36
ISSN 1679-2645 FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAHIA SISTEMA FIEB Bahia ANO XXIII Nº 246 2016 O PIOR DA CRISE Já PASSOU? Segmentos importantes da indústria na Bahia podem voltar a crescer em 2017

Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

ISSN 1679-2645

Federação daS INdúStrIaS do eStado da BahIa SIStema FIeB

Bahia

aNo XXIII Nº 246 2016

O piOr da crisejá passOu?

Segmentos importantes daindústria na Bahia podem voltar a crescer em 2017

Page 2: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS
Page 3: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

ediTOriaL

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional 55, que esta-

belece teto para os gastos públicos nos próximos 20 anos, é uma

importante vitória para o governo federal, mas não pode ser en-

carada como um fim em si mesma. Medida de caráter restritivo,

precisa ser acompanhada de outras iniciativas, sem as quais o

país não voltará a crescer de forma sustentável.

A primeira dessas, a reforma da Previdência, é um remédio

amargo, mas necessário, na medida em que o crescente desca-

samento entre receitas e despesas, estas sempre maiores, ame-

aça inviabilizar em futuro próximo o sistema de aposentadoria

do brasileiro. Hoje, os principais segmentos organizados da

sociedade têm a compreensão de que algo precisa ser feito para

que o aumento da expectativa de vida se reflita na realidade

previdenciária.

Porém, enquanto os holofotes se voltam para a reforma da

Previdência, há outra importante mudança a ser feita, mas que

permanece à parte dos debates, talvez por não interessar ao Es-

tado. É a reforma administrativa, necessária para modernizar o

setor público e para forçar o Estado a focar naquilo que se espera

de sua atuação; o estímulo à atividade econômica e ao empre-

go, bem como o investimento em educação, saúde e segurança

pública. Por essa razão, o presidente da FIEB, Ricardo Alban,

destacou a importância de se levar a efeito a reforma adminis-

trativa, em recente encontro com a imprensa.

Mesmo com a aprovação da PEC 55 e ainda que a reforma da

Previdência seja implementada, não se espera que, no curto

prazo, o Brasil volte a crescer na medida de suas necessidades.

Em 2017, o PIB brasileiro deve parar de cair e, até mesmo, ex-

perimentar certo crescimento, porém abaixo de 1%, conforme

projeções do mercado. A indústria deve crescer em percentual

semelhante. A Bahia deve acompanhar essa tendência.

Não há crescimento por geração espontânea. A volta da ativi-

dade econômica e a criação de empregos têm como pressuposto

a implementação das reformas estruturantes, acompanhadas de

mudanças microeconômicas, como a redução dos juros, a mo-

dernização da infraestrutura, o estímulo à inovação e a adoção

de medidas compensatórias na área do bem-estar social.

Fomentada por um ambiente político conturbado, a crise eco-

nômica pode ser mais ou menos longa, a depender das decisões

que o governo federal adote para atravessar as turbulências do

momento.

Enquanto os holofotes se voltam para a reforma da Previdência, há outra importante mudança a ser feita, mas que permanece à parte dos debates, talvez por não interessar ao Estado. É a reforma administrativa

Angelo pontes/sistemA FieB

Medidas para a volta do crescimento

Presidente

Ricardo Alban

em encontro

com a imprensa

Page 4: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

4 Bahia Indústria

SindicatoS filiadoS à fiEB

Sindicato da indúStria do açúcar e do Álcool no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de Fiação e

tecelagem no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do taBaco no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do curtimento de couroS e PeleS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria

do VeStuÁrio de SalVador, lauro de FreitaS, SimõeS Filho, candeiaS, camaçari, diaS d’ÁVila e Santo amaro, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de extração de ÓleoS Vege-

taiS e animaiS e de ProdutoS de cacau e BalaS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da cerVeja e

de BeBidaS em geral no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do PaPel, celuloSe, PaPelão, PaSta de

madeira Para PaPel e arteFatoS de PaPel e PaPelão no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS do trigo,

milho, mandioca e de maSSaS alimentíciaS e de BiScoitoS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de calcÁrio, cal e geSSo do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria da conStrução do eSta-

do da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de calçadoS, SeuS comPonenteS e arteFatoS no eStado da

Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de cerâmica e olaria do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de SaBõeS, detergenteS e ProdutoS de limPeza em geral e VelaS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

daS indúStriaS de SerrariaS, carPintariaS, tanoariaS e marcenariaS de SalVador, SimõeS Filho, lauro de FreitaS, camaçari, diaS

d’ÁVila, Sto. antônio de jeSuS, Feira de Santana e Valença, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de FiBraS VegetaiS no

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS QuímicoS, PetroQuímicoS e reSinaS SintéticaS do

eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de material PlÁStico do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de ProdutoS de cimento no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de

mineração de Pedra Britada do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de ProdutoS QuímicoS Para FinS

induStriaiS e de ProdutoS FarmacêuticoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de mÁrmoreS, gra-

nitoS e SimilareS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria alimentar de congeladoS, SorVeteS, SucoS,

concentradoS e lioFilizadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de carneS e deriVadoS do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria do VeStuÁrio da região de Feira de Santana, [email protected] / Sin-

dicato da indúStria do moBiliÁrio do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato da indúStria de reFrigeração, aQuecimento e

tratamento de ar do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de caFé do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de laticínioS e ProdutoS deriVadoS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS in-

dúStriaS de aParelhoS elétricoS, eletrônicoS, comPutadoreS, inFormÁtica e SimilareS doS municíPioS de ilhéuS e itaBuna, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de conStrução de SiStemaS de telecomunicaçõeS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS metalúrgicaS, mecânicaS e de material elétrico de Feira de Santana, [email protected] /

Sindicato daS indúStriaS de reParação de VeículoS e aceSSÓrioS do eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato

nacional da indúStria de comPonenteS Para VeículoS automotoreS, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de

FiBraS VegetaiS no eStado da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de coSméticoS e de PerFumaria do eStado

da Bahia, [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de arteFatoS de PlÁSticoS, BorrachaS, têxteiS, ProdutoS médicoS

hoSPitalareS, [email protected] / Sindicato Patronal daS indúStriaS de cerâmicaS VermelhaS e BrancaS Para conStrução

e olariaS da região SudoeSte e oeSte da Bahia [email protected] Sindicato da indúStria de aduBoS e corretiVoS agrícolaS do

nordeSte (Siacan) [email protected] / Sindicato nacional da indúStria da conStrução e reParação naVal e oFFShore (Sina-

Val) [email protected] / Sindicato daS indúStriaS de PaniFicação e conFeitaria do eStado da Bahia, [email protected]

Filiada à

Bahia

fiEBPRESIDENTE Antonio Ricardo Alvarez Alban. 1° VICE-

-PRESIDENTE Carlos Henrique Jorge gantois. VICE-

-PRESIDENTES Josair santos Bastos; eduardo Catha-

rino gordilho; edison Virginio nogueira Correia;

Alexi pelagio gonçalves portela Junior. DIRETORES

TITULARES Alberto Cánovas Ruiz;eduardo meirelles

Valente; Renata lomanto Carneiro müller; Fernando

luiz Fernandes; Juan José Rosario lorenzo; theofilo

de menezes neto; José Carlos telles soares; Angelo

Calmon de sa Junior; Jefferson noya Costa lima;

luiz Fernando Kunrath; João schaun schnitman;

Antonio geraldo moraes pires; mauricio toledo de

Freitas; Waldomiro Vidal de Araújo Filho. DIRETORES

SUPLENTES guilherme moura Costa e Costa; glads-

ton José Dantas Campêlo; Cléber guimarães Bastos;

Jorge Catharino gordilho; marcelo passos de Araú-

jo; Roberto mário Dantas de Farias

conSElhoSMICRO E PEqUENA EMPRESA INDUSTRIAL Carlos Henri-

que Jorge gantois; ASSUNTOS FISCAIS E TRIBUTáRIOS

sérgio pedreira de oliveira souza; COMéRCIO ExTE-

RIOR Angelo Calmon de sá Junior; ECONOMIA E DE-

SENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Antonio sergio Alipio;

INFRAESTRUTURA marcos galindo pereira lopes;

INOVAçãO E TECNOLOgIA José luis gonçalves de Al-

meida; MEIO AMBIENTE Jorge emanuel Reis Cajazei-

ra; RELAçõES TRABALhISTAS Homero Ruben Rocha

Arandas; RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL

marconi Andraos oliveira; JOVENS LIDERANçAS IN-

DUSTRIAIS nayana Carvalho pedreira; PETRóLEO,

gáS E NAVAL Humberto Campos Rangel; PORTOS

sérgio Fraga santos Faria

ciEBPRESIDENTE Reginaldo Rossi. 1º VICE-PRESIDENTE Jor-

ge emanuel R. Cajazeira. 2º VICE-PRESIDENTE Carlos

Antonio B. Cohim da silva. 3º VICE-PRESIDENTE Ro-

berto Fiamenghi. DIRETORES TITULARES Arlene A. Vil-

pert; Benedito A. Carneiro Filho; Cleber g. Bastos;

luiz da Costa neto; luis Fernando galvão de Almei-

da; marcelo passos de Araújo; mauricio lassmann;

paula Cristina Cánovas Amorim; Hilton moraes

lima; thomas Campagna Kunrath; Walter José papi;

Wesley K. F. Carvalho. DIRETORES SUPLENTES Antonio

Fernando s. Almeida; Carlos Antônio Unterberger

Cerentini; Décio Alves Barreto Junior; Jorge R. de o.

Chiachio; Fernando elias salamoni Cassis; José luiz

poças leitão Filho; mauricio Carvalho Campos; su-

dário m. da Costa; CONSELhO FISCAL - EFETIVOS luiz

Augusto gantois de Carvalho; Rafael C. Valente; Ro-

berto ibrahim Uehbe. CONSELhO FISCAL – SUPLENTES

Felipe pôrto dos Anjos; Rodolpho Caribé de Araújo

pinho neto; thiago motta da Costa

SESiPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio Ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE Armando da Costa neto

SEnaiPRESIDENTE DO CONSELhO Antonio Ricardo A. Alban.

DIRETOR REgIONAL luís Alberto Breda

DIRETOR DE TEC. E INOVAçãO leone peter Andrade

iElPRESIDENTE DO CONSELhO E DIRETOR REgIONAL

Antonio Ricardo Alvarez Alban.

SUPERINTENDENTE evandro mazo

DIRETOR ExECUTIVO DA FIEB

Vladson menezes

SUPERINTENDENTE ExECUTIVO DE SERVIçOS

CORPORATIVOS Cid Vianna

Informações sobre a atuação e os serviços oferecidos pelas entidades do Sistema FIEB, entre em contato

UNIDADES DO SISTEMA FIEB

sistema fieb nas mídias sociais

editada pela gerência de Comunicação institucional

do sistema Fieb

CONSELhO EDITORIAL mônica mello, Cleber Borges e patrícia moreira. COORDENAçãO EDITO-

RIAL Cleber Borges. EDITORA

patrícia moreira. REPORTAgEM

patrícia moreira, Carolina men-donça, marta erhardt, luciane Vivas (colaboração). PROJETO

gRáFICO E DIAgRAMAçãO Ana Clélia Rebouças. FOTOgRAFIA Coperphoto. ILUSTRAçãO E IN-

FOgRAFIA Bamboo editora. IM-

PRESSãO gráfica trio.

FEDERAçãO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DA BAhIA

Rua edístio pondé, 342 – stiep, Cep.: 41770-395 / Fone:

71 3343-1280 www.fieb.org.br/bahia_indus-

tria_online

As opiniões contidas em artigos assinados não refletem necessa-riamente o pensamento da FieB.

FieB – FederaçãO das indúsTrias dO esTadO da Bahia

sede: (71) 3343-1200

sesi – serviçO sOciaL da indúsTria

sede: 3343-1301@Educação de Jovens e Adultos – RMS: (71) 3343-1429 @Responsabilidade Social: (71) 3343-1490@Camaçari: (71) 3205 1801 / 3205 1805@Candeias: (71) 3601-2013 / 3601-1513@Itapagipe: (71) 3254-9901@Itaigara: (71) 3444-4250 / 4251 / 4253@Lucaia: (71) 3205-1801@Piatã: (71) 3503 7401@Retiro: (71) 3234 8200 / 3234 8221@Rio Vermelho: (71) 3616 7080 / 3616 7081@Simões Filho: (71) 3296-9300 / 3296-9330@Eunápolis: (73) 8822-1125@Feira de Santana: (75) 3602 9762@Sul: (73) 3639 9331 / 3639 9326@Jequié: (73) 3526-5518@Norte: (74) 2102-7114 / 2102 7133@Valença: (75) 3641 3040@Sudoeste: (77) 3422-2939 @Oeste: (77) 3628-2080

senai – serviçO naciOnaL de aprendizagem indusTriaL

sede: 71 3534-8090@Cimatec: (71) 3534-8090@Dendezeiros: (71) 3534-8090 @Cetind: (71) 3534-8090@Feira de Santana: (75) 3229-9100 @Ilhéus: (73) 3639-9300 @Luís Eduardo Magalhães: (77) 3628-6349@Barreiras: (77) 3612-2188

ieL – insTiTuTO euvaLdO LOdi

sede: 71 3343-1384/1328/1256@Barreiras: (77) 3611-6136@Camaçari: (71) 3621- 0774@Eunápolis: (73) 3281- 7954@Feira de Santana: (75) 3229- 9150@Ilhéus: (73) 3639-1720@Itabuna: 3613-5805@Jacobina: (74) 3621-3502@Juazeiro: (74) 2102-7114@Teixeira de Freitas: (73) 3291-0621@Vitória da Conquista (77) 3201-5720@Guanambi (77) 3451-6070@Jequié (73) 3527-2331

cieB - cenTrO das indúsTrias dO esTadO da Bahia

sede: (71) 3343-1214

Page 5: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Projeções apontam que

a retomada do

crescimento deve

começar a partir de 2017

ExpEctativa dE rEtomada

16

Projeto do SESI

melhora saúde de

trabalhadores da

indústria de Feira

de Santana

GinásticaLaboraL

O SENAI Bahia ficou na 8ª colocação na

avaliação geral da Olimpíada do

Conhecimento, com duas medalhas de

ouro. O SESI foi selecionado para

mostra nacional de ciências

sEnai E sEsi sãodEstaquE na oc2016

Estudantes e jovens profissionais

participaram de atividades e debates

nas áreas de desenvolvimento de

pessoas e mercado de trabalho, no

Fórum IEL de Carreiras, em Salvador

Fórum rEuniu EspEciaListaspara dEbatEr sobrE carrEiras

sumáriO

12

Válvulas de planta da indústria petroquímica, em foto da Shutterstock

8 26

mig

Uel

Angel

o/C

ni

João A

lVARez

/sis

tem

A F

ieB

sil

Vio

tit

o/s

iste

mA F

ieB

nº 246 nov/dez.2016

RAFAel mARtins/ARqUiVo/sistemA FieB

Page 6: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

6 Bahia Indústria

Três talentosas estudan-

tes do ensino técnico do

SESI, com a ajuda de um

professor dedicado, con-

seguiram desenvolver um plás-

tico biodegradável a partir do

aproveitamento de uma matéria

prima abundante no Nordeste: a

mandioca. Com esse projeto, eles

foram premiados na Feira Brasi-

leira de Ciências e Engenharia, da

Universidade de São Paulo, uma

das instituições acadêmicas mais

conceituadas do país.

O Projeto Bioplástico foi apre-

sentado pelas estudantes Aline

Costa, Camila Pires e Ananda Li-

ma, mais o professor Fernando

Moutinho, da Escola Djalma Pes-

soa (localizada no bairro de Piatã,

em Salvador), em uma oficina do

seminário Agenda Bahia, even-

to anual organizado pela Rede

Bahia, com apoio institucional do

Sistema FIEB, que aconteceu no

dia 9 de novembro.

“Trabalhamos no universo da

criação e inovação. A invenção

não tem a necessidade de chegar

ao mercado, mas a inovação, sim.

Inovação para o mundo do trabalhoCases apresentados por estudantes do sesi e do senAi e por jovens profissionais foram destaque no Agenda Bahia

por cleber borges

Fotos Angelo pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Page 7: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 7

Esse é o impulso que nos move”,

afirmou, na ocasião, o professor

Moutinho. O bioplástico pode ser

utilizado, dentre outras situações,

no acondicionamento e transporte

de mudas de plantas, em substi-

tuição ao plástico escuro tradicio-

nal, que permanece décadas sem

se decompor na natureza.

casa inTeLigenTeEm outra oficina, o estudante do

SENAI, Bruno de Araújo Silva,

apresentou o projeto Automação

para Casa Inteligente, um sistema

de automação residencial desen-

volvido com base na metodologia

Theoprax (método de origem ale-

mã que une o ensino ao exercício

da prática, com o estudante sendo

direcionado a resolver um proble-

ma da indústria a partir dos conte-

údos estudados e sob a mediação

de um professor).

Utilizando uma miniatura de

casa feita de madeira, o estudante

mostrou que, com o sistema, é pos-

sível controlar e administrar os dis-

positivos elétricos e eletrônicos de

uma casa – iluminação, tempera-

tura dos cômodos, posição da cor-

tina, televisão e ar-condicionado –

por meio de um computador ou uti-

lizando um aplicativo no celular.

Para desenvolver o projeto, Bruno

Silva contou com a orientação da

professora Clélia dos Santos, coor-

denadora do curso técnico em In-

formática do SENAI Cimatec. O pro-

jeto de casa inteligente foi um dos

destaques desta edição do Agenda

Bahia, que contou com uma oficina

denominada Teoria para prática:

Como o talento pode fazer a dife-

rença no mundo do trabalho.

Outro projeto desenvolvido no

âmbito do Sistema FIEB, mais es-

pecificamente pelo Instituto Eu-

valdo Lodi (IEL), o Inova Talentos,

despertou a atenção da plateia no

Agenda Bahia: dois cases do Inova

Talentos, um programa que busca

ampliar o número de profissionais

qualificados em atividades de ino-

vação nas empresas industriais.

Um deles trouxe a supervisora de

Engenharia de Materiais da Ford

Camaçari, Cristiane Gonçalves.

Ela ressaltou que a maior contri-

buição do Inova Talentos foi des-

tacar a importância da ideia como

fator a ser trabalhado pela inova-

ção. “Isso forçou cada profissional

a questionar seus processos em

busca de maior produtividade”,

afirmou a engenheira da Ford.

Por sua vez, a ex-bolsista do

Inova Talentos, Alana Santos, da

empresa Maquim, que atua com

soluções tecnológicas, apresentou

o projeto Desenvolvendo a Gestão

da Inovação. “Ficamos surpresos

em relação ao resultado obtido.

Meu projeto foi escolhido para a

etapa nacional do Inova Talentos,

ficando em 3º lugar, algo muito

importante para uma empresa pe-

quena e recente no mercado, que

desenvolve tecnologia. Quando

você abraça a inovação como algo

inerente à sua formação, você on-

tem bons resultados. O Inova Ta-

lentos transformou minha vida”,

avaliou Alana Santos.

Outro projeto do IEL apresenta-

do no Agenda Bahia foi uma par-

tida do Jogo da Inovação – JOIN,

com oficina comandada pela ge-

rente de Desenvolvimento Empre-

sarial, Fabiana Carvalho. [bi]

Bruno Silva (E),

do projeto Casa

Inteligente;

alunas do

SESI (abaixo)

criaram

bioplástico;

Alana Santos

(acima) elogiou

Inova Talentos

Page 8: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

8 Bahia Indústria

silVio tito/CopeRpHoto/sistemA FieB

Com uma solução simples e

de pouco impacto na rotina

dos trabalhadores, uma in-

dústria de Feira de Santana con-

seguiu, em um ano, reduzir em

70% o número de afastamentos

com duração de até 15 dias cau-

sados por dores lombares. Para

atingir estes resultados, a empre-

sa implantou em 2014 um projeto

que estimula a prática diária de

exercícios de flexionamento, di-

recionados para a região lombar,

dentro do programa de Ginástica

na Empresa.

A experiência foi colocada em

prática na Belgo Bekaert, empresa

do segmento metalúrgico, com o

apoio do Serviço Social da Indús-

tria (SESI). A médica do Traba-

lho, Maridélia Coelho Sampaio, e

projeto do sesi reduz absenteísmotrabalhadores apontam os benefícios da prática que contribuiu para redução das dores lombares

Funcionários da

Belgo Bekaert

praticam os

15 minutos de

alongamento

mos tanta adesão, mas com os re-

sultados constatamos a melhoria

da qualidade de vida no ambiente

fabril e seu impacto extramuros”,

arremata Maridélia, referindo-se à

adoção da prática pelos funcioná-

rios fora do ambiente de trabalho.

Tatiane Almeida explica que o

projeto foi moldado e concebido

com a participação da empresa em

todas as etapas. “O tempo para fa-

zer o trabalho de ginástica na em-

presa era curto e decidimos focar

numa ação mais segmentada, vol-

tada para melhorar a flexibilidade

com a realização de alongamen-

tos. Foi uma decisão acertada”,

acrescenta Tatiane.

O sucesso da iniciativa foi co-

memorado pelo gerente da área de

Vida Saudável do SESI Feira, Ri-

cardo Correia. “A Belgo Bekaert é

nossa cliente neste serviço (ginás-

tica na empresa) há dez anos e os

resultados alcançados, com redu-

ção da dor lombar e do número de

atestados por lombalgia, nos ani-

ma a levar esta metodologia para

outras empresas”, acrescenta.

Os funcionários também apro-

varam a proposta. Joelmir Cer-

queira conta que o Flexibelgo

melhorou sua qualidade de vida,

fazendo com que passasse a ter

mais disposição para trabalhar.

“Reduziu as dores e melhorou a di-

nâmica entre os companheiros de

trabalho”, revela, acrescentando:

“A professora tem uma dinâmica

excelente, fazendo com que fique-

mos à vontade com a ginástica e

com as outras atividades propos-

tas”. Para Carlos Santos, o Flexi-

belgo leva a uma autoavaliação da

condição física individual. A gi-

nástica laboral é uma preparação

antecipada para o início da nossa

jornada de trabalho, trazendo be-

nefícios psicomotores”. [bi]

a promotora de saúde do SESI na

Belgo, Tatiane Almeida, chegaram

a este resultado com base na aná-

lise dos afastamentos causados

por lombalgia. Elas acompanha-

ram durante um ano os trabalha-

dores que participavam do projeto

FlexiBelgo, que consiste em pro-

mover intervalos de 15 minutos

para realização de exercícios de

alongamento.

Além do impacto no absenteís-

mo, com a redução das faltas ao

trabalho, o projeto também foi pre-

miado pela matriz como iniciativa

de excelência, durante a reunião

anual da Belgo Brasil, em 2015. “O

projeto deu tão certo que partimos

para uma terceira edição”, revela a

médica. “Quando o SESI apresen-

tou a proposta nós não esperáva-

Page 9: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

circuito

Bahia Indústria 9

por cLEbEr borGEs

Indústria perde R$ 130 bi por anoSegundo estudo do Banco Mundial, de

2009, 4,2% do faturamento anual das

empresas brasileiras são gastos com

segurança privada e com as perdas

decorrentes de roubo e vandalismo. O dado

é de 2009. Supondo que a violência não

tenha aumentado de lá para cá e levando

em conta a receita bruta da indústria de

transformação no ano passado, a

Confederação Nacional da Indústria (CNI)

conclui que, todos os anos, R$ 130 bilhões

deixam de ser investidos na produção

industrial em função da violência no país.

No entanto, é provável que o percentual

tenha se elevado nos últimos anos. O

número de ocorrências de roubo e furto de

carga aumentou 64% entre 2010 e 2015,

chegando a 20.803 no ano passado.

Infraestrutura é a saída O caminho para a recuperação

da economia passa

necessariamente por uma

maior participação da

iniciativa privada nos

investimentos e na gestão de

empreendimentos. Para o

presidente da CNI, Robson

Andrade, a recuperação

econômica está diretamente

relacionada ao aprimoramento

da infraestrutura nacional,

especialmente à ampliação e à

modernização da

infraestrutura logística,

energética e de saneamento

básico. Em algumas áreas

estamos 30 anos atrasados.

Investimento é muito baixoAlguns exemplos do nosso

atraso em infraestrutura: o

Brasil tem um total de 1.024

quilômetros de estradas

pavimentadas por milhão de

habitantes, contra 6.438

quilômetros por milhão de

habitantes na Rússia, por

exemplo. Hoje, o país investe

R$ 92 bilhões/ano (dinheiro

público e privado) em

infraestrutura. Para resolver os

gargalos existentes são

necessários, no mínimo, R$ 220

bilhões, segundo a CNI.

“Tenho umas 20 ideias todos os dias. Isso não é importante. O que funciona é colocar as ideias em prática, errando e aprendendo no mundo real. Depois de errar 50 vezes, você acerta.”

Fabrício Bloisi, baiano, fundador da Movile, uma das maiores empresas de conteúdo e serviços mobile da América Latina.

País é um dos que mais gastam com segurançaO Brasil está entre os países cujas

empresas têm os maiores custos com

crime e violência. Desde 2006, segundo

levantamento do Fórum Econômico

Mundial, o país está entre os 25% com

pior desempenho no ranking mundial do

indicador, em uma análise que envolve

138 nações. Em 2015, em uma escala que

vai de 1 a 7, em que quanto mais próximo

de 7 melhor é a posição do país, o Brasil

ficou com 2,87. A nota fica abaixo da

média da América Latina (3,22) e atrás de

países como Haiti.

Page 10: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

10 Bahia Indústria

sindicatos

campanha contra câncer de mama

Trabalhadoras do setor

realizaram mamografia

Para alertar as

trabalhadoras das

indústrias de vestuário

sobre a necessidade da

prevenção e tratamento

precoce do câncer de

mama, os sindicatos da

indústria de vestuário de

Salvador e de Feira de

Santana promoveram, em

parceria com o SESI, a

ação Outubro Rosa. Em

uma unidade móvel,

foram realizados exames

de mamografia gratuitos e

profissionais de saúde

orientaram a respeito da

prevenção da doença.

Em Salvador, foram

atendidas 120

trabalhadoras de 20

empresas associadas, com

idade a partir de 40 anos.

Abrava e Sindratar discutem futuro do ar climatizado Com o objetivo de trocar

conhecimentos em gestão de

ambiente interno e atualizar os

profissionais do setor, a Abrava,

em parceria com o Sindratar-BA,

promoveu a 2ª Expoqualindoor. O

encontro discutiu as perspectivas

para a qualidade do ar refrigerado

no Brasil, a revisão da ABNT de

ar-condicionado para unidades de

saúde e comemorou os 18 anos da

Portaria 3. 3.523/98/MS.

Sincar participa de intercâmbio setorialO presidente do Sindicato da

Indústria de Carnes (Sincar-BA),

Julio Farias, participou do 2º

Intercâmbio de Lideranças

Setoriais da Indústria de

Alimentos, na Federação das

Indústrias do Ceará (FIEC). A ação

busca fortalecer a rede sindical da

indústria e o debate de temas

prioritários para a atuação

coletiva dos sindicatos.

Angelo pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Sinprocim promove ação de interiorização em IlhéusO Sinprocim-BA escolheu a região Sul para

fechar a agenda de reuniões itinerantes de 2016.

O encontro ocorreu dia 17.11, em Ilhéus. “A ação

contribui para aproximar o sindicato das

indústrias, levar soluções e prospectar

associados”, destacou o presidente do

Sinprocim, José Carlos Soares.

O sindicato também realizou visitas a empresas

e às obras da unidade integrada SESI/SENAI da

região. “O fortalecimento da base sindical vai ao

encontro da atual política da FIEB, com foco na

interiorização e no associativismo”, afirmou o 1º

vice-presidente da FIEB, Carlos Gantois. Na

ocasião, o sindicato promoveu, em parceria com

o Programa de Desenvolvimento Associativo,

curso sobre Normas Regulamentadoras.

Empresários do setor de panificação de todo o estado

estiveram reunidos em Feira de Santana, dias 28 e

29.10, no II Encontro Técnico de Panificação do

Estado da Bahia. O evento foi promovido pelo

Sindicato Intermunicipal da Indústria de Panificação

(SIPACEB). Mais de 600 pessoas participaram dos

dois dias do evento, realizado no SENAI no

município. Perspectivas para o setor, tendências de

mercado, tecnologia e produtividade e qualidade do

pão francês foram algumas das temáticas das 16

palestras realizadas no encontro.

silVio tito/CopeRpHoto/sistemA FieB

Márcio Rodrigues, do IDPC, ministrou palestra

Encontro de panificação reúne empresários do setor em Feira de santana

Page 11: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 11

JeFFeRson peixoto/CopeRpHoto/sistemA FieB

Otimizar a produção sem

fazer investimentos é possível

no setor automotivo. Foi o que

aprendeu a turma do Lean

Manufacturing na Prática,

curso promovido pelo

Sindipeças-BA, dias 20 e

21.10, na FIEB. Por meio de

simulação de game lean em

equipe, os participantes

vivenciaram a melhoria da

qualidade da produção,

reduzindo os desperdícios e

aumentando a produtividade.

manufatura enxuta

Troca de experiências no Bate-papo SindicalLíderes e executivos de sindicatos

empresariais da indústria

reuniram-se na FIEB para trocar

experiências no Bate-papo

Sindical sobre Defesa de

Interesses, ação do Programa de

Desenvolvimento Associativo. O

presidente do Sinprocim-BA, José

Carlos Soares, compartilhou a

boa prática do sindicato que

resultou em conquista de

benefício fiscal para os pré-

fabricados de cimento. O encontro

também contou depoimento do

presidente do sindicato

metalmecânico do Ceará (Simec/

CE), José Sampaio Filho.

sindiFiTe • Reeleito até 2019, o presidente do

Sindifite-BA, Eduardo Catharino Gordilho tomou

posse dia 16.12. Ele destacou como foco a

continuidade das ações do planejamento estratégico

e a atuação articulada com o Sistema FIEB.

sindvesT • No dia 07 de dezembro, tomou posse a

nova diretoria do Sindvest Salvador e Região.

Waldomiro Vidal de Araújo Filho seguirá à frente do

sindicato até 2019. A eleição foi em outubro.

sindcerBe • Com foco no apoio às empresas

associadas na busca de crescimento sustentável e

acesso a inovação, tomou posse a diretoria do

Sindcerbe, eleita para o triênio 2016/2019. “Em um

cenário político e econômico desafiador, o sindicato

tem papel de suporte às empresas”, afirmou o

presidente Cleonyr Xavier.

sigeB • Continuar o trabalho com foco na

capacitação, desenvolvido em parceria com o SENAI,

em todo o estado, é uma das prioridades da diretoria

do Sigeb. O presidente reeleito, Josair Bastos,

permanece à frente do sindicato até 2019.

sincaFé • Continuar o trabalho para restruturação

do setor, a fim de resgatar o espaço perdido em razão

da falta de políticas para a indústria de café é o

principal desafio da diretoria do Sincafé-BA. O

presidente reeleito, Antônio Roberto Almeida,

aponta a necessidade de apoio do governo para

estímulo à cultura cafeeira.

sindiscam • O empresário Jaime Lorenzo Piñeiro

foi reconduzido à presidência do Sindiscam. “Os

principais desafios são a mudança cultural no uso

de recursos florestais, a ampliação dos associados e

o avanço nas negociações coletivas”, afirmou. O

mandato vai até 2019.

sindTrigO • A diretoria eleita do Sindtrigo

permanecerá liderada pelo empresário Ricardo

Alban. “Nossos maiores desafios são manter os

preços competitivos e assegurar os empregos nas

empresas do setor”, afirmou Alban, que também

preside a FIEB. O mandato vai até 2020.

eLeições Evento comemora Dia do Produtor de TabacoO município de Cruz das Almas

foi escolhido para sediar o evento

comemorativo do Dia do Produtor

do Tabaco (28.10), promovido em

outubro pelo Sinditabaco-BA e

pela Câmara Setorial do Charuto

Baiano. A cidade do Recôncavo

baiano é reconhecida pelo

envolvimento de suas gerações

com a cadeia produtiva de tabaco

e por ter seus produtos finais

exportados para diversos países.

Desde 2013, quando a data foi

oficializada no Brasil, a

comemoração já aconteceu em

Santa Cruz do Sul (RS), Canoinhas

(SC) e Rio Azul (PR).

Bahia sedia 34ª edição da Abisa NordesteA Associação Brasileira das Indústrias Saboeiras e Afins (Abisa) escolheu

a Bahia para sediar a 34ª edição do seu congresso anual. O evento foi

realizado em outubro, no Gran Hotel Stella Maris, em parceria com o

Sindisabões-BA. A programação incluiu palestras sobre novas

tecnologias, tendências, economia e o cenário de consumo. O evento

contou, ainda, com salão de negócios e visita técnica à Deten Química.

Page 12: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

12 Bahia Indústria

migUel Angelo/Cni

Com uma estrela da mídia nacional no portfó-

lio e algumas medalhas douradas no peito

de seus competidores, o Serviço Nacional da

Indústria da Bahia (SENAI Bahia) e o Serviço

Social da Indústria (SESI Bahia) voltaram da Olimpí-

ada do Conhecimento 2016 (OC 2016) com algumas

certezas. A principal delas, a de que o trabalho de

preparação realizado no estado está dentro dos pa-

drões de excelência dos principais centros nacionais

de aprendizagem técnica e científica.

A estrela em questão é o carro híbrido ecológico

que a equipe baiana levou para a Olimpíada e atraiu

os olhares do repórter Marcos Losekann e do ator Bru-

no De Luca, da Rede Globo, que resolveram conferir

de perto o projeto. Movido a força humana e energia

elétrica o carro foi desenvolvido por alunos e profes-

sores dos cursos técnicos de Mecânica, Mecatrônica e

TI de Salvador e Feira de Santana e, a partir de agora,

será transformado em desafio para outros estudantes

de nível técnico do SENAI Bahia.

O veículo também foi escolhido embaixador na

ocupação “Tecnologia de Manufatura e Engenha-

rias”, com o objetivo de demonstrar o projeto de um

carro ecológico elétrico que possa ser compartilhado,

proporcionando a interação com o transporte público

coletivo das grandes cidades e centros urbanos.

Ouro baiano na Olimpíada do Conhecimento 2016estudantes do senAi e sesi destacam-se com projetos inovadores e conquistam medalhas no maior torneio de educação profissional das Américas

por Patrícia moreira e carolina mendonçacom inFormaçõEs da cni

Após quatro dias de evento e

provas desafiadoras, os estudan-

tes do SENAI alcançaram a 8ª co-

locação na avaliação geral, à fren-

te de estados como Minas Gerais

e Rio de Janeiro, e a 2ª colocação,

quando considerado o desempe-

nho nas provas disputadas. “Isso

nos mostra um resultado demo-

crático e sinaliza que a qualidade

do nosso ensino técnico não está

concentrada apenas em Salvador,

pois tivemos alunos de várias

unidades participando da compe-

tição com bons resultados”, des-

taca o diretor-regional do SENAI

Bahia, Luis Alberto Breda, lem-

brando que o estudante do SENAI

Feira de Santana, Daniel Barreto,

foi medalhista de ouro em segu-

rança do trabalho na OC 2016.

Foram 1.200 competidores de

26 unidades federativas que dis-

putaram o maior torneio de educa-

ção profissional das Américas, de

10 a 13 de novembro, em Brasília.

“Estes resultados sinalizam que a qualidade do nosso ensino técnico não está concentrada apenas em Salvador, mas em todo o estado

Luis Alberto Breda, diretor-regional do SENAI

Page 13: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 13

A competição é realizada a cada

dois anos pelo SENAI e SESI, e este

ano recebeu 118.754 visitantes em

um espaço de 50 mil m².

ciência na escOLaSe o SENAI Bahia brilhou na OC

2016, as equipes do SESI Bahia

não fizeram diferente. Com uma

delegação composta por 22 estu-

dantes, incluindo equipe do Insti-

tuto Federal de Educação apadri-

nhada pelo SESI para participar

do evento, foram várias conquis-

tas alcançadas pelos estudantes.

Vencedores

do Desafio

Tunning, do

SENAI, e carro

ecológico que

foi embaixador

da competição

“Tivemos uma participação in-

teressante na Mostra de Ciências

e Engenharia e no Torneio de Ro-

bótica, classificando três equipes

das escolas EBEP João Ubaldo

Ribeiro, de Luís Eduardo Maga-

lhães, e Djalma Pessoa, de Salva-

dor, e uma do SESI Candeias. Co-

mo resultado, a equipe da Djalma

Pessoa foi uma das três, dentre 18

escolas do Brasil. Isso demonstra

o resultado de nosso esforço de

fazer iniciação científica nas nos-

sas escolas e uma forma de reco-

nhecer todo este trabalho”, avalia JeFFeRson peixoto/CopeRpHoto/sistemA FieB

Page 14: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

14 Bahia Indústria

séR

gio

Am

ARAl/

Cni

SENAI BAHIA

Desafio por Equipe categoria Transporte e Logística

» 1º lugar - Tunning - Projeto de adaptação de um Ford Ka para transformar o motor, a suspensão, o sistema de som e a aparência do veículo, de motor 1.5 e 110 cavalos. Uma das metas era modificar a potência do motor, ampliando-a para pelo menos 120 cavalos. A equipe conseguiu que o veículo atingisse 161 cavalos. A equipe baiana instalou uma placa solar no teto e fez pintura estilizada e adesivagem no capô e nas laterais, além de pintura personalizada das rodas e alteração na suspensão, deixando o veículo rebaixado. Na mesma modalidade.

Equipe: Derick Nahuel Santos Piaggio Duarte, Diego Cerqueira Moreira Sena, Gladston de Carvalho Junior, Messias Cardim dos Santos, do SENAI Bahia,

Desafios Individuaiscategoria Transporte e Logística

»3º lugar - Mecânica de Automóveis: os alunos deveriam encontrar cinco defeitos em um

automóvel e corrigi-los em até uma hora. Estudante: Derick Duarte

» 2º lugar - Pintura Automotiva: os competidores tiveram uma hora para reparar riscos e defeitos de pintura na porta de um veículo com ferramentas manuais para polimento e tintas para pequenos reparos. Estudante: Diego Sena

avaliação prática do estudante (saep)

» 1º lugar - Técnico em Segurança no Trabalho Estudante: Daniel Hall de Santana Barreto, de Feira de Santana.

SESI BAHIA

Projeto - Software para gerenciamento do Processo Formativo dos Estudantes

»Equipe selecionada para a Febrace 2017 - Davi Rocha Macedo Sousa, Giovanni de Lima Conceição e Matheus Souza Brito desenvolveram um software que ajuda alunos a gerenciarem os conteúdos escolares

PREMIADOS OC 2016

Software

desenvolvido

por alunos

do SESI foi

premiado

o superintendente do SESI Bahia,

Armando da Costa Neto.

As equipes que se destacaram

na Mostra de Ciências participa-

rão da Feira Brasileira de Ciência

e Engenharia (Febrace), de 20 a 24

de março de 2017, em São Paulo. A

mostra é uma iniciativa do SESI,

em parceria com a Febrace, com o

objetivo de estimular a iniciação

de estudantes em pesquisa cientí-

fica e tecnológica.

prOjeTOsOs estudantes Davi Rocha Ma-

cedo Sousa, Giovanni de Lima

Conceição e Matheus Souza Brito

desenvolveram um software que

ajuda alunos a gerenciarem os

conteúdos escolares. Por meio de

uma plataforma, acessível pela

internet, é possível acompanhar

os conteúdos que já foram traba-

lhados ou que ainda serão vistos

em determinado ano letivo. O ob-

jetivo é dar mais autonomia para

estudantes organizarem a rotina

de estudos.

Ao todo, estiveram expostos na

feira 15 projetos de escolas do SESI

de cinco estados: Alagoas, Bahia,

Minas Gerais, Goiás e Rio de Janei-

ro. Os trabalhos tinham o intuito

de resolver problemas do mundo

real, por meio de fundamentos

teóricos e metodologia científica,

nas áreas de Ciências Agrárias, Ci-

ências Biológicas, Ciências Exatas

e da Terra, Ciências Humanas, Ci-

ências da Saúde, Ciências Sociais

Aplicadas e Engenharia.

A mostra é um piloto, que deve-

rá ser desenvolvido nas unidades

do SESI em todos os estados e no

Distrito Federal a partir do próxi-

mo ano. O Laboratório de Sistemas

Integráveis Tecnológico (LSI-TEC)

da Escola Politécnica da USP é

parceiro do projeto. [bi]

Page 15: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 15

O cenário é cinzento em 2016: o desemprego ba-

teu os 11,8%, de acordo com o resultado mais

recente da Pesquisa Nacional por Amostra de

Domicílios Contínua (Pnad), do IBGE, relativo a se-

tembro. No entanto, para profissionais de nível téc-

nico qualificados, sobram oportunidades nos próxi-

mos quatro anos. É o que aponta o Mapa do Trabalho

Industrial 2017-2020, estudo elaborado pelo Serviço

Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para

subsidiar o planejamento da oferta de formação pro-

fissional da instituição.

Pelo levantamento, a Bahia terá de qualificar

529.741 trabalhadores em ocupações industriais nos

níveis técnico, superior e de qualificação entre 2017

e 2020. A pesquisa também pode contribuir com os

jovens brasileiros na escolha da profissão e, com is-

so, aumentar suas chances de ingresso no mercado

de trabalho. Em todo o Brasil, será necessário qualifi-

car 13 milhões de trabalhadores em ocupações indus-

triais nesse período.

“Esta é a hora de investir numa formação que te-

nha a ver com o perfil da pessoa, para que, mesmo

na crise, em pouco tempo, ela consiga se inserir no

mercado de trabalho, atendendo às necessidades da

indústria e de setores como serviços e comércio”,

afirma o diretor regional do SENAI Bahia, Luis Al-

berto Breda.

O jovem Marcelo Monteiro, 21, percebeu este mo-

vimento de mercado e resolveu fazer o curso técnico

em Segurança do Trabalho, no SENAI Dendezeiros.

Concluinte, ele acredita que os conhecimentos ad-

quiridos o levarão ao mundo do trabalho em pouco

tempo. “É uma formação que permite conhecer tanto

o chão de fábrica como a área de gestão, então eu saio

daqui me sentindo apto a atuar numa empresa e acho

que, em breve, estarei contratado”, diz confiante.

Para a gerente de Educação Profissional do SENAI-

-BA, Patrícia Evangelista, a iniciativa de Marcelo

deve ser exemplo para outros jovens, mas isso passa

por uma mudança de cultura no

Brasil, em que ainda se sobreva-

loriza a graduação como formação

profissional. “Atualmente, apenas

11% dos estudantes que saem do

ensino médio escolhem a forma-

ção profissional. Dessa forma, a

demanda por técnicos é maior que

a sua oferta”, explica.

O Mapa prevê que as áreas

que mais vão demandar forma-

ção profissional no estado devem

ser construção (196.198), meio

ambiente e produção (96.557),

metalmecânica (52.473), alimen-

tos (47.783), vestuário e calçados

(37.749), energia (26.048), tecnolo-

gias da informação e comunicação

(16.949), petroquímica e química

(16.899), veículos (16.700), madei-

ra e móveis (8.440), mineração

(6.729), papel e gráfica (5.539) e

pesquisa, desenvolvimento e de-

sign (1.677).

A demanda por formação inclui

a requalificação de profissionais

que já estão empregados e aqueles

que precisam de capacitação para

ingressar em novas oportunidades

no mercado. “O estudo demonstra

a vitalidade do mercado de traba-

lho no Brasil no horizonte dos pró-

ximos quatro anos. Profissionais

qualificados terão mais chance

de aproveitar as oportunidades

que surgirem quando a economia

voltar a crescer e as empresas re-

tomarem as contratações”, afirma

o diretor-geral do SENAI e diretor

de Educação e Tecnologia da Con-

federação Nacional da Indústria

(CNI), Rafael Lucchesi.

Para se tornar um técnico, o

profissional precisa fazer um cur-

so com carga horária entre 800h

e 1.200h (1 ano e 6 meses). Esses

cursos são destinados a alunos

matriculados ou egressos do ensi-

no médio e, ao final, o estudante

recebe um diploma.

QuaLiFicaçãOA demanda do mercado também

será por profissionais com cur-

sos de qualificação (mais de 200

horas), mais curtos, indicados a

jovens ou profissionais, com esco-

laridade variável de acordo com o

exercício da ocupação, que buscam

desenvolver novas competências e

capacidades profissionais. [bi]

indústria precisará de 529 mil profissionais estudo do senAi mostra que haverá milhares de vagas para trabalhadores capacitados entre 2017 e 2020

ÁREAS COM MAIOR DEMANDA POR fORMAçãO

Fonte: Portal da Indústria

Demanda 2017-2020

ALIMENTOS

CONSTRUçãO

METALMECâNICA

ENERgIA

Veja o número de vagas previstas no estudo Mapa do Trabalho

38.289

22.125

17.968

15.243

10.307

VESTUáRIO E CALçADOS

Page 16: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

16 Bahia Indústria

por cleber borges

indústria baiana pode ter, em 2017, um desempenho melhor que o de 2016

há espaçO para vOLTar a crescer

Page 17: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 17

PIB da Bahia pode

ter um comporta-

mento melhor, em

2017, do que o regis-

trado em 2016, um

ano marcado por

paradas técnicas da Braskem e da Petro-

bras. Isso não significa, porém, que vol-

taremos a crescer de forma consistente”,

avaliou o presidente da FIEB, Ricardo

Alan, durante encontro com a imprensa.

No cenário internacional, enquanto

as economias avançadas podem crescer

2%, em 2017, as economias emergentes

devem ostentar um crescimento médio

de 4,6%, de acordo com projeções do

Fundo Monetário Nacional (FMI). En-

tretanto, para o Brasil a situação será

outra, com um crescimento de apenas

1%, segundo previsão do FMI. Ou 0,8%,

segundo projeções do mercado.

Angelo pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Ricardo Alban

defendeu reformas

estruturantes, como

a modernização

do Estado

Page 18: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

18 Bahia Indústria

ecOnOmia Baiana em 2017Segmentos podem crescer com ajuda do câmbio e a queda dos juros

CENÁRIOS SETORIAIS - BAHIA 2017

CONSTRUÇÃO CIVILPossibilidade de retomada de obras de infraestrutura a partir de concessões à iniciativa privada (aeroporto de Salvador, Fiol, Porto Sul etc).

PLÁSTICO E BORRACHAPlástico: recuperação da produção, acompanhando o crescimento esperado do mercado interno. O câmbio está favorável. Borracha: pneus em compasso de espera pela recuperação do setor automotivo

brasileiro, mas, com boa oportunidade na exportação.

CELULOSE E PAPELA demanda continua aquecida. O mercado global continua favorável, especialmente para a celulose de fibra de eucalipto. Assim, o cenário continua positivo para o setor na Bahia, em 2017.

QUÍMICO/ PETROQUÍMICOCâmbio favorável para aumento das vendas externas. Indús- trias trabalham com elevada utilização da

capacidade, devendo aumen- tar modicamente a produção em 2017.

REFINO DE PETRÓLEO E PRODUÇÃO DE ÁLCOOLReestruturação da Petrobras, com a venda de ativos, pode ter impactos importantes na Bahia. Na área de Refino, espera-se uma produção estável em 2017.

ALIMENTOS E BEBIDASSetor produz bens destinados principalmente ao atendimento do mercado interno.

Deve manter o nível de produção atual, sem investimen-tos expressivos em aumento de capacidade.

METALURGIA BÁSICACom mercado internacional desaquecido e o mercado nacional enfraquecido, o quadro previsível para 2017 é de estabilidade.

AUTOMOTIVOEm 2017, espera-se uma ligeira melhora com a progressi-va redução dos juros e a volta do 3º turno da Ford.

COMO ESTÁ A BAHIA?

7ª economia do País

(3,9% do PIB em 2014)

Maior economia

do Nordeste (27,8% do

PIB regional)

7ª Indústria do Brasil

(4% do VTI 2014)

Maior Indústria do Nordeste (40% do VTI)

9º exportador

do País em 2016

(3,8%)

Maior exportador

do Nordeste (55,1%)

6º em número de empregos no Brasil em 2015 / Rais

(4,8%)

Estado que mais emprega no Nordeste

(26%)

A SEI projeta que o PIB da Bahia registrará queda de 4,5% em 2016, superior à taxa do Brasil (-3,4%).

PROJEÇÕES BRASIL

Fonte: Banco Central do Brasil; Relatório de Mercado 02/12/2016

-3,4

30,

80

-6,5

01,

05 3,35

3,45 4,

936,69

13,7

510

,50

47,0

044

,57

-25,

68-1

9,30

Saldo em conta corrente

(US$ bilhões)

Taxa de câmbio R$/US$(fim do período)

PIB (%)

20162017

Produção industrial

(%)

IPCA (%)

SELIC(% a.a. fim do

período)

Balança comercial

(US$ bilhões)

Page 19: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 19

João AlVARez/CopeRpHoto/sistemA FieB

Para um país que enfrenta uma

das piores crises de sua história,

essa não deixa de ser uma boa

perspectiva. Para o ex-ministro

da Fazenda, Mailson da Nóbrega,

é possível afirmar que o fundo do

poço está próximo. Para ele, o pri-

meiro trimestre de 2017 provavel-

mente será marcado pela volta do

crescimento, ainda que medíocre.

Foi o que previu na FIEB, onde

realizou palestra no 4ª Fórum de

Oportunidades de Investimento

na Bahia, evento realizado con-

juntamente pela FIEB e Lide (ver

texto na página 20).

A Bahia deverá fechar 2016 com

uma queda de 4,56% no PIB, em

linha com o desempenho brasilei-

ro, em grande parte devido a uma

retração esperada de 5% na produ-

ção da indústria de transformação

e também devido à queda na pro-

dução de grãos.

reFOrmas necessáriasO cenário econômico, relativa-

mente otimista para 2017, parte

do pressuposto de que haja uma

melhora do ambiente político-

-institucional, especialmente do

relacionamento entre os três Pode-

res e com o Executivo trilhando o

caminho da governabilidade. Com

isso, espera-se que a aprovação no

Senado da PEC 55 , que limita o te-

to dos gastos públicos por 20 anos,

promulgada como Emenda à Cons-

tituição 95, estimule o Executivo

a enviar ao Congresso proposta de

reforma da Previdência.

“Quanto à Previdência já há um

entendimento de que é necessário

mudar regras para acompanhar o

Page 20: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

20 Bahia Indústria

aumento da expectativa de vida,

assim como fizeram países como

a França e os Estados Unidos. Mas

há uma reforma da qual pouco se

fala e que é de suma importância

para a redução do tamanho do

Estado, que é a reforma Adminis-

trativa. É importante que ela seja

encaminhada”, afirma o presiden-

te Ricardo Alban.

prOjeçõesÉ importante, também, uma me-

lhora no humor e nas expectativas

dos agentes econômicos, uma vez

que toda crise é alimentada por

fatores subjetivos. Há fatores posi-

tivos que sinalizam nesse sentido.

A inflação parece estar em queda e

deve aproximar-se do teto da meta

em 2017. A Selic, hoje no patamar

de 13,75%, continuará a cair e a

entrada dos recursos da repatria-

ção (R$ 49 bilhões) proporcionou

o primeiro superávit primário das

contas públicas pós-impeachment.

Hoje, o Banco Central traba-

lha com projeções de queda de

3,49% do PIB em 2016 e de cres-

cimento de 0,98% em 2017; queda

da produção industrial de 6,02%

e aumento de 1,11%, respectiva-

mente; inflação medida pelo IPCA

de 6,80% e 4,93%; Selic caindo

de 13,75% para 10,75%; câmbio

aumentando de R$ 3,30 para R$

3,40; e balança comercial de US$

47,4 bilhões e de US$ 45 bilhões,

nos respectivos anos.

Na Bahia, o IBGE prevê queda

de 5% na produção da indústria de

transformação, em 2016, e aumen-

to de 1% em 2017. Segmentos como

a Construção Civil; Químico/pe-

troquímico; Plástico e Borracha;

Automotivo e Papel e Celulose

devem crescer moderadamente,

aproveitando nichos do mercado

interno e oportunidades externas.

Na Construção, espera-se a re-

tomada de obras de infraestrutura

a partir e concessões à iniciativa

privada (aeroporto de Salvador,

FIOL e Porto Sul). Na área habi-

tacional, a queda dos juros pode

ensejar a retomada dos negócios.

Na Petroquímica, a expectativa

com a modernização da Braskem,

com investimentos de R$ 400 mi-

lhões, para utilização de gás etano

como matéria-prima, trará impor-

tante impacto no segmento, junta-

mente com o câmbio favorável ao

aumento das vendas externas.

No mercado de Celulose e Papel

o mercado global continua aqueci-

do, especialmente para a celulose

de fibra de eucalipto. Na área auto-

motiva, a queda dos juros e o au-

mento na oferta de crédito devem

incentivar as vendas internas e o

segmento ainda conta com a boa

fase de mercado como o da Améri-

ca Latina. [bi]

Segmento automotivo deve melhorar, em 2017, com a queda dos juros

João A

lVARez

/Co

peR

pHo

to/s

iste

mA F

ieB

Ambiente é contrário ao investimentoA retomada da confiança no governo, na era Te-

mer, não está sendo como se imaginava. Graças

ao mau desempenho da economia e aos reveses

da Operação Lava-Jato criou-se um ambiente

pessimista, refratário aos investimentos. E, pa-

ra piorar o quadro, até o 1º trimestre de 2017 não

haverá crescimento. Somente em 2018 sairemos

da atual recessão, alcançando uma elevação de

3% do PIB.

Esse cenário foi traçado pelo ex-ministro da

Fazenda, Mailson da Nóbrega, em palestra no

4º Fórum de Oportunidades de Investimento

na Bahia, evento organizado pelo Lide Bahia e

FIEB, no dia 1º de dezembro.

Atravessar 2017 e chegar a 2018 não será tare-

fa fácil, pois o emprego será o último indicador

a melhorar de desempenho e isso irá interferir

negativamente no humor da sociedade. É que os

empresários vão inicialmente reduzir a elevada

capacidade ociosa e investir em tecnologia, para

só depois pensar em contratar mão de obra.

Se o desemprego continuará jogando contra, o

mesmo não deverá acontecer com outros indica-

dores. Por exemplo, os juros básicos devem che-

gar a 10% no próximo ano; não há nem haverá

crise cambial, uma vez que hoje o câmbio flutu-

ante se adapta às circunstâncias da economia; e

as reservas internacionais são mais elevadas que

a dívida externa. Além disso, também não há ris-

co de crise bancária, devido à contração do crédi-

to e, em termos institucionais, o país possui uma

democracia estável, o que transmite confiança

aos investidores externos, especialmente aos ad-

ministradores de fundos de pensão.

O presidente da FIEB, Ricardo Alban, concor-

da que vivemos tempos difíceis, mas diz que já

começam a ser observados sinais de melhoria.

Um exemplo é a instituição do terceiro turno na

Ford em Camaçari. “Isso não se deve à retomada

do mercado interno, mas ao aumento da deman-

da argentina, o que demonstra a importância da

diversificação dos mercados em momentos de

crise”, observou Alban.

Page 21: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 21

conselhos

mpE da bahia ganham novo fórum

Novo Fórum foi

reestruturado

para dar

objetividade

às pautas

dos micro,

pequenos

e médiosMárcio Félix, do MME, falou sobre regulamentação

VAlteR pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Angelo pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

As micro e pequenas empresas (MPE) da Bahia

ganharam um instrumento de articulação e

proposição de políticas públicas e ações para o seu

desenvolvimento. Com a participação de

representantes de entidades do governo e do setor

privado, foi apresentado, no dia 02/12, na sede da

FIEB, a nova estrutura do Fórum Regional

Permanente das Microempresas e Empresas de

Pequeno Porte. A iniciativa, que tem o apoio do

Conselho da Micro e Pequena Empresa Industrial

– Compem da Federação, tem como intuito otimizar

operacionalmente, objetivar as pautas estratégicas

e dinamizar as ações em busca de melhores

resultados. Uma das novidades é a redução dos

comitês temáticos de seis para três:

Competitividade & Acesso a Mercado; Investimento

& Financiamento e Desburocratização & Compras

Governamentais. “Encontrar uma nova dinâmica

para um setor tão importante da nossa economia é

uma grande missão. Acredito que o fórum seja o

espaço ideal para isso”, afirmou Ricardo Alban,

presidente da FIEB.

Representantes da indústria se reúnem com gestor da Embasa Em reunião realizada no dia 3/11, no SENAI Cimatec,

representantes de vários segmentos industriais

receberam o presidente da Empresa Baiana de Águas

e Saneamento S.A. – Embasa, Rogério Cedraz, para

tratar de demandas do setor produtivo. O objetivo foi

iniciar um diálogo visando encontrar soluções para

problemas referentes ao abastecimento de água.

Estiveram presentes gestores da Secretaria de

Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), o

presidente da FIEB, Ricardo Alban, o diretor de

Tecnologia e Inovação do SENAI Cimatec, Leone

Andrade, coordenadores dos Conselhos Temáticos

de Infraestrutura e Meio Ambiente da Federação das

Indústrias, diretores de sindicatos industriais e

técnicos das áreas industrial e ambiental.

Segmento automotivo deve melhorar, em 2017, com a queda dos juros

Indústria de petróleo e gás em debate na FIEBA adequação das regras para a exploração de

campos maduros de petróleo foi um dos principais

assuntos discutidos no 1º Fórum Bahia Onshore,

realizado em 25/11, na FIEB. A Associação Brasileira

dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás e a

Redepetro-BA apresentaram suas demandas ao

secretário de petróleo, gás natural e combustíveis

renováveis do Ministério de Minas e Energia (MME),

Márcio Félix, ao secretário de Desenvolvimento

Econômico, Jorge Hereda, e ao diretor da ANP,

Waldir Barroso. O futuro do estaleiro da Enseada

Indústria Naval, em Maragogipe, foi um dos pontos

levantados pelo coordenador do Conselho de Óleo,

Gás e Naval da FIEB, Humberto Rangel.

Page 22: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

22 Bahia Indústria

por cleber borges e marta erhardt

Carreiras em foco

João AlVARez/CopeRpHoto/sistemA FieB

Dois dias de atividades e debates nas áreas de desenvolvimento de pessoas e mercado de trabalho. Assim foi o Fórum iel de Carreiras, promovido pelo instituto euvaldo lodi (iel) nos dias 28 e 29 de outubro, no salvador shopping. o evento foi uma oportunidade para estudantes e jovens profissionais que buscam se desenvolver no mercado de trabalho. “Hoje, as pessoas precisam estar preparadas para atuar em várias profissões, portanto precisam ser flexíveis e ter a curiosidade do aprendizado.”, afirmou o superintendente nacional do iel, paulo mól, na abertura do Fórum.

Barcelos:

O Brasil é

um país de

contrastes,

onde os

extremos vivem

próximos

Page 23: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 23

gabriel O Pensador e o estudante Tauã Cadete cantaram juntos

migUel Angelo/Cni

Quando o jornalista Caco Barce-

los concluiu sua apresentação sob

aplausos, na manhã de abertura

do Fórum IEL de Carreiras, pare-

cia difícil que o próximo pales-

trante conseguisse manter o mes-

mo interesse da plateia. Esta foi

ao evento atraída, também, pelo

carisma do veterano apresentador

do programa Profissão Repórter,

da TV Globo. O agitador cultural

Edgard Gouveia, que veio na sequ-

ência, logo mostrou as qualidades

que o levaram a ser considerado

um dos líderes transformadores

de 2016 por uma ONG especializa-

da em trabalhos sociais.

“A brincadeira é a única forma

de transformar o mundo”, afirmou

Edgard Gouveia para a plateia de

estudantes e jovens profissionais

reunida no auditório da Livraria

Cultura, do Salvador Shopping.

A interatividade com o público

deu o tom da palestra de Gabriel

O Pensador no segundo e último

dia de atividades do Fórum IEL

de Carreiras. Ao lado do fã Tauã

Iago Cadete, de 15 anos, o músico

cantou “Linhas Tortas” e levantou

o público do Teatro Eva Herz, na

Livraria Cultura, com um pocket

show de encerramento do evento.

“Eu só queria tirar uma foto,

mas consegui cantar com ele. Can-

tar lá em cima foi a realização de

É possível transformar o mundo, diz ativista social“Podemos transformar realida-

des de forma rápida, divertida

e sem pedir dinheiro”, afirmou,

após observar que “ao invés de

chamarmos a pessoa para salvar

o mundo, vamos utilizar o talen-

to natural do brasileiro. De forma

lúdica, brincando, recuperando

o espírito comum ao das pessoas

que participam de uma gincana,

podemos conseguir avanços sur-

preendentes em muito pouco tem-

po”, observou o ativista de ações

comunitárias, nascido em Santos.

Ele contou como, em 2008,

sua metodologia de brincadeiras

sociais batizada Oásis ajudou a

revitalizar, com a participação de

mais de 3 mil jovens de diferentes

regiões do Brasil, 12 comunidades

que tinham sido afetadas pela en-

chente do Rio Itajaí, em Santa Ca-

tarina, catástrofe que sensibilizou

todo o país à época. Aos poucos, na base do boca a

boca, a plateia do Fórum IEL de Carreiras, que havia

saído para o bate-papo no cafezinho, regressou e o

auditório voltou a ficar lotado ao final da manhã, em

pleno horário do almoço.

BarceLOsJá o apresentador Caco Barcelos afirmou que, quan-

do se pensa em definir uma carreira, é preciso saber

quem queremos conhecer e qual será nosso destino,

na palestra sobre A Formação Crítica do Jovem. “Nos-

sas elites se esmeraram em construir um país injusto.

Hoje, 71.400 famílias brasileiras ganham acima de

160 salários mínimos. Na mediana, recebe cada uma

300 salários mínimos. No outro extremo, 25 milhões

de famílias vivem com uma renda de até um salário

mínimo”, observou.

Segundo ele, a maioria dos seus colegas jorna-

listas possui boa formação, mas normalmente ouve

aqueles 70 mil que estão no alto da pirâmide e dão as

costas ao resto do país. “Este é um país de contrastes,

onde extremos muitas vezes convivem lado a lado”,

afirmou Caco Barcelos.

Dado Schneider e Gabriel O Pensador marcam encerramento

Page 24: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

24 Bahia Indústria

João AlVARez/CopeRpHoto/sistemA FieB

Os participantes do Fórum IEL

de Carreiras também receberam

orientação profissional com foco

no desenvolvimento de planos de

carreiras personalizados. Utili-

zando metodologia de coaching,

os atendimentos individuais fo-

ram realizados em espaço em fren-

te à Livraria Cultura, no Salvador

Shopping.

A jovem Letícia Mendes, apren-

diz na área administrativa, apro-

veitou a oportunidade. “É uma

orientação que não se consegue

facilmente de forma gratuita e me

ajudou a identificar o meu objetivo

profissional”, disse.

Quem também saiu satisfeita

com o resultado foi a gerente de

compras Jéssica Silva. “Consegui

identificar o que preciso para atin-

gir meus objetivos profissionais”,

destacou.

A programação do evento in-

cluiu, ainda, oficinas com temá-

ticas como Entrevista, Seleção e

um sonho”, contou o estudante

ainda emocionado depois de con-

versar com o ídolo no camarim

após o evento. Quase sem pala-

vras, o jovem explicou que, desde

a infância, admira o trabalho de

Gabriel O Pensador e, inspirado

no trabalho dele, também passou

a escrever letras de rap.

Antes de embalar a plateia ao

som de seus sucessos, o rapper,

compositor e escritor falou sobre

carreiras não convencionais, de-

talhando como traçou sua trajetó-

ria profissional. Ele explicou que

quando começou a escrever letras

de música não pensava em cons-

truir carreira, mas era um cami-

nho para dar vazão à necessidade

de se expressar.

O músico aconselhou a plateia

a acreditar nos sonhos e fazer as

coisas com paixão. “Com uma

ideia nova a gente pode fazer al-

go diferente do convencional e ter

impacto na vida de outras pesso-

as”, disse, destacando aos jovens

a importância de ser ousado, mas

também de saber ouvir conselhos.

chOQue de geraçõesTambém palestrante no evento, o

publicitário e professor Dado Sch-

neider falou do choque de gerações

e as mudanças que o mercado de

trabalho vem sofrendo. “O mundo

não está preparado para a geração

Z e as empresas terão que se adap-

tar”, disse, citando como exemplo

a criação de espaços de lazer den-

tro do ambiente de trabalho, para

que os colaboradores possam rela-

xar ao longo da jornada.

O Fórum contou, ainda, com

palestra do professor e empresá-

rio Alfredo Maccari Neto, que fa-

lou sobre a importância do men-

toring (tutoria) para o desenvolvi-

mento de carreiras.

Nos dois dias

do evento,

18 oficinas

gratuitas foram

oferecidas ao

público

Elaboração de currículo, Criativi-

dade e inovação, Relacionamento

interpessoal e Trabalho em time.

Somente no primeiro dia do evento

dez oficinas foram realizadas em

paralelo aos painéis de palestras.

prOjeTO de vidaTécnica em automação industrial,

Pérola Nobre participou da oficina

com a temática Projeto de Vida.

“Acho essa iniciativa interessante,

pois tem um leque de oportuni-

dades de aprendizado. A minha

intenção é agregar conhecimento,

especialmente na área de desen-

volvimento pessoal e relaciona-

mento interpessoal”, disse.

A busca por conhecimento tam-

bém levou a estudante de Comuni-

cação e Marketing, Beatriz Gurgel

ao Fórum IEL de Carreiras. “Estou

em busca de informações que con-

tribuam para o planejamento e

desenvolvimento da minha carrei-

ra”, explicou. [bi]

Programação incluiu oficinas e orientação de carreiras

Page 25: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 25

Page 26: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

26 Bahia Indústria

Beto JúnioR/CopeRpHoto/sistemA FieB

A Bahia é, hoje, o estado com maior potencial

do setor fotovoltaico no país. A afirmação foi

repetida por vários especialistas no Encontro

Baiano de Energia Solar, realizado na FIEB,

no dia 6 de dezembro. No evento, que reuniu empresá-

rios e autoridades ligados à cadeia produtiva de fontes

renováveis, foram apresentados os estudos mais recen-

tes da área e perspectivas, que animam o mercado. O

entusiasmo, porém, é freado pela atual situação das li-

nhas de transmissão: inacabadas. Rio Grande do Norte

e do Rio Grande do Sul enfrentam o mesmo problema.

O estado ficou de fora do último leilão de energia de

reserva, anunciado para dezembro, por causa da falta

de margem de escoamento para a futura produção das

usinas. Esse gargalo foi criado, em parte, pelo atraso

na construção de empreendimentos de transmissão

sob responsabilidade da concessionária espanhola

Abengoa, que está em recuperação judicial no Brasil

e tenta negociar um acordo com credores na Espanha.

Encruzilhada solarFotovoltaica se configura como uma das cadeias produtivas mais promissoras para a Bahia, que precisa superar gargalos

O secretário de Infraestrutura da Bahia, Marcus

Cavalcanti, se mostrou preocupado com a chance

do problema continuar em 2017. Para ele, ficar nova-

mente de fora dos próximos leilões "seria um desas-

tre para os empreendimentos em desenvolvimento na

Bahia". A instalação de empresas desta cadeia produ-

tiva reduziria custos de implantação de projetos, o

que tornaria o estado ainda mais competitivo neste

segmento.

Para o coordenador do Conselho de Infraestrutu-

ra da FIEB (Coinfra), Marcos Galindo, além de gerar

oportunidades de negócios e desenvolvimento, fazer

estes projetos rodarem na Bahia teria uma importân-

cia a mais: “Significaria aumentar nossa autonomia

energética, já que o Brasil tem uma matriz ainda

bastante dependente de água, recurso que sofre im-

pactos com mudanças climáticas e períodos de estia-

gem”, pontuou.

A maior planta de energia solar fotovoltaica da

por carolina mendonça

No encontro,

membros

do governo,

associações

e entidades

ligadas ao

segmento

Page 27: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 27

enTrevisTa rodrIgo SauaIa

Planejamento da matriz era feito de forma descasada

O que faz da Bahia o estado com maior

potencial em energia solar?

O estado é líder em número de pro-

jetos de geração centralizada. São 1.083

MW em usinas de grande porte já con-

tratadas. Esses projetos entrarão em

operação em 2017 e 2018, o que significa

que teremos negócios e investimentos

sendo realizados, tanto para fornece-

dores de equipamentos quanto para as

empresas que vão fazer a construção

(civil e hidráulica) dos projetos, mon-

tagem, operação e manutenção dos

parques. Há um outro potencial muito

grande aqui na Bahia, relacionado ao

mercado de geração distribuída. Nes-

te mercado, a Bahia é o 10° estado no

ranking nacional, ainda não estando

numa posição de liderança frente ao

enorme potencial do estado.

América Latina, a Ituverava, está

sendo construída no Oeste baia-

no, no distrito de Mariquita, a 800

quilômetros de Salvador, e deve

entrar em operação em 2017. De

acordo com Frederico Figueiredo,

coordenador de Novos Negócios da

Enel Green Power, companhia que

responde pelo projeto, os maiores

desafios do empreendimento têm

sido a logística complexa e o li-

cenciamento ambiental. Ele citou

ainda, de forma geral, a excessiva

carga tributária como um gargalo

do segmento solar no Brasil.

Para o presidente executivo da

Associação Brasileira de Energia

Solar Fotovoltaica (Absolar), Ro-

drigo Sauaia, conexão e tributos

são mesmo as maiores dificulda-

des de quem quer empreender no

segmento, além da falta de linhas

de financiamento. “Esses proble-

mas não são exclusivos dos baia-

nos. Se o Brasil quiser continuar

se destacando nas áreas de eólica

e solar, é fundamental solucionar

esses gargalos”, diz.

pOLíTicaO coordenador de Sustentabili-

dade Ambiental do Ministério de

Minas e Energia, Luis Badaham,

disse que o governo tem tratado

a energia renovável como priori-

dade. "As energias eólica e solar

terão papel fundamental para al-

cançar nossos objetivos nesse es-

forço mundial", disse ao se referir

aos compromissos assumidos pelo

Brasil na COP21.

O analista na Empresa de Pes-

quisa Energética (EPE), Gabriel

Konzen, a matriz elétrica brasilei-

ra é composta por 10% de energia

renovável, sem considerar as hi-

drelétricas, e a meta assumida pe-

lo Brasil é chegar a 2030 com esse

percentual em 23%.

Presente no Encontro Baiano

de Energia Solar, o presidente

executivo da Absolar, Rodrigo

Sauaia, concedeu entrevista em

que analisou a situação do mercado

baiano de energia solar fotovoltaica

e o cenário nacional.

Neste mercado, a Bahia é o 10° estado no ranking nacional, ainda não estando numa posição de liderança frente ao enorme potencial do estado

Este mercado chegará ao consumidor de

pequeno porte?

Atualmente são 147 sistemas de mi-

cro e mini geração aqui na Bahia, 2,4 %

do mercado brasileiro. Ainda é pouco,

mas com a entrada em vigor da Reso-

lução 687/2015 da Aneel (desde março),

foram estabelecidas novas modalidades

de compensação de energia, chamadas

geração compartilhada, autoconsumo

remoto e geração condominial. Esses

mecanismos podem servir para que os

empreendedores e empresários engajem

novos grupos de clientes para fazerem

uso desta tecnologia. Para a indústria,

por exemplo, esta opção pode ser inte-

ressante na redução de custos com ener-

gia elétrica.

Como superar os problemas de conexão?

O planejamento da matriz elétrica, no

passado, era feito de uma forma descasa-

da. A contratação das usinas de geração

de energia era feita num leilão separado

do das linhas de transmissão. Isso e di-

ferentes exigências ambientais, além de

atrasos de obras, levaram usinas a fica-

rem prontas antes das linhas. O que o go-

verno federal tem feito agora, em especial

por meio da EPE, é tentar reestruturar o

planejamento desse processo. O fato da

Bahia e o Rio Grande do Norte terem sido

prejudicados no leilão de solar e eólica é

resultado de anos anteriores. Nossa ex-

pectativa é que, para um próximo leilão,

como vai ser feita uma nova avaliação da

capacidade de escoamento pelo Operador

Nacional do Sistema Elétrico (ONS), pro-

vavelmente já vão "entrar no radar" os

empreendimentos de transmissão cons-

truídos até o próximo pregão. [bi]

Page 28: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

28 Bahia Indústria

indicadOres Números da Indústria

PRODUçãO CAI ABAIxO DA MéDIA NACIONALBalanço de 2016 revela que até outubro, o desempenho da indústria de transformação baiana manteve ritmo de queda

A indústria de transforma-

ção nacional apresentou

queda na produção física

de 7,9%, nos 12 meses ter-

minados em outubro, na compara-

ção com igual período anterior. A

Bahia apresentou queda de 4,5%;

e, em setembro, houve decréscimo

de 5,1%. Com o resultado de outu-

bro, a Bahia continua em 3º lugar

no ranking dos 14 estados que

participam da Pesquisa Indus-

trial Mensal – Produção Física-R,

do qual apenas o estado de Mato

Grosso apresentou resultado posi-

tivo (0,1%).

Os demais estados registraram

resultados negativos: Espírito

Santo (-0,3%); Bahia (-4,5%); San-

ta Catarina (-4,9%); Rio Grande do

Sul (-5,8%); Minas Gerais (-5,9%);

Ceará (-6,2%); São Paulo (-7,3%);

Goiás (-7,4%); Pará (-7,5%); Para-

ná (-7,6%); Rio de Janeiro (-9,1%);

Pernambuco (-10,6%); Amazonas

(-16,0%).

Na Bahia, seis dos onze seg-

mentos pesquisados registraram

crescimento: Metalurgia (6,6%),

Bebidas (5,4%), Alimentos (5,0%),

Produtos Químicos (2,5%), Celulo-

se e Papel (2,3%) e Couro e Calça-

dos (2,1%). Apresentaram resulta-

dos negativos: Equipamentos de

Informática (-23,3%), Minerais não

metálicos (-17,3%), Veículos au-

tomotores (-17,2%), Refino de pe-

tróleo e biocombustíveis (-10,1%,

devido a uma parada não progra-

mada da unidade de craqueamen-

produção de pastas químicas de

madeira); Equipamentos de Infor-

mática (14,2%); Couro e Calçados

(13,1% maior produção de tênis de

material sintético montado e cou-

ros e peles de bovinos curtidos ao

cromo); Produtos Químicos (8,7%

buta dieno não-saturado, princí-

pios ativos para herbicidas, mis-

turas de alquilbenzenos ou alqui-

to catalítico de resíduos U-39 durante todo o mês de

julho) e Borracha e plástico (-5,2%).

Queda em OuTuBrONa comparação de outubro de 2016 com igual mês do

ano anterior, a produção física da indústria de trans-

formação baiana apresentou queda de 6,4%, enquan-

to a nacional teve retração de 7,0%. Seis dos 11 seg-

mentos industriais da Bahia apresentaram resultados

positivos: Celulose e Papel (24,3%, com aumento da

Page 29: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 29

Borracha e Plástico (-5,4% menor

produção de pneus novos de bor-

racha para ônibus e caminhões,

reservatórios, caixas d’água e ar-

tefatos semelhantes de plástico e

filmes de material plástico para

embalagem).

Os resultados positivos foram

obtidos pelos segmentos: Bebidas

(7,5%); Metalurgia (5,1% maior

produção de maior produção de

barras, perfis e vergalhões de co-

bre e de ligas de cobre), Alimentos

(5,0% maior produção de açúcar

cristal, carnes de bovinos fres-

cas ou refrigeradas, leite em pó e

massas alimentícias secas), Cou-

ro e Calçados (4,2%) e Produtos

Químicos (3,8% incremento na

produção de amoníaco, ureia e

bahia: pim-pf de outubro 2016

Indústria de Transformação -6,4 -3,6 -4,5refino de petróleo e biocombustíveis -20,0 -9,7 -10,1produtos químicos 8,7 3,8 2,5veículos automotores 6,3 -13,7 -17,2alimentos 4,4 5,0 5,0celulose e papel 24,3 1,9 2,3borracha e plástico -13,3 -5,4 -5,2metalurgia -24,2 5,1 6,6couro e calçados 13,1 4,2 2,1minerais não metálicos -29,3 -18,6 -17,3Equipamentos de informática 14,2 -12,3 -23,3bebidas -9,6 7,5 5,4

Extrativa Mineral -25,9 -20,6 -19,5

VARiAção (%)

SETORES OUT16/OUT15 JAN-OUT16/ NOV15-OUT16/ JAN-OUT15 NOV14-OUT15

lnaftalenos e etanolaminas e seus

sais); Veículos Automotores (6,3%

maior produção de automóveis); e

Alimentos (4,4%).

Apresentaram resultados ne-

gativos: Minerais não metálicos

(-29,3%, com redução na produção

de cimentos “Portland”, massa

de concreto preparada para cons-

trução e argamassas); Metalurgia

(-24,3%, com a menor produção

de barras, perfis e vergalhões de

cobre e de ligas de cobre); Refi-

no de Petróleo e Biocombustíveis

(-20,0%, pela menor produção de

óleo diesel, gasolina automotiva,

óleos combustíveis, gás liquefeito

de petróleo e álcool etílico); Bor-

racha e Plástico (-13,3%, devido à

menor produção de pneus novos

de borracha para ônibus e cami-

nhões, filmes de materiais plásti-

cos para embalagem, pneus novos

de borracha para automóveis e

reservatórios, caixas d’água e ar-

tefatos semelhantes de plásticos);

e Bebidas (-9,6%).

No acumulado de janeiro a

outubro de 2016, a indústria de

transformação baiana apresentou

queda de 3,6%, enquanto a indús-

tria de transformação nacional

caiu 7,0%. Cinco dos 11 setores

obtiveram resultados negativos:

Minerais não metálicos (-18,6%

menor produção de massa de con-

creto preparada para construção,

cimentos “Portland”, argamas-

sas e ladrilhos, placas e azulejos

de cerâmica para pavimentação

ou revestimento); Veículos Auto-

motores (-13,7% menor produção

de automóveis e de painéis para

instrumentos dos veículos auto-

motores); Equipamentos de Infor-

mática (-12,3%); Refino e Petróleo

(-9,7% pela menor produção de

óleos combustíveis, óleo diesel

e naftas para petroquímica); e

policloreto de vinila).

A menor queda da produção

física da indústria da Bahia em

comparação ao Brasil deve ser re-

lativizada: no início de 2015, foi

registrada redução acentuada da

produção na atividade de refino

(que representa 31,5% do VTI da

Indústria de Transformação Baia-

na) por conta de uma parada de

manutenção na RLAM, deprimin-

do a base de comparação. No en-

tanto, a RLAM, que havia previsto

uma parada programada para o

mês de novembro deste ano, das

unidades 9 e 18, postergou para ja-

neiro de 2017. Desse modo, acredi-

tamos a indústria baiana fechará

o ano de 2016 apresentando menor

retração que o Brasil. [bi]

FoNte: IBGe; elaBoração FIeB/SdI

JAN

JUL

FEV

MA

R

AB

R

MA

I

JUN

AG

O

SET

OU

T

NO

V

DEZ

Fonte: IBGE; elaboração Fieb/SDI. Nota: Exclusive a indústria extrativa mineral; base = 100 (média 2012)

115

110

105

100

95

90

85

80

75

70

2014

2016

2015

BAHIA - PRODUÇÃO FÍSICA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (2014-2016)

Page 30: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

30 Bahia Indústria

painel

PNUD: Seminário discute desenvolvimento sustentável Representantes de governos, setor privado e da sociedade civil

reuniram-se na FIEB, em 23/11, no seminário Diálogos sobre Pessoas:

Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável, para discutir propostas e

iniciativas que colaborem com o alcance das metas dos ODS (Objetivos

de Desenvolvimento Sustentável). Esse foi o segundo seminário

nacional sobre os cinco eixos de atuação da Agenda 2030: Planeta,

Pessoas, Prosperidade, Paz e Parcerias. O evento é fruto de uma

parceria do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

(PNUD), Centro de Estudos e Estratégias em Relações Internacionais

(Ceeri) e da FIEB, por meio do seu Conselho de Responsabilidade Social

Empresarial – Cores. As 169 metas e 17 objetivos integram o documento

Transformando Nosso Mundo: Agenda 2030 para o Desenvolvimento

Sustentável, concluído em 2015. “Temos que unir esforços para

garantirmos investimentos às pessoas mais vulneráveis”, afirmou o

diretor do PNUD Brasil, Didier Trebucq.

Diretor do PNUD Brasil defendeu proteção aos mais vulneráveis

Encontro de Negócios do setor químico Com os objetivos de fomentar negócios, promover

exportações e a internacionalização das empresas

participantes, além de divulgar produtos, foi

realizado, dia 21.11, o Encontro de Negócios

Itinerante no Brasil - Setor de Químicos e HPPC.

O evento, uma parceria da Rede CIN, CNI e

Apex-Brasil, contou com a participação de nove

empresas baianas e três compradores

internacionais. Foram realizadas 27 reuniões

individuais, com estimativa de negócios futuros

de US$ 2.9 milhões.

Cooperação entre Bahia e Espanha é tema de encontro empresarial Com o objetivo de apresentar oportunidades bilaterais de negócios,

seja da Espanha como porta de entrada de produtos baianos em

mercados europeus e africanos ou como foco de investimentos pelas

empresas da Bahia, foi realizado, no dia 19/10, o Encontro Empresarial

Brasil x Bahia e Espanha, na FIEB. De acordo com o embaixador

espanhol no Brasil, Manuel Hermoso, o país ibérico tem interesse em

aumentar a presença de empreendimentos na Bahia.

“Temos intenção de ampliar negócios nas áreas

de energias renováveis, construção e

infraestrutura e estamos otimistas com a

notícia das concessões que serão realizadas

pelo governo federal”, disse Hermoso. O

presidente da FIEB, Ricardo Alban, destacou a

relação histórica entre a Bahia e a Espanha.

CezAR BRAsil/CopeRpHoto/sistemA FieB

Angelo pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Ministro visita SENAI Cimatec O SENAI Cimatec recebeu, em 20 de outubro, a visita

do titular do Ministério da Ciência, Tecnologia,

Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto

Kassab, durante a Semana Nacional de Ciência e

Tecnologia. O gestor conheceu os laboratórios de

Manufatura Integrada e participou de reunião com

dirigentes do Sistema FIEB. O ministro afirmou que

o SENAI Cimatec foi escolhido para a visita “pela

importância para a Ciência e a Tecnologia no país”.

Cimatec e ITA firmam parceriaRepresentantes do SENAI Cimatec e do

Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

assinaram, no dia 5/12, um memorando de

entendimento para cooperação em PD&I, com

foco em áreas comuns, como energia solar e

redes inteligentes. A parceria permite que

sejam estabelecidas novas prioridades ao

longo dos cinco anos de vigência do

documento. Participaram da solenidade o

presidente da FIEB, Ricardo Alban, dirigentes

do Sistema FIEB, o reitor do ITA, Anderson

Correia, a coordenadora de Cooperação do

Instituto, Solange Corrêa, e o pesquisador

Vilson Almeida. O evento também contou

com parlamentares e gestores públicos

engajados com o desenvolvimento industrial,

além de outros professores, pesquisadores e

representantes de empresas industriais com

foco em PD&I.

Page 31: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 31

SAlvADOR SEDIA PREMIAçõES NACIONAIS • A Bahia sediou, em outubro,

duas premiações nacionais promovidas

pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O

Prêmio IEL de Estágio e o Prêmio Inova

Talentos ocorreram no dia 27 de outubro,

no Hotel Deville Prime. Leia mais sobre as

premiações no portal do Sistema FIEB

(www.fieb.org.br).

SESI promoveu debate com especialistas sobre a MP 746Após apresentação de projetos de iniciação

científica e tecnológicos do SESI e de uma escola

pública de Salvador, a 2ª edição da Série SESI -

Diálogos de Educação discutiu, em novembro, os

limites e possibilidades do ensino médio e a

formação técnica e profissional, no contexto da MP

746/2016. O superintendente do SESI Bahia,

Armando Neto, o gerente executivo de Educação do

Departamento Nacional, Sérgio Gotti, além de

representantes da Secretaria da Educação, Ifba e

outras entidades ligadas à educação debateram o

tema do evento. Este foi o segundo encontro

realizado em 2016 para discutir o ensino médio.

“Uma das temáticas da MP é o ensino médio

articulado com educação profissional e o SESI tem

a experiência do Ebep. Foi uma oportunidade de

discutir, até no sentido de fazermos ajustes no

nosso modelo”, destacou o superintendente. Sérgio

Gotti lembrou que o SESI Bahia foi precursor nesta

discussão por ter sido o primeiro departamento

regional a implementar o Ebep.

JeFFeRson peixoto/CopeRpHoto/sistemA FieB

Sinprocim apresenta portfólio de produtosO portfólio de produtos do Sindicato da Indústria de Produtos de

Cimento no Estado da Bahia (Sinprocim-BA) foi apresentado a

empresários, no dia 02.12, durante o I Ciclo de Palestras Sinprocim-

BA, realizado na FIEB. Além do presidente do sindicato, Jose Carlos

Teles Soares, o evento contou com a presença do 1º vice-presidente

da FIEB, Carlos Gantois, do engenheiro do Sindicato Nacional da

Indústria de Produtos de Cimento (Sinaprocim), Anderson de

Oliveira; e do professor, Antônio Sérgio da Silva.

Reginaldo Rossi (D) homenageou Felipe Porto, da Cerâmica Bloco Forte

CIEB homenageia empresas nos seus 50 anosO Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) completou 50 anos

de criação, em novembro, homenageando cinco empresas a ele

associadas desde sua fundação: Construtora Norberto Odebrecht,

Água Mineral Dias D’Ávila, Cerâmica Bloco Forte, Biscoitos Tupy e

Eternit S/A. A cerimônia, marcada pela presença de empresários,

dirigentes da FIEB e do CIEB, representantes do governo do estado e

de universidades parceiras.

VAlteR pontes/CopeRpHoto/sistemA FieB

Encontro reúne empresários da indústria de cosméticos Aspectos regulatórios e tributários da indústria de

cosméticos e tendências de mercado foram temas

discutidos no II Encontro da Indústria Baiana de

Cosméticos, promovido pelo Sindcosmetic-BA, no

Gran Hotel Stella Maris. “O encontro traz

informações relevantes para municiar os

empresários para atender aos atuais desafios”,

destacou o presidente do sindicato, Raul Menezes.

Page 32: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

32 Bahia Indústria

jurídico

Novas faixas de faturamento para EPP e parcelamento A Lei Complementar nº

155/16, publicada em 28.10.16,

que altera a LC nº 123/06,

instituiu, dentre outros,

novas faixas de faturamento

para o enquadramento das

Empresas de Pequeno Porte

(EPP), bem como dispôs sobre

o parcelamento dos débitos

apurados na forma do

Simples Nacional, em até 120

meses, vencidos até a

competência do mês de maio

de 2016. A referida norma

também trouxe modificações

relativas ao

Microempreendedor

Individual (MEI).

Novos procedimentos para as operações de exportaçãoFoi publicado, em 26.08.16, o

Decreto Federal nº 8.870, que

dispõe sobre a aplicação de

procedimentos simplificados,

denominado Simples

Exportação, nas operações de

venda ao exterior, realizadas

por microempresas e

empresas de pequeno porte

optantes pelo Simples

Nacional. O Simples

Exportação observará,

dentre outros procedimentos:

a unicidade do procedimento

para registro das operações

de exportação; a entrada

única de dados; o processo

integrado entre os órgãos

envolvidos e o

acompanhamento

simplificado do

procedimento.

Panorama atual do processo de legalização de empresas

Desde o advento da Lei Federal nº

11.598, em 03.12.07, que criou a Re-

de Nacional para a Simplificação

do Registro e da Legalização de

Empresas e Negócios (Redesim),

com o objetivo de simplificar e

integrar o processo de registro e

legalização de empresários e de

pessoas jurídicas, o processo de

legalização de empresas na Bahia

tem passado por transformações.

Dentre as mudanças, merece

destaque a integração do processo

de registro entre os órgãos compe-

tentes pela legalização, quais se-

jam a Receita Federal - RF, a Junta

Comercial – Juceb e as Secretarias

da Fazenda Estadual e Munici-

pal, o que acarreta, em tese, uma

maior agilidade na constituição,

alteração e extinção de empresas.

Assim, naqueles Municípios

que utilizam o integrador estadu-

al, qual seja, o Sistema de Registro

Integrado – Regin o empresário irá

realizar, on-line, uma “Consulta

Prévia de Viabilidade”, e obterá as

informações se é possível desen-

volver suas atividades no endere-

ço desejado e se o nome empresa-

rial escolhido atende aos requisi-

tos legais para sua formação.

Desse modo, o primeiro passo

a ser observado por uma empresa

que deseje se instalar, abrir filial

ou mudar de endereço é verificar

se o município onde irá desenvol-

ver suas atividades integra o Re-

gin. O site da Juceb contém a lista

dos municípios conveniados.

Aprovada a viabilidade, o se-

gundo passo será elaborar, atra-

Luciana Dias Couto Silva integra a Gerência Jurídica da FIEB

vés do site da RF, o Documento

Básico de Entrada – DBE, indis-

pensável para obtenção do CNPJ e

atualização do cadastro da empre-

sa no órgão.

O terceiro passo será elaborar o

“Requerimento Eletrônico”, atra-

vés do site da Juceb e ao final do

preenchimento deste, o sistema

gerará a minuta do ato constitu-

tivo, as guias para recolhimento

das taxas e a capa do processo. Só

após esta última etapa o empresá-

rio irá se deslocar até a Juceb para

protocolo do processo físico.

Ressalte-se que no dia 09.11.16,

a Juceb passou a adotar o procedi-

mento denominado “Via Única”, o

qual prevê a apresentação do ato

societário em uma única via e o

envio deste instrumento por e-mail

para o usuário, após o registro pelo

órgão, o que permitirá que o em-

presário se dirija à Juceb apenas

para protocolo do processo.

Diante do atual cenário, os

empresários, advogados, conta-

dores e demais profissionais que

atuam no processo de legalização

empresarial devem estar atentos

às constantes mudanças que vem

ocorrendo nos procedimentos des-

tes órgãos, evitando assim atraso

na conclusão do registro do ato so-

cietário da empresa.

Em que pese a adoção de todos

estes procedimentos, a legaliza-

ção empresarial na Bahia, como

nos demais Estados, ainda é lenta

e carente de ações que reduzam,

de fato, o tempo de análise dos

órgãos e o custo suportado pelos

empresários na formalização dos

seus negócios.

por luciana dias couto silva

Page 33: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

Bahia Indústria 33

ideias

por eduardo samPaio soares

É chegado um momento em que

apenas diminuir gastos não resol-

ve e a empresa tem apenas uma

saída: fechar. O que pode fazer o

negócio sobreviver é pensar dife-

rente da concorrência, que está fo-

cada em gastar menos, e investir

em melhorias para a sua produção

e para o seu produto, entregando

mais valor ao mercado e sendo

mais competitivo, além de dimi-

nuir gastos desnecessários.

Embora investir para se tor-

nar uma empresa mais competi-

tiva pareça ser um pensamento

simples, conseguir capital para

isto pode ser uma tarefa difícil.

Em se tratando principalmente

de pequenas e médias empresas,

esta barreira pode se tornar ain-

da maior, desestimulando a me-

lhoria do negócio. Contudo, se

houvesse uma forma de buscar

as soluções necessárias para se

obter melhores resultados e com

custo acessível, estas empresas

poderiam começar a trilhar um

caminho diferente, de elevação

do crescimento.

Uma solução viável para essa

situação é o Movimento Empresa

Júnior (MEJ). O MEJ é formado por

jovens universitários empreen-

dedores com o intuito de sair da

“caixa” do conhecimento teórico

das salas de aula das universi-

dades. Através desta vivência, é

possível formar profissionais me-

lhores, comprometidos e capazes

de transformar o Brasil.

Esta grande capacidade trans-

formadora não se restringe ape-

nas aos alunos, mas também aos

clientes dessas empresas. O prin-

cipal foco do MEJ no mercado é

auxiliar as PMEs a atingirem um

alto crescimento e desenvolver o

empreendedorismo dentro e fora

da universidade.

Os projetos realizados são

orientados por professores, espe-

cialistas em suas áreas, e por pro-

fissionais que atuam no mercado,

certificando a qualidade do que é

entregue. Além disso, por serem

associações civis sem fins lucrati-

vos, não visam ao lucro em seus

projetos, o que torna o preço de

seus serviços bastante inferiores

aos de mercado, podendo chegar a

10-15% do preço de outras consul-

torias. É uma boa saída para quem

deseja investir em soluções para

os negócios.

Um exemplo de empresa júnior

atuante é a Prisma, a Empresa Jú-

nior de Engenharia Química da

Universidade Federal da Bahia.

Atualmente, entre projetos para

consumidores físicos, dois deles

são do setor industrial com foco

em otimização da produção. O

primeiro deles é para uma indús-

tria produtora de etanol (Unial),

que tem como foco melhorar a

qualidade da produção através de

técnicas de otimização e controle

industrial, culminando em um

produto de melhor qualidade.

O segundo projeto neste seg-

mento é o da Coopmarc – Coo-

perativa de Materiais Reciclados

de Camaçari, com o objetivo de

melhorar a produção e seus re-

sultados, mas também de impac-

tar positivamente na melhoria da

O potencial de atuação das empresas júniores é muito grande, não apenas pelo benefício gerado nos negócios, mas também pelo grande impacto social. São jovens inquietos, dispostos a atuar para melhorar a sociedade, orientados por especialistas da área, trazendo um grande benefício pelo contato empresa-universidade

Eduardo Sampaio Soares é diretor de Marketing na Prisma – Empresa Júnior de Engenharia Química da Ufba

Empresa júnior: uma saída para as PME

qualidade de vida da comunidade

local através do nosso trabalho.

Além destes exemplos, a Prisma já

atuou em outros projetos voltados

para o setor industrial, como por

exemplo do Estudo de Viabilida-

de Técnica da Conversão de Forno

Industrial-BPF a Gás Natural.

Com isso, o potencial de atua-

ção das empresas júniores é muito

grande, não apenas pelo benefício

gerado nos negócios, mas também

pelo grande impacto social. São

jovens inquietos, dispostos a atuar

para melhorar a sociedade, orien-

tados por especialistas da área,

trazendo um grande benefício pe-

lo contato empresa-universidade.

Então, você quer dar uma guinada

no seu negócio e melhorar seus

resultados em tempos de crise?

As empresas júniores podem ser o

caminho para buscar novas solu-

ções. Você é nosso projeto, o nosso

maior resultado. [bi]

Page 34: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

livros

leitura&entretenimento

Investigando a genéticaVencedor do prêmio Pulitzer de não ficção

de 2011, Siddhartha Mukherjee, combina

ciência, história social e relatos pessoais

para contar a extraordinária narrativa de

uma das mais importantes descobertas dos

tempos modernos. Ao investigar a

hereditariedade, ele irá mostrar como a

genética influencia as nossas vidas,

personalidades, identidades, destinos e

escolhas. Ao longo do livro, ele explora

também a própria origem e família, com

seu trágico histórico de doenças mentais.

Ensaio sobre a melancoliaO psiquiatra, crítico literário, linguista e

filósofo Jean Starobinski faz um esclarecedor

retrato sobre a melancolia. Da história das

doutrinas e dos tratamentos da melancolia a

suas aparições na obra de artistas

emblemáticos como Cervantes, Baudelaire e

Kafka, Starobinski combina rigor e lirismo

nos diversos ensaios que compõem a obra.

Desta forma, oferece ao leitor um retrato

primoroso de uma das manifestações mais

complexas da história do pensamento

ocidental.

O gene, Siddhartha Mukherjee Companhia das Letras, 680 p R$ 69,90 – R$ 39,90 (e-book)

A tinta da melancolia, Jean Starobinski Companhia das Letras, 568 p., R$ 74,90

34 Bahia Indústria

MPB na VarandaO músico Alexandre Leão apresenta-se às sextas-feiras, na

Varanda do SESI, com um repertório autoral e canções

consagradas na voz de grandes nomes da música baiana e

nacional. O artista, que estreou aos 17 anos, com a gravação

da música Paiol de Ouro, por Maria Bethânia, composição de

sua autoria, em parceria com Olival Matos, teve várias de suas

canções interpretadas por outros artistas, a exemplo de Ivete

Sangalo, da Banda Lampirônicos, da Família Caymmi e mais

recentemente por Arnaldo Antunes em seu novo CD. O show é

uma oportunidade de conhecer de perto toda a musicalidade

deste artista que bebe na fonte da Música Popular Brasileira.

mAURíCio limA/DiVUlgAção

DiVUlgAção

Fotojornalismo mundialPerla primeira vez, Salvador recebe a mostra World Press

Photo (WPP), com as imagens mais representativas do

fotojornalismo mundial no ano de 2015. São 164 fotografias

escolhidas no 59º concurso da organização, sediada na

Holanda. As imagens retratam momentos culturais, sociais,

políticos e ambientais, vivenciados em 2015. O Brasil está

representado pelo Complexo do Alemão, em fotos do espanhol

Sebastián Liste. O país também está representado pelo

fotógrafo paulista Maurício Lima, que foi premiado em duas

categorias nesta edição da WPP, também vencedor do Prêmio

Pulitzer em 2016, pela cobertura da crise dos refugiados.

Não perca Caixa Cultural Salvador; ter. a dom., das 9 às 18h. Rua Carlos Gomes, 57, Centro. Gratuita

Não perca Varanda do SESI Rio Vermelho. Às sextas-feiras, 22h. R$ 25 (couvert). Classificação 16 anos

exposição

show

Page 35: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS

PORTAL DE COMPRAS DOSISTEMA FIEB

Page 36: Bahia · 2017-01-31 · Sindicato daS indúStriaS grÁFicaS do eStado da Bahia, sigeb@terra.com.br / Sindicato da ndúiStria de xtração de Óleoe S Vege-taiS e animaiS e de ProdutoS