449
XVII Encontro da ABPMC 28 a 31 de Agosto, 2008 QuintaFeira 02à23 SextaFeira 24à210 Sábado 211 à 366 Domingo 367 à 449 Conteúdo dos trabalhos apresentados no Encontro de 2008 em Campinas – São Paulo

2008(Abpmc)

Embed Size (px)

Citation preview

  • XVIIEncontrodaABPMC

    28a31deAgosto,2008

    QuintaFeira0223SextaFeira24210Sbado211366Domingo367449

    ContedodostrabalhosapresentadosnoEncontrode2008emCampinasSoPaulo

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    2

    Curso:ODesenvolvimentoInfantilsobaPerspectivadaAnlisedoComportamento:elementosparaacompreensodotrabalhocomautistasCintiaGuilhardiGrupoGradual,PaulaGioiaPUCSP,LeilaBagaioloGrupoGradual,ClaudiaRomanoGrupoGradual

    O curso tem comopropostadestacar relaes comportamentaisdaprimeira infnciaeenfatizaraconstruo do ambiente social da criana com desenvolvimento tpico. Faz parte dessa proposta,tambm, indicar aspectos fundamentais do desenvolvimento infantil que permitam,comparativamente, a identificao precoce de problemas de desenvolvimento. Para tanto, foramplanejadasdiscussesarespeitodaconstruoderelaes importantesentreobebeseumundoquetornampossvelasuatransformaoemumindivduosocialeapossibilidadedotrabalhocomcrianas que no apresentam a mesma sensibilidade. Essas discusses tero como contedo osseguintestpicos: orepertrioinicialdobeb;aconstruodocomportamentooperante;aconstruodereforadorescondicionados,generalizados;aconstruodoambiente;oaprendercomooutro;oautismoeasfalhasdoresponderfrenteadeterminadosestmulos; as possibilidades de identificao precoce de falhas nas relaes comportamentaisdiscriminativas;aconstruoeampliaodorepertriodecrianasejovensautistas;ageneralizaoeapreparaodoambienteexterno.

    Curso:AnlisedoComportamentoemInstituiesdeSade:teoriaeaplicaoVeraLuciaAdamiRaposodoAmaralPUCCampinas/SOBRAPARAAnlisedoComportamentoparaaSadebaseiasenobehaviorismoradical,filosofiadacinciaquedefineocomportamentodosorganismoscomoseuobjetodeestudo.Aosebuscarascausasdocomportamentobuscaseacontribuiodefatoresdoambienteexternoeinternodoorganismoaoseventoscomportamentais.Estaperspectivadistintatantodomentalismocomodoambientalismoradical (Moore, 2002). Uma parte do comportamento eliciada por estmulos de importnciaprimariamente biolgica e foi selecionada atravs da evoluo em virtude de seu valor desobrevivnciaparaasespcies.Outraformadeanlisedocomportamentoenfatizaascontingnciasambientaisqueafetamocomportamentodeum indivduodurantesuavida.Eventosdentrodapeledo indivduo e no esto diretamente acessveis aos outros no podem ser vistos como tendoqualquer propriedade especial. Devem ser analisados no apenas como eventos fisiolgicos,mascomo contribuio ao controle discriminativo sobre a resposta em questo. A Anlise do

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    3

    ComportamentoparaaSadeenfocacomportamentosqueproduzemdoena,promovemasadeefacilitem ou dificultem o tratamento. Para que haja esta seleo necessrio que o indivduo secomporte,sendoelenicoeemconstanteconstruodesuahistria.possvelqueo indivduosecomportedemodoapromoversadeouaumentaraprobabilidadedecontrairdoenasouagravarcondiesgeneticamentedeterminadas.PortantooobjetivodaAnlisedoComportamentoparaaSade construir repertrios que levam promoo da sade e preveno de doena e reduzirrepertriosproblemticos como comportamentosde risco eno adeso a tratamentosmdicos ehbitos saudveis.Adeso so classes de comportamentos que facilitam o tratamento, amenizamcondiesadversasdadoena,melhoramoprognsticodecuraecontroledadoenaeaumentamaexpectativa de vida. As condies ameaadoras e aversivas presentes durante os tratamentosmdicos e inerentes aos contextos hospitalares geram respostas de fuga e esquiva e eliciamsentimentos de medo e ansiedade, que interferem nas respostas de adeso. O presente cursoenfocaraanlisedecontingnciasdecomportamentosdeadesoatratamentoemInstituiesdeSade particularmente no hospital. O desenvolvimento destes comportamentos tem grandevantagem,poisdiminuemo riscode abandonodo tratamento, com conseqenteagravamentodadoena,diminuemosproblemasdecomportamentoassociadosdoena, incluindoosemocionais.Em geral, classes de comportamento de no adeso aparecem em funo de histria de aversoacarretadapeloprpriotratamentoenainterrelaocomaequipemdica;resultadospositivosemlongoprazonotmforadecontrolesobreocomportamento;ocustoderespostadeadesoaltoocorrendoaextino;baixamotivaoparaotratamento(condiesestabelecedorasnoalteramo valor da conseqncia); e outras contingncias da vida tm maior fora de controle sobre ocomportamentodo indivduo.Seroapresentadas,nocurso,anlisesetratamentos funcionaisparareduo de comportamentos problemas e instalao de comportamentos de cooperao emprocedimentosmdicos invasivos usandoDRA (reforo diferencial de respostas alternativas),DRO(reforodiferencialdeoutrocomportamento),mudanadecontroledeestmulo,usode fantasiaebrinquedo como reforo condicionaleutilizaode controle instrucional. Serenfocada, tambm,neste curso, uma anlise funcional do comportamento da equipe interdisciplinar de sade e osrepertriosnecessriosparaqueoanalistadecomportamentopossaintermediarpossveisconflitosedesajustesentreasequipeseopacienteefamiliares.Curso:PsicofarmacoterapiaFelipeCorchsNcleoParadigma/AMBANIPqHCFMUSP

    O cursodepsicofarmacoterapia tem comoprincipaisobjetivos exporde forma claraeobjetivaosconceitos fundamentaisacercada terapia farmacolgicadosproblemas comportamentais.Visandouma demanda aparente dos psiclogos clnicos, o curso abordar o tema enfatizando aspectosprticos como os principais tratamentos indicados para cada caso, critrios de escolhamedicamentosa, efeitos colaterais e seumanejo, entre outros. Seguindo a idia de que a anlise

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    4

    funcional enriquece a viso dos problemas comportamentais e que as vises clssicas tendem adesconsiderla,taisconceitosseroconsideradosporumaperspectivabehavioristaradical,naqualcadatranstornopsiquitricovistocomoprodutodeseleoambientalecadadrogautilizadaemseutratamentoumnovocomponente inseridonacontingnciaemquestode formaamodificla.Baseandose em evidncias experimentais slidas, ser demonstrado que alm de seu efeitofarmacolgicoincondicionado,osfrmacospassamaparticipardadinmicadacontingnciaemquefoi inserido, adquirindo funes diversas como, por exemplo, a de estmulo e operaoestabelecedora.Este fato trs implicaescrticasparaaprticaclnica,masquesosimplesmenteignorados na esmagadora maioria dos casos. Aproveitando ainda a situao, esperase exporfilosfica e cientificamente onde se encaixa o fisiolgico em uma cincia como a anlise docomportamentoeoporquecomooqueestembaixodapele(inclusiveocrebro)podeedeveservistocomoprodutodeseleoenocomovarivelindependenteparaocomportamento.Partindosedesseprincipioserdiscutidaaimportnciadeseuestudoedebateraseparaoentreafisiologiaeaanlisedecontingnciascomoumartifciomeramentedidticoearbitrrio.

    Curso:TerapiaComportamentalemGrupoAliceMariadeCarvalhoDelittiPUCSP/CeACePriscilaDerdykCeAC

    Curso:TerapiaCognitivoComportamenaldeTranstornosdaAnsiedadeBernardRangUFRJ

    Estecursoexaminaoestadoatualdoconhecimentoemterapiacognitivocomportamentalnaformulaoetratamentodetranstornosdaansiedade,maisespecificamenteostranstornosdepnicoeagorafobiaeotranstornoobsessivocompulsivo.

    Curso:SupervisodeAtendimentoClnicoemTempoReal:procedimentoparadesenvolverhabilidadespsicoteraputicasHlioJosGuilhardiITCRCampinas

    Os supervisoresclnicos tmumapreocupao fundamentalcomaadoodeprocedimentosmaiseficientes para instalar e desenvolver repertrios psicoteraputicos nos psiclogos clnicos eestagirios de psicologia clnica. O supervisionando, na estratgia mais comum, relata durante asuperviso aquilo que, supostamente, ocorreu na sesso. O supervisor conduz a superviso e adiscussodo caso apartirdasdescriesprevisivelmente suspeitasdas interaesque teriamocorrido durante o atendimento clnico. Um avano em relao estratgia citada consiste emconduzir a superviso com base na transcrio da gravao das interaes verbais ocorridas na

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    5

    sesso.Nesta condio, amaior parte dos eventos que ocorreram durante o atendimento foramregistrados no momento em que aconteceram, o que permite uma avaliao mais confivel doprocessopsicoteraputico.Nasduasestratgiasapontadas,quaisquerorientaesdosupervisorsoatrasadasespodemserimplementadaspelopsicoterapeutaemsessesfuturas.OpresenteCursoapresentaumaestratgianaqualopsicoterapeutaeo clienteautorizam a gravaoem vdeodasesso, em tempo real, e o supervisor apresenta as orientaes, atravs de um ponto de escutacolocadonoouvidodopsicoterapeuta,noexatomomentoemque se fazemnecessrias. Sesses,assimgravadasemvdeo,seroapresentadaseanalisadasduranteoCurso.Serocomentadasaindaas implicaes da adoo de talmodelo de superviso para o desenvolvimento de repertrio depsicoterapeuta.Curso:VivenciandoaTerapiadeAceitaoeCompromissoFatimaCristinaSouzaContePsiC,M.ZilahBrandoPsiCOobjetivodestecursocriarcondiesparaaprendizagemdehabilidadesteraputicasnecessriasparaoatendimentoclniconestamodalidade.Comoumcurso tericoprticopretendesequeaaprendizagem ocorra pela discusso terica e pela observao e ensaio de comportamento. Asituaogrupalpodefuncionarcomoumlaboratrionoqualseexperimentanovoscomportamentosesedesenvolvemnovasformasderelacionamento.

    Curso:PsicologiadoEsporte:atuaodoanalistadocomportamentoemmodalidadescoletivasEduardoNevesPedrosadeCilloUSP/PUCMinasDaaplicaodetcnicascomindivduos,emparalelo,aotrabalhocomcontingnciasentrelaadasemumgrupo.Coeso,cooperaoeanoodemetacontingencia:desempenhoevitoriacomoprodutoagregado.Mediaodeconflitos,competiointragrupoefoconatarefa.Ousodeinstrumentosderegistro de desempenho (scouts). A influencia de contingncias institucionais nos nveis decooperaoedesempenho.

    Curso:AcontribuiodaAnlisedePrticasCulturaisFamiliaresparaoFortalecimentodaIdentidadedaTerapiaAnalticoComportamentalInfantilLarciaAbreuVasconcelosUnB,AnaRitaCoutinhoXavierNaves,RaquelRamosvilaUnB

    O curso apresentar os pressupostos e os objetivos gerais da Terapia analticocomportamentalinfantil(TACI),diferenciandoadamodificaodocomportamentoedotreinamentodepais.Entreosprincipaisaspectosa serem consideradosesto: (1)anecessidadede complementaraabordagemfuncionaleconstrucionalcomaanlisedeprticasculturaisfamiliares;(2)aspossveiscontribuiesdaaplicaodosconceitosdemetacontingnciasemacrocontingnciasaocontextofamiliar;e(3)a

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    6

    relevnciadeinvestigareintervirsobreumaamplamatrizdecontingncias,oquepoderconduziramudanas tantoemnvelcomportamental (e.g., individual,considerandoacriana),comoemnvelcultural (e.g., interaes familiares). A partir da discusso desses aspectos, defendese que aidentidade da TACI pode ser fortalecida com a introduo de anlises sistemticas de prticasculturais familiares,poispossibilitamumaampla interpretaoemaiorconhecimentodasvariveiscontextuaispresentesnocotidianodacriana.

    Curso:AnlisesdeGeneralizaoePossibilidadesdeGeraodeComportamentosNovosDeisydasGraasdeSousaUFSCareLdiaPostalliUFSCar

    O curso pretende abordar dois tpicos, um conceitual e outro metodolgico, com derivao deprocedimentos para favorecer a ocorrncia de generalizao. No primeiro tpico ser feita umadistino entre generalizao por similaridade fsica e generalizao a partir de abstrao erecombinao de unidades. No segundo tpico sero apresentados estudos experimentais comdestaque para os aspectos de procedimento, especialmente o uso de matrizes de treino paraprogramar treinos e testes de repertrios recombinativos. A literatura tem mostradoconsistentemente que quando so ensinados comportamentos (de diferentes tipos, incluindocomportamentoverbal)que contmunidades sobrepostas,desempenhosnovospodemderivardediferentescombinaesdessasmesmasunidades.Umrecursoextraordinariamente importanteparao planejamento de ensino e de testes de combinaes somatrizes nas quais todas as unidadesensinadas so dispostas em tabelas de dupla entrada e as caselas da tabela indicam o produtoresultante no cruzamento de cada linha com cada coluna. Existem diferentes possibilidades dearranjos em matrizes. Cada matriz pode funcionar como uma importante fonte de controle deestmulosparaocomportamentodetomardecisesporpartedoprogramadordeensino,umavezque a escolhadas combinaes a serem ensinadas determinantena geraodos resultados emtermosdegeneralizao, isto,humcontinuoao longodoqualoensinopodegerardepoucaounenhuma recombinao, at grausmximos de recombinao. Exercciosde construo dematrizseroconduzidoscomoumapequenaatividadeprticaparadaraosparticipantesaoportunidadedeapreciaras implicaesdoplanejamentodeensinocomvistasmaximizaoda recombinaonageraodecomportamentosnovos.

    Curso:AnliseComportamentaldaMentiraJulioCesarCoelhodeRoseUFSCar,CamilaDomeniconiUFSCar,MariledeCassiaDinizCortezUFSCar

    Opresentecursoabordaramentiraapartirdaanliseskinnerianadecomportamentoverbal.Deacordo com esta perspectiva, amentira,muitas vezes apontada como caracterstica do indivduo,passaaserconcebidacomoprodutodecontingnciasde reforamento,que levamum indivduoaemitir,diantedeumaaudinciaalvo,umcomportamentoverbalopostoquelequeemitiriadiantede

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    7

    outra audincia, que poderia ser o falante mentiroso como seu prprio ouvinte. Em termos dalinguagemcomum,ofalanteenganaaaudinciaalvodizendoalgoquenooqueelepensa(ouseja, que diria para simesmo). Sero apresentados aspectos tericos relacionados ao tema e emseguida sero apresentados alguns estudos experimentais emque contingncias especficas forammanipuladasdemodoaproduzirrelatosmentirososempombosehumanos,tantocrianasquantoadultos. Sero discutidas estratgias para promover relatos verdicos atravs da correspondnciaentre eventos e relatos e particularmente entre comportamentos do indivduo e seus relatos arespeitodoprpriocomportamento.

    Curso:PersuasoeComportamentoVerbalMariaMarthaCHbnerUSPAsrelaesentreoperantesverbaisenoverbais,bemcomoasrelaesentreosprpriosoperantesverbais foram exaustivamente analisados no livro Verbal Behaviorde Skinner, 1957. Uma dasimplicaesdessaanlisepossibilidadedarealizaodepesquisas(porinmerasdcadas),isolandoas variveis de controle dos inmeros exemplos de operantes verbais propostos pelo autor. Notocanteaosoperantesautoclticos,Skinnerapresentaocomoumoperantesecundrio,queocorrecomo parte de outros e que pode ter inmeras funes, aumentando, em geral, a preciso docontrole sobreoouvinte.Nos casos emqueo autocltico qualificador enos casos emque estaqualificao positiva, um dos possveis efeitos o aumento da probabilidade de ocorrncia dooperantenoverbaldescritoeavaliadopositivamente,porumannciodovalorreforadordaaodescrita..Seofalanteoprprioouvinte,oautoclticoqualificadorpodeaumentaraprobabilidadedeemissodocomportamentonoverbaldescritoevalorizadopeloprpriofalante,configurandosecomoumautomando.Seofalanteoutrapessoa,oautoclticopodeteromesmoefeitoepodesedescreverooperanteemquestocomoummando.Mandoscomautoclticosqualificadorespositivosquetmoefeitoaquidescritopodemsercompreendidoscomopersuasivos,nosentidodequelevamooutroa fazeralgo,mesmoqueumanicavez.Condiesemquemandosouautomandoscomestascaractersticastmmaioroumenorpoderdepersuasoserodescritos,combaseempesquisasexperimentaisrealizadas.

    Curso:TerapiaComportamentaldeCasais:especificidadesdoatendimentodealgunsparceirosVeraReginaLignelliOteroClnicaORTEC/PSICOLOGRibeiroPretoSP,YaraIngbermanIEPAC/UNICENP/FEPARA terapia comportamental de casais sofreu profundasmodificaes na suamaneira de atuar nasltimas duas dcadas. A principal alterao se deu na formulao de casos e nas estratgias deintervenooriundasdaanlisedocomportamentoeconhecidocomoTerapiaIntegrativadeCasais.Estemodelo,fundamentadoempesquisas,propeformasmaisabrangentesparaidentificareintervirnas dificuldades de parceiros. Tais propostas de interveno no relacionamento de casais esto

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    8

    baseadasnosconceitosdetolernciae.aceitao.Estecursotemcomoobjetivoapresentarediscutirasespecificidadesdo atendimentode algunsparceiros tais como: casaishomossexuais, casaisquevivemsituaesdeviolncia,casamcomportador(es)dedoenagrave,casaismuito jovens,casaisidosos, casais em processo de separao e/ou recasamento, casais de diferentes idades, dentrooutras duplas de parceiros que requerem ateno e consideraes especficas. Como avaliar asqueixas destas pessoas e formular um plano de atendimento que contemple as necessidadesinerentesacada tipodecaso?Seroapresentadosaspectosgeraisda literaturaedaprticaclnicaque tm sido adotadaspor estasprofissionaisno atendimentode alguns casos, enfatizandoseosprocedimentosquepodemserdesenvolvidos.Cadacasalnicoemsuahistriaeasestratgiassoelaboradas a partir de micro e macro anlises funcionais que guiam as intervenes a seremrealizadas.Curso:BehavioralActivation(BA)umtratamentoABAempiricamentevalidadoparaadepressoRooseveltR.StarlingUFMG/USPABehavioralActivationativaocomportamentalcomoumtratamentoABAparaadepressoteveasuaorigemnumaanlisedecomponentes(multitratamento)daterapiacomportamentalcognitiva(TCC)paraadepresso(nosmoldesatualizadospropostosporBeckecols.em1979)conduzidaporJacobsonecolegas (1996).Esteestudoenvolveuo tratamentode150pacientesambulatoriaiscomdiagnstico de depresso maior distribudos aleatoriamente entre (1) um tratamento baseadoexclusivamentenoscomponentescomportamentais(BA)domodelodaTCC,(2)BAmaisintervenesparamudana dos pensamentos automticos e (3) o pacote completo da TCC. As intervenesforamconduzidasporterapeutascognitivosexperientes.Osresultadosdemonstraramque,tantonosresultadosfinaisquantonumfollowupapsseismeses,oscomponentescomportamentaisdaTCC,isoladamente (1),mostraramse toeficazesquantoo tratamento (2)e (3),opacote completodaTCC. Estudos posteriores (Kanter e cols., 2004; 2005) corroboraram estes achados. A BA foisistematizada comoum tratamentoempiricamente validadopara adepressoporMartelleAddis(2001; 2004) na sua forma atual. Organizado em trs blocos (Compreendendo a depresso,Resolvendoadepressoe,umterceirobloco,comfinalidadesprofilticasedeprevenodarecada,BA como um estilo de vida diria) este tratamentomantmse fiel ao carter idiossincrtico dasintervenesanalticocomportamentaisaomesmotempoemqueofereceumabasesistematizadaeempiricamentevalidadaparaaconceituaoeparaaorientaodaaoclnicaeficaznotratamentodeste transtorno. Reduzindo a nfase acadmica, o curso apresentar omodelo na sua vertenteprtica, percorrendo os passos de cada bloco de acordo com o modelo sistematizado e com aexperinciaclnicadoministrantenasuaaplicao,focadonaconduodotrabalhojuntoaocliente.

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    9

    Curso:DepressoeAnsiedade:dosmodelosanimaisprticaclnicaJulianaSetemPSICOLOGInstitutodeEstudosdoComportamento(RibeiroPreto/SP),HelosaHelenaFerreiradaRosaO modelo cientfico uma representao que permite operacionalizar as variveis envolvidas nageraodeumfenmenoqualquer.Almdesercompostoporumnmeromenordevariveis,ummodelopermitemaiorcontroledasmesmas.Istotornapossvelinvestigarconfiguraesquedeoutraformaseriam impossveis.Haindamaisumavantagemassociadaaousodemodeloscientficos:asntese.Aformulaodemodelos,emgeralsinttica(porvezes,matemtica)oquelheconfereumalto poder preditivo. Existem diversos tipos de modelo em cincia. Os modelos experimentaiscorrespondemsconfiguraese recursosutilizadosparapromoveraocorrnciae/oumensuraodeumfenmenoemumainstnciareduzidageradapeloexperimentadoremcondiescontroladasdelaboratrio.Avalidadedemodelosanimaistemsidofreqentementediscutidaemfunodeumconjunto de critrios estabelecidos por vrios autores. Podese considerar, por exemplo, asemelhanacomacondiohumanaemetiologia, sintomatologia,neurobiologiae tratamento.Ouainda,ummodeloanimaldeveatenderacritriosbsicoscomoacorrelao(validaomodeloapenasquantoaosaspectosfarmacolgicos),oisomorfismo(formacomqueocomportamentoapresentadose assemelha condio humana) e a homologia (similaridades aparentes entre os processos oucausas subjacentes condio humana e a resposta animal). As pesquisas que utilizam modelosapiamse na continuidade biolgica entre espcies e esperam descobrir substratos comuns nageraodefenmenoscomportamentaisemhumanoseanimais.Almdisso,buscamdescobrirnovasdrogas e avaliar seu uso clnico potencial, bem como compreender a neurobiologia doscomportamentosestudados.Diversosmodelosparaoestudodepsicopatologiasjforampropostos.Neste curso alm de discutir os critrios para validao de um modelo, apresentaremos algunsmodelos animais e humanos de ansiedade e depresso. O foco de discusso estar centrado naimportncia do conhecimento destesmodelos pelo analista de comportamento como ferramentapararealizaodeanlisesfuncionaisdoscomportamentosdocliente.Estaponteserfeitaatravsdaapresentaodetrechosdeatendimentosclnicos.

    Curso:EtapasdoRaciocnioClnico:daqueixamudanaJooVicentedeSousaMaralUniCEUB/IBAC,GilbertoHazaadeGodoyIBACEstabelecer um curso de ao a partir da queixa uma tarefa bsica, e nem sempre simples, dotrabalhoclnico.Aspossibilidadesdeintervenopodemvariardeaspectosdiretamenterelacionadosa uma queixa especfica a muitos outros aspectos da vida do cliente. No modelo analticocomportamental, a Anlise Funcional do Comportamento assume um papel determinante nacompreensodosfenmenoscomportamentaisenoestabelecimentodeestratgiasdeinterveno.EntenderosprincpiosdaAnlisedoComportamentoconstituiseassim,umacondiofundamental

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    10

    para um bom trabalho clnico. Ao mesmo tempo em que permite um diagnstico apurado dasvariveisquecontrolamprocessoscomportamentais,aanlisefuncionalabreinmeraspossibilidadesdeinterpretaoeinterveno,gerandodvidassobreocursodeao.Quaiscontingnciassomaisrelevantes,queprocessoscomportamentaisdevemserpriorizados,comointerferirnascontingncias,so indagaescomunscomasquaisoclnicocomportamentalsedepara.Osurgimentorecentedemodelosdeatuaonaclnicacomportamental,comoaFAPeaACT,soexemplosdetentativasbemsucedidasparaorientaro trabalho clnico.Noentanto,omodelohistrico funcionalistadificulta acriao de pacotes de interveno, ficando sempre a cargo do profissional a identificao decontingnciasrelevantesnaaquisio,manutenoemodificaodocomportamento.Osurgimentode modelos teraputicos nos ltimos anos, tanto no exterior como no Brasil, revela a demandaexistentepor sistematizaesnaprtica clnica.Opresente curso temporobjetivoapresentarummodelo de raciocnio clnico analticocomportamental com fins de contribuir para a prticateraputica.Omodeloapresentado,enfatizaa importnciadeumaanlisemolardecontingnciasquando comparada anlise de contingncias especficas. Isto implica em conhecer no apenasaspectosdiretamenterelacionadosqueixa,maso indivduocomoumtodo,nas inmerasrelaesfuncionaispresenteshojee,principalmente,ao longode suahistria.Entreasestratgiasestoaidentificao de padres comportamentais direta ou indiretamente relacionados s queixas,acompanhada de um indispensvel processo de autoconhecimento, que inclui avaliaesmotivacionais.Ocursoapresentaumroteiroderaciocnioclnico,daqueixa inicialsestratgiasdemudanas, ilustrado com casos de Depresso, Transtorno ObsessivoCompulsivo, Transtornos deAnsiedadeemgeral,Problemasconjugaisefamiliares,almdeoutrasqueixascomunsnaclnica.

    Curso:PolticasPblicas:contribuiesdaAnlisedoComportamentoMrcioMoreiraIESB/UnB,DiogoFerreiraIESB/UnB

    O diagnstico e enfrentamento de problemas sociais levamnos, necessariamente, ao seguintequestionamento: Qual seriam as contingncias, macrocontingncias e metacontingncias quedeveriam ser criadas, mantidas/incrementadas e/ou extintas para que pudssemos alcanar altondice de desenvolvimento humano? O papel da agncia governamental parece de fundamentalimportnciaquandoo assuntoplanejamentodeprticas culturais. por intermdiodepolticaspblicasqueoEstadointerferenogruposocial,podendotransformarradicalmentecomportamentos.Nosso objetivo discutir a possibilidade de planejarmos, implementarmos e avaliarmos polticaspblicasutilizandonossoconhecimentoarespeitodocomportamentohumano.

    Curso:BiofeedbackocorpoemterapiaArmandoRibeirodasNevesUNIFESPExpressescomo:ocorpofala,reeducaocorporal,leituracorporal,eetc.geralmentenosobaseadasnasteoriasdaaprendizagemoudoprocessamentoda informao,oumesmopossibilitam

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    11

    uma compreenso objetiva e fundamentada na metodologia cientfica atual, carecendo deembasamentocientficoedeestudossobresuaeficciaesegurana.OcondicionamentooperantevisceraldescobertopelopsiclogonorteamericanoNealMillerpossibilitouoaparecimentodocampode aplicao do biofeedback e mais tarde da Medicina Comportamental, ou seja, biofeedback(biorretroalimentao) consiste na utilizao de modernos equipamentos eletrnicos capazes demonitorar, amplificar e apresentar de forma compreensvel informao biolgica, para que ossujeitosaprendamamodificarou regularessesprocessos,mediadospelo sistemanervoso central,autnomoe/oumuscular.O recursodebiofeedbackpoder serutilizadona clnica,napesquisaetambm como recurso complementar psicoterapia, reabilitao e treinamento de performancesespecficas.Princpiosbsicossobreautilizaodobiofeedback:(a)educaosobresinaisfisiolgicos;(b) treinamento de relaxamento; (c) gerenciamento do estresse; (d) reestruturao cognitiva; (e)modificao do comportamento; (f) monitoramento fisiolgico durante a sesso de psicoterapiaverbal(Wickramasekera,1998;Moss,2003).Oobjetivodesteminicursoapresentarsucintamentesnovastecnologiasdebiofeedbackparaotreinamentoemonitoramentodeautoregulaomentecorpo. Segundo reviso da literatura promovida pela fora tarefa da Association for AppliedPsychophysiology and Biofeedback (AAPB) e da International Society for Neuronal Regulation(ISNR), em2004,obiofeedbackum recurso teraputico eficaze seguroparadiversas condiesclnicas, entre elas: ansiedade, estresse, transtornos somatoformes, disfunes psicofisiolgicas,asma, incontinncia urinria, transtorno de dficit de ateno e hiperatividade (TDAH), cefalia,hipertensoarterial,entreoutras.Orecursodebiofeedbacksetornamaisumaestratgiateraputicaeducacional, importante para a psicoterapia e principalmente para a abordagem da TerapiaCognitivoComportamental.Oministrantedesteminicursovemdedicandoalgunsanosdeestudoeensinodaterapiaassistidapelorecursodebiofeedback,emalgunsdosmaisimportantescentrosdeestudo,pesquisae formaoemTerapiaCognitivoComportamentaldoBrasil,entreeles:AMBANIPQHCFMUSP, CEMCOUNIFESP, Setor de Psicologia da Sade do INESP do Hospital BeneficnciaPortuguesa,entreoutros.Almdeserconvidado,comoutroscolegas,aapresentarno IICongressoBrasileiro de Psicologia (2006), atravs da Associao Brasileira deNeuropsicologia (ABRANEP) ostemas: Bio/neurofeedback especificidade da rea do psiclogo: poltica de desenvolvimento daprofissoe Campodeaplicaodobio/neurofeedbackna reabilitaopsicolgica,psicoterapiaetreinamentodeperformancesespecficas.

    Curso:TerapiaComportamentalCognitivadasFobiasFranciscoLotufoNetoUSPDescrioclnicaetratamentodasprincipaisfobias:Agorafobia,FobiaSocial,FobiasEspecficas(animais,alimentos,espaos,sangueeferimentos,recusaescolar,avio).

    Curso:DoenaCrnica:anlisedecontingncias

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    12

    DianaToselloLaloniNAPSI/PUCCampinasNa introduopretendeseanalisarascontingnciaspresentesna relaosadedoenaatravsdaAnlise de Contingncias. O estudo das relaes entre o estado biolgico do organismo, ocomportamento e o ambiente sero focalizados considerandose que o comportamento no independente do organismo biolgico, isto , as funes biolgicas so afetadas pelocomportamento.Ohomemumsistemaunitrio,nohdicotomiaentrecorpoecomportamento.Comportamentos promovem sade como comportamentos promovem doenas. As contingnciasmodelamoestadobiolgicodoorganismodamesma formaquemodelamoscomportamentos.Ascondies biolgicas do organismo podem ser afetadas diferentemente conforme o organismorespondescontingncias.Nasegundaparteoconceitodesadeedoenaserabordado.Asadecompreendida comoumestadodebemestar fsico,mentale social.Asdoenaspodem tervriospadresdemanifestao,acometimentoeevoluo.Adoenacrnicatodaaquelacondioclnicacujaevoluoseprocessaemlongoprazo,comousemtratamento.Existemmuitasdoenascrnicaseelastmenormeimportncianaatualidade,muitasestorelacionadasaoestilodevida,ecrescemem progresso vertiginosa, atingindo quase um tero da populao brasileira. A expanso dasdoenascrnicasrelacionaseaosprocessosde industrializao,afaltadeplanejamentourbano,aodesenvolvimentoeconmico.DeacordocomaOMS,asdoenascrnicassoasprincipaiscausasdemorte e incapacidade no mundo, mas elas podem ser prevenidas e mantidas sobre controle. Aterceira partedo curso os temas abordados sero: o conhecimento sobre doenas crnicas e suarelaocomcomportamentos,odesenvolvimentodeprogramasdepreveno,tratamentoseadesoatratamentos.Aanlisedascontingnciasemportadoresdedoenascrnicasexigeoconhecimentode epidemiologia, conceitosde fatoresde risco, comportamentosde adeso.Asdoenas crnicasabordadas nesse curso sero: diabetes mellitus, cncer, doenas cardiovasculares, HIV, alergias,artrites.Curso:AnlisedeContingnciasemProgramaodeEnsinoAdliaMariadosSantosTeixeiraUFMGSKINNER,nadcadade50,fezsuainserodefinitivanocampodaeducao.OensinoconstituiusenareadeaplicaodaAnliseExperimentaldoComportamentomaiscontempladacomartigosecaptulosemlivrosproduzidospelofamosocientistacercade30trabalhos,almdapublicao,em1968,desuaobraclssicaTECNOLOGIADEENSINO.SuasproposiessugeriamqueumarevoluoocorrerianaeducaopormeiodaInstruoProgramada.Apesardosucessoalcanadonosanos60,aesperada revoluonoaconteceu.Umavariantedesuaproposta, tambmmuitobemsucedidanosanos70,o conhecidoPSIdoProfessorKELLER, reproduziuamesma trajetriadedesencanto.Muitosfatoresexternos,pordemaiscitadospelosproponentes,semdvida,concorreramparaessemalogro.Noentanto,a literatura registraque,desdeseu incio,essasprticassedesvincularamdacincia que lhes deu origem a ANLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO. sobre essa

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    13

    questo interna das propostas que esse curso versar apresentando um procedimento deprogramaodeensinoquevinculaocomportamentodeprogramaraosprincpiosdestapromissoraabordagempsicolgica. IstosetornoupossvelapartirdostrabalhosrealizadospelaDra.CAROLINAMARTUSCELLIBORIeseusalunos.AconhecidaProfessoradaUniversidadedeSoPaulo,participanteativa da criao do PSI, foi pouco a pouco direcionando sua produo numa vertente nova quecontemplava o comportamento do programador ao planejar condies de ensino. Vislumbrou eregistrou, em 1974, um procedimento ou instrumental que associava programao e anlise decontingncias.O programador tinha de identificar e programar as contingncias de interesse paraproduzir o objetivo pretendido de ensino. Essa proposio muda todo o procedimento deprogramao utilizado, at ento, cujo foco era o programa em si. Como sua aluna , tive aoportunidade de praticar extensivamente essa proposta e, com o passar do tempo, pudecompreender o que estava embutido nela, detalhandoa, elaborandoa e esclarecendoa. Pudeconstatarqueaosesubmeteraesseinstrumental,oprogramadorsubmeteseaomesmotempoaosprincpios da Anlise Experimental do Comportamento.Pretendo descrever neste curso algunsprogramasdecontingnciasdeensinoquedesenvolvidemonstrandoa inevitvelvinculaoentreomeu comportamento de programar e os princpios da Anlise Experimental do Comportamento.Pretendo tambm apontaroutros camposde aplicaodo instrumentaldeBORI, especialmente PsicologiaSocial,PlanejamentoAmbiental,PlanejamentoCultural.

    Curso:ComportamentodoConsumidorePadresdeEscolhaentreProdutoseMarcasCristianoCoelhoUniversidadeCatlicadeGoisOpresentecursotemcomoobjetivoapresentaremtermosconceituaisemetodolgicosomodelodeanlisedocomportamentodoconsumidoresuaaplicaonacompreensodeescolhaentreprodutosoumarcas.Aanlisedocomportamentodoconsumidornaperspectivacomportamental(BehaviouralPerspectiveModelBPM)umamploprogramadepesquisaderivadodomodelodesenvolvidoporFoxall.Deacordocomomodeloemsuaformaatual,ocomportamentodoconsumidorcontroladopelaaberturadocenrioepelosnveisdepunioereforodiretamenteadvindosdoconsumo(utilitrios)eobtidosatravsdofeedbacksocial(informativos),luzdeumahistriadeaprendizagemespecfica.Avantagemdaaplicaodacontingnciatrpliceconsisteemincorporaroefeitodiferencialdocontexto,bemcomodosefeitosdaconseqenciaodocomportamentosobreaprobabilidadefuturadeconsumo.Tomandocomopremissaqueasituaodeconsumopodeservistacomoumasituaodeescolha,umaanlisedocomportamentodoconsumidorincorporaaindaanoodequeaprobabilidadedecompradeumprodutoouservioinfluenciadanoapenaspelasconseqnciasdoprodutoouservioadquirido,mastambmpelasconseqnciasassociadasobtenodeprodutosouserviosalternativos.Almdisso,marcaspodemseranalisadascomoestmulosdiscriminativosquesinalizamprobabilidadedereforoepunio,tantoutilitriosquantoinformativos.Umaanlisedocomportamentodoconsumidorpode

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    14

    serrealizadaapartirdedadosobtidosemlaboratrio,bemcomoemambienterealdeconsumo.Osdadosobtidosnestesdoiscampospodemservistoscomocomplementaresparaacompreensodediversasvariveisnocontroledocomportamentodoconsumidor.

    Curso:Esquizofrenia:desafioparaacinciadocomportamentoIlmaA.GoulartdeSouzaBrittoUCGOs comportamentosdeumapessoadiagnosticada como esquizofrnicapodem assumirdiferentestopografias: falar demodo inapropriado, repetir desnecessariamente asmesmas palavras, recusarparticipardasatividades,permaneceremperodosde tempocomamesmapostura,no trabalhar,negligenciarhigiene,afastarsedoconvviosocial,noassumirresponsabilidades,etc.Os indivduosque apresentam tais padres comportamentais tm sido rotulados como psicticos, loucos,alienados,severamenteperturbadosoudoentesmentais.Apesardassimilaridadesentreasclassescomportamentais,observamsevariaesdeindivduoparaindivduodentrodestegrupodiagnstico,em termosde suasnecessidadesdeapoioede suashabilidadesem se comunicarem seuprprioproveitocomportamental.Aindanofoipossvelevidenciaroqueouoquecausaaesquizofrenia.Operantesverbaiscomodelirarealucinarsoelementosconstitutivosparaodiagnsticopsiquitricode esquizofrenia.Oproblema seria entooqueo esquizofrnico fala: falas falsas com elementosirreais entre as palavras de ligao, falas com estmulos inexistentes as quais so consideradasinapropriadasquandocomparadassprticasconvencionadasdeumacomunidadeverbal.Essetipodecomportamentoverbaloralnoumapropriedadeouumatributodoesquizofrnico;noalgoqueelepossua.Devesefalarsobreoscomportamentosqueestoocorrendoemcontextos,noemorganismos. Esses comportamentos devem ser entendidos como parte da relao entre oesquizofrnicoeoseuambiente.Seforconsideradoqueoscomportamentosinapropriadosocorrememesquizofrnicos, lgico tentarmudaroesquizofrnico.Aoconsiderarqueoscomportamentosverbais inapropriados ocorrem em contextos, tornase lgico mudar o contexto. A mudana decomportamentoocorrepelamudanadeambienteenotentandomudarosorganismos.Dadosdaliteratura demonstram o controle operante para esses tipos de verbalizaes alcanadosfuncionalmenteatravsdasmanipulaesexperimentais.Noentanto,permanecemasdivergnciasfundamentaisentreosanalistasdecomportamentoosquaissereferemaocontroleoperantedestaclasse comportamental e outros pesquisadores os quais postulam explicaes organicistas paraexplicarocomportamentodoesquizofrnico.Conseqentemente,observasehojequeumaanlisedasvariveisenvolvidasnosquadrospsiquitricoscomotranstornosdeansiedadeoudepressosofreqentes,oquepoucoocorrecomos transtornospsicticoscomoaesquizofrenia.Oobjetivodopresente curso apresentar dados de pesquisas sobre a esquizofrenia sob o enfoquecomportamentalviadelineamentosdecasonicodeintervenesrealizadasemnossocontexto.Osdados obtidos permitem afirmar que o comportamento incomum do esquizofrnico mostrousemodificveldeacordocomascontingnciasprogramadas.

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    15

    Curso:AnliseFuncionaldeProblemasPsicopatolgicosRobertoAlvesBanacoPUCSP/ParadigmaA anlise funcional tem sido reconhecida como a principal ferramenta de avaliao e intervenosobreocomportamento.Noentanto,comonemsemprehconsensosobreoqueaconstitui,partedesteminicurso abordar adiscusso acercadasdefiniesedasprticasque constituiriamumaanlise funcional. Alm disso, a disciplina abordar as contingncias que comumente produzemcomportamentos classificados culturalmente como problemticos ou psicopatolgicos e como aanlise funcional pode auxiliar a descrever e solucionar tais problemas. Aplicaes de conceitosbsicos da anlise do comportamento em discusso com os sistemas classificatrios de doenasmentais procuraro analisar a produo de contingncias que resultam nesses tipos decomportamentos.Curso:PsicoterapiaInfantil:omanejodeestratgiasldicasauxiliandonodesenvolvimentodenovospadresdecomportamentosesentimentosPatrciaPiazzonQueirozIAACCampinasHumgrandearsenaldetcnicasquensempregamosnassessesdepsicoterapiacomcrianas.Emgeral, as tcnicas adotadas pelo psicoterapeuta tm a ver com a faixa etria da criana ou compeculiaridadesdaqueixa.Assim,comcrianasmenoresusamsebrinquedos (emgeralnomeadadeludoterapia, termo que merece alguns comentrios crticos), com crianas mais velhas e verbaisempregamsetcnicasdecomunicaoeassimpordiante.Opsicoterapeutadeveficarsobcontroledo repertrio de comportamento da criana e dos eventos que so reforadores positivos ouaversivosparaseuclienteeproporcionareimplementarcontingnciasdereforamentocompatveiscom a anlise dos dois itens apontados. As tcnicas que venha a empregar e o material a serintroduzidonassessesdevemserescolhidosestritamenteemconsonnciacomascontingnciasdereforamentoqueprocuraintroduzirduranteoprocessopsicoteraputico.Porexemplo,aintroduodeumbrinquedoespecficospodeserqualificadasecomelesepretendeinstalarcomportamentosqueacriananopossui;oucomopapelespecficoqueobrinquedodesempenhanascontingnciasde reforamento,osquaisopsicoterapeutaestmanejando.Opsicoterapeuta,aoadotarqualquerestratgiadeterminada,deveestaraptoaresponderaseguintequesto:qualopapel funcionaldoinstrumentoqueestouusando(sejaumbrinquedo,lpispapel,conversao,etc.)nascontingnciasdereforamentoqueestouempregandocommeucliente?OCursoapresentardiversasestratgiasde manejo das interaes entre psicoterapeuta e crianas, inseridos de modo funcional, nascontingnciasdereforamentoemoperaonasesso.Curso:AutomonitoramentoLincolnGimenesUniversidadedeBraslia,CarlosHenriqueBohmUniversidadedeBraslia

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    16

    O automonitoramento um procedimento utilizado para a observao, avaliao e intervenocomportamental.Essatcnicafornecedadosparaseconduziranlisesfuncionais,delimitarobjetivosdeinterveno,planejlaeavaliarosseusresultados.Devidoaoseuefeitodereatividade,tambmse configura como tcnica teraputica que generalizvel a diferentes respostas, populaes econtextos.Nestecurso,serodescritososprocedimentoseresultadosdeexperinciasclnicasedepesquisasobreousodessatcnicanaanlisedocomportamento.Diferentestiposderegistrosseroapresentados e exerccios de registros sero realizados pelos alunos. Sero tambm discutidasvariveisquepodemcontribuirparaaumentaraprecisodosregistroseformasdetreinamentoparautilizaodosmesmospelosclientes.Curso:TerapiaComportamentalCognitivadeCompulsesporCompraseColecionismoPatolgicoReginaChristinaWielenskaConsultrioParticular,MnicaFerreiraGomesAiresOliveiraConsultrioParticularO comportamento de colecionismo patolgico (no original em ingls, compulsive hoarding)caracterizasepelaausnciade controle sobreaaquisio,armazenamentoedescartedeobjetos,acompanhada por significativo sofrimento e prejuzo social. Para propiciar o entendimento dofenmenoesuateraputica,ser inicialmenteapresentadoediscutidoocasodeumaclientecujasqueixas se relacionavam extrema dificuldade de guardar, organizar e livrarse de uma grandequantidadedeobjetosemsuacasa.Namedidaemqueassessesregularesnoconsultrionosemostraramsuficientes,decidiuse implantarumprogramade intervenonoambientenatural,comacompanhamento teraputico realizado por uma terapeuta ocupacional com formaocomportamental. Estratgias teraputicas sero extensivamente discutidas, sempre luz de casosclnicos,comooresumidoaqui,edosdadosdepesquisa.Aintervenotemcomofocoadefiniodeobjetivos mnimos e tangveis a cada sesso, intenso apoio teraputico durante as atividades deorganizao, limpezaedescarte,escolhade itensqueeliciemamenosativaoemocionalpossvel,reduo das autocrticas, uma relao teraputica baseada na confiana, e acordos recprocos,ausncia de juzos de valor, algum humor e aceitao experiencial. Sobre o comprar compulsivo,entre outras estratgias de interveno, sero discutidos a exposio a situaes de consumo, odesenvolvimento de autofalas compatveis com a aquisio emanuteno do novo repertrio, olevantamentodeprosecontrasnomomentodecadaaquisio,oadiamentodecompras,restrioaousode facilitadoresdocrdito,etc.Serodiscutidas,ainda,ascaractersticasdocontextosocialpresenteque incentivamocomportamentoconsumistaeasprticaseducativasquefavoreceriamaformao de consumidores conscientes, socialmente responsveis e capazes de exercer controlesobreoprpriocomportamento.

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    17

    Curso:OTerapeutaumCientista?RevisitandoumClssicoumaDcadaDepoisDenisRobertoZamignaniUSP/Paradigma/FaculdadeSoJudas,SrgioVasconcelosdeLunaPUCSPO texto O terapeuta um cientista? foipublicado em 1997 por SrgioVasconcelos de LunanoprimeirovolumedacoleoSobreComportamentoeCognio.Acoleoinaugurouumperododegrandes avanos na produo bibliogrfica brasileira em anlise do comportamento e demarcoualgumas das caractersticas que viriam a constituir a prtica e a pesquisa do analista docomportamento na dcada seguinte. No captulo de Luna, destacouse a operacionalizao daatividadedopesquisadoredoprestadordeservioseadelimitaodospapeiseresponsabilidadesde cada um deles. A publicao para a comunidade do conhecimento produzido foi apresentadacomo um compromisso tico do terapeuta analticocomportamental. A produo desseconhecimento,entretanto,deveriarespeitaros limites impostospelasuacondiodeprestadordeservios.O texto de Luna estabelecia a partir dessas delimitaes alguns parmetros para que setornassepossvelaintersecodeambasasfunesopesquisadoreoprestadordeservios.Umadcadadepois,umaanlisedosavanosmetodolgicosdesenvolvidosporpesquisadoresanalticocomportamentais para o estudo da interao teraputica permite uma reviso da questo: oterapeuta analticocomportamental possui hoje ferramentas para tornar a sua prtica acessvel avaliaopelacomunidadecientfica?Elepode,comosmtodosdesenvolvidosatento,produzirconhecimentoapartirdesuaprtica,respondendoaoseucompromissoticodetransparnciaparacom a comunidade cientfica e a comunidade de consumidores de psicoterapia? Uma linha depesquisa que vem sendo desenvolvida por pesquisadores brasileiros nos ltimos anos envolve aanlisedosprocessosqueocorremnainteraoteraputicaapartirdoregistroemudioouvdeodesessesteraputicasedacategorizaopontoapontodoseventosregistrados.Tallinhadepesquisaganhou um aliado metodolgico no trabalho recente de Zamignani (2007) que, a partir de umaanlise crtica ao que vinha sendo produzido, estabelece premissas para o desenvolvimento deestudos de processo em psicoterapia e oferece um instrumento para a pesquisa. Essas so asquestesqueopresenteminicursopretendeabordar,partindoespecialmentedaproduocientficadesenvolvidanoBrasilnosltimosanos.Curso:AAplicaodaTerapiaComportamentalCognitivonaVidaModernaMariaFernandaUrbanoGiglioCentroPsicolgicodeControledoStress,Campinas,MariaAnglicaSadirCentroPsicolgicodeControledoStress,Campinas

    As mudanas ocorridas na sociedade, a competio excessiva, o desejo de "possuir", a pressa, apresso diria afetam a qualidade de vida e geram conflitos internos de desespero, incertezas emedos,provocandoo stress.O stress causaumdesequilibro,pois apessoanecessita responder aalgumademandaqueultrapassasuacapacidadeadaptativa.Com isso,surgemsriosproblemasde

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    18

    relacionamentoconsigoprprioecomosqueseencontramaoredor,comofamlia,amigosecolegasde trabalho. A pessoa estressada fica irritada, sem pacincia, agressiva e menos interessada emassuntosquenoaafetamdiretamente.Algumaspessoasparecemterumatendnciacrnicaparaseestressarem, produto da contribuio gentica e da falta de estratgias de enfrentamento. Esterepertrioaprendidoprincipalmentenainfncia,maspodetambmseradquiridoduranteahistriadevidadoserhumano.Asobrecargadetrabalhoenafamlia,lidarcomachefia,autocobrana,faltadeunio e cooperaona equipe, salrio insuficiente, falta expectativademelhoriaprofissional etambmomeiosocialpodemsercausadoresdestress.Atualmenteoprocessodetrabalhobaseiasenaqualidadedas relaes interpessoaiseexigem,almdas competncias tcnicas,a competnciasocialnas interaesprofissionais.Algumas ferramentasparamelhoraracompetncia interpessoalserofornecidasafimdediminuirostresseaumentarasatisfaonombitoprofissionalepessoalea produtividade. No que se refere famlia, o stress pode relacionarse a aspectos do prprioambiente, ou ser decorrente de um stress oriundo de outra rea,mas que tem repercusses nafamlia.Considerandoosestressoresdestecontexto,podemsecitar relacionamentos conturbados,filhoscomdificuldades,problemasdesade,presseseexignciasexcessivas,entreoutros.Quandouma famlia adequada, isto , que tem afinidades fortes, pensamentos funcionais, que aceita apeculiaridade dos seus membros com naturalidade e oferece apoio, compreenso e aceitao, ostress gerado pelo mundo externo ou mesmo pelas dificuldades emocionais do ser humano, gerenciado de modo satisfatrio, sendo assim reduzido. Sabese que as distores cognitivasinterferemnaharmoniadeumafamlia,podendodesequilibrarumindivduo,gerandoconseqnciasque contaminaro outros contextos de sua vida. Portanto, reestruturar crenas irracionais edesenvolverestratgias comportamentaisparaminimizaro stress familiar, seroaspectosa seremdiscutidos.Opresentecursovisarepassarediscutirconhecimentosatualizadossobreostressesuasconseqncias no mundo corporativo e familiar, assim como fornecer estratgias cognitivocomportamentaisparaseumelhorenfrentamento.

    Curso:ComportamentoeSensibilidade:vida,prazereticaJosAntnioDamsioAbibUFSCar

    Dificilmenteoconceitodecomportamentopoderiaadquiriralgumainteligibilidadenosilnciodeseuexame filosfico. Partese, aqui, de uma filosofia do comportamento que o concebe como umaunidade constitudapela sensibilidade,pelomovimento epor suas conseqncias. Essaunidadeuma relaoorgnica,um ciclo;nomecnica,no linear;e inspiraseno filsofopragmatistanorteamericano JohnDewey (18591952).Partese,portanto,aqui,deuma filosofiaorganicistadocomportamento que pode contribuir para resolver uma dificuldade, aparentemente muitosignificativa,masque,dessaperspectiva,resumeseaumapseudoquesto,asaber,apolmicaqueconsiste em perguntar, o que vem primeiro, o estmulo ou a resposta? Com essa indagao,mergulhasenodelriometafsicoquebusca inciosemabsolutos inexistentes.Nemasensibilidade

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    19

    nem omovimento esto no incio, o que est no incio no um absoluto,mas uma relao: aunidade orgnica cujo nome comportamento. Essa unidade se transforma medida que asconseqnciaseasensibilidadesediferenciam.UmdosgrandesmritosdaobradeSkinnerconsistenadiferenciaodasconseqnciasnaturais,reforadoraseculturais.Aqui,essasconseqnciassocolocadasemrelao,respectivamente,comassensibilidadesvital,hednicaecultural.Asevidnciaspara tal relaoediferenciaoda sensibilidadeprovmde trscontextos. Inicialmente,combasenosbilogosMaturanaeVarela,mostrasequeexistesensibilidadevitalquandoocomportamentofortalecidoporconseqnciasnaturais.Emseguida,travaseumdebateenvolvendoHull,ThorndikeeSkinnereargumentasequeexistesensibilidadehednicaquandoocomportamentofortalecidoporconseqnciasreforadoras:reforoprazer.Atessepontoa transformaodaunidadeorgnicacomportamento completamentenatural.Viverou sobrevivere sentirprazer so fenmenosdanatureza.Asensibilidadeculturalnoumaproduodanaturezaenasuaformaoquesedatransio para a cultura. Por essa razo, tentase, finalmente, esclarecer a trama conceitual queenvolveos conceitosde conseqncia cultural,ticaeeducaoda sensibilidade.A construodofuturo depende da formao de sensibilidade. Isso significa dizer que, sem negar o valor dasobrevivnciaedoprazer,ocuidadocomooutro,desdeumacrianaatumaobradearte,olumedaeducaodasensibilidade.

    Curso:ParaCompreenderCurso:Supersties,CrenaseIluses:contribuiesdoanalistadocomportamentoMarceloFrotaLobatoBenvenutiPUCSP/UnB

    Ocursopretende funcionarcomoumexercciodeextensodeprincpiosbsicosparaaanlisedocomportamentohumano.Paratalexerccio,umadasprincipaisquestesabordadasseradiferenaentresupersties,crenase iluseseocomportamentosupersticioso.Superstiessoprticasculturaisemqueestoenvolvidosmuitos comportamentoshumanos complexos.Crenase ilusessotermosutilizadospelaspessoasnodiaadiaeporalgunstericosdeabordagenscognitivasparadescreverouexplicarocomportamento.Paradiscutiraspossibilidadesdaanlisedocomportamentodecompreendersupersties,crenaseilusesserolevantadasdeterminaesqueestonahistriadaespcie,nahistriadeconstituioderelaesorganismo/ambienteenamanutenodeprticasculturais.Ocursoirabordar:a)asensibilidadedosorganismosaeventossubseqentesaorespondere seu papel para a construo de relaes comportamentais; b) a aquisio e manuteno decomportamentopor relaoacidentalcom reforo (comportamentosupersticioso);c)opapeldedescriesdecontingnciasque sugeremerroneamente relaesdedependnciaentre respostaeambiente;d)autorelatossobcontroledecomportamentossupersticioso;e)ovaloradaptativodeprticasculturaisque,primeiravista,podemserdescritascomoirracionaisousupersticiosas.Como modelo alternativo a abordagens estruturalistas, o curso ir possibilitar a reflexo sobresupersties,crenaseilusesapartirdeumpontodevistaselecionista.

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    20

    Curso:PsicologiaForense:umaabordagemanalticocomportamentaldatransgressoPaulaInezCunhaGomideUFPReFaculdadeEvanglicadoParan,LciaCavalcantideAlbuquerqueWilliamsUFSCar/LAPREV,MariadaGraaSaldanhaPadilhaFaculdadeEvanglicadoParaneUniversidadeTuiutidoParanHistricoeDefiniodaPsicologiaForense.PsicologiaForensenombitomundial.PsicologiaJurdicano Brasil. Psicologia Forense com abordagem comportamental. reas de Atuao da PsicologiaForense:Adoo,DestituiodoPoder Familiar;MediaodeConflito,AvaliaoeTratamentodevitimas de Abuso Sexual; avaliao e tratamento de abusadores e/ou agressores; Avaliao etratamento de adolescentes em Conflito com a lei; Instrumentos apropriados para avaliao depessoasenvolvidascomquestesjudiciais.Curso:TerapiaCognitiva:teoriaeprticaHeleneShinoharaPUCRJAterapiacognitivatemsidoaplicada,desdefinaisdadcadade60,paraumavariedadedecasos,emdiversos contextos, em diferentes populaes. Se a proeminncia de determinada abordagem fordefinida pelo grau de ateno dada em publicaes, dissertaes e referncias aos produtoscientficosdela,podemosafirmarqueaterapiacognitivatemsustentadoumatrajetriaascendentenosltimosanos.Atravsdaanlisedonmerodepublicaes,citaeserefernciasencontradasnaliteratura psicolgica, observase um aumento considervel de informaes cientficas veiculadassobre a terapia cognitiva. Outros estudos de metaanlise mostram, por exemplo, que a terapiacognitivamuitoeficazparadepresso,transtornodopnico,ansiedadegeneralizada,bulimia,fobiasocialetranstornoobsessivocompulsivo.Maisrecentemente,resultadospositivostmsidorelatadosparatranstornosdepersonalidade,stresspstraumticoepsicoses.ocampodapsicologiaaplicadaqueacreditaqueosprocessosdepensamentoouestruturasdeconhecimentodesempenhampapelcentralnaexplicaoenamudanadocomportamentohumano.Acogniocontribuitambmcomoinflunciasobreasemoes.A formadepensar,avaliaredarsignificadoaoseventos interferenosprocessos emocionais, desativando modos de reao automticos, primrios, e fortalecendoprocessosreflexivos,construtivos.Portanto,aterapiacognitiva levarsempreemcontaa interaoentre a biologia, o ambiente (incluindo a histria de vida), o pensamento, a emoo e ocomportamentonacompreensodoserhumano,emsuapersonalidadeepsicopatologia.Naterapiacognitiva, a escolha das tcnicas depende essencialmente da formulao do caso, levandose emconsideraotambmtantoosobjetivosteraputicosquantoascaractersticaspessoaisehabilidadesdo cliente e do terapeuta. Dispese, atualmente, de um vasto conjunto de tcnicas validadasempiricamente que facilitam o processo de mudana. No entanto, mesmo poderosas, elas nofuncionam se empregadas sem consistncia ou fora de um contexto teraputico de confiana egenuinidade. Os objetivos das tcnicas, de modo geral, so eliciar, examinar, testar e modificarpensamentoseemoes.Astcnicascognitivas,essencialmente,visamcriarpontosdeentradaparaa

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    21

    organizao cognitiva do cliente e entender seu modo de construo da realidade. Atravsprincipalmente de questionamento, o terapeuta se prope a obter informaes adequadas paraaprendersobreavisodemundodoclienteeentendersuamaneiradefuncionar.Identificar,avaliarereformularpensamentosecrenassoatividadesfundamentaisparaasmudanasdesejadas.Curso:TerapiadoEsquema:ampliandooslimitesdaterapiacognitivaElianeMarydeOliveiraFalconeUniversidadeEstadualdoRiodeJaneiroAs dificuldades em lidar com pacientes com transtorno de personalidade tm levado vriosterapeutas cognitivos a explorar aspectos da relao teraputica, assim como a buscar umaaproximaoentrea terapiacognitivaeoutrastradies teraputicas.Paralelamente, temocorridouma crescente tendncia por parte de terapeutas cognitivos a usar os princpios da psicologiacognitivaeexperimentalcomoumabasemetatericacoerenteparaaprticada terapiacognitiva.Assim, a formulao de princpios de mudana, realizada por diversas tradies teraputicas, utilizadaatravsde conceitosderivadosdapsicologia cognitiva como linguagem comum.Coerentecomessatendnciasurgeaterapiadoesquema,desenvolvidaporJeffreyYoung,quefoiconstrudapara atender s demandas de pacientes difceis (indivduos com problemas crnicos ou comtranstornodepersonalidade),osquaisnotemsidoplenamentebeneficiadospelaterapiacognitivapadro. Diferenciase desta ltima pelas seguintes caractersticas: a) nfase nos problemas deinfnciaeadolescncia,emtcnicasemotivas,narelaoteraputicaenosestilosdeenfrentamentomaladaptados;b)foconosaspectoscaracterolgicoscrnicosdostranstornos,emvezdossintomasagudos; c) combinao de modelos de interveno cognitivocomportamentais, de apego,psicodinmicos e focados na emoo, articulados em uma estrutura terica integrada. Parte doprincpio de que os indivduos com esse transtorno possuem esquemas iniciais desadaptativosextremamente rgidos e resistentes mudana, construdos na infncia e fortalecidos nodesenvolvimento.Taisesquemas,quetinhamumafunoadaptativanonciodavida,somantidosna idade adultade formadesadaptativa. Para enfrentlos,o indivduomanifesta trspadresdecomportamentos perpetuadores dos esquemas, quais sejam: submisso, evitao esupercompensao.Essasestratgiasdeenfrentamentoperpetuamoesquemaemantmospadresautoderrotistasdoindivduo.Os18esquemasatomomentoidentificadosestoagrupadosemcincodomnios: 1) desconexo e rejeio; 2) autonomia e desempenho prejudicados; 3) limitesprejudicados;4)orientaoparaooutroe5)supervigilnciaeinibio.Pretendeseapresentar,nestecurso,osprincipaisfundamentostericosdaterapiadoesquema,intercaladoscomexemplosprticosdastcnicascognitivas,experienciaisecomportamentais.Curso:ComoseAprendeaSerumBomTerapeuta?SobreoEnsinodeComportamentosComplexosEnvolvidosnaConstruodeumaBoaRelaoTeraputica

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    22

    JoanaSingerVermesParadigma(NcleodeAnlisedoComportamento),RobertaKovacParadigma(NcleodeAnlisedoComportamento),YaraNicoParadigma(NcleodeAnlisedoComportamento)Aterapiabemsucedidavemsendoassociadaadiversosfatores.Algunsdelesreferemseavariveisdo cliente, tais como tipos de queixas, tratamentos anteriores, existncia de reforadores noambiente natural para repertrios saudveis do cliente, entre outras. Outra parte do sucessoteraputicorefereseaumconjuntodeprticasdoprofissionalqueincluiformaotericaetcnica,conhecimento sobreasqueixasclnicas,posturaticaeumaamplagamadecomportamentosqueso comumente atribudos construo da relao teraputica. Algumas dessas habilidades sodenominadas, pela literatura, como habilidades sociais do terapeuta em relao ao contextoespecfico do atendimento clnico. Portanto, quando se discute o ensino do ofcio de terapeuta fundamentalpensarnumconjuntodeestratgiasquedesenvolvamdomniotericoconceitualmas,tambm, em contingncias especficas para desenvolver um repertrio complexo e refinadoresponsvelpelapromoodeumaboa relao teraputica.Notaseadificuldadedeensinodesserepertrioumavezqueesterequercontingnciasespecficas,paraalmdaquelastradicionalmentedispostas em aulas expositivas. Como podemos ensinar terapeutas a emitir comportamentos queproduzamumaboarelaoteraputica?Opresentecursopretende:a)descreveroscomportamentoscomplexosdoterapeutaessenciaisparaoestabelecimentoemanutenodeumarelaoteraputicareforadora e eficaz e b) discutir algumas estratgias para o desenvolvimento de taiscomportamentosaterapeutasiniciantes.ComomateriaisdidticosseroutilizadosvdeosdesesseseumprogramadesenvolvidoporZamignani(2008).Curso:AnlisedoComportamentoeCulturaMariaAmliaAnderyPUCSPCurso:DelineamentosExperimentaisdePesquisasemEstatstica:osujeitocomoseuprpriocontroleAngelaMariaMenezesDuarteUniversidadeCatlicadeGois,ErikRsoHuberUniversidadeCatlicadeGoisO curso ensinar como usar delineamentos experimentais de pesquisa quando os dados socoletadoscomapenasumsujeito/participanteoucomumpequenogrupodesujeitos/participantescomo comum em estudos da rea de Psicologia. Os delineamentos experimentais incluem:DelineamentodeLinhadeBaseMltiplaentreParticipantes,DelineamentodeLinhadeBaseMltiplaentreAmbientes,DelineamentodeLinhadeBaseMltiplaentreComportamentos;DelineamentodeReverso e Delineamento de Mltiplos Elementos. Esses delineamentos permitem demonstrarcontrole experimental sem a utilizao de tratamento estatstico. So amplamente usados emperidicos internacionais como o respeitado Journal of Applied Behavior Analysis, dos Estados

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    23

    Unidos, mas ainda so pouco utilizados no Brasil. Os objetivos do curso so: (a) ressaltar aimportncia de controle experimental nas pesquisas; (b) ensinar delineamentos experimentaissimples e elegantes; e (c) incentivar a publicao de estudos baseados em dados obtidos emdelineamentos experimentais que permitam demonstrar que as mudanas obtidas realmente sedevemsvariveismanipuladas.Curso:AcontribuiodaNeuroanatomofisiologiaparaoEstudodoComportamentoDaisyHernandesMdicaPsiquiatraAMBANIPQHCFMUSP'Amigdala ,hipotlamo , crtexpr frontal.....noradrenalina ,dopamina, serotonina ....Oque soestasestruturasesubstncias?OndesesituamnonossoSistemaNervosoCentral?Hoje,pesquisasbuscam as correlaes entre comportamento e alteraes neuroanatomofisiologicas, alcanandonestenvelacompreensodefenmenos jhmuitoestudadospelaCinciadoComportamentto .Deparamo nosento com afirmaesdo tipo ...O condicionamento aversivopresentenas fobiassimples correspondea umamemria , i , um fortalecimento de conexes sinpticas ocorrido naamigdala ...ou ... O reforo positivo est associado a mecanismos dopaminrgicos, onde aestimulao de receptoresD2 no ncleo accumbens determinaria um aumento da freqncia docomportamento que desencadeou esta estimulao...Em 1982 , Skinner j previa ..." Novosinstrumentosenovosmtodoscontinuaroaserideadoseeventualmentechegaremosasabermaisacercadasespciesdeprocessosfisiolgicos,qumicosoueltricosqueocorremquandoumapessoaage.Ofisilogodofuturonosdirtudoquantopodeserconhecidoacercadoqueestocorrendonointeriordoorganismoemao.Suadescrioconstituirumprogressoimportanteemrelaoaumaanlise comportamental, porque esta necessariamente histrica quer dizer , est limitada srelaesfuncionaisquerevelamlacunastemporais.Fazsehojealgoqueviraafetaramanhocptodeumorganismo.Noimportaquoclaramentesepossaestabelecerestefato,faltaumaetapa,edevemosesperarqueo fisilogoaestabelea .Ele ser capazdemostrar comoumorganismo semodifica qdo exposto s contingncias de reforo e por que ento oorganismo modificado secomportadeformadiferente,emdatapossivelmentemuitoposterior.Oqueeledescobrirnopodeinvalidaras leisdeumacinciadocpto,mas tornaroquadrodaaohumanamaiscompleto". (Skinner,1982)Estecursotemcomopropostaapresentar,comslidesilustrativos,aneuroanatomiaeneurofisiologiahumanasbsicasparadaraoestudantedaanlisedocomportamento instrumentosparacompreensodetrabalhoscientficosque,comoditoporSkinner,contribuiroparaumquadrodaaohumanamaiscompleto.QuintaFeiraTardePalestraParaumaHistriadaAnlisedoComportamentonoBrasilMariadoCarmoGuedesPUCSPComo gnero, uma narrativa. Como fonte, a histria de um movimento pesquisado ao longo dequatroanos,partedeumadisciplina(PesquisaSupervisionada)noCursodeMestradodoPrograma

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    24

    dePsicologia Experimental:AnlisedoComportamento,daPUCSP (LinhadePesquisa: HistriaeFundamentosepistemolgicos,metodolgicoseconceituaisdaanlisedocomportamento).Comofoco, personagens e alguns lances de suas histrias pessoais que permitem destacar momentosespeciaisdeumahistriaque,mesmoindividual,,sempre,coletiva.Comoobjetivo,aoportunidadede confrontar a histria fria propiciada pela anlise de documentos secundrios (teses edissertaes,artigosemperidicosgeraisouespecficosrea,programasdecursos,bibliografias,entreoutros)memriaquentedosparticipantesdesteeventonacionalnarea.Tratasedeapresentarresultadosdepesquisa,masnumtextoqueprivilegiaanlisededocumentosprimrios (como relatrios a agncias financiadoras, correspondncias, dirios, dedicatrias eapresentaes em teses e livros, fotos, convites, certificados), enquanto tabelas, grficos,mapas,linhasdetempoacompanhamanarrativacomoeventuaisilustraes.Emcontrapartida,estesresultados so apresentados paralelamente em uma "Exposio interativa" na qual os visitantes(personagensque sodessahistria) terooportunidadedecorrigir,acrescentar, sugerir, reclamardosdadoseanlisesatagoraproduzidos.Os resultados mostram uma rea em discreta (se comparada psicologia como um todo) masconstanteexpanso,marcadapormomentospeculiares:(a)aoportunidadedoconviteaCarolinaBoripararesponderpelaPsicologianaentorecmcriadaUniversidadedeBraslia(1962);(b)aaceitaodeFredKelleremassessorlanessatarefa;(c)adisporadeBrasliadepoisdealgunsmesesdaimplantaodoDepartamentodirigidoporBorinaUnB(conseqnciadademissocoletiva do grupo), e cuja principal implicao foi a disseminao rpida da Anlise doComportamento pelo pas; (d) a criao da Associao Brasileira de Medicina e TerapiaComportamental,quecontribuiunosparaconsolidaodarea,mastambmtemsidopalcodeprojetosinovadores,comoaaproximaocomoutrassubreasdapsicologiaoureasafins,oscursoschamadosprimeirospassoseaspalestrasparaacomunidade,almdosusuaiscompromissosdeuma associao cientfica: encontros regulares (no caso, anuais) e publicao das contribuiestrazidasaosencontros(acoleo"Sobrecomportamentoecognio")edeumperidicocientfico(a"Revistabrasileiradeterapiacomportamentalecognitiva").MesaRedondaTerapiaCognitivoComportamentalcomCrianas:mutismoseletivo,transtornosinvasivosdodesenvolvimentoeorientaodepaisAnaCludiadeAzevedoPeixotoUFRJ,AngelaAlfanoCamposUFRJ,NveaMariaMachadodeMeloUFRJ,BernardPimentelRangUFRJ,AngelaAlfanoCamposUFRJCoordenador:AnaCludiadeAzevedoPeixotoUFRJApresentao1:Estaapresentaorefereseaumestudodecasosobreotratamentodeummenino,chamadoR.comcincoanosde idade,portadordo transtornochamadoMutismoSeletivo (MS).R. jmanifestavaos

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    25

    sintomasdo transtornodesdeos trsanosde idade,perodoque iniciouasatividadesescolares.Otratamento cognitivocomportamental teve a durao de 22 sesses, incluindo a avaliao inicialrealizada com os pais e professora, o tratamento, a preveno de recadas e avaliao pstratamento. As tcnicas utilizadas foram: exposio gradual, modelao, desvanecimento doestmulo,THS,relaxamentoerespiraocontrolada,almdasbiblioterapias.O localde tratamentofoi casa da criana e a escola. A participao dos pais ocorreu no modelo chamado de coterapeutas, tendo em vista a participao ativa que estimulava e reforava o uso de algumashabilidades por parte da criana em vrios ambientes. O MS referese a um transtorno raro,intriganteeaindapoucoconhecidoetemsidoassociadoaumavariedadedesintomaspsiquitricosinfantis.Srecentemente,estudoscontroladostmtrazidoumamaiorcompreensosobreotermo.O MS se caracteriza pela recusa da criana em falar em determinados locais fora de casa,principalmente na escola, e na presena de pessoas estranhas, embora se comunique e falenormalmente com pessoas que ele(a) elege. Este trabalho pretende esclarecer, a partir de umarevisosobreotema,osseguintesaspectos:1)Oscritriosdiagnsticosparaumamelhoravaliaodotranstorno;2)ArelaoentreafobiasocialeoMS.Aspesquisasnaltimadcada indicamumarelaoexistenteentreoMSaumacondiodeansiedade.Emsuagrandemaioria,ascrianasquemanifestamoMSapresentamoscritriosdiagnsticosparafobiasocial,talobservaotemlevadoospesquisadoresdareaarelacionaroMSaumsubtipodefobiasocial;3)OstranstornoscomrbidoseasprevalnciasdotranstornoMS;4)Eascaractersticasdecrianas,paisefamiliaresdascrianasquemanifestam o MS. A partir dos resultados deste trabalho fica evidenciado que a TCC pode sereficienteeeficazno tratamentode crianas comMS.Evidenciaremosa importnciada tcnicadodesvanecimentodoestmuloquepodeter influenciadodiretamenteamudanadocomportamentoverbaldestepacienteapartirdanonasesso,perodoemquecomeouafalarcomaprofessoraenoambienteescolar.Apresentao2:Diversos estudos tm enfatizado a heterogeneidade clnica dos Transtornos Invasivos doDesenvolvimento(TIDs),criandooconceitodeespectrodoautismo.OsTranstornosdoespectrodoautismo (TEAs) so entendidos como fazendo parte de uma rede de transtornos doneurodesenvolvimentoheterogneos,queenvolvemdiversosprocessoscerebrais,maspoucodesuacomplexidade foidesvendada.Medidasneuropsicolgicassohabitualmenteutilizadasnaavaliaodestes processos.NoBrasil, no existem estudos neuropsicolgicos que avaliem operfil cognitivodessa populao como os j publicados internacionalmente.O devastador comprometimento queenglobaacomunicao,acognio,ocomportamentoeas relaes sociais,geradificuldadesparatodosquelidamdiretamentecomoportadordetranstornosdoespectrodoautismo,especialmentea famlia. O grau da disfuno e o sofrimento gerado por ela torna eminente a necessidade deacompanhamento contnuo baseado em interveno comportamental. O objetivo do presentetrabalhoapresentarosresultadosdepesquisarealizadacomamostrabrasileiraqueavaliouatravs

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    26

    daescalaWechslerde Intelignciaparacrianas(WISCIII)eoTestedeAtenoVisual(Tavis3)operfil cognitivo de portadores de Autismo e Sndrome de Asperger. Os resultados encontradosevidenciamreasdemaioremenorhabilidade,corroborandoosdadosde literaturasobreaspectosparticularmente difceis e potencialidades cognitivas dessa populao. Foi feita uma anliseretrospectiva do banco de dados de uma clnica particular do Rio de Janeiro especializada emneuropsicologia.Fazempartedaamostraestudadasetentaeoitocrianaseadolescentesentre6e16 anos,encaminhadospara avaliaoneuropsicolgicade2002 a2007,que foram submetidos aumaextensaavaliaoclnicaeneuropsicolgicaqueinclua:1)avaliaoclnicacompsiquiatracomttulo de especialista 2) anamnese incluindo histria patolgica pregressa e marcos dodesenvolvimento;3)avaliaodecomorbidadese/ououtrossintomasdetranstornospsiquitricosatravsdaversoemportugusdaentrevistasemiestruturadaChildrensInterviewforPsychiatricSyndromesParentversion(PChips)4)avaliaoneuropsicolgicarealizadaemtrsoumaissessescomneuropsiclogoextensivamentetreinado.Porfim,serofeitasconsideraessobreosachadosesuasimplicaesparaotratamentopsicoterpico.EstudosamplamentefundamentadosnabiologiaeneuropsicologiadosTEAsnosentidodeumaintervenonosimplista,sonecessrios.Tambmsoimportantesestudosbrasileirosqueestruturemaintervenoapartirdosachadosneuropsicolgicosea tornemabrangente (dirigidaa todosos contextossociaisnosquaisopacienteest inserido)eacessvelfinanceiramente.Apresentao3:As relaes familiares tm influncia importante sobre o bem estar fsico, psicolgico, social eeconmico das crianas. Estudos epidemiolgicos atuais indicam que fatores de risco familiaresinfluemsignificativamentenodesenvolvimento infantil.Nohpreparaodosresponsveisparaaadoo de prticas educativas adequadas na criao dos filhos. Estes pais acabam por usar amodelaosocialeoensaioeerroduranteaexperinciadecriarosprpriosfilhos.Nestecontexto,ospaisexperimentammuitasvezesintensossentimentosdeculpaeinadequao.Apuniofsicaamplamenteutilizada,por faltade conhecimentodeoutras tcnicasdisciplinares aliada faltadedilogofamiliar.Agrandeprocuraporatendimentopsicolgicoparaproblemasdecrianasejovenstorna relevantes intervenes visando diminuir o sofrimento destes, alm de prevenir e atenuarprejuzosposteriores,poistambmgrandeaprocuradeatendimentopsicolgico poradultosqueclaramente iniciaram seus problemas na infncia e tiveram manuteno e/ou piora posterior. Asintervenes familiares possveis, sejam preventivas ou teraputicas, podem ser asmais diversas.Envolvemdesdea simplesorientaoaospais sobreomanejoda criana,baseadasempropostaspsicoeducacionaiscomusodebiblioterapia,porexemplo,quanto,parafamliascomfatoresderiscoadicionais, terapia presencial atravs de tcnicas como a reestruturao cognitiva, treino dehabilidadessociais,manipulaodosestadosdehumor,habilidadesdeenfrentamentodeestresse,assertividade,manejodaraiva,almdeoutrasestratgiasparalidarcomascognies,sentimentosecomportamentos dos cuidadores e/ou da criana. A Terapia CognitivoComportamental (TCC)

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    27

    pressupe que a forma como a pessoa interpreta as situaes (pensamentos, cognies) irinfluenciaromodocomosesente(sentimentos,emoes)ecomoagenomundo(comportamentos).O presente trabalho objetiva apresentar algumas estratgias da TCC para orientao de pais, taiscomo:a)utilizaoconstantedereforodoscomportamentosadequados,b)escutaespelhadaparaajudaracrianaalidarcomosprpriossentimentos,c)tcnicasparamelhoraracomunicaoentreosmembrosdafamlia,d)trabalhocomassertividade,e)contratos,f)sistemadepontos,g)direitos,deveres e regras para toda a famlia e outras.A TCC tambm trabalha com a orientao sobre autilizao de punies brandas quando necessrio, em lugar da punio fsica e gritos, tais quais:timeout (castigo), repreenso, ignorar ativamente, retirada de privilgios e outras. Seroapresentados exemplos de casos clnicos atendidos naDiviso de PsicologiaAplicada Prof. IsabelAdradosdoInstitutodePsicologiadaUFRJ,sobsupervisodoprof.BernardRang.MesaRedondaInvestigaessobreRelaesSimblicas,CategorizaoeLinguagem:implicaesparaoensinoJosMedeirosUniversidadeFederaldeSantaCatarina,MelaniaMorozPontifciaUniversidadeCatlicadeSoPaulo,CelsoGoyosUniversidadeFederaldeSoCarlosCoordenador:JosMedeirosUniversidadeFederaldeSantaCatarinaO que fazer quando a escola, enquanto instituio, no d conta de atender com qualidade asnecessidadesdapopulaoqueprocuraporatendimento?Responderaestaperguntacomochavodequedependedevontadepoltica,poucoounadaseesclarecesobreanaturezadoproblema.Hsoluessim,aindaqueparciais,enclausuradasemdissertaesetesesproduzidasnosltimosanos.Oproblemaresidenoacessoaesteconhecimentoenasuaderivaoparaestratgiasdeintervenoecomportamentossignificativos.Partedessesestudosrefereseaconhecimentosobrerelaesentreprofessor e aluno,mais especificamente sobre estratgias utilizadas por professores para instalarrepertriosprofissionaisnosalunos.DesdeoestudoseminaldeSidman(1971),aanlisedocomportamentoestabeleceuumnovocampodepesquisas:odaequivalnciadeestmulos.NoBrasil,osprimeirostrabalhosforamproduzidosnadcadade80, sendo talproduo intensificadaapartirdosanos90,oquepode sernotadopeloaumentononmerodetrabalhospublicados,peladiversificaodotipoderepertrioensinado,porsua aplicao em contextos extralaboratoriais e, ainda, pela derivao de recursos tecnolgicos,comoocasodosoftwareeducativoMestre@.Amaiorpartedoconhecimentoproduzidotemsidoobtidatrabalhandosecomsujeitosemsituaoindividualeemcontextosexperimentaisespecficos,portanto,semavaliaosistemticadaextensodaaplicabilidadeemcontextospedaggicos.Comoestabelecerapassagemdesituaesdemaiorcontroledevariveis(pesquisabsica)parasituaesdemenorcontroledevariveis(pesquisabsicaemsituaodeaplicao)?Nesta mesaredonda so apresentadas e discutidas as produes, no campo da equivalncia deestmulos,detrsgruposdepesquisaqueutilizamcomorecursoosoftwareMestre@.Aanlisedetaisproduesestdirecionadaparaquestes,dentreoutras,A)Queproblemasdepesquisatemsido

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    28

    estudados? B) Com que objetivos? C) Quais as caractersticas dos participantes e dos contextosexperimentais?D)Quaisasespecificidadesmetodolgicas,taiscomo,desenhoexperimental,tiposdeestmulos,naturezadasrespostas?E)Quaisosresultadosobtidosequaisosesperados?F)Qualfoiafaixa de amplitude de variao? G) Houve generalizao para novas classes de estmulos commanutenodorepertrioensinado?)H)Qualaextensodoperodoemqueorepertrioensinadofoimantido?Essasquestesoferecemumavisodoque foipriorizadopelosgrupos,possibilitandonoapenasevidenciarpontosem comum,divergnciase lacunasno conhecimentoexistente,mastambmindicaralternativaspossveisdeseremimplementadasemestudosfuturos.Apresentao1:As mquinas de ensinar de Skinner foram apenas o comeo de uma revoluo tecnolgica quecomeaaproduzirresultadospromissores.Nopelasmquinasdeensinar,maspelaconcepoporeleformuladasobreeducaoesobrecomoensinar.Eocomputadorcomseusaplicativospodemvira se constituir no grande salto para o futuro. A questo que se coloca Como colocar essesrecursos a serviodaeducao?Quem lida comummnimode competncia como computadorsabeoqueissosignificaemtermosdemudanadeparadigmaeSidman,em1971,deuincioaesseprocesso. E sem os recursos do computador que temos hoje disponveis. Essas reflexes tm suaorigememresultadosdeprojetosemqueseensina leituraeescritacomcompreensopormeiodeumsoftwareeducativoacrianasdassriesiniciaisdeescolaspblicas.Esteaplicativo,denominadoMestre@,temseconstitudonumimportantealiadoparaprogramareapresentarcontingnciasparase ensinar essas crianas a ler omundo pormeio de palavras, cujo significado est presente nasrelaesensinadas.Acaractersticafundamentaldestesoftwareresidenafacilidadedosrecursosdeprogramao,pois se constituinumprogramaaberto,ondeoprofessorpode inserir contedosdequalquernatureza,podendoseracompanhadosde figurasesons.bastanteamigvelnachamadalinguagemcomputacionalpelafacilidadedemanipulaoepelapresenadeummenuinterativobemelaborado. Esse aplicativo e, com certeza, alguns outros desenvolvidos a partir dos mesmosprincpios,estcontribuindoparaoquesedenominadeaprendizagemsemerrosestabelecidapormeio de procedimentos de discriminao condicional. Em outros termos: a criana aprende a leratravsdedeterminadasconfiguraesdeestmuloseconsegue,apartirdessasrelaesaprendidas,responder a novas relaes, agora denominadas relaes derivadas. Dito de outra forma, elaconsegue lidar com novas situaes s quais nunca antes tinha sido exposta, facilitando suacriatividadee,commenoscustode resposta,aumentandosuaprodutividade.Assim,oobjetivodopresentetrabalhodescreverediscutirprocedimentosdepesquisasque,combasenestereferencialtericoe,comoauxliodestesoftware,tmsidodesenvolvidosesistematizados.Ocontedomaisfreqente temsidooensinodepalavrassubstantivadas.Mais recentemente iniciouseoensinodefrasesapartirdoensinoisoladodoscomponentesdessasfrases.Apresentao2:

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    29

    Oplenoexercciodacidadaniaexigeodomniodeconhecimentosehabilidades,dentreosquaisosdeleitura e escrita. Avaliaes sistemticas, nacionais e internacionais, tm destacado o baixodesempenhodosalunosbrasileiros,fatoquedemanda,dospesquisadores,aelaboraodepropostasquepossamcontribuirparaamodificaodoquadrode ineficinciado sistemaescolar.Pesquisas,derivadas do paradigma da equivalncia de estmulos, parte delas desenvolvida com auxlio dosoftwareeducativoMestre@,caminhamnestadireo,poisatuam juntoaalunosqueapresentamdesempenhodeficitrioem leituraeescrita.Nopresente trabalho,analisamseestudosque foramdesenvolvidoscomalunosquefreqentamoensinofundamentalemescolaspblicasenaeducaode jovens e adultos. Tais estudos apresentam duas ramificaes: de um lado, h elaborao deinstrumentos de avaliao do repertrio prvio dos alunos, bem como sua aplicao, de forma aidentificarespecificidadesindividuais;deoutro,haplicaodeprogramaesdeensino,visandoaoaperfeioamentodorepertriodosalunosque,segundoaavaliaodaprpriainstituiodeensino,apresentam repertrios deficitrios. Dentre os aspectos focalizados, fazse referncia aespecificidades do contexto escolar que devem ser levadas em considerao, a resultados queindicam serem promissoras as derivaes do paradigma da equivalncia de estmulos paraproblemticasescolaresealacunaseproblemasquedeveriammereceraatenodospesquisadoresquedefendemaaplicaodaanlisedocomportamentoparaocontextonatural.Apresentao3:Categorizaoeformaodeconceitossoquestesquedespertamgrandeinteresse,edemaneirasemelhante,empsiclogoscomportamentaisecognitivos.Oparadigmadeequivalnciadeestmulos,derivadodaPsicologiaComportamentaltemsemostradoumaestratgiapromissoraparaseestudaressasquestes.Oobjetivodapresenteapresentao inicialmenteapresentaralguns recursosdesoftware considerados importantesparaestudosdepesquisanarea.Amaneiraque sepretendefazer issoatravsdaapresentaodepesquisasaplicadas,nasquaisosoftware foiutilizadoparaensino de habilidades complexas envolvendo leitura, matemtica, comportamento de ouvinte,sintaxe, tatos emandos, linguagemde sinais.Os resultadosdos estudosmostram a relevnciadainterfacedorecursoinformatizadoeaproduodeconhecimentonareaecomoodesenvolvimentodessarelaopodesermaisbemexploradoparaacontinuidadedasinvestigaessobreequivalnciadeestmulosesuasaplicaesprticas.MesaRedondaAnlisedosEfeitosdasPropriedadesFormaisdaRegraSobreosComportamentosVerbaleNoVerbalGislaineTupinambUniversidadeFederaldoPar,MarianaPazUniversidadeFederaldoPar,CarlaParacampoUniversidadeFederaldoPar,AndraFariasUniversidadeFederaldoParCoordenador:GislaineTupinambUniversidadeFederaldoPar

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    30

    Amaiorpartedosautores,nalinhadepesquisaqueinvestigaocontroleporregras,concordacomaproposioskinnerianadeque regrassoseguidasdevidoaumahistriaemqueoseguimentoderegrassimilaresfoireforadoeonoseguimentoderegrasfoipunidopormembrosdacomunidadeverbal. Contudo, poucos estudos, nessa linha de pesquisa, tm procurado investigar se aprobabilidadedo seguimentode regrasviraocorrerno futuro tambmdependedaspropriedadesformaisdaprpriaregra,ouseja,desuanaturezaformal.Eainda,estespoucosestudosencontradosnarea tm investigado,em suamaioria,oefeitodeperguntas sobreocomportamentode seguirregras.Destemodo,ospresentes estudos souma tentativade avaliaro efeitodaspropriedadesformaisdasregrasemformadepergunta,sugesto,instruoejustificativasobreocomportamentonoverbal.Especificamente,oestudodePazprocurouavaliarosefeitosdeperguntasfeitasduranteasituaoexperimentaltantosobreocomportamentoverbalquantosobreocomportamentonoverbalde adultos.O estudode Tupinambprocurou avaliar se aprobabilidadedo seguimentoderegrasviraocorrernofuturotambmpodedependerdasconseqnciasatrasadasrelatadasnaregraqueatuariamcomo justificativasparaaocorrnciadessecomportamentoemadultos.OestudodeParacampo procurar investigar os efeitos de instrues, perguntas e sugestes sobre ocomportamentonoverbaldecrianas.Apresentao1:O presente estudo procurou testar duas das proposies acerca da relao entre o papel dasconseqnciasatrasadaseopapelderegrasnadeterminaodocomportamento.Aquesugerequeregras que relatam conseqncias remotas seriam seguidas devido a uma histria de reforo doseguimentoderegrassemelhanteseaquesugerequeaprobabilidadedoseguimentoderegrasviraocorrer no futuro tambm pode depender das conseqncias atrasadas relatadas na regra queatuariam como justificativas para a ocorrncia desse comportamento. Dezesseis estudantesuniversitrios foram expostos a um procedimento de escolha de acordo com omodelo. A tarefaconsistia em apontar para os estmulos de comparao em relao ao estmulo modelo. Osparticipantes foramdistribudosemquatrocondies.NaCondio1,eramexpostossRegrasRI,RIRA,RIeRIRAnasSesses1,2,3e4, respectivamente.NaCondio2,eramexpostossRegrasRIRA,RIeRIRAnasSesses1,2e3,respectivamente.NaCondio3,eramexpostossRegrasRA,RARI,RAeRARI,nasSesses1,2,3e4,respectivamente.NaCondio4,eramexpostossRegrasRARI/RA/RARI,nasSesses1,2e3, respectivamente.ARegraRIespecificavaqueaemissodaseqncia CEF seria conseqenciada com pontos em CRF e que o participante poderia obter 80pontos na sesso (conseqncia imediata e demenormagnitude).ARegraRA especificava que aemisso da seqncia EFC seria conseqenciada com 160 pontos apenas no final da sesso(conseqnciaatrasadaedemaiormagnitude).ARegraconcorrenteRIRAjustificavaoseguimentodeRA e a Regra concorrente RARI justificava o seguimento de RI. Nas sesses em que as regrasconcorrentes foram apresentadas pela primeira vez, podese dizer que o seguimento de regra

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    31

    ocorreu,emparte,devidojustificativarelatadanaregra,em13de24sessesemquearegrapdeser seguida por essa razo. E o seguimento de regra ocorreu, em parte, devido s histriasexperimentaisdereforoparaoseguimentoderegrassemelhantes,em15de36sessesemquearegra pde ser seguida por essa razo.Os resultados sugerem que o seguimento de regras pdeocorrer,noexclusivamentedevidohistriadereforoparaoseguimentoderegrassemelhantes,mastambm,emparte,s justificativasrelatadasnaregra.Portanto,tais justificativasdeveriamserconsideradascomoumdosfatoresquepodeinterferirnoseguimentoderegras.Apresentao2:Paraavaliarosefeitos, tanto sobreo comportamentoverbalquanto sobreo comportamentonoverbal dos participantes, de perguntas feitas durante a situao experimental, 12 estudantesuniversitriosforamexpostosaumprocedimentodeescolhadeacordocomomodelo.Atarefaeraapontarparatrsestmulosdecomparao,emseqncia,napresenadeumestmulocontextual.Os participantes foram distribudos em quatro condies experimentais, cada uma composta porquatro sesses.A Sesso 1 era a linha de base.As contingncias programadas na Sesso 2 eramalteradasnaSesso3emantidas inalteradasnaSesso4.NasCondies1e2,ocomportamentonoverbaleraestabelecidoporreforodiferencialenasCondies3e4eraestabelecidoporregra.Dois tipos de perguntas eram feitos: a pergunta Tipo 1 consistia em solicitar ao participante quedescrevesse o comportamento que produz reforo; e a pergunta Tipo 2 consistia em pedir aoparticipanteparaavaliarapossibilidadedehaverounomaisdeum comportamentoqueproduzreforonasituaoexperimental.AperguntaTipo1eraapresentadaacadatrstentativasaolongodasSesses2,3e4detodasascondies;enquantoqueaperguntaTipo2eraapresentadanoinciodaSesso3dasCondies1e3enoinciodaSesso4dasCondies2e4.OsresultadosmostraramquedoisdetrsparticipantesdaCondio1etodosdaCondio2modificaramseusdesempenhosverbaisenoverbaisquandohouvemudananascontingncias.NaCondio3,todosmudaramseusdesempenhosquandohouvemudananascontingnciasedoisde trsapresentarammudanadedesempenhocomaalteraodascontingnciasnaCondio4.OsresultadosindicamqueaperguntaTipo2,em conjuno comaperguntaTipo1, contribuiuparaaapresentaode comportamentosverbaisenoverbaissensveismudananascontingnciasquandoocomportamentonoverbalfoiestabelecidoporregra.Osresultadostm implicaesparaoesclarecimentodopapeldeperguntasnasensibilidadedoscomportamentosverbalenoverbalsmudanasnascontingncias.Apresentao3:Estudos realizadosnareado comportamentogovernadopor regras tmdemonstradoque regrasapresentadasna formade instrues so eficazesno estabelecimentodenovos comportamentos.Entretanto,poucosestudostminvestigadoosefeitosdeoutrasformasderegras,comoperguntasesugestes, na aprendizagem de novos desempenhos. O presente estudo objetivar investigar os

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    32

    efeitosdeperguntas, instruese sugestes sobreo comportamentonoverbalde crianas.Paratanto, 16 crianas sero expostas a um procedimento de escolha segundo o modelo. A tarefaconsistiremtocarumdedoisestmulosdecomparaonapresenadeumestmulocontextual.Osparticipantesserodistribudosem4condiesexperimentais,queirodiferirapenasquantoaotipoderegraqueseroapresentadasnasFases1e3.NaCondio1,aFase1seriniciadacominstruescorrespondentes.AsFases2e4seromarcadaspelamudananosinalizadadascontingnciasdereforo.AFase3seriniciadacomperguntasquedescrevemascontingnciasprogramadasparaestafase.ACondio2ser idnticaaCondio1,excetoporumadiferena.NaFase1,destacondioserapresentadaapergunta,enaFase3serapresentadaainstruo.ACondio3seridnticaaCondio 1, exceto na Fase 3, pois esta fase ser iniciada com sugestes que descrevem ascontingncias.ACondio4,diferirsedaCondio1,apenasporumaalterao.NaFase1,destacondio ser apresentada a sugesto, e na Fase 3 ser apresentada a instruo. As respostascorretas,em todasascondiessero reforadasemCRF.Os resultadosmostraramquequatrodeoito participantes tiveram seus comportamentos estabelecidos por perguntas e que sete de oitoparticipantestiveramseuscomportamentosinstaladosporsugestes.Destaforma,osresultadosdeonze dos dezesseis participantes sugerem que estmulos antecedentes verbais que especificam ocomportamento que produz reforo podem funcionar como regras, independentemente se essesestmulossoapresentadosnaformadeinstruo,deperguntaousugesto.PalestraHabilidadesSociaisdeUniversitrios:procedimentosdeavaliaoeintervenonaperspectivadaanlisedocomportamentoAlessandraTuriniBolsoniSilvaUNESPBauruMuitosestudosapontamquesucessoacadmicoeprevenodeevasoescolaredetranstornosdedepresso,ansiedadeestodiretamenterelacionadoscomaquisiodashabilidadessociais.Estudosde caracterizao tm encontrado queixas que envolvem falar em pblico, sobretudo apresentarseminrios, conviver com colegas de repblica, morar em cidade diferente da dos pais e denamorado(a)oqueexigediferenteshabilidadesparaobterreforadorespositivosenegativos.Diantedestademandaecomintenodeprevenirtranstornoseconseqenteevasodauniversidadevmsedesenvolvendodesde2003,noCentrodePsicologiaAplicadadaUnespBauru, intervenesemgrupo junto a esta populao. Para tanto foi desenvolvido procedimentos de avaliao e deintervenoparagarantiroatendimentodasdemandas individuais,almdasdegrupo.O trabalhoutilizasedeautoresdaAnlisedoComportamentoedoTreinamentodasHabilidadesSociais(THS).Pretendese,nestapalestra,apresentar:a) conceitosque subsidiama suaelaborao, taiscomo,ModeloOperantedeSkinner,ModeloConstrucional de Goldiamond, Modelo Colaborativo de WebsterStratton e Hebert, HabilidadesSociaiseCompetnciaSocial;b) procedimentosdeavaliao:

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    33

    a. questionrio de habilidades sociais para universitrios: comportamentos e contextos.Elaboradopara investigarqueixasque comumente somotivodeprocurapelo atendimento,bemcomoantecedenteseconseqentes.Encontraseemprocessodevalidaopsicomtrica;b. alm do questionrio realizada uma entrevista semiestruturada, tambm elaborada paraesteestudo,bemcomoaplicadooIHSDelPrette;c. as informaes colhidas permitem identificar queixas e reservas comportamentais, queauxiliamnaformulaodehiptesesfuncionaisedeobjetivosindividuais;c) procedimentosdeinterveno:a. foram testados trs procedimentos de interveno. O primeiro ocorreu em 22 sesses, osegundoem20 sesseseoltimoem12 sesses, todosuma vezpor semana comduraode2horas.Sodiscutidasvantagensdecadaintervenodeformaasuperarasqueixasquemotivaramabuscapeloatendimento,bemcomodareduodeabandono;b. os temas trabalhados so: comunicao, expressividade, falar em pblico, fazer amizades,relacionamento familiar, relacionamento amoroso, lidar com autoridade.O procedimento prev oacrscimodetemasconformeanecessidadedogrupo;c. cadasessoorganizadaem:discussodetarefasdecasa(apartirderegistrodeobservaosemanal),momento em que so realizadas anlises funcionais; discusso de forma dialogada e apartirdoconhecimento/dificuldadedogrupodotemadasesso;treinoderepertrioespecialmentepelousoderoleplaying;avaliaodasesso;instruosobreaprximatarefadecasa.PalestraTerapiasComplementaresemPsicoterapiaePsicologiaHospitalarAcupuntura,BiofeedbackeMeditaoArmandoRibeirodasNevesNetoUNIFESPPesquisas recentes apontam para o crescimento da utilizao das Terapias Complementares empases desenvolvidos, no caso dos EUA chega a cerca de 62% da populao adulta, com uminvestimento da ordem de 47 bilhes de dlaresnestas terapias (BMJ, 2000; CDC, 2004;NCCAM,2004).Outrosestudosapontamparaocrescimentodautilizaodeterapiascomplementarespelosclientes usurios da psicoterapia, em que 44% dos sujeitos utilizavam terapias complementares,sendoodadomais impressionantequeapenas34%dossujeitosdiscutiramousodestasterapiascomosseuspsicoterapeutas(Dittman,2004;Elkinsetal.,2005).SegundooNCCAM(2004)terapiascomplementares consistem no uso de sistemas e modalidades teraputicas, associados aostratamentos convencionais (ex. alopatia, cirurgia, psicoterapia), para melhorar a eficcia destasterapias. Atualmente, diversas terapias complementares vm sendo estudadas e aplicadas noscentrosdesadeconvencionais,taiscomo:acupunturaparadepresso(Allenetal,1998),ansiedade(Eichetal.,2000),auriculoterapiaparaansiedadeprcirrgica (ShuMingetal.,2001);biofeedbackparaincontinnciaurinriaemmulheres,ansiedade,TDAH(Baskinetal.,2004);hipnoseparareduodaansiedadeprcirurgia (Langetal.,2006);meditaoparareduodaansiedade (Kozasa,2002),entre outros. importante salientar que o Conselho Federal de Psicologia (CFP) j regulamentou

  • XVIIENCONTRODAABPMC28a31deAgostode2008CampinasSP

    34

    algumasprticascomplementares,entreelas:acupuntura (005/2002)ehipnose (013/2000).OCFPtambmorientacomrelaopesquisadenovasprticasteraputicas,atravsdoFrumdePrticasAlternativas (011/1997). No Brasil, destacamos o pioneirismo da Unidade de MedicinaComportamentaldodepartamentodePsicobiologiadaUniversidadeFederaldeSoPaulo(UNIFESP),sobcoordenaodopsiclogoDr. JosRobertoLeite.NoSetordePsicologiadaSadedo InespdoHospital Beneficncia Portuguesa, em 2002, o psiclogo Prof. Armando Ribeiro das Neves Netoimplantou um atendimento baseado em Terapia CognitivoComportamental e terapiascomplementares, sendo estas: acupuntura, biofeedback, hipnose e meditao, para os principaisquadrospsicolgicos,psiquitricosedoenaspsicossomticas.OMinistriodaSadecriaaPortaria971 (03/05/2006) sobre aPolticaNacionaldePrticas Integrativas eComplementaresno SistemanicodeSade (SUS)que legitimaopapeldasTerapiasComplementaresno tratamentodasade,baseandose principalmente em relatrios da Organizao Mundial da Sade (OMS) sobre aimportnciadestasprticasnospasesmembros.EmSoPauloaLeiMu