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Primeira publicação em fevereiro de 2011 | Na medida em que a rápida urbanização é uma das grandes macrotendências do nosso tempo, não dá para errar com inovações voltadas aos “CITYSUMERS” já existentes e recém-formados no mundo todo. Aproveite! A arena de consumo do futuro é urbana. Nós marcamos a URBANOMICS como uma das 11 Tendências Essenciais de Consumo, mas levando em conta que a urbani- zação é uma das “megamacro” absolutas para a próxima dé- cada, apresentamos aqui um Briefing de Tendências focado que trata apenas de uma das implicações da urbanização em veloci- dade acelerada: o surgimento do CITYSUMER. Uma definição: CITYSUMERS | As centenas de milhares (e que não param de crescer!) de urbanites*, experientes e sofisticados, de San Fran- cisco a Xangai, passando por São Paulo, que estão cada vez mais exigentes e têm a mente cada vez mais aberta - mas também são pessoas cada vez mais orgulhosas, mais conecta- das, mais espontâneas e mais dispostas a experimentar, que adotam sem demora uma ampla gama de novos bens, serviços, experiências, campanhas e conversas urbanas. * Para que fique absolutamente claro, neste briefing nós nos con- centramos em consumidores urbanos que têm um certo nível de renda disponível. Vamos ter um briefing completo para examinar o consumo da BOTTOM OF THE URBAN PYRAMID (BASE DA PIRÂMIDE URBANA) em mercados emergentes, que tem seus desafios próprios (além de oportunidades com frequência não são notadas) para empresas. Da mesma maneira, não estamos nos referindo aqui apenas a um tipo um tanto mítico (e com certeza badalado demais) de elite transnacional – afinal, quantos “nômades globais” existem? ;-) Aqui estão apenas três forças motoras por trás da tendência dos CITYSUMERS: 1. O aumento enorme no número de pessoas que moram em cidades no mundo todo (EXPLOSÃO URBANA). 2. A riqueza e o poder que não param de crescer, das ci- dades e das pessoas que vivem nelas (FORÇA UR- BANA). 3. A disseminação da cultura e dos valores urbanos (UR- BANIDADE). Para servir a estes CITYSUMERS, obviamente é necessário que as marcas criem produtos e campanhas para um público urbano esperto: desde qualquer coisa que sirva a razões práticas (ofere- cer formas, tamanhos e características apropriadas em relação a bens e serviços urbanos) até mostrar que a marca “entende” seus usuários (tratar de estilos de vida ocupados e diversos), passando pela contribuição com a busca da sustentabilidade social e ambiental. Mas, em primeiro lugar, vamos dar mais detalhes sobre a arena do consumo urbano crescente: EXPLOSÃO URBANA Mais cidades grandes do que nunca Se não fosse pela China (43%), a África (33%) e a Índia (29%), o mundo estaria mais urbanizado do que os 50,5% da atualidade. (Fonte: CIA The World Factbook, 2010.) E a China, a África e a Índia estão prontas para imensa urbanização nas próximas décadas. Você está lendo a versão do PDF em português de um dos Trend Briefings da trendwatching.com. (Veja www.trendwatching.com/pt/trends ) trendwatching.com é uma empresa de tendências independente e com opinião própria, que examina o mundo todo em busca das tendências de consumo mais promissoras, com insights e ideias práticas para a sua empresa. Para obter tudo que há de mais novo e de melhor, con- fiamos na nossa rede de centenas de caça-tendências em mais de 120 países do mundo.

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Primeira publicação em fevereiro de 2011 | Na medida em que a rápida urbanização é uma das grandes macrotendências do nosso tempo, não dá para errar com inovações voltadas aos  “CITYSUMERS” já existentes e recém-formados no mundo todo. Aproveite!

A arena de consumo do futuro é urbana.

Nós marcamos a URBANOMICS como uma das 11 Tendências Essenciais de Consumo, mas levando em conta que a urbani-zação é uma das “megamacro” absolutas para a próxima dé-cada, apresentamos aqui um Briefing de Tendências focado que trata apenas de uma das implicações da urbanização em veloci-dade acelerada: o surgimento do CITYSUMER. Uma definição:

CITYSUMERS | As centenas de milhares (e que não param de crescer!) de urbanites*, experientes e sofisticados, de San Fran-cisco a Xangai, passando por São Paulo, que estão cada vez mais exigentes e têm a mente cada vez mais aberta - mas também são pessoas cada vez mais orgulhosas, mais conecta-das, mais espontâneas e mais dispostas a experimentar, que adotam sem demora uma ampla gama de novos bens, serviços, experiências, campanhas e conversas urbanas.

* Para que fique absolutamente claro, neste briefing nós nos con-centramos em consumidores urbanos que têm um certo nível de renda disponível. Vamos ter um briefing completo para examinar o consumo da BOTTOM OF THE URBAN PYRAMID (BASE DA PIRÂMIDE URBANA) em mercados emergentes, que tem seus desafios próprios (além de oportunidades com frequência não são notadas) para empresas. Da mesma maneira, não estamos nos referindo aqui apenas a um tipo um tanto mítico (e com certeza badalado demais) de elite transnacional – afinal, quantos “nômades globais” existem? ;-)

Aqui estão apenas três forças motoras por trás da tendência dos CITYSUMERS:

1. O aumento enorme no número de pessoas que moram em cidades no mundo todo (EXPLOSÃO URBANA).

2. A riqueza e o poder que não param de crescer, das ci-dades e das pessoas que vivem nelas (FORÇA UR-BANA).

3. A disseminação da cultura e dos valores urbanos (UR-BANIDADE).

Para servir a estes CITYSUMERS, obviamente é necessário que as marcas criem produtos e campanhas para um público urbano esperto: desde qualquer coisa que sirva a razões práticas (ofere-cer formas, tamanhos e características apropriadas em relação a bens e serviços urbanos) até mostrar que a marca “entende” seus usuários (tratar de estilos de vida ocupados e diversos), passando pela contribuição com a busca da sustentabilidade social e ambiental.

Mas, em primeiro lugar, vamos dar mais detalhes sobre a arena do consumo urbano crescente:

EXPLOSÃO URBANAMais cidades grandes do que nunca

• Se não fosse pela China (43%), a África (33%) e a Índia (29%), o mundo já estaria mais urbanizado do que os 50,5% da atualidade. (Fonte: CIA The World Factbook, 2010.) E a China, a África e a Índia estão prontas para imensa urbanização nas próximas décadas.

Você está lendo a versão do PDF em português de um dos Trend Briefings da trendwatching.com. (Veja www.trendwatching.com/pt/trends)

trendwatching.com é uma empresa de tendências independente e com opinião própria, que examina o mundo todo em busca das tendências de consumo mais promissoras, com insights e ideias práticas para a sua empresa. Para obter tudo que há de mais novo e de melhor, con-fiamos na nossa rede de centenas de caça-tendências em mais de 120 países do mundo.

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• Cerca de 180.000 pessoas se mudam para cidades a cada dia, fazendo com que a população urbana cresça em torno de 60 milhões de habitantes a cada ano. (Fonte: Intuit, outubro de 2010.)

• Até 2050, estima-se que a população urbana global at-inja 6,3 bilhões de pessoas, ou 70% da população na época. (Fonte: ONU, 2009.)

• Até 2030, a China vai ter população urbana de 1 bilhão de pessoas, e a Índia, de 590 milhões. Atualmente, a população urbana da Europa é de 533 milhões de pes-soas. (Fonte: previsão da McKinsey e dados da ONU, 2009-10.)

• Até 2030, a China vai ter 221 cidades com mais de 1 milhão de habitantes, e a Índia vai ter 68. Em 2010, a Europa tem 35. Durante este período, 400 milhões de chineses e 215 milhões de indianos vão se mudar para áreas urbanas, mais do que a população dos EUA e do Brasil juntas. (Fonte: Foreign Policy, agosto de 2010.)

• Mais uma preciosidade: em janeiro de 2011, planeja-dores urbanos chineses propuseram a fusão das nove cidades ao redor do delta do rio Pérola em uma única área metropolitana, com cerca de 42 milhões de pes-soas: mais do que a Argentina, e cobrindo uma área 26 vezes maior do que a Grande Londres. (Fonte: Reuters, janeiro de 2011.)

Qual é a grande diferença entre o mundo urbano de amanhã e o de hoje? Haverá mais cidades, sendo que algumas delas serão mais novas e maiores do que nunca. Então, ao passo que potências globais “tradicionais” como Nova York, Londres e Paris já dividem o palco com Beijing, Mumbai e Istambul, cada vez mais, cidades como Belém, Chongqing e Guadalajara estão prontas para deixar sua marca. Leia mais a este respeito em “FORÇA URBANA”:

FORÇA URBANAÍmãs de riqueza, talento e criatividade

Apenas 100 cidades respondem por 30% da economia mun-dial e quase todas as inovações existentes. Muitas dessas máquinas de globalização – cuja vitalidade duradoura vem do dinheiro, do conhecimento e da estabilidade – são capitais mun-diais que evoluíram e se adaptaram ao longo de décadas, se não séculos, de domínio. (Fonte: Foreign Policy, agosto de 2010).

Ricas em redes e oportunidades, estes centros hiperprodutivos e hiperconsumistas funcionam como ímãs, atraindo talentos e dis-tribuindo inovação: Hong Kong recebe mais turistas a cada ano do que toda a Índia. Tóquio e Nova York têm PIB similar ao do Canadá ou da Espanha, ao passo que o PIB de Londres é maior do que o da Suécia ou da Suíça. (Fonte: ONU Habitat, 2010). Paris, Lisboa, Bruxelas, Budapeste e Seul respondem, cada uma, a mais de 25% da economia de seus país. (Fonte: ONU Habitat, 2010).

Nas próximas décadas, a elas irão se juntar várias outras cidades novas e/ou maiores, e estas também abrigarão uma concen-tração cada vez maior de riqueza, talento e criatividade global e nacional:

• Estima-se que as cidades indianas vão gerar 70% dos novos empregos criados até 2030, produzirão mais de 70% do PIB indiano e levarão ao aumento da renda per capita em quase quatro vezes por toda a nação. Até 2030, a Índia vai ter 91 milhões de residências urbanas de classe média, número bem maior na comparação com 22 milhões em 2010. (Fonte: McKinsey Global Insti-tute, abril de 2010.)

• A Academia de Ciências da China estima que, a cada crescimento de 1% na urbanização, a China pode con-tar com crescimento de 1,6% na contribuição feita pela

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demanda doméstica relativa ao PIB chinês. (Fonte: De-loitte, junho de 2010.)

• A economia de Xangai representa mais de 13% do PIB total da China, apesar de ter menos de 2% da popu-lação do país. (Fonte: ONU Habitat, 2010.)

• O número de residências africanas com renda que vai além das necessidades básicas tem projeção de crescimento de 50% ao longo dos próximos dez anos, chegando a 128 milhões. Até 2030, as 18 principais ci-dades do continente podem ter poder de gasto com-binado de US$ 1.3 trilhões. (Fonte: McKinsey, junho de 2010.)

• Espera-se que Déli, Xangai, São Paulo e Moscou al-cancem, cada uma, PIB extra de US$ 500 bilhões até 2025 – mais do que o PIB de nações inteiras como a Indonésia ou a Bélgica hoje. (Fonte: McKinsey, dezem-bro de 2010.)

O resultado? Classe média global emergente que soma cerca de 2 bilhões de pessoas, que atualmente gastam US$ 6.9 trilhões por ano. Ao longo da próxima década, há previsão de cresci-mento para US$ 20 trilhões, o dobro do consumo atual dos EUA. (Fonte: McKinsey, julho de 2010.)

URBANOA cultura urbana é a cultura

Retornando aos CITYSUMERS. No que diz respeito ao consumo, o ritmo acelerado e a natureza sempre em mutação da vida ur-bana garante aos CITYSUMERS um número infinito de conexões sociais, experiências e tentações (comerciais) novas e efêmeras. Tudo isso significa que os CITYSUMERS são viciados no aqui-e-agora, nas experiências, na escolha e na liberdade, na flexibili-

dade e na espontaneidade, na oportunidade irrestrita e, sim, na busca por aquela “Next Big Thing” (aquilo de que todo mundo vai falar), se não a “Next Big Story” (aquilo que todo mundo vai con-tar). De fato, a cultura urbana é A cultura hoje em dia *.

Eis aqui alguns indicadores rápidos do poder de compra e do comportamento dos urbanitas:

• Uma residência média em Manhattan gasta 59% de seu orçamento de US$ 13.079 destinado à alimentação em refeições fora de casa, na comparação com a residência média norte-americana que gasta apenas 42% de seu orçamento de US$ 6.514 destinado à alimentação em refeições fora de casa. (Fonte: Bundle, maio de 2010.)

• Já há quatro anos, a Harris identificou que os “Atuantes Urbanos”, (que compreendem 21% dos consumidores dos EUA com idade entre 12 e 34 anos) gastam perto de US$ 9 bilhões (10% de seus gastos anuais) com atividades de recreação. Esses “Atuntes Urbanos” gas-tam, em média, mais de US$ 100 a mais do que a popu-lação não-urbana por mês, sendo que o total dos seus gastos discricionários chega a US$ 383 por mês. (Fonte: Harris Interactive, junho de 2007.)

• O estilo de vida dos consumidores chineses urbanos mudou da mentalidade de “sobrevivência” para a de “aproveitar a vida”, sendo que 54% hoje buscam estilo de vida mais divertido. (Fonte: GfK Roper, 2010.)

• Apenas 17% dos moradores urbanos da China dizem ter “relutância em gastar dinheiro”. (Fonte: Economist Intel-ligence Unit, agosto de 2010.)

* Não apenas por causa da urbanização em massa, mas também devido ao amplo acesso online, audiências de localidades rurais remotas também podem tomar parte da cultura urbana.

O MATURIALISM   obviamente entra em cena aqui, também: constantemente expostos a uma ampla variedade de estilos de vida e experiências alternativas, os CITYSUMERS costumam ter a mente mais aberta. Apenas uma preciosidade reveladora: Em agosto de 2010, uma pesquisa da Voice of India mostrou que quase um terço dos indianos em Bangalore e Mumbai apóiam as parcerias de mesmo sexo, número que seria inimaginável há poucos anos **.

Tudo isso significa que um grande público URBANO está aberto a marcas que desafiam,  emocionam, incitam ou até chocam (desde que isso seja feito com muito bom gosto ;-). No mínimo, as marcas precisam mostrar alguma personalidade, se soltar e abraçar a cultura urbana, em toda sua glória cheia de coragem. Arriscado? Sim, mas não tão arriscado quanto ser insípido.

** Não, não estamos sugerindo que todo CITYSUMER é um com-pleto e entusiasmado liberal,  mas que, como vimos no MA-

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TURIALISM, as tendências sociais globais claras (ainda que graduais) se voltam a atitudes mais tolerantes em relação a aborto, eutanásia, sexo casual, homossexualidade, uso de dro-gas, direitos das mulheres etc. Organizações de vida mais varia-das e a remoção de diversas estruturas sociais das cidades for-mam uma grande parte dessa tendência.

OportunidadesChega de estatística e teoria: aqui estão alguns exemplos de marcas que encantam os CITYSUMERS do mundo todo de ma-neiras inovadoras:

OPORTUNIDADE 1:CELEBRE O ORGULHO URBANO

Em megacidades prósperas, cuja força econômica e cultural com frequência já ultrapassa a de nações inteiras, a identidade dos CITYSUMERS com frequência estará muito ligada à cultura da cidade, sua marca, sua herança cultural, ao “ser” da cidade. Isto significa que, para as marcas, oferecer produtos, serviços e comunicações específicas da cidade, que realmente capturem seu caráter, é uma maneira ótima, humana e divertida para mostrar seu repeito pelos CITYSUMERS (principalmente se a marca for considerada grande, impessoal e “corporativa”).

• Criar fragrâncias é uma das maneiras de capturar a essência de uma cidade que faz muito sucesso. A marca norte-americana de produtos de luxo DKNY lançou a fragrância “Love from New York for Women” (Amor de Nova York Para Mulheres), ao passo que a cidade de Beverly Hills criou sua própria linha de três perfumes que têm a intenção de “aludir ao que é a vida para a mulher de Beverly Hills”. E então temos o lançamento da High Line pela Bond No.9 de Nova York, uma fragrância inspirada pela experiência desse bairro nova-iorquino. Seu apelido é “O primeiro Perfume de Estrada de Ferro do Mundo com cheiro de flores silves-

tres, capim verde... e renovação urbana”.

• A empresa de design Workerman, de Minneapolis, criou a cidade no pote, que contém um frasco cheio de ícones de Minneapolis em pins; cada recipiente contém 600 pins com 20 ícones diferentes de lugares badalados na cidade. Minneapolis foi a primeira cidade a ser “en-garrafada”, e há mais por vir.

• A 718 Made in Brooklyn é uma empresa de design de móveis urbanos com sede em Nova York. Em maio de 2010, “The Subway Series” (A Série do Metrô) foi reve-lada no BKLYN Design Show, no Brooklyn. A obra con-siste em letreiros de metrô descartados que foram reci-clados e transformados em luminárias, para os CITY-SUMERS colocarem em suas casas.

• A marca de velas espanhola Cerabella lançou uma linha de velas inspirada pelos vários bairros de Barcelona, de La Rambla ao El Raval.

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• A Absolut Cities Series (Série das Cidades Absolut) foi lançada em New Orleans, quando a marca desenvolveu um blend especial de mango e pimenta-do-reino inspi-rado pela cidade. O gosto de Boston corresponde a uma vodca com chá preto e flor de sabugueiro cujo cenário lembra o estádio de beisebol Green Monster, de Fenway Park; já a Absolut Brooklyn, de 2010, era uma vodca aromatizada com maçã vermelha e gengibre com garrafa desenhada por Spike Lee, com tema de um típico prédio antigo de pedra.

• A última edição da City Collection (Coleção da Cidade) da Adidas foi lançada em dezembro de 2010, em uma homenagem à cidade de Birmingham e sua famosa fábrica de chocolate Cadbury.

Em relação às edições limitadas (de cidades): como o acesso online faz com que tudo esteja disponível a consumidores de Atlanta a Adelaide, imponha uma escassez forçada, com fre-quência esquecida, por meio de produtos com LIMITED LOCA-TION (LOCAÇÃO LIMITADA). O lado positivo? A escassez será refletida no envolvimento dos CITYSUMERS, sua animação e, em última instância, sua disposição a pagar preços elevados ;-)

• Dê uma olhada no caríssimo Shanghai Blue Phone (Tele-fone Azul Xangai) da Dior, disponível apenas nas lojas de Xangai: um bom exemplo de como a LIMITED LOCA-TION não significa preço limitado.

• A marca de roupas japonesa BAPE vende algumas de suas linhas com edição limitada apenas nas lojas de Tóquio (Harajuku), Kagoshima, Nagoya e Matsuyama.

• Em agosto de 2010, a Starbucks anunciou o lançamento de uma nova linha de cafés ultrapremium, de origem única, que estará disponível apenas em quan-tidades limitadas em mercados

Ou, que tal levar essa tendência direto ao nível do bairro? Como as megacidades estão ficando ainda maiores, o URBAN PRIDE (ORGULHO URBANO) da vizinhança se torna a expressão urbana radicalizada.

• Em dezembro de 2010, em San Francisco, o Yahoo! instalou telas digitais em 20 paradas de ônibus por toda a cidade em que os usuários do transporte público po-diam jogar videogames uns contra os outros. Os pas-sageiros escolhiam quais dos 20 bairros especificados eles queriam representar ao jogar e aquele que vencesse a competição de dois meses seria premiado com uma festa musical de rua com a banda OK Go.

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• Em outubro de 2010, a Adidas lançou um jogo desafi-ando jogadores de futebol a capturar cidades. Conectando-se por meio do Facebook, os participantes escolhem a sua cidade (que é dividida em centenas de áreas) e tentam conquistar cada segmento por meio de batalhas de um-contra-um.

 

OPORTUNIDADE 2:PROPICIANDO ENCONTROS URBANOS

Como vimos no nosso briefing MASS MINGLING (INTERAÇÃO EM MASSA) apesar da quantidade de tempo sempre crescente que se passa online, o público não está se retraindo nos  mundos virtuais. Ao contrário, CITYSUMERS sempre aproveitarão o fato de se conectarem com outros seres humanos na vida real e abraçarão a escolha, a animação, o ritmo frenético, a esponta-neidade, a vibração caótica oferecida pela vida urbana. Aliás, o “online” (principalmente com o fato de que os smartphones são os novos laptops) cada vez mais propicia e permite encontros offline:

• Geomium é um aplicativo de iPhone lançado em se-tembro de 2010 em Londres que informa o usuário a respeito de onde seus amigos estão, que eventos acon-

tecem em sua área e também os ajuda a encontrar bares, restaurantes e locais interessantes nas redon-dezas.

• O Gowalla, concorrente do Foursquare, resolveu fazer uma curadoria de suas cidades selecionadas por meio do City Pages. Estas páginas fornecem uma seleção de lugares de sucesso, o que está na moda (“what's hot now”), dão os destaques entre uma variedade de esta-belecimentos (por exemplo, os melhores hambúrgueres, o melhor café) e oferecem até passeios coordenados por estas áreas urbanas.

• A empresa alemã Locamap GmbH fornece um guia de cidades por toda a Alemanha, Áustria, Estados Unidos e Reino Unido para homens gays.

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• Em maio de 2010, Yahoo comprou o serviço de rede social Koprol, da Indonésia, que permite aos usuários se conectarem com base em sua localização. Usuários móveis podem postar uma mensagem de status de 200 caracteres e usar o site como serviço de posiciona-mento sem necessidade de receptor de GPS. Depois de se conectar, os usuários podem ver outros membros que estão no mesmo local.

• O Ratio Finder, dos EUA, lançado em meados de 2010, usa o API do Foursquare para mostrar um mapa de ca-lor com bolhas azuis e rosas, sendo que seu tamanho e intensidade mostra a proporção dos gêneros sexuais das pessoas que fazem o check-in em diversos restau-rantes, bares e locais de entretenimento.

 

OPORTUNIDADE 3:ENRIQUECENDO A TELA URBANA

Rodeados pela panóplia urbana, muitos CITYSUMERS sem tempo, com muita escolha e com seu smartphone sempre à mão, procuram marcas que lhes tragam experiências sempre mais variadas e instantâneas, principalmente quando essas experiên-cias são em ritmo acelerado, de interesse transiente, de intera-tividade física e etc. Alguns exemplos recentes:

• Em novembro de 2010, a marca de produtos de luxo americana Ralph Lauren apresentou um display em “quatro dimensões” na fachada de suas lojas de Nova York e Londres para comemorar o décimo aniversário do site RalphLauren.com. Montagens do imaginário de Ralph Lauren foram projetadas nos prédios e o público podia “sentir” as imagens flutuando no espaço em sua direção. As imagens eram combinadas com música e fragrâncias para proporcionar uma experiência extra especial.

• Em julho de 2010, o Starlite Urban Drive-In, da Volvo de Londres, montou uma tela externa em tamanho grande com 25 carros Volvo estacionados e ofereceu exibição de filmes e petiscos para os clientes se de-leitarem com suas lembranças.

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• Como parte do Design Festival de Londres, em setem-bro de 2010, a montadora alemã Audi exibiu oito braços mecânicos de sua fábrica em Trafalgar Square. Os usuários que visitaram Outrace.org podiam mandar uma mensagem para os robôs, que então era traçada no ar com LEDs.

• A Adidas adicionou Hamburgo a seu aplicativo Urban Art Guide (Guia da Arte Urbana), depois da sucesso da edição de Berlim, que destacava os melhores pontos de grafite da cidade.

• Snickers, a marca de barras de chocolate, promove festivais de cultura de rua jovem em diversas cidades da Rússia e do México. O 'Snickers Urbania' apresenta quase todas as principais áreas da cultura de rua: esportes radicais, grafite, breakdancing, beatbox, fre-estyle e incentiva os jovens a se expressarem e mostrarem seu talento.

 

OPORTUNIDADE 4:PARA IR ALÉM DO CARÁTER URBANO

Então, como o público URBANO adota produtos, serviços e ex-periências mais ousadas, mais maduras ou simplesmente mais relevantes à cultura urbana, eis aqui alguns exemplos que LEVAM O CARÁTER URBANO um pouco mais além:

• Em julho de 2010, a Calvin Klein exibiu um enorme código QR em dois outdoors em Nova York. Pessoas que passaram por ali e usaram seus smartphones para capturar o código QR receberam um anúncio de 40 se-gundos com a modelo Lara Stone.

• Também em julho de 2010, o Mini Cooper lançou uma campanha em outdoor interativo no distrito da luz ver-melha de Hamburgo, com a parte de trás de um Mini com um chicotinho sado-masoquista automátizado pendurado, que podia ser ligado para “bater” no veículo.

• Em janeiro de 2011, a rede de televisão CW lançou uma série de outdoors de promoção da série Vampire Dia-ries. Os outdoors originais diziam "Catch VD" [que pode ser entendido como “pegue uma doença venérea”], sem mais nenhuma explicação. Posteriormente, os outdoors foram atualizados com conteúdo de Vampire Diaries. Quando a CW foi procurada para comentar, um porta-voz soltou a seguinte declaração: “VD significa sim-plesmente Vampire Diaries, e qualquer pessoa que pense outra coisa devia ir ao médico” ;-)

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• Axel Hotels, a cadeia de hotéis-butique “hetero-friendly”, fez uma parceria com a empresa Parkview Developers, de Nova York, para lançar um resort em Nova York voltado para a comunidade gay. O resort, chamado Out NYC Urban Resort, vai ter um Axel Hotel, um spa, diversos restaurantes e bares, lojas e uma casa noturna que abre sete noites por semana. Atualmente, a Axel tem hotéis em Barcelona, Berlin e Buenos Aires.

 

OPORTUNIDADE 5:ADOTE O ECO-URBANO

As cidades são cada vez mais vistas como solução à busca pela sustentabilidade ambiental, sendo que a alta densidade habita-cional promove distribuição mais eficiente de recursos (mas nem todo mundo concorda).

De fato, o ambiente urbano oferece a marcas que têm pen-samento avançado todo um leque de oportunidades para deixar os CITYSUMERS eco-conscientes deliciados:

• Em setembro de 2010, a Urban Green Energy (Energia Verde Urbana) dos EUA lançou uma turbina de vento chamada eddy GT. O produto tem um design de eixo vertical especial que permite a geração de energia sem

fazer muito barulho e independentemente da direção do vento. A turbina foi desenhada especificamente para o uso em telhados urbanos.

• Ao mesmo tempo, o Greenerator é um aparelho com-pacto de energia solar e eólica que foi feito para ser instalado em uma sacada de apartamento.

• O bring.BUDDY é um programa que vai ser testado pela empresa de entregas norte-americana DHL no início de 2011, que recruta moradores de cidades para entregar pacotes pelos caminhos urbanos que percorrem de qualquer maneira.

• Em maio de 2010, a montadora alemã Daimler AG lançou uma exposição temporária chamada smart ur-ban stage (palco urbano smart), para promover a série smart fortwo electric drive (carro elétrico para dois smart). O “smart urban stage” foi uma exposição global que inclui as cidades de Berlim, Roma, Zurique, Paris, Madri e Londres.

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• Em dezembro de 2010, a montadora japonesa Mitsubi-shi fez parceria com a cadeia de eletrodomésticos Ya-mada Denki para vender seu veículo elétrico i-MiEV em 17 lojas da área de Tóquio. A Mitsubishi vendeu 3.000 i-MiEVs no Japão desde o início das vendas em abril de 2010, mas espera aumentar muito as vendas com a disponibilização do carro nas lojas.

• A BMW anunciou que vai colocar sua primeira série elétrica no mercado em 2013. O Megacity Vehicle (MCV) vai ser lançado sob uma submarca e posicionado como carro com emissão zero para a vida na cidade. O carro vai ser fabricado pela própria empresa com mate-riais ultraleves e ainda com alta resistência.

• Em junho de 2010, um protótipo de táxi preto ambien-tal foi revelado em Londres. Ele funciona com sistema de combustível de células de hidrogênio, convertendo hidrogênio em eletricidade e com vapor de água sendo a única emissão produzida. O plano é colocar 150 desses táxis para rodar a tempo dos Jogos Olímpicos de 2012.

• E, abril de 2010, a Honda anunciou suas intenções de colocar a primeira scooter elétrica EV-neo no mercado japonês. A scooter movida a bateria de íons de lítio foi projetada para pequenos trajetos de entregas nas ci-dades movimentadas do Japão, incluindo entregas de pizza ou jornais.

 

OPORTUNIDADE 6:FUGA URBANA

Se a “megacidade” sugere multidões, barulho, espaços aperta-dos, concreto e ar poluído, também é sugestão de FUGA. Marcas que se concentram em possibilitar que os CITYSUMERS deixem a cidade e aproveitem um pouco de paz e sossego com na-tureza e ar puro, vão sempre apresentar inovações em serviços. Apenas um exemplo:

• A Meine Ernte, uma nova empresa alemã no ramo da agricultura, está oferecendo a casais e famílias a opor-tunidade de alugar lotes para o cultivo de frutas e verdu-ras nas proximidades de seis da maiores cidades do país, incluindo Frankfurt e Bonn. Ferramentas e consel-hos de um fazendeiro experiente estão incluídos ;-)

 

Você está lendo a versão do PDF em português de um dos Trend Briefings da trendwatching.com. (Veja www.trendwatching.com/pt/trends)

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OPORTUNIDADE 7:TRANSCENDÊNCIA URBANA

Para os CITYSUMERS que não podem fugir, que tal trazer a paz e o sossego, o verde e outras qualidades rurais para a cidade? Eis aqui um exemplo divertido:

• Em outubro de 2010, a empreiteira dos EUA The Al-banese Organization anunciou que tinha lançado uma parceria com a Holton Farms para entregar produtos frescos locais para residentes de suas propriedades em Nova York todas as semanas.

 

OPORTUNIDADE 8:COMPRAR OU NÃO COMPRAR

A vida urbana, com seu alto preço pelo espaço, significa que, para muitos CITYSUMERS, possuir itens volumosos que não são muito usados é inconveniente, se não desnecessário. O acesso facilitado a serviços públicos ou até mesmo a objetos privados está criando uma cultura na qual a posse é cada vez mais uma escolha a ser considerada. Além do mais, um modelo OWNER-LESS (SEM DONO) permite aos CITYSUMERS não ter a necessi-dade de enterrar uma grande porção de seu orçamento em um pequeno número de coisas caras, liberando dinheiro para ser gasto em toda uma amplidão de experiências:

Com o enorme número de esquemas de compartilhamento de carros e bicicletas no mundo todo, gente nova que entre neste ramo lotado provavelmente terá o apoio de uma grande marca ou do governo local, com mentalidade inovadora, super-ecológica (e por que não todas as alternativas anteriores?) ;-)

• Serviço de compartilhamento de carro car2go do Smart da montadora alemã Daimler.

• O site de compartilhamento francês OKIGO, criou uma colaboração entre a VINCI Park e a Avis.

• O serviço de “mobilidade” Mu da Peugeot aluga carros, scooters, vans ou até bicicletas.

• A parceria com a Zipcar do Departamento de Trans-porte de Nova York para compartilhar carros híbridos entre funcionários e o público.

• O SoBi, o primeiro sistema público de compartil-hamento de bicicletas em que os sistemas de autori-zação, rastreamento e segurança estão acoplados à bicicleta em si.

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• O Spride Share, lançado na Califórnia em setembro de 2010, que permite aos proprietários de carro oferecer seus carros a terceiros para aluguel particular.

• A oferta de bicicletas elétricas para empréstimo da Fiat para os clientes enquanto o carro está na oficina em cinco cidades da Espanha.

• O Autolib é um dos primeiros esquemas de compartil-hamento de carros elétricos a ser lançado pela prefei-tura de Paris em 2011.

• Mas o esquema não inclui apenas itens de preço ele-vado. Unrbanites espertos e conectados cada vez mais têm acesso temporário a tudo. Nova York, com seu am-plo mercado de consumidores super-espontâneos e seriamente privados de espaço, tem ainda mais opções para os CITYSUMERS que não podem ou não querem comprar certos itens. A Snapgoods permite que se alu-guem os pertences de outras pessoas, enquanto o Rent the Runway (Alugue a Passarela) permite às mulheres alugarem vestidos de estilistas famosos (com entrega no mesmo dia disponível em Nova York).

Na medida em que a questão de “COMPRAR OU NÃO COM-PRAR” se espalhou por cidades em todos os lugares, vamos dar uma olhada no crescimento da SHARECONOMICS em um brief-ing futuro.

 

OUTRAS OPORTUNIDADESCITYSUMERS é a tendência que não para de render para qualquer profissional de negócios obcecado por inovações divertidas/práticas/significativas. Você sem dúvida já notou que muitas inovações apresentadas em briefings anteriores podem ser aplicadas para criar produtos, serviços, experiências ou cam-panhas que sejam feitas sob medida para as necessidades muito específicas (e geralmente mais refinadas, com mais experiência, mais exigentes) dos urbanitas no mundo todo.

Então, aqui está a última rodada de exemplos, representando as tendências compatíveis com CITYSUMER, como NOWISM, PLANNED SPONTANEITY (ESPONTANEIDADE PLANEJADA), BRAND BUTLERS (MORDOMOS DAS MARCAS) e RANDOM ACTS OF KINDNESS (ATOS ALEATÓRIOS DE BONDADE):

• Mais sobre branding em paradas de ônibus: durante uma semana, em dezembro de 2010, parisienses que esperavam para pegar o ônibus tiveram a oportunidade de esperar com conforto nos sofás confortáveis que a gigante dos móveis sueca IKEA tinha colocado em 12 paradas de ônibus (geralmente lotadas), decoradas também com prateleiras, luminárias e outros objetos.

• Em janeiro de 2011, a loja de café Caribou Coffee, dos EUA, lançou paradas de ônibus aquecidas em Minnea-polis que se pareciam com fornos gigantes, completas com resistências que de fato produziam calor e aque-ciam os usuários.

• Em novembro de 2010, o guia urbano Flavorpill lançou um aplicativo que cobre eventos culturais nas principais cidades dos EUA, como Nova York, Los Angeles, Chi-cago e San Francisco (Londres, Miami, Las Vegas e Dal-las estão anunciadas para breve). A Puma patrocina o

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aplicativo, de modo que há promoções da marca embu-tidas, com brindes, produtos e vídeos.

• Em maio de 2010, a Compactix, de Nova York, lançou The DeskMate, um aparelho portátil que permite a pes-soas que trabalham em mesas se exercitarem durante o expediente.

• Em dezembro de 2010, a Ciroc Vodka lançou uma campanha em Nova York em associação com Sean Combs e NYC DOT. O Safe Rides Program (Programa Viagem Segura) fazia com que equipes de funcionários da Ciroc distribuísse vales pré-pagos de US$ 25 para os consumidores, que podiam ser trocados por passagens de metrô ou pagamento em carros de aluguel ou táxis amarelos padrão.

• Para comemorar as festas de fim de ano e estimular a vendas natalinas em 2010, a KFC revelou o Festive Feast – uma campanha que pedia aos consumidores que explicassem por que sua cidade natal merecia uma visita do Papai Noel secreto da KFC com US$ 20.000 em vales-presente da KFC.

• O Metrotwin da British Airways é um portal online que compara e faz o contraste em cidades “gêmeas” e serve como ferramenta social para urbanitas sem tempo e que buscam novidades que viajam entre as duas locali-dades. O site atualmente conta com Londres, Nova York e Mumbai, fornecendo recomendações relativas aos

melhores bairros, estabelecimentos comerciais, atrações e lugares para visitar.

• Em janeiro de 2010, a Nike lançou seu aplicativo para iPhone True City , que tem o objetivo de dar aos con-sumidores informações de “insiders” de seis cidades europeias, ao mesmo tempo em que permite aos usuários compartilhar suas próprias dicas e apresenta ofertas da Nike e informações exclusivas.

A SEGUIR E MAISNós tivemos de nos esforçar para que este Trend Briefing não se transformasse em um livro e, no entanto, apenas arranhamos uma das superfícies desse fenômeno multifacetado da urbani-zação.

Para muito mais além do ângulo do consumo, e para compreen-der melhor a implicação política, econômica, industrial, ecológica e até psicológica do cenário urbano global futuro, consulte o re-latório Habitat da ONU, State of the World's Cities 2011 (Situação das Cidades do Mundo 2011), a edição Global Cities (Cidades Globais) da Foreign Policy, o What Matters: Cities (O que importa: Cidades) da McKinsey ou a edição Megalopolis: The City of the 21st Century (Megalópole: A cidade do século XXI) do World Policy Journal.

E já que você está mergulhando no futuro urbano, comece a adi-cionar um ângulo de cidade às suas estratégias, suas ino-vações, suas parcerias, suas campanhas. A sua marca já tem uma estratégia específica para Nova York? Londres? Singapura? São Paulo? Shenzhen? Amsterdã? Cidade do Cabo? Taipei? To-ronto? Istambul?

Nós vamos voltar a examinar as oportunidades infinitas que esta tendência suscita mais para o fim do ano, então não se esqueça de assinar os nossos Trend Briefings gratuitos. Aproveite!

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