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www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP MÍN: 17°C MÁX: 30°C SÃO PAULO Terça-feira, 9 de setembro de 2014 Edição nº 1.874, ano 8 ABRA O OLHO! METRO PHOTO CHALLENGE TERÁ PARCERIA COM A ONU PÁG. 14 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR ‘Meu telhado é cobertinho’, afirma Dilma Petrobras. ‘Os dois candidatos é que não podem esquecer de seus telhados’, disse a presidente em resposta a Marina e Aécio, que cobraram apuração das denúncias sobre propina e desvios de verba na estatal; vazamento de depoimento será apurado pela PF PÁG. 08 ‘O PMDB do Skaf não tem nada a ver com denúncias’ Candidato ao governo tenta se descolar do seu partido no caso Petrobras e critica gestão do PSDB PÁGS. 04 E 05 Explosão deixa 14 feridos em Santiago Sem Maicon, cortado por atraso, Brasil enfrenta o Equador Bomba caseira estava em restaurante próximo a estação do metrô; governo fala em ‘terrorismo’ PÁG. 12 Punido por indisciplina, lateral não deve mais ser chamado por Dunga; David Luiz, contundido, não joga PÁG. 17 O candidato Paulo Skaf (PMDB) | WANEZZA SOARES Desempregado, Rodolfo, 18 anos, caminha em meio aos destroços da favela onde morava; 600 famílias tiveram suas casas destruídas e muitos não tinham para onde ir | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS ‘TUDO DE NOVO’ Ao lado da mãe e de seis irmãos, Rodolfo Silva promete reconstruir sua casa destruída pelo fogo na favela Buraco Quente; há dois anos, outro incêndio já havia consumido tudo o que tinham PÁG. 02 GAME ‘DESTINY’ MESCLA FANTASIA E SCI-FI EM DISPUTAS ON-LINE PÁG. 14 SENHOR DO DESTINO 2014 ELEIÇÕES ELEIÇÕES DIVULGAÇÃO

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MÍN: 17°CMÁX: 30°C

SÃO PAULO Terça-feira,9 de setembro de 2014Edição nº 1.874, ano 8

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ABRA O OLHO!METRO PHOTO CHALLENGE TERÁ PARCERIA COM A ONU PÁG. 14

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‘Meu telhado é cobertinho’, afirma Dilma Petrobras. ‘Os dois candidatos é que não podem esquecer de seus telhados’, disse a presidente em resposta a Marina e Aécio, que cobraram apuração das denúncias sobre propina e desvios de verba na estatal; vazamento de depoimento será apurado pela PF PÁG. 08

‘O PMDB do Skafnão tem nada a ver com denúncias’Candidato ao governo tenta se descolar do seu partido no caso Petrobras e critica gestão do PSDB PÁGS. 04 E 05

Explosão deixa 14 feridosem Santiago

Sem Maicon, cortado por atraso, Brasil enfrenta o Equador

Bomba caseira estava em restaurante próximo a estação do metrô; governo fala em ‘terrorismo’ PÁG. 12

Punido por indisciplina, lateral não deve mais ser chamado por Dunga; David Luiz, contundido, não joga PÁG. 17

O candidato Paulo Skaf (PMDB) | WANEZZA SOARES

Desempregado, Rodolfo, 18 anos, caminha em meio aos destroços da favela onde morava; 600 famílias tiveram suas casas destruídas e muitos não tinham para onde ir | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

‘TUDO DE NOVO’

Ao lado da mãe e de seis irmãos, Rodolfo Silva promete reconstruir sua casa destruída pelo fogo na favela Buraco Quente; há dois anos, outro incêndio

já havia consumido tudo o que tinham PÁG. 02

GAME ‘DESTINY’ MESCLA FANTASIAE SCI-FI EM DISPUTAS ON-LINE PÁG. 14

SENHOR DODESTINO

2014

ELEIÇÕES

ELEIÇÕESDIVULGAÇÃO

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |02| {FOCO}

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: Avenida Rebouças, 1585, Pinheiros, CEP 05401-909, São Paulo, SP, Brasil. Tel.: 3528-8500. O jornal Metro é impresso na Plural Editora e Gráfica Ltda.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro (MTB: 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo ScappiniDiretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes JuniorGerente Executivo: Ricardo Adamo Coordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro São Paulo. Editores-Executivos: Ariel Kostman e Lara De Novelli (MTB: 31.369) Editor de Arte: Tiago Galvão. Gerentes Comerciais: Tânia Biagio e Elizabeth Silva

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1FOCO

Exatos dois anos e quatro dias após um incêndio ter queimado quase todos os barracos da favela do Bura-co Quente, na zona sul, cer-ca de 600 famílias revivem o drama de ter de recons-truir seus barracos e dormir ao relento.

Até a noite de domingo, antes de o fogo começar a se alastrar, moravam apro-ximadamente 2 mil pessoas no local, também conheci-do como “favela do Piolho”, que fica na avenida Roberto Marinho.

Na tarde de ontem, en-quanto as crianças foram deixadas em uma igreja pró-xima, os pais trabalhavam na reconstrução dos barra-cos. “Faltei no trabalho ho-je para limpar a minha área. Na semana que vem começo a reconstruir tudo. Já perdi minha casa, espero não per-der meu trabalho também”, diz a auxiliar de limpeza do aeroporto de Congonhas, Zilma Ernesto de 42 anos.

Segundo os bombeiros, o

incêndio pode ter sido cri-minoso. O capitão Marcos Palumbo afirma que as sus-peitas se dão por conta do tamanho das chamas e pela maneira com que a equipe foi recebida – com paus, pe-dras e até tiros.

O ajudante de pedrei-ro Marcos da Silva, de 42 anos, diz que os morado-res ficaram revoltados com o “descaso” dos bombeiros. “Tinha dois carros parados. Esperaram o fogo se alas-trar por cerca de uma hora e só depois jogaram água. Aí ficamos revoltados”. Os moradores também relata-ram que faltou água para os bombeiros trabalharem. A corporação nega.

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que a polícia vai investigar as causas do incêndio. A prefeitura disponibilizou colchões, cobertores, ces-tas básicas, kits de higiene e refeições, além da pro-posta de auxílio aluguel, de R$ 400 por mês. METRO

Buraco Quente. Um dia depois, famílias começam a reconstruir barracos. Bombeiros dizem que incêndio pode ter sido criminoso. Prefeitura oferece auxílio aluguel e cestas básicas

Moradores de favela não têm para onde ir

A Secretaria Estadual de Saúde afirma que a vaci-na contra HPV (Papilomaví-rus Humano) é segura e que quem começou a imuniza-ção deve continuar toman-do as outras doses. Na sex-ta-feira, três adolescentes de Bertioga foram interna-das após apresentarem falta de sensibilidade nas pernas e dificuldade para andar ou mexer os braços depois de tomar a segunda dose.

A diretora do Depar-tamento de Imunização da secretaria, Helena Sa-to, afirmou que as meni-

nas passam bem. “Elas con-tinuam internadas para acompanhar a evolução dos sintomas. A principal hipó-tese é a de que trata-se de uma reação de ansiedade após a vacinação”, explicou.

O caso está sob investi-gação. Já foram descarta-dos problemas com o lote do medicamento usado ou com aplicação.

Meninas entre 11 e 13 anos estão sendo imuniza-das desde março contra o ví-rus HPV, que pode causar le-sões ou até mesmo câncer de colo do útero. METRO

Saúde. Vacinação contra HPV é mantida no Estado

Moradores dormiram em calçada próxima à favela | RIVALDO GOMES/FOLHAPRESS

‘Vamos reconstruir mais uma vez’Filho mais velho de uma família de sete irmãos que veio do Ceará há 10 anos em busca de uma vida melhor, Rodolfo Silva, de 18 anos, era o mestre de obras da reconstrução de sua casa ontem. Os Silva trabalhavam em conjunto. Enquanto Rodolfo e o pai, Alcides, pegavam no batente, a mãe, Aparecida, buscava alimentos, e os irmãos mais novos iam até a obra do monotrilho pegar madeira para a reconstrução. “No dia 3 de setembro de 2012, também perdemos tudo. Demoramos sete meses para reconstruir. Gastamos 3,5 mil. Agora vai ser tudo de novo”, afirma Rodolfo. METRO

Depoimento

Dólar + 0,89% (R$ 2,26)

Bovespa - 2,45% (59.192 pts)

Euro + 0,69% (R$ 2,92)

Selic (11% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

Menino aponta casa onde morava | ZANONE FRAISSAT/FOLHAPRESS

Guido Mantega

Saída próxima

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, será

substituído num eventual segundo mandato

da presidente Dilma Rousseff. A candidata à reeleição confirmou

ontem a troca, mas afirmou que Mantega fez o pedido para ser substituído, alegando

problemas particulares.

Superlua dá adeus a 2014Pela terceira e última vez este ano, o satélite se aproximou da Terra. De acordo com a Nasa, ontem a lua apareceu com tamanho 7% maior que o habitual, e com um brilho 15% mais intenso. | WILLIAM VOLCOV/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

O paulistano deve enfrentar calor acima dos 30oC e bai-xa umidade do ar pelo me-nos até sexta-feira. A míni-ma fica em torno dos 18oC.

Os índices de umidade devem ficar abaixo de 30%, hoje e amanhã. Na sexta, o índice pode cair para 15%.

Abaixo de 20% é decreta-do estado de alerta. É reco-mendado evitar exercícios ao ar livre entre 10h e 16h, umidificar o ambiente be-ber muito líquido. METRO

Clima. Cidade terá dia quente e seco hoje

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br {FOCO} |03|◊◊

Após aceitarem a proposta de reajuste de 5,24%, além de um abono de 28,6%, em assembleia realizada on-tem, os funcionários da USP decidiram manter a paralisação, que já dura 106 dias.

Para voltar ao trabalho, os grevistas querem a ga-rantia de que não haverá punições. Além disso, não aceitam ter de compensar as horas não trabalhadas em função da paralisação.

Depois da assembleia, representantes do sindica-to dos servidores se reuni-ram com a direção da uni-versidade, mas não houve acordo. Uma nova reunião deve acontecer na tarde de hoje. De acordo com o sindicato, ainda há “im-

passes” que precisam ser resolvidos. Caso a greve não termine, amanhã es-tá prevista uma nova au-diência de conciliação no TRT (Tribunal Regional do Trabalho).

A paralisação, que já é a mais longa da história da universidade, começou no dia 27 de maio, depois de a reitoria anunciar que não seria possível conceder rea-

juste aos funcionários devi-do à crise financeira da ins-tituição. Maio é a data base da categoria. Desde então, os funcionários realizaram uma série de protestos. Por duas vezes, fecharam os portões de acesso ao cam-pus, impedindo a entrada de alunos e professores.

A USP chegou a descon-tar os dias parados, mas a medida foi derrubada pelo TRT. Na quinta-feira, após tentar reverter a decisão no STF (Supremo Tribunal Fe-deral), a universidade rea-lizou os pagamentos. Mas, segundo Magno de Carva-lho, diretor do Sintusp (Sin-dicato dos Servidores da USP), os benefícios referen-tes ao período não foram quitados. METRO

Educação. Funcionários da universidade querem garantias de que não serão punidos nem terão de compensar horas paradas

Funcionários realizam assembleia na USP | MARCELO D’SANTS/FRAME/FOLHAPRESS

Servidores da USP aceitam 5,24%, mas mantêm greve

Má gestão é a causa da crise, dizem especialistasA crise da USP é resultado de uma má gestão financei-ra, responsabilidade de vá-rias administrações, de acor-do com especialistas ouvidos ontem pela BandNews FM.

Segundo o professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo João Whitaker a crise era uma tragédia anun-ciada, devido os gastos exces-sivos. Para ele, não há trans-parência nas prestações de contas. “Toda gestão finan-ceira sempre foi feita co-mo uma caixa-preta”, disse Whitaker.

O especialista em gestão universitária Carlos Mon-teiro afirma que o princi-pal problema é o excesso de servidores.“A USP tem hoje 17,5 mil servidores para um total de 92 mil alunos. Calcu-lando, dá 50 alunos por servi-dor”, afirma Monteiro.

Como solução, eles con-cordam que o ideal é mudar totalmente o modelo de ad-ministração, investindo em uma expansão planejada e definindo metas para equili-brar as contas da instituição.

BANDNEWS FM

106é o número de dias que dura a mais longa paralisação da categoria em dez anos. A greve começou no dia 27 de maio.

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |04| {FOCO}

C om 22% das inten-ções de voto na últi-ma pesquisa Datafo-lha para o governo do Estado, o em-

presário Paulo Skaf (PMDB) acredita que vai levar a dis-puta para o segundo tur-no. Para convencer o elei-tor, apresenta um discurso recheado de críticas à atual gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), que tem administra-do o Estado, segundo Skaf, de forma morosa e sem pla-nejamento. Presidente li-cenciado da Fiesp (Federa-ção das Indústrias do Estado de São Paulo), o peemede-bista promete modernizar a polícia paulista, aumen-tar o número de escolas em período integral e acelerar a expansão da rede metro-viária e da CPTM, por meio de parcerias com a iniciati-va privada. Ele ainda afirma que não fará concessões aos partidos aliados na indica-ção para cargos, e que redu-zirá o número de secretarias existentes hoje. Leia abaixo os principais trechos das entrevistas concedidas por ele às rádios Bandeirantes e BandNews FM, com a parti-cipação do Metro Jornal.

O senhor tem falado muito em combate à corrupção, mas as denúncias dando conta de um esquema de desvio de recursos na Pe-trobras envolvem nomes importantes de seu par-tido. Este novo escânda-lo pode impactar negativa-mente em sua campanha e consolidar a vitória do go-vernador Geraldo Alckmin (PSDB) no primeiro turno? Não. Em primeiro lugar, as pesquisas indicam um forte crescimento de nossa cam-panha. Haverá dois turnos em São Paulo. No caso das denúncias, não tenho na-da com isso. Estou filiado ao PMDB há três anos e es-tou focado na disputa em São Paulo.

Mas o PMDB de São Pau-lo não é o mesmo que faz parte da base de sustenta-ção da presidente Dilma? Estou falando do PMDB do Skaf, uma nova proposta de governo, formulada nos úl-timos três anos. Hoje, te-mos escândalos no Metrô, na CPTM, até na merenda. A população já não aguenta mais os casos sucessivos de desvios de recursos públi-cos. Eu não tenho nenhum tipo de ligação com envol-vidos em qualquer suspeita de corrupção.

E o PMDB do Skaf irá combater a corrupção no Estado de São Paulo? Entrei na política para isso. Passei anos reclamando da inércia dos governos e dos políticos. Reclamando dos

PAULO SKAF

Candidato do PMDB diz que irá para o segundo turno e que o eleitor não aguenta mais candidatos do PT e do PSDB disputando o Estado de São Paulo

‘O PMDB DO SKAF NÃO TEM LIGAÇÃO COM A CORRUPÇÃO’

casos de corrupção. Ago-ra, decidi oferecer um no-vo caminho. A população não aguenta mais candi-datos do PT e do PSDB. As pessoas querem gestão pú-blica de qualidade e meca-nismos eficazes de comba-te à corrupção.

O senhor reforça na cam-panha o discurso do novo, de uma nova forma de se fazer política, mas tem ao seu lado nomes como o ex--prefeito Gilberto Kassab (PSD) e o ex-governador Luiz Antônio Fleury Filho (PMDB). Não há uma con-tradição nessa postura? Não há contradição algu-

ma. Veja, para disputar uma eleição é preciso fazer coligações, todos sabem disso. São elas que aumen-tam o tempo de exposição no rádio e na televisão, o que permite a apresenta-ção das minhas propostas para uma fatia do eleitora-do que não me conhecia.

As alianças valem mesmo quando se trata de Gilber-to Kassab e de Fleury? O Kassab foi cortejado pe-lo atual governador duran-te muito tempo. Ele e o seu partido tentaram atraí-lo para uma coligação ofere-cendo a vaga de vice. Tam-bém ofertaram apoio na

disputa pelo Senado. Ele nunca negou esse desejo e as matérias nos jornais pro-vam isso. Ele (Kassab) deci-diu apoiar a nossa candida-tura, eu ia falar não a ele ou para o PSD? Claro que não. São falsas essas insinuações de que, se eleito, governa-rei com o passado. Estou olhando para o futuro.

O ex-governador Fleury é o coordenador da área de se-gurança de sua campanha?Quem cuida dessa área é o meu vice (José Roberto Ba-tocchio, do PDT). Não tem nada de Fleury na área da segurança. Mas o princi-pal é o seguinte: eu sou o

candidato, sou eu quem decidirá quem fará parte do meu governo, caso se-ja eleito. Vou delegar o que for necessário, mas as deci-sões são tomadas por mim.

Além do discurso contra o PT e o PSDB, o que mais o eleitor precisa conhecer do candidato Paulo Skaf?Ele precisa conhecer quem não prometeu, mas revo-lucionou o ensino no Sesi, com um saldo de 1,5 milhão de matrículas. O mesmo Skaf que lutou pelo fim da CPMF e pela redução da conta de luz. Também vale destacar nossa luta na Jus-tiça para barrar o aumen-

to abusivo no IPTU proposto no ano passado pelo prefei-to Fernando Haddad (PT). Es-se é o Skaf candidato ao go-verno de São Paulo.

E como o governador Paulo Skaf irá agir para tentar reduzir a sensação de inse-gurança vivida pelos mora-dores de São Paulo? Vivemos uma situação de guerra em São Paulo. En-quanto essa entrevista ocor-re, uma mulher é estuprada, alguém é morto ou baleado. Esse quadro só será enfren-tado com uma tropa incenti-vada, e é isso que eu vou fa-zer. Vou cobrar resultados, mas ficarei próximo das po-lícias e dos comandos.

Mas quais medidas efe-tivas serão tomadas para combater essa situação de guerra, como o senhor diz? Vou acabar com a burocra-cia. Nada de policial militar esperando delegado para fa-zer boletim de ocorrência. PM vai ficar na rua. Vamos equipar os carros da PM pa-ra que se possa fazer todo o relatório para a Polícia Ci-vil e continuar na rua. Usar toda a tecnologia disponí-vel para aumentar os resul-tados das operações da polí-cia no combate ao roubo de carros e de carga.

A Polícia Civil resolveu 5% dos casos de roubos re-

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ELEIÇÕES

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br {FOCO} |04|◊◊SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014

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FOTOS: WANEZZA SOARES

gistrados no ano passado (13,1 mil). Como melhorar esse desempenho?Vamos resgatar a cultura da investigação em São Pau-lo. Hoje, os delegados tam-bém estão presos à burocra-cia. Vamos reestruturar as delegacias de São Paulo. Va-mos modernizá-las. Entrar numa delegacia paulista é voltar para década de 1980. Investir em tecnologia, na formação dos policiais e na valorização da carreira. Es-sa será a base de nossa polí-tica para a segurança.

Que tipo de burocracia é preciso eliminar para dar mais eficácia ao trabalho das polícias Civil e Militar?A burocracia do papel, do atraso. O PM que atende uma ocorrência tem que esperar a liberação do ca-so pelo delegado, isso po-de levar até duas horas. Delegado em São Paulo fi-ca perdido em papel, não tem como trabalhar. É um exemplo de atraso. Só com a modernização é possível mudar essa situação.

Mas se é tão simples, como parece na fala do senhor, por que o governador Ge-raldo Alckmin não conse-gue melhorar os resultados da polícia paulista?O governador foge de suas responsabilidades. Ele fica invisível. A culpa sempre re-cai sobre o comandante, o delegado-geral, nunca sobre ele. A população saberá que eu sou responsável pela po-lítica de segurança do Esta-do. A culpa do caos na segu-rança é do Alckmin.

Essa modernização da ad-ministração pública será le-vada para outras áreas?Temos que trazer toda ges-tão para o século 21. Ve-ja o caso do Poupatempo. É uma ótima iniciativa, mas não pode ficar restrito a uma sala pequena, a um es-paço dentro de um shop-ping. Temos que dar um rit-mo de Poupatempo para todos os órgãos do Estado. Uma administração rápida e eficiente.

O modelo mais eficien-te de gestão vale para dis-tribuição dos cargos nas secretarias e nos demais órgãos que compõem a máquina pública? Gestão eficiente é aque-la que tem gente prepara-da para executar cada fun-ção. O meu governo não terá favores para cargos. As pessoas certas estarão nos lugares certos. Todos os partidos que compõem nossa base de apoio sabem disso. Não assumi, como é feito hoje em dia, compro-misso para divisão de car-gos com ninguém.

O senhor quer dizer que o governador oferece cargos em troca de apoio?O Maluf (deputado federal Paulo Maluf, do PP) indica cargos para a Secretaria Es-tadual de Habitação. Ele é parte da base de apoio ao governo e tem sua cota de postos na secretaria. No meu governo, nem o Maluf nem ninguém vai indicar nomes para cargos.

O senhor é favorável à redução da maioridade penal?Sou favorável sim. O atual governador quer uma mu-dança no tempo de reclu-são. Eu quero a redução da idade. São coisas distintas.

Qual idade?Dezesseis anos. O jovem com essa idade já pode vo-tar para governador, senador e presidente. Se ele tem di-reito, também tem deveres. Acredito que seja uma idade razoável para que se assuma a pena por um crime come-tido. Mas não adianta redu-zir só a maioridade penal, é preciso adotar um série de medidas, entre elas uma maior oferta de oportunida-des para formação.

Como melhorar a qualida-de da educação no Estado de São Paulo?Com valorização do pro-fessor e investimento pe-sado na qualidade do ensino oferecido. O Orça-mento do Estado hoje é de R$ 200 bilhões. Bem ge-rido esse valor, você po-de levar ensino integral e profissionalizante.

O senhor promete 6 mil escolas no sistema de ensi-no integral. É só uma pro-messa ou realmente é pos-sível cumprir essa meta?É possível sim. Quando as-sumi a presidência do Se-si, há dez anos, das 175 es-colas existentes, 127 não comportavam fisicamen-te o modelo integral. Eu disse que era possível. No ano que vem, todas esta-rão funcionando nesse mo-delo. Com planejamento a meta foi colocada em prá-tica. Construímos as unida-des necessárias e moderni-zamos outras.

E como esse modelo pode ser levado para as escolas do Estado?Vamos seguir um progra-ma de dez anos. Eleito, ele começa em 2016, nas es-colas de ensino fundamen-tal. Quando chegar o fim do mandado, a meta é ter 480 mil alunos no sistema de ensino integral. E deixare-mos toda a estrutura neces-sária para que toda rede pú-blica do Estado funcione em período integral até 2024.

Qual o custo para tirar essa promessa do papel? O investimento necessá-rio, em 10 anos, será de R$ 16 bilhões. Dinheiro des-tinado para toda a estrutu-ra. Salas de aula, laborató-rios, construção e reforma de unidades de ensino. É to-talmente factível. Ainda é possível fazer parcerias com o próprio Sesi, Senac e ou-tras entidades do comércio e da indústria para comple-mentar a oferta de cursos profissionalizantes.

Eleito, acabará com sistema de progressão continuada?Automaticamente. Não dá para continuar passando o aluno de ano sem colo-car à prova o aprendizado. Vamos investir na forma-ção do professor e exigir um ensino de qualidade, sem essa aberração que é a aprovação continuada.

Como transformar em rea-lidade todas essas promes-

sas sem o aumento de im-postos. Essa conta fecha?Não é promessa nem dis-curso. Não sou político de carreira para ficar falando o que não pode ser cumpri-do. Com o Orçamento do Estado sob uma gestão efi-ciente, com foco, é possível tocar todos os projetos ne-cessários. O governo atual não sabe usar os recursos.

A administração Paulo Skaf será menor. Vai cortar secretarias?É preciso. São 26 secreta-rias. Não há necessidade. O Alckmin nem sabe o nome de alguns secretários. Esta-mos avaliando o tamanho da máquina e, no decorrer da campanha, iremos apre-sentar um programa de re-dução, de melhorar a efi-ciência do Estado e reduzir seu custo.

No caso do Metrô e da CPTM, como acelerar a expansão das duas redes? Com as parcerias com o se-

tor privado. No meu go-verno, metrô e trem serão construídos pela iniciativa privada. O mesmo modelo vou adotar para rodovias e o Rodoanel. Orçamen-to tem que ficar centra-do em saúde, educação e segurança.

Quais são suas propostas para melhorar a qualida-de do serviço de saúde? O primeiro passo é ampliar o número de AMEs (Ambu-latório Médico de Especia-lidades). É um bom proje-to. Você pode oferecer até pequenas cirurgias, redu-zindo a espera nas Santas Casas e no hospitais univer-sitários. Vamos construir 52 novas unidades. O investi-mento necessário é de, em média, R$ 8 milhões em ca-da. Com uma boa gestão, o que não ocorre hoje, é pos-sível oferecer um atendi-mento de qualidade para a população e equacionar boa parte dos problemas da área da saúde.

São Paulo enfrenta a pior crise hídrica da história. Eleito, quais medidas to-mará assim que assumir o cargo, em janeiro de 2015?Há dez anos faltou água em São Paulo. Agora essa situa-ção de seca se repete. O pro-blema não é falta de chuva, mas de obra. A crise de hoje é resultado de um governo ineficaz, lento na execução de projetos e sem nenhu-ma gestão. No curto prazo, a única medida possível é economia de água, abrir po-ços, buscar todos os recur-sos possíveis.

Se o senhor fosse governa-dor, já teria adotado uma medida impopular como o racionamento?Eu não teria deixado a si-tuação chegar a essa gravi-dade de hoje. Teria realiza-do todas as obras previstas em 2004 e evitado essa si-tuação caótica. Nós já en-frentamos um racionamen-to hoje. O atual governador só não assume porque não é transparente. A popula-ção sofre os efeitos de uma administração morosa em todas as áreas.

Manterá o modelo de concessão de rodovias?Claro. Mas não como foi fei-to pelo PSDB. Foi oferecido um modelo que a conces-sionária paga uma bola-da para vencer a licitação, o que encarece o custo fi-nal. Sou favorável ao mo-delo de menor preço. Nes-te caso, também é preciso de uma gestão eficiente ou você acaba enfrentando os problemas de demora na execução do projeto, co-mo ocorre na Régis Bitten-court e na Fernão Dias, am-bas sob a responsabilidade do governo federal.

Nas suas contas, qual per-centual nas pesquisas de intenção de voto dará a certeza de uma disputa no segundo turno? Acredito que chegaremos a 30%. Esse patamar irá ga-rantir nossa ida para o se-gundo turno. Com a so-ma dos demais candidatos, o atual governador não te-rá mais a margem necessá-ria para vencer no primeiro turno, como ele acredita.

Acredita que chegará a esse patamar (30%) até o dia da eleição? As pesquisas já indicam is-so. Em três semanas ganha-mos 11 pontos percentuais, chegando a 23%. O eleitor que não deseja a continui-dade desse governo já vê nossa candidatura como a melhor alternativa. Esta-mos no caminho certo

RÁDIO BANDEIRANTES, BANDNEWS FM, METRO

O governador foge de suas responsabilidades. Ele fica invisível. A culpa pela falta de segurança sempre recai sobre o comandante da PM, sobre o delegado-geral, nunca sobre ele”

Saiba mais sobre o candidato do PMDB:

• Idade 59 anos

• Família Casado com Luzia Helena há 30 anos. Tem cinco filhos e três netos

• Formação Cursou até o último ano de administração na Faculdade Mackenzie (não concluiu)

• Histórico políticoPresidiu dois sindicatos ligados ao setor têxtil. Foi eleito presidente da Fiesp em 2004 (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Reeleito no ano de 2011. É vice-presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria)

• CarreiraComeçou a trabalhar aos 15 anos na tecelagem do pai. Ficou sócio da empresa com 17 anos. Também atuou no setor de empreendimentos imobiliários

• Eleições disputadas Skaf participa pela segunda vez da disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. Em 2010, ele se candidatou pelo PSB e teve 4% dos votos válidos. Acabou a eleição em quarto lugar. A convite do vice-presidente Michel Temer, o empresário se filou ao PMDB em 2011

Quem é Paulo Skaf

@skafofi cial (10.900 seguidores)www.facebook.com/pskaf

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |06| {FOCO}

A velocidade dos ônibus au-mentou, em média, 68% nas 66 faixas exclusivas implan-tadas desde o começo do ano na capital.

Segundo levantamento divulgado ontem pela CET (Companhia de Engenha-ria de Tráfego), a velocida-de dos coletivos passou de 12,4 km/h, antes da implan-tação, para 20,8 km/h.

O melhor resultado nos 59,3 km avaliados foi regis-trado na faixa da ponte do Jaguaré, que funciona des-de 31 de março. Ali, a me-lhora foi de 317,3%. Antes da faixa, os ônibus rodavam a 10,8 km/h. Agora, chegam a 44,9 km/h.

A CET também destaca o resultado obtido na faixa implantada na rua Voluntá-rios da Pátria, na zona nor-te. No sentido centro, a ve-locidade passou de 6,7 km/h para 24,9 km/h, um aumen-to de 269%.

Na Anchieta, no trecho urbano, cresceu de 9,9 km/h para 18,4 km/h, no sentido

São Bernardo, no ABC. Mas nem todas as novas faixas trouxeram melhorias.

Na rua da Consolação, por exemplo, os ônibus con-tinuaram circulando a 10,4, km/h, mesma velocidade que desenvolviam antes da implantação da faixa.

No total, São Paulo já mais de 440 km de fai-xas exclusivas de ônibus, à direita.

A multa para quem inva-de as faixas exclusivas é de R$ 53,20, com acréscimo de três pontos na CNH.

Transporte. Velocidade passou de 12,4 km para 20,8 km nas vias exclusivas implantadas esse ano. Melhor resultado foi no Jaguaré

CET diz que faixas deixam ônibus 68% mais rápidos

Audiência na Câmara hoje discute fim do MinhocãoA Câmara Municipal come-ça a discutir hoje o fim do elevado Costa e Silva, co-nhecido como Minhocão. Uma audiência pública, que começa às 19h, vai debater projeto do vereador Aurélio Nomura (PSDB), que prevê a imediata criação de um par-que no local.

A desativação do Mi-nhocão, inaugurado há 43 anos,está prevista no Plano

Diretor, aprovado este ano. Mas o plano não estabele-ce prazo para que a via se-ja desativada, e exige que a mudança seja aprovada em lei específica. Hoje, a via fi-ca fechada ao tráfego aos domingos e feriados. De se-gunda a sábado, a restrição vai das 21h30 às 6h30.

A transformação da via elevada em parque tem o apoio da Associação Amigos

do Parque Minhocão, que está colhendo assinaturas para a aprovação do projeto de Nomura. Um outro gru-po, de uma entidade chama-da Veredas, está fazendo um abaixo-assinado para que os vereadores aprovem um projeto substitutivo, que prevê uma discussão para definir se a via será demoli-da ou transformada em par-que. METRO

Projeto prevê que Minhocão seja desativado e vire parque | DIOGO MOREIRA/FRAME/FOLHAPRESS

66 kmé a extensão de faixas exclusivas implantadas desde o início do ano. Ao todo, a gestão Haddad implantou 356 km.

MÁRCIOALVES METRO SÃO PAULO

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |08| {BRASIL}

A PF instaurou inquérito pa-ra investigar o possível va-zamento do depoimento do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que apontou

políticos da base aliada, um ministro e três governadores como beneficiários de um es-quema de propina.As denúncias esquentaram a corrida eleitoral. Dilma Rous-seff, do PT, Marina Silva, do PSB, e Aécio Neves, do PSDB, usaram as revelações para

apontar as responsabilidades dos adversários. Dilma afir-mou que o caso veio à tona em função de uma investiga-ção independente, sem inter-ferência do governo.

Marina disparou contra o governo dizendo que a Petro-bras vem sendo destruída. Aé-

cio disse que, politicamente, a candidata do PT foi a grande beneficiária. O ex-diretor afir-mou que 3% dos contratos as-sinados pela Petrobras foram distribuídos a três governado-res, um ministro, 25 deputa-dos e 6 senadores filiados ao PT, PMDB e PP. METRO BRASÍLIA

Eleições. Denúncias do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa viram munição na campanha eleitoral. Dilma diz que seu ‘telhado está coberto pela Polícia Federal’

PF abre inquérito para investigar vazamento

ELEIÇÕES2014

CPI fará reunião de emergênciaO presidente da CPI da Pe-trobras, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), marcou pa-ra amanhã uma reunião de emergência para discutir os novos rumos dos trabalhos após a revelação do depoi-mento feito à Polícia Federal pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa sobre um esquema de pagamento de propina.

“Vamos aguardar o enca-minhamento da Justiça so-bre a confirmação da delação premiada”, afirmou Vital do Rêgo.

A formalização do benefí-cio depende de manifestação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Za-vascki. O relator do proces-so sobre a Operação Lava Jato deve pedir, antes, que a PGR

(Procuradoria Geral da Repú-blica) se manifeste sobre a delação.

A CPI deverá pedir uma cópia dos depoimentos, além de fazer uma nova convoca-ção do ex-diretor. Para a opo-sição, as revelações trouxe-ram novos rumos para os trabalhos da comissão. “Não trabalhamos mais com hi-póteses ou evidências, mas

com testemunho que apon-ta fatos concretos e decisivos para desvendar o esquema”, afirmou o líder do PPS, depu-tado Rubens Bueno (PR).

A CPI marcou para ama-nhã também um novo depoi-mento do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró para falar so-bre a compra da refinaria de Pasadena. METRO BRASÍLIA

ALAN MARQUES/FOLHAPRESS DIVULGAÇÃO ORLANDO BRITO/DIVULGAÇÃO

Dilma vê uso político do caso e defende as investigaçõesA presidente Dilma Rousseff condenou a exploração eleitoreira do escândalo da Petrobras e alertou que o vazamen-to de informações de uma investigação sob sigilo pode levar à anulação do pro-cesso. “Eu não quero o que dizem, que-ro fatos e comprovações”, afirmou a pe-tista, apontando que, antes de tomar providências, pediu ao ministro da Jus-tiça, José Eduardo Cardozo, para acio-nar a Polícia Federal e o Ministério Pú-blico para saber se há envolvimento de pessoas do Executivo.

Dilma citou que o afundamento da plataforma P-34, ocorrido durante o governo FHC, não foi investigado por-que havia uma cultura de impunida-de no país. “Agora, pela primeira vez, ninguém fica alheio à investigação.”

METRO BRASÍLIA

“Os dois candidatos não podem esquecer seus telhados. O meu telhado é coberto pela PF e pelo MP, com autonomia.”

DILMA ROUSSEFF, CANDIDATA DO PT

Dilma Rousseff

Marina diz que governo ‘manteve quadrilha’A candidata do PSB, Marina Silva, poupou a adversária Dilma Rous-seff, mas jogou a responsabilida-de pelas novas denúncias envolven-do a Petrobras no governo e no PT. “A presidente tem responsabilidade política. Eu não seria leviana de di-zer que ela tem responsabilidade di-reta. Eu prefiro que as investigações aconteçam. Eu não vou querer ga-nhar uma eleição a qualquer custo e a qualquer preço”, cutucou.

A ex-senadora afirmou esperar a verdade “doa a quem doer”, ao falar sobre o suposto envolvimento do ex--presidenciável Eduardo Campos, mor-to no mês passado. “Não queremos nenhum tipo de conivência por conve-niência política. Nosso compromisso é com a verdade.” METRO BRASÍLIA

“Quero que casos como a destruição de uma empresa que era respeitada sejam investigados, e punidos os culpados.”

MARINA SILVA, CANDIDATA DO PSB

Marina Silva

Aécio acusa petista de ser ‘beneficiária’ do esquemaO candidato do PSDB, Aécio Neves, afirmou que, se as denúncias de es-quema de pagamento de propina na Petrobras forem comprovadas, não há como tirar a responsabilidade políti-ca da presidente Dilma Rousseff. “Não faço um pré-julgamento pessoal em relação à citação de nomes. Mas o fa-to concreto, e quem diz isso é a Polícia Federal, é que existe uma organização criminosa atuando no seio da maior empresa pública brasileira”, atacou.

O tucano cobrou ainda um posi-cionamento mais claro da petista so-bre as denúncias. “Estamos falando de uma área sobre a qual ela mante-ve o poder absoluto nos últimos 12 anos. Ela tem responsabilidade e sa-tisfação a dar à população brasileira”, cobrou. METRO BRASÍLIA

“Do ponto de vista político, Dilma foi beneficiária, sim. E tinha a obrigação de saber aquilo que acontece no seu entorno.”

AÉCIO NEVES, CANDIDATO DO PSDB

Aécio Neves

DELAÇÃO PREMIADA: TEORI FARÁ O QUE O MPF PEDIR. O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Fe-deral, disse a amigos que sua tendência é referen-dar o entendimento do Mi-nistério Público Federal, em relação à proposta de delação premiada do ex--diretor da Petrobras Pau-lo Roberto Costa. O que os procuradores do processo pedirem, ele concederá. Ao contrário do que foi no-ticiado, o caso da delação premiada ainda não che-gou às mãos do ministro.

O RELATOR. Zavascki foi sorteado como relator do caso no STF desde que a defesa do deputado André Vargas (ex-PT) tentou reti-rá-lo do juiz Sérgio Moro.

VAZAMENTOS, JÁ. Com po-liciais, procuradores e ser-vidoras digitando tudo freneticamente, será ine-vitável o vazamento de mais nomes delatados pelo ex-diretor.

DÁ FILME. Os depoimentos do delator Paulo Roberto Costa ao Ministério Públi-co Federal inspiram título de livro: “As 40 horas que abalaram o Brasil”.

PRIMEIRO BODE. Dilma aproveitou o escândalo na

Petrobras para expulsar de sua campanha o presiden-te do PT, Rui Falcão, que ela detesta.

MENSALÕES SIMULTÂNEOS. O propinoduto na Petro-bras ocorreu entre 2004 e 2012, ou seja, nos gover-nos de Lula e Dilma. En-quanto Lula jurava que “não sabia” e os petistas atacavam a “imprensa gol-pista”, o Mensalão 2 era alimentado por 3% do va-lor dos contratos, rouba-dos da Petrobras.

ELE JÁ SABIA. Quando Oba-ma espionou a Petrobras, para escândalo de Dilma, ele não estava de olho nas nossas riquezas, mas nas safadezas.

LULA SE CALA, DE NOVO. Como sempre, Lula mer-gulha em ruidoso silêncio. Não abre a boca nem para defender a “cumpanhera-da”. Foi assim no caso do tráfico de influência da amiga íntima Rosemary Noronha, a insinuante Rose. Ele se recusa a falar sobre os escândalos que seu governo agasalhou.

COM ANA PAULA LEITÃO E TIAGO VASCONCELOS WWW.CLAUDIOHUMBERTO.COM.BR

PODER SEM PUDORVotos garantidos

O “coronel” e vereador Nei Ferreira era candida-to à reeleição, em Vitória da Conquista (BA), quan-do visitou um bairro da cidade:- Aqui eu quero 750 votos – gritou, no palanque.- Pois o sr. vai ter 1.500

votos, coronel – cochi-chou um cabo eleitoral.Ferreira voltou a procla-mar, ao microfone:- Eu sei que 1.500 elei-tores já prometeram vo-tar em mim neste bairro, mas como eleitor é um animal muito safado, eu aceito a metade!

“DILMA AGORA TEM UM

MENSALÃO PARA CHAMAR

DE SEU.”DEPUTADO ANTONIO IMBASSAHY

(PSDB-BA), DESTACANDO A DESCOBERTA DO MENSALÃO 2

Política

Ministro Teori Zavascki | DIVULGAÇÃO

CLÁUDIO [email protected]

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |10| {ECONOMIA}

Energia

Hidrelétrica perde força em agostoA geração hidrelétrica re-gistrada em agosto foi a pior dos últimos 9 anos. Ao todo, 40,5 mil (MW) de energia foram injeta-dos no sistema no mês passado. Resultado men-sal mais fraco só foi regis-trado em julho de 2005, quando 30,2 mil MW fo-ram entregues, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

METRO

A projeção de instituições financeiras para o cresci-mento da economia bra-sileira, este ano, continua em queda. Pela 15ª sema-na seguida, a pesquisa fei-ta pelo Banco Central (BC) indica desaceleração. Des-ta vez, a projeção para a expansão do Produto Inter-no Bruto (PIB), soma de to-dos os bens e serviços pro-duzidos no país, passou de 0,52% para 0,48%.

Para 2015, a estimativa segue em 1,1%. Essas pro-jeções fazem parte da pes-quisa semanal do BC a ins-tituições financeiras, sobre os principais indicadores econômicos.

SuperavitA estimativa das institui-ções financeiras para a queda da produção indus-trial passou de 1,70% para 1,98%, este ano. Para 2015, a projeção de crescimento caiu de 1,70% para 1,50%.

A previsão para o supe-rávit comercial (saldo posi-tivo de exportações menos importações) passou de US$ 2,17 bilhões para US$ 2,41 bilhões, este ano, e de US$ 8 bilhões para US$ 8,5 bi-lhões, no próximo ano.

A perspectiva para o sal-do negativo em transações correntes (registros de com-pra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) foi ajustada de US$ 81,8 bilhões para US$ 81,2 bilhões, este ano, e segue em 2015 em US$ 75 bilhões.

DólarA projeção para a cotação do dólar caiu de R$ 2,35 pa-ra US$ 2,33, ao final des-te ano, e de R$ 2,50 para R$ 2,49, no fim de 2015.

A expectativa das institui-ções financeiras para o in-vestimento estrangeiro di-reto (recursos que vão para o setor produtivo do país) segue em US$ 60 bilhões neste ano e passou de US$ 55 bilhões para US$ 56 bi-lhões, no próximo ano.

A previsão das institui-ções financeiras para a re-lação entre a dívida líqui-da do setor público e o PIB foi alterada de 34,94% para 35%, em 2014, e de 35% pa-ra 35,04%, em 2015. METRO

Crescimento menor. Pela 15ª semana seguida, economistas ouvidos pelo BC dizem acreditar em desaceleração econômica neste ano

Montadoras de veículos temem desaquecimento | PEDRO SERAPIO/FUTURA PRESS

Previsão do PIB cai de 0,52% para 0,48%

O governo publicou, na edi-ção desta segunda-feira (8)do “Diário Oficial da União” (DOU), a regulamentação do novo Simples Nacional, que amplia os setores be-neficiados pela legislação, já aprovada anteriormen-te pelo Congresso e sancio-nada pela presidente Dilma Rousseff.

Com a resolução 115, pu-blicada pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN), o critério para inclusão de atividades no Simples pas-sa a ser o de faturamento das empresas, que pode che-gar a até R$ 3,6 milhões por ano, e não por atividade, co-mo antes.

Com isso, mais de 140 ati-vidades poderão aderir a es-sa forma de tributação a par-tir de 2015.

A segunda parte da regu-

lamentação deve ser publica-da até o final de dezembro.

O novo Simples Nacio-nal poderá beneficiar mais de 450 mil empreendimen-tos, com uma economia de tributos de até 40%, de acor-do com o Serviço Brasilei-ro de Apoio às Micro e Pe-quenas Empresas (Sebrae), entre eles os segmentos de vestuário e confecções, mó-veis, couro e calçados, brin-quedos, decoração, cama e mesa, produtos óticos, im-plementos agrícolas, instru-mentos musicais, artigos esportivos, alimentos, pape-laria, materiais de constru-ção, olarias e bebidas não alcoólicas.

Também haverá um li-mite extra para que empre-sas de pequeno porte pos-sam exportar seus produtos a partir de 2015. METRO

Empresas. Simples Nacional é ampliado para beneficiar mais de 140 atividades

Os preços das carnes po-derão ficar mais altos pa-ra o consumidor brasilei-ro nos próximos meses. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avan-çados em Economia Apli-cada (Cepea), vinculado à Escola Superior de Agri-cultura Luiz de Queiroz (Esalq), a cotação da carne suína no atacado da Gran-de São Paulo subiu 20% em agosto.

Também em alta, o fran-go inteiro resfriado regis-trou valorização superior a 15%, enquanto a carne bo-vina subiu 5%. Parte desse movimento de alta come-çou a chegar ao consumi-dor na segunda metade do mês passado.

“Não tem para onde cor-rer”, afirmou o analista da consultoria MB Agro, César Castro Alves, ao “Valor Eco-

nômico”, referindo-se ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), índice oficial de inflação.

Com isso, interrompe--se a tendência de retração que vinha contribuindo pa-ra a desaceleração da infla-ção no país.

No IPCA de agosto, divul-gado na sexta-feira da sema-na passada (5), o item car-nes já apareceu novamente com alta, de 0,43%.

Nesse item, cujo peso no IPCA foi de 2,6% no mês pas-sado, estão incluídas as car-nes bovina e suína. METRO

Preço da carne no atacado tem alta de até 20% em 1 mês em SP

Mais de US$ 30 bilhões em dinheiro sujo ligado ao cri-me, à corrupção e à evasão de impostos sai do Brasil todos os anos, o dobro de uma década atrás, mostrou um estudo feito nos EUA.

A precificação comer-cial irregular é o modo principal como esse di-nheiro deixa o país, res-pondendo por 92,7% dos US$ 401,6 bilhões que saí-ram do Brasil entre 1960 e 2012, de acordo com a Global Financial Integrity (GFI), grupo de pesquisa baseado em Washington que defende a transparên-cia financeira.

As perdas anuais são equivalentes a 1,5% da pro-dução econômica brasilei-ra, com média de US$ 33,7 bilhões por ano no período de 2010 a 2012, um aumen-to em relação aos US$ 14,7 bilhões na primeira década do século 21. METRO

Crime. Brasil perde US$ 30 bi por ano com atividades ilegais

Produto está mais caro para o consumidor desde o mês passado | DIVULGAÇÃO

Mais de 90% é de comércio irregular| IMAGE SOURCE/RICHARD LEWISOHN

Para mercado, IPCA será de 6,29% no anoA projeção de institui-ções financeiras para a inflação, medida pe-lo IPCA (Índice Nacio-nal de Preços ao Con-sumidor, Amplo), subiu de 6,27% para 6,29%, es-te ano, de acordo com o Banco Central (BC). Para 2015, a estimativa segue em 6,29%.

Na última sexta-fei-ra (5), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA chegou a 6,51% em 12 meses, en-cerrados em agosto, aci-ma do teto da meta, que é 6,5%. O centro da me-ta de inflação é 4,5%.

A pesquisa também traz as expectativas pa-ra o IGP-DI (Índice Geral de Preços – Disponibili-dade Interna), de 3,65% para 3,80%, este ano, e de 5,53% para 5,52%, em 2015. Para o IGPM (Índice Geral de Preços - Merca-do), a estimativa foi man-tida em 3,81%. METRO

Inflação

Em meio às denúncias en-volvendo políticos no es-quema de propinas na Pe-trobras, as ações da estatal caíram ontem de forma ex-pressiva. Os papéis da Petro-bras PN (em que os acionis-tas não têm direito a voto na empresa) caíram 4,91%.

As ações da Petrobras ON (em que os acionistas votam nas decisões da empresa) so-freram recuo de 4,79%. Nos dois casos, a baixa é a maior desde 13 de agosto, quando as ações da Petrobras PN recua-ram 4,98% e as da ON, 5,15%.

Segundo operadores ou-vidos pela Reuters, a maio-ria dos vendedores de ações é de investidores estrangeiros.

Maior queda em um diaPuxado pelo forte recuo da estatal, o principal índice da Bovespa teve ontem a maior queda percentual para um dia em sete meses. O resul-tado também acompanha o fraco desempenho dos mer-cados internacionais.

O Ibovespa caiu 2,45%, para 59.192 pontos, refle-tindo um movimento ge-neralizado de realização de lucros, que levou 65 das 69 ações da carteira fecharem no vermelho. Foi a maior queda diária desde 3 de fe-vereiro deste ano. O giro fi-nanceiro da sessão somou R$ 9,6 bilhões. METRO

Bovespa. Ação da Petrobras desaba 4,91% com denúncia

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |12| {MUNDO}

Explosão fere 14 na capital chilena

A explosão de uma bomba em um restaurante perto de uma estação de metrô na ca-pital chilena, Santiago, feriu 14 pessoas ontem. O gover-no chamou o ato de “terroris-ta”. “Tem todas as marcas de um ato terrorista”, disse Álva-ro Elizalde, ministro e porta--voz do governo.

A explosão ocorreu na ho-ra do almoço na praça de ali-mentação de um centro co-mercial próximo à estação Escuela Militar do metrô, no bairro residencial e comer-cial de Las Condes. O subse-cretário do Interior, Mahmud Aleuy, disse que “só um de-mente coloca um explosivo onde pessoas almoçam”. Se-gundo ele, o carro usado na ação havia sido identificado.

Duas pessoas ficaram gra-vemente feridas, disse um bombeiro, enquanto outras sofreram perdas de audição. Uma autoridade local presen-

te na cena disse que um dos feridos era da Argentina.

O Chile relembra na quin-ta-feira o 41º aniversário do golpe militar de 1973, que re-moveu do poder o presiden-te socialista Salvador Allende. A data costuma ser marcada por protestos que às vezes se tornam violentos.

Artefatos explosivos já fo-ram instalados perto de ban-cos e delegacias de polícia.

Lei antiterroristaAleuy assegurou que o gover-no lançará mão da lei antiter-rorista para punir os respon-sáveis. Segundo ele, o Chile segue sendo um país seguro.

A presidente Michelle Bachelet suspendeu os com-promissos que teria ontem e hoje e visitou feridos. Ela fará uma reunião hoje com seu Conselho de Segurança.

METRO COM METRO CHILE

‘Terrorismo’. Governo convocou lei que permite penas mais altas; ataque ocorre em semana de aniversário de golpe militar de 1973

Polícia isolou local da explosão | IVAN ALVARADO/REUTERS

O príncipe William, neto da rainha britânica Elizabeth 2ª, e sua mulher, Kate, esperam um segundo bebê e a mãe es-tá novamente sofrendo de se-veros enjoos matinais, disse ontem a assessoria do casal. A informação encerra uma onda de rumores sobre a gra-videz de Kate.

O bebê será o quarto na li-nha de sucessão do trono bri-tânico, seguido pelo irmão mais velho, George, nasci-do em julho do ano passado, por seu pai, William, e pe-lo avô, o príncipe Charles. O príncipe Harry, irmão de Wil-liam, agora assume a quinta posição.

Não foram divulgados de-talhes de quando o bebê de-verá nascer ou sobre o núme-ro de meses de gravidez de Kate.

‘Contentes’Em um comunicado, o Pa-lácio de Buckingham dis-se que “a rainha e os mem-bros de ambas as famílias estão contentes com as no-tícias de que suas realezas

(os príncipes) estão esperan-do o segundo filho”.

O gabinete de William dis-se que Kate, de 32 anos, so-fre de um mal-estar matinal agudo que provoca náuseas

severas e vômito e requer hi-dratação e nutrientes suple-mentares, uma condição que a fez buscar tratamento hos-pitalar nos primeiros meses de gravidez do primeiro filho.

CameronO premiê britânico, David Cameron, desejou “muitas felicidades ao duque e à du-quesa de Cambridge”. Se-gundo a imprensa local, ele disse estar “encantado com a feliz notícia de que espe-ram outro filho”. METRO

Príncipe William e Kate esperam segundo filho

O primogênito, George, nasceu em julho de 2013 | STEFAN WERMUTH/REUTERS

Mapeamento mostra mais áreas de risco

Segundo cientistas, as re-giões em que é provável haver animais com ebo-la são mais abrangentes do que se temia, especial-mente no oeste da África.

Um mapa atualizado dos lugares com risco da epidemia foi elaborado e os cientistas dizem ser crucial entender onde as pessoas têm contato com esses animais. METRO

Londres não tem plano para independência

A dez dias da votação so-bre a independência da Escócia, o governo bri-tânico disse não ter um plano de contingência para o caso de a propos-ta ser aprovada.

Segundo um porta--voz do premiê David Ca-meron, “o governo es-tá totalmente focado em defender que o país per-maneça unido”. METRO

Objeto esvazia 6º maior aeroporto britânico

O aeroporto de Luton, no norte de Londres, foi esva-ziado ontem depois que um objeto suspeito foi en-contrado na área de em-barque. O aeroporto é o 6º maior da Grã Bretanha.

O país elevou recente-mente o alerta internacio-nal de terrorismo para o 2º nível mais alto em fun-ção da ameaça do EI (Esta-do Islâmico). METRO

Londres Ebola Escócia

EI: ONU pede proteção de mulheres, crianças e minoriasO novo responsável pelos di-reitos humanos da ONU pe-diu ontem que o mundo proteja as mulheres e as mi-norias que são alvo de terro-ristas do EI (Estado Islâmico) no Iraque e na Síria, em con-flitos que, segundo ele, são cada vez mais “uma coisa só”.

Em um contundente dis-curso de posse no Conse-lho de Direitos Humanos da ONU, Zeid Ra’ad al Hussein,

que foi embaixador da Jor-dânia na organização, disse que qualquer país governa-do pelo Estado Islâmico “se-ria uma dura e mesquinha casa de sangue”.

Crianças em atentadosTambém ontem, a represen-tante especial da ONU para infância e conflitos arma-dos, Leila Zerrougui, disse que cerca de 700 crianças fo-

ram mortas ou mutiladas no Iraque desde o início do ano, muitas delas utilizadas pelo EI em atentados suicidas.

Zerrougui criticou a prisão “sem motivos claros” e o re-crutamento de crianças como soldados por milícias aliadas ao governo iraquiano.

“Os jihadistas usam crian-ças para levar armas, manter lugares estratégicos e pren-der civis”, acusou. METRO

4ºo segundo filho do casal será o quarto na linha de sucessão ao trono britânico, depois do irmão, do pai e do avô, Charles

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |14| {CULTURA}

2CULTURA

Miltinho

LutoMorreu no último

domingo, no Rio de Janeiro, Milton Santos de Almeida, mais conhecido como Miltinho. Cantor de sucessos principalmente na década de 1960, como “Mulher de 30”, o artista

estava com 86 anos e sofreu uma parada

cardíaca.

Em ocasião da cúpu-la climática da Organiza-ção das Na-ções Unidas

(ONU), que acontece no dia 23 de setembro, em Nova York, o Metro Jornal apresenta a 10a edição do Metro Photo Chal-lenge (MPC).

A competição vai atingir

cerca de 18 milhões de lei-tores, de 24 países, em uma grande oportunidade de mi-lhares de pessoas de todos os cantos participarem de uma ação que coloca a fotografia a serviço de uma mudança glo-bal positiva.

O tema escolhido é “Mi-nha cidade verde” e os deta-lhes sobre o MPC 2014, como categorias e o grande prêmio,

serão anunciados no dia de lançamento da competição, também em 23 de setembro.

RecordistaO Brasil entra no concurso co-mo destaque, sendo o maior colaborador em fotos. “No ano passado, o país foi o que mais enviou imagens para o MPC: 30 mil. Isso apenas com-prova a relevância e a impor-

tância deste concurso para to-dos os amantes da fotografia. Com certeza, iremos ainda além este ano”, diz Luiz Rivoi-ro, editor-chefe do Metro Jor-nal. A boa notícia deste ano para os competidores brasi-leiros é que eles terão uma ca-tegoria exclusiva, a “EU SOU cidadão by Nikon”, que vai premiar com uma expedição fotográfica por Nova York.

Metro Photo ChallengeO concurso começou há 10 anos na Suécia e logo se tor-nou um importante even-to para amadores e profissio-nais. Em 2013, cerca de 40 mil fotógrafos enviaram apro-ximadamente 120 mil fotos para a competição, fazendo do Metro Photo Challenge o maior concurso de fotografia do mundo. METRO

Concurso. Em parceria com a ONU, edição da maior competição fotográfica do mundo terá o tema ‘Minha cidade verde’

Imagens vencedoras da edição de 2013

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Metro Photo Challenge

Um dos games mais aguarda-dos do momento finalmente está disponível para o públi-co. Chega hoje às lojas “Des-tiny”, um dos maiores lança-mentos do ano no estilo tiro on-line

Produzido pela Bungie, o jogo tem o mesmo perfil do consagrado “Halo”, com a câ-mera acompanhando a pers-pectiva do personagem. Po-rém, uma das diferenças entre eles é que a nova pro-dução mistura componentes de ficção científica e fantasia.

Outra novidade é que o jogo é ambientado em um mundo interativo, que fun-de as campanhas para um jogador nas áreas competi-tivas multiplayer. Essa é a grande aposta da Bungie, que acredita que “‘Destiny’ é um mundo vivo e persisten-te, que cresce com o tempo, e não uma missão depois da

outra”. Por isso, o jogo exi-ge uma conexão permanen-te à internet, que pode desa-gradar àqueles que não ligam seus consoles em rede ou não possuem conexão exclusiva.

No modo história, os joga-dores se juntam em equipes para explorar mapas, coletar armas e armaduras e cum-prir objetivos. No modo com-petitivo, são times de seis contra seis em alguns dos ce-nários da campanha. Além disso, cada jogador pode per-sonalizar seu combatente, es-colhendo três tipos de guar-diões: “Titan”, “Hunter” e “Warlock”. METRO

‘Made By...’

A exposição “Made By... Feito por Brasileiros” abre as portas para o público hoje, no antigo Hospital Matarazzo (al.Rio Claro, 190, Bela Vista. De ter. a dom., das 9h às 17h) e fica em cartaz até 12/10, com entrada gratuita. METRO

Teatro

Extensão do Mirada chega ao Sesc Consolação

O espetáculo “Matéria--Prima”, dos espanhóis La Tristura, abre a progra-mação do Festival Mira-da em São Paulo. As apre-sentações acontecem hoje e amanhã, às 21h, no Sesc Consolação (r. dr. Vila No-va, 245; R$ 40). METRO

“DESTINY”BUNGIE

PARA PS3, PS4, XBOX ONE E XBOX 360

R$ 200

Ficção científica e fantasia envolvem o game ‘Destiny’

Game “Destiny” é da mesma produtora de “Halo” | DIVULGAÇÃO

Mostra abre para o público no antigo Hospital Matarazzo

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |16| {PUBLIMETRO}

Bom momento para exercitar mais a sua solidariedade, seja no empenho a causas voluntárias

ou mesmo dedicando-se a quem gosta.

Aproveite o dia para retomarcontato com pessoas especiais, sejam parentes ou amigos que

há tempos não mantém vínculo.

Com Mercúrio – que rege seu signo – em aspecto tenso com Plutão, cuide para não radicalizar

com suas opiniões os relacionamentos.

Os assuntos culturais tomarão maior empenho e servirão para proporcionar bons momentos

de lazer. Boa chance para retomar aprendizados.

Reflita sobre sentimentos que não tenham feito bemdiante de certas relações.

Saber perdoar e esclarecer será fundamental.

Atividades culturais, estudos e tudo que sirva de maneira proveitosa para acrescentar

conhecimento fará bem ao seu dia.

Deixe de lado algumas manias do passado que façam perdertempo e que impedem aproveitar

momentos especiais na vida amorosa.

Evite excessos com gastos pouco essenciais. Priorize o que for mais útil e aproveite

o momento para desfazer do que não serve.

Pondere antes de decisões que envolvam o trabalho para não deixar que as emoções interfiram

de maneira intensa em alguns temas.

O envolvimento com parcerias ou assuntos profissionais que envolvam mais pessoas

tende a ser maior. Evite excessos nas críticas.

Cuide para que seu senso crítico não extrapole relações pessoais de maior vínculo. Atente-se

para não ser detalhista demais.

Tendências a lidar com debates ou situações onde exponha suas opiniões de

forma mais objetiva nas mais diversas relações.

Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

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Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

Leitor fala

Correção

Diferentemente do publicado na reportagem “Apple lança novo iPhone amanhã”, na pág. 07 da edição de ontem, a nova versão do iPhone não será lançada hoje em Berlim, e sim em Cupertino, onde fica a sede da Apple nos EUA.

Papo de propaganda

JOÃO [email protected]

João Faria é jornalista e sócio-diretor da Agência Cidadã

HOTEL FAMÍLIAA indústria hoteleira procura inovar na comunicação com seus hóspedes e oferecer um momento especial. E nesse cenário a Rede Bourbon lan-çou um programa de fideli-dade inédito para as crianças e que também agrada toda família. Em parceria com a Mauricio de Sousa AO VIVO, a rede apresenta o primeiro programa de relacionamento inédito de hotéis voltado pa-ra crianças no Brasil. Adriana Cardoso, diretora de marke-ting da Rede Bourbon, conversa com a coluna.

Como o marketing pode aumentar a taxa de ocupação nos resorts?A concorrência é muito grande e a diferenciação está no valor agregado. Quem decide a viagem da família hoje é a criança, e essa parceria com a Maurício de Sousa AO VIVO já vem fazendo a diferença desde 2006. Esse programa que criamos agora aumenta o contato da criança com o resort. Na publicidade trabalhamos em veículos segmentados para crianças, em canais infantis de TV a cabo, entre outros.

Depois que o hóspede deixa o hotel, como manter uma comunicação com ele?O pós-venda vai desde um email que ele recebe após o check-out pedindo para avaliar os nossos serviços. Con-vidamos os hóspedes para fazerem parte das nossas re-des sociais e eles passam a receber as informações do seu interesse.

As mídias sociais também fazem a diferença?Muitas marcas hoteleiras no Brasil não descobriram o poder das mídias sociais. Nosso propósito é gerar con-teúdo e não somente a promoção, que é um conteúdo chato de se receber.

Como abordar os pais e também as crianças?Através de um conteúdo relevante. A “Turma da Mônica” nos ajuda muito nessa conversa com as crianças e os pais recebem informações que sejam realmente agradáveis. Al-go mais consistente do que uma promoção. Nosso foco é proporcionar um momento especial para toda família, seja em Atibaia ou em Foz do Iguaçu.

E o programa de fidelidade para crianças?O marketing hoteleiro mudou muito e esse pacote de ações da “Turma da Mônica” reforça nossa parceria com a Mauri-cio de Sousa AO VIVO. É um programa de fidelidade inédito para crianças entre 3 e 12 anos. No Bourbon Atibaia o espa-ço tem cenários tematizados com os personagens e 17 ati-vidades indoor, além de uma piscina infantil especialmente decorada com a Turma e muito mais.

CLÁUDIO PAULINO

Basquete brasileiroLinda a vitória da Seleção Brasileira de basquete em cima da Argentina do-mingo, como mostrou o Metro Jornal de ontem na reportagem “Vitória his-tórica”. Foram anos sofrendo nas mãos dos hermanos, principalmente o pivô Luis Scola. Dessa vez, o Brasil não apa-gou, se manteve aceso e conseguiu su-perar seu maior rival. A atuação de Anderson Varejão e Splitter foram im-portantes, mas Raulzinho foi decisivo. O mais legal é saber que ele foi con-seguindo seu espaço no basquete aos poucos. Lembro dele disputando o NBB pelo Minas Tênis, depois conseguiu chegar ao basquete espanhol e, enfim, foi draftado ano passado pelo america-no Atlanta Hawks. Joga muito.JULIA ASSIS - SÃO PAULO, SP

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br {ESPORTE} |17|◊◊

1Goleada espanhola.

Em ValênciaA Espanha goleou on-tem a Macedônia por 5 a 1 na estreia das Elimina-tórias para a Eurocopa de 2016. Sergio Ramos, Alcá-cer, Busquets (foto), David Silva e Pedro anotaram os gols. Ibraimi descontou.

2Inglaterra vence.

Dose duplaCom dois gols do atacan-te Welbeck (foto), a In-glaterra bateu a Suíça por 2 a 0, na Basileia, pe-las Eliminatórias da Eu-rocopa. METRO

1

2

1 . DENIS DOYLE/GETTY IMAGES2 .LAURENCE GRIFFITHS/

GETTY IMAGES

Eliminatórias - Euro

Não fossem o atraso de Mai-con na reapresentação (leia mais abaixo) e a lesão de David Luiz – ele machucou o joelho esquerdo –, o técni-co Dunga repetiria hoje, às 22h (de Brasília) diante do Equador, em Nova Jersey, a mesma equipe que venceu a Colômbia na sexta-feira por 1 a 0. Contudo, o treinador será forçado a escalar Dani-lo na lateral direita e Mar-quinhos no miolo da zaga.

Dessa forma, os 11 titu-lares que vão enfrentar os equatorianos nos Estados Unidos, no segundo jogo da nova “Era Dunga” na Seleção Brasileira, serão: Jefferson; Danilo, Miranda, Marqui-nhos e Filipe Luís; Luiz Gusta-vo, Ramires, Oscar e Willian; Neymar e Diego Tardelli.

O lateral Fabinho, que foi chamado para o lugar de Mai-con, não chegou a tempo de participar da atividade. Ele fi-cará direto no banco.

BatidaNa saída do hotel onde a de-legação ficou hospedada ru-mo ao treino na Red Bull Arena, o ônibus que condu-zia o grupo bateu em um carro que estava estaciona-do na rua.

O veículo da Seleção se chocou com o outro quan-do foi fazer uma curva à es-querda. O ônibus bateu de traseira e acertou a parte da frente, no lado esquerdo do carro. METRO

Amistoso. Do meio para a frente, equipe será a mesma que venceu a Colômbia na sexta

Dunga manteve a base da equipe de sexta-feira | BRUNO DOMINGOS/MOWA PRESS

Dunga muda apenas a defesa contra Equador

Técnico cortou Maicon por atraso

Ao lado de Neymar, Maicon (2) era um dos líderes da Seleção | ROBERT MAYER/REUTERS

O lateral-direito Maicon foi cortado da Seleção Brasilei-ra porque se atrasou para retornar à concentração na noite de sábado, após a vi-tória por 1 a 0 sobre a Co-lômbia em Miami, na últi-ma sexta-feira.

O jogador da Roma, que era um dos homens de con-fiança do técnico Dunga, te-ria chegado ao hotel em que a delegação estava hospeda-da em Miami por volta das 8h de domingo. O horário estipulado para o retorno

dos atletas, que haviam re-cebido folga após a partida, era 20h de sábado.

A CBF informou que o motivo do desligamento de Maicon fora “indisciplina”, sem especificar o motivo. Fabinho, lateral do Mona-co que estava com a Seleção olímpica no Qatar, foi cha-mado para integrar o grupo.

A tendência é que Mai-con, de 33 anos, não seja mais convocado para a Se-leção Brasileira enquanto Dunga for o técnico. METRO

• Estádio. MetLife, em Nova Jersey, nos EUA, às 22h

• Transmissão. Rádio Bandeirantes, Band News FM, Bradesco Esportes FM, Globo e SporTV

BRASIL EQUADOR

3ESPORTE

São Paulo

Luis Fabiano

O atacante do São Paulo está em reta final de

recuperação de uma lesão sofrida na coxa direita. E, no que depender do

técnico Muricy Ramalho, o Fabuloso vai ter de suar para recuperar a vaga no time. “Preciso ser justo. Não tenho preferência por ninguém. Do jeito que [Alexandre] Pato e [Alan] Kardec estão, o Luis vai ter de ralar”,

afirmou o comandante.

Fifa admite Copa-2022 no inverno

Blatter quer mudar data do Mundial do Qatar | ROBERT CIANFLONE/GETTY IMAGES

A Copa de 2022, no Qatar, deve acontecer entre janei-ro e fevereiro ou entre no-vembro e dezembro, em vez das datas tradicionais de ju-nho e julho. O motivo é fa-zer com que a competição seja disputada no inverno para evitar que as altas tem-peraturas do Oriente Médio afetem o torneio.

As datas foram apresen-tadas ontem pela Fifa em reunião que envolveu o pre-sidente da entidade, Josep-sh Blatter, e o CEO do Con-

selho Organizador Local de 2022, Hassan Al Thawadi.

“Já dissemos que não po-demos jogar no calor do Qa-tar, então temos que jogar no inverno. Neste momen-to, estamos fazendo consul-tas”, afirmou Blatter.

Ainda não está confirma-do se a Copa vai mudar de data. Uma nova reunião pa-ra discutir o assunto está agendada para novembro. A definição deve acontecer em um terceiro encontro, em fevereiro de 2015.

EleiçãoO presidente da Fifa, Joseph Blatter, confirmou que ten-tará seu quinto mandato. O suíço assumiu a presidência da Fifa em 1998 e foi reelei-to em 2002, 2007 e 2011.

“Você vê quando sua mis-são está encerrada. E minha missão ainda não termi-nou”, falou Blatter.

Ele formalizará a candi-datura entre os dias 25 e 26 deste mês. A eleição para o cargo será em maio de 2015.

METRO

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SÃO PAULO, TERÇA-FEIRA, 9 DE SETEMBRO DE 2014www.metrojornal.com.br |18| {ESPORTE}

EXEMPLOS DE ESFORÇO E DEDICAÇÃOOi pessoal, tudo bom? Os últimos dias foram muito interessantes e quero divi-dir com vocês. Vou come-çar falando da equipe, pois ontem logo cedinho eu e os demais pilotos estivemos na sede da Penske, na Caro-lina do Norte, para uma ce-lebração muito especial.

Essa turma da Penske, vou contar uma coisa para vocês, é sensacional. A co-meçar do patrão, o Roger Penske, todo muito traba-lha duro e com dedicação. É por isso que estávamos lá, todos os pilotos da casa (Indy e NASCAR), para agra-decer e comemorar. De-pois de oito anos sem títu-lo na Indy, o Will Power e eu, nessa ordem, fizemos a dobradinha do ano. Além disso, outro ponto a come-

Opinião

HELIO [email protected]

Helio Castroneves, 39, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas,e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputa em 2014 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

Roger Federer e Novak Djo-kovic eram os esperados para fazer a final do Aber-to dos Estados Unidos. Mas, nas semifinais, foram des-pachados por, respectiva-mente, por Marin Cilic e Kei Nishikori. E os dois fizeram ontem a decisão do último Grand Slam do ano. Melhor para o croata, que venceu por 3 sets a 0 (triplo 6-3) e levou seu primeiro grande título para casa.

Até então, seu melhor re-sultado havia sido uma se-mifinal de Aberto da Aus-trália, em 2010. Agora, aos

25 anos, chega ao ápice da carreira e a vaga no hall dos grades nomes do tênis.

Mostrando uma variação

de golpes perfeitos e potên-cia e precisão nos saques, o croata praticamente não correu riscos diante do em-polgado japonês.

Mas Cilic misturava frie-za nas disputas dos games com vibração a cada ponto conquistado. E foi coroado com o caneco.

Se tornou, também, o segundo croata a ganhar um Slam na Era Aberta do tênis (considerado a par-tir de 1968): iguala seu técnico, Goran Ivanisevic, que levou Wimbledon em 2001. METRO

Taça na mão. Croata passa por cima de japonês Kei Nishikori com vitória por 3 a 0 e conquista o Aberto dos Estados Unidos

Atleta de 25 anos é o segundo tenista croata a vencer um Grand Slam | AL BELLO/GETTY IMAGES

Cilic é o campeão do Aberto dos EUA

“Isso é resultado de muito trabalho. Joguei o melhor tênis da minha vida. Para os outros jogadores que trabalham duro, esse resultado é uma grande esperança” MARIN CILIC, TENISTA CROATA

Thiago Ribeiro: ‘Jogo onde o Enderson quiser’

Com a chegada de En-derson Moreira, Thia-go Ribeiro se colocou à disposição para atuar em todas as posições do meio para a frente. “Eu não tenho posição fixa. Depende da forma que o técnico quer jogar. Eu jogo do lado direito, es-querdo, como armador. Jogo onde o Enderson quiser.” METRO

Dorival Júnior promete montar equipe ofensiva

O técnico Dorival Júnior estreou à frente do Pal-meiras no empate por 1 a 1 contra o Atlético-PR, no Paraná. Enquanto teve 11 homens em campo (Josi-mar foi expulso), o time manteve postura ofensiva. “Eu nunca trabalhei de ou-tra maneira. Você tem que se expor para conseguir uma coisa a mais no cam-peonato.” METRO

Guerrero é absolvido por unanimidade

O atacante do Corin-thians, Paolo Guerre-ro, foi julgado e inocen-tado ontem no STJD por unanimidade de votos. O peruano foi acusado de agressão contra o árbitro Leandro Bizzio Marinho, na derrota para o Bra-gantino, por 1 a 0, no jo-go de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

METRO

Corinthians Santos Palmeiras

morar foi a vitória 400 da Penske, conquistada no do-mingo pela Brad Keselowski, do time Penske na série prin-cipal da NASCAR. Nesse nú-mero estão também as mi-nhas 29 desde que estreei na equipe, em 2000.

E por falar em esforço, quero dizer que foi uma ale-gria participar na sexta-feira de um evento do Miami Pro-ject. É um instituto de saúde e pesquisa para pessoas com lesão na medula óssea e que ficaram paralíticas. São mais de 300 pessoas no corpo clí-nico. O Miami Project foi fun-dado em 1985 e há anos que eu acompanho e colaboro.

O presidente é o Marc Buo-niconti, que perdeu os mo-vimentos num acidente du-rante uma partida de futebol americano universitário. Is-

so foi há mais de 30 anos e tudo começou por iniciativa do pai dele, o ídolo da NFL Nick Buoniconti. Todo es-se conhecimento do Miami Project, ao longo de décadas, está hoje a serviço da atleta olímpica brasileira Lais Sou-za, que ficou paralítica após um acidente quando se pre-parava para as olimpíadas de inverno. Depois de receber alta do Jackson Memorial, ela passou a morar em Mia-mi onde está trabalhando forte para recuperar os mo-vimentos aos poucos, inclu-sive participando de pesqui-sas inéditas.

Então, gente, os exemplos da Lais e do Marc são gran-diosos e mostram como o ser humano pode lutar pa-ra enfrentar as dificuldades com coragem. Fico emocio-nado com o que acontece lá. Eu e minha irmã, a Kati, fica-mos muito amigos da Lais e sua família e foi toda a gale-ra ver o jogo do Brasil contra a Colômbia. Para quem qui-ser conhecer mais sobre esse instituto de referência, basta visitar o www.themiamipro-ject.org. Vocês vão ver que não estou exagerando. Abra-ção e até semana que vem!

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SÃO

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