTAMOS EM PORTUGUÊS?Apresentando “ O Messias” não estamos pensando num público super-seleto,

formado por pessoas que possuem inúmeras gravações da obra com diferentes re-gentes, coros, volitas ou que estiveram em Londres ou em N. York e assistiram “ao vivo” a interpretação desse monumental oratório. E que além do mais dominam perfeitamente a língua inglesa.

Naturalmente, fazer uma boa tradução é difícil e negar que a obra em inglês, língua original em que a obra foi composta, os efeitos são ainda maiores, seria ingenuidade.

A experiência, entretanto, vem demonstrando que o fato do CORO, formado por brasileiros, cantar em português, oferece ao público, que afi nal também é constituído por brasileiros, comunicação emotiva e atrativos especiais.

Cidinha Mahle

ACOLHIDA E ADORAÇÃO

• Prelúdio

• Palavra de Acolhida e Oração: Rev. Paulo Dias Nogueira

RECITATIVO Tenor (Isaias 40:1-3)Consolai meu povo, diz Jeová, vosso Deus; proclamai a Jerusalém que suas lidas estão terminadas e que sua falta esta perdoada.A voz do que proclama no deserto: preparai o caminho do Senhor; aplai-nai as veredas, no ermo, a nossa Deus.

ÁRIA Tenor (Isaias 40:4)Todo vale será elevado, colina e monte serão abaixados e o escarpado fi cará bem plano.

COROE a glória de Deus o Senhor será revelada e hão de vê-la os povos da terra, pois a voz do Senhor assim falou.

RECITATIVO Baixo (Ageu 2:6,7 – Malaquias 3:1)Deus o Senhor assim falou: “ainda em pouco tempo farei tremer o chão e o mar, os povos, o céu e a terra e chegará o Salvador das nações. Aquele a quem procurais a seu templo virá de repente; e o anjo da aliança, que desejais, breve virá”.

ÁRIA Contralto (Malaquias 3:2)Quem subsistirá quando Ele vier? Quem resistirá no dia de Sua vinda? Pois Ele será como o fogo do ourives.

CORO (Malaquias 3:8)E purifi cará os fi lhos de Levi que assim farão ofertas a Deus; ofertas em justiça ao Senhor farão.

CONFISSÃO• Chamado à Confi ssão: Rev. Paulo Dias Nogueira• Oração silenciosa• Declaração do perdão de Deus

RECITATIVO Contralto ( Isaias 7:14; Mat 1:23)Ouvi: uma Virgem conceberá e dará à luz um fi lho que se chamará Emanuel: “Deus conosco”.

ÁRIA Contralto (Isaias 40:9)Ó vós que tão boas novas trazeis, alcançai a alta montanha e erguei vossa voz com muito ardor! Dizei às cidades de Judá: chegou o Rei, vosso Deus. Levantai! De pé, pois chegou vossa luz. E a Glória do Senhor se eleva sobre vós.

CORO (Isaias 60:2,3)Vêde, então: trevas envolvem a terra, trevas cobrem os povos, mas sobre ti surgirá o Senhor. Sua glória se verá sobre ti! As nações virão para a luz e os reis para o brilho de Tua aurora.

ÁRIA Baixo (Isaias 9:2)O povo que anda em trevas viu grande luz. E sobre os que habitam na sombra da morte resplandeceu a luz.

CORO (Isaias 9:6)Pois um Menino nos nasceu e a nós foi dado um Filho. E o poder repou-sa sobre os seus ombros e será o seu nome: Deus de Amor; Conselheiro Maravilhoso; o Pai da Eternidade; o Príncipe da Paz.

LOUVOR

• Convite ao Louvor• Lançamento da Campanha: “Restaurar para Continuar a Missão”• Refl exão Bíblica: Ageu 1:1-11•Ofertório

SINFONIA PASTORALRECITATIVO SOPRANDO LUCAS 2:8,9,10,11,13

E pastores estavam no campo e aguardavam seu rebanho à noite.E eis: o Anjo do Senhor veio a eles e a glória do Senhor iluminou-os.

E o Anjo lhes falou: não temais, porque eis que anuncio novas de alegria que serão para todo povo, pois na cidade de Davi hoje vos é nascido o Salvador, que é Cristo, o Senhor!

E súbito surgiu com o Anjo grande multidão das hostes celestiais, lou-vando a Deus, dizendo:

CORO - (Lucas 2:14)Glória a Deus nas alturas e entre os homens paz e muito amor.

EDIFICAÇÃO

• Leitura bíblica: Isaías 55:1-13• Sermão: Rev. Paulo Dias Nogueira

DEDICAÇÃOÁRIA – Soprando (Zacarias 9:9,10)

Cantai ó fi lha de Sião! Regozijai-vos! Cantai ó fi lha de Jerusalém! Virá a vós o vosso Rei. É Ele o verdadeiro Salvador e Ele anunciará às nações a paz.

RECITATIVO – Contralto (Isaias 35:5,6)Então verão os olhos dos cegos, se abrirão os ouvidos dos surdos e saltarão os coxos como cervos; cantará a língua dos mudos.

ÁRIA – Contralto ( Lucas 40:11); Soprando ( Mateus 11:28,29)E ele apascentará seu rebanho, os cordeirinhos recolherá em seus braços e os levará no seu regaço; as que amamentam guiará com mansidão.Ó vinde a Jesus , ó vós cansados o oprimidos e Ele vos aliviará. D’Ele aprendei e Seu jugo tomai, pois manso e humilde é de coração e as vossas almas repouso dará.

CORO – (Mateus 11:30)Seu jugo é suave e seu fardo é leve.

• Oração Final• Bênção• Saudação do Ministério do Acolhimento

CORO – (Hebreus 1:6)Os anjos todos de Deus lovem-No.

CORO – (Apoc. 19:6; 11:15; 19:16)Aleluia, pois o Senhor onipotente reina. O reino deste mundo já passou a ser do Nosso Senhor e de seu Filho e Ele reinará para sempre. Rei dos Reis e Grande Senhor e Ele reinará para sempre e sempre.

• Postlúdio

CATEDRAL METODISTA DE PIRACICABA

Celebrante: Rev. Paulo Dias Nogueira

CORO SINFÔNICO DA EMPEMMaestro: José Roberto GalloSopranos: Ana Foizer, Ana Lucia Passuelo, Bruna Borghesi, Carina Petrini, Cíntia Pinotti, Daniele Defavare, Débora Letícia, Érica Gualazi, Ester Holcman, Maria Apparecida Mahle, Mônica Moraes, Nara Sebastião, Tânia Perticarrari, Vera M. Vieira, Raquel Oliveira.Contraltos: Adelina Pinotti, Ângela Tupy, Elisa Ayres, Eneida Lobo, Graziele Tinos, Juliana Narciso, Lílian Mitidieri Degaspari, Luciana Pimpinato, Maria Odete Ri-beiro, Sônia Dechen, Tânia Bragion.Tenores: Alex Cazzonato, Anderson Oliveira, Antonio Pessotti, Cláudio Costa, Cláudio L. Vieira, Daniel Pedroso, Eduardo A. Franco, Eduardo Salim, Everson Paduan, José Luiz de Maio, José Roberto Gallo.Baixos: Danilo Schmidt, Danilo Sarti, Edison Cerignoni, Eliseu Pozzani, Jonathas B. Ramos, José Vicente Fessel, Lucas Metler, Manoel Elias, Marcos, William de Bar-ros, Wulf Schimidt.Acompanhamentos: Eliana AsanoMaestros ensaiadores: Maria A. Mahle e José Roberto Gallo.