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Caro(a) aluno(a), Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros. Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro. Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co- nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive. Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea. Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene- fícios do conhecimento. Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati- vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião. Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento. Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso. Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENP Secretaria da Educação do Estado de São Paulo Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

2010Volume1 CADERNODOALUNO LINGUAPORTUGUESA EnsinoFundamentalII 5aserie Caderno Do Aluno

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Caro(a) aluno(a),

Para viver no mundo atual com qualidade de vida é preciso ter cada vez mais conhecimentos, respeitar valores e desenvolver atitudes positivas em relação a si e aos outros.

Os conhecimentos produzidos pela humanidade ao longo da história são um valioso tesouro que nos permite compreender o mundo que nos cerca, interagir com as pessoas, tomar decisões... Ler, observar, registrar, analisar, comparar, refletir e expressar-se são algumas formas de compartilhar esse tesouro.

Este material foi preparado especialmente para ajudar você a entender esses co-nhecimentos e utilizá-los com competência nas diferentes linguagens: oral, escrita, imagética, sonora e corporal, como forma de conhecer a si mesmo, a sua cultura e o mundo em que vive.

Familiarizar-se com as diferentes linguagens e saber usá-las adequadamente é dar sentido às relações que estabelecemos com o outro e com o mundo. Quando nos expressamos, construímos cultura e nos apropriamos das manifestações culturais, além de atuarmos como sujeitos produtivos na sociedade contemporânea.

Com este Caderno, você poderá ampliar suas possibilidades de reflexão sobre a vida e as relações humanas, que se expressam de diferentes maneiras no cotidiano e nas obras literárias e artísticas, o que lhe permitirá apreciar e aproveitar os bene-fícios do conhecimento.

Aprender exige esforço e dedicação, mas também envolve curiosidade e criati-vidade, que estimulam a troca de ideias e conhecimentos. Por isso, sugerimos que você participe das aulas, fique atento às explicações do professor, faça anotações, exponha suas dúvidas, não tenha vergonha de fazer perguntas, procure respostas e dê sua opinião.

Caso precise, peça ajuda ao professor. Ele pode orientá-lo sobre o que estudar e pesquisar, como organizar os estudos e onde buscar mais informações sobre um assunto. Reserve todos os dias um horário para fazer as tarefas e rever os conteúdos; assim você evita que eles se acumulem. E, principalmente, ajude e peça ajuda aos colegas. A troca de ideias é fundamental para a construção do conhecimento.

Aprender pode ser muito prazeroso. Temos certeza de que você vai descobrir isso.

Coordenadoria de Estudos e Normas Pedagógicas – CENPSecretaria da Educação do Estado de São Paulo

Equipe Técnica de Linguagens e Códigos

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Língua Portuguesa - 5a série/6o ano - Volume 1

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!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 1 QuEm CONTA A hiSTóRiA?

Leitura e Análise de Texto

Texto A

A cigarra e a formiga

A cigarra, tendo cantado por todo o verão, encontrou-se muito desprovida quando o vento frio chegou: não tinha nenhum pedacinho de mosca ou verme.

Ela foi chorar de fome na casa de sua vizinha, a formiga, suplicando que lhe empres-tasse algum grão para sobreviver até a próxima estação.

– Eu lhe pagarei, disse a cigarra, antes de agosto, palavra de animal, tudinho e com juros.A formiga não costuma emprestar, eis o seu menor defeito.– O que você fazia no verão? disse ela à cigarra.– Eu cantava; por favor, não fique irritada.– Você cantava? Então já sei: agora dance!

LA FONTAiNE. Fábula traduzida e adaptada do francês. disponível em: <http://www. memodata.com/2004/fr/fables_de_la_fontaine>. Acesso em: 15 jan. 2008.

Texto B

gilberta adora dançar, sai todas as sextas-feiras para ir ao forró perto de sua casa. No for-ró aproveita para saber das novidades da semana, pôr o papo em dia. Os dias em que seu amigo Pedro também aparece, ela dança muito mais, pois ele é um bailarino e tanto – dizem que Pedro dança “melhor” que gilberta. Com Pedro, gilberta percebe que inventa movimen-tos, fica mais leve e mais solta na pista de dança. um dia, ela levou um xale para o forró e os dois criaram uma dança usando o xale. Nos dias em que Pedro não está, ela acaba dançando com pessoas que conhece pouco, com as próprias amigas, e não vê tanta graça no que faz.

mARQuES, isabel A. Corpo e sociedade. in: muRRiE, zuleika F. (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física – livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 53.

1. Com a orientação do professor, discuta em classe: quais as semelhanças entre a fábula A cigarra e a formiga e a história de gilberta?

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2. Após as discussões feitas em sala, anote o que você compreendeu sobre as quatro primeiras pa-lavras da lista a seguir. Leia o significado da quinta palavra para relembrar.

Personagem: •

Enredo: •

Tempo: •

Espaço: •

Foco narrativo: •Dizemos que o foco narrativo está em 1a pessoa quando quem conta é uma personagem que participa da ação, e que está em 3a pessoa quando quem conta é uma voz que não participa da ação.

3. Analise o texto A cigarra e a formiga de acordo com as indicações a seguir, relembrando o signi-ficado das palavras da lista da atividade anterior.

a) O foco narrativo está em 1a ou 3a pessoa?

b) Quais são as personagens?

c) há marcas de passagem de tempo na história? Quais?

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d) Em quanto tempo parece que a história se passa?

e) O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?

Produção escrita

Você vai escrever uma breve história, a partir do seguinte tema: “um dia inesquecível”. Escolha um acontecimento bem importante de sua vida, algo de que você se lembre com detalhes.

Para facilitar sua produção, faça primeiro um esquema – uma espécie de esqueleto – para seu texto. No esquema, você deve apontar, de forma geral, as informações que serão solicitadas. Elas servirão de base para sua produção final.

1. Esquema de produção textual

a) Relembre um dia de sua vida em que aconteceram fatos inesquecíveis. Coloque-os na se-quência em que aparecerão em seu texto.

b) Os acontecimentos que você vai contar se passaram em que intervalos de tempo? minutos, horas?

c) Em que espaço sua história acontece? Casa, rua, um lugar isolado ou outro qualquer?

d) Quantas personagens a história apresenta? descreva-as.

2. Com o esquema pronto, produza a versão final de sua história no caderno.

3. Após a produção do texto, responda: você acha que seu texto representa tudo o que viveu ou sentiu naquele momento? Explique.

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4. Leia as definições a seguir.

Autor:• pessoa que cria uma obra (pode ser um texto, um livro inteiro, uma fotografia, um desenho etc.)

Narrador:• figura inventada que narra uma história.

Agora, responda: quem é o autor de sua história? E o narrador?

Observe esta imagem. Que impressão ela provoca? descreva o que você está vendo, apontando, com o máximo de detalhes, os elementos que causam essa impressão.

Leitura e Análise de Imagem

Performance de dança Kathakali

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1. Leia o texto a seguir, procurando identificar o sentimento que o autor quer despertar no leitor. Ele é parte de um conto chamado O gato preto.

Quanto à fantástica e, ao mesmo tempo, prosaica história que estou prestes a narrar, não espero e nem peço que me acreditem. Eu seria um louco consumado se o esperasse em um caso como o presente, em que meus própios sentidos rejeitam as evidências que se lhe apresentam. No entanto, não sou louco – e nem tampouco sonho. mas amanhã eu morro, e hoje me apraz aliviar a alma. meu desígnio imediato é apresentar ao mundo de forma simples, sucinta e desprovida de comentários uma série de meros acontecimentos domésticos. Com suas consequências, tais eventos me aterrorizaram – me torturaram – me destruíram. Contudo, esforçar-me-ei por não os explicar.

Para mim, os eventos mencionados pouco representam além do horror – a muitos parecerão menos terríveis do que barrocos. Chegará o dia, talvez, em que algum intelecto reduzirá minha quimera ao prosaico – um intelecto mais ponderado, mais lógico e bem menos excitável que o meu, incapaz de ver, nas circunstâncias que detalharei estupefato, mais do que uma trivial série de causas e consequências perfeitamente explicáveis.

POE, Edgar Allan. O gato preto e outros contos. Organização e tradução de guilherme da Silva Braga. São Paulo: hedra, 2008. p. 41

Leitura e Análise de Texto

2. Responda às questões, com base na leitura que você fez do fragmento do conto.

a) Que sentimento você acha que o autor quis provocar em seu leitor? Explique.

b) Escreva as palavras que o autor usou para provocar esse sentimento.

c) O texto é narrado em 1a ou 3a pessoa? Escreva um trecho do texto que comprove isso.

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2. Reúna-se com seus colegas, formando pequenos grupos, e discuta com eles as questões a seguir.

a) Essa história é contada em 1a ou 3a pessoa?

b) Sublinhe as palavras que podem indicar que o autor deseja que seu leitor sinta medo, de-pois as transcreva nas linhas a seguir.

c) O autor da história escolheu um tipo de foco narrativo. A escolha do autor fez diferença na maneira como a história é contada? Por quê?

Leitura e Análise de Texto

Conto1. Leia o trecho a seguir.

Noturno XX

[...]Os olhos de Jonas piscaram maliciosos: – E aí, Silviano?... Você continua aquele ter-

rível don Juan de província?... Eu me lembro das madrugadas em que você acordava todo mundo para contar detalhes da aventura que acabara de ter...

Silviano riu: – Como se vocês fossem uns anjinhos...Bernardo apoiou Jonas: – Até que éramos, perto de você... mal conhecíamos uma

menina, ela logo se encantava com essa voz macia, esse olhar lânguido, triste... de quem ia “morrer amanhã”... Acho que você fazia o gênero poeta romântico do século XiX só para seduzir nossas namoradinhas...

[...]– Nem por isso fui feliz. Tive amores, sim. muitos. mas, amor mesmo, só tive um.

Falo de um grande amor, aquele grande amor que dá sentido à vida e que divide a gente em antes e depois. Esse, no meu caso, jaz morto e insepulto. Até hoje.

Os outros pararam, curiosos. A mesa tornou-se uma ilha de silêncio em meio aos ruí-dos encapelados que a margeavam. Arnaldo semicerrava os olhos, vencido pelo torpor que lhe subia do corpo até a cabeça.

LAuRiTO, ilka B. Noturno XX. in: CAmPEdELLi, Samira Y. Noite na taverna. São Paulo: Atual, 1992. p. 77 (Série Outras Palavras).

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d) A escolha do foco narrativo contribuiu para o efeito de medo que o texto quer provocar no leitor?

e) Se a história fosse modificada e narrada por outra voz dentro do texto, que resultado(s) essa mudança poderia causar?

LiçãO dE CASA

1. Se puder, vá ao laboratório de informática da escola, pesquise na internet sobre histórias de ter-ror e encontre uma narrativa que cause sensação de medo. Se não tiver acesso ao computador, peça a alguém de sua família que conte uma história de medo. Você também pode procurar no livro didático se há um texto com essas características. depois de ler ou ouvir uma história de terror, reconte-a em seu caderno.

2. Em casa, ensaie uma forma de ler o texto que possa causar ainda mais medo em seus colegas de classe.

Oralidade

1. Em classe, leia a história de medo que você ensaiou em casa. Sua leitura deve reforçar o terror que a história já causa. depois, a classe vai votar na leitura de que mais gostou. A partir desse texto, você discutirá com seus colegas as seguintes questões:

Quem é o narrador da história?•

Esse narrador é a personagem principal, outra personagem ou é apenas uma voz que conta a his-•tória?

2. Vamos imaginar que a história que vocês escolheram seja contada pelo protagonista (a persona-gem principal). discuta com seus colegas: se vocês recontassem a mesma narrativa a partir do olhar de outra personagem, a história ficaria diferente? Explique. Anote as conclusões da discus-são em seu caderno.

Estudo da língua

1. Leia o texto a seguir e veja se consegue compreendê-lo sem as palavras que faltam.

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2. Fica difícil compreender a fábula sem as palavras que faltam, não é mesmo? Então preencha os espaços vazios para completá-la. Se for preciso, consulte o texto completo que está no começo deste Caderno.

3. Você pode ter usado palavras diferentes para preencher os espaços, mas elas têm a mesma fina-lidade no texto. Pensando nisso, marque a resposta que indica essa finalidade:

a) dão nome aos seres que existem na história.

b) indicam qualidades desses seres.

4. Na fábula, há algumas palavras destacadas que têm uma finalidade comum no texto. marque qual é essa finalidade:

a) dar nome aos seres que existem na história.

b) indicar qualidades desses seres.

5. As palavras que você usou para completar o texto chamam-se substantivos; as que estão destaca-das, adjetivos. Complete as frases:

a) Substantivos são palavras que servem para

b) Adjetivos são palavras que servem para

6. Para finalizar, o professor vai escrever no quadro a definição completa de adjetivo e substantivo. Copie as definições em seu caderno.

A cigarra e a formiga

A..................., tendo cantado por todo o verão, encontrou-se muito desprovida quando o ................. frio chegou: não tinha nenhum pedacinho de ..................... ou .................

Ela foi chorar de..................... na casa de sua vizinha, a ..................., suplicando que lhe emprestasse algum ................ para sobreviver até a próxima ....................

– Eu lhe pagarei, disse a ...................., antes de agosto, palavra de animal, tudinho e com juros.

A ..................... não costuma emprestar, eis o seu menor ......................– O que você fazia no .....................? – disse ela à ......................– Eu cantava; por favor, não fique irritada.– Você cantava? Então já sei: agora dance!

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LiçãO dE CASA

1. Anote os exercícios sobre substantivos e adjetivos, do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

2. Releia a história de gilberta, no início desta Situação de Aprendizagem, e analise-a, de acordo com as indicações a seguir.

a) O foco narrativo está em 1a ou 3a pessoa?

b) Quais são as personagens?

c) Quanto tempo a história parece representar?

d) há marcas de passagem de tempo na história? Quais?

e) O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?

3. Procure em seu livro didático uma narrativa em 1a pessoa e outra em 3a pessoa. Anote um tre-cho que comprove suas escolhas.

a) Nome do texto escolhido e de seu(sua) autor(a):

b) Exemplo de narrativa em 1a pessoa:

c) Nome do texto escolhido e de seu(sua) autor(a):

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d) Exemplo de narrativa em 3a pessoa:

PESQuiSA iNdiViduAL

1. Procure em um dicionário o sentido da palavra narrativa. Anote no espaço a seguir.

2. Em sala, você apresentará suas anotações a seus colegas e eles apresentarão as deles. discutam e anotem a definição que o grupo considerar mais clara.

3. Os grupos apresentarão suas definições para toda a classe; o professor anotará as definições na lousa. depois de discutirem as semelhanças e diferenças, vocês devem participar da cons-trução de uma definição de narrativa que pareça mais clara para a maioria dos grupos.

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 2 CRiANdO umA PERSONAgEm

Irerê

O irerê tem esse nome porque, quando pia, parece que está dizendo i-re-rê. mas é chamado também de marreca-piadeira, marreca-do-pará e marreca-viúva, pois ele é da

Leitura e Análise de Texto

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1. O irerê é uma ave, talvez desconhecida para você. Seu professor discutirá com a classe quais as características fornecidas pelo texto para descrever o animal e o lugar onde ele vive, ou seja, seu habitat. Anote, dessas descrições, as palavras que mais chamaram sua atenção.

Características do irerê: •

Características de seu habitat: •

2. Com base nas características da ave e do local, faça, em seu caderno, uma ilustração do irerê em seu habitat.

3. Seu professor selecionou uma narrativa do livro didático. Anote o nome da história, do autor, o(s) número(s) da(s) página(s) onde está e, depois da leitura, indique todos os seres que reali-zam alguma ação dentro do texto, as chamadas personagens.

4. depois das explicações de seu professor sobre o conceito de personagem, crie uma definição, com suas palavras.

5. Vocês vão criar uma personagem. Para tanto, seu professor mostrará algumas figuras de pessoas. Formando um grupo com alguns colegas, escolham uma das imagens, observem-na com aten-ção e discutam:

a) Quais são suas características físicas?

família dos marrecos. E, como todo marreco, o irerê gosta de nadar, vive em bandos e faz ninho no meio da vegetação aquática.

O engraçado do irerê é que ele pode ser domesticado, se comportando como um cachorrinho: gosta de festinha na cabeça, anda solto no quintal e vai direitinho atrás do dono. E serve de cão de guarda também – quando chega algum estranho na casa, ele grita: irerê! irerê! irerê!

WEiSS, Luise; mAiA, Pedro. irerê. in: Abc do zoo. São Paulo: Cia. das Letrinhas, 2006. p.18.

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b) Quais podem ser seus hábitos?

c) Qual parece ser sua idade?

d) Qual pode ser sua profissão?

6. Partindo das explicações dadas pelo professor, analise a fábula A cigarra e a formiga, apresentada na Situação de Aprendizagem 1, de acordo com as questões a seguir.

a) Como a fábula começa?

b) Por que as duas personagens principais entram em conflito?

c) Que fatos acontecem como consequência do conflito inicial?

d) Em que momento o conflito chega a seu ponto mais alto?

e) Como o conflito entre as personagens é resolvido?

Produção escrita

1. A partir da personagem criada na Atividade 5, você deve produzir uma narrativa curta, coeren-te com as características dela. Para facilitar a produção, primeiro responda às perguntas a seguir, em seu caderno. depois, tendo como base o esquema organizado a partir das respostas dadas para as questões, faça a versão final de seu texto.

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a) Qual é o nome do texto a ser produzido?

b) Como a história da sua personagem vai começar?

c) Por que e com quem a personagem vai entrar em conflito?

d) Que fatos acontecerão em consequência do conflito inicial?

e) Em que momento o conflito chegará a seu ponto mais alto?

f ) Como será resolvido o conflito entre as personagens?

Estudo da língua

1. No trecho a seguir, circule todas as palavras que foram usadas para substituir o nome irerê.

O irerê pertence à família dos marrecos. Ele também recebe outros nomes, como marreca-piadeira, por exemplo. Essa ave é fácil de ser domesticada. Quando ela vive com as pessoas, costuma comportar-se como um cachorrinho. O animal gosta de agrados e defende a casa quando chega um estranho, piando i-re-rê, i-re-rê.

a) Anote na tabela a seguir as palavras que você circulou.

Palavra que dá nome ao animal Palavras usadas para substituí-la

irerê

b) Separe, nas colunas da tabela a seguir, as palavras que você anotou.

Palavras que podem ser usadas para substituir ou retomar a palavra irerê

Palavras que, além de substituir irerê, podem ser usadas para substituir

qualquer nome

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2. Leia as sentenças a seguir.

a) João gosta muito de viajar, pois é um garoto cheio de vitalidade.

b) O cachorro Panqueca também gosta muito de viajar, pois é um animal companheiro e cheio de energia.

c) João gosta muito de viajar; ele é cheio de vitalidade.

d) O cachorro Panqueca também gosta muito de viajar; ele é um animal companheiro e cheio de energia.

3. Releia as sentenças, observando que a palavra garoto retomou João; a palavra animal retomou cachorro Panqueca; já a palavra ele pode retomar tanto um como o outro.

Sabendo para que a palavra ele foi usada nos textos, leia a frase a seguir e marque se ela está correta ou não.

PESQuiSA Em gRuPO

Em nossa língua há um grupo de palavras chamadas pronomes. São usadas para subs-tituir outras, retomando-as e evitando repetições. A palavra ele é um exemplo de pro-nome.

Correta ( ) incorreta ( )

4. A partir das atividades que acabou de fazer e das explicações dadas pelo professor, escreva o que significa dizer que uma palavra é um pronome.

O professor vai auxiliar a classe a encontrar duas definições de pronome no livro didá-tico ou em uma gramática normativa da Língua Portuguesa (ou em outra fonte que o professor indicar). Leia as duas, discuta com seus colegas e anote semelhanças e diferenças entre elas.

Semelhanças entre as duas definições de • pronome:

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Oralidade

O professor exibirá um fi lme, para análise de personagens. Após o término, escolha algumas personagens e discuta com seus colegas:

a) Quais eram os traços das personagens escolhidas no início do fi lme? Suas falas, expres-sões, roupas, atitudes?

b) houve mudança nesses traços no decorrer do fi lme? Por quê?

c) Como as personagens fi caram após as mudanças?

LiçãO dE CASA

1. Observe a imagem do irerê.

© C

onex

ão E

dito

rial

diferenças entre as duas defi nições de • pronome:

Aponte diferenças e semelhanças entre seu desenho e a aparência real da ave e de seu habitat.

diferenças: •

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Semelhanças: •

2. A partir de ilustração do livro didático, que será indicada por seu professor, escreva uma descri-ção da personagem escolhida para análise.

3. A descrição que você fez é coerente com as ações que a personagem pratica na história? Com-prove, copiando um trecho do texto.

4. Para análise de personagem, vocês assistiram a um filme. Em seu caderno, conte o que acontece na história, destacando os dez fatos principais na ordem em que são apresentados. Limite-se a narrar os acontecimentos que envolvem a personagem principal.

5. Anote os exercícios sobre pronomes, do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 3 iLuSTRANdO A hiSTóRiA Em dOiS mOmENTOS

Leitura e Análise de Texto

Meu tio Jules

Um velho mendigo de barbas brancas pedia esmolas na rua. Para minha surpresa, meu amigo Davranche lhe deu cem souls, uma quantia alta. E assim explicou:

– Um coitado como esse me lembra uma história, que me persegue a vida toda... Se você quiser ouvir, eu a contarei.

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Claro que queria! Então foi isto que ouvi...

minha família é originária do havre e não era rica. meu pai tinha um pequeno comér-cio e trabalhava de manhã à noite; ganhava pouco. Eu tinha duas irmãs.

mamãe sofria muito com o aperto em que vivíamos e sempre tinha uma língua muito cruel para com papai. O pobre homem nada respondia, apenas se encolhia dian-te das broncas. A submissão e a covardia dele sempre me magoaram profundamente. mas era um garoto, não tinha o direito de opinar. isso não impedia minha revolta, mas em silêncio.

Economizávamos em tudo: nunca aceitávamos um jantar para não ter que retri-buir, aproveitávamos os restos de comida para o dia seguinte, minhas irmãs costuravam as próprias roupas. Faziam-se cenas pavorosas por causa de botões perdidos ou calças rasgadas.

Aos domingos, porém, íamos passear pelo cais, vestindo nossas melhores roupas. meu pai usava casaca, minhas irmãs seguiam na frente, sorridentes, porque estavam em idade de se casar e assim tentavam atrair algum pretendente. Nunca me esquecerei do modo solene com que meus pais se comportavam, nesses passeios de domingo. Era um ritual. Seguía-mos até o porto e, diante dos enormes navios que vinham de terras distantes, papai repetia as mesmas palavras:

– hein? O que acha, querida? Já imaginou, se Jules estiver dentro de um desses barcos? Que surpresa!

meu tio Jules, irmão de papai, representava nossa última esperança. desde bebê eu ouvia falar do tio Jules. Ele havia usado sua parte do dinheiro que deveria ser de papai.

Naquela época, para que a família não se envergonhasse mais ainda, era costume en-viar a ovelha negra para a América. Foi o que fizeram: embarcaram tio Jules num navio que ia de havre para Nova York e, por um tempo, nada mais se soube dele.

Porém chegou uma carta. Parece que meu tio Jules começou a negociar com não sei o que, e dizia juntar dinheiro. Em breve, pretendia recompensar a família.

Claro que a notícia era ótima, a carta foi mostrada pela cidade inteira... Em outra oca-sião, um capitão disse a papai que tio Jules havia alugado uma loja ampla e que estava en-riquecendo.

uma segunda carta chegou, dois anos depois da primeira. dessa vez, tio Jules dizia de uma viagem para a América do Sul, atrás de um ótimo negócio, e que provavelmente fica-ria alguns anos sem enviar notícias. mas afirmava que voltaria rico.

Com efeito, durante dez anos não se teve notícias de tio Jules. Por isso, nos passeios dominicais, papai sempre vinha com aquela alegre possibilidade. Era como se tio Jules pudesse aparecer no convés e, acenando um lenço, trazer-nos o mais rico dos futuros.

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Por aquela época, minha irmã mais nova estava com 20 anos, a outra, 26. Não se ca-savam, e isso era outro motivo de desgosto para meus pais.

Afinal, apareceu um pretendente para a mais nova. Era um empregado de banco, su-jeito trabalhador, embora não fosse rico. Tenho a certeza de que a carta do tio Jules, exibi-da certa noite, apressou a decisão do rapaz em marcar a data do casamento.

A família combinou que, após o casamento, todos iríamos fazer uma pequena viagem até Jersey.

Jersey era a excursão ideal para os pobres. É uma ilha próxima a havre, mas pertence à inglaterra. dá a pretensão de que se visitou terra estrangeira. Todos concentramos os maiores esforços para que a viagem fosse inesquecível... Como realmente acabou sendo.

Embarcamos num vapor. O mar estava liso como uma mesa de mármore verde. Vía-mos a costa distanciando-se. Estávamos tão orgulhosos com nossa aventura! meu pai, es-pecialmente. Sua casaca brilhava, e o cheiro de benzina, que sempre era usada para tirar as manchas, ficou marcado na minha lembrança.

Acontece que papai viu, ali no convés, dois ingleses oferecendo ostras para duas senhoras elegantes. um marinheiro sujo e maltrapilho abria as conchas e as entregava aos cavalheiros.

Papai achou aquilo tudo de muito bom gosto e consultou minha mãe, sobre comerem ostras.

mamãe temia pela despesa. Afinal, fez algumas reservas:

– Tenho medo de que embrulhem o estômago. Ofereça algumas às meninas. Não muitas, que podem lhes fazer mal. Ah, quanto a Joseph, não há necessidade. Os meninos não devem ser assim tão mimados.

Apesar de achar injusto, não tive como reclamar. Então permaneci ao lado de mamãe, enquanto papai foi até o marinheiro junto com minhas irmãs. Eu o ouvi pedir as ostras. Tentou mostrar como deveriam comê-las e acabou derrubando a água da concha sobre o casaco.

– desastrado! – reclamou mamãe.

mas logo entendi que alguma coisa afetava meu pai. deixou minhas irmãs e o genro comendo as ostras e se aproximou de nós. murmurou:

– Estranho... É extraordinário como aquele marinheiro que abre as ostras se parece com Jules. Se eu não soubesse que ele anda pela América do Sul, diria que é ele.

– Você está louco! – disse mamãe. – Essa ostra já está lhe fazendo mal.

– Não, querida. Vá você mesma lá perto e olhe...

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Língua Portuguesa - 5a série/6o ano - Volume 1

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mamãe disfarçou um pouco e se aproximou do marujo. Voltou ao nosso encontro, indignada. Ordenou a papai:

– Vá pedir informações ao capitão. Creio que é ele mesmo. Seja discreto, só falta esse patife cair nos nossos braços, agora!

Acompanhei meu pai no encontro com o capitão. Conversaram um pouco sobre ame-nidades e afinal papai se mostrou interessado pelo marinheiro, que lhe parecia familiar. Então ouvimos:

– É um velho vagabundo francês que encontrei na América no ano passado e a quem repatriei – disse o capitão. – Ao que me parece, tem parentes no havre, mas não quer vol-tar para junto deles, pois lhes deve dinheiro. Chama-se Jules... Parece que chegou a fazer fortuna na América, mas o senhor bem se vê a que ficou reduzido.

meu pai ficou pálido, suas mãos tremiam... Voltamos até onde estava mamãe e lhe demos a má notícia.

– Que faremos, que faremos? – dizia papai, transtornado.

mamãe respondeu rapidamente:

– É preciso afastar as meninas. Já que está a par de tudo, Joseph, vá chamá-las. É pre-ciso tomar cuidado para que nosso genro nada perceba.

– Que catástrofe! – meu pai parecia desesperado.

– Bem que eu desconfiava que aquele gatuno não ia fazer coisa que prestasse! – mamãe estava furiosa. – Como se fosse possível esperar algo de bom de um davranche!

meu pai passou a mão pela testa, como fazia quando ouvia as terríveis broncas da esposa.

mamãe abriu a bolsa e tirou de lá uma moeda de cem souls. Enfiou a moeda em minha mão, dizendo:

– Vá pagar as ostras, Joseph. Só falta agora esse mendigo nos reconhecer! Que belo espe-táculo no navio! Vamos para o outro lado, para que esse homem não se aproxime de nós!

Fiz o que ela mandava. disse às minhas irmãs que mamãe as chamava e, voltando-me para o marinheiro, perguntei quanto lhe devíamos. Tive vontade de acrescentar “meu tio” à frase, mas não o fiz. Ele respondeu:

– dois francos e cinquenta.

Estendi-lhe a moeda e peguei o troco.

Olhei bem para aquela pobre mão de marinheiro, toda enrugada, e olhei fixamente seu rosto, um rosto envelhecido, gasto, triste, abatido, enquanto dizia comigo mesmo: “É meu tio, irmão do papai, meu tio!”.

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1. Responda em seu caderno às questões a seguir.

a) indique os principais acontecimentos do texto Meu tio Jules, na ordem em que aparecem na história.

b) A história divide-se em duas: a fala inicial e a final entre o narrador e davranche e a his-tória do tio de davranche (chamado Jules). Como podemos perceber essa mudança no texto?

c) Circule, no texto, marcas de passagem de tempo, de acordo com as orientações do pro-fessor.

d) Quanto tempo parece durar a história do tio Jules? Justifique sua resposta dando uma explicação.

dei-lhe dez souls de gorjeta. Agradeceu-me:

– Que deus o abençoe, meu rapazinho!

havia em sua voz a entonação do pobre que recebe esmola. imaginei se na América não teria mendigado.

Quando entreguei o troco à minha mãe, ela se espantou:

– Ele cobrou três francos?... Não é possível!

– dei-lhe dez souls de gorjeta.

Que assombro o de mamãe! Criticou entre dentes, para não despertar atenção:

– Você está louco, Joseph! dar dez souls para aquele homem, para aquele mendigo!

Pois bem, a viagem chegava ao fim. A ilha de Jersey estava próxima. Antes de descer do navio, tive o impulso de ver uma última vez meu tio, mas o marinheiro havia desapareci-do. Sem dúvida, o desgraçado descera ao fundo do porão onde morava.

Na volta, meus pais pegaram outro navio, para não correrem o risco de encontrarmos tio Jules.

Meu amigo Davranche olhou fixamente para mim, guardou a carteira no bolso e deu um sorriso triste, antes de concluir:

– Nunca mais vi o irmão de meu pai! E aí está o motivo por que, às vezes, você me verá dando esmolas de cem souls aos velhos vagabundos.

mAuPASSANT, guy. meu tio Jules. in: KuPSTAS, marcia. Contos de todos os cantos. São Paulo: Editora Salesiana. 2006. p. 51-55.

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e) Quanto tempo parece durar a conversa entre o narrador e davranche? Justifique sua res-posta.

f ) Tendo em vista que a família de davranche esperou anos pela volta do tio, que elemento da narrativa parece estar destacado nessa história?

g) Quanto mais o tempo passava, mais a família de davranche preocupava-se com dinheiro. Copie uma passagem do texto que comprove essa afirmação.

h) Você considera a família de davranche orgulhosa? Comente sua resposta com base em elementos retirados do texto.

i) há diferentes espaços dentro dessa narrativa. Onde está davranche já adulto, no começo e no final da história?

j) Onde vive o garoto?

k) Por quais espaços tio Jules passa durante o crescimento do garoto?

l) Qual é o momento mais dramático da história? Em que espaço ele ocorre?

2. depois que você analisar o texto Meu tio Jules, responder aos exercícios e acompanhar as expli-cações do professor, anote o que entendeu sobre:

a) tempo cronológico nas narrativas.

b) tempo psicológico nas narrativas.

3. Seu professor indicará uma narrativa para leitura. Você deverá ler a história, observando se nela predomina o tempo psicológico ou cronológico. Escolha o tipo de tempo que você con-sidera predominante e explique, comentando o texto.

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4. Observe a ilustração.

a) A imagem do garoto destaca o tempo psicológico ou cronológico? Explique.

b) E a imagem da garota e sua fala? Explique.

5. Observe a ilustração.

© C

onex

ão E

dito

rial

© C

onex

ão E

dito

rial

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A personagem está vivendo um momento de tempo psicológico ou cronológico? Explique.

6. Tendo como base o que aprendeu nas Situações de Aprendizagem 1, 2 e 3, resuma, a seguir, o que compreendeu sobre as características dos textos narrativos.

7. Tendo como base seu resumo, circule, na lista de textos narrativos a seguir, os que você já leu.

Conto.•Fábula.•Conto de fadas.•Crônica.•Narrativa de terror.•Narrativa de mistério.•Narrativa de aventuras.•história em quadrinhos.•

Produção escrita

No final da narrativa Meu tio Jules, o narrador volta a falar com seu amigo davranche, que lhe contou a história de seu tio Jules. Não sabemos o que o narrador pensou sobre o que ouviu. Em seu caderno, crie mais um parágrafo, de continuação da história, para expressar o que o narrador poderia ter pensado ao ouvi-la.

Leitura e Análise de Texto

1. Leia os fragmentos a seguir.

Fragmento 1

Alice estava começando a se cansar de ficar sentada ao lado da irmã à beira do lago, sem ter nada para fazer: uma ou duas vezes ela tinha espiado no livro que a irmã estava

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2. Após a leitura dos fragmentos de Alice no país das maravilhas, você deve circular as palavras desconhecidas, pesquisá-las no dicionário e anotá-las em seu caderno.

3. Seu professor vai analisar os dois fragmentos de Alice no país das maravilhas. depois das dis-cussões, reunidos em pequenos grupos, vocês farão duas ilustrações, em folha avulsa, uma para cada fragmento.

O objetivo principal da atividade é mostrar a passagem de tempo. Então, nos desenhos, é pre-ciso que fique claro que Alice começa a sonhar no fragmento 1 e acorda no 2.

lendo, mas o livro não tinha desenhos, nem diálogos. “E de que serve um livro”, pensou Alice, “sem desenhos ou diálogos?” Assim ela ficou pensando consigo mesma (da melhor maneira possível, pois o dia quente a fazia se sentir muito sonolenta e estúpida) se o prazer de fazer uma corrente de margaridas valeria o esforço de se levantar e colher as margaridas, quando de repente um Coelho Branco de olhos cor-de-rosa passou corren-do perto dela.

CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&Pm, 2007. p. 11-12.

Fragmento 2

“Que o júri considere o seu veredicto”, disse o rei pela vigésima vez naquele dia.

“Não, não!”, disse a Rainha. “A sentença primeiro... depois o veredicto.”

“mas que tolice!”, disse Alice em voz alta. “Que ideia de ter a sentença primeiro!”

“Cale-se!”, disse a Rainha, vermelha de raiva.

“Não me calo!”, disse Alice.

“Cortem a cabeça dela!”, gritou a Rainha com toda a força dos pulmões. Ninguém se moveu.

“Quem se importa com vocês?”, disse Alice (ela tinha chegado ao seu tamanho nor-mal a essa altura). “Vocês não passam de um baralho de cartas!”

Quando acabou de dizer essas palavras todo o baralho se ergueu no ar, e as cartas caí-ram voando sobre ela. Alice deu um gritinho, meio de medo e meio de raiva, e tentou afastá-las debatendo-se, mas se descobriu deitada na margem do lago, com a cabeça no colo da irmã, que gentilmente afastava umas folhas mortas que tinham caído das árvores e vindo esvoaçar sobre o seu rosto.

CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&Pm, 2007. p.168-169.

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4. Reflitam e respondam no caderno.

a) O que, no primeiro desenho, pode indicar que ela está começando a sonhar porque estava entediada?

b) O que, no segundo desenho, pode indicar que ela acorda abruptamente de um pesadelo e se vê de novo ao lado da irmã, no mesmo lugar de antes?

Produção escrita

1. Em grupos, escolham um conto de fadas (por exemplo, Branca de Neve ou Cinderela) e discu-tam uma versão para ele. depois, individualmente, cada um deve escrever, no caderno, uma versão para a história.

2. Circule todas as palavras que indicam a passagem do tempo na versão do conto de fadas que você escreveu e responda no caderno às questões a seguir:

a) Observe as palavras circuladas. Quanto tempo parece que durou a história? Explique.

b) A passagem do tempo ficou coerente com as coisas que aconteceram com a personagem? O tempo indicado foi suficiente para que tudo acontecesse? Explique.

c) Você usou tempo cronológico? Em caso afirmativo, cite uma passagem que comprove sua afirmação.

d) Você usou tempo psicológico? Em caso afirmativo, cite uma passagem que comprove sua afirmação.

Estudo da língua

Volte à Atividade 1 de Leitura e Análise de Texto, item c. Você circulou, no conto Meu tio Jules, palavras que marcam a passagem do tempo.

Em grupo e com auxílio do professor, separem-nas de acordo com as categorias previstas na tabela a seguir.

Palavras ou expressões do texto que indicam tempo e variam

no presente, passado ou futuro

Palavras ou expressões do texto que indicam tempo e não variam no presente, passado ou futuro

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Estudo da língua

1. Volte à tabela preenchida na atividade anterior. de acordo com as definições pesquisadas, quais delas são verbos e quais são advérbios?

2. Novamente consultando um material indicado pelo professor, escreva, com suas palavras, a definição de modo indicativo.

3. Crie seis exemplos de frases no modo indicativo.

PESQuiSA Em gRuPO

Seu professor vai orientá-lo a procurar os temas verbos e advérbios no livro didático ou outra fonte de consulta que ele indicar. Você deverá ler as definições dos dois termos, discutir com seus colegas e escrever o que entendeu.

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4. Seu professor indicará um texto do livro didático para que você anote os verbos empregados no modo indicativo.

5. Seu professor vai explicar como funciona o Presente, o Pretérito Perfeito e o Pretérito imperfei-to do indicativo. Anote o que compreendeu de cada definição.

6. Qual a diferença de uso entre Pretérito Perfeito e imperfeito do indicativo?

7. Anote os verbos conjugados no Pretérito Perfeito e no imperfeito do indicativo nos textos do livro didático indicados pelo professor.

8. Complete, no quadro, a conjugação do verbo amar no Presente, Pretérito Perfeito e Pretérito imperfeito do modo indicativo.

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Verbo amar – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu amo Eu amei

Tu Tu amavas

Ele Ele amou

Nós

Vós amais

Eles Eles amavam

9. Complete, nos quadros, a conjugação dos verbos ser e ir no modo e nos tempos determinados.

Verbo ser – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu sou

Tu

Ele Ele era

Nós

Vós

Eles Eles foram

Verbo ir – Modo Indicativo

Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito

Eu vou Eu fui

Tu

Ele

Nós Nós íamos

Vós

Eles

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10. há semelhanças entre as conjugações dos verbos ser e ir nos tempos do indicativo que você conjugou? Circule-as.

11. Como podemos saber se é o verbo ser ou ir?

Oralidade

1. O professor vai passar uma cena de fi lme. discuta com seus colegas como ocorre a passagem do tempo no trecho apresentado.

2. Circule, no fragmento 1 de Alice no país das maravilhas, todos os elementos que indicam passa-gem de tempo. depois, discuta com seus colegas quanto tempo parece se passar no trecho.

O tempo predominante nesse fragmento é cronológico ou psicológico? discuta com seus co-•legas.

3. Circule, no fragmento 2 de Alice no país das maravilhas, todos os elementos que indicam passa-gem de tempo. depois, discuta com seus colegas quanto tempo parece se passar no trecho.

O tempo predominante nesse fragmento é cronológico ou psicológico? discuta com seus co-•legas.

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© C

onex

ão E

dito

rial

LiçãO dE CASA

1. Observe a ilustração a seguir.

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Que tempo predomina nesse momento vivido pelas personagens? O cronológico ou o psicoló-gico? Explique.

2. Anote o texto, o autor e a página que serão indicados pelo professor. Em casa, copie as palavras que mostram a passagem de tempo na história. depois, analise se o tempo que predomina é o cronológico ou o psicológico, selecionando dois trechos.

Texto:

Autor:

Página(s):

Trecho 1:

Trecho 2:

a) Explique por que você escolheu o trecho 1.

b) Explique por que você escolheu o trecho 2.

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3. Anote os exercícios sobre verbos e advérbios do livro didático, indicados pelo professor. Faça-os no caderno.

Você pode ler a história de Alice no país das maravilhas e conhecer todas as aventuras vividas pela garota em seu estranho sonho. A referência do livro é: CARROLL, Lewis. Alice no país das maravilhas. Tradução de Rosaura Eichenberg. Porto Alegre: L&Pm, 2007.

PARA SABER mAiS

!?

SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 4 PROCuRANdO TEXTOS NARRATiVOS NA BiBLiOTECA

1. Leia o texto a seguir.

O homem que entrou no cano

Abriu a torneira e entrou pelo cano. A princípio incomodava-o a estreiteza do tubo. depois se acostumou. E, com a água, foi seguindo. Andou quilômetros. Aqui e ali ouvia barulhos familiares. Vez por outra um desvio, era uma seção que terminava em torneira.

Vários dias foi rodando, até que tudo se tornou monótono. O cano por dentro não era interessante.

No primeiro desvio, entrou. Vozes de mulher. uma criança brincava. Ficou na torneira, à espera que abrissem. Então percebeu que as engrenagens giravam e caiu numa pia. À sua volta era um branco imenso, uma água límpida. E a cara da menina aparecia redonda e gran-de, a olhá-lo interessada. Ela gritou: “mamãe, tem um homem dentro da pia”.

Não obteve resposta. Esperou, tudo quieto. A menina se cansou, abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto.

BRANdãO, ignácio de Loyola. O homem que entrou no cano. in: _____. Cadeiras proibidas. 10. ed. São Paulo: global, 2004.

Leitura e Análise de Texto

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2. Agora, leia a Situação A.

Situação A

Em uma sala de aula de Língua Portuguesa, de 7a série, após a leitura do texto O ho-mem que entrou no cano, a professora solicitou aos alunos que comentassem o que essa situação poderia ilustrar na vida deles. Ela disse “claro que, literalmente, ninguém entra pelo cano, mas, em alguns momentos, pode ser interessante fazer uma viagem diferente, não?”. uma aluna deu a seguinte resposta: “Professora, isso não tem nada a ver. Ninguém entra por um cano, só baratas”.

a) Na leitura feita pela garota, como ela compreendeu o texto?

b) Os comentários da professora foram levados em conta na resposta da garota? Explique.

c) Você considera que o texto O homem que entrou no cano foi escrito para provocar nossa imaginação? Por quê?

d) Se o texto procura provocar nossa imaginação, a garota leu-o de forma coerente? Ex-plique.

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3. Leia a Situação B.

Situação B

um garoto estava muito chateado com uma situação de sua vida. Ele tinha brigado com alguns colegas e o pessoal estava pegando no seu pé. Assistir às aulas no colégio estava um inferno, estava com uma vontade enorme de sumir, desaparecer.

Para se distrair, depois que chegou em casa, resolveu ler um texto que tinha lhe cha-mado atenção pelo título O homem que entrou no cano. Ele achou a história ótima e teve vontade de entrar pelo cano e, sem ser visto, ir à casa dos colegas, só para saber o que esta-vam pensando...

a) Na leitura feita pelo garoto, como ele compreendeu o texto? Por quê?

b) Que relação o garoto estabeleceu entre sua vida e o que estava escrito no texto? Explique.

c) Você considera que a leitura do garoto foi coerente com o texto? Explique.

d) Se o texto procura provocar nossa imaginação, ele conseguiu esse efeito na leitura feita pelo garoto? Explique.

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PESQuiSA iNdiViduAL

O professor organizará uma visita à biblioteca ou trará livros para a sala. Leve seu caderno e procure os livros de narrativas (o professor ou o bibliotecário vai orientar como encontrá-los), folheie alguns e leia trechos das histórias. Selecione a que mais despertar sua imaginação e leia por inteiro.

Anote o nome do texto, do autor e do livro. depois, coloque no caderno os principais fatos da história, na ordem em que aparecem. Nesse momento, você não precisa fazer um texto, anote as ações em itens. Por exemplo:

A narradora está triste porque sua amiga foi embora para outra cidade.•

Ela escreve uma carta, mas não obtém resposta.•

Ela acha que não anotou corretamente o endereço novo da amiga.•

Produção escrita

Seu professor vai exibir o trecho de um filme, propositadamente sem legendas em um primeiro momento, e discutir o que foi visto. Você deve prestar muita atenção ao que vê e, na sequência, produzir, em seu caderno, um pequeno diálogo com base no que viu.

Tenha especial cuidado com a pontuação, não se esquecendo dos travessões e dos outros sinais que vão transmitir a seu leitor a emoção da cena.

Estudo da língua

1. Seu professor explicou o que são os sinais de pontuação que vão transmitir a seu leitor a emoção da cena. Anote o que compreendeu.

2. Copie no caderno os fragmentos de textos narrativos que o professor colocou na lousa.

a) Leia-os sem a pontuação e discuta com seus colegas se ela faz falta. Anote suas conclusões.

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b) Pontue os textos.

c) Leia-os com a pontuação e discuta com seus colegas de que forma a pontuação interferiu na leitura e compreensão do texto.

3. Pesquise no livro didático ou outro material de consulta indicado pelo professor o uso de cada um dos sinais de pontuação indicados na tabela a seguir. Anote-os, exemplificando-os.

Sinal de Pontuação Uso Exemplo

Ponto

Vírgula

Dois-pontos

Ponto de interrogação

Ponto de exclamação

Reticências

Aspas

Parênteses

Travessão

Oralidade

1. Você considera que tudo o que está à nossa volta pode ser compreendido imediatamente? Explique.

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2. Você consegue se lembrar de algum texto que leu, algum filme que viu ou uma situação pela qual passou em que não tenha compreendido tudo imediatamente? Conte-o(a) de forma breve.

a) Esse livro, filme ou situação mexeu com sua imaginação, fazendo que você refletisse sobre o que estava vendo ou ouvindo? Explique.

b) Você considera que as narrativas, em geral, são textos que despertam nossa imaginação? Por quê?

LiçãO dE CASA

Faça as atividades a seguir em seu caderno.

1. A partir das anotações da história que você pesquisou na biblioteca, escreva um texto, recontan-do a narrativa. Evite repetir termos, usando sinônimos, pronomes, omitindo termos que podem ser compreendidos pelo contexto, entre outros recursos.

2. A partir dele, escreva um comentário, com base em uma das duas seguintes frases: “Essa história me fez pensar...” ou “Essa história me fez lembrar...”.

Para a primeira frase, considere os pensamentos e sentimentos que a história despertou em você e procure explicá-los. Para a segunda, pense em uma história que leu ou uma situação que viveu e conte-a, explicando por que você viu semelhança entre as duas situações.

3. Coloque a pontuação adequada nos textos que o professor copiou na lousa.

4. A partir do quadro sobre sinais de pontuação que você fez, justifique, em seu caderno, o uso dos sinais de pontuação empregados no texto que o professor indicar para estudo.

5. Anote os exercícios sobre pontuação, do livro didático ou outra fonte, indicados pelo professor. Faça-os em seu caderno.

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!? SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 5

OBSERVANdO NARRATiVAS dE um PONTO dE ViSTA LiNguíSTiCO

Leitura e Análise de Texto

Circuito fechado

Chinelos, vaso, descarga. Pia, sabonete. Água. Escova, creme dental, água, espuma, creme de barbear, pincel, espuma, gilete, água, cortina, sabonete, água fria, água quente, toalha. Creme para cabelo, pente. Cueca, camisa, abotoaduras, calça, meias, sapatos, grava-ta, paletó. Carteira, níqueis, documentos, caneta, chaves, lenço, relógio, maço de cigarros, caixa de fósforos. Jornal. mesa, cadeiras, xícara e pires, prato, bule, talheres, guardanapo. Quadros. Pasta, carro. Cigarro, fósforo. mesa e poltrona, cadeira, cinzeiro, papéis, telefone, agenda, copo com lápis, canetas, bloco de notas, espátula, pastas, caixas de entrada, de saí-da, vaso com plantas, quadros, papéis, cigarro, fósforo. Bandeja, xícara pequena. Cigarro e fósforo. Papéis, telefone, relatórios, cartas, notas, vales, cheques, memorandos, bilhetes, te-lefone, papéis. Relógio. mesa, cavalete, cinzeiros, cadeiras, esboços de anúncios, fotos, ci-garro, fósforo, bloco de papel, caneta, projetor de filmes, xícara, cartaz, lápis, cigarro, fósfo-ro, quadro-negro, giz, papel. mictório, pia, água. Táxi. mesa, toalha, cadeiras, copos, pratos, talheres, garrafa, guardanapo, xícara. maço de cigarros, caixa de fósforos. Escova de dentes, pasta, água. mesa e poltrona, papéis, telefone, revista, copo de papel, cigarro, fósforo, tele-fone interno, externo, papéis, prova de anúncio, caneta e papel, relógio, papel, pasta, cigar-ro, fósforo, papel e caneta, telefone, caneta e papel, telefone, papéis, folheto, xícara, jornal, cigarro, fósforo, papel e caneta. Carro. maço de cigarros, caixa de fósforos. Paletó, gravata. Poltrona, copo, revista. Quadros. mesa, cadeiras, pratos, talheres, copos, guardanapos. Xí-caras. Cigarro e fósforo. Poltrona, livro. Cigarro e fósforo. Televisor, poltrona. Cigarro e fósforo. Abotoaduras, camisa, sapatos, meias, calça, cueca, pijama, chinelos. Vaso, descarga, pia, água, escova, creme dental, espuma, água. Chinelos. Coberta, cama, travesseiro.

RAmOS, Ricardo. Circuito fechado. in: _____. Os melhores contos de Ricardo Ramos. São Paulo: global. © by herdeiros de Ricardo Ramos.

1. Responda às questões.

a) Qual o tema do texto?

b) O que ele tem de diferente?

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c) Procure no dicionário o que significam as palavras monótono e monotonia. discuta com os colegas, sob orientação do professor, o que elas querem dizer.

d) Agora, faça o mesmo com a palavra dinâmico.

e) O texto que você leu é monótono ou dinâmico? Explique sua resposta.

2. No caderno, você vai reescrever o texto Circuito fechado, com o objetivo de tornar sua leitura mais rápida, facilitando a compreensão do leitor. Para tanto, você pode:

mudar a pontuação do texto, retirando vírgulas, acrescentando ponto;•

acrescentar palavras para fazer ligação (ou conexão) entre as ideias que o texto quer trans-•mitir. São exemplos de palavras que estabelecem conexão: e, mas, então, depois etc.;

mudar ou omitir palavras, para tornar o texto mais enxuto;•

usar sinônimos e pronomes.•

3. Compare sua versão do texto Circuito fechado com a de Ricardo Ramos e responda:

a) O tema do texto original está desenvolvido em sua versão? Explique.

b) Qual das duas versões passa com mais força a ideia de monotonia? Por quê?

c) Qual das duas versões torna a leitura mais dinâmica? Por quê?

Estudo da língua

1. O texto a seguir apresenta muita repetição de termos. Reescreva-o com o objetivo de reduzir ao máximo possível essas repetições (para tanto, mude a pontuação, use sinônimos, pronomes, omita termos que possam ser compreendidos pelo contexto etc.)

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Certa manhã, Amanda resolveu que iria brincar com algumas bonecas que estavam encostadas havia muito tempo. Naquela manhã, ela acordou cedo e pegou as bonecas en-costadas. Ela levou as bonecas encostadas para a sala e começou a brincar. Sua mãe disse para ela voltar para o quarto e sair da sala, pois elas teriam visita naquela manhã. Ela pegou então as bonecas encostadas e voltou para o quarto, um pouco desapontada.

2. Leia o trecho do conto A causa secreta.

[...] garcia tinha-se formado em medicina, no ano anterior, 1861. No ano de 1860, estando ainda na Escola, encontrou-se com Fortunato, pela primeira vez, à porta da Santa Casa; entrava, quando o outro saía. Fez-lhe impressão a figura; mas, ainda assim, tê-la-ia esquecido, se não fosse o segundo encontro, poucos dias depois. morava na Rua de D. Manuel. uma de suas raras distrações era ir ao Teatro de São Januário, que ficava perto, entre essa rua e a praia; ia uma ou duas vezes por mês, e nunca achava acima de quarenta pessoas. Só os mais intrépidos ousavam estender os passos até aquele canto da cidade. Uma noite, estando nas cadeiras, apareceu ali Fortunato, e sentou-se ao pé dele. [...]

ASSiS, machado de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. v. ii.

Nesse trecho do conto, foram destacados termos e expressões que indicam tempo e espaço. Além disso, eles retomam o sentido de ações expressas. Analise o uso dos marcadores temporais e espaciais no texto, conforme o exemplo.

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Acontecimento central Marca temporal Marca espacial

garcia forma-se em medicina No ano anterior, 1861 Não há

garcia encontrou-se com Fortunato

Fez-lhe impressão a figura, mas tê-la-ia esquecido

morava

uma de suas poucas distrações era ir ao teatro

Só os mais intrépidos ousavam estender os passos

Apareceu-lhe Fortunato

3. Leia o trecho da crônica Meu ideal seria escrever...

meu ideal seria escrever uma história tão engraçada que aquela moça que está doen-te naquela casa cinzenta quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que chegasse a chorar e dissesse – “ai, meu deus, que história mais engraçada”. E então con-tasse para a cozinheira e telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, quen-te, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história é mesmo muito engraçada!” [...]

BRAgA, Rubem. meu ideal seria escrever... . in: _____. A traição das elegantes. Rio de Janeiro: Record, 2006.

a) Tendo como base a primeira oração da crônica Meu ideal seria escrever..., pode-se afirmar que o que é dito no texto está, de fato, acontecendo? Explique.

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b) A “moça doente” do texto está, de fato, lendo, rindo e falando ou há apenas a expressão do desejo do narrador para que ela faça essas ações? Explique.

c) Faça a análise semelhante para as ações da cozinheira.

4. Seu professor vai orientá-lo a procurar o tema Subjuntivo no livro didático ou em outra fonte de consulta que ele indicar. Você deverá ler a definição de modo Subjuntivo e escrever, com suas palavras, o que entendeu.

5. de acordo com seu material de consulta, quais são os três tempos básicos do modo Subjuntivo?

6. Observe, no material de consulta, a conjugação de um verbo no Presente, Pretérito imperfeito e Futuro do modo Subjuntivo. depois complete o quadro, seguindo o exemplo do material que consultou.

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Verbo gostar – Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Que eu goste Se eu Quando eu

7. Em quais pessoas (1a, 2a, 3a) há diferença entre a forma como nós falamos e a forma indicada pelas regras gramaticais, para o verbo ver? Anote, a seguir, como muitas pessoas falam informal-mente e como a gramática indica que devemos falar em situações mais formais.

uso informal do Futuro do Subjuntivo do verbo ver:

uso formal do Futuro do Subjuntivo do verbo ver:

8. Em quais pessoas (1a, 2a, 3a) há diferença entre a forma como nós falamos e a forma indicada pelas regras gramaticais, para o verbo vir? Anote, a seguir, como muitas pessoas falam informal-mente e como a gramática indica que devemos falar em situações mais formais.

uso informal do Futuro do Subjuntivo do verbo vir:

uso formal do Futuro do Subjuntivo do verbo vir:

LiçãO dE CASA

1. Tendo como base o texto Circuito fechado e a versão que você criou para ele, reflita e justifique para qual dos contextos a seguir cada uma das versões é mais adequada.

Situação 1

um jornalista precisa escrever a análise de um filme para um jornal. Seu objetivo é escolher um texto que fale sobre a monotonia na vida das pessoas no mundo de hoje. Com esse texto inicial, ele quer que os leitores percebam o assunto, mas não tenham certeza de que a análise falará, de fato, do tema monotonia.

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2. O texto a seguir apresenta muita repetição de termos. Reescreva-o com o objetivo de reduzir o máximo possível essas repetições (para tanto, mude a pontuação, use sinônimos, pronomes, omita termos que possam ser compreendidos pelo contexto etc.)

Situação 2

uma especialista vai dar uma palestra sobre o tema a influência da monotonia no dia a dia das pessoas. Ela quer, a certa altura de sua fala, dar um exemplo de uma situação monótona, com a qual qualquer pessoa no mundo de hoje possa se identificar imediatamente.

Os papéis sobre a mesa de trabalho de marcos estavam formando pilhas enormes. Essas pilhas enormes atrapalhavam seu trabalho, pois ele nunca sabia onde encontrar certo papel de que precisava naquele momento. Então ele resolveu jogar fora alguns pa-péis, mas o problema é que, cada papel que ele pegava, ficava um bom tempo decidindo se jogava o papel fora ou não. Resultado: os papéis sobre a mesa de trabalho de marcos continuam formando pilhas enormes.

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3. Consultando o livro didático ou outra fonte indicada pelo professor, anote as conjugações dos verbos ver e vir no Futuro do Subjuntivo.

Pessoa Futuro do Subjuntivo de ver Futuro do Subjuntivo de vir

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

4. Conjugue o verbo ser no Presente, Pretérito imperfeito e Futuro do Subjuntivo.

Verbo ser – Modo Subjuntivo

Pessoa Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

5. Conjugue o verbo estar no Presente, Pretérito imperfeito e Futuro do Subjuntivo.

Verbo estar – Modo Subjuntivo

Pessoa Presente Pretérito Imperfeito Futuro

Eu

Tu

Ele

Nós

Vós

Eles

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6. Anote os exercícios sobre modo Subjuntivo indicados pelo professor, retirados do livro didáti-co. Faça-os em seu caderno.

!? SiTuAçãO dE APRENdizAgEm 6

SiSTEmATizAçãO

Para começo de conversa

Noite na taverna é o nome de um livro de contos escrito há mais de cem anos. Ele foi adaptado para crianças e jovens de hoje. No tempo em que o original foi escrito, a palavra taverna indicava um tipo de bar onde amigos podiam se reunir à noite. Na época, as cidades não eram bem ilumi-nadas.

Com base no título do livro e na explicação anterior, discutam em grupo, sob orientação do professor, que tipos de conto vocês acham que o leitor encontrará nele.

Leitura e Análise de Texto

1. O professor lerá partes de Cíntia, por Sôlfi, um dos contos do livro Noite na taverna. Vocês devem acompanhar a leitura silenciosamente.

Fragmentos de Cíntia, por Sôlfi

– (...) Pois bem, dir-vos-ei uma história. Mas quanto a essa, podeis tremer a gosto, podeis suar a frio da fronte grossas bagas de terror. Não é um conto, é uma lembrança do passado.

– Solfieri! Solfieri! aí vens com teus sonhos!Trecho do original de Álvares de Azevedo, Noite na taverna, escrito em 1878.

[...]

E foi então que, subitamente, as luzes todas se apagaram. O primeiro momento foi um instante de estupor geral, de surpresa ante o imprevisto, de leve tremor nos lábios brusca-mente emudecidos. Em nossa mesa narravam-se histórias de assombrações e de fantasmas, casos inexplicáveis de arrepiantes ruídos noturnos, lendas sobre emparedados e decapitados, acontecimentos ocorridos em cemitérios à meia-noite, das sextas-feiras. Bruxas, feiticeiros e morcegos povoavam nosso espaço naquele momento crucial.

[...] O clima, pois, era propício a sobressaltos e a sustos vários. Estávamos com a sen-sibilidade aguçada ao extremo, olhos e ouvidos excitados e prontos a reconhecerem o mais etéreo vulto que se aproximasse de nós, o mais sutil sussurro que nos alcançasse os tímpa-nos, vindo deste ou do outro mundo.

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2. depois que concluírem a discussão oral, respondam, em grupos, às questões a seguir. Ao final do debate, cada um anotará as respostas no caderno.

O foco narrativo está em 1• a ou 3a pessoa?

Quantas personagens há no conto?•

A primeira fração de segundo que se passou assim que a luz sumiu por completo transformou-se num longo período de tempo trespassado por um silêncio absoluto (quase dizia: um silêncio sepulcral). Não só a nossa, as demais mesas também se calaram abrupta-mente; não se ouvia uma só palavra, um murmúrio, um grito, nada: era como se todo o mundo, todas as pessoas nele existentes, tivessem desaparecido junto com a luz. E, assim, igualmente as coisas e os prédios, os bichos e a natureza.

Surpreendentemente (e isso só fomos perceber bem mais tarde), naqueles instantes não passou um automóvel sequer pela avenida lá embaixo. A avenida, sempre tão movi-mentada a noite toda, estava deserta. Nenhum ruído ela nos trazia, nenhum sinal de vida ou de civilização. um farol de carro, ainda que distante, ou o guincho seco e agonizado de alguma freada brusca certamente teriam quebrado de imediato o encantamento.

NEVES, Amílcar. Cíntia, por Sôlfi. in: AzEVEdO, Álvares de. Noite na taverna. São Paulo: Atual, 1992. p. 54-57.

Discussão oral

a) há diferenças entre o trecho do diálogo inicial, que faz parte do original de Álvares de Azevedo, e o restante do texto que leram? Quais?

b) Que acontecimentos o texto conta?

c) Que sentimentos vocês acham que o autor queria despertar em seus leitores quando escreveu?

d) Pela parte que leram, podem saber se esse conto é de terror, de aventuras ou de fadas? Por quê?

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Quanto tempo a história parece representar?•

há marcas de passagem de tempo na história? Quais?•

Como é descrito o ambiente da taverna onde os personagens vivem suas ações?•

E o espaço lá de fora?•

3. As próximas questões devem ser respondidas individualmente. Se for preciso, peça ajuda ao professor.

a) O clima do conto é de suspense, isto é, o autor escreve para que o leitor fique um pouco aflito ao ler alguns trechos. um jeito de causar suspense é criar um clima assustador. Subli-nhe um trecho em que esse clima é descrito e depois transcreva no caderno.

b) Em um conto de terror, o espaço é descrito para criar medo. Copie em seu caderno uma descrição do espaço que ajuda o manter o clima de terror.

c) O foco narrativo escolhido também ajudou a criar a sensação de medo. Como isso acontece nesse trecho de conto que você leu?

d) A parte de Cíntia, por Sôlfi que você leu é o começo, meio ou o fim do conto? Por quê?

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Produção escrita

1. Releia o texto O homem que entrou no cano, de ignácio de Loyola Brandão, apresentado na Situação de Aprendizagem 4. Após a releitura, com a orientação do professor, você deverá reescrever a história em seu caderno, a partir de uma das opções a seguir.

a) mude o foco narrativo (de 3a para 1a pessoa).

b) mude o enredo, começando pelo trecho “Abriu o tampão e ele desceu pelo esgoto”.

c) Acrescente uma personagem, inserindo a mãe como alguém que, efetivamente, faz algo dentro da história.

d) mude o espaço, iniciando com “Apertou o interruptor e entrou no fio de eletricidade”.

e) mude o tempo, passando prioritariamente do cronológico para o psicológico (o narrador ou as personagens expressam seus pensamentos e sentimentos).

Oralidade

Seu professor indicará três textos do livro didático. Após a leitura, discuta com seus colegas e indique qual deles é uma narrativa. Respondam oralmente às questões a seguir:

Título do texto escolhido:

Qual é o foco narrativo?•

Quais são as personagens?•

há passagens de tempo na história? indique-as.•

Quais são os principais fatos da história?•

O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem suas ações?•

LiçãO dE CASA

Ainda em seu caderno, escreva mais dois parágrafos de continuação para o texto Cíntia, por Sôlfi, iniciando pela frase “Se naquele momento aparecesse um vulto em nossa frente...”. Não perca essa frase de vista e continue o texto nessa perspectiva, indicando coisas que poderiam acontecer se o vulto aparecesse.

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Estudo da língua

1. Para realizar este exercício, você precisa ter em mãos os dois parágrafos que produziu para a continuação do texto Cíntia, por Sôlfi.

a) Você localiza em seu texto usos do modo Subjuntivo? Circule-os.

b) depois de circular os verbos, organize-os nas linhas a seguir.

Verbos de meu texto que estão no Presente do Subjuntivo:

Verbos de meu texto que estão no Pretérito imperfeito do Subjuntivo:

Verbos de meu texto que estão no Futuro do Subjuntivo:

c) há ocorrência de outros verbos em seu texto que estão em um modo diferente do Subjun-tivo? grife-os.

d) A partir da oração dada para a construção de seu texto “Se naquele momento aparecesse um vulto em nossa frente...”, você foi induzido a usar, prioritariamente, o modo Subjuntivo ou indicativo? Explique.

Leitura e Análise de Texto

Crônica

A mensagem

um amigo nosso, comandante da Vasp, conta-me a estranha mensagem recebida por um piloto americano durante uma aterrissagem.

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1. Considere o trecho “há dias estava chovendo em Barreiras e a pista se achava em péssimo esta-do. O piloto, sem outra alternativa, insistiu em pousar assim mesmo”. Para que o leitor com-preenda o texto, uma parte precisa estar ligada à outra. No trecho que você leu, o autor faz a ligação (ou conexão) entre as duas frases retomando palavras:

a) o termo piloto retoma o termo avião.

b) a expressão assim mesmo retoma a pista se achava em péssimo estado.

c) a expressão sem outra alternativa retoma o termo Barreiras.

d) o termo insistiu retoma o termo chovendo.

2. Esse texto pode ser considerado narrativo, pois:

a) apresenta uma opinião do autor sobre o tema aviação.

O avião da companhia norte-americana sobrevoava a Bahia, a caminho do Rio, quando um defeito no motor obrigou o piloto a providenciar uma aterrissagem no aero-porto mais próximo possível.

Na Bahia, justamente na pequena cidade de Barreiras, existe uma pista de emergência (se é que se pode chamar aquilo de pista) para os aviões das linhas internacionais. Rara-mente é usada, mas era a mais próxima da rota do avião. Assim, o piloto não teve dúvidas. A situação dele estava muito mais para urubu do que para colibri. O negócio era mesmo se mandar para Barreiras.

Pediu pouso durante certo tempo, dirigindo-se à rádio local em inglês. A resposta demorou um pouco, mas acabou vindo. Alguém, com forte sotaque nordestino, falando um inglês arrevesado e misturado com palavras em português, respondia que estava ouvin-do e aconselhava o comandante a procurar outro local para a aterrissagem.

há dias estava chovendo em Barreiras e a pista se achava em péssimo estado.

O piloto, sem outra alternativa, insistiu em pousar assim mesmo, e tornou a pedir instruções, ouvindo-se lá a voz a dizer que estava bem, mas que não se responsabilizava pelo que desse e viesse.

Acontece, porém, que isso foi dito com outras palavras, ainda num misto de portu-guês e inglês. Assim:

– Ok. You land. But se der bode, i’ll take my body out.

PONTE PRETA, Stanislaw (Sérgio Porto). 10 em humor. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1968.

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b) informa que o avião pode cair, caso o piloto não possa aterrissar.

c) apresenta uma sequência de acontecimentos.

d) usa termos da língua inglesa.

3. Nesse texto predomina o tempo cronológico, pois:

a) sabemos tudo o que o piloto pensa.

b) há marcas de passagem de tempo no texto.

c) o espaço do aeroporto está bem caracterizado.

d) faz humor ao misturar inglês com português.

4. há algum trecho nesse texto que desperta sua imaginação? Copie o trecho e explique o porquê.

5. O foco narrativo está em 1a ou 3a pessoa? Justifique.

Crônica

Um certo lucro...

Quando adolescente, com loucura e entre suspiros, colecionava retratos de seu ator preferido formando completíssimo álbum reunindo, além das fotografias, muitos desejos jamais confessados.

Leitura e Análise de Texto

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Atividades complementares

1. Releia os dois parágrafos do miniconto. Parece que se passou muito tempo entre o que é narra-do no primeiro parágrafo e o que é contado no segundo. A personagem parece ter envelhecido. Que palavras do primeiro parágrafo mostram que ela era jovem? Que palavras do segundo pa-rágrafo indicam que ela envelheceu? Responda no caderno.

2. Produza, em seu caderno, um miniconto. Organize-o de forma semelhante ao que acabou de ler, elaborando apenas dois parágrafos. No primeiro, fale de uma fase da vida; no segundo, mar-que a passagem do tempo e conte o que mudou em relação ao que você havia dito no primeiro parágrafo.1

3. Analise seu texto a partir das questões a seguir.

a) Que foco narrativo você usou?

b) Quais fatos compõem o primeiro parágrafo? E o segundo?

c) Quais são as personagens?

d) Quais são as marcas de passagem de tempo nos dois parágrafos?

e) Que espaços aparecem em sua narrativa?

4. Comente, com base na oposição entre loucura, suspiro, desejos (termos presentes no primeiro parágrafo) e relativo lucro, resultados práticos, ligeiramente satisfatórios (expressões presentes no segundo parágrafo), o que mudou na vida do narrador.

1 Esta atividade foi adaptada de NERY, Alfredina; NóBREgA, maria José. gêneros de texto: temas, formas, recursos e suportes. in: muRRiE, zuleika (Coord.). Língua portuguesa, língua estrangeira, educação artística e educação física: livro do estudante: Ensino Fundamental. Brasília: mEC/inep, 2002. p. 113-114.

Anos mais tarde, vendido o álbum a estudioso do assunto, rendeu-lhe relativo lucro, concluindo que, algumas vezes, podem-se tirar dos sonhos resultados práticos ligeiramen-te satisfatórios.

SimÕES, maria Lúcia. Contos contidos. Rio de Janeiro: RhJ, 1996.

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