40
Ano XIII | 215 | Maio 2013 ISSN 2178-5781 Portos Brasileiros Aprovação da MP dos Portos promete reverter a caótica situação brasileira Sanidade Mercado consumidor exigente estimula pecuaristas a investirem mais em manejo sanitário Polvilho Goiano Aproveitando alta dos preços no mercado, fabricantes de polvilho incrementam volume de produção

2013 05 maio

Embed Size (px)

DESCRIPTION

http://sistemafaeg.com.br/images/revista-campo/pdfs/2013-05-maio.pdf

Citation preview

Page 1: 2013 05 maio

Ano XIII | 215 | Maio 2013

ISSN

217

8-57

81

Portos BrasileirosAprovação da MP dos Portos promete reverter

a caótica situação brasileira

SanidadeMercado consumidor exigente

estimula pecuaristas a investirem mais em manejo sanitário

Polvilho GoianoAproveitando alta dos preços no mercado, fabricantes de polvilho

incrementam volume de produção

Page 2: 2013 05 maio

O Sicoobcard divide com você o presente da sua mãe.

Já os sorrisos dela, serão todos para você.

Dia das Mães com Sicoobcard Prêmios

Consulte os cartões participantes no site www.sicoobcardpremios.com.br

www.sicoobcredirural.com.br

Central de Atendimento SicoobcardRegiões Metropolitanas: 4007 1256 - Demais Regiões: 0800 702 0756 - Ouvidoria: 0800 725 0996

CRÉDITONA FATURA

R$15,00 a R$200,00

De 15/04 a 15/05, seus pontos do Programa Sicoobcard Prêmios valem até 50%

a mais para trocar por Crédito na Fatura. Aproveite essa chance para demonstrar o

quanto sua mãe é essencial na sua vida.

Page 3: 2013 05 maio

PALAVRA DO PRESIDENTE

A revista Campo é uma publicação da Federação da

Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) e do Serviço Nacional

de Aprendizagem Rural (SENAR Goiás), produzida pela

Gerência de Comunicação Integrada do Sistema FAEG/SENAR,

com distribuição gratuita aos seus associados. Os artigos

assinados são de responsabilidade de seus autores.

CAMPO

COnselhO editOriAl

Bartolomeu Braz Pereira; Claudinei Rigonatto;

Eurípedes Bassamurfo da Costa; Marcelo Martins

editores: Francila Calica (01996/GO)

reportagem: Leydiane Alves

Fotografia: Jana Tomazelli Techio,

Gutiérisson Azidon

revisão: Cleiber Di Ribeiro (2227/GO)

diagramação: Rowan Marketing

impressão: Gráfica Talento tiragem: 12.500

Comercial: (62) 3096-2200

[email protected]

diretOriA FAeG

Presidente: José Mário Schreiner

Vice-presidentes: Mozart Carvalho de Assis; José Manoel

Caixeta Haun. Vice-Presidentes institucionais: Bartolomeu

Braz Pereira, Estrogildo Ferreira dos Anjos. Vice-Presidentes

Administrativos: Eurípedes Bassamurfo da Costa, Nelcy Pal-

hares Ribeiro. suplentes: Wanderley Rodrigues de Siqueira,

Flávio Faedo, Daniel Klüppel Carrara, Justino Felício Perius,

Antônio Anselmo de Freitas, Arthur Barros Filhos, Osvaldo

Moreira Guimarães. Conselho Fiscal: Rômulo Pereira da

Costa, Vilmar Rodrigues da Rocha, Antônio Roque da Silva

Prates Filho, César Savini Neto, Leonardo Ribeiro. suplentes:

Arno Bruno Weis, Pedro da Conceição Gontijo Santos, Mar-

gareth Alves Irineu Luciano, Wagner Marchesi, Jânio Erasmo

Vicente. delegados representantes: Alécio Maróstica, Dirceu

Cortez. suplentes: Lauro Sampaio Xavier de Oliveira,

Walter Vieira de Rezende.

COnselhO AdMinistrAtiVO senAr

Presidente: José Mário Schreiner

Titulares: Daniel Klüppel Carrara, Elias D’Ângelo Borges,

Osvaldo Moreira Guimarães, Tiago Freitas de Mendonça.

suplentes: Bartolomeu Braz Pereira, Silvano José da Silva,

Alair Luiz dos Santos, Elias Mourão Junior, Joaquim Saêta

Filho. Conselho Fiscal: Maria das Graças Borges Silva, Edmar

Duarte Vilela, Sandra Pereira Faria do Carmo. suplentes:

Henrique Marques de Almeida, Wanessa Parreira Carvalho

Serafim, Antônio Borges Moreira. Conselho Consultivo:

Bairon Pereira Araújo, Maria José Del Peloso, Heberson

Alcântara, José Manoel Caixeta Haun, Sônia Maria Domingos

Fernandes.

suplentes: Theldo Emrich, Carlos Magri Ferreira, Valdivino

Vieira da Silva, Antônio Sêneca do Nascimento, Glauce

Mônica Vilela Souza.

superintendente: Marcelo Martins

FAeG - senAr

Rua 87 nº 662, Setor Sul CEP: 74.093-300

Goiânia - Goiás

Fone: (62) 3096-2200 Fax: (62) 3096-2222

site: www.sistemafaeg.com.br

e-mail: [email protected]

Fone: (62) 3545-2600- Fax: (62) 3545-2601

site: www.senargo.org.br

e-mail: [email protected]

Para receber a Campo envie o endereço de entrega para o

e-mail: [email protected].

Para falar com a redação ligue:

(62) 3096-2208 - (62) 3096-2248

(62) 3096-2115.

José Mário SchreinerPresidente do Sistema

FAEG/SENAR

Um novo marco regulatório para os portos brasileiros entrou em vigor no Brasil. A almejada MP dos Portos foi, finalmente, sancionada pela presidente Dilma Rousseff e pavimenta o caminho para a revolução logística portuária. Ao estabelecer novos critérios para a exploração e arrenda-mento, para a iniciativa privada, de terminais em movimen-tação de cargas em portos públicos, a medida deve diminuir o chamado custo-Brasil.

A aprovação já passava da hora, pois corremos sérios riscos de nossas atuais fragilidades logísticas inviabiliza-rem o agronegócio brasileiro, especialmente em épocas de crise. Ao nos comparamos com os nossos principais concor-rentes no mercado mundial, temos uma ideia do tamanho desse risco. O custo portuário para exportar uma tonelada de grãos na Argentina é de US$ 4,5. Já no Brasil, o custo para esse volume fica um pouco abaixo de US$ 9. Os custos diários de um navio são de US$ 40 mil.

Atrelado a isso, o produtor brasileiro perde em relação ao produtor norteamericano até U$ 2 por saca ao transpor-tar um caminhão carregado de grãos por mil quilômetros de estradas. Esperamos que a aprovação dessa nova Medida Provisória acabe com a inércia da aplicação de recursos e com a burocratização de setores fundamentais para a com-petitividade e crescimento da economia nacional.

A tão esperada

MP dos Portos

Alex

andr

e Ce

rque

ira

O Sicoobcard divide com você o presente da sua mãe.

Já os sorrisos dela, serão todos para você.

Dia das Mães com Sicoobcard Prêmios

Consulte os cartões participantes no site www.sicoobcardpremios.com.br

www.sicoobcredirural.com.br

Central de Atendimento SicoobcardRegiões Metropolitanas: 4007 1256 - Demais Regiões: 0800 702 0756 - Ouvidoria: 0800 725 0996

CRÉDITONA FATURA

R$15,00 a R$200,00

De 15/04 a 15/05, seus pontos do Programa Sicoobcard Prêmios valem até 50%

a mais para trocar por Crédito na Fatura. Aproveite essa chance para demonstrar o

quanto sua mãe é essencial na sua vida.

Maio / 2013 CAMPO | 3www.senargo.org.br

Page 4: 2013 05 maio

PAINEL CENTRAL

Os 10 mais do PIB goianoAs 10 perspectivas para o desenvolvimento dos municípios goianos

18

Potencial da produção de madeira

Peixes, mandioca e cana-de-açúcar

O engenheiro florestal, Adilson Gonçalves, calcula que 70% do consumo de Goiás são oriundos de madeiras extraídas em estados produtores vizinhos

Após os cursos do Senar Goiás, Raul Borges, aumentou a produção em 20%

Agenda Rural 06

Fique Sabendo 07

Delícias do Campo 32

Campo Aberto 38

Treinamentos e cursos do Senar 36

Sanidade do rebanhoO produtor Flávio Camilo acredita que o mercado está exigente e, atualmente, a preocupação com as questões sanitárias são muito maiores que há 20 anos

14

28

34

Jana

Tom

azel

li

Jana

Tom

azel

li

Men

del C

ortiz

o

4 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 5: 2013 05 maio

Dificuldades na logística emperram desempenho dos portos nacionais

As novas regras facilitam a instalação de terminais portuários privados

Agên

cia

Cam

ara

Originalmente goianoElcione de Campos produz 150 quilos por dia de polvilho e ajuda produto goiano a expandir mercado

24

MP dos portos aprovada 20

Laris

sa M

elo

Goog

le

Maio / 2013 CAMPO | 5www.senargo.org.br

Page 6: 2013 05 maio

AGENDA RURAL

03/06 04/06

Encontro Técnico Processamento de PeixesHora: 8h

Local: Auditório do Senar, GoiâniaInformações: (62) 3545-2200

Lançamento do Plano Agrícola e Pecuário 2013/14Hora: 8h

Local: Brasília Informações: (62) 3096-2115

05/06 12/06

Fórum do Meio AmbienteHora: 8h

Local: Britânia Informações: 3096-2115

2ª Jornada Tecnológica Rio VerdeHora: 8h

Local: Rio VerdeInformações: (62) 3096-2115

03 de JunhoDia Mundial do Leite

Hora: 8h30

Local: Palácio das Esmeraldas,

Salão Dona Gercina Borges, Goiânia

Informações: (62) 3096-2115

6 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 7: 2013 05 maio

FIQUE SABENDO

ArmAzém

O uso do cultivo hidropônico de plantas em pesquisa

O uso do Cultivo Hidropônico de Plantas em Pesquisa inicia-se com o histórico do desenvolvi-mento das técnicas de cultivo hi-dropônico; aborda, em linhas ge-rais, as funções dos nutrientes nas plantas superiores; e apresenta as aplicações e limitações do cultivo usando soluções nutritivas como ferramenta de pesquisa. Traz os fundamentos das técnicas de culti-vo sem solo e ensina, passo a passo e com ilustrações coloridas, como preparar e manter experimentos em solução nutritiva. Trata-se, por-tanto, de ferramenta indispensável a estudantes, pesquisadores e de-mais interessados no assunto. Ano 2011. Editora Editora UFV. Auto-ras: Herminia Emilia Prieto Marti-nez e Junia Maria Clemente

Divu

lgaç

ão Faeg doa 20 mil doses de vacina anti-aftosa para comunidades carentes

rEGISTrO

Na abertura da primeira etapa da campanha de vacinação anti-aftosa, em Goiás, a Federação da Agricul-tura e Pecuária de Goiás (Faeg) re-passou à Agrodefesa 20 mil doses da vacina. Elas são destinadas aos rebanhos de comunidades Kalunga, da Colônia Santa Marta e da Agên-cia Prisional.

A doação das vacinas foi reali-zada, oficialmente, pelo presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, na manhã do dia 04 de maio, em Vianópolis, ao governador

Marconi Perillo e ao presidente da Agrodefesa, Antenor Nogueira.

De acordo com José Mário, em todas as etapas da campanha de va-cinação, a Faeg se compromete em doar as doses às comunidades caren-tes para que Goiás garanta a cober-tura de 100% do rebanho vacinado. “É uma forma de auxiliar as comuni-dades e o estado a cumprirem suas metas de vacinação. A garantia da sanidade do rebanho é fundamental para o crescimento da pecuária goia-na”, disse durante discurso.

pESquISA

O Grupo de Trabalho responsável pela elaboração do Programa Nacio-nal de Controle de Lagartas e Mosca Branca se reuniu, no dia 24 de maio, na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Brasília (DF). Os participantes do gru-po discutiram quais diretrizes de ma-nejo serão adotadas para auxiliar os produtores rurais no combate à mos-ca branca e alguns gêneros de lagartas com grande potencial de infestação, entre elas, a Helicoverpa armigera.

De acordo com o coordenador do grupo e diretor do Departamento de Sanidade Vegetal (DSV/Mapa), Cosam Coutinho, a equipe tem 30 dias para apresentar ao ministro uma proposta de programa nacional de controle dessas pragas. Coutinho avisa que em 15 dias, a primeira proposta do programa será en-caminhada para todos os integrantes do grupo e, em no máximo três semanas, uma nova reunião será marcada para consolidar as sugestões e encaminhar o documento para análise do ministro da

Agricultura, Antônio Andrade.Entre as propostas, está a de criar

um sistema de monitoramento, com o cadastro de produtores agrícolas nacionais, que permita acompanhar problemas decorrentes de infestações de pragas. O sistema será criado em parceria com a Embrapa e alimenta-do com informações coletadas pelos órgãos estaduais de defesa agrope-cuária, que fazem parte do Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária (Fonesa).

Grupo discute diretrizes de controle da mosca branca e de lagartas

Fran

cila

Cal

ica

Maio / 2013 CAMPO | 7www.senargo.org.br

Page 8: 2013 05 maio

PROSA RURAL

Parcerias para crescerRhudy Crysthian | [email protected]

Divu

lgaç

ão

Presidente aclamado

da Associação Goiana

de Municípios (AGM),

para o biênio 2013-2014,

Cleudes Baré Bernardes, é o

31º à frente da entidade, que

completou 55 anos. Com o

propósito de dar continuidade

ao trabalho realizado nas

gestões anteriores, Baré

defende que as parcerias com

entidades organizadas é de

fundamental importância

para o desenvolvimento

econômico dos municípios.

Veja entrevista exclusiva do

presidente da AGM para a

Revista Campo.

CleudeS BARé BeRnARdeS,

presidente da Agência Goiana dos Municípios (AGM)

8 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 9: 2013 05 maio

revista Campo: Qual a importân-

cia da Faeg, do Senar e do Sindicato

Rural nas ações da AGM nos muni-

cípios goianos?

Cleudes Baré : Comungam de um

mesmo desejo que é melhorar a qua-

lidade da vida do homem do campo

e criar mecanismos que ajudem o

produtor a trabalhar e a produzir

gastando menos. Mudando a con-

cepção de produção custo/benefício.

Essas entidades têm um papel bem

similar que é fortalecer a economia

dos municípios e melhorar a qualida-

de de vida do cidadão.

revista Campo: O que o senhor

acha de programas que auxiliam

no desenvolvimento dos municípios

como o Balde Cheio?

Cleudes Baré : É um programa ex-

traordinário desenvolvido em vários

municípios, entre eles, Bom Jardim

de Goiás, com resultados positivos

e que devem ser copiados. No Balde

Cheio a Faeg, Senar e os municípios

oferecem ao produtor apoio técnico.

Temos pessoal qualificado que irá

melhorar o conceito de custo/benefí-

cio e manter um gado mais apropria-

do para o clima e a região.

revista Campo: Quais os maiores

gargalos para o desenvolvimento

das famílias rurais dos municípios?

Cleudes Baré : Sem dúvida é a falta

de assistência técnica. É preciso que o

produtor esteja constantemente orien-

tado sobre os desenvolvimentos tecno-

lógicos. Sabemos que aqueles conceitos

antigos não servem mais. É preciso que

essas informações cheguem ao homem

do campo. Ele tem que ser empreende-

dor rural e não apenas produtor.

revista Campo: Como as entida-

des organizadas poderiam formar

parcerias com as prefeituras e

órgãos públicos para fomentar o

desenvolvimento municipal?

Cleudes Baré : Sem dúvida é isso

que a Faeg e a Associação Goiana

dos Municípios já vêm fazendo. Que-

remos estreitar cada vez mais essa

parceria a fim de que possamos,

por meio de orientação de cursos de

formação, conseguir uma aproxima-

ção desse produtor com os prefeitos,

aplicando esses conceitos metodo-

lógicos e gerenciais para que os mu-

nicípios desenvolvam e o homem do

campo melhore sua produção e seu

ganho. O que é o resultado esperado

por todos, melhorar a qualidade de

vida e as pessoas mais felizes.

revista Campo: Como as prefeitu-

ras podem resolver o problema das

estradas vicinais?

Cleudes Baré : É impossível fazer. As

prefeituras não têm como resolver ra-

pidamente. Cerca de 67% dos municí-

pios goianos têm população abaixo de

10 mil habitantes, portanto, com uma

contribuição muito pequena no Fundo

de Participação dos Municípios. Os

gargalos, hoje, nesse setor são muito

grandes uma vez que a maioria dos

municípios não tem maquinário eficien-

te para resolver esse gargalo, que cada

vez mais aumenta, principalmente, no

período chuvoso. Os municípios vão

resolvendo na medida do possível. É

preciso que o governo do Estado tenha

um olhar diferente para essas estradas

vicinais, como o que aconteceu no

Paraná no Mato Grosso com doações

de equipamentos e maquinários para

formação de patrulha rural. Estive,

recentemente, reunido com secretá-

rios de governo sugerindo doação ou

locação desses equipamentos aos mu-

nicípios, para atender a essa demanda

que hoje é, sem sombra de dúvida, um

dos principais gargalos dos produtores

para escoamento da produção.

revista Campo: O que o senhor

acha da ideia do governo do Estado

em premiar as melhores ações de

manutenção das estradas vicinais,

inclusive doando algumas máquinas?

Cleudes Baré : Se o governo doar

essas máquinas, ou por sistema

de comodato ou por hora/máquina

trabalhada, é interessante. Mas, dis-

cordo plenamente em premiar esses

municípios que melhor mantêm suas

estradas vicinais, uma vez que a

maioria dos municípios vão estar em

concorrência desleal. Há municípios

que por sua natureza já estão na

frente da maioria dos outros. É pre-

ciso fazer uma diferenciação e ajudar

os mais pobres a andarem com suas

próprias pernas. Do contrário, serão

premiados somente os municípios

mais ricos e que têm condições de

manter as estradas.

revista Campo: O que o senhor

acha do fortalecimento politico da

classe rural com a preparação de

nomes para disputar cargos eletivos?

Cleudes Baré : Extremamente

importante. Tenho convicção de que

todos os seguimentos organizados

precisam ter fortalecimento de suas

representatividades. Precisamos

ter lideranças que representem o

seguimento para ajudar o Brasil a

continuar nessa rota de crescimento.

O agronegócio brasileiro é o gran-

de responsável pelo crescimento

econômico do nosso País ou pela

manutenção de nossas riquezas.

Precisamos ter representativida-

de de pessoas que dominem esse

assunto, tanto na Assembleia quanto

no Congresso Nacional, para que

assumam posição estratégica, dentro

de Comissões específicas, para

que possam defender as políticas

de fortalecimento do agronegócio

brasileiro.

Maio / 2013 CAMPO | 9www.senargo.org.br

Page 10: 2013 05 maio

AÇÃO SINDICALAÇÃO SINDICAL

BrITÂNIA

INTErCÂmBIO

COrumBÁ DE GOIÁS

CAIApÔNIA

Foi realizado, no dia 22 de março, o encerramento da primeira fase do PER em Britânia. O encerramento foi na Escola Eugênio Gama dos Santos com participação 19 alunos. O evento contou com a presença do presidente do Sindicato Rural de Britânia e Aruanã, Wagner Marchesi, da secretária executiva do Sindicato, Milena Roberta e do diretor-secretário, João Edgard Marcelino Ferreira. Após a entrega dos certificados e das camisetas doadas pelo Sindicato, o evento foi encerrado com um coquetel. (Colaborou: Milena Roberta)

Considerada um modelo de gestão e uma das maiores realizadoras de projetos voltadas ao homem do campo, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), recebeu em sua sede, no mês de junho, a visita das Federações do Amazonas (Faea) e do Mato Grosso do Sul (Famasul - foto). O objetivo do encontro foi apresentar aos membros das caravanas os programas gerenciados pela Faeg e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás)

O Sindicato Rural de Corumbá de Goiás realizou, no último dia 26 de abril, a posse da nova diretoria para o triênio 2013/16. Reeleito pela segunda vez consecutiva, o presidente é José Carlos de Oliveira (ao lado do presidente José Mário). Segundo ele, as metas para os próximos anos é desenvolver projetos que não foram feitos na última gestão por conta do tempo. O presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário, também participou da cerimônia.

O Sindicato Rural de Caiapônia, em parceria com o Senar Goiás, realizou em abril o treinamento de Artesanato em Retalhos. A instrutora foi Iolanda Ferreira Mattos. O Sindicato ofereceu também uma palestra aos produtores sobre a “Arte de falar em público” ministrada pelo instrutor Ricardo Dornas Martins. Os cursos e treinamentos disponibilizados pelo Senar Goiás oferecem ao produtor/trabalhador rural oportunidade de qualificação e aprimoramento profissional. Interessados em conhecer e participar dos cursos e treinamentos oferecidos pelo Senar Goiás no município deverão entrar em contato com o Sindicato Rural. Mais informações ligar no telefone (64) 3663-1540.

Ao contrário do que foi divulgado na matéria sobre cana-de-açúcar na edição de número 213 da Revista Campo, a ferrugem alaranjada deve ser combatida por controle químico e não biológico.

Sind

icat

o Ru

ral d

e Br

itâni

aM

ende

l Cor

tizo

Jana

Tom

azel

li

empreendedorismo em pauta

Missões técnicas

empossada nova diretoria

treinamentos do senar

errAMOs

© S

ynge

nta,

201

3.

10 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 11: 2013 05 maio

© S

ynge

nta,

201

3.

Page 12: 2013 05 maio

Os cuidados adotados durante a produção garantem alimentos saudáveis e animais seguros

Karina Ribeiro | [email protected]

Especial para Revista Campo

Manejo sanitário diminui incidência de doenças

Para obter maior produtividade, produtores garantem que um bom manejo é fundamental

Jana

Tom

azel

li

12 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 13: 2013 05 maio

O desempenho produtivo e sa-nitário de uma propriedade rural pode ser avaliado com

a adoção de práticas de um manejo sanitário aliado a uma boa nutrição e melhoramento genético. Os cuidados, que começam na compra de um lote de gado de corte e permeiam por toda a cadeia durante as fases de cria, recria e engorda dos animais, possibilitam a oferta de alimentos seguros e bem--estar animal. Embora o manejo não seja considerado complicado, exige serviços veterinários bem estrutura-dos, capacitados e aptos para detec-ção e adoção precoce das medidas de controle e erradicação de doenças.

Os componentes do manejo sani-tário visam evitar, eliminar ou reduzir ao máximo a incidência de doenças no rebanho, para que obtenha maior produtividade. Esse conjunto de fa-tores é composto pela elaboração de um calendário profilático, controle de parasitos (ectoparasitos e endopara-sitos), higiene dos animais e insta-lações, além das ações profiláticas e curativas dos animais. Há vacinas que são aplicadas em todo o rebanho e outras são aplicadas somente em certas categorias de animais, sele-cionando idade e até mesmo o sexo, como é o caso das vacinas contra car-búnculo sintomático e a brucelose.

Essa primeira doença é causada pela produção de bactérias presentes na musculatura e no subcutâneo dos animais afetados. Intervenções cirúr-gicas, traumas, isquemias vasculares e outras bactérias também podem desencadear essa infecção. Os sinais clínicos são febre, anorexia, depres-são e manqueira. O controle profiláti-co é baseado em medidas adequadas de manejo e alguns antibióticos. Já a brucelose, é uma doença infecto con-tagiosa, que gera importantes proble-mas sanitários e prejuízos econômi-cos. A vacinação também é a forma profilática mais eficaz.

Produção de carne em três fases

O médico-veterinário do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Se-nar) em Goiás, Marcelo Penha, divide a produção de carne em três fases – cria, recria e engorda. Ele explica que os maiores cuidados com as matrizes estão associados à questão do mane-jo dos animais – pastagens e divisão de lotes. “Nessa fase também tem que realizar a vacinação polivalente nos meses de maio e novembro”, diz.

O manejo adequado combate do-enças como botulismo e raiva. O pri-meiro, geralmente, está relacionada a falta de fósforo nas pastagens ou su-plementação mineral imprópria, que tem como quadro a diminuição do apetite. Já no caso da raiva, as vaci-nas devem ser aplicadas anualmente, especialmente em áreas endêmicas de morcegos – principal agente trans-missor da doença.

Entrando na fase de cria é neces-sário que o produtor faça uma avalia-ção das pastagens, para saber se no período de nascimento, geralmente de agosto a novembro, em função da baixa quantidade pluviométrica, é ne-cessário fazer um manejo suplementar para que os animais cresçam de forma saudável. Os bezerros começam a re-ceber vacinas no quarto mês de vida. “Repete a vacina trinta dias depois. E continua duas vezes ao ano (maio e novembro), aproveitando o manejo do rebanho”, afirma Marcelo.

Marcelo ensina que no período de desmame, média de sete meses, é um momento em que o bezerro fica estressado. “Tem de tomar bastante cuidado nesse período”, diz. Segun-do Marcelo, por mais que o animal esteja comendo capim, é importante realizar uma suplementação minério protéica no cocho. Vale também apli-cação de vermífugo para que os ver-

Maio / 2013 CAMPO | 13www.senargo.org.br

Page 14: 2013 05 maio

mes não aproveitem a vulnerabilida-de do animal oriunda do estresse e cresçam rapidamente. Nessa época, a fêmea também deve receber uma vacina contra brucelose, a partir do terceiro mês de vida.

Na fase de recria, continua o ca-lendário profilático, nos meses de maio e novembro e, dependendo da região, continua a aplicação de vaci-na contra raiva. “Dependendo do ca-lendário da Agrodefesa, o produtor aproveita a época profilática e aplica vacinas contra aftosa e butolismo”, afirma Marcelo. A aftosa atinge, principalmente, animais de casco fendido e a mortalidade é mais alta em animais jovens.

O pecuarista, José Paim, do mu-nicípio de Ipameri, explica que os primeiros sintomas envolvem febre e diminuição de apetite. É uma do-ença que pode causar mais prejuízos, já que é motivo de recusa de países compradores. “Não há sentido algum o produtor rural não cuidar de seu re-banho. Além de ser penalizado, ain-da acaba punindo outros pecuaristas e até pode criar um entrave para a permanência dele na atividade”, dis-se José Paim.

Ele lembra que sua propriedade, onde são criados, em média, duas mil cabeças de gado de corte, nunca manifestou nenhum problema grave relacionado à sanidade. Para tanto, realiza reciclagem dos funcionários com cursos capacitantes. “Você pre-cisa conscientizar seu funcionário, senão ele faz diferente quando você dá as costas para ele”, diz.

Na fase de engorda, Marcelo afir-ma que o animal precisa de uma pastagem bastante volumosa, além de continuar as vacinas normais apli-cadas em maio e novembro. Nesse momento também pode interceder e escolher entre castrar ou não o ani-mal. “O boi castrado perde uma ar-roba, mas fica muito mais tranquilo”, explica.

Para Flávio Camilo o manejo do gado de corte é simples, desde que o produtor siga as regras de vacinação

Jana

Tom

azel

li

Satisfeito, o pecuarista José Paim mostra seu rebanho saudável

CarênciaNessa fase, o produtor rural deve

ter um cuidado especial com a aplica-ção de antibióticos ou outro medica-mento no qual o período de carência seja longo. O objetivo é que o gado não vá para abate com resíduos de dos produtos na carne. “O grupo das iver-mectinas ficam até 30 dias na corrente sanguínea do animal”, diz. A assesso-ra técnica da Faeg, Christiane Rossi, lembra para carne de exportação as avaliações são mais criteriosas. “As avaliações são rotineiras. As análises podem ser feitas visualmente e, em caso de suspeita, o animal é retirado para uma avaliação mais criteriosa”, aponta. Ela lembra que em época de campanha de vacinas, o animal não deve receber o medicamento se já es-tiver pronto para ir para abate.

O produtor de gado de corte, Flá-vio Camilo de Oliveira, acredita que o mercado está exigente e, atualmen-te, a preocupação com as questões sanitárias são muito maiores que há 20 anos. “Acredito que a maioria dos produtores rurais está mais atento”, afirma. Ele conta que acompanha de perto a aplicação de remédios para que o período de carência dos pro-

dutos seja cumprido de forma rigoro-sa. “Tem antibiótico que o período de carência é de 135 dias, nesses casos, aplico no animal mais jovem. Caso você tenha um problema assim no momento do abate, pode perder até 30% da carne”, conta.

Ele afirma que o manejo do gado de corte é simples, desde que o produ-tor siga as regras de vacinação. Outro cuidado do produtor está ligado aos funcionários. Conforme ele, todos to-mam vermífugo em um intervalo de seis meses. A medida é para interrom-per o ciclo da cisticercose.

CarrapatosSegundo Marcelo Penha, os ecto-

parasitas atacam com mais veemência gado de sangue europeu. Ele explica que é importante o criador observar o nível de infestação. “Quando ele está com um tamanho que arrepia o pelo do animal é o momento ideal para in-terromper o ciclo do carrapato”, diz. O controle, conforme diz, pode ser feito por banho de imersão ou com controle por meio de medicação a base de avermectinas.

Marcelo afirma que o condutor do caminhão que irá fazer o transporte do animal deve ser treinado. “Dessa forma o animal pode sofrer menos lesões. Além disso, a qualidade da carne de um animal estressado é in-ferior”, afirma.

José Paim afirma que sempre vistoria o caminhão cujo gado será transportado. “Verifico também se está limpo e não transporto mais ani-mais que a quantidade que comporta o veículo. Se embarcar mais e ocorrer algum problema, o prejuízo fica todo nas minhas costas”, ensina.

Jana

Tom

azel

li

14 | CAMPO Maio / 2013

Page 15: 2013 05 maio
Page 16: 2013 05 maio

diretrizes auxiliam cidades goianas a aumentarem riquezas

Rhudy Crysthian | [email protected]

Os 10 maiores do PIB de Goiás

PIB

Gutié

risso

n Az

idon

Dez perspectivas para o de-senvolvimento dos municí-pios goianos foram apresen-

tadas no último dia 24 de abril na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) para pre-feitos e autoridades regionais. O evento fez parte da mesa-redonda sobre o Produto Interno Bruto (PIB) e o Agronegócio. A iniciativa é uma realização do Sistema Faeg/Senar e do jornal O Popular, com apoio da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fun-depec) e de Sindicatos Rurais.

Com presença de prefeitos, auto-ridades, empresários rurais, entida-des de classe e imprensa, o evento levantou os principais pontos que

fazem do agronegócio o responsável por manter o crescimento da econo-mia goiana, assegurando mais com-petitividade e levando o Brasil a uma posição cada vez melhor no cenário mundial. O evento também homena-geou os 10 municípios que estão no topo do ranking do PIB goiano.

De acordo com dados do IBGE de 2010 divulgados pelo Instituto Mau-ro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos da Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Seg-plan), os 10 municípios goianos mais ricos são responsáveis por 60,3% do PIB goiano, totalizando mais de R$ 58 bilhões. O PIB total de Goiás foi de R$ 97,57 bilhões. Goiás ocupa o 9º lugar do PIB do Brasil.

De acordo com o presidente do

Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, o agronegócio tem sido a mola propulsora do PIB e da geração de empregos no Estado. “O agrone-gócio foi o responsável pelo cresci-mento da economia goiana acima da média. O setor também voltou a garantir o saldo positivo na balança comercial de Goiás”, calcula.

O engenheiro agrônomo, Marcos Fava Neves, foi o palestrante e aler-tou para o risco de o Brasil continuar perdendo competitividade devido a problemas internos de logística e escoamento ainda não solucionados.

16 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 17: 2013 05 maio

Marcos Fava (microfone) fala com produtores e prefeitos goianos sobre as riquezas geradas no Estado

“O Brasil vem perdendo posições no ranking das exportações mundiais por conta desses problemas. Precisa-mos aplicar em uma melhor gestão da agricultura brasileira”, disse.

Para o especialista, Goiás tem

grande capacidade de se destacar no mercado mundial, mas antes precisa resolver problemas estruturais como logística, assistência técnica entre outros. Em relação a políticas públi-cas para o setor, ele criticou a forma

como o governo federal trata a ques-tão dos biocombustíveis e afirmou que o Brasil tem grande capacidade de exportar petróleo se investir mais na produção de cana-de-açúcar para abastecer o mercado interno.

Page 18: 2013 05 maio

Após embates calorosos entre o Governo Federal e os poderes legislativos, a nova lei dos Portos sai do papel e promete melhorar as condições de competitividade.

Karina Ribeiro | [email protected]

Especial para Revista Campo

Modernização nos portos brasileiros

MP DOS PORTOS

18 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 19: 2013 05 maio

Após ser acuado e pressionado por federações e entidades do setor, o go-verno resolveu, “a toque de caixa”, desatar um dos nós que fazem parte dessa seara antiga de complicações. A medida provisória 595, conhecida como MP dos Portos, foi sanciona-da no dia 5 de junho pela presidenta Dilma Rousseff e tem como objetivo baixar os custos de logística e melho-rar as condições de competitividade da economia nacional. O novo marco regulatório para os portos brasileiros estabelece novos critérios para a ex-ploração e arrendamento (por meio de contratos de uso de cessão para uso) para a iniciativa privada de terminais em movimentação de cargas em por-tos públicos.

No mais, as novas regras facilitam a instalação de novos terminais por-tuários privados. Em outras palavras, deve encurtar a distância quando tan-gem aspectos como competitividade, e redução de custos em relação a outros países produtores como Estados Uni-dos e Argentina. Prova disso que, ao contrário da Lei dos Portos de 1993,

cujo critério para ganhar a licitação es-tava vinculado à empresa que pagasse maior valor pela outorga, com a nova Lei dos Portos, passa a valer o critério de maior eficiência com menor tarifa (maior movimentação possível de car-ga pelo menor preço por tonelada).

Segundo o presidente da Federa-ção da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) e vice-presidente da Comissão Nacional de Agricultura (CNA), José Mário Schreiner, essa medida deve diminuir o chamado custo-Brasil. Ele faz um comparativo que demonstra o quanto os aspectos logísticos podem inviabilizar o agronegócio brasileiro, especialmente em épocas de crise. Ele diz que o custo portuário para exportar uma tonelada de grãos na Argentina custa US$ 4,5. Já no Brasil, o custo para esse volume fica um pouco abai-xo de US$ 9. “Os custos diários de um navio são de US$ 40 mil”, diz. Atrela-do a isso, o produtor brasileiro perde em relação ao produtor norteamerica-no até U$ 2 por saca ao transportar um caminhão carregado de grãos por mil quilômetros de estradas.

O emprego de tecnologia, in-vestimentos e aumento de produtividade, fatores que

veem resultando em sucessivos recor-des de safras de grãos, demonstra a força do homem do campo e, ao mes-mo tempo, evidencia o calcanhar de Aquiles do Governo Federal. A inércia em aplicar investimentos em setores fundamentais para o escoamento da safra de grãos, um dos principais pi-lares do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, pode ser medida com as imagens desoladoras das filas quilo-métricas de caminhões nas redonde-zas de Porto de Santos a espera para descarregar parte das 185 milhões de toneladas colhidas no campo.

Goog

le

Goog

le

Maio / 2013 CAMPO | 19www.senargo.org.br

Page 20: 2013 05 maio

Terminal IndústriaUm dos pontos mais pertinentes

da nova lei permite que haja explora-ção de “terminais indústria”, que são áreas localizadas na parte externa dos portos públicos e que vão servir para movimentação exclusiva de carga per-tencente à empresa autorizada a operar em um terminal dessa espécie. Já nos portos privados (TUPs), ao contrário da lei anterior, autoriza movimentação de cargas de terceiros. Dessa forma, o governo planeja imprimir maior con-corrência, melhor eficiência nas pres-tações de serviços, beneficiando o ex-portador – permitindo despacho mais rápido de sua carga, com menor custo, máquinas disponíveis e modernas e portos trabalhando em período inte-gral. Assim, diminui possibilidades de ocorrerem entraves comuns nos portos nacionais como bloqueio, embargo ou qualquer outro tipo de dificuldade de exportação da carga.

Tamanho do Porto PúblicoCom o intuito de dar mais celeri-

dade em relação a aspectos burocrá-ticos, está relacionado a reduzir o ta-manho da área de um porto público.

Essa alteração serve a empresas que desejam operar serviços próxi-mos aos portos. As áreas públicas excluídas poderão ser operadas sem a exigência da licitação.

Portos EstaduaisPortos administrados pelos esta-

dos tinham autonomia, pela antiga legislação, para elaborar licitação e definir tarifas. Agora, essa competên-cia fica a cargo da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) e da Secretaria Especial de Portos, vin-culado à Presidência da República.

InvestimentosO Governo Federal calcula que a

nova Lei dos Portos deve injetar, ain-da este ano, R$ 27 bilhões no setor.

Desse volume, R$ 25 bilhões di-zem respeito à cerca de 100 novos portos privados com pedidos de per-missão já encaminhados ao governo.

O restante, ou seja, R$ 2 bilhões, são referentes a obras para a construção de 52 terminais nos portos de Santos e no Estado do Pará, que começarão a ser licitados no segundo semestre.

Para o presidente da Faeg, o porto de Santos trabalha já no limite de sua capacidade de operação. Investir na infraestrutura de portos instalados nas Regiões Norte e Nordeste, além de diminuir distância deve imprimir maior agilidade para despachar os produtos.

Mas, conforme ele, esse volume de investimentos não ainda não é su-ficiente para melhorar todo o aspecto logístico de escoamento de safra. Ele lembra que ainda faltam impulsionar investimentos em estradas e, princi-palmente, tirar a rodovia Norte-Sul do papel. “Estamos satisfeitos com essa medida, mas isso não resolve todos os nossos problemas. Aliás, esse é somente o primeiro”, diz.

Ele lembra que, parte do pacote do Plano Safra 2013/2014, anunciado no último dia 4, alcança outra reivin-

Page 21: 2013 05 maio

dicação antiga dos produtores rurais – a construção de armazéns. Com o intuito de melhorar a logística e in-fraestrutura, serão liberados R$ 25 bilhões para a construção de arma-zéns privados em um prazo de cinco anos, com prazo para pagamento de 15 anos. “Essa é outra reivindicação que ao ser somada a nova Lei dos Portos, agrega melhorias para o se-tor”, conclui.

ArticulaçãoJosé Mário Schreiner afirma que

houve grande articulação política en-tre as federações e a CNA para que a nova Lei dos Portos saísse do papel e assim, imprimissem maiores garan-tias de trabalho diminuição de custos para os produtores rurais. “Nós rea-lizamos um trabalho de união entre todos os interessados para que a nova lei fosse implementada”, ressalta. Ele acredita que os produtores rurais já irão sentir os efeitos dessa medida na próxima safra.

Em nota, a CNA afirma que os vetos presidenciais foram acertados e que, a nova Lei dos Portos foi pu-blicada em perfeita harmonia com os comandos constitucionais e com as diretrizes estabelecidas pelo governo para com o setor. A nota afirma ain-da que o desafio agora é construir a total integração da navegação de ca-botagem com os demais sistemas de transportes.

VetosA presidente Dilma Rousseff ve-

tou 10 pontos da medida provisória. Seguem os principais vetos realiza-dos pelo executivo: Foram excluí-dos artigos que permitiam que em-presas fizessem terminais privados exclusivos (chamados porto-indús-tria) para suas cargas sem autoriza-ção do governo. Outro artigo que também foi vetado e que gerou bastante desgaste entre o governo e a Câmara dos Deputados e o Se-nado, diz respeito ao ponto em que obrigava o governo a renovar con-tratos de arrendamento em portos públicos assinados antes de 1993 e que já estão vencidos. A presi-dente também vetou a emenda em que permitiria ao governo renovar contratos de terminais em portos públicos assinados após essa data. Outros vetos importantes afetaram artigos relativos aos trabalhadores portuários.

Page 22: 2013 05 maio

O que foi vetado na lei dos portosCriação dos terminais indústria, que só poderiam movimentar carga própria

Itens que impediam participação nas licitações de empresas com participação societária de mais de 5% com-panhias de navegação marítima

Obrigava a contratação de mão de obra complementar, caso necessária, junto ao órgão gestor de mão de obra também na navegação interior

Determinava a prorrogação de concessões e permissões de portos secos, de forma a atingir 25 anos, podendo ser prorrogado por 5 ano

Item determinava que os contratos de concessão teriam prazo de 25 anos, prorrogável uma única vez

Item determinava que a vigilância e a segurança do porto organizado seriam exercidas diretamente pela Guarda Portuária

Determinava obrigatoriedade de inscrição do trabalhador portuário avulso em cadastro que ateste a qualifi-cação profissional

Item determinava que contratos de arrendamento anteriores a 1993 deveriam ser renovados por mais um perí-odo, e que os contratos de concessão anteriores a 1993 poderiam ser renovados uma única vez, por até 5 anos

Determinava que a obrigação de realização de investimentos para antecipação de prorrogação dos contratos deve respeitar o equilíbrio econômico-financeiro do contrato e as condições de competitividade entre portos organizados e terminais de uso privado. Determinava, ainda, que a prorrogação dos contratos posteriores a 1993 poderia ocorrer uma única vez, desde que feitos os investimentos necessários

Determinava que a comprovação, para fins de aposentadoria especial, de que o trabalhador portuário avulso foi exposto a agente nocivo, deveria ser feita pelo órgão gestor de mão de obra

Goog

le

Page 23: 2013 05 maio

Recomendações de calagem e adubação.Monitoramento da qualidade física e química dos solos.

Orientação de práticas conservacionistas dos solos.Planejamento de uso e manejo de resíduos agrícolas e industriais.

Recomendações de calagem e adubação.Monitoramento da qualidade física e química dos solos.

Orientação de práticas conservacionistas dos solos.Planejamento de uso e manejo de resíduos agrícolas e industriais.

[email protected] | www.cienciaemsolo.com.brFone: (17) 3305-1074 | São José do Rio Preto - SP

Qualidade e dedicação a serviço do agricultor.Qualidade e dedicação a serviço do agricultor.

MERCADO E PRODUTO

Nas últimas semanas, muito tem sido debatido sobre a influência do preço do feijão nos índices de inflação do

país. Tal situação parece ter chegado ao seu ápice quando o Governo Federal informou que o Brasil poderia buscar em outros países o produto para tentar conter a evolução do preço do grão. Porém, é importante entender os principais fatores que fizeram o Brasil, um dos principais produtores mundiais de feijão, buscar o produto em outros países.

De acordo com a Conab, a área planta-da com feijão na safra 2012/13 deverá ser de três milhões de hectares, esta é a menor área plantada da série histórica. Em comparação com a safra passada, a redução chegou a 2,6%. Quando novamente comparamos com a safra 2010/11, observa-se uma queda de 24%. A com-paração com a safra 2010/11 é importante para identificar o primeiro fator que levou o merca-do do feijão a esta situação. No ano de 2009, o preço médio do feijão em Formosa, umas das principais praças de comercialização do grão em Goiás, era de R$ 62 a saca de 60 kg.

O Governo Federal foi obrigado a intervir no mercado e adquirir o produto a R$ 80 a saca, preço mínimo em vigor. Porém, tal me-dida não atendeu grande parte do setor, que foi obrigado a comercializar seu produto abai-xo do custo de produção. O resultado deste movimento, em 2009, foi a forte redução na área plantada do grão em 2010, queda de 13% na área e 5% na produção. Novamente, uma redução na produção elevou o preço do feijão nas gôndolas no supermercado. Em Formosa,

a saca de 60 kg chegou a ser comercializada a mais de R$ 170.

Era importante que o Governo Federal in-centivasse a continuidade desta área plantada e desta produção. Porém, para a surpresa de todos, o Plano Agrícola Pecuário 2011/12 trou-xe um redução do preço mínimo do feijão, de R$ 80 para R$ 72 a saca, ou seja, redução de 10%. Um claro desincentivo à cultura.

A partir daí, cada vez mais áreas destina-das ao plantio do feijão vêm sendo cultivadas com outras culturas, como soja e milho, que se tornaram mais rentáveis e mais seguras em relação ao resultado positivo da safra.

Na safra 2012/13 o cenário tem se compli-cado ainda mais com a elevação dos preços da soja e do milho em 2012, que fez com que a área plantada com feijão na primeira safra (safra de verão) registrasse uma queda de 9,5% e na segunda, redução de 8,8%, em comparação coma safra passada. Os órgãos de política agrícola do país precisam rever o preço mínimo do feijão. Mas do que isso, precisa dar segurança ao produtor a apos-tar nesta cultura, através de mecanismos de auxílio à comercialização já existente, como contratos de opção.

As ferramentas estão disponíveis e os produtores que cultivam o feijão possuem tecnologia e disponibilidade de plantio. Sendo assim, é um erro pensar que a solução no mercado de feijão será encontrada fora das fronteiras do país, uma vez que temos todas as potencialidades para solucionar esta ques-tão aqui dentro.

Feijão: Política agrícola x Importação

leonardo Machado

é assessor técnico

da CNA para a área

de cereais, fibras e

oleaginosas.

leonardo Machado | [email protected]

Mar

cus V

inic

ius

Page 24: 2013 05 maio

Produtores desenvolveram maquinários próprios, buscaram assistência técnica e, hoje, são agraciados com melhores preços de mercado

Karina Ribeiro | Especial para

Revista Campo

[email protected]

Polvilho goiano ganha espaço no mercado

POLVILhO

A produção é caseira, artesanal, mas, atualmente, está longe do pragmatismo do comér-

cio simples de porta em porta. Desde 2005, quando foi fundada uma Coope-rativa Mista dos Pequenos Produtores de Polvilho e Derivados da Mandioca da Região do Cará (Cooperabs), o pol-vilho caseiro fabricado em Bela Vista de Goiás, proporcionou ganho de es-paço no mercado alimentício, maior rentabilidade e diminuição de custos aos produtores. A produção mensal é de 60 mil toneladas e atende panifi-cadoras, lanchonetes e distribuidoras de mais 35 cidades da Região Metro-politana de Goiânia, ou seja, 70% do mercado dessa região.

São 48 famílias instaladas em um raio de dois quilômetros, que traba-lham diretamente com a produção de

polvilho caseiro. O produto é produ-zido, exclusivamente, da mandioca e passa por um processo de fermenta-ção que permite que o polvilho não seja considerado nem doce, tampouco azedo. “Consideramos um polvilho caseiro”, diz o presidente da coope-rativa e produtor, José Atair da Silva Neto.

Em função dessas características e uma metodologia própria de con-fecção do produto, o polvilho possui granulagem, coloração branca, sabor adocicado e cheiro suave. A qualidade desenvolvida pelos produtores permi-te que a utilização do polvilho vá além da utilização na fabricação de biscoi-tos e pães de queijo. É possível fabrica-ção também de colas e até embutidos.

Segundo Neto, o ponto alto da produção é no período da seca, entre

Laris

sa M

elo José Neto explica que

a produção encontra em seu ápice, devido ao período da seca

Page 25: 2013 05 maio

os meses de maio a setembro. Nessa época, diz, a mandioca imprime maior concentração de amido e o sol permite a secagem do produto de forma mais rápida e uniforme. No total, as 48 fa-mílias utilizam 240 hectares de terra para a produção do polvilho. De acor-do com o produtor Elcione Márcio de Campos, de 32 anos, cada hectare pro-duz, em média, 25 toneladas de man-dioca, o que corresponde a produtivi-dade de cinco toneladas de polvilho. Ele calcula que o faturamento é de R$ 2,4 mil por tonelada do produto comer-cializado para a cooperativa.

Entretanto, os produtores da Re-gião do Cará prevêem que a lucrativi-dade este ano será melhor. A diminui-ção de oferta em alguns Estados da Região Nordeste deve resultar em um aumento da procura do produto. Neto explica que o preço do quilo do polvi-lho caseiro, que até recentemente era comercializado a R$ 3,50, já começa a ser vendido a R$ 4. Ele não esconde a satisfação ocasionada pela política de mercado. “A tendência é de que ainda haja mais aumento de preços”, diz.

Na tentativa de manter uma comer-cialização durante todo o ano, os coo-perados realizam uma estocagem par-cial do polvilho fabricado nos melhores meses para que não faltem recursos, nem produto nos períodos de chuva. Ao contrário de outros anos, cuja esto-cagem era feita de forma aleatória, este ano, há uma porcentagem pré-definida de armazenagem. Em maio, foram es-tocados 10% do que foi produzido na região, ou seja, seis toneladas.

Essa quantidade deve aumentar gradativamente até chegar a 30% no mês de agosto e volta a cair para 10% em outubro. Mesmo utilizando essa tática, cooperados admitem não acei-tar encomendas de novos clientes.

Em torno desse cenário, o grande desafio dos produtores é aumentar a produção. Neto diz que essa dificulda-de está atrelada ao continuísmo da vi-são da cooperativa. “Queremos manter nossas tradições e essência. Aqui fun-

ciona agricultura familiar”, diz. Outro fator, é a falta de assistência técnica. Em busca de novas tecnologias e co-nhecimentos, Neto garante que per-correu universidades e profissionais goianos para auxiliar no aumento de produtividade. “Só consegui na Em-brapa Nordeste”, afirma.

Há três anos, um experimento com 15 espécies diferentes de mandioca é observado em uma área reservada e os resultados já devem aparecer este ano. “Vamos começar a colher agora e vamos verificar os resultados, mas tenho certeza que será melhor. Sele-cionamos espécies, melhoramos os espaçamentos e uso de herbicida”,

explica. Desde 1987, a espécie utili-zada na região é a IAC 12.

História A fundação da Cooperabs foi

uma alternativa encontrada para quebrar a alta competitividade en-tre os produtores de polvilho da Re-gião do Cará. As dif iculdades eram tamanhas, que muitos acreditavam que a produção do polvilho, que já faz parte da história da região há 50 anos, estava com dias contados. O resultado foi o esperado, maior ren-tabilidade e produtividade das fa-mílias, além da fixação do homem no campo.

Otimista, Elcione acredita que a rentabilidade do polvilho será maior nesse ano de 2013

Laris

sa M

elo

Maio / 2013 CAMPO | 25www.senargo.org.br

Page 26: 2013 05 maio

ATACADO E VAREJOATACADO E VAREJO

PEÇAS PARA MOTOS

MÁQUINAS E FERRAMENTAS

ARTIGOS PARA BORRACHARIA

CÂMARAS DE AR(MOTOS, AGRÍCOLAS, CARGAS, INDUSTRIAIS)

PNEUS (MOTOS, AGRÍCOLAS, CARGAS, INDUSTRIAIS)

Guaraí - TO (63) 3464-1601

Santarém - PA (93) 3529-0242

®

Na moto com você.

[email protected]

(64) 3612-6610Rio Verde - GO

Av. Presidente Vargas n°3435

Vila Maria - Rio Verde - GO

Rua Capitão Serafim de Barros Nº1411

Bairro Santa Maria - Jataí-GO

www.lojadoborracheiro.com.br

(64) 3636-2175Jataí - GO

[email protected]

EngenhocasDescascar a mandioca, ralar, lavar,

decantar, lavar, coar e secar. Em ter-mos gerais e implistas, essa é a fór-mula empregada pelos produtores de polvilho da região para a confecção do polvilho caseiro. Embora pareça trivial, o processo é trabalhoso. Foi nesse ponto que os produtores decidi-ram colocar a cabeça para funcionar. Eles desenvolveram métodos próprios

para facilitar o manejo, baratear cus-tos e imprimir mais agilidade na pro-dução do polvilho. As engenhocas são levadas tão a sério que pouco pôde ser fotografado. Mas há gavetas para se-cagem, máquina para descascar man-dioca, ralador e lavador da matéria--prima. “Isso dá muito mais agilidade e aumenta a produtividade das famí-lias”, explica Elcione.

Ele fala com propriedade. É con-

siderado o professor Pardal da turma. Em sua propriedade de 7 hectares, consegue produzir 150 quilos por dia de polvilho. Mesmo com cota única, é capaz de produzir 25% a mais que uma família composta por três cotas na cooperativa, graças aos métodos por ele empregados. “Produzo duran-te todo o ano”, ressalta. A vantagem, diz, é que pode distribuir seu tempo em outras atividades.

Laris

sa M

elo

Em cada hectare são produzidos, em média, 25 toneladas de mandioca

WWW.JBS.COM.BR FAZ PARTE DO SEU MUNDO

60 anos de tradição em alimentos e respeito às culturas do mundo

Com mais de 300 unidades de produção espalhadas por todos os continentes, a JBS oferece ao mercado produtos com garantia de origem, qualidade e atenção às práticas sustentáveis.

Page 27: 2013 05 maio

WWW.JBS.COM.BR FAZ PARTE DO SEU MUNDO

60 anos de tradição em alimentos e respeito às culturas do mundo

Com mais de 300 unidades de produção espalhadas por todos os continentes, a JBS oferece ao mercado produtos com garantia de origem, qualidade e atenção às práticas sustentáveis.

Page 28: 2013 05 maio

A produção de madeira em Goiás ainda é tímida, mas rende bons lucros aos produtores.

Karina Ribeiro | Especial para Revista Campo

[email protected]

Área florestal, um bom negócio

FLORESTA

Pulverizado em pequenas e mé-dias plantações, o eucalipto está presente em todas as regiões do

Estado de Goiás. Reclamações sobre rentabilidade e manejo da espécie são praticamente insignificantes e, mes-mo com alto potencial de expansão e produção da madeira em Goiás, os números demonstram que o plantio de floresta ainda engatinha. Prova disso é que o levantamento de dados sobre o setor ainda não é uma realidade.

Com o intuito de sanar essa lacuna, a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg) criou uma Comissão

de Silvicultura com o objetivo de efe-tivar maior organização, representa-tividade e agilidade no processo de plantio e corte de madeiras.

Segundo o gerente de estudos técnicos e econômicos da Faeg, Edson Alves, estima-se que haja em Goiás, atualmente, 130 mil hectares de eucaliptos. A atividade, que é considerada mais uma diversificação rentável para o homem do campo, ainda é pouco explorada. O número é bem inferior às necessidades de abastecimento do mercado interno.

Indústrias instaladas em Goiás,

vão buscar madeira em Estados produtores vizinhos como São Paulo e Minas Gerais. A madeira do eucalipto é utilizada como combustível para geração de vapor e energia. Além disso, pode ser utilizada na construção civil, indústria moveleira, cerâmica, entre outros. “Ainda é uma atividade muito pouco explorada. Estados das Regiões Sul e Sudeste estão muito à frente e têm uma produção representativa”, afirma.

As áreas que possuem maior con-centração de eucaliptos são as regi-ões Sudeste, Sudoeste e Sul de Goi-

Jana

Tom

azel

li

Produção de madeira em Goiás apresenta alto potencial de expansão

28 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 29: 2013 05 maio

ás, onde estão instaladas indústrias de secagem de grãos, alimentícias e sucroalcooleiras.

Edson conta que a Comissão da Faeg pretende mediar os desafios do setor junto aos órgãos legislativos e executivo. “Estamos tentando desbu-rocratizar as licenças junto aos órgãos ambientais e também trabalhar em re-lação aos benefícios fiscais”, afirma.

Embora recém-criada, a comissão já comemora uma vitória. A alíquota do ICMS no Estado de Goiás que po-deria sair de 3% para 17%, no dia 3 de abril, foi mantida. Mas Edson lem-bra que existem Estados onde essa tributação é zerada.

O viverista e engenheiro florestal, Adilson Gonçalves, também critica ou-tros pontos que emperram a expansão da silvicultura em Goiás. Ele conta que

há demora na liberação dos licencia-mentos ambientais e nos financiamen-tos. “Isso pode demorar até um ano, o produtor não vai querer perder toda uma safra aguardando documentação e financiamento”, ressalta. “É muita incoerência. Existe um mercado extre-mamente aquecido, de baixíssimo ris-co e, mesmo assim, há poucos incen-tivos para a área florestal”, desabafa.

Produção“Tem comprador para toda a produ-

ção de eucalipto de Goiás e ainda falta muito para abastecer as indústrias”, diz Adilson. O mercado já foi muito menos explorado. Para se ter ideia, há 15 anos, quando o engenheiro florestal começou a produzir mudas de euca-lipto no Estado, sua produção era de 30 mil mudas anuais. Atualmente, ele produz, três milhões de mudas de eu-calipto por ano. “Produzo de acordo com a demanda. Não se aproveita nada de uma safra para outra”, explica.

Ele afirma que o interesse pela produção florestal aumentou, princi-palmente, nos últimos quatro anos.

Mesmo assim, calcula que 70% do con-sumo do Estado são oriundos de ma-deiras extraídas em Estados produtores vizinhos.

EucaliptoO primeiro retorno do investidor

em eucalipto vai depender do plano traçado para a área florestal. Após dois anos de plantio, é possível extrair a primeira leva, que será absorvida como escora na construção civil. Nesse pon-to, geralmente, o corte é parcial e de forma intercalada com outras árvores, permitindo rebrota ou replantio.

Adilson calcula que nos seis pri-meiros anos, período médio do pri-meiro corte para utilização energéti-ca, o custo de produção por hectare gire entre R$ 4 mil a R$ 5 mil, depen-dendo do manejo. Isso corresponde a um gasto anual de R$ 666 a R$ 888. “O retorno é de 100%”, afirma.

O produtor de eucalipto e técnico agropecuário, Ilacir Fernandes Bor-ges, afirma que o retorno pode ultra-passar os 100%. Há dez anos atuando como técnico agropecuário e há dois

Jana

Tom

azel

li

Adilson Gonçalves reclama da demora na liberação dos licenciamentos ambientais e nos financiamentos

Maio / 2013 CAMPO | 29www.senargo.org.br

Page 30: 2013 05 maio

Seringueira é altamente rentável

Outra forma rentável e que come-ça a ser mais explorada em Goiás é a seringueira. Embora a heivicultura tenha como fundamento a extração da borracha, após 40 anos, período em que a árvore permite a ativida-de econômica, a madeira ainda pode ser aproveitada.

O heivicultor, Fernando Morais, extrai o produto de árvores planta-das em 900 hectares localizados em Barro Alto, além dos 700 hectares em Nova Crixá.

Fernando explica que o custo de produção do seringal é relativamen-te alto. Nos primeiros sete anos, período de “carência” para iniciar a exploração, cada hectare demanda investimentos em torno de R$ 16 mil.

Embora o custo assuste, Fernan-do garante que o negócio é lucrativo e mostra os números. Ele informa que cada hectare comporta 500 árvores. Sendo que esse talhão produz, anu-almente, 3,5 mil quilos de borracha. Cada quilo do produto é revendido a R$ 3,20 – correspondendo R$ 11,2 mil anuais. “A metade desse valor corresponde a custo”, diz. O merca-do é garantido, diz, o Brasil produz apenas um terço do que consome.

Ele afirma que a atividade requer cuidados básicos, emprego de tec-

anos como produtor de eucalipto no município de Palmeiras de Goiás, ele explica que os preços são atrativos. “Embora seja um investimento à lon-go prazo, compensa. É um negócio muito mais seguro que a cultura de soja, arroz ou milho”, diz.

Ilacir, explica, dependendo do manejo, adubação e período de corte, um hectare de eucalipto pode render entre 200 metros cúbicos até 600 me-tros cúbicos de madeira. Cada metro cúbico é comercializado, atualmente, em torno de R$ 90. Com espaçamen-to de 3 metros por 2 metros, cada

hectare comporta 1.666 mil árvores. “Mas existem produtores que traba-lham com espaçamento mais adensa-do”, reitera.

Ele explica que dois fatores são fundamentais para o desenvolvimen-to do eucalipto: o controle de formi-gas e aplicação de boro na adubação. “Em relação à água das chuvas, Goiás é privilegiado”, ressalta.

CuriosidadePara o engenheiro agrônomo, Adil-

son Gonçalves, a produção de outras espécies de árvores em Goiás ainda

está em fase inicial. “Existem produ-ções de mogno, teca, cedro australia-no e pinus”, diz. Mas, afirma, parte dessa produção é pela curiosidade de muitos produtores e não tem grande escala comercial.

A teca é considerada madeira no-bre utilizada principalmente pela in-dústria naval em função de sua enver-gadura. Já o mogno, madeira de alto valor comercial, utilizada principal-mente pela indústria moveleira, assim como o cedro australiano. O pinus também é considerado uma madeira alternativa para a indústria moveleira.

nologia, mão de obra especializada e acompanhamento técnico, planeja-mento e escolha correta da área.

Fernando destaca que a atividade emprega, a grosso modo, um funcio-nário a cada dez hectares de seringal. “É uma das atividades que mais em-prega no meio rural”, diz. São 250 funcionários trabalhando nas duas propriedades durante todo o ano.

O diretor da Hevia Suporte, José Fernando Canuto Benesi, afirma o cli-ma de Goiás é melhor para o seringal mesmo se comparado a países asiáti-

cos, maiores produtores de borracha do mundo. “Temos período de seca de-finido e um clima menos frio”, resume.

Ele afirma que pelo menos duas restrições impedem o desenvolvi-mento do seringal – áreas alagadas e solo com camadas rochosas. Ele acredita que a expansão do seringal é lenta em função do alto custo ini-cial aliado a investimentos a longo prazo. “Mas o produtor pode plantar o tamanho de área que quiser. Cos-tumo dizer, tudo depende de quanto você quer ganhar”, afirma.

O produtor de seringueira, Fernando Morais, afirma que o custo de produção é alto, mas o mercado e a lucratividade são garantidos

Jana

Tom

azel

li

30 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 31: 2013 05 maio

SECRETARIA DE AGRICULTURA,PECUÁRIA E IRRIGAÇÃO

Ministério daAgricultura, Pecuária

e AbastecimentoEMATER

AGÊNCIA GOIANA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA,EXTENSÃO RURAL E PESQUISA AGROPECUÁRIA

Importante:A declaração presencial continua, para quem preferir.E mais: Goiânia conta agora com um balcão exclusivo para recebimento das declarações.

Sua declaração pode ser feita online. É só ter a nota fiscal eletrônica da vacina em mãos e acessar:www.agrodefesa.go.gov.br

livre de aftosa, Goiás abre as portas

para o crescimento.

Com o gado

IVRE

DE AFTOSA

De 1ºa 31 de maio.1ª etapa da vacinação: Vacine todo o rebanho

de bovinos e bubalinos.

Page 32: 2013 05 maio

DELÍCIAS DO CAMPO

MASSA:½ litro de leite2 pacotes de fermento biológico seco2 colheres de sopa de açúcar2 colheres de sopa de margarina2 ovos½ colher de sopa de sal10 gotas de baunilha ou ½ copo do suco de preferência (la-ranja, limão, manga, amora) Farinha até dar o ponto

1º passo: Em uma vasilha, coloque o leite, o fermento, o açú-car, a margarina, os ovos, e as gotas de baunilha ou o suco, mexa e vá colocando a farinha de trigo e o sal até o ponto de enrolar.

2º passo: Formar bolas com pedaços de massa de 50 g cada. Enfarinhar levemente uma assadeira retangular. Ajeitar as bolas de massa sobre a assadeira, deixando espaço suficiente para crescerem. Levar para fermentar até dobrar de volume. Depois de crescidas, assar (tirar os sonhos antes de corar) e fritar em óleo quente até ficarem bem douradas. Retirar com uma escumadeira e colocar em um recipiente que contenha açúcar refinado. Passar as bolas ainda quentes pelo açúcar.

4º passo: Cortar os sonhos ao meio com a ajuda de uma faca de serra. Rechear com creme de confeiteiro no sabor deseja-do. Também podem ser recheados com doce de leite, doce de goiaba em pasta ou outro doce à escolha.

RECHEIO:Creme de Confeiteiro

½ litro de leite2 copos de açúcar3 colheres de sopa de farinha de trigo3 colheres de sopa de amido de milho4 gemasGotas de baunilha

1º passo: Leve o leite para ferver junto com a metade do açúcar. Quando estiver fervente misture a outra metade do açúcar com a farinha de trigo peneirada e o amido de milho e despeje no leite, sempre mexen-do para não encaroçar, adicione o restante dos ingre-dientes (gemas e baunilha), cozinhe por mais alguns instantes e está pronto o creme.

2º passo: Espere esfriar e use para colocar por cima ou rechear as roscas e o sonho. Recheie os sonhos com a ajuda de um saco plástico ou saco de confeitar.

Receita elaborada por tecnólogo em gastronomia e instrutor do Senar Goiás,

Cristiano Ferreira da Silveira.

sOnhO

Envie sua sugestão de receita [email protected] ou ligue (62) 3096-2200.

Cristi

ano

Ferr

eira

32 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 33: 2013 05 maio
Page 34: 2013 05 maio

Cursos do Senar Goiás ensinam profissão rural e melhoram a renda de pequeno produtor de Araguapaz

Cleiber di Ribeiro | [email protected]

A mistura que deu certo

CASO DE SUCESSOM

ende

l Cor

tizo

Raul mostra peixe responsável pelo incremento de 20% no lucro de sua propriedade

34 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 35: 2013 05 maio

Men

del C

ortiz

o

A rotina de trabalho do produ-tor rural, Raul Lopes Borges, é cansativa. Há nove anos

acorda 4h30 da madrugada para ex-trair garapa de cana-de-açúcar e ven-der o produto fresquinho nas feiras de Araguapaz. Na pequena propriedade de quatro alqueires, próxima ao mu-nicípio, também produz mandioca e transforma a matéria-prima em rapa-dura e farinha. Além das feiras, seus produtos são comercializados na pro-priedade, distante 500 metros da ro-dovia GO-164, nos supermercados do município e entregues ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) do Governo Federal, para merenda escolar.

“Faço de três a quatro mil rapaduras por ano. Somente à Conab entrego 480 quilos”, explica o produtor que conta com a ajuda da esposa e de um fun-cionário na propriedade. Mesmo com muito trabalho diário, Raul não recla-ma do serviço e afirma que a sua vida melhorou, principalmente, após ter participado dos cursos do Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás), nas áreas de Fabricação Caseira de Melado, Açúcar Mascavo e Rapa-dura, Produção Caseira de Alimento/Mandioca e por último de Piscicultura. “Sempre vi meus familiares fazendo a rapadura e a farinha, mas sabia fazer do meu jeito. Os cursos me ajudaram a saber o porquê das coisas e me ensina-ram uma profissão”, ressaltou.

DiversificaçãoTendo como lema “Em terra peque-

na temos que diversificar”, Raul sem-pre amadureceu a ideia de também criar peixes. Há quatro anos a proprie-dade já possuiu quatro tanques, um de 200, um de 500 e dois de 900 metros quadrados. Ele inclusive já havia par-ticipado de uma consultoria privada para começar a nova atividade rural juntamente com outros produtores amigos da região, mas muitos desis-tiram e a consultoria não obteve êxito. A verdadeira motivação da nova em-

preitada veio do trabalho do mobiliza-dor do Sindicato Rural de Araguapaz, Roberto Espíndola Santana, a pessoa que mais o estimulou a participar do curso de piscicultura, ministrado pelo instrutor do Senar Goiás, Fabrício Ro-mão. Raul, que foi fundador do Sin-dicato Rural de Araguapaz, em 1996, elogia a importância e o conteúdo dos cursos oferecidos pelo Senar Goiás.

“Muita coisa é importante no cur-so. Acreditava que sabia fazer as coi-sas, mas era tudo a grosso modo. O instrutor estuda para isso, nos passa as técnicas e explica a importância de cada etapa durante a prática do ensina-mento. Aprendemos a fazer de modo correto e com as técnicas atualizadas, porque há muita novidade na área da psicultura”, reforçou o produtor.

Passados três anos do curso de Pis-cicultura, Raul já realizou a quarta reti-rada dos peixes, Piauçu e Caranha. Os alevinos estão prontos para serem co-

mercializados em um ciclo de oito a 12 meses. Ele acredita que deve ter, aproximadamente, 2,8 mil animais nos tanques, na proporção de um qui-lo de peixe por metro quadrado. “Es-ses peixes foram colocados no dia 15 de fevereiro e devo começar a tirá-los após o mês de agosto, com cada um pesando entre 700 gramas a um qui-lo”, comentou orgulhoso.

Raul também comemora e conta-biliza os rendimentos gerados pelos peixes. Vende toda produção na pro-priedade e para um amigo que produz almôndega de peixe e entrega nas es-colas da rede pública como prato da merenda escolar. “O mercado é engra-çado, há ano com preços bons e outros nem tanto, mas na média é um bom negócio. Esse ano foi muito bom, con-segui o preço de R$ 8 o quilo do peixe. Graças ao Senar Goiás e à nova ativida-de aumentei meu lucro em 20%. A pro-va é que até um carro eu comprei”, diz.

Produtor utiliza rede para acompanhar tamanho dos peixes

Os interessados em treinamentos e cursos do Senar, em Goiás, no município de Araguapaz devem entrar em contato com o Sindicato Rural pelo telefone: (62) 3380-1255

Maio / 2013 CAMPO | 35www.senargo.org.br

Page 36: 2013 05 maio

CURSOS E TREINAMENTOS

Balde e bolso cheiosFrancila Calica | [email protected]

eM ABril, O senAr PrOMOVeU

398 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 110 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL

6.154PRODUTORES E

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

43 194 1 1 3 8 123 48 42 4 4 18 38 4

Na área de

agricultura

Em atividade

de apoio

agrossilvipastoril

Na área de

silvicultura

Na área de

extrativismo

Na área de

agroindústria

Na área de

aquicultura

Na área

de

pecuária

Em

atividades

relativas à

prestação de

serviços

Alimentação

e nutrição

Organização

comunitária

Saúde e

alimentação

Prevenção de

acidentes

Artesanato Educação

para

consumo

Laris

sa M

elo

Com a esposa Daiane e o filho Pedro Augusto, Kremison comemora resultados de participar do programa Balde Cheio

36 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 37: 2013 05 maio

eM ABril, O senAr PrOMOVeU

398 CURSOS E TREINAMENTOS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL RURAL 110 CURSOS E TREINAMENTOS NA ÁREA DE PROMOÇÃO SOCIAL

6.154PRODUTORES E

TRABALHADORES

RURAIS

CAPACITADOS

43 194 1 1 3 8 123 48 42 4 4 18 38 4

Na área de

agricultura

Em atividade

de apoio

agrossilvipastoril

Na área de

silvicultura

Na área de

extrativismo

Na área de

agroindústria

Na área de

aquicultura

Na área

de

pecuária

Em

atividades

relativas à

prestação de

serviços

Alimentação

e nutrição

Organização

comunitária

Saúde e

alimentação

Prevenção de

acidentes

Artesanato Educação

para

consumo

Em um alqueire de terra, no mu-nicípio de Itaberaí, com 48 va-cas leiteiras (17 em lactação), o

pequeno pecuarista de leite, Kremi-son Alcântara, produz, diariamente, 300 litros de leite. Em pouco mais de um ano, o produtor mais que do-brou a produção depois que passou a receber assistência técnica do pro-grama Balde Cheio, desenvolvido pelo Senar Goiás e, na região, em parceria com o Sindicato Rural de Itaberaí e com a prefeitura. No último dia 13 de abril, ele abriu as porteiras da Fazenda Cordeiros para a realização do Dia de Campo Goiás Mais Leite, para receber mais de 600 pecuaristas interessados em saber que métodos têm utilizado para tornar a fazenda rentável.

Investimento em gestão é o que explica o sucesso que o produtor vem conquistando desde que entrou no programa, em junho de 2011. De acor-do com a técnica do Senar Goiás para o programa Balde Cheio e responsá-vel pelo assessoramento do produtor, Mariana Peraza, o primeiro passo foi uma análise da situação da proprie-dade, do rebanho e das finanças da

família. Por orientação dos técnicos do Senar Goiás, o pecuarista reduziu o rebanho, vendeu animais que não da-vam lucro e apenas geravam despesas, investiu na melhoria da pastagem com análise de solo, adubação e a instala-ção de piquetes rotacionados.

De acordo com o presidente do Sistema Faeg/Senar, José Mário Schreiner, o programa Balde Cheio gera uma revolução na vida do peque-no produtor de leite que topa o desa-fio de implementá-lo na propriedade. “Colocamos, gratuitamente, um técni-co especialista dentro da fazenda do produtor, acompanhando-o mensal-mente. Ensinando a gerir o negócio, a tomar decisões e a ampliar renda. A intenção é fazer com que o produtor fique na propriedade, que ele possa sustentar sua família”, explicou.

Atualmente, participam do pro-grama Balde Cheio, em Goiás, 400 pequenos produtores de leite; 33 pro-priedades de leite já se tornaram uni-dades demonstrativas do programa. Para José Mário, a meta é alcançar 40 mil produtores de leite com o progra-ma nos próximos cinco anos.

Para mais informações sobre os treinamentos e cursos ofe-recidos pelo Senar, em Goiás, o contato é pelo telefone: (62) 3545-2600 ou pelo site: www.senargo.org.br. Procure também o Sindicato Rural de seu município

Maio / 2013 CAMPO | 37www.senargo.org.br

Page 38: 2013 05 maio

CAMPO ABERTO

Uma unidade arma-zenadora pode ter a simples função de

transbordo na integração de modais de transporte; pode ser usada como armazém de estocagem regulador, em que o produto fica armazenado por um tempo maior para atender a demanda nos perí-odos de entressafra ou, ain-da, ser uma oportunidade de negócio, quando pertence ao produtor e ele estoca o produ-to na expectativa de melhores preços para comercialização.

Goiás tem, atualmente, 13 milhões de toneladas em ca-pacidade estática de armaze-nagem; 65% em graneleiros, 24% em silos e 11% na forma convencional. Esta capacidade de estocagem correspondeu a 71% da produção de grãos do estado na última safra, o que é muito baixa para os padrões estabelecidos pela Organiza-ção das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), que recomenda que seja de 120% acima da produção.

Mas, vale ressaltar que o padrão da FAO é no sentido de estocagem de produtos agrí-colas com o objetivo de for-mação de estoque regulador, de abastecimento para perío-dos de entressafra e riscos de falta de produto. As condições da produção agrícola de Goiás

são diferentes. É produzido um grande

excedente a ser exportado em um curto período de tempo, cerca de seis meses, antes que se inicie a colheita do hemis-fério norte, em outubro e no-vembro. Desta forma, não há necessidade de uma capacida-de armazenadora expressiva em relação à produção, porque até mesmo durante a colheita já se inicia o fluxo de produto para os portos. Outro aspec-to importante é que cerca de 28% da produção são colhidos em uma segunda safra.

Mesmo com uma capaci-dade estática de armazenagem da ordem de 71% da produção, Goiás não tem sofrido gran-des transtornos com falta de armazém, mas quando se faz uma análise mais detalhada da localização e posse das unida-des armazenadoras, grandes distorções ficam evidentes.

Em Goiás, 42% da capaci-dade armazenadora pertence às indústrias e apenas 10% aos produtores. A situação é ame-nizada pela participação das cooperativas com 14%, mas agravada quando se conside-ra que dos 34% que perten-cem aos armazéns gerais, uma grande parcela está alugada para a indústria.

Armazéns não faltam, mas o produtor rural fica

com baixa disponibilidade de unidades para armazenar sua produção de maneira inde-pendente e com livre condição para comercializar sua produ-ção, ou seja, perde oportuni-dade de mercado.

Em nível municipal temos situações bem contraditórias. É o caso de Rio Verde, a pri-meira maior capacidade arma-zenadora do estado. De 1,95 milhão de tonelada passível de armazenagem, apenas 8% per-tence aos produtores, enquan-to as indústrias detêm 64%.

Por outro lado, Cristalina, um dos maiores produtores de grãos do estado, tem sua armazenagem estática de 510 mil toneladas divida em 9% sob posse da indústria e 38% à disposição dos produtores.

O Estado precisa urgente-mente de política específica de crédito para corrigir estas distorções de armazenagem, principalmente, com finan-ciamento ao produtor, para implantação de unidades no meio rural.

Os recursos devem vir em condições especiais de pra-zos e taxas de juros, o plano de construção dos armazéns deve contemplar o fluxo rápi-do de colheita e o projeto tem de ser visto como uma opor-tunidade de negócio para o produtor.

Armazenagem: oportunidade de negócio

Pedro Arantes

é analista de

mercado da Faeg.

Itam

ar S

ando

val

Pedro Arantes | [email protected]

38 | CAMPO Maio / 2013 www.sistemafaeg.com.br

Page 39: 2013 05 maio
Page 40: 2013 05 maio

INTACTA RR2 PRO™

É A ÚNICA QUE REÚNE

EM UMA SÓTECNOLOGIA3 SOLUÇÕES

MAIS PRODUTIVIDADE, PROTEÇÃO CONTRA AS PRINCIPAIS LAGARTAS DA CULTURA E TOLERÂNCIA AO GLIFOSATO.

INTACTA RR2 PRO™ oferece resultados sem precedentes devido a tecnologias avançadas de mapeamento, seleção e inserção de genes em regiões de alta produtividade no DNA, proteção contra as principais lagartas que atacam a cultura da soja e tolerância à aplicaçãode glifosato com a tecnologia Roundup Ready®. Faça parte dessa revolução. Consulte o seu representante e peça já INTACTA RR2 PRO™.

C

M

Y

CM

MY

CY

CMY

K

AF-ANC_INTACTARR2_21x29_RevistaCampo.pdf 1 4/16/13 10:02 AM