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©2014 Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

FICHA TÉCNICA

REALIZAÇÃOSecretaria Judiciária - SJU

EDITORAÇÃOSeção de Editoração e Publicações – SEDIT

PESQUISA, TEXTO E REVISÃOOrleanes Cavalcanti

Raimundo Lúcio Gonzaga WanderleyCelma Maria Carneiro Galeno

Felipe de Almeida MoraisLiana Guimarães de Carvalho Lima Verde

Marcus Bezerra de Menezes Serpa

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

CONTATO PARA A OBTENÇÃO DE EXEMPLARESTribunal Regional Eleitoral do Ceará

Rua Jaime Benévolo, 21, CentroCEP: 60.050-080 - Fortaleza/CE

http://www.tre-ce.jus.br – (85) 3453-3500

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APRESENTAÇÃO

No dia 05 de outubro de 2014 serão realizadas, em todo o país, eleições gerais para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual e, em segundo turno, se houver, para os cargos de chefia do Poder Executivo, no dia 26 de outubro de 2014.

De conformidade com o calendário eleitoral, embora as eleições propriamente ditas só aconteçam no mês de outubro do ano em curso, já a partir de junho, com as convenções partidárias, e no máximo até o dia 5 de julho, os partidos políticos/coligações deverão requerer junto a este TRE o registro de seus candidatos. Para tanto, faz-se necessário observar alguns procedimentos previstos na legislação que rege a matéria, a fim de que, preenchidos os requisitos legais, os postulantes estejam devidamente habilitados a tomar parte na disputa eleitoral.

Desta feita, reconhecendo a importância do tema, a Secretaria Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará elaborou o presente manual, com o objetivo de repassar aos partidos políticos, coligações e candidatos, orientações práticas, bem como as principais providências a serem adotadas durante o período de registro de candidaturas, à luz das normas eleitorais vigentes, doutrina e jurisprudência atualizadas.

Ressalte-se, ainda, que o presente manual não tem a pretensão de esgotar o tema relativo ao registro de candidaturas, face à diversidade de situações práticas e jurídicas que envolvem a matéria. Pretende-se, com esta publicação, tão somente, oferecer um guia prático, uma ferramenta acessível que se destine a auxiliar as agremiações partidárias, coligações e candidatos na tarefa que lhes compete no Pleito Eleitoral de 2014.

Por fim, este manual foi elaborado tomando como referência os manuais disponibilizados pelos Tribunais Regionais Eleitorais de Alagoas, São Paulo e Minas Gerais, a quem agradecemos a valiosa contribuição.

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SUMÁRIO

1. Objetivo ............................................................................................................................................52. Informações preliminares ........................................................................................................53. Partidos Políticos ........................................................................................................................ 54. Convenções Partidárias ............................................................................................................7

4.1 Deliberações a serem tomadas na convenção partidária .................................84.2 Intervenção do Diretório Nacional .........................................................................104.3 Ata das convenções partidárias .................................................................................10

5. Coligações partidárias ............................................................................................................115.1 Definição de Coligação Partidária ............................................................................115.2 Atuação das coligações partidárias..........................................................................115.3 Formação das coligações .............................................................................................12

6. Candidatos ...................................................................................................................................136.1 Condições constitucionais e legais de elegibilidade ........................................136.2 Causas de inelegibilidades ...........................................................................................166.3 Desincompatibilização .................................................................................................19

7. Pedido de registro de candidatura ....................................................................................197.1 Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) ......................207.2 O Requerimento de registro de candidato (RRC/RRCI) ................................21

7.2.1 Quantitativo de candidatos e percentual por sexo ................................247.2.2 Nome dos candidatos e hominímia .............................................................25

7.3 Substituição de candidatos e vagas remanescentes .......................................268. Audiência de verificação e validação de dados e fotografias ..................................279. Processamento do pedido de registro de candidatura no TRE/CE ....................28

9.1 Distribuição e autuação dos requerimentos ........................................................289.2 Publicação dos editais ...................................................................................................289.3 Realização de diligências ..............................................................................................299.4 Impugnação ao registro de candidatura ................................................................29

9.4.1 Notícia de inelegibilidade ..................................................................................299.5 Julgamento dos pedidos de registro .......................................................................309.6 Publicações: DJE, Sessão Plenária e Mural Eletrônico ....................................319.7 Recursos ..............................................................................................................................31

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas 5

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

1. ObjetivoEste manual tem por objetivo auxiliar os partidos políticos, coligações

partidárias e candidatos durante o período de registro de candidaturas para o pleito de 2014, visando racionalizar a execução dos trabalhos, otimizar o processamento dos pedidos de registro e contribuir para a adoção de medidas que possam viabilizar as candidaturas, perante a Justiça Eleitoral, no termos da legislação vigente.

2. Informações PreliminaresNeste ano de 2014 teremos eleições gerais para os cargos de Presidente e

Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado, Senador (1) e suplentes (2), Deputado Federal (22) e Deputado Estadual (46) (Resolução TSE nº 23.405/2014, art. 2°).

As eleições se realizarão, em 1º turno, no dia 05 de outubro e, em segundo turno para os cargos de Presidente e de Governador, se houver, no dia 26 de outubro de 2014.

O registro de candidatura é o primeiro procedimento do período microeleitoral, marcando o início das campanhas políticas. Para participar das eleições, os candidatos deverão ser escolhidos em convenção partidária, a ser realizada entre os dias 10 a 30 de junho do ano eleitoral.

Até o dia 5 de julho, às 19 horas, os partidos políticos deverão requerer no TRE/CE o registro de seus candidatos para disputar as eleições respectivas, observando as regras para a escolha e o registro que estão regulamentadas nas seguintes disposições:

F Constituição Federal de 1988 - que estabelece as condições de elegibilidade, hipóteses de inelegibilidade e a possibilidade de reeleição;

F Lei Complementar nº 64/90, que estabelece casos de inelegibilidade e determina outras providências (alterada pela LC n° 135/2010);

F Código Eleitoral (Lei n° 4.737, de 15.7.1965); F Lei nº 9.096/95, que dispõe sobre os partidos políticos; F Lei nº 9.504/97, que estabelece normas gerais para as eleições; F Resolução TSE n° 23.405/2014, que dispõe sobre a escolha e o registro de

candidatos nas eleições de 2014; F Resolução TSE n° 23.390/2013, que fixa o Calendário Eleitoral para o pleito

de 2014;

3. Partidos PolíticosPara participar das Eleições/2014 o partido político deverá ter seu estatuto

registrado junto ao TSE até 05/10/2013, podendo conter regras mais restritivas que as previstas na legislação eleitoral (Resolução TSE nº 23.405/2014, art. 3°).

Deverá, também, o partido político constituir órgão de direção no Estado do Ceará, devidamente anotado no TRE/CE até a data da convenção. (Resolução TSE nº 23.405/2014, art. 3°).

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas6

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

ATENÇÃO: É muito importante observar o cumprimento dessa exigência, pois é o órgão regional existente na circunscrição do pleito que convocará a realização de convenções e formalizará o requerimento dos registros de candidatura, caso participe das eleições isoladamente.

Os partidos políticos têm autonomia para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual ou distrital (Resolução TSE 23.405/2014, art. 4°).

Os partidos políticos deverão dar publicidade aos filiados da data da convenção estadual para escolha dos candidatos. Não há uma forma rígida para essa publicidade: fica a critério da agremiação. Porém, é necessário que não se caracterize como propaganda antecipada.

É facultado aos partidos políticos, dentro da mesma circunscrição, celebrar coligações para eleição majoritária, proporcional, ou para ambas, podendo, neste último caso, formar-se mais de uma coligação para a eleição proporcional dentre os partidos que integram a coligação para o pleito majoritário (Resolução TSE 23.405/2014, art. 5°).

Caso haja coligação partidária, o partido político somente possui legitimidade para atuar de forma isolada no processo eleitoral quando questionar a validade da própria coligação, durante o período compreendido entre a data da convenção e o termo final do prazo para a impugnação do registro de candidatos (Resolução TSE 23.405/2014, art. 9°).

Com efeito, ressalvada essa hipótese, durante esse período, o partido integrante de coligação não tem legitimidade para, isoladamente, propor ação de impugnação de registro de candidatura, representação eleitoral ou investigação judicial eleitoral.

A partir da realização das convenções para escolha de candidatos, e após organizar toda a documentação necessária, o partido político ou a coligação deverá requerer o registro de suas candidaturas perante a Seção de Protocolo do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará.

Segue, abaixo, a lista dos órgãos partidários registrados no Estado do Ceará. Esta relação corresponde aos dados inseridos nos sistemas SGIP e SGIP-Ex.

Abrangência da consulta: Estadual – CE

Partido Tipo do Orgão Inicio Vigência Fim Vigência Situação

Vigencia DEM – 25 Comissão Provisória 09/05/2013 31/03/2015 Vigente PCB – 21 Comissão Provisória 15/05/2012 11/02/2018 Vigente

PCDOB – 65 Diretório 13/10/2013 13/10/2015 VigentePCO - 29 Comissão Provisória 17/06/2006 04/07/2008 Não VigentePDT – 12 Diretório 24/10/2013 06/10/2015 VigentePEN - 51 Comissão Provisória 02/04/2011 Indeterminado VigentePHS - 31 Comissão Provisória 04/11/2013 31/12/2014 Vigente

PMDB – 15 Diretório 13/12/2013 13/12/2015 VigentePMN – 33 Diretório 28/04/2014 Indeterminado Vigente

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas 7

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

PP - 11 Diretório 11/05/2013 11/05/2015 VigentePPL – 54 Comissão Provisória 14/09/2013 02/12/2013 Não VigentePPS - 23 Diretório 27/11/2013 14/01/2016 VigentePR - 22 Comissão Provisória 26/03/2007 Indeterminado Vigente

PRB - 10 Comissão Provisória 25/10/2011 Indeterminado Vigente PROS - 90 Comissão Provisória 30/09/2013 Indeterminado VigentePRP - 44 Comissão Provisória 17/03/2014 Indeterminado Vigente

PRTB – 28 Comissão Provisória 22/11/2013 30/05/2014 Vigente PSB – 40 Comissão Provisória 01/10/2013 Indeterminado VigentePSC - 20 Comissão Provisória 11/02/2008 Indeterminado VigentePSD - 55 Diretório 14/06/2012 Indeterminado Vigente

PSDB - 45 Diretório 10/05/2013 10/05/2015 VigentePSDC – 27 Comissão Provisória 20/10/2013 20/10/2014 VigentePSL - 17 Comissão Provisória 23/03/2013 23/03/2014 Não Vigente

PSOL – 50 Diretório 12/09/2009 24/10/2015 VigentePSTU - 16 Diretório 20/06/2011 20/06/2015 Vigente

PT - 13 Diretório 06/12/2013 06/12/2017 VigentePTB - 14 Comissão Provisória 07/03/2009 05/09/2014 VigentePTC – 36 Comissão Provisória 12/03/2014 12/09/2014 Vigente

PTDOB - 70 Comissão Provisória 16/03/2011 Indeterminado VigentePTN - 19 Comissão Provisória 25/05/2011 Indeterminado VigentePV - 43 Comissão Provisória 16/05/2010 30/04/2014 Não Vigente SD - 77 Comissão Provisória 10/08/2013 Indeterminado Vigente

Fonte: Sítio do TRE-CE (www.tre-ce.jus.br). Em 14/05/2014.

4. Convenções PartidáriasAs convenções partidárias são reuniões feitas pelos partidos políticos e seus

filiados, com o objetivo de decidir como atuarão no pleito, desde a escolha dos candidatos que concorrerão aos cargos eletivos majoritários e proporcionais, até a formação de coligações, gastos máximos de campanha etc.

A legislação determina que as convenções partidárias ocorram entre os dias 10 e 30 de junho do ano das eleições (Resolução TSE n° 23.405/2014, art. 10). ATENÇÃO: O art. 8° da Lei n° 9.504/97 teve sua redação alterada pela Lei n° 12.891/2013, passando a vigorar com o seguinte teor:

“A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 12 a 30 de junho do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em 24 (vinte e quatro) horas em qualquer meio de comunicação”.(grifo nosso).

O Tribunal Superior Eleitoral aprovou a Resolução n° 23.405/2014, que trata dos pedidos de registro de candidatura, sem adotar a nova redação. Acerca do tema, tramita no TSE a Consulta n° 100075, com o seguinte questionamento:

1 - Aplicar-se-á a Lei Federal nº 12.891/2013 para as eleições gerais de 2014?

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas8

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

2 - Em caso afirmativo, a Lei Federal nº 12.891/2013 será totalmente ou parcialmente aplicada? 3 - No caso de parcial aplicação para as eleições gerais de 2014, quais serão os dispositivos que valerão para o ano que vem?

Para a realização das convenções partidárias, a agremiação política poderá usar, gratuitamente, prédios públicos, desde que comunique por escrito ao responsável pelo respectivo local, com antecedência mínima de 72 horas, a intenção de ali realizar a respectiva convenção, responsabilizando-se por eventuais danos causados com a realização do evento. Na hipótese de coincidência de datas, prevalecerá a comunicação protocolada primeiro (Lei nº 9.096/95, art. 51; Lei n° 9.504/97, art. 8°, § 2°; Resolução TSE nº 23.405, art. 10, §§ 2º e 3º).

É permitido ao postulante à candidatura, na quinzena anterior à escolha em convenção, a realização de propaganda intrapartidária dirigida aos filiados de sua agremiação partidária com vista à indicação de seu nome para concorrer ao pleito eleitoral, sendo vedado o uso de meios de comunicação de massa (televisão, rádio, outdoor, etc). (Lei nº 9.504/1997, art. 36, § 1°e 36-A, III)

ATENÇÃO: O TSE, em resposta à Consulta n° 1673, publicou a Resolução nº 23.086/2009, que dispõe sobre a propaganda intrapartidária (prévias partidárias) visando escolha de candidatos em convenção. Na ementa se vê:

“[...] A divulgação das prévias não pode revestir caráter de propaganda eleitoral antecipada, razão pela qual se limita a consulta de opinião dentro do partido. 1) A divulgação das prévias por meio de página na Internet extrapola o limite interno do partido e, por conseguinte, compromete a fiscalização, pela Justiça Eleitoral, do seu alcance. 2) Tendo em vista a restrição de que a divulgação das prévias não pode ultrapassar o âmbito intrapartidário, as mensagens eletrônicas são permitidas apenas aos filiados do partido. 3) Nos termos do art. 36, § 3º da Lei nº 9.504/1997, que pode ser estendido por analogia às prévias, não se veda o uso de faixas e cartazes para realização de propaganda intrapartidária, desde que em local próximo da realização das prévias, com mensagem aos filiados. (Nesse sentido, Agravo n° 4.798, Rei. Min. Gilmar Mendes, DJ 05.11.2004; Respe n° 19.162, Rei. Min. Costa Porto, DJ 17.08.2001). 4) Na esteira dos precedentes desta e. Corte que cuidam de propaganda intrapartidária, entende-se que somente a confecção de panfletos para distribuição aos filiados, dentro dos limites do partido, não encontra, por si só, vedação na legislação eleitoral. (Agravo n° 5097, Rei. Min. Caputo Bastos, DJ 9.11.2004; REspe n° 19.254, Rei. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, DJ 8.5.2001). 5) Assim como as mensagens eletrônicas, o envio de cartas, como forma de propaganda intrapartidária, é permitido por ocasião das prévias, desde que essas sejam dirigidas exclusivamente aos filiados do partido. 6) Incabível autorizar matérias pagas em meios de comunicação, uma vez que ultrapassam ou podem ultrapassar o âmbito partidário e atingir, por conseguinte, toda a comunidade. (Rei. Min. Nelson Jobim, Respe 16.959, DJ 21.5.2001) [...]”.

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas 9

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

4.1 Deliberações a serem tomadas na convenção partidária

Nas convenções, os partidos políticos, além dos assuntos internos, poderão deliberar sobre os seguintes itens:

a. Formação de coligações com outras agremiações partidáriasApós deliberação, caso haja a formação de coligação(s), deverá ser mencionada

na ata da convenção partidária sua modalidade (majoritária, proporcional ou ambas), sua denominação, os nomes e as siglas de todos os partidos políticos que a compõem, e os cargos aos quais concorrerão, destacando a distribuição dos cargos entre os partidos coligados em disputa.

Deverá ser designado, ainda, um representante para a respectiva coligação, informando-se o nome, endereço, telefone e fax para contato. O representante terá atribuições equivalentes às de presidente de partido político no trato dos interesses e na representação da coligação junto à Justiça Eleitoral.

A coligação também poderá ser representada por quatro delegados indicados perante o TRE/CE. (Resolução TSE 23.405/2014, art. 8º, inciso II).

b. Quantidade de candidatos, com os respectivos nomes completos, bem como a realização de sorteio dos números com os quais concorrerão.

Deverão ser escolhidos na convenção os candidatos do sexo masculino e feminino, na quantidade estipulada pela Lei Eleitoral, de acordo com o cargo em disputa, com os respectivos nomes completos e o número que utilizarão na campanha eleitoral.

Recomenda-se, inicialmente, consignar na ata se houve indicação para os cargos majoritários, mencionando, logo após, os nomes dos respectivos candidatos. Em seguida, deve haver a indicação dos cargos proporcionais, relacionando, por ordem alfabética e separados por sexo, os nomes completos dos candidatos escolhidos, com os respectivos números sorteados, observado o disposto no arts. 15 e 16 da Lei 9.504/97.

Relativamente à quantidade de candidatos que cada partido ou coligação poderá indicar, devem ser observadas as normas contidas no artigo 10, da Lei nº 9.504/97 c/c artigos 18 e 19 da Resolução TSE nº 23.405/2014.

ATENÇÃO: O TSE baixou a Resolução n° 23.389/2013, regulando o número de membros da Câmara dos Deputados e das Assembleias e Câmara Legislativa para as eleições de 2014. Porém o Senado Federal por meio do Decreto Legislativo n° 424/2013, sustou-lhe os efeitos.

Não é permitido o registro de um mesmo candidato para mais de um cargo eletivo (Código Eleitoral, art. 88 e Res. TSE 23.405/2014, art. 17).

A coligação proporcional deve ser formada por pré-candidatos filiados a qualquer dos partidos políticos dela integrantes, em número sobre o qual deliberem. O partido que integra uma coligação proporcional não é obrigado a indicar candidatos, deixando estabelecido que os demais da coligação o farão.

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas10

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c. Fixação dos valores máximos de gastos para cada cargo em disputaA cada eleição caberá à lei, observadas as peculiaridades locais, fixar, até o dia

10 de junho de cada ano eleitoral, o limite dos gastos de campanha para os cargos em disputa (Art. 17-A, Lei 9.504/97). Não sendo editada a referida lei até o dia 10 de junho, caberá a cada partido político, por ocasião do registro de candidatura, fixar o limite de gastos por cargo eletivo em cada eleição a que concorrer, comunicando à Justiça Eleitoral, que poderá dar a essas informações ampla publicidade.

Segundo o art. 24, inciso VIII, alíneas ‘a, b e c’ da Resolução TSE 23.405/2014, devem ser observadas as seguintes regras:

i) Será considerado para cada candidato o valor máximo de gastos indicado pelo seu partido para o respectivo cargo.ii) No caso de coligação proporcional, cada partido político que a integra fixará o seu valor máximo de gastos por cargo (Lei nº 9.504/97, art. 18, caput e § 1º);iii) Nas candidaturas de vices e suplentes, os valores máximos de gastos serão incluídos naqueles pertinentes às candidaturas dos titulares e serão informados pelo partido político a que estes forem filiados.O limite de gastos dos candidatos só poderá ser alterado com a devida autorização

do Juiz Relator, mediante solicitação justificada, na ocorrência de fatos supervenientes e imprevisíveis, cujo impacto sobre o financiamento da campanha eleitoral inviabilize o limite de gastos fixado previamente (Resolução TSE nº 23.406/2014, art. 4º, §§ 6º ao 10º).

4.2 Intervenção do Diretório Nacional

As decisões das convenções sobre a escolha e substituição de candidatos, bem como a formação de coligações, serão tomadas, a princípio, de acordo com o estatuto do partido. Em caso de omissão do estatuto, caberá ao órgão de direção nacional do partido político estabelecer tais regras, publicando-as no Diário Oficial da União até 180 dias antes das eleições (8 de abril de 2014) e encaminhá-las ao TSE antes da realização das convenções (Resolução TSE n° 23.405/2014, art. 10, § 1°).

Prescreve o art. 12 da Resolução TSE n° 23.405/2014, que se a convenção partidária de nível inferior se opuser, na deliberação sobre coligações, às diretrizes legitimamente estabelecidas pelo órgão de direção nacional, nos termos do respectivo estatuto, poderá esse órgão anular a deliberação e os atos dela decorrentes.

Segundo dicção do art. 7º, § 3º, da Lei nº 9.504/97, as anulações de deliberações dos atos decorrentes de convenção partidária, na condição acima estabelecida, deverão ser comunicadas ao TRE/CE no prazo de 30 (trinta) dias após a data limite para o registro de candidatos, ou seja, dia 4 de agosto (Resolução TSE nº 23.405/2014, art. 12, §1º).

4.3 Ata das Convenções Partidárias

Durante a realização de sua convenção, o partido político deverá, obrigatoriamente, lavrar a ata onde deverão ser registradas todas as deliberações tomadas.

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas 11

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

A ata da convenção deve ser lavrada em livro aberto e rubricado pela Justiça Eleitoral, podendo ser utilizado os já existentes (Lei n° 9.504/97, art. 8º).

A ata da convenção partidária deve ser digitada, devidamente assinada e acompanhada da lista de presença dos convencionais, com as respectivas assinaturas (Resolução TSE n° 23.405/2014, art. 25).

Segue quadro exemplificativo do conteúdo da Ata da Convenção Partidária:

1. Data da convenção partidária2. Nome e sigla do Partido Político3. Lista de presença4. Nome da coligação, se for o caso, as siglas dos partidos políticos que a compõem e os cargos em disputa

5. Quantidade de vagas por cargo e por sexo de cada partido, caso haja coligação

6. Nomes dos candidatos, números e cargos pleiteados, listados em ordem alfabética, conforme modelo abaixo: Cargo:_____________________________ Nome: ______________________N.º_____

7. Nomes dos representantes legais do partido político/coligação

5. Coligações partidárias

5.1 Definição de Coligação Partidária

Define-se coligação partidária como sendo a junção ou reunião temporária de dois ou mais partidos políticos para concorrerem a determinada eleição (majoritária/proporcional). A legislação eleitoral, por equiparação, atribui à mesma as prerrogativas e obrigações de um partido político autônomo, no que se refere ao processo eleitoral.

Assim, a coligação, a partir de sua constituição - que se dá com o acordo de vontade entre as agremiações partidárias, ganha status de partido, inclusive no relacionamento com a Justiça Eleitoral e no trato dos interesses interpartidários (Res. n.º 23.405, art. 7.º)

5.2 Atuação das coligações partidárias

A coligação passa a existir desde a sua formação nas convenções partidárias e perdura até o final do período eleitoral, possuindo legitimidade para atuar em todos os feitos daí decorrentes.

Considerando que durante o período eleitoral a coligação funciona como se fosse uma unidade partidária, os Tribunais Eleitorais entendem que o partido político coligado não possui legitimidade para agir isoladamente em feitos que emergem do processo eleitoral, até o encerramento da respectiva eleição.

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas12

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Extinta a coligação, retoma o partido político a legitimidade para, isoladamente, ajuizar ações ou interpor recursos. Registre-se, entretanto, que em relação ao recurso contra a expedição de diploma e à ação de impugnação de mandato eletivo, o Tribunal Superior Eleitoral tem admitido a legitimidade concorrente do partido político e da coligação.

5.3 Formação das coligações

Cada partido político, integrante de coligação, deverá apresentar cópia da ata da convenção estadual digitada e devidamente assinada. Não existe ata de convenção de coligação.

As deliberações tomadas por um partido, acerca da formação de coligação, precisarão constar da ata de convenção de cada uma das agremiações que a integrarem.

Em caso de coligação, as convenções de cada partido integrante precisam estar correlacionadas e coerentes entre si, para melhor análise de sua regularidade, devendo constar na ata de cada convenção partidária a indicação de sua modalidade (majoritária, proporcional ou ambas), sua denominação, os nomes dos partidos que a integrarão e os cargos aos quais concorrerão, destacando a distribuição dos cargos entre os partidos coligados (Exemplo: caberá ao partido A indicar o candidato a Governador e ao B o candidato a Vice-Governador).

A coligação terá denominação própria ou poderá ser a junção de todas as siglas dos partidos políticos que a integram. Essa denominação não poderá coincidir, incluir ou fazer referência a nome ou número de candidato, nem conter pedido de voto para partido político.

O Juiz Relator do processo de registro decidirá as questões sobre identidade de denominações de coligações, observadas, no que couber, as regras relativas à homonímia de candidatos.

No que se refere ao processo eleitoral, a coligação será representada perante o Tribunal Regional Eleitoral por uma única pessoa que terá atribuições equivalentes às de presidente de partido político ou por até 04 (quatro) delegados.

A simples indicação do Representante ou do Delegado não confere a este a capacidade postulatória para atuar nas lides eleitorais, pois esta capacidade é uma prerrogativa conferida aos advogados regularmente inscritos na OAB.

Não é possível que um mesmo partido venha a integrar mais de uma coligação para participar da disputa no pleito majoritário.

Os partidos políticos podem se coligar: F apenas para a eleição majoritária; F apenas para a eleição proporcional; F para ambas, com idêntica formação, ou seja, a coligação para a

eleiçãoproporcional é exatamente a mesma da eleição majoritária; F para ambas, com formação diferente, podendo os partidos integrantes da

coligação majoritária compor diferentes coligações proporcionais, ou até mesmo concorrerem de forma isolada.

A coligação proporcional deve ser formada por candidatos filiados a qualquer dos partidos políticos dela integrantes, em número sobre o qual deliberem.

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Note-se que, no que diz respeito à ocorrência de duas eleições majoritárias na mesma circunscrição (Governador e Senador), o mesmo partido não poderá integrar duas coligações majoritárias diversas, ou seja, uma para Governador e outra para Senador, pois o art. 6º, da Lei 9.504/97, somente admite pluralidade de coligações para a eleição proporcional e não para o pleito majoritário. Nada impede, contudo, que a coligação se limite, por exemplo, tão somente à eleição de Governador, disputando cada partido integrante da respectiva coligação com candidato próprio para o Senado ou vice-versa (Resolução TSE 20.126, de 12/4/1998; Resolução TSE 23.211, de 23/02/2010).

Observe-se, ainda, que se não houver coligação para o cargo de Governador poderá o partido formar coligação apenas para o cargo de Senador e, nessa hipótese, tal coligação é que irá condicionar as eleições proporcionais, podendo também os partidos que compõem a respectiva coligação majoritária indicar isoladamente candidatos a Deputado Federal e/ou Estadual.

EXEMPLO: Eleições Majoritárias (Governador e Senador)

COLIGAÇÃO MAJORITÁRIA: A + B + C + D + EPARTIDO ISOLADO: FPARTIDO NÃO LANÇOU: G

Eleições Proporcionais (Deputado Federal e Deputado Estadual)

COLIGAÇÃO PROPORCIONAL: A + BCOLIGAÇÃO PROPORCIONAL: C + D PARTIDO ISOLADO OU NÃO LANÇOU: E

6. Candidatos

6.1 Condições constitucionais e legais de elegibilidade

Qualquer cidadão pode pretender investidura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e desde que não incida em qualquer das causas de inelegibilidade (Código Eleitoral, art. 3º, LC nº 64/90, art. 1º).

Eis as condições de elegibilidade previstas na Resolução TSE n° 23.405/2014:

I - Nacionalidade brasileiraA nacionalidade brasileira pode ser originária ou adquirida, nos termos do art.

12, incisos I e II, e § 2º, da Constituição Federal.Embora estrangeiros, os portugueses com residência permanente no Brasil,

caso haja reciprocidade em favor de brasileiros, podem alistar-se, votar e ser votados, mesmo sem naturalização (art. 12, § 1º, CF), à exceção dos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República.

O Decreto Legislativo nº 165/01 (aprovação pelo Congresso Nacional) e o Decreto nº 3.927/01 (promulgação pelo Presidente da República) versam sobre o Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta, entre a República Federativa do Brasil e

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a República Portuguesa, celebrado em Porto Seguro em 22.04.00, que dentre outros temas, regula o estatuto de igualdade entre brasileiros e portugueses.

Estatuto de Igualdade entre Brasileiros e Portugueses:Artigo 171. O gozo de direitos políticos por brasileiros em Portugal e por portugueses no Brasil só será reconhecido aos que tiverem três anos de residência habitual e depende de requerimento à autoridade competente.2. A igualdade quanto aos direitos políticos não abrange as pessoas que, no Estado da nacionalidade, houverem sido privadas de direitos equivalentes.3. O gozo de direitos políticos no Estado de residência importa na suspensão do exercício dos mesmos direitos no Estado da nacionalidade.

II - Pleno exercício dos direitos políticosA pessoa que tiver seus direitos políticos perdidos ou suspensos não exercerá a

cidadania, ou seja, não poderá votar e nem ser votado.A regra é de proibição de cassação de direitos políticos, porém, o art. 15 da

Constituição Federal estabelece as hipóteses de perda ou suspensão: Art. 15 da Constituição Federal:

É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;II - incapacidade civil absoluta;III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

III - Alistamento eleitoralConsiste na inscrição do nome do interessado no rol dos eleitores, tornando-o

cidadão. É condição de elegibilidade porque, sem integrar o colégio eleitoral, ninguém pode participar da vida política nacional como, por exemplo, sair candidato a um cargo eletivo.

IV - Domicílio eleitoral na circunscriçãoPara concorrer às eleições de 2014, o candidato deverá possuir

domicílio eleitoral na respectiva circunscrição, desde 5.10.2013 (Resolução TSE nº 23.390/2013 – Calendário Eleitoral).

V - Filiação PartidáriaRessalvadas as situações especiais, os candidatos que pretendam concorrer a

cargo eletivo nas Eleições/2014, deverão estar com a filiação deferida pelo partido, no

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mínimo, desde 5.10.2013, salvo se o Estatuto do Partido estabelecer prazo superior (Lei n.º 9.504/1997, art. 9.º, caput e Lei n.º 9.096/1995, arts. 18 e 20, caput);

A filiação partidária não é exigível ao militar da ativa, bastando o pedido de registro da candidatura, após prévia escolha em convenção partidária (art. 16, § 1°, da Resolução TSE n° 22.717/2008 e art. 12, § 1°, da Resolução TSE n° 22.156/2006);

O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I – se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se definitivamente da atividade;II – se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

O partido político deverá comunicar à autoridade a que o militar estiver subordinado, quando o escolher candidato (parágrafo único do art. 98, do Código Eleitoral).

O militar da reserva deve ter filiação partidária, no mínimo, desde 5.10.2013 (RESPE nº 20.052/02 c.c. art. 16, § 2°, da Resolução TSE n° 22.717/2008 e art. 12, § 2º, da Resolução TSE nº 22.156/2006);

O militar que passar à inatividade após o prazo de um ano para filiação partidária, mas antes da escolha em convenção, deve filiar-se ao partido político, no prazo de 48 (quarenta e oito horas), após se tornar inativo (art. 16, § 3°, da Resolução TSE n° 22.717/08 e art. 12, § 3º, da Resolução TSE nº 22.156/2006);

Os Membros do Ministério Público que ingressaram na carreira após a promulgação da CF/88, Magistrados e membros dos Tribunais de Contas devem filiar-se a partido político e afastar-se definitivamente de suas funções até 8.4.2014 (seis meses antes do pleito) caso pretendam concorrer ao cargo de Presidente, Vice-Presidente, Governador, Vice-Governador, Senador, suplente de Senador, Deputado Federal, Distrital ou Estadual (art. 13, da Resolução TSE nº 22.156/2006);

Os Membros do Ministério Público que ingressaram na carreira antes da promulgação da CF/88, desde que tenham optado pelo regime de garantias e vantagens instituído antes da Constituição Federal de 1988, na forma do art. 29, § 3º, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, devem cumprir o prazo de filiação partidária previsto na legislação, de pelo menos um ano antes do pleito e, salvo melhor juízo, afastar-se de suas funções, na forma disciplinada pela respectiva lei orgânica (Veja, porém, o RESPE nº 32.842, julgado em 25.10.2008).

Havendo fusão ou incorporação de partidos políticos após 3.10.2009, será considerada, para efeito de filiação partidária, a data de filiação do candidato ao partido de origem (Lei nº 9.504/97, art. 9º, parágrafo único e Resolução TSE n° 23.405/2014, art. 14, parágrafo único).

VI - Idade mínima

A idade mínima é verificada tendo por referência a data da posse (Resolução TSE n° 23.405/2014, art. 13, §§ 1.º e 2º).

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Cargo Idade na data da possePresidente, Vice-Presidente e Senador 35 anos

Governador e Vice-Governador 30 anos

Deputado Federal e Estadual 21 anos

VII – Quitação EleitoralA quitação eleitoral também é condição de elegibilidade. ( Ac.-TSE, de 15.9.2010,

no REspe nº 190323).A quitação eleitoral pressupõe a plenitude do gozo dos direitos políticos, o

regular exercício do voto, salvo quando facultativo, o atendimento a convocações da Justiça Eleitoral para auxiliar os trabalhos relativos ao pleito e a inexistência de pendências referentes a multas aplicadas, em caráter definitivo, pela Justiça Eleitoral, com ressalva das anistias legais, e a prestação de contas pelo candidato. (Prov.-CGE nº 5/2004, art. 1º)

6.2 Causas de inelegibilidade

Os casos de inelegibilidade encontram-se previstos no art. 1°, I da Lei Complementar n° 64/90, alteradas pela Lei Complementar n° 135/10:

a) os inalistáveis e os analfabetos;Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período

do serviço militar obrigatório, os conscritos. A palavra ‘conscritos’ constante deste dispositivo alcança também aqueles matriculados nos órgãos de formação de reserva e os médicos, dentistas, farmacêuticos e veterinários que prestam serviço militar inicial obrigatório(Res.-TSE nº 15.850/1989).

A inelegibilidade dos analfabetos é de legalidade estrita, vedada a interpretação extensiva, devendo ser exigido apenas que o candidato saiba ler e escrever, minimamente, de modo que se possa evidenciar eventual incapacidade absoluta de incompreensão e expressão da língua.(Ac.-TSE, de 21.8.2012, no AgR-REspe nº 424839)

b) Os membros do Congresso Nacional, das Assembléias legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais que hajam perdido os respectivos mandatos por infringência do disposto nos incisos I e II do art. 55 da Constituição Federal, dos dispositivos equivalentes sobre perda de mandato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos oito anos subseqüentes ao término da legislatura;

c) O Governador e o Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal e o Prefeito e o Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos por infringência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizarem durante o período remanescente e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término do mandato para o qual tenham sido eleitos;

d) Os que tenham contra sua pessoa representação julgada procedente pela Justiça Eleitoral, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado,

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em processo de apuração de abuso do poder econômico ou político, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

e) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, desde a condenação até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena, pelos crimes:

1. contra a economia popular, a fé pública, a administração pública e o patrimônio público;2. contra o patrimônio privado, o sistema financeiro, o mercado de capitais e os previstos na lei que regula a falência;3. contra o meio ambiente e a saúde pública;4. eleitorais, para os quais a lei comine pena privativa de liberdade;5. de abuso de autoridade, nos casos em que houver condenação à perda do cargo ou à inabilitação para o exercício de função pública;6. de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores;7. de tráfico de entorpecentes e drogas afins, racismo, tortura, terrorismo e hediondos;8. de redução à condição análoga à de escravo;9. contra a vida e a dignidade sexual; e10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;

OBS: A inelegibilidade prevista nos casos acima não se aplica aos crimes culposos e àqueles definidos em lei como de menor potencial ofensivo, nem aos crimes de ação penal privada.

f) Os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazo de 8 (oito) anos;

g) Os que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição;

h) Os detentores de cargo na administração pública direta, indireta ou fundacional, que beneficiarem a si ou a terceiros, pelo abuso do poder econômico ou político, que forem condenados em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, para a eleição na qual concorrem ou tenham sido diplomados, bem como para as que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes;

i) Os que, em estabelecimento de crédito, financiamento ou seguro, que tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidação judicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos 12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação, cargo ou função de direção, administração ou representação, enquanto não forem exonerados de qualquer responsabilidade;

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j) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, por corrupção eleitoral, por captação ilícita de sufrágio, por doação, captação ou gastos ilícitos de recursos de campanha ou por conduta vedada aos agentes públicos em campanhas eleitorais que impliquem cassação do registro ou do diploma, pelo prazo de 8 (oito) anos a contar da eleição;

k) O Presidente da República, o Governador de Estado e do Distrito Federal, o Prefeito, os membros do Congresso Nacional, das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa, das Câmaras Municipais, que renunciarem a seus mandatos desde o oferecimento de representação ou petição capaz de autorizar a abertura de processo por infringência a dispositivo da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Lei Orgânica do Município, para as eleições que se realizaremdurante o período remanescente do mandato para o qual foram eleitos e nos 8 (oito) anos subsequentes ao término da legislatura;

l) Os que forem condenados à suspensão dos direitos políticos, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por ato doloso de improbidade administrativa que importe lesão ao patrimônio público e enriquecimento ilícito, desde a condenação ou o trânsito em julgado até o transcurso do prazo de 8 (oito) anos após o cumprimento da pena;

m) Os que forem excluídos do exercício da profissão, por decisão sancionatória do órgão profissional competente, em decorrência de infração ético-profissional, pelo prazo de 8 (oito) anos, salvo se o ato houver sido anulado ou suspenso pelo Poder Judiciário;

n) Os que forem condenados, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, em razão de terem desfeito ou simulado desfazer vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude;

o) Os que forem demitidos do serviço público em decorrência de processo administrativo ou judicial, pelo prazo de 8 (oito) anos, contado da decisão, salvo se o ato houver sido suspenso ou anulado pelo Poder Judiciário;

p) A pessoa física e os dirigentes de pessoas jurídicas responsáveis por doações eleitorais tidas por ilegais por decisão transitada em julgado ou proferida por órgão colegiado da Justiça Eleitoral, pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão, observando-se o procedimento previsto no art. 22;

q) Os magistrados e os membros do Ministério Público que forem aposentados compulsoriamente por decisão sancionatória, que tenham perdido o cargo por sentença ou que tenham pedido exoneração ou aposentadoria voluntária na pendência de processo administrativo disciplinar, pelo prazo de 8 (oito) anos;

ATENÇÃO: O Conselho Nacional de Justiça - CNJ baixou a Resolução n° 44/2007, alterada pela Resolução n° 172/2013 instituindo o Cadastro Nacional de Condenados por Ato de Improbidade Administrativa e por Ato que implique Inelegibilidade - CNCIAI, o qual reunirá as informações do Poder Judiciário sobre pessoas físicas e jurídicas definitivamente condenadas por atos de improbidade no Brasil, nos termos da Lei 8.429, de 2 de junho de 1992, e por atos que ocasionem a inelegibilidade do réu, nos termos da Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990. (Redação dada

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pela Resolução nº 172, de 8 de março de 2013). Os casos de inelegibilidade na seara da Justiça Eleitoral serão registrados no Cadastro Nacional de Eleitores. De acordo com a Resolução CNJ n. 44 e com o Provimento n. 29, da Corregedoria Nacional de Justiça, inclusão, alteração ou exclusão de informações no CNCIAI é de responsabilidade do juízo da execução da sentença, no caso das ações de improbidade com trânsito em julgado.No caso das ações que ocasionem inelegibilidade do réu, a responsabilidade sobre a prestação das informações é do juízo prolator da decisão de primeiro grau, com trânsito em julgado, ou do presidente do órgão colegiado prolator da decisão, ao final da sessão de julgamento. Nos tribunais superiores e tribunais de contas a competência é exercida pelo presidente da sessão de julgamento em que foi determinada a condenação.O CNCIAI é acessado pelo portal do CNJ: http://www.cnj.jus.br/programas-de-a-a-z/eficiencia-Mdernizacao-e-transparencia/enccla/cadastro-de-improbidade-administrativa

6.3 Desincompatibilização

É o ato pelo qual o pré-candidato se afasta de um cargo ou função, cujo exercício dentro do prazo definido em lei gera inelegibilidade.

A legislação eleitoral prevê que, conforme o caso, o afastamento pode se dar em caráter definitivo ou temporário.

A Secretaria de Gestão da Informação do TSE disponibiliza serviço de pesquisa dirigida dos prazos de desincompatibilização e afastamentos que devem ser observados pelos candidatos.

A pesquisa pode ser acessada no link http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/prazos-de-desincompatibilizacao

7. Pedido de Registro de CandidaturaEste ano teremos eleições a nível nacional e estadual, também denominadas

eleições gerais. Nesses casos, o órgão competente para receber, processar e julgar os pedidos de registro de candidatura para os cargos de Governador, Vice-Governador, Senador, Deputado Federal e Deputado Estadual é o Tribunal Regional Eleitoral do respectivo estado. No caso do pedido de registro para Presidente e Vice-Presidente da República, a competência será do Tribunal Superior Eleitoral.

Uma vez realizadas as convenções partidárias, já é possível aos partidos e coligações a apresentação dos pedidos de registro de candidatos no TRE. Antes, porém, é necessário organizar toda a documentação exigida pela Resolução TSE 23.405/2014, tanto em relação ao partido/coligação, quanto em relação aos candidatos.

É preciso, ainda, fazer o download no site do Tribunal Superior Eleitoral (www.tse.jus.br) ou do TRE-CE (www.tre-ce.jus.br) do programa CandEx. O Candex é o módulo externo do Sistema de Candidaturas da Justiça Eleitoral e seu uso é obrigatório para o registro de candidatos, nos termos do art. 22 da Res. TSE 23.405/2014. Por meio do Candex, os partidos e coligações deverão cadastrar todas as informações pertinentes aos seus candidatos, como também anexar em meio digital as certidões e demais documentos exigidos pela legislação, tais como a foto do candidato e sua declaração

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de bens. O Candex é ainda obrigatório para o requerimento individual de candidatura, hipótese em que o próprio candidato escolhido em convenção apresenta o seu pedido de registro, caso o partido se omita em fazê-lo.

Com os requerimentos digitados no Candex e tendo organizado toda documentação necessária, os representantes dos partidos e coligações terão até às 19 horas do dia 05 de julho de 2014 para apresentar a mídia gerada pelo sistema, acompanhada dos demais documentos impressos, na Seção de Protocolo do TRE-CE. É importante ressaltar que, quanto antes forem apresentados os requerimentos melhor, uma vez que no último dia do prazo é comum a formação de fila de espera na Seção de Protocolo. Outro ponto importante é o fato de que a não apresentação da mídia e dos documentos gerados pelo Candex até o dia 05 de julho pode levar ao indeferimento do pedido de registro por apresentação intempestiva!

O Candex emitirá uma via impressa do formulário DRAP – Demonstrativo de Regularidade de Dados Partidários, e uma via impressa para cada formulário RRC – Requerimento de Registro de Candidato. Para garantir que os dados impressos coincidam perfeitamente com aqueles que estão gravados na mídia eletrônica entregue na Justiça Eleitoral, o CandEx gera um código de segurança único para os respectivos formulários.

Caso seja feita alguma alteração dentro do CandEx após a entrega da mídia à Justiça Eleitoral, o sistema gerará novos formulários com novo código de segurança. Dessa forma, alterações no CandEx após a impressão e assinatura dos formulários devem ser evitadas, pois, nesse caso, seria preciso reimprimir o(s) formulário(s) alterados, surgindo a necessidade de recolher novas assinaturas dos pré-candidatos e dos representantes partidários, conforme o caso.

Sugerimos, assim, que as alterações de pequeno relevo (ex: endereço do candidato, correção da grafia do nome etc.) sejam solicitadas, através de simples petição, à própria Justiça Eleitoral, cabendo ao TRE promover as alterações diretamente no Sistema de Candidaturas.

Vejamos, assim, quais formulários devem ser preenchidos no Candex e quais os documentos obrigatórios que acompanham os requerimentos de registro de candidaturas, apresentados perante a Justiça Eleitoral.

7.1 Demonstrativo de regularidade de atos partidários - DRAP

O DRAP é um formulário preenchido e impresso diretamente no Sistema Candex, que contém todas as informações relevantes em relação ao partido ou coligação peticionante, que comparece perante à Justiça Eleitoral para apresentar seus candidatos.

A Resolução 23.405/2014, em seu art. 24, enumera as informações que devem constar do DRAP:

Art. 24. O formulário Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP)deve ser preenchido com as seguintes informações:I – nome e sigla do partido político;II – nome da coligação, se for o caso, e as siglas dos partidos políticos que a compõem;

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas 21

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III – data da(s) convenção(ões);IV – cargos pleiteados;V – nome do representante da coligação e de seus delegados, nos termos do art. 8º desta resolução;VI – fac-símile, telefones e endereço completo do partido ou coligação;VII – lista dos nomes, números e cargos pleiteados pelos candidatos;VIII – valores máximos de gastos que o partido político fará por cargo eletivo em cada eleição a que concorrer, observando-se que:a) será considerado para cada candidato o valor máximo de gastos indicado pelo seu partido para o respectivo cargo;b) no caso de coligação proporcional, cada partido político que a integra fixará o seu valor máximo de gastos por cargo (Lei nº 9.504/97, art. 18, caput e § 1º);c) nas candidaturas de vices e suplentes, os valores máximos de gastos serão incluídos naqueles pertinentes às candidaturas dos titulares e serão informados pelo partido político a que estes forem filiados.

Ao criar o pedido de registro no Candex, as primeiras informações digitadas estarão relacionadas ao partido ou coligação que está requerendo o registro dos candidatos, e servirão para compor a via impressa do DRAP que será emitida pelo Candex, ao final do processo de cadastramento dos dados.

A via impressa do DRAP deverá ser subscrita por aquele(s) que detém legitimidade para representar o partido ou coligação, nos termos do Art. 22 da Res. TSE 23.405/2014.

Assim, quando se tratar de partido isolado, o DRAP poderá ser subscrito, conforme o caso, pelo presidente do diretório nacional ou regional do partido político ou da respectiva comissão provisória, ou por delegado autorizado. Quando se tratar de coligação, o formulário deverá ser subscrito pelos presidentes dos partidos políticos coligados, ou por seus delegados, ou pela maioria dos membros dos respectivos órgãos executivos de direção ou pelo representante da coligação que foi designado pelas respectivas agremiações partidárias (Lei nº 9.504097, art. 6º, § 3º, II).

Devem ser anexadas ao DRAP, a cópia digitada da ata da convenção realizada pelo partido requerente, seguida da lista de presença dos convencionais, nos termos do art. 25 da resolução de regência. No caso de coligação, a determinação acima se aplica a todos os partidos coligados.

Cumpre observar que a Secretaria Judiciária do TRE pode requisitar, em diligência, a cópia do livro de ata manuscrito, a fim de dirimir eventuais contradições encontradas entre as informações constantes na cópia digitada e aquelas existentes no DRAP ou nos RRCs.

7.2 O Requerimento de Registro de Candidato – RRC/RRCI

Nos termos da legislação eleitoral, os partidos e coligações terão legitimidade para, por meio de seus representantes legais, apresentar ao TRE os pedidos de registros

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de seus candidatos de forma conjunta (pedido coletivo), juntamente com toda a documentação pertinente, até o dia 5 de julho do ano da eleição.

O formulário de Requerimento de Registro de Candidatura - RRC, conterá todas as informações relacionadas ao candidato,conforme prescreve o art. 26 da Resolução TSE 23.405/2014, tais como: informações pessoais (título de eleitor, nome completo, data de nascimento, Unidade da Federação e Município de nascimento, nacionalidade, sexo, cor ou raça, estado civil, ocupação, número da carteira de identidade com o órgão expedidor e a Unidade da Federação, número de registro no Cadastro de Pessoa Física (CPF), endereço completo e números de telefone) e informações sobre a sua situação política (partido político, cargo pleiteado, número do candidato, nome para constar da urna eletrônica, se é candidato à reeleição, qual cargo eletivo ocupa e a quais eleições já concorreu.

Informação de destaque e que deve ser preenchida com atenção é o número do fax e o endereço em que o candidato receberá notificações e intimações da Justiça Eleitoral, uma vez que a Res. TSE 23.405/2014 enumera essas modalidades como as principais formas de comunicação entre o TRE e os candidatos.

Todos os RRCs, após serem preenchidos no CandEx, devem ser impressos e individualmente assinados pelos candidatos que, dessa forma, ratificam as informações ali constantes. A menos que solicitado pelo Juiz Relator, é desnecessário o reconhecimento de firma da assinatura dos candidatos no RRC, uma vez que a resolução não faz tal exigência.

Uma vez impressos e assinados, devem ser anexados ao RRC de cada candidato os seguintes documentos (art. 27, incisos I a VII da Res. TSE 23.405/2014 e art. 11, §1º, da Lei 9.504/97):

I - declaração atual de bens, preenchida e impressa no Sistema CANDex, devidamente assinada pelo candidato;II - certidões criminais fornecidas:

a) pela Justiça Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o candidato tenha o seu domicílio eleitoral;b) pela Justiça Estadual ou do Distrito Federal de 1º e 2º graus da circunscrição na qual o candidato tenha o seu domicílio eleitoral;c) pelos Tribunais competentes, quando os candidatos gozarem de foro especial.

III - fotografia recente do candidato, obrigatoriamente em formato digital e anexada ao CANDex, preferencialmente em preto e branco, observado o seguinte:

a) dimensões: 161 x 225 pixels (L x A), sem moldura;b) profundidade de cor: 8bpp em escala de cinza;c) cor de fundo: uniforme, preferencialmente branca;d) características: frontal (busto), trajes adequados para fotografia oficial e sem adornos, especialmente aqueles que tenham conotação de propaganda eleitoral ou que induzam ou dificultem o reconhecimento pelo eleitor;

IV - comprovante de escolaridade;

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V - prova de desincompatibilização, quando for o caso;VI - propostas defendidas pelos candidatos a Presidente da República e a Governador de Estado ou do Distrito Federal, nas eleições majoritárias;VII - cópia de documento oficial de identificação.As certidões criminais de que trata o inciso II e as propostas de governo para

candidatos aos cargos de governador e presidente deverão ser também digitalizadas e anexadas ao CandEx, durante o cadastramento dos candidatos. Já a declaração de bens atualizada é preenchida no próprio CandEx, devendo ser posteriormente impressa e anexada em conjunto com os demais documentos.

Importante ressaltar que após a leitura da mídia gerada pelo CandEx, os dados dos candidatos (com exceção dos dados pessoais) irão constar na base de dados do Sistema de Candidaturas da Justiça Eleitoral e estarão disponíveis para consulta por qualquer interessado através da Internet (www.tse.jus.br), cumprindo-se, assim, o disposto no art. 28 da Res. TSE 23.405/2014, como também no art. 11, §6º, da Lei 9.504/97. Dessa maneira, estarão disponíveis, entre outros, a foto do candidato, o cargo em disputa, nome e número com o qual vai concorrer, certidões criminais, declaração de bens, propostas de governo (quando for o caso), etc.

Quanto às certidões criminais, a resolução de regência determina que, caso positivas, ou seja, caso o candidato seja réu em processo criminal, sejam apresentadas também as respectivas certidões de objeto e pé, que contém a descrição da situação atual de cada um dos processos em que o candidato está envolvido.

Tal exigência visa balizar o entendimento do Juiz Relator quanto ao enquadramento do candidato em determinadas hipóteses de inelegibilidade, previstas na Lei Complementar 64/90 (alterada pela LC 135/2010, a conhecida Lei da Ficha Limpa).

Caso o candidato deixe de apresentar algum dos documentos previstos acima, será notificado para apresentá-lo ao TRE no prazo de 72 horas (3 dias), conforme estabelece o art. 36 da Res. TSE 23.405/2014, sob pena de indeferimento do seu registro, caso não apresente o documento faltante.

As certidões relacionadas à filiação partidária, quitação eleitoral, domicílio eleitoral e inexistência de crimes eleitorais, não precisam ser entregues pelos candidatos, pois serão extraídas da própria base de dados da Justiça Eleitoral.

A Lei Eleitoral outorga a possibilidade para o candidato escolhido em convenção, cujo partido, ou a coligação a qual integra, não apresentou o seu requerimento de registro até o dia 5 de julho de 2014, de exercer seu direito de postulante a cargo eletivo de forma autônoma e individualizada, por meio do RRCI – Requerimento de Registro de Candidatura Individual.

Nesses casos, deverá o próprio candidato, utilizando o sistema CandEx e escolhendo o pedido individual, preencher seu RRCI, anexar as certidões e demais documentos em forma impressa e digitalizada (quando necessário), gerar a mídia e entregar todo esse material no protocolo do TRE até 48 horas após a publicação do edital contendo os pedidos de registro para ciência dos interessados, no Diário da Justiça Eletrônico (Código Eleitoral, art. 97, § 1º). Esse edital conterá a relação de todos os pedidos de registro apresentados de forma coletiva, pelos partidos e coligações, até o dia 5 de julho.

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A despeito da forma individualizada, o RRCI em nada difere do formulário padrão de RRC, contendo todas as informações exigidas pela legislação.

7.2.1 Quantitativo de candidatos e percentual por sexo

As regras para o quantitativo máximo de candidatos que cada agremiação partidária poderá apresentar estão disciplinadas na Res. TSE 23.405/2014, nos arts. 17 a 19.

Para as eleições proporcionais, cada partido, atuando isoladamente, poderá apresentar candidatos na quantidade de até 150% (cento e cinquenta por cento) do número de vagas disponíveis nas casas legislativas estadual e federal. Quando coligados, poderão apresentar candidatos até o dobro de lugares a preencher, nas respectivas casas legislativas.

Para os cargos majoritários, a quantidade se resume a 1 (um) candidato para cada cargo, independente da atuação isolada do partido ou da forma coligada. Este ano, para o cargo de senador, teremos a renovação de apenas 1/3 dos lugares para cada unidade da federação, correpondendo, assim, a apenas um candidato.

A tabela abaixo resume os quantitativos máximos descritos acima, já considerando o número de vagas disponíveis na Assembléia Estadual e na Câmara dos Deputados, atribuídos ao Estado do Ceará, que para este ano de 2014 permanece igual ao ano de 2010, ou seja, 22 (vinte e dois) lugares na Câmara Federal e 46 (quarenta e seis) lugares na Assembléia Legislativa:

QUANTITATIVO MÁXIMO DE CANDIDATOS

Governador Senador Deputado Federal (Máx.)

Deputado Estadual (Máx.)

Partido isolado 1 1 33 69

Coligação 1 1 44 92

Em relação ao percentual de sexo, a legislação preconiza que pelo menos 30% (trinta por cento) e não mais que 70% (setenta por cento) das vagas, sejam ocupadas por um dos sexos.

Tal medida visa a um maior equilíbrio na distribuição entre os sexos das cadeiras nas casas parlamentares, principalmente quanto a uma maior participação das mulheres na vida política.

Uma dúvida comum nas eleições anteriores foi resolvida com a inserção do §7º do art. 19 da Res. TSE 23.405/2014, que dispõe que, no cálculo dos percentuais de candidatos para cada sexo será utilizado como base o número de candidaturas efetivamente requeridas pelo partido ou coligação, regra que deverá ser observada também nos casos apresentação de candidatos em vagas remanescentes ou em substituição.

Por exemplo: apresentados 10 candidatos, no mínimo 3 deverão ser de um dos sexos e, por consequência, no máximo 7 deverão ser do sexo oposto.

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Caso não cumpra a regra acima, o partido ou coligação será notificado para adequar-se ao percentual de sexo, fazendo os devidos ajustes e podendo até suprimir, se for necessário, um certo número de candidatos de determinado sexo, sob pena de, não o fazendo, ter seu DRAP e todos os RRCs indeferidos, em razão do descumprimento à legislação eleitoral (art. 19, §8º, Res. TSE 23.405/2014).

7.2.2 Nome dos candidatos e homonímia

Para compor o nome com o qual pretendem concorrer à eleição, os candidatos deverão observar as seguintes regras previstas na Resolução 23.405/2014 (art. 30 e ss.):

F Máximo de 30 caracteres, incluindo-se o espaço entre os nomes, podendo ser o prenome, sobrenome, cognome, nome abreviado, apelido ou nome pelo qual o candidato é mais conhecido, desde que não se estabeleça dúvida quanto a sua identidade, não atente contra o pudor e não seja ridículo ou irreverente;

F Não será permitido o uso de expressão e/ou siglas pertencentes a qualquer órgão da administração pública direta, indireta federal, estadual, distrital e municipal.

Caso o candidato não indique o nome para a urna eletrônica no RRC, será intimado para fazê-lo e, caso permaneça omisso, será usado o seu nome completo, podendo a Justiça Eleitoral adaptá-lo para se adequar às regras acimas.

No caso de homonímia, hipótese em que dois ou mais candidatos indicam o mesmo nome com o qual pretendem concorrer, serão usadas as regras previstas no art. 31 da Res. TSE 23.405/2014 para decidir qual candidato terá o direito de uso do nome em duplicidade, conforme transcrito abaixo:

Art. 31. Verificada a ocorrência de homonímia, a Justiça Eleitoral procederá atendendo ao seguinte (Lei nº 9.504/97, art. 12, § 1º, I a V): I – havendo dúvida, poderá exigir do candidato prova de que é conhecido pela opção de nome indicada no pedido de registro; II – ao candidato que, até 5 de julho de 2014, estiver exercendo mandato eletivo, ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, se tenha candidatado com o nome que indicou, será deferido o seu uso, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com o mesmo nome; III – ao candidato que, por sua vida política, social ou profissional, seja identificado pelo nome que tiver indicado, será deferido o seu uso, ficando outros candidatos impedidos de fazer propaganda com o mesmo nome; IV – tratando-se de candidatos cuja homonímia não se resolva pelas regras dos incisos II e III deste artigo, a Justiça Eleitoral deverá notificá-los para que, em 2 dias, cheguem a acordo sobre os respectivos nomes a serem usados; V – não havendo acordo no caso do inciso IV deste artigo, a Justiça Eleitoral registrará cada candidato com o nome e sobrenome constantes do pedido de registro. § 1º A Justiça Eleitoral poderá exigir do candidato prova de que é conhecido por determinado nome por ele indicado, quando seu uso puder confundir o eleitor (Lei nº 9.504/97, art. 12, § 2º).

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§ 2º A Justiça Eleitoral indeferirá todo pedido de nome coincidente com nome de candidato à eleição majoritária, salvo para candidato que esteja exercendo mandato eletivo ou o tenha exercido nos últimos quatro anos, ou que, nesse mesmo prazo, tenha concorrido em eleição com o nome coincidente (Lei nº 9.504/97, art. 12, § 3º). § 3º Não havendo preferência entre candidatos que pretendam o registro da mesma variação nominal, será deferido o do que primeiro o tenha requerido (Súmula-TSE nº 4).

7.3 Substituição de candidatos e vagas remanescentes

Os partidos e coligações possuem a faculdade de substituir seus candidatos em determinadas situações previstas na legislação, quais sejam :

F Indeferimento do pedido de registro, inclusive por inelegibilidade do candidato;

F Cancelamento ou cassação do registro; F Renúncia; F Falecimento do candidato.

Em todas essas situações, a legislação concede o prazo de 10(dez) dias, improrrogáveis, contados do fato ou da notificação da decisão judicial que deu origem à substituição, para que o partido ou coligação apresente o pedido de registro do candidato substituto (art. 61, §1º, Res. TSE 23.405/2014).

O pedido de registro do substituto deverá ser feito mediante sistema CandEx, preenchendo-se o formulário RRC com todas as informações ali requisitadas, anexando todos os demais documentos exigidos pela legislação e gerando a mídia correspondente para entrega no protocolo do TRE.

Deverão ser observadas, ainda, as seguintes normas: F A substituição poderá ser requerida até 20 dias antes do pleito, exceto

no caso de falecimento, quando poderá ser solicitada mesmo após esse prazo, respeitado, contudo, o prazo de 10 dias do fato ou decisão judicial; (art. 61, §2º, Res. TSE 23.405/2014)

F Nas eleições majoritárias, se o candidato for de coligação, a substituição deverá ser feita por decisão da maioria absoluta dos órgãos executivos de direção dos partidos políticos coligados, podendo o substituto ser filiado a qualquer partido dela integrante, desde que o partido político ao qual pertencia o substituído renuncie ao direito de preferência (art. 61, §3º, Res. TSE 23.405/2014).

F Se ocorrer a substituição de candidatos a cargo majoritário após a geração das tabelas para elaboração da lista de candidatos e preparação das urnas, o substituto concorrerá com o nome, o número e, na urna eletrônica, com a fotografia do substituído, computando-se àquele os votos a este atribuídos (art. 61, §4º, Res. TSE 23.405/2014).

F Na hipótese de substituição, caberá ao partido político e/ou coligação do substituto dar ampla divulgação ao fato para esclarecimento do

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eleitorado, sem prejuízo da divulgação também por outros candidatos, partidos políticos e/ou coligações e, ainda, pela Justiça Eleitoral, inclusive nas próprias Seções Eleitorais, quando determinado ou autorizado pela autoridade eleitoral competente (art. 61, §5º, Res. TSE 23.405/2014).

F Nas eleições proporcionais, a substituição só se efetivará se o novo pedido for apresentado até o dia 6 de agosto de 2014, respeitado, ainda, o prazo de 10 dias do fato ou decisão judicial (art. 61, §6º, Res. TSE 23.405/2014).

F Deverão ser observados, nos pedidos de substituição de candidatos às eleições proporcionais, os limites mínimo e máximo das candidaturas de cada sexo previstos no § 5º do art. 19 da Res. TSE 23.405/2014 (art. 61, §7º, Res. TSE 23.405/2014).

O candidato que pretenda renunciar deverá comunicar sua decisão de forma irretratável à Justiça Eleitoral por meio de documento, datado e assinado, com firma reconhecida por tabelião ou por duas testemunhas, e o prazo para substituição será contado da publicação da decisão que homologar a renúncia (art. 61, §8º, Res. TSE 23.405/2014).

Uma vez homologada a renúncia por decisão judicial, o candidato renunciante fica impedido de concorrer para o mesmo cargo na mesma eleição (art. 61, §9º, Res. TSE 23.405/2014).

Mesmo que não ocorra nenhuma das hipóteses de substituição previstas na legislação, caso os partidos/coligações não tenham apresentado candidatos na quantidade máxima prevista para determinado cargo nas eleições proporcionais, poderão apresentar pedido para preenchimento dessas vagas remanescentes até a data limite de 6 de agosto de 2014, sempre respeitando, porém, a cota percentual de sexos prevista na resolução de regência (art. 19, §§ 7º e 9º, Res. TSE 23.405/2014).

O pedido de vaga remanescente, como não poderia deixar de ser, também deverá ser feito mediante sistema CandEx, utilizando a opção própria para cadastramento de candidatos nessa situação.

8. Audiência de Verificação e Validação de Dados e FotografiaDecididos todos os pedidos de registro, os partidos políticos, as coligações e

os candidatos serão notificados, por edital, publicado no Diário da Justiça Eletrônico, para a audiência de verificação das fotografias e dos dados que constarão da urna eletrônica, a ser realizada até 1º de setembro de 2014, anteriormente ao fechamento do Sistema de Candidaturas (Res. n.º 23.405, art. 64).

O candidato poderá nomear procurador para os fins deste artigo, devendo a procuração ser individual e conceder poderes específicos para a validação dos dados, dispensado o reconhecimento de firma. Podem, ainda, representar o candidato na audiência de verificação, em sua ausência: o presidente do partido, caso esteja isolado, o representante da coligação ou seus delegados.

Estão sujeitos à validação os seguintes dados: nome para urna, o cargo, o número, o partido, o sexo e a fotografia do candidato. Na hipótese de rejeição de quaisquer dos mencionados dados, o candidato, ou seu representante, será intimado

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na audiência de verificação para apresentar, no prazo de 2 dias, as informações a serem alteradas, em petição protocolizada no TRE, a qual será submetida à apreciação do Relator.

A alteração da fotografia somente será deferida quando constatada a dificuldade de reconhecimento do candidato, devendo ser substituída no prazo e nos moldes legais. Se o novo dado não atender aos requisitos previstos na legislação, o requerimento será indeferido, permanecendo o candidato com o anteriormente apresentado.

O não comparecimento dos interessados ou de seus representantes implicará aceite tácito, não podendo ser suscitada questão relativa a problemas de exibição em virtude da má qualidade da foto apresentada.

Da audiência de verificação será lavrada ata consignando as ocorrências e manifestações dos interessados.

9. Processamento do Pedido de Registro de Candidatura no Tre-CeProtocolados os pedidos de registro de candidatura, os requerimentos serão

encaminhados à Secretaria Judiciária do TRE-CE para o devido processamento.

9.1 Distribuição e autuação dos requerimentos.

Os pedidos de registro de candidatura serão autuados e distribuídos a um Juiz Relator do Tribunal Eleitoral, na classe Registro de Candidatura, sendo adotados os seguintes procedimentos(Res. n.º 23.405, art. 34):

I – O formulário Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) e os documentos que o acompanham constituirão o PROCESSO PRINCIPAL dos pedidos de registro de candidatura requeridos pelos partidos ou coligações. No processo principal serão analisados a regularidade da agremiação partidária, bem como a sua situação jurídica, validade da convenção e a deliberação sobre coligação, se houver. A regularidade do DRAP constitui pré-requesito para apreciação dos pedidos individuais.II – Cada formulário Requerimento de Registro de Candidatura (RRC), juntamente com os documentos que o acompanham, constituirão o PROCESSO INDIVIDUAL de cada candidato, o qual será vinculado ao mencionado processo principal. Aqui serão verificados temas como condições de elegibilidade, causas de inelegibilidade e variações nominais, nome de candidatos, entre outros.III - Os pedidos de registro para os cargos majoritários de uma mesma chapa deverão ser apensados, para, em ocasião posterior, serem processados e julgados conjuntamente, podendo, a critério do Presidente do Tribunal, serem autuados em um único processo.

9.2 Publicação dos editais

Feita a leitura dos arquivos magnéticos gerados pelo Sistema Candex, a Secretaria Judiciária fará publicar edital no Diário da Justiça Eletrônico, contendo a lista dos candidatos, para ciência dos interessados. A partir da data da publicação do edital, passará a correr os seguintes prazos (Res. n.º 23.405, arts. 23 e 37):

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I - 48 horas para que o candidato escolhido em convenção partidária requeira, individualmente, o registro de sua candidatura, caso o partido ou a coligação não o tenha requerido;

II - 5 dias para a impugnação dos pedidos de registro de candidatura.Decorrido o prazo a que se refere o inciso I e havendo pedido(s) individual(is)

de registro de candidatura, será publicado novo edital, passando a correr, para esse(s) pedido(s), o prazo de impugnação previsto no inciso II.

9.3 Realização de diligências

Havendo qualquer falha ou omissão no pedido de registro e no DRAP que possa ser suprida pelo candidato, partido político ou coligação, o Relator converterá o julgamento em diligência para que o vício seja sanado, no prazo de 72 horas, contado da respectiva intimação a ser realizada por fac-símile ou outras formas legais previstas (Res. n.º 23.405, art. 36).

As intimações e os comunicados para o cumprimento das diligências deverão ser realizados por meio do número de fax declarado pelo candidato no pedido de registro, e, subsidiariamente, por via postal com Aviso de Recebimento, ou por Oficial de Justiça.

9.4 Impugnação ao registro de candidatura

Qualquer candidato, partido político, coligação ou o Ministério Público Eleitoral, poderá, no prazo de 5 dias, contados da publicação do edital, requerer a impugnação do pedido de registro, fazendo-o em petição fundamentada (Res. n.º 23.405, art. 37).

O cidadão, no gozo dos seus direitos políticos, não tem legitimidade para propor impugnação ao registro, mas poderá, no prazo de 5 (cinco) dias contados da publicação do edital, dar notícia de inelegibilidade ao Juiz Eleitoral mediante petição fundamentada, e que será imediatamente encaminhada ao Ministério Público.

A impugnação é processada e decidida nos próprios autos do processo a que se refere, e segue o rito previsto na Lei Complementar nº 64/90.

O impugnante especificará, desde logo, os meios de prova com que pretende demonstrar a veracidade do alegado, arrolando testemunhas, se for o caso, no número máximo de seis.

A impugnação, por parte do candidato, do partido político ou da coligação, não impede a ação do Ministério Público Eleitoral no mesmo sentido.

Terminado o prazo para impugnação, o candidato, o partido político ou a coligação serão notificados para, no prazo de 7 dias, contestá-la ou se manifestar sobre a notícia de inelegibilidade, juntar documentos, indicar rol de testemunhas e requerer a produção de outras provas, inclusive documentais, que se encontrarem em poder de terceiros, de repartições públicas ou em procedimentos judiciais ou administrativos, salvo os processos que estiverem tramitando em segredo de justiça (Res. n.º 23.405, art. 38).

Encerrado o prazo da dilação probatória, as partes, inclusive o Ministério Público Eleitoral, poderão apresentar alegações no prazo comum de 5 dias, sendo os autos conclusos ao Relator, no dia imediato, para julgamento pelo Tribunal.

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9.4.1 Notícia de inelegibilidade

Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá, no prazo de 5 dias, contados da publicação do edital relativo ao pedido de registro, dar notícia de inelegibilidade ao Juízo Eleitoral competente, mediante petição fundamentada, apresentada em duas vias.

A Secretaria Judiciária procederá à juntada de uma via aos autos do pedido de registro do candidato a que se refere a notícia e encaminhará a outra via ao Ministério Público Eleitoral.

No que couber, será adotado na instrução da notícia de inelegibilidade o procedimento previsto para as impugnações.

A declaração de inelegibilidade do candidato ao Governo Estadual e ao Senado Federal não atingirá o candidato a Vice-Governador e Suplentes, assim como a deste não atingirá aquele.

Reconhecida a inelegibilidade, e sobrevindo recurso, a validade dos votos atribuídos à chapa que esteja sub judice no dia da eleição fica condicionada ao deferimento do respectivo registro (Res. n.º 23.405, art. 43, parágrafo único).

O candidato cujo registro esteja sub judice (com o pedido ainda esperando seu julgamento final) poderá efetuar todos os atos relativos à campanha eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão e ter seu nome mantido na urna eletrônica enquanto estiver sob essa condição.

9.5 - Julgamento dos pedidos de registro

Analisada a documentação pela Secretaria Judiciária do Tribunal, cumpridas todas as diligências e emitido o parecer do Ministério Público Eleitoral, os autos deverão ser conclusos ao Relator para decisão.

Os pedidos de registro, com ou sem impugnação, deverão ser julgados em Sessão Plenária, em 3 (três) dias, após a conclusão dos autos ao Relator, independentemente de publicação em pauta. Ressalte-se que só poderão ser apreciados em sessão de julgamento os processos relacionados até o seu início.

Caberá ao Relator, se for o caso, apreciar o pedido de registro monocraticamente, bem como homologar renúncia de candidatura, nos termos da Resolução TRE-CE n.º 547, art. 1.º.

O pedido de registro será indeferido, ainda que não tenha havido impugnação, quando o candidato for inelegível ou não atender a qualquer das condições de elegibilidade Nesses casos, antes de decidir, o Relator determinará a intimação prévia do interessado para que se manifeste no prazo de 72 horas (Res. n.º 23.405, art. 44, caput e parágrafo único).

O pedido de registro do candidato, a impugnação, a notícia de inelegibilidade e as questões relativas à homonímia serão processadas nos próprios autos dos processos dos candidatos e serão julgados em uma só decisão (Res. n.º 23.405, art. 45).

O julgamento do processo principal (DRAP) precederá ao dos processos individuais de registro de candidatura, devendo o resultado daquele ser certificado nos autos destes, podendo, inclusive, serem julgados na mesma sessão de julgamento.

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Havendo o indeferimento definitivo do DRAP, os pedidos de registros de candidatura individuais a ele vinculados sofrerão prejuízo, inclusive aqueles já deferidos (Res. n.º 23.405, art. 46, caput e parágrafo único).

Os pedidos de registro das chapas majoritárias serão julgados em uma única decisão por chapa, com o exame individualizado de cada uma das candidaturas, e somente serão deferidos se todos os candidatos forem considerados aptos, não podendo ser deferidos os registros sob condição. Havendo o indeferimento do registro, o Relator deverá especificar qual dos candidatos não preenche as exigências legais e apontar o óbice existente, podendo o candidato, o partido político ou a coligação, por sua conta e risco, recorrer da decisão ou, desde logo, indicar substituto ao candidato que não for considerado apto, na forma legal (Res. n.º 23.405, art. 47, caput e parágrafo único).

Proferida e publicada a decisão sobre o pedido de registro, passará a correr o prazo para a interposição dos recursos cabíveis.

9.6 – Publicações no DJE, em sessão plenária e mural eletrônico

Durante o período eleitoral, os acórdãos serão publicados em sessão de julgamento, ficando as partes e o Ministério Público devidamente intimados.

Para as Eleições de 2014, o TRE-CE instituiu, por meio da Resolução n.º 546/2014, o Mural Eletrônico, como meio oficial de publicação dos atos judiciais no período eleitoral, o qual poderá ser acessado no sítio do Tribunal na internet, passando a correr os prazos legais.

Serão veiculados no Mural Eletrônico os atos que contenham previsão de publicação em Secretaria, quais sejam os despachos, sentenças e decisões monocráticas – inclusive as interlocutórias e, quando for o caso, liminares – proferidas pelas autoridades judiciais.

Para efeito de publicação, ficará eliminado o uso do mural físico existente na Secretaria Judiciária.

Serão publicadas no Diário da Justiça Eletrônico os atos previstos em legislação específica.

9.7 – Recursos

A partir da data da publicação das decisões proferidas pelo TRE-CE, passará a correr, de forma contínua e peremptória, incluindo-se os sábados, domingos e feriados, o prazo de três dias para a interposição de recursos, em petição fundamentada, ao Tribunal Superior Eleitoral.

Caberão os seguintes recursos para o TSE:I – recurso ordinário, quando versar sobre inelegibilidade (Constituição Federal, art. 121, § 4º, III);II – recurso especial, quando versar sobre condições de elegibilidade (Constituição Federal, art. 121, § 4º, I e II).O recorrido será notificado em Secretaria para apresentar contrarrazões, no

prazo de 3 dias (Res. n.º 23.405, art. 51, I e II e parágrafo único).

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Instruções para Requerimento de Registro de Candidaturas32

Tribunal Regional Eleitoral do Ceará

Apresentadas as contrarrazões ou transcorrido o respectivo prazo, e dispensado o juízo prévio de admissibilidade do recurso, os autos serão imediatamente remetidos ao Tribunal Superior Eleitoral, inclusive por portador, correndo as despesas do transporte, nesse último caso, por conta do recorrente (Res. n.º 23.405, art. 52).

Após decidir sobre os pedidos de registro e determinar o fechamento do Sistema de Candidaturas, com todos os dados que foram confirmados na Audiência de Verificação e Validação de Dados e Fotografias, os Tribunais Eleitorais publicarão no Diário da Justiça Eletrônico a relação dos nomes dos candidatos e respectivos números com os quais concorrerão nas eleições, a ser afixada nos locais de votação, inclusive daqueles candidatos cujos pedidos indeferidos se encontrem em grau de recurso (Res. n.º 23.405, art. 53).

Todos os pedidos originários de registro, apresentados até o dia 5 de julho de 2014, inclusive os impugnados, devem estar julgados pelo TRE/CE e as respectivas decisões publicadas até o dia 5/08/2014. (Res. n.º 23.405, art. 54).

Todos os recursos sobre pedido de registro de candidatos deverão estar julgados pelo TSE e publicadas as respectivas decisões até 21/08/2014. (Res. n.º 23.405, art. 59).