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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2 a série – Volume 3 1 SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 O TRABALHO COMO MEDIAÇÃO Página 3 A palavra “trabalho” vem do latim tripalium e refere-se a um instrumento feito de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, o linho, para rasgá-los e esfiapá-los. A maioria dos dicionários, contudo, registra tripalium apenas como um instrumento de tortura, o que teria sido originalmente, ou se tornado depois. O que é trabalho? Páginas 3 - 4 Resposta pessoal, mas o aluno poderá indicar os animais que aparecem nas imagens, a formiga e o João-de-barro, além do castor , abelha, aranha. Página 5 O trabalho humano se distingue do trabalho animal, pois o homem ao trabalhar planeja antes de executar uma atividade. Ele concebe o trabalho antes de executá-lo. Já os animais não possuem essa capacidade. Eles “trabalham” de forma instintiva. Na verdade, é equivocado usar o termo trabalho para se referir às atividades realizadas pelos outros animais. Os animais executam tarefas guiados pelos instintos: a abelha faz o mel e a colmeia instintivamente, por isso que todas as colmeias são iguais para as abelhas de uma mesma espécie; a formiga também constrói instintivamente os formigueiros, e por isso eles são todos iguais; e o mesmo ocorre com o João de Barro e sua casa. Os animais só mudam sua maneira de agir se ocorre alguma alteração no meio que os leva a se adaptarem, mas eles não mudam suas atitudes intencionalmente. Só o homem tem essa capacidade, os outros animais não. Com o objetivo de obter os meios que garantam a sua sobrevivência, o homem age sobre a natureza, transformando-a. Ele se apropria dos materiais existentes na natureza e cria objetos, inventa coisas, se relaciona com outros homens, por intermédio do trabalho.

2010 - Volume 3 - Caderno do Aluno - Ensino Médio - 2ª Série - Sociologia

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Caderno do Professor com todas atividades e respostas para uso em dúvidas. Atenção: As respostas contidas aqui tem o objetivo de contribuir para um maior conhecimento e não apenas serem copiadas, já que se for pra copiar e não aprender nada, não perca seu tempo. Assim tire proveito das atividades.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 3

1

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1

O TRABALHO COMO MEDIAÇÃO

Página 3

A palavra “trabalho” vem do latim tripalium e refere-se a um instrumento feito

de três paus aguçados, algumas vezes ainda munidos de pontas de ferro, no qual os

agricultores bateriam o trigo, as espigas de milho, o linho, para rasgá-los e esfiapá-los.

A maioria dos dicionários, contudo, registra tripalium apenas como um instrumento de

tortura, o que teria sido originalmente, ou se tornado depois.

O que é trabalho?

Páginas 3 - 4

Resposta pessoal, mas o aluno poderá indicar os animais que aparecem nas imagens, a

formiga e o João-de-barro, além do castor , abelha, aranha.

Página 5

O trabalho humano se distingue do trabalho animal, pois o homem ao trabalhar

planeja antes de executar uma atividade. Ele concebe o trabalho antes de executá-lo. Já

os animais não possuem essa capacidade. Eles “trabalham” de forma instintiva. Na

verdade, é equivocado usar o termo trabalho para se referir às atividades realizadas

pelos outros animais. Os animais executam tarefas guiados pelos instintos: a abelha faz

o mel e a colmeia instintivamente, por isso que todas as colmeias são iguais para as

abelhas de uma mesma espécie; a formiga também constrói instintivamente os

formigueiros, e por isso eles são todos iguais; e o mesmo ocorre com o João de Barro e

sua casa. Os animais só mudam sua maneira de agir se ocorre alguma alteração no meio

que os leva a se adaptarem, mas eles não mudam suas atitudes intencionalmente. Só o

homem tem essa capacidade, os outros animais não. Com o objetivo de obter os meios

que garantam a sua sobrevivência, o homem age sobre a natureza, transformando-a. Ele

se apropria dos materiais existentes na natureza e cria objetos, inventa coisas, se

relaciona com outros homens, por intermédio do trabalho.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 3

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Distinção entre trabalho e emprego

Página 6

1. O trabalho sempre existiu, sob diferentes formas, ao longo da história da

humanidade. É uma atividade que ajuda o homem a construir sua condição de ser

humano. O homem emerge gradualmente, desenvolve-se e se torna um ser humano

no exercício de sua atividade, de seu trabalho, da sua produção social. Nesse sentido,

pode-se dizer que, ao trabalhar, o homem “humaniza” a natureza e se constrói como

ser humano, ou seja, o trabalho humaniza o homem, pois ele age de forma deliberada

e consciente sobre a natureza. O trabalho, portanto, é uma atividade de mediação

entre o homem e a natureza.

2. Emprego é uma relação social de trabalho muito recente, quando o homem deixa de

ser escravo ou servo e se transforma em homem livre. Livre para vender o seu

trabalho e estabelecer um contrato com o comprador, em troca de um salário que lhe

permite adquirir os meios de vida necessários à sua sobrevivência. Emprego

pressupõe trabalho assalariado, sendo, portanto, característico da sociedade

capitalista.

Páginas 6 - 7

1. Na Grécia Antiga, o trabalho era atividade exercida pelos escravos. Na Idade Média,

as pessoas trabalhavam nos campos, ligadas a um senhor feudal, ou moravam nos

burgos e eram artesãos. Em todos esses momentos da história, as pessoas

executavam algum trabalho, mas não tinham emprego. O emprego só se dissemina

com o capitalismo. Na Antiguidade, os escravos eram uma propriedade e, na Idade

Média, eram servos presos à terra do senhor feudal.

2. No capitalismo, o trabalhador vende a sua força de trabalho (física ou mental) em

troca de um salário que lhe permita adquirir os meios de vida necessários à sua

sobrevivência. Ao conseguir o emprego, o trabalhador assina um contrato de trabalho

que especifica suas funções. No capitalismo, os trabalhadores são livres para

procurar outras condições de trabalho em um novo emprego.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 3

3

Página 7

O exercício tem o objetivo de verificar a compreensão do texto e da sua explicação.

Verifique a capacidade de o aluno usar as informações disponíveis na construção dos

argumentos, bem como a correção formal do texto.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2

DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

Páginas 8 - 9

Caro professor, para que a atividade seja realizada, será necessário disponibilizar aos

alunos o poema “A trama da rede”, de Carlos Rodrigues Brandão, que consta no

Caderno do Professor.

a) Canto I: o trabalho de tecer a rede é exercido em “casa alheia”, ou seja, não na

casa do trabalhador, mas no local determinado pelo seu patrão, na manufatura. Ali,

são reunidos vários trabalhadores, que, exercendo diferentes trabalhos, transformam

os fios de várias cores em rede. A trama, o desenho da rede, é mostrada como a

trama que enreda, que prende o trabalhador à máquina, que impõe seu movimento ao

corpo do trabalhador.

b) Canto III: o trabalhador que transforma a matéria-prima – o algodão – em fio, e

o fio em rede, produz uma mercadoria que não pertence a ele, mas, sim, a quem o

contratou. Ou seja, a rede que ele produz com o seu trabalho não pertence a ele, mas,

sim, a quem lhe paga o salário.

c) Canto VII: o ponto central deste canto refere-se ao tempo ou ritmo de trabalho

que, na manufatura, não é mais determinado pelo trabalhador, mas, sim, pelo ritmo

da máquina, imposto pelo dono da oficina.

d) Canto VIII: este canto completa o anterior, pois se refere ao controle exercido

pelo dono da manufatura, que não está preocupado com a saúde e a vida do

trabalhador, mas, sim, com a produtividade do trabalho.

e) Canto IX: na manufatura, o trabalhador executa movimentos repetitivos,

especializando-se apenas em uma atividade de trabalho, automaticamente, seguindo

o movimento da máquina, sem nenhuma criatividade, tornando-se um trabalhador

limitado em seu conhecimento.

f) Canto XI: esta estrofe refere-se ao trabalho exercido por homens e mulheres,

velhos, moças e crianças, tornados servos do trabalho coletivo que produz a rede.

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g) Canto XII: o trabalho exercido na produção de uma mercadoria, a rede, que não lhe

pertence, submete o trabalhador e o seu corpo às determinações de seu patrão, aquele

que lhe paga o salário. Seu corpo, suas energias, sua força de trabalho são vendidos

em troca de um salário e usados na produção de uma mercadoria que não lhe

pertence.

h) Canto XIV: na manufatura, o corpo do operário parece ser um prolongamento da

máquina: seus braços, mãos, pés põem em movimento a máquina e são movidos por

ela. O corpo, a força de trabalho do trabalhador, torna-se um objeto que ele vende em

troca de seus meios de vida, aquilo que lhe permite sobreviver e retornar, todo dia, ao

local de trabalho, reproduzindo a sua servidão à máquina e ao seu patrão.

Página 10

1. A palavra manufatura vem do latim e significa trabalho manual.

2.

a) 1o fator: a existência de um empresário com capital para comprar a matéria-

prima e ferramentas e concentrar em sua oficina um grande número de trabalhadores.

Ou seja, em vez de distribuir esses meios de produção nas casas dos trabalhadores, o

comerciante transformado em industrial os junta sob um mesmo teto, criando assim a

manufatura.

b) 2o fator: a existência de trabalhadores livres, ou seja, que não são mais donos dos

meios de produção e dependem para sua sobrevivência da venda de seu trabalho ou

da sua força de trabalho, transformando-se, assim, em trabalhador assalariado.

Página 11

1. Resposta pessoal, com o objetivo de verificar se o aluno é capaz de indicar trabalhos

que antes eram executados só por homens e hoje são executados também por

mulheres.

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 3

6

2. Resposta pessoal, com o objetivo de verificar se o aluno é capaz de indicar trabalhos

que antes eram executados só por mulheres e hoje são executados também por

homens.

Páginas 11 - 12

Resposta pessoal, com o objetivo de verificar se o aluno compreendeu a

discussão feita a respeito da divisão manufatureira do trabalho e suas implicações para o

trabalho e os trabalhadores. O aluno deve ter como referência os cantos IX e XI do

poema de Brandão e o texto reproduzido no caderno, bem como a explicação dada em

sala de aula.

Página 14

Tendo como referência o texto da página 13 e 14 do Caderno e a explicação dada em

sala de aula, o aluno deve elaborar uma lista das ocupações que, de algum modo, o

ajudam a viver. O objetivo do exercício é esclarecer a interdependência entre os

indivíduos na sociedade moderna.

Páginas 14 - 15

1. O domínio do capital sobre o processo de trabalho se impõe, na medida em que o

objetivo, o motivo que impele e direciona todo o processo de produção capitalista, é

a expansão do próprio capital, a maior produção de mais-valia, portanto, a maior

exploração possível da força de trabalho. A dominação do capital sobre o trabalho,

portanto, tem o objetivo de garantir a exploração do processo de trabalho social.

2. O trabalhador torna-se incapaz de perceber que a riqueza que ele desenvolve é

produto de seu trabalho, como também não consegue se reconhecer no produto de

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GABARITO Caderno do Aluno Sociologia – 2a série – Volume 3

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seu trabalho. O produto, a mercadoria, não resulta de seu trabalho individual, mas,

sim, do trabalho de todos. Ele realiza apenas uma parte dela e, assim, o produto do

trabalho, a mercadoria, aparece ao trabalhador como algo alheio, estranho a ele. A

relação do trabalhador com o produto de seu trabalho é, portanto, uma relação de

alheamento, de estranhamento. O trabalhador, que colocou a sua vida no objeto,

agora se defronta com ele como se a coisa, a mercadoria, tivesse vida própria,

independente e fosse dotada de um poder diante dele. De fato, assim como o trabalho

já não lhe pertence, mas, sim, a outro homem (o proprietário dos meios de produção),

o produto de seu trabalho igualmente não lhe pertence. Esse processo é o que Marx

chama de relação alienada do homem com outro homem, com o produto de seu

trabalho e com o trabalho. Para Marx, então, o trabalho livre, assalariado, é trabalho

alienado.

Página 15

A resposta é individual e consiste na análise de três estrofes, de livre escolha, do

poema de Brandão, tendo como referência a discussão feita nas aulas sobre trabalho.

O aluno pode recorrer aos textos disponibilizados pelo professor.

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SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3

TRANSFORMAÇÕES NO MUNDO DO TRABALHO: EMPREGO E DESEMPREGO NA ATUALIDADE

Página 16

O aluno deve colocar a idade, o sexo e a profissão da pessoa entrevistada pelo seu

grupo.

1. O aluno deve anotar a resposta do entrevistado à pergunta sobre a importância do

trabalho na vida das pessoas.

2. O aluno deve anotar a resposta do entrevistado à pergunta a respeito de por que as

pessoas trabalham.

3. O aluno deve anotar a resposta do entrevistado à pergunta a respeito do significado

do desemprego na vida das pessoas.

4. O aluno deve anotar a resposta do entrevistado à pergunta a respeito dos motivos do

desemprego.

Páginas 17 - 18

1.

a) A maior proporção, 64%, é de assalariados.

b) As outras ocupações são: empregadores 3%, empregados domésticos 10% e

autônomos 19%.

2.

a) A coluna azul à direita se refere aos 64% de assalariados.

b) Os tipos de assalariados são: assalariados com carteira 43%, assalariados sem

carteira 12% e assalariados do setor público 9%.

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9

3 Resposta individual, na qual o aluno deve manifestar a sua opinião a respeito da

importância do trabalho com carteira assinada. Espera-se que ele aponte as vantagens

em termos dos direitos trabalhistas assegurados.

4.

a) Os trabalhadores com carteira assinada têm garantido o acesso ao Fundo de

Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias remuneradas, 13º salário; em alguns

casos, direito a seguro-desemprego e inscrição no INSS (Instituto Nacional do

Seguro Social), que garante o direito à aposentadoria.

b) Os empregados domésticos têm direito a férias remuneradas, 13º salário e

inscrição no INSS.

c) O trabalhador autônomo deve se inscrever na Prefeitura, pagar vários impostos e

contribuir para o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o que lhe garante a

aposentadoria e recebimento de alguns benefícios na hipótese de doença que o

impeça de realizar seu trabalho. Mas ele não tem direito a seguro-desemprego, ao

FGTS, nem a férias remuneradas ou a 13º salário.

Páginas 19 - 20

1.

a) A taxa global de participação para o Estado de São Paulo é de 58,9%.

b) A região com a taxa mais alta de participação é a Região Metropolitana de São

Paulo, com 63,0%.

c) A região que apresenta a menor taxa de participação é a região de Registro, com

apenas 48,9%.

2.

a) A região que apresenta a taxa mais alta de desemprego é a Região

Administrativa de Registro, com 20,7%, seguida de perto pela região de São José dos

Campos, com 19,5%.

b) A região que apresenta a taxa mais baixa de desemprego é a região de Campinas,

com 11,3%.

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10

Página 20

Espera-se que aluno compare as taxas de desemprego para as crianças e os

adolescentes (43,9%) e para os jovens (24,9%), que aparecem no texto, com as taxas de

desemprego nas regiões de São Paulo, vistas no gráfico 2. Ele deve registrar que as

taxas para crianças e adolescentes e para jovens são superiores às taxas em todas as

regiões do Estado.

Páginas 20 - 23

1. A taxa de jovens desempregados em relação ao total de pessoas desempregadas no

Brasil era de 46,6% em 2005.

2. Não se trata de um problema que se refere só ao ano de 2005. Ao longo dos anos, a

proporção entre o desemprego dos jovens e o dos adultos só tem aumentado: em

1990, o desemprego dos jovens era 2,8 vezes maior do que o desemprego dos

adultos, em 1995, era 2,9 vezes maior e em 2005 passou a ser 3,5 vezes maior.

3. Esse não é um problema que ocorre só no Brasil, ainda que em nosso país essa taxa

seja maior, comparada com a do México (40,4%), da Argentina (39,6%), do Reino

Unido (38,6%) e dos Estados Unidos (33,2%), segundo os dados de 2005.

4.

FFaaiixxaa eettáárriiaa

1155 aa 1177 aannooss 1188 aa 2244 aannooss 2255 aa 2299 aannooss 3300 aa 5599 aannooss

TTaaxxaa ddee ddeesseemmpprreeggoo

22,6%

16,7%

9,5%

5,0%

5. Em primeiro lugar, o Ipea aponta a questão da rotatividade entre os jovens, ou seja,

eles tenderiam a mudar mais de emprego, pois estariam “experimentando”

ocupações, ou seja, eles não sabem ainda o que querem e mudam mais facilmente de

emprego do que a população mais velha. Em segundo lugar, o Ipea explica que isso

ocorre em parte como consequência da baixa qualificação do jovem e do tipo de

posto que ocupa. Como o jovem possui, de uma maneira geral, baixa qualificação e

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experiência, ele ocupa aqueles postos que são, em geral, os piores em termos de

remuneração e condições de trabalho, além de terem os menores custos de demissão

e contratação. Ou seja, como a qualificação exigida para o posto é baixa, ele é mal

remunerado e, assim, é mais fácil, do ponto de vista econômico, contratá-lo ou

demiti-lo. Por isso, conseguem ocupações mais precárias e de curta duração. O

terceiro ponto está relacionado à questão da escolaridade: ao tratar essa questão, logo

após a afirmação de que os jovens têm uma baixa qualificação, o artigo

indiretamente relaciona a questão do desemprego à escolaridade. Afinal, a grande

defasagem escolar diminui as chances dos jovens de conseguirem empregos

melhores e mais bem remunerados, pois não possuem qualificação para tanto.

6. Espera-se que o aluno, tendo em vista a sua experiência pessoal ou a de seus amigos

ou conhecidos, seja capaz de comentar os fatores para o desemprego dos jovens

apontados pelo Ipea. Trata-se de uma resposta individual, de concordância ou não

com os fatores indicados no texto.

7. A pesquisa chama a atenção para a defasagem escolar. De acordo com o estudo,

cerca de 34% dos jovens entre 15 e 17 anos ainda estão no Ensino Fundamental,

enquanto apenas 12,7% dos jovens de 18 a 24 anos frequentam o Ensino Superior.

Outro ponto importante é a crescente proporção de jovens fora da escola, conforme a

faixa etária: 17% entre os com idade de 15 a 17 anos; 66% entre os com 18 a 24 anos

e 83% entre os com 25 a 29 anos, uma vez que muitos deles não chegaram a

completar o Ensino Fundamental. Além disso, o artigo aponta, também, a elevada

taxa de analfabetismo em nosso país, ou seja, a dificuldade de pessoas de 15 anos ou

mais de escreverem ou lerem um bilhete simples.

Leitura e Análise de Texto e Gráfico

Páginas 23 - 24

1. O mês que apresentou a taxa mais alta de desemprego foi o de março, com 14,3%, e

a mais baixa foi em dezembro, com 11.8%.

2. A taxa de desemprego começou a cair no mês de agosto de 2008, quando atingiu

14%.

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3. Elas referem-se às taxas de desemprego no ano 2009. Em janeiro e fevereiro, houve

um ligeiro acréscimo do desemprego (de 12,5% e 13,5%, respectivamente), quando

comparado a dezembro de 2008, mas ainda se mantendo ligeiramente abaixo das

taxas registradas nos mesmos meses em 2008. No mês de março, contudo, o

desemprego volta a aumentar, com a maior taxa desde janeiro de 2008: 14,9%.

Página 25

O aluno deve elaborar um comentário sobre o diálogo entre três jovens, que mostra o

desafio de manter-se honesto e afastar-se da criminalidade na situação de desemprego.

Não há uma resposta correta. O objetivo do exercício é permitir que o jovem reflita a

respeito dos efeitos do desemprego na vida das pessoas e expresse os seus valores.

Atenção! Professor, para que a Lição de Casa seja desenvolvida, será necessário que

você disponibilize aos alunos o trecho da obra “A máquina e a revolta”, de Alba Zaluar,

que consta do Caderno do Professor, p. 32.

Página 25

O exercício tem o objetivo de verificar a capacidade de leitura dos gráficos e de

realizar análises comparativas.

Transformações no mundo do trabalho

Páginas 25 - 26

1. Trata-se de retomar os dados gerais da pesquisa em grupo realizada pelos alunos.

Deve ser anotado pelo aluno o número de pessoas entrevistadas em cada faixa etária.

2.

a) O aluno deve fazer uma síntese das respostas obtidas na pesquisa em grupo a

respeito da importância do trabalho na vida das pessoas.

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b) O aluno deve fazer uma síntese das respostas obtidas na pesquisa em grupo a

respeito do que leva as pessoas a trabalharem.

c) O aluno deve fazer uma síntese das respostas obtidas na pesquisa em grupo a

respeito do significado do desemprego na vida das pessoas.

d) O aluno deve fazer uma síntese das respostas obtidas na pesquisa em grupo a

respeito do motivo do desemprego.

Páginas 26 - 27

1. Trata-se de elaborar um comentário analítico das respostas das pessoas na pesquisa

em grupo, de acordo com a faixa etária. Devem-se comparar, segundo a sugestão, as

respostas dos adolescentes e as dos jovens com as dos adultos e as dos mais velhos.

2. Trata-se de elaborar um comentário analítico das respostas das pessoas na pesquisa

em grupo, de acordo com o sexo. Devem-se comparar, segundo a sugestão, as

respostas dos homens com as das mulheres.

Páginas 27 - 28

1. A passagem da juventude à idade adulta tem como marcos a conclusão do Ensino

Médio ou Superior, o ingresso no mercado do trabalho e a constituição de uma nova

família.

2. O aluno deve elaborar um comentário com base na observação de seus amigos,

vizinhos e parentes, se é possível afirmar ainda hoje, no Brasil, que a passagem da

juventude à vida adulta ocorre de acordo com os marcos apontados no texto.

3. A partir dos anos 1970, nos países desenvolvidos, e do final dos anos 1980, no

Brasil, os mercados de trabalho tornaram-se cada vez mais heterogêneos e

fragmentados, observando-se um grupo de trabalhadores com alta qualificação,

atividades em período integral e direitos trabalhistas assegurados, convivendo ao

lado de uma grande massa de trabalhadores pouco qualificados, ocupando postos de

trabalho precários, mal remunerados, muitas vezes sem quaisquer direitos

trabalhistas, e junto ainda com um número cada vez maior de desempregados. Sendo

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assim, as transformações no mundo do trabalho e o aumento dos ganhos de

produtividade não significam aumento do nível de emprego, tornando o desemprego

um problema estrutural no cenário global.

O sistema taylorista-fordista de produção

Página 29

1. Por taylorismo entendemos as modificações introduzidas por Frederick W. Taylor,

no final do século XIX, no modo de produzir, sustentadas essencialmente por estudos

de tempos e movimentos. O objetivo era o de controlar e determinar os métodos de

trabalho, selecionando os trabalhadores e as ferramentas mais adequadas para o

trabalho a ser realizado.

2. O fordismo tem como principal elemento a introdução, por Henry Ford, em 1913, da

linha de montagem com esteira, na produção de automóveis. No entanto, mais do que

inovação tecnológica, o fordismo se caracteriza por ser um sistema com uma ampla

divisão do trabalho, produção em massa de bens padronizados, sindicatos

relativamente fortes e aumentos de salários reais.

Páginas 30 - 31

a) O trabalho em tempo parcial é o trabalho exercido por algumas horas no dia ou na

semana.

b) O trabalho temporário tem a duração de apenas algumas semanas ou meses do ano.

Páginas 31 - 32

Trata-se de um texto dissertativo em que devem ser avaliadas a compreensão do que

foi explicado em sala de aula e do texto de referência, a forma como o aluno estabelece

a relação entre as transformações no mundo do trabalho e o desemprego e as

consequências para a vida dos trabalhadores.