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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TAIRINE BERGMANN
GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Santa Rosa 2016
1
TAIRINE BERGMANN
GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Orientador Esp. Rogério Silva dos Santos
Santa Rosa 2016
2
TAIRINE BERGMANN
GESTÃO DE CUSTOS NAS ESCOLAS MUNICIPAIS DA CIDADE DE CÂNDIDO GODÓI / RS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel no Curso de Ciências Contábeis.
Santa Rosa, 06 de Dezembro de 2016.
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus pais que sempre estiveram ao meu lado, e a todas as pessoas que de uma ou outra forma auxiliaram e estiveram presentes durante estes quatro anos. Da mesma forma, agradecer aos amigos e colegas que trilharam estes quatro anos junto cultivando amizades.
4
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradecer a Deus por ter me guiado durante estes anos, em mais esta etapa de minha vida.
A minha família pelo incentivo e apoio que me ofertaram nos momentos mais difíceis para que eu fosse possível a conclusão desta graduação.
Agradecer de modo geral a todos os professores pelo empenho e dedicação que tiveram no decorrer desta caminhada, repassando conhecimentos importantes em nossa formação, de forma especial ao professor Rogério Silva dos Santos, pela paciência e excelente orientação.
Agradecer também a Prefeitura Municipal de Cândido Godói e seus servidores por permitirem a realização do estagio e auxiliando na busca de todas as informações necessárias.
5
“Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências"
Pablo Neruda
6
RESUMO
Considerando a obrigatoriedade da utilização das informações de custos no
setor público e a implantação de um subsistema de custos, o trabalho realizado na Prefeitura Municipal de Cândido Godói buscou tratar da gestão de custos nas escolas municipais da cidade de Cândido Godói / RS. O principal intuito do trabalho foi demonstrar qual o melhor método de custeio a ser utilizado, e apresentar o custo por aluno, por escola que se tem atualmente no município, trazendo sugestões para a otimização na utilização dos recursos, mantendo a qualidade no ensino. Quanto a metodologia, trata-se de um estudo de caso, onde os dados coletados são ordenados de acordo com sua relevância para o trabalho, buscando alcançar os objetivos propostos. Em função de ser um estudo de caso, fez-se necessário um estudo bibliográfico, buscando embasamento teórico para dar sustentação ao trabalho e conhecimento ao pesquisador. Foram desenvolvidos os tópicos: serviço público, que trata da prestação de serviços a população, com ênfase na educação, contabilidade geral, um apanhado histórico, e conceitos básicos da contabilidade, a contabilidade pública e suas particularidades, a contabilidade de custos, visando verificar os métodos de custeio aplicáveis ao caso, e o tratamento dos custos no setor público em relação a normatização da utilização do subsistema de custos e a valorosa contribuição que estes podem trazer ao setor público. Através do referencial foi possível perceber como é importante à boa gestão pública e como as informações de custos podem auxiliar no processo de tomada de decisão, e na otimização dos recursos públicos, em benefício da população. Com os dados coletados junto ao setor da contabilidade, setor pessoal e secretaria de educação foi possível efetuar cálculos de métodos de custeio, apresentado o custo por aluno por escola do município, permitindo uma análise comparativa entre as escolas e por fim propor sugestões de melhorias, buscando a otimização dos recursos e a prestação de serviços de qualidade.
Palavras- chave: Serviço Público - Educação - Custos - Gestão Pública
7
RESUMEN
Considerando la imposición de la utilización de la información de costos en el sector público y la implementación de un subsistema de costos, el trabajo realizado en la prefectura de la ciudad de Cândido Godói buscó abordar la gestión de costos en las escuelas municipales de Cândido Godói/ RS. El principal objetivo del trabajo fue demostrar cual es el mejor método de costeo a ser utilizado y presentar el costo por estudiante por escuela que actualmente tiene el municipio, con sugerencias para optimizar el uso de los recursos, manteniendo la calidad en la educación. Cuanto a la metodología, es un estudio de caso en que los datos recogidos se ordenan en función de su relevancia para el trabajo, buscando alcanzar los objetivos. Tratándose de un estudio de caso, se hizo necesario un estudio bibliográfico mediante la búsqueda de bases teóricas para sostener el trabajo y el conocimiento para el investigador. Los temas que se han desarrollado: servicio público, que se ocupa de la prestación de servicios a la población, con énfasis en la educación, contabilidad general, una visión histórica y conceptos básicos de la contabilidad, contabilidad pública y sus características y la contabilidad de costos, con el fin de verificar los métodos de costeo aplicables al caso y el tratamiento de los costos en el sector público en relación con la normativización del uso de los costos del subsistema y la valiosa contribución que pueden aportar al sector público. Por el referencial fue posible darse cuenta de la importancia de un buen gobierno y como las informaciones de costos puede ayudar en el proceso de decisiones y la optimización de los recursos públicos en beneficio de la población. Con los datos recogidos en el departamento de contabilidad, sector personal y de la secretaría de educación, fue posible hacer cálculos de los métodos de costeo, presentando el costo por estudiante por escuela en el municipio, lo que permite un análisis comparativo entre las escuelas y, finalmente, proponer sugerencias de mejora, en la búsqueda de la optimización de recursos y la prestación de servicios de calidad.
Palabras clave: Servicio Público - Educación - Costos - Gestión Pública
8
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Ilustração 1 - A obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação
brasileira. ................................................................................................................... 49
Ilustração 2 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 53
EMEI Pingo de Gente ................................................................................................ 53
Ilustração 3 - Custos Diretos da EMEI Pingo de Gente ............................................. 54
Ilustração 4 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 55
EMEF General Osório ............................................................................................... 55
Ilustração 5 - Custos Diretos da EMEF General Osório ............................................ 55
Ilustração 6 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 57
EMEF São Luiz Gonzaga .......................................................................................... 57
Ilustração 7 - Custos Diretos da EMEF São Luiz Gonzaga ....................................... 57
Ilustração 8 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da ................ 58
EMEF São Miguel ..................................................................................................... 58
Ilustração 9 - Custos Diretos da EMEF São Miguel .................................................. 59
Ilustração 10 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da .............. 59
EMEF Tiradentes ...................................................................................................... 59
Ilustração 11 - Custos Diretos da EMEF Tiradentes ................................................. 60
Ilustração 12 - Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da .............. 61
SMEC ........................................................................................................................ 61
Ilustração 13 - Repasses de Verbas para Manutenção da Educação ....................... 61
Ilustração 14 - Repasses de Verbas para Manutenção da Educação ....................... 62
Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 62
Ilustração 15 - Custos para Manutenção da Educação Infantil ................................. 62
Ilustração 16 - Custos para Manutenção da Educação Infantil ................................. 63
Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 63
Ilustração 17 - Custos para Manutenção do Ensino Fundamental ............................ 64
Ilustração 18 - Custos para Manutenção do Ensino Fundamental ............................ 64
Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 64
Ilustração 19 - Custos Gerais para Manutenção do Ensino ...................................... 65
9 Ilustração 20 - Custos Gerais para Manutenção do Ensino ...................................... 65
Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 65
Ilustração 21 - Salário dos Motoristas do Transporte Escolar ................................... 66
Ilustração 22 - Salário dos Motoristas do Transporte Escolar ................................... 66
Proporcional ao Número de Alunos ........................................................................... 66
Ilustração 23 - Custeio por Absorção EMEI Pingo de Gente ..................................... 68
Ilustração 24 - Custeio por Absorção EMEF General Osório .................................... 69
Ilustração 25 - Custeio por Absorção EMEF São Luiz Gonzaga ............................... 70
Ilustração 26 - Custeio por Absorção EMEF São Miguel .......................................... 71
Ilustração 27 - Custeio por Absorção EMEF Tiradentes ........................................... 72
Ilustração 28 - Custeio por Departamentalização EMEF General Osório ................. 74
Ilustração 29 - Custeio por Departamentalização EMEF São Luiz Gonzaga ............ 75
Ilustração 30 - Custeio por Departamentalização EMEF São Miguel ........................ 77
Ilustração 31 - Custeio por Departamentalização EMEF Tiradentes ......................... 78
Ilustração 32 - Custeio por Absorção – Custo por Aluno ........................................... 80
Ilustração 33 - Gráfico: Custeio por Absorção – Custo por Aluno ............................. 81
Ilustração 34 - Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno ..................... 82
Ilustração 35 - Gráfico: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno ....... 82
Ilustração 36 - Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno ..................... 83
Ilustração 37 - Gráfico: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno ....... 84
10
LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.
FEMA – Fundação Educacional Machado de Assis
p. – página
RS – Rio Grande do Sul
ABC - Activity Based Costing
LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
CF – Constituição Federal
PNE – Plano Nacional de Educação
Art. – Artigo
§ - Parágrafo
CPM – Círculo de Pais e Mestres
EMEI – Escola Municipal de Educação Infantil
EMEF – Escola Municipal de Ensino Fundamental
IEE – Instituto Estadual de Educação
Nº - Número
Km - Quilometro
SMEC – Secretaria Municipal de Educação e Cultura
h – Hora
TCC – Trabalho de Conclusão de Curso
RH – Recursos Humanos
11
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 14 1.1 TEMA .................................................................................................................. 14 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 14 1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 14 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 15 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 15 1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 15 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 15 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 16 1.6.1 Categorização Da Pesquisa ........................................................................... 17 1.6.2 Dados Gerados ............................................................................................... 20 1.6.3 Análise e Interpretação De Dados ................................................................ 21 1.6.4 Apresentação Da Organização ...................................................................... 21 2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 23 2.1 SERVIÇO PÚBLICO ........................................................................................... 23 2.2 CONTABILIDADE GERAL .................................................................................. 31 2.3 CONTABILIDADE PÚBLICA ............................................................................... 33 2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS .......................................................................... 36 2.5 CUSTOS NO SETOR PÚBLICO ......................................................................... 47 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 51 3.1 A ORGANIZAÇÃO E SUAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS .................. 51 3.2 APURAÇÃO DE CUSTOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS .................................. 67 3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS POR ALUNO POR ESCOLA ....................... 79 4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 85 CONCLUSÃO ........................................................................................................... 87 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 89 APÊNDICES ............................................................................................................. 92 APÊNDICE A – Entrevista ......................................................................................... 93 APÊNDICE B – Planilha de Coleta de Dados ........................................................... 94 ANEXOS ................................................................................................................... 96 ANEXO A – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) ...................................... 97
12
INTRODUÇÃO
Como a escassez de recursos no setor público vem aumentando a cada ano,
assim também os gestores enfrentam dificuldades para lidar com esta escassez,
buscando atender os anseios da população com as verbas que são disponibilizadas.
O uso das informações de custos já faz parte da legislação, porém o setor público
tem um período não determinado para adaptar-se a nova situação, as informações
de custos podem ser muito úteis para auxiliar os gestores na tomada de decisão,
otimizando a utilização do recurso público, tendo uma visão mais precisa de onde
podem ser cortados gastos.
Com o propósito de auxiliar o setor público na adequação ao novo subsistema
de custos aplicado ao setor público e indicar o melhor método de custeio para área
da educação, buscando a otimização do uso do recurso público. O tema do deste
estudo é: Gestão de custos nas escolas municipais da cidade de Cândido Godói /
RS, sendo que foi utilizado como parâmetro para a pesquisa o primeiro semestre de
2016.
Este trabalho objetiva apurar os custos das escolas municipais e o custo
médio por aluno de cada escola comparando os dados entre as escolas do
Município de Cândido Godói, RS, buscando soluções para a redução do custo, sem
perda na qualidade do ensino. Para tanto será necessário coletar os gastos de cada
escola, classificando-os, aplicar os métodos de custeio por absorção e
departamentalização, demonstrando os dados, e elaborando uma média de custo
por aluno por escola. Atualmente o setor público busca a adequação a nova
legislação sobre utilização das informações de custos, para auxiliar na tomada de
decisão e na otimização na utilização dos recursos.
É relevante destacar a importância do estudo teórico, assim como o trabalho
trata de custos na educação, iniciou-se pelo serviço público, pois a educação é um
serviço público prestado a população, e espera-se um serviço de qualidade,
baseado na LDB, lei que estabelece as diretrizes e bases para uma educação de
qualidade. Como o estudo traz as informações de custos, é necessário um estudo
aprofundado sobre contabilidade, a contabilidade aplicada ao setor público,
13 especificando a contabilidade de custos e por fim aos custos no setor público,
inteirando-se do assunto a ser trabalhado, embasado nos autores: Antônio Cezar
Bornia, Eliseu Martins, Antônio Lopes de Sá, Cezar Volnei Mauss e Marcos Antônio
de Souza, Inaldo da Paixão Santos Araújo e Daniel Gomes Arruda.
A estruturação do trabalho está disposta na seguinte maneira, na
primeiramente tem-se a introdução, que traz um apanhado geral do trabalho, na
sequência a apresentação do tema, sua delimitação, os objetivos geral e
específicos, justificativa, e por fim a metodologia que será aplicada, tudo para
garantir o sucesso do trabalho.
Em um segundo momento tem-se o referencial teórico, que é responsável
pela sustentação do trabalho, buscando um estudo para conhecimento prévio das
questões a serem pesquisadas, dentro do referencial foram abordados alguns temas
que tem relação direta com a pesquisa, que são: serviço público, contabilidade geral,
contabilidade pública, contabilidade de custos e custos no setor público.
A terceira parte do trabalho apresenta o diagnóstico e análise, onde trata da
pesquisa em si, onde são apresentados os dados coletados e de que forma eles
foram utilizados, buscando sempre atingir os objetivos propostos.
Findando o estudo, segue a parte de recomendações, onde pode-se propor
sugestões de melhorias para o setor público, buscando otimizar a utilização dos
recursos, atendendo de maneira mais eficiente aos anseios da população. Segue
ainda a conclusão, apêndices e anexos. A partir da interação entre teoria e prática, a
vivência do estudo, traz uma visão diferente dos fatos, contribuindo
significativamente para o processo ensino aprendizagem.
14 1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO
Neste trabalho foram desenvolvidos os seguintes tópicos: tema, delimitação
do tema, o problema estudado, os objetivos geral e específicos, a justificativa, a
metodologia utilizada na pesquisa, assim como sua classificação, abrangendo a
categorização da pesquisa, os dados gerados, análise e interpretação de dados e a
apresentação da organização onde realizou-se o estudo. Posteriormente, é
apresentado o referencial teórico, em seguida o estudo segue com o diagnóstico e
análise dos dados coletados, apresentando recomendações e sugestões para
melhorias dentro da organização.
1.1 TEMA
Nota-se a grande dificuldade de se administrar o setor público nos dias atuais,
sendo que os recursos escassos são o fator mais relevante, prejudicando os
serviços básicos prestados a população, como, saúde e educação. Desta forma o
tema do presente estudo é: Gestão de custos nas escolas municipais da cidade de
Cândido Godói / RS.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
A educação é a base de uma sociedade, é através dela que o indivíduo
aprende a conviver em sociedade, promovendo o desenvolvimento da sua região,
tendo uma visão crítica dos fatos, assim, quanto maior a qualidade da educação,
melhor e mais desenvolvida será a sociedade que a norteia. Desta forma, no
presente trabalho o tema se delimita a: Gestão de custos nas escolas da rede
municipal de ensino da cidade de Cândido Godói, RS, a partir de dados coletados de
Janeiro a Junho de 2016.
1.3 PROBLEMA
A sociedade vive atualmente um cenário de crise, o poder público conta com
recursos escassos e serviços básicos como a educação encontram-se há anos
defasados, mas apesar de todo cenário conflituoso é possível propor melhorias para
15 a otimização na utilização dos recursos disponíveis. Assim sendo, o problema a ser
abordado é: Como a gestão de custos auxiliará a administração municipal a gerir
melhor os recursos destinados a educação, e a apuração de custos por aluno
comparando entre escolas municipais de Cândido Godói ?
1.4 OBJETIVOS
1.4.1 Objetivo Geral
O objetivo geral elaborado para a presente pesquisa é: Apurar os custos das
escolas municipais e o custo médio por aluno de cada escola comparando os dados
entre as escolas do Município de Cândido Godói, RS.
1.4.2 Objetivos Específicos
a) Coletar os gastos de cada escola municipal do presente município;
b) Classificar os gastos, aplicando os sistemas de custeio por absorção e
departamentalização, para demonstração dos dados;
c) Demostrar a quantidade de alunos matriculados, verificando o custo que
estes representam para o ente público.
1.5 JUSTIFICATIVA
Atualmente o setor público busca se adaptar a nova legislação, que obriga
estado, municípios e união e terem um subsistema de custos, buscando sanar os
gargalos existentes, e desenvolvendo estratégias para redução dos custos nos
diversos setores, porém a maioria dos entes públicos ainda não se adequaram a
esta nova legislação. A referida lei estabelece que os custos sejam alocados por
setor, considerando suas particularidades, e assim analisando formas de redução
nos custos.
Nota-se que os municípios vem buscando se adequar as novas condições, no
município de Cândido Godói o sistema de custos ainda não foi implantado, e os
custos vem sendo apurados de maneira superficial, muitas vezes não levando em
consideração todos os critérios necessário para apuração da forma mais adequada,
16 neste sentido o trabalho vem beneficiar o ente público com apuração dos custos
voltados a educação.
Para a acadêmica, o estudo vem agregar conhecimento a sua formação,
incentivando a busca constante pela pesquisa e atualização, o encontro entre teoria
e prática, sua aplicação no dia a dia, o que acarretará no desenvolvimento e
crescimento pessoal e profissional. Assim este estudo será de grande relevância a
qualquer interessado no assunto, seja para aperfeiçoar conhecimento ou para
promover crescimento pessoal e profissional.
Para a Fundação Educacional Machado de Assis, o presente projeto traz mais
conhecimento aos seus educandos, tratando de um tema atual que vem sendo um
desafio para o setor público, estimulando a pesquisa e a busca por conhecimento e
pelas mudanças que vem ocorrendo no meio, buscando a formação de profissionais
capacitados para buscar soluções para os problemas identificados, incentivando a
busca constante por conhecimento em temas atuais.
Para o meio acadêmico, este trabalho vem ser de grande relevância a todo e
qualquer acadêmico que demonstre interesse pelo setor público, mais precisamente
a área de custos, que poderão utilizar o acervo para agregar conhecimento, sanar
dúvidas, para pesquisas bibliográficas, e para o crescimento pessoal e profissional.
Para a sociedade em geral, por ser um tema atual e de grande impacto no
setor público, considerando que ainda não há profissionais especializados dentro do
setor público, a qualquer pessoa que se interesse pelo assunto tratado, ou que
venha futuramente a ocupar um cargo público nesta área este estudo será de
grande valia.
1.6 METODOLOGIA
A metodologia científica esta baseada na descrição dos métodos que serão
usados para o desenvolvimento do trabalho de conclusão de curso. A metodologia
busca demonstrar quais técnicas e métodos contribuirão para atingir os objetivos
propostos, obtendo a solução para o problema que levou a construção deste projeto
de pesquisa.
Desta forma, o pesquisador se utiliza da metodologia para definir os melhores
e os mais adequados mecanismos que irão ajuda-lo no desenvolvimento da
pesquisa, buscando solucionar os problemas que levaram a construção deste
17 estudo. A metodologia tem a função de categorizar a pesquisa e definir os métodos
a serem usados na coleta dos dados, podendo assim realizar a análise e
interpretação desses dados, para emitir sua opinião.
1.6.1 Categorização Da Pesquisa
A categorização da pesquisa tem por objetivo explicitar o tipo de pesquisa
realizada, consiste em delimitar as técnicas e os procedimentos utilizados no
decorrer do trabalho a fim de atingir os objetivos propostos. Nesta etapa do estudo,
é fundamental a categorização da pesquisa, dando um direcionamento ao trabalho,
como afirmam Marconi e Lakatos: “Constituem etapas mais concretas da
investigação, com finalidade mais restrita em termos de explicação geral dos
fenômenos menos abstratos.” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 204)
De acordo com Vianna, a escolha do tipo de pesquisa é muito importante,
pois é através dela que se pode ter uma base para realizar um bom
desenvolvimento da mesma. Há vários tipos de pesquisa, é necessário estabelecer
qual o tipo que mais convém a seu problema, pois será ela que orientará o caminho
mais vantajoso para a obtenção dos resultados desejados (VIANNA, 2001).
A pesquisa pura ou básica, é indicada para os casos de não aplicabilidade do
estudado, onde o objetivo é aprofundar-se no assunto, obter mais conhecimento em
determinada área, como Vianna, quando afirma que a pesquisa pura: “Consiste em
ler sobre determinado assunto e registrar as ideias mais interessantes dos escritos
dos autores com destaque na área.” (VIANNA, 2001, p. 118)
A pesquisa aplicada, diferentemente da pura, faz um estudo de um problema
e busca a solução através de estudos teóricos aplicados na prática, de acordo com
Vianna: “É, portanto, uma pesquisa com fins práticos, de aplicação, geralmente
imediata, dos resultados obtidos para a resolução de problemas da realidade.”
(VIANNA, 2001, p. 119)
Nota-se que no presente estudo há um problema, portanto é utilizada a
pesquisa aplicada. Com este tipo de pesquisa é possível a interação entre teoria e
prática, pois através da análise e interpretação dos dados são apresentadas
sugestões que buscam sanar os problemas relacionados ao uso das informações de
custos no setor público.
18
A pesquisa ainda pode ser classificada como quantitativa e qualitativa, Vianna
fundamenta que a pesquisa quantitativa “Trabalhará com propostas de investigação
detalhada nos objetivos e procedimentos de pesquisa, hipóteses, variáveis,
significância estatística, plano estruturado e detalhado dos procedimentos de
trabalho, contagens, medidas.” (VIANNA, 2001, p. 122)
Já no modo qualitativo, é responsável pela ligação do pesquisador e a
organização neste método são aplicados entrevistas e conversas, com a finalidade
de obter maior conhecimento da organização, assim afirmam Marconi e Lakatos,
quando descrevem que “A entrevista tem como objetivo principal a obtenção de
informações do entrevistado, sobre determinado assunto ou problema.” MARCONI E
LAKATOS, 2010, p. 179)
Na pesquisa utiliza-se o tipo quantitativa e qualitativa, sendo que os dados
levantados, serão classificados de acordo com sua relevância para o trabalho,
buscando documentos que tenham significância para a pesquisa, trabalhando
através de dados seguros fornecidos pelo ente público onde se realizará a pesquisa,
entrevistas e questionários serão aplicados objetivando coletar informações de
relevância, as quais serão levadas em consideração durante o processo de análise
dos dados e resultados.
O estudo realizado tem o objetivo de buscar a solução para os problemas
identificados, neste contexto é necessário identificar os critérios da pesquisa
utilizados na busca das soluções, indicando entre exploratória, descritiva e
explicativa qual são mais adequada.
A pesquisa exploratória busca compreender fatos ou problemas, através de
estudos bibliográficos, como afirma Vianna: “Como o próprio nome indica você
desenvolverá uma pesquisa exploratória se quiser entender uma situação, um fato,
um problema, um caso, a partir de estudos feitos por diferentes autores vivenciados
por várias pessoas.” (VIANNA, 2001, p. 130)
A pesquisa descritiva, de acordo com Vianna, necessita de um estudo teórico
detalhado de uma situação-problema previamente identificada, sem que a ela emita
opinião. Na pesquisa descritiva utilizam-se técnicas padrão, como entrevistas,
questionários e observações, que forneçam os dados necessários para análise
(VIANNA, 2001).
A pesquisa explicativa é uma pesquisa de grande complexidade, pois engloba
as pesquisas exploratória e descritiva, buscando qual a origem do problema, como
19 afirma Vianna: “Ao identificar fatores ou variáveis que determinam a ocorrência, as
causas, as razões de um determinado problema, esta pesquisa chegará à busca das
razões, do por quê da ocorrência da situação ou problema.” (VIANNA, 2001, p. 133)
No presente estudo são utilizadas as pesquisas, exploratória e descritiva,
onde a exploratória tem a finalidade de levar o pesquisador a conhecer melhor o
assunto através de pesquisa bibliográfica, e a descritiva apresenta os processos que
serão utilizados na coleta de dados, elencando-os, a fim de elaborar uma análise útil
e satisfatória.
Quanto aos procedimentos utilizados na pesquisa, podem ser de: pesquisa
bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental, estudo de caso e estudo
de campo, cada um deles tem suas particularidades, assim sendo se deve analisar
quais melhor se adaptam ao tipo de pesquisa que será realizado. A pesquisa
bibliográfica de acordo com Marconi e Lakatos:
“[...] abrange toda bibliografia tornada pública em relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, pesquisas, monografias, teses, material cartográfico etc., até meios de comunicação oral: rádio, gravações em fita magnética, audiovisuais: filmes e televisão. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado assunto, inclusive conferências seguidas de debates que tenham sido transcritos por alguma forma, quer publicadas, quer gravadas.” (MARCONI; LAKATOS, 2010, p. 166)
De acordo com Marconi e Lakatos, a pesquisa documental tem como
característica que: “[...] a fonte de coleta de dados esta restrita a documentos,
escrita ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem
ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.” (MARCONI;
LAKATOS, 2010, p. 157)
A pesquisa experimental consiste na manipulação de dados, neste contexto
Vianna afirma que: “[...] na pesquisa experimental você deve manipular,
propositadamente, as variáveis definidas, no sentido de identificar os efeitos, e as
consequências destas manipulações no seu objeto de investigação.” (VIANNA,
2001, p. 138)
O estudo de caso é um dos principais procedimentos da pesquisa, pois ele
representa a interação com a prática cotidiana, estuda uma situação real, presente
no dia a dia das organizações, ele permite ter uma visão global, identificando
20 possíveis falhas, como também se a teoria previamente estudada é condizente com
as práticas da organização, assim Fachin considera que:
Este método é caracterizado por ser um estudo intensivo. No método do estudo de caso, leva-se em consideração, principalmente, a compreensão, como um todo, do assunto investigado. Todos os aspectos da casa são investigados. Quando o estudos é intensivo, podem até aparecer relações que, não seriam descobertas. (FACHIN, 2006, p. 45)
De acordo com Vianna, a pesquisa de campo, terá como fonte de dados
pessoas, através de entrevistas ou outro método que se julgue adequado fará a
coleta de dados para posterior análise, este procedimento de pesquisa também se
aplica a grupos, comunidades, instituições que emitam sua opinião ou parecer sobre
o tema que esta sendo desenvolvido (VIANNA, 2001).
Os procedimentos adotados para o trabalho em questão são bibliográfico,
devido a utilização de pesquisa bibliográfica, buscando conceitos e estudos
realizados por autores renomados e com grande conhecimento na área, como
também documental, pois há a coleta de documentos e registros que que auxiliem
no estudo da situação, para atender os objetivos propostos, podendo emitir uma
análise segura sobre o assunto, estudo de caso, considerando que há uma entidade
envolvida e um problema anteriormente identificado, para o qual se busca soluções,
ou sugestões que possam melhorar o quadro atual.
1.6.2 Dados Gerados
Esta etapa é muito importante, pois ocorre a coleta de dados que sustentam
as análises. No TCC em questão forma utilizadas as técnicas de documentação
indireta, em função da necessidade da coleta de documentos pertinentes ao setor
contábil, como, relatórios de gastos da educação, relatórios de gastos do transporte
escolar, no setor de recursos humanos, buscando relatórios de folha de pagamento,
de professores, motoristas e demais funcionários ligados diretamente a educação,
assim como com a SMEC, dados referentes a registros de matrículas dos alunos e
lotação de professores e funcionários.
Faz-se necessária a utilização da técnica de documentação direta,
considerando que serão realizadas entrevistas do tipo despadronizada com o
21 contador da administração municipal e o responsável do setor de recursos humanos,
como também com funcionários da SMEC, buscando mais conhecimento,
informações, e fatos importantes ao bom desenvolvimento da pesquisa.
1.6.3 Análise e Interpretação De Dados
Após determinar o tipo de pesquisa, e como foram coletados os dados, fez-se
necessário definir os métodos de abordagem da pesquisa e os métodos de
procedimentos utilizados, analisando a adequação de cada um deles com a
pesquisa realizada.
Desta forma, o estudo em questão, considerando o problema identificado,
utiliza do método dedutivo, pois a partir da identificação do problema buscou-se um
estudo para o conhecimento mais aprofundado sobre o problema. O método
dialético também é utilizado, por sua referência as transformações do meio, que
podem ocorrer, modificando a visão dos fatos.
Os métodos de procedimentos auxiliarão na organização da pesquisa. A
escolha dos métodos de procedimento vai depender da situação ou problema
estudado e também dos objetivos que se deseja alcançar. A pesquisa possibilita a
utilização de um ou mais métodos de procedimentos.
Considerando a adequação dos métodos de procedimento, no presente
estudo, é utilizado o método estatístico, pois é necessária a manipulação de dados
numéricos. A utilização do método comparativo também é utilizado, na comparação
dos custos totais com o custo por aluno matriculado e a comparação entre escolas.
1.6.4 Apresentação Da Organização
A Prefeitura Municipal de Cândido Godói está localizada na Rua Liberato
Salzano, número 387, centro de Cândido Godói. O município possui uma área total
de 247 Km² e uma população total de 7.092 pessoas. Cândido Godói foi emancipado
em 09 de outubro de 1963, sendo que o plebiscito com a finalidade de emancipar
Cândido Godói foi votado em 25 de agosto de 1963, e o Sim obteve a vantagem de
400 votos. Até então, Cândido Godói pertencia à Santa Rosa - RS.
O primeiro prefeito foi o Professor Ignácio Edgar Kerkhoff e vice-prefeito o Sr.
Gilberto Casarim, na gestão de 25/01/1964 á 31/01/1969. Na atual gestão, o prefeito
22 é o Sr. Guerino Backes e o vice-prefeito é o Sr. Afonso Nikoden. As principais
fontes de renda provêm da agricultura, seguida do comércio local e de indústrias
instaladas no município.
A prefeitura contém atualmente o número de 266 funcionários em atividade,
entre eles servidores e contratados, das mais diversas secretarias. A secretaria da
Educação conta com 55 professores em seu quadro, é coordenada pelo Sr, Fausto
Fank, sendo responsável pelas cinco escolas que o município mantém.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz Gonzaga, conta com
346 alunos matriculados, distribuídos entre educação infantil, séries iniciais e séries
finais, localizada na área urbana de Cândido Godói.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental General Osório, conta com 150
alunos matriculados, distribuídos entre educação infantil, séries iniciais e séries
finais, localizada na Linha Timbaúva, área rural do município, a cerca de 8 km da
área urbana.
A Escola Municipal de Educação Infantil Pingo de Gente, conta com 98 alunos
matriculados, atende na modalidade creche, crianças de 1 a 4 anos de idade,
situada na área urbana, conta com 8 professoras e 8 monitoras.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, conta com 20 alunos
matriculados, distribuídos entre educação infantil e séries iniciais, localizada na
Linha São Pedro, área rural do município, a cerca de 10 km da área urbana.
A Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel, conta com 77 alunos
matriculados, distribuídos em educação infantil, séries iniciais e anos finais,
localizada na Linha São Miguel, área rural do município, a cerca de 7 km da área
rural.
23 2 REFERENCIAL TEÓRICO
Com a finalidade de desenvolver o referencial teórico de qualidade, buscando
um embasamento teórico consistente, trazendo coesão e credibilidade ao TCC, a
pesquisa abordará os seguintes tópicos: Serviço Público, Contabilidade Geral,
Contabilidade Pública, Contabilidade de Custos, Custos no Setor Público.
2.1 SERVIÇO PÚBLICO
É dever Da União, Estados, Municípios e Distrito Federal, fornecer os serviços
básicos a população como saneamento básico, saúde, educação, para que a
sociedade possa se desenvolver de forma digna. Para conseguir cumprir com seu
papel o Ente público necessita de uma boa administração, observando as
dificuldades de recursos limitados e escassos, fazendo com que os valores
monetários que são disponibilizados se revertam em benefícios para o bem da
população.
É responsabilidade de o setor público prestar serviços, beneficiando a
coletividade, estes devem ser prestados de forma gratuita, buscando atender as
necessidades básicas da sociedade, para Kohama: “Os serviços públicos competem
exclusivamente ao Estado são considerados “serviços públicos” propriamente ditos,
pois sua prestação visa satisfazer “necessidades gerais da coletividade” para que
ela possa subsistir e desenvolver-se [...].” (KOHAMA, 2009, p. 2)
A principal função da administração pública é prestar serviços relevantes a
coletividade, como afirmam Araújo e Arruda: “A administração pública destaca-se,
portanto, por ser um conjunto de órgãos destinados a cumprir as finalidades do
Estado, o que pode ser resumido na busca da realização do bem comum.”
(ARAÚJO; ARRUDA, 2009, p.04)
Todos os serviços prestados pelo ente público de forma gratuita, segundo
Kohama, devem buscar o bem comum, facilitando a vida da comunidade, buscando
satisfazer necessidades básicas, proporcionando conforto e bem-estar, é dever do
estado prestar serviços relevantes a população, assegurando uma vida digna
(KOHAMA, 2009).
A Constituição Da República Federativa do Brasil, com o objetivo de instituir
um Estado democrático, busca assegurar direitos sociais e individuais a população,
24 conservando valores e visando uma sociedade justa e fraterna, para isto incumbe
deveres aos entes públicos, União, Estados e Municípios. A Constituição, em seu
Capítulo II, que trata Dos Direitos Sociais, onde assegura ao trabalhador, além de
outros direitos trabalhistas, o direito a assistência educacional para filhos e
dependentes até a idade escolar, como prevê o Art. 6º, inciso XXV, onde descreve:
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e á infância, a assistência aos desamparados, na forma desta constituição. XXV – assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas; (BRASIL, 2012, p. 10 e 11) [grifo do autor]
De acordo com Arruda Aranha, a educação formal prestada pelas escolas,
não deve de forma alguma buscar substituir a educação informal, a qual é prestada
pela família e pela sociedade, pois a educação formal transmite de forma igualitária
conceitos importantes para a vida escolar, mas não tem uma abrangência na
formação e desenvolvimento da personalidade do indivíduo (ARRUDA ARANHA,
1996). Assim como Arruda e Arranha conceituam:
Educação é um conceito genérico, mais amplo, que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem, isto é, de sua capacidade física, intelectual e moral, visando não só a formação de habilidades, mas também do caráter e da personalidade social. (ARRUDA, ARANHA, 1996, p. 51)
A Constituição Federal, no que compete a União, na área da educação, no
Art. 22, em seu inciso XXIV traz: “Art. 22 Compete privativamente a União legislar
sobre: (EC nº 19/98 e EC nº 69/2012) XXIV – diretrizes e bases da educação
nacional;.” (BRASIL, 2012, p. 14) [grifo do autor]. A Constituição ainda trata das
incumbências da União para a educação no Art. 24, incisos IX e XV, onde descreve:
“Art. 24 Compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar sobre: IX –
educação, cultura, ensino e desporto; XV – proteção a infância e a juventude;.”
(BRASIL,2012, p.15) [grifo do autor]
A educação é norteada de várias legislações, que buscam esclarecer sobre o
direito à educação e o dever de educar, dando a cada uma suas devidas
responsabilidades, a principal legislação que trata especificamente da Educação é a
25 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que se encontra em anexo
na integra, que em seu Art. 9º estabelece as responsabilidades da União.
Da mesma forma, Estados tem corresponsabilidade sobre a educação,
assegurando dentro de suas possibilidades e incumbências o ensino gratuito e de
qualidade, em colaboração com os municípios atendendo os ensinos nos níveis
fundamental e médio, bem como o transporte dos alunos da rede estadual, como
assegura o Art. 10 da LDB.
Além da responsabilidade da União, Estados e Distrito Federal, os
municípios também são responsáveis por legislar, e zelar pelos direitos sociais da
população a nível local, assim a Constituição Federal traz a responsabilidade aos
municípios, tratada no Art. 30 e seus respectivos incisos:
Art. 30 Compete aos municípios: I – legislar sobre assuntos de interesse local; II – suplementar a legislação federal e estadual no que couber; III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; IV – criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação estadual; V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial; VI – manter a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamental; VII – manter a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, serviços de atendimento á saúde da população; VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; IX – promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual; (BRASIL, 2012, p. 17) [grifo do autor]
A incumbência dos municípios no que tange a educação, e no que regem a
LDB, os municípios devem organizar as instituições de ensino, oferecendo ensino
nos níveis de educação infantil e ensino fundamental em colaboração com o estado,
e fornecendo transporte aos alunos da rede municipal, como trata o Art. 11.
A base e os valores de uma sociedade mostram-se pela educação de seu
povo, nota-se assim a importância da educação para a vida em sociedade e para o
desenvolvimento do país. A educação é um serviço público, prestado em
cooperação entre União, Estados, Municípios e Distrito Federal, os quais são
26 responsáveis por prestar serviços de qualidade. Para tanto a Constituição Federal,
em seu Art. 205, trata da Educação:
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 2012, p. 56) [grifo do autor]
A primeira educação vem da família, após o nascimento o ser humano inicia
um intenso caminho de aprendizagens, é necessário ensiná-lo, educá-lo, incutir
valores e princípios que nortearão sua vida em sociedade, e que através deles
seguir uma vida digna, em respeito a si e aos demais, como afirma Arruda Aranha:
O homem não possui aparelhamento instintivo como o dos animais, e por isso precisa ser socializado para sobreviver, o que é feito mediante a educação recebida das pessoas que o circundam, a partir dos modelos sociais do grupo a que pertence. De fato, desde que nasce o homem é submetido a um intenso processo de aprendizagem, que não termina, senão com a morte. (ARRUDA ARANHA, 1996, p. 56)
A fim de garantir o acesso à educação, e assegurar uma educação de
qualidade e igualitária a todos, foram instituídas inúmeras leis, que regulamentam a
prestação de serviço na área da educação, tratando do direito e das
responsabilidades, delimitando conteúdos de acordo com o nível e idade, a principal
legislação que trata da educação é a LDB.
Com vista em uma educação de qualidade, esta deve ser ministrada seguindo
alguns princípios, para que beneficie toda a população de maneira igualitária, como
trata o Art. 206 da Constituição Federal, que estabelece princípios para ministrar a
educação no Brasil:
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V - valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; VII - garantia de padrão de qualidade.
27
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública, nos termos de lei federal. Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. (BRASIL, 2012, p. 56) [grifo do autor]
Considerando ainda os princípios que regem a educação no Brasil, a LDB faz
menção a alguns princípios adicionais, levando não só o todo, mas também as
particularidades que surgirão em cada escola, atendendo particularidades e visando
a valorização da carga de conhecimento que o aluno já traz com ele, suas vivencias
valores e princípios, isto é apresentado no Art. 2º e Art. 3º e seus incisos.
É dever do Estado fornecer educação gratuita e de qualidade a toda criança a
partir dos 4 anos de idade até os 17 anos de idade, assim como a educação infantil
gratuita para as crianças até 5 anos. Esta educação é ilimitada, prestando
atendimento a crianças com deficiência ou transtornos, ou fora da faixa etária
estabelecida, que não tenham recebido esta educação anteriormente. Todos estes
direitos estão assegurados na LDB, Art. 4º e seus incisos.
Da mesma forma que é dever do Estado, fornecer serviços de educação
básica a toda população, também é dever de pais ou responsáveis efetuar a
matrícula das crianças dentro da idade definida pela lei, que atualmente é obrigatória
a partir dos 4 anos de idade, acompanhando a vida escolar das crianças. Como
define o Art. 5º e seus incisos e o Art. 6º da LDB.
Ainda de acordo com a LDB, escola e sociedade e família devem estar
integradas, na educação, desta forma esta surtirá mais efeito e será mais bem
absorvida pelo aluno, a escola deve ser uma mediadora, estabelecendo
comunicação constante com os pais ou responsáveis sobre a vida escolar das
crianças. Neste sentido a LDB descreve as incumbências das instituições de ensino,
em seu Art. 12 e incisos.
Dentro da instituição de ensino juntamente com a direção, estão os
professores, que é o profissional da educação, prestador de serviços, que está
relacionando-se diariamente com os alunos, buscando cumprir os conteúdos
mínimos, e fornecer uma educação de qualidade. Mas o professor não é
responsável pelo aprendizado, ele é apenas um mediador, que deve buscar
28 métodos que facilitem o entendimento do conteúdo. Este profissional também tem
responsabilidade perante a educação como trata o Art. 13 da LDB.
O grande objetivo da educação básica é o desenvolvimento do ser humano,
prepara-lo para a vida em sociedade, o professor é o mediador deste processo,
como se confirma no Art. 22 da LDB.
Para alcançar os objetivos da educação, mais precisamente sobre a
universalização do ensino, é criada a base nacional comum, instituída pelo Plano
Nacional de Educação (PNL), sendo assim fixados conteúdos mínimos que serão
trabalhados em todo o país, respeitando as particularidades de cada região, cultura,
economia, entre outros fatores, como trata o Art. 26 da LDB.
O PNE traz os conteúdos mínimos a serem trabalhados em sala de aula, para
todos os níveis de ensino, desde a educação infantil, ensino fundamental e ensino
médio, trazendo como diz a Constituição Federal, um ensino igualitário, dando
condições iguais a todos os educandos do país. O PNE traça diretrizes a serem
alcançadas, pelo tempo que perdurar este plano, como trata em sua Lei própria, Lei
13.005, de 25 de Junho de 2014, Art. 2º:
Art. 2o São diretrizes do PNE: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (BRASIL, 2014)
Assim este Plano, traça diretrizes, metas e estratégias, para alcançar uma
educação com mais qualidade, melhorando as políticas educacionais, no prazo de
10 anos, a contar da data de publicação, Lei nº 13005, de 25 de Junho de 2014,
como traz o Art. 3º do PNE: “Art. 3º As metas previstas no Anexo desta Lei serão
cumpridas no prazo de vigência deste PNE, desde que não haja prazo inferior
definido para metas e estratégias específicas.” (BRASIL, 2014).
29
Para atingir as diretrizes estabelecidas no PNE, e garantir o máximo esforço
para alcançar as metas, e cumprir o Plano Nacional de Educação, o governo
estabelece no Art. 5º do PNE, que o Plano será monitorado e fiscalizado
periodicamente, este monitoramento e fiscalização serão feitos por órgãos
governamentais de várias instâncias, como esclarece o referido artigo e seus
incisos:
Art. 5o A execução do PNE e o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo e de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: I - Ministério da Educação - MEC; II - Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal; III - Conselho Nacional de Educação - CNE; IV - Fórum Nacional de Educação. (BRASIL, 2014)
A educação no Brasil é dividida em níveis de ensino, cada qual atendendo um
grupo de educandos diferentes, estes níveis foram estabelecidos de acordo com a
idade, desenvolvimento e capacidade dos indivíduos. Assim sendo, a educação no
Brasil encontra-se dividida da seguinte forma: educação infantil, ensino fundamental
e ensino médio, contando também com outras formas de educação, contemplando
os indivíduos que por ventura não possam, ou, não tenham sido atendidos nos
níveis citados, que tratam da educação especial, e a educação de jovens e adultos
(EJA).
A Educação Infantil vem promover a socialização do indivíduo, sua adaptação
no meio escolar, sua familiarização com as rotinas escolares, promovendo o
desenvolvimento como um todo. Considerando a socialização do indivíduo, Arruda
Aranha afirma: “O processo de socialização se inicia por meio da ação exercida pela
comunidade sobre os homens.” (ARRUDA ARANHA, 1996, p. 16). Desta forma a
LDB, também estabelece as finalidades da educação infantil em seus Art. 29 e Art.
30.
O segundo nível estabelecido, trata-se do ensino fundamental, onde ocorre a
alfabetização, o conhecimento da sociedade, uma compreensão de mundo, neste
nível deve-se despertar no indivíduo o pensamento crítico, conhecimentos básicos,
mas principalmente a leitura, escrita, interpretação e cálculos, como trata o Art. 32
da LDB.
30
O ensino em nível médio servirá para aprofundar os conhecimentos
estudados no ensino fundamental, ter uma visão global, percebendo o mundo em
que vive, preparando assim o indivíduo para uma fase nova, a busca de uma
profissão, o mercado de trabalho, a independência. A escola nestes níveis de
ensino, em muitos casos é a “segunda família” do educando, a escola está ali não
somente para repassar conhecimento, mas para acolher, educar e preparar o
indivíduo para vida em sociedade. Referente ao ensino em nível médio, a LDB, em
seu Art. 35, traz mais esclarecimentos.
A educação no Brasil, além dos 3 níveis principais, conta ainda com
atendimento diferenciado e especializado na educação de jovens e adultos,
atendendo pessoas que não tiveram a oportunidade de frequentar as instituições de
ensino na idade adequada, como assegura o Art. 37 da LDB.
Também é assegurada pela LDB a educação especial, para toda criança que
possui deficiências, transtornos, superdotação ou altas habilidades. O ensino deve
ser oferecido preferencialmente na rede regular, caso não seja viável poderá ser
encaminhado a uma escola especial, onde receberá atendimento especializado, de
acordo com suas capacidades, como estabelecem os Art. 58 e Art. 59.
A educação é mantida pela União, Estado e Municípios, cada um destinar
uma parcela de suas receitas para educação, para manter as instalações,
funcionários e financiar a aquisição dos materiais. Desta forma o Art. 68 da LDB
estabelece qual a origem dos recursos públicos que serão utilizados para estes
repasses.
Cada instância é responsável por um percentual mínimo fixado em lei, que
deve ser destinado à educação, garantindo uma educação de qualidade e que
atenda as necessidades da sociedade. Neste contexto, o art. 69 da LDB traz os
percentuais fixados, assim como a regulamentação dos repasses prazos e punições.
Com a má gestão dos recursos disponíveis, e a corrupção existente no Brasil,
fez-se necessária a identificação, mesmo que geral, do que pode ser considerados
gastos com manutenção escolar, buscando inibir práticas ilícitas na aplicação dos
recursos públicos, como estabelece o art. 70 da LDB, que se encontra em anexo.
A educação é um serviço prestado pelo ente público, e é devida uma
fiscalização por parte do poder público, e da própria sociedade sobre a correta
destinação dos recursos. Pois como se nota, a sociedade parte da educação, quanto
mais educação, mais as pessoas são capazes de discernir valores e
31 comportamentos, obtendo uma visão crítica e pensante dos fatos, buscando o
desenvolvimento da sociedade como um todo. Neste contexto a contabilidade pode
ser muito útil, pois é nela que são registradas todas as variações do patrimônio,
podendo auxiliar na fiscalização e até mesmo na alocação dos recursos.
2.2 CONTABILIDADE GERAL
A contabilidade é uma ciência que objetiva registrar as variações ocorridas no
patrimônio, fornecendo informações importantes no processo de tomada de decisão.
Mas nem sempre foi assim, historicamente, a contabilidade era usada para o
controle de bens, posteriormente para atender o fisco, somente após muitos anos
notou-se sua função gerencial.
A contabilidade surgiu da necessidade de controle do patrimônio, de acordo
com Schmidt, os povos antigos já demonstravam necessidade de contabilizar seus
bens, mas não detinham conhecimento para isso, assim foram desenvolvendo
técnicas para registrar seu patrimônio, estas técnicas nem sempre funcionavam,
mas foram sendo aprimoradas com o passar dos anos, aumentando a precisão das
informações. Desta maneira a forma de contabilizar foi se desenvolvendo, tornando-
se mais eficiente e precisa (SCHMIDT, 2000).
De acordo com Ribeiro, quando os povos antigos faziam registros de seus
bens, por mais simples que fosse, através de riscos e pontos, ao rever suas escritas
já tinha capacidade de reconhecer, e memorizar o que ali estava representado. Este
entendimento foi um grande passo para evolução humana, considerando que de
certa forma hoje ainda temos marcas desta forma de registro, ao invés de desenhos,
utilizamos contas, e ao invés de riscos ou pontos utilizamos números para
representar a quantidade (RIBEIRO, 2009).
O método das partidas dobradas é muito antigo, e apesar da evolução,
continua sendo utilizado, sem sofrer qualquer tipo de alteração, pois é o que melhor
compreende a forma de contabilizar, sendo esta informatizada ou não. Neste longo
período, não foi apresentado método melhor para contabilização, do que o método
das partidas dobradas, como afirma Marion: “[...] Nos últimos 500 anos observamos
as maiores descobertas e invenções do mundo, entretanto, nada ainda substituiu na
Contabilidade este método. Na verdade, este método é tão perfeito que nunca
sofreu qualquer ameaça de substituição.” (MARION, 2009, p.160)
32
Para Lopes de Sá, o método das partidas dobradas, foi um grande passo para
a evolução da contabilidade, estabelecendo a forma de contabilizar, este método se
tornou universal, passando a ser utilizado no mundo inteiro, onde para cada débito
existe um crédito e para cada crédito existe um débito. Este método é utilizado até
hoje, e até o momento não foi apresentada outra forma mais eficiente de contabilizar
(LOPES DE SÁ, 2009).
De acordo com Ribeiro, a tecnologia foi avançando, tentando suprir as
necessidades das pessoas, que vivem em um mundo cada vem mais acelerado. O
surgimento da informática, que proporcionou um maior conforto na contabilidade,
tornando o processo contábil mais rápido e seguro, possibilitando o acesso dos
usuários as informações quase que em tempo real. Hoje os documentos que
comprovam as ações realizadas pela administração, são lançados em um sistema
de contabilidade, o qual gera relatórios para fins gerenciais, auxiliando na tomada de
decisão (RIBEIRO, 2009).
Com as novas tecnologias e a informatização, segundo Martins, a
contabilidade conseguiu grandes conquistas, resultados mais rápidos e precisos a
fim de atender as necessidades de seus usuários, deixou de atender somente o
fisco, e adquiriu papel administrativo, sendo que suas análises são muito relevantes
na tomada de decisão. Esta informatização beneficiou tanto os usuários da
contabilidade no setor privado, quanto no setor público e continua se desenvolvendo
e proporcionando melhores formas e qualidades de serviços através de seus
sistemas (MARTINS, 2010).
De acordo com Ribeiro, a contabilidade é a ciência que busca auxiliar no
controle do patrimônio, por meio de suas técnicas, registra o patrimônio, demonstra
sua depreciação ao longo do tempo, ou sua valorização, assim como também as
movimentações ocorridas dentro do ambiente da organização. Assim a aplicação da
contabilidade abrange todas as entidades, sejam elas de direito privado, ou, direito
público, como Municípios, Estados e a União (RIBEIRO, 2009).
A contabilidade no setor público, pode ser uma grande aliada na tomada de
decisão e melhor aplicação dos recursos públicos. Como já é rotineiro no setor
privado, também no setor público os gestores deveriam buscar mais os dados da
contabilidade e analisar formas de aplicar o dinheiro que seja mais rentável e
beneficie toda a população, gerando economia nos cofres público e
consequentemente a aplicação consciente dos recursos, podendo realizar mais
33 investimentos e melhorias que beneficiem a todos, otimizando a utilização dos
recursos público, oferecendo mais qualidade de vida a população, buscando sanar
em primeiro lugar as necessidades básicas.
2.3 CONTABILIDADE PÚBLICA
A incumbência da administração pública é prestar serviços relevantes a
comunidade, assim a contabilidade no setor público vem zelar pelo patrimônio
público, bem de todos, efetuando registros sobre as mudanças ocorridas no
patrimônio, como também a observância do cumprimento plano orçamentário,
auxiliando a administração na tomada de decisão e na otimização da utilização dos
recursos públicos.
De acordo com Araújo e Arruda, para uma boa administração pública, é
necessário controlar o patrimônio público, assim a contabilidade tem seu papel
indispensável também no setor público. No Brasil a contabilidade pública tem
evoluído consideravelmente, utilizando de recursos tecnológicos de ponta,
aperfeiçoando a comunicação e a troca de informações (ARAÚJO; ARRUDA, 2009).
Contabilidade pública, de acordo com Castro e Garcia, é a parte da ciência
contábil responsável pelo registro, controle e demonstração de fatos ocorridos com o
patrimônio público, registrando também as mudanças ocorridas no orçamento. A
contabilidade pública presta valorosos serviços aos estados, municípios e a união,
controlando as contas públicas e efetuando os registros ocorridos no patrimônio
(CASTRO; GARCIA, 2008).
A contabilidade pública tem como principal função o controle das contas
públicas, sendo responsável também pela elaboração do orçamento, em conjunto
com a administração, como afirmam Araújo e Arruda:
A contabilidade pública é o ramo da Ciência Contábil voltada para o registro, o controle e a demonstração dos fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, dos Estados e dos Municípios e suas respectivas autarquias e fundações, ou seja, as entidades de direito público interno. (ARAÚJO; ARRUDA, 2009, p. 18) [grifo do autor]
De acordo com Mauss e Souza, a contabilidade pública busca realizar os
registros contábeis pertinentes ao setor público, onde devem ser observadas as
ações executadas pela administração pública e as mudanças que podem ocorrer no
34 orçamento, zelando pelo patrimônio público e o bem comum, sempre obedecendo a
legislação e procurando inibir práticas ilícitas (MAUSS; SOUZA, 2008).
A contabilidade pública, em que o objetivo principal é tratar do controle e
registro das contas públicas, é também uma área muito complexa, por haver pouco
conhecimento sobre a contabilidade pública, e esta apresentar uma área de atuação
um pouco mais restrita que o setor privado, como afirma Kohama:
A Contabilidade Pública é um dos ramos mais complexos da ciência contábil e tem por objetivo captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as situações orçamentárias, financeiras e patrimoniais das entidades de direito público interno, ou seja, União, Estados, Distrito Federal, Municípios e respectivas autarquias, através de metodologia especialmente concebida para tal, que utiliza-se de contas escrituradas nos seguintes sistemas: Sistema Patrimonial e Sistema de Compensação (KOHAMA, 2009, p.25)
Considerando a complexidade da contabilidade pública, é possível perceber
como este ramo exige do profissional muita atenção, não só nos registros, mas na
procedência destes registros, confirmar as informações recebidas, que ainda devem
estar de acordo com o previsto no orçamento. A contabilidade pública tem uma série
de diferenças se comparado com a contabilidade voltada ao setor privado, dentre
elas está o sistema utilizado, como afirmam Mauss e Souza:
A contabilidade governamental, diferentemente da privada, em que não é utilizado o sistema orçamentário, opera como um sistema integrador de registros orçamentários, econômicos, financeiros e patrimoniais, com o objetivo de evidenciar todas as movimentações do patrimônio público, e identificar seus responsáveis com vista a futuras prestações de contas. (MAUSS; SOUZA, 2008, p. 9)
De acordo com Aquino Andrade, a função da contabilidade pública é
classificar as informações e fatos ocorridos mediante documentação, de acordo com
sua natureza, efetuando os registros contábeis pertinentes, buscando a
transparência das informações, e atendendo a legislação própria (AQUINO
ANDRADE, 2013).
A contabilidade pública atende a legislação própria, que determina a utilização
de instrumentos de planejamento, fixando valores de receitas e despesas anuais,
buscando a otimização na utilização dos recursos públicos. Desta forma o
35 planejamento do orçamento dar-se-á da seguinte forma, Plano Plurianual, Lei de
Diretrizes Orçamentárias e Orçamento Anual, como afirma Aquino Andrade:
Plano Plurianual: instrumento que estabelece as diretrizes, os objetivos e as metas para as despesas de capital e para as relativas aos programas de duração continuada; Lei de Diretrizes Orçamentárias: compreende as metas e as prioridades, além de orientar a elaboração da lei de orçamento anual; e Orçamento Anual: dispõe sobre a previsão da receita e a fixação da despesa, contendo programas de ação do governo e os diversos tipos de despesas necessários a cada um desses programas. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 23)
As receitas representam todas as entradas de recursos, sejam elas pelo
recolhimento de impostos, repasses obrigatórios do governo ou programas
governamentais. Dessa forma Aquino Andrade traz um conceito mais detalhado de
receita pública:
Define-se como todo e qualquer recolhimento aos cofres públicos em dinheiro ou outro bem representativo de valor que o governo tem direito de arrecadar em virtude de leis, contratos, convênios e quaisquer outros títulos, de que seja oriundo de alguma finalidade específica, cuja arrecadação lhe pertença ou caso figure como depositário dos valores que não lhe pertençam. É, pois, o conjunto de ingressos financeiros, provenientes de receitas orçamentárias ou próprias receitas extra orçamentárias ou de terceiros, que produzirão acréscimos ao patrimônio da instituição, seja União, Estados, Municípios ou Distrito Federal, suas autarquias e fundações. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 57)
As despesas são todo tipo de desembolso efetuado, no setor público em
específico são divididas em despesas orçamentárias e dispêndios extra
orçamentários, ou seja, as despesas orçamentárias são aquelas que estão previstas
no orçamento, e os dispêndios extra orçamentários são os que não estão previstos
no orçamento, mas são necessários e muitas vezes não podem ser previstos com
tanta antecedência. Assim Aquino Andrade conceitua despesa pública:
Constitui-se de toda saída de recursos ou de todo pagamento efetuado, a qualquer título, pelos agentes pagadores para saldar gastos fixados na Lei do Orçamento ou em Lei especial e destinado a execução dos serviços públicos, entre eles custeios e investimentos, além dos aumentos patrimoniais, pagamento de dívidas, devolução de importâncias recebidas a títulos de caução, depósitos e consignações. (AQUINO ANDRADE, 2013, p. 72)
36
De acordo com Aquino Andrade, toda dívida pública é um compromisso
financeiro, no setor público a aquisição de uma dívida é justificada pela falta de caixa
para o pagamento de despesas corriqueiras. Mas principalmente para agilizar a
prestação de serviços, recursos que muitas vezes podem demorar, nestes casos
toma-se um empréstimo para agilizar a obra seja ela de infraestrutura, imobilizado
ou outra forma de prestação, mas é necessário cautela por parte da administração
pública para não gera déficit público que possa gerar problemas futuros (AQUINO
ANDRADE, 2013).
Segundo Aquino Andrade, o plano de contas vem trazer transparência as
informações contábeis, pois elas descrevem o de forma sucinta qual a natureza do
recurso, de onde veio e onde foi aplicado. Percebe-se há um despreparo no setor
público para a análise das contas e dos balanços, muitas vezes uma análise pode
trazer informações que podem aperfeiçoar a utilização dos recursos, trazendo mais
benefícios a população. A contabilidade pública poderia auxiliar muito mais na
administração, apesar de ser um ramo bastante complexo, suas informações são
preciosas para uma boa administração (AQUINO ANDRADE, 2013).
Atualmente o grande desafio no Setor público vem sendo a Implantação do
Subsistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP). De acordo com a
Resolução CFC n.º 1.437/13, obriga o setor público a manter um sistema de controle
e registro de custos (BRASIL, 2013). Assim como também define a Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, seção II, que trata da Escrituração e
Consolidação das Contas, em seu Art. 50 § 3o onde consta: “A Administração
Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial.” (BRASIL, 2000)
A observância dos custos é de grande valia, pois através deles pode-se
identificar lacunas, economizar recursos e tomar decisão com mais segurança,
sabendo a realidade, e buscando formas de otimizar a utilização destes recursos,
beneficiando um maior número de pessoas.
2.4 CONTABILIDADE DE CUSTOS
As empresas estão enfrentando um cenário cada vez mais competitivo, onde
as mudanças ocorrem de forma muito rápida, e as organizações que desejam se
37 manter no mercado devem acompanhar estas mudanças para garantir seu espaço.
Desta forma Bornia explica:
O ambiente no qual as empresas encontram-se inseridas esta continuamente se modificando. Acompanhando no tempo a direção destas mudanças, verifica-se claramente que a competição tende a ficar cada vez mais acirrada. A diminuição de barreiras alfandegárias e a criação de grandes mercados de livre comércio indicam que a concorrência tende a ocorrer mundialmente e que reservas de mercado caminham para extinção. No Brasil, onde a industrialização foi alavancada em grande parte pela criação de reservas de mercado, aliada à abundância de matérias-primas e ao baixo custo da mão-de-obra, esse fenômeno também pode ser observado. A participação no Mercosul e a diminuição de barreiras á entrada de vários produtos importados no mercado interno está tornando a competição cada vez mais forte. (BORNIA, 2009, p.1)
De acordo com Bornia, as empresas tradicionais tinham sua produção
baseada na fabricação de poucos artigos, mas alto volume de produção. As
empresas que desejam se mantiver competitiva no mercado precisam produzir uma
variedade muito grande de artigos, pequenos lotes, pois a qualquer momento podem
ocorrer mudanças que diminuam a venda de determinado produto, os produtos tem
uma vida útil menor, e são substituídos com relativa frequência, os clientes são
exigentes e querem prazos de entrega curtos e preços acessíveis, assim as
organizações tem que se adequar a esta nova realidade (BORNIA, 2009).
Na visão de Iudícibus e Mello, o melhoramento da situação financeira de uma
organização, os estudos relacionados a custos são um bom início, tendo em vista
que com base no estudo de custos podem ser identificados falhas e gargalos, que
quando solucionados poderão gerar uma economia consideráveis, possibilitando a
aplicação dos valores economizados em outras áreas (IUDÍCIBUS; MELLO, 2013).
Nota-se que a área de custos pode ser bastante complexa quando se trata de
acompanhamento de valores de certos itens, dentro deste contexto Iudícibus e Mello
trazem sua ideia “Os gerentes e analistas de custos sempre têm tido como uma de
suas preocupações principais a de estimar, discernir e acompanhar a variação, em
reais, de certos itens de custos considerados importantes, dentro da estrutura de
custos da empresa.” (IUDÍCIBUS; MELLO, 2013, p.3)
De acordo com Ribeiro, há tempos a contabilidade de custos tinha seu foco
no produto, auxiliando na formação de preço de venda, mas não demonstra
preocupação com a administração, gerenciamento ou comercialização dos produtos,
38 os fatores relacionados ao mercado, também não eram considerados (RIBEIRO,
2009).
De acordo com Bornia, a contabilidade de custos tornou-se um importante
aliado na tomada de decisões, desempenhando papel de destaque nas empresas,
que utilizam a contabilidade de custos para estudos de viabilidade, redução do preço
final dos produtos e otimização da produção. No ambiente competitivo em que as
empresas estão inseridas, e as exigências nas questões de qualidade e quantidade,
uma boa administração na área de custos faz uma grande diferença, pode-se dizer
até que dela depende a permanência ou não da empresa no mercado (BORNIA,
2009).
De acordo com Martins, o surgimento da contabilidade de custos deu-se em
função da necessidade de identificar e alocar de forma correta as despesas, gastos
e custos do processo produtivo, facilitando a formação do preço de venda e a
apuração de resultados. Com a contabilidade de custos, veio a possibilidade de
emitir relatórios a nível gerencial, buscando a otimização de resultados (MARTINS,
2010).
De acordo com Martins, habitualmente contadores a administradores buscam
na contabilidade, mais especificamente na contabilidade de custos a solução para os
problemas de mensuração dos estoques e do resultado, por não explorarem todo o
potencial que a contabilidade de custos oferece, mas esta visão esta mudando, pois
com o crescimento das empresas, os Administradores ficam cada vez mais distantes
da empresa e seus colaboradores, neste ponto, a contabilidade de custos vem
agregar forças para auxiliar administradores e contadores a não perderem o controle
de suas entidades (MARTINS, 2010).
O avanço da tecnologia trouxe novas possibilidades a Contabilidade, além de
prestar serviços ao fisco, consegue atender a administração, com relatórios que
auxiliam na tomada de decisão, ajudam no financeiro que está interligado com a
contabilidade, e tudo isso de forma rápida e precisa, Martins afirma que a
contabilidade tem funções relevantes, como demostra o trecho a seguir:
[...] a contabilidade de custos tem duas funções relevantes: o auxílio ao controle e a ajuda ás tomadas de decisões. No que diz respeito ao controle, sua mais importante missão é fornecer dados para o estabelecimento de padrões, orçamentos e outras formas de previsão e, num estágio imediatamente seguinte, acompanhar o efetivamente acontecido para a
39
comparação com os valores anteriormente definidos. (MARTINS, 2010, p.21)
Atualmente para as empresas se manterem no mercado, as peças chaves
são atualização e aprimoramento, acompanhar a tecnologia, novas formas de
produção, inovação e criatividade, também as empresas devem ficar atentas aos
desperdícios, não só de materiais, mas de tempo, toda atividade pode ser
aprimorada de alguma forma, e isso as mantêm no mercado, como afirma Bornia:
No processo de melhoria contínua, a eliminação dos desperdícios é peça de fundamental importância. Para sobreviver no mercado moderno, a empresa moderna trabalha continuamente para eliminar os desperdícios, entendendo-se por desperdícios todo insumo consumido de forma não eficiente e eficaz, desde materiais e produtos defeituosos até a atividades desnecessárias. Além dos desperdícios, existem algumas atividades que são imprescindíveis á fabricação do produto, mas que não agregam valor a ele, como a preparação de máquinas e a movimentação de materiais. [...] (BORNIA, 2009, p. 3)
A contabilidade de custos busca atender as necessidades de seus usuários,
oferecendo suporte contábil e administrativo, auxiliando na tomada de decisão e na
otimização de resultados dentro da organização. Para que haja um melhor
entendimento do assunto, é importante conhecer alguns conceitos básicos
relacionados com a contabilidade de custos, como: gastos, desembolso, custos,
despesas, perda, investimento.
A nomenclatura gastos é comumente usada nas empresas, na visão de
Viceconti e Das Neves “O gasto se caracteriza quando os bens ou os serviços
adquiridos são prestados ou passam a ser de propriedade da empresa.”
(VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p.13)
Quando uma empresa efetua uma compra, e o produto ou serviço é entregue,
não quer dizer que a empresa já tenha pago por este produto ou serviço, portanto é
preciso ter cautela para não confundir gastos com desembolso, afinal a compra pode
não modificar os valores monetários da empresa imediatamente, neste sentido
Bornia esclarece:
Gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem sido utilizados ou não. Não é sinônimo de Desembolso, o qual é o ato do pagamento, que pode ocorrer em momento diferente do gasto. Por exemplo, se for efetuada uma compra de material com 60 dias de prazo
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para o pagamento, o gasto ocorrerá imediatamente, mas o desembolso só ocorrerá dois meses depois. (BORNIA, 2009, p. 15) [grifo do autor]
Na percepção de Martins, gastos é qualquer produto ou serviço que gera
desembolso financeiro, sendo ele presente ou futuro, este conceito contempla
gastos com matéria prima, mão- de- obra, honorários, compra de imobilizado, etc.
Assim é tido como gasto a partir do momento em que for devidamente registrado na
contabilidade, não considerando o pagamento e sim a aquisição (MARTINS, 2010).
Entende-se que desembolso é o pagamento efetivo da aquisição de bens ou
serviços, assim Viceconti e das Neves relatam que Desembolso é “Pagamento
resultante da aquisição de bem ou serviço. Pode ocorrer concomitantemente com o
gasto (pagamento a vista) ou depois deste (pagamento a prazo).” (VICECONTI; DAS
NEVES, 2013, p.13)
De acordo com Martins, desembolso trata-se do pagamento efetivo de um
bem ou serviço adquirido, podendo este ocorrer antes, durante ou após a entrada do
bem ou serviço adquirido na empresa (MARTINS, 2010).
Todo bem adquirido para utilização na produção, e toda mão-de-obra
empenhada na produção, devem ser considerados custos, desta forma Martins
define custo como: “Gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros
bens ou serviços.” (MARTINS, 2010, p. 25)
De fato o custo representa todo o gasto que se tem com a produção de um
bem ou serviço, assim Bornia conceitua: “Custos de Fabricação é o valor dos
insumos usados na fabricação dos produtos da empresa, Exemplos desses insumos
são: materiais, trabalho humano, energia elétrica, máquinas e equipamentos, entre
outros.” (BORNIA, 2009, p. 15) [grifo do autor]
Os custos são todos os gastos ligados a produção de um determinado bem,
desta forma, na contabilidade, também são reconhecidos como custos, por
empregarem o preço do produto. Este custo do produto será acrescido da margem
de lucro, obtendo o preço de venda, como afirma Martins:
O custo é também um gasto, só que reconhecido como tal, isto é como custo, no momento da utilização dos fatores de produção (bens ou serviços), para a fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplo: a matéria prima foi um gasto em sua aquisição que imediatamente se tornou investimento, e assim ficou durante o tempo de sua estocagem; no momento de sua utilização na fabricação de um bem, surge o Custo da matéria prima como parte integrante do bem elaborado. Este, por sua vez é
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de novo um investimento, já que fica ativado até a sua venda. (MARTINS, 2010, p. 25)
De acordo com Viceconti e da Neves, nem sempre é fácil diferenciar custos e
despesas, mas é possível propor uma regra simples para diferenciar custos e
despesas, assim é custo, todos os valores empregados no produto em todo seu
processo de fabricação, a partir do produto acabado, os valores gastos para venda
destes produtos são despesas, que farão parte da apuração de resultado, são
contabilizados como despesas, a comissão de vendedores, comercial, financeiro e
vendas (VICECONTI; DAS NEVES, 2013). Seguindo os princípios da contabilidade,
Viceconti e das Neves conceituam custos como:
Gastos relativos à bem ou serviço utilizados na produção de outros bens ou serviços, são todos os gastos relativos a atividade de produção. Os custos são ativados e integram o estoque de produtos em elaboração e o de produtos. No momento da venda, os custos se transformam em despesas, em obediência ao Princípio da Competência (as despesas devem ser reconhecidas simultaneamente com as receitas que ajudam a gerar). (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 14) [grifo do autor]
As despesas, são gastos necessários para que a empresa possa obter
receitas com a venda de seus produtos, como conceituam Viceconti e das Neves:
“Gasto com bens ou serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos
com a finalidade de obtenção de receitas.” (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 14)
Percebe-se que as despesas não são empregadas diretamente no produto,
não fazendo parte diretamente de seu custo, assim se pode considerar a despesa
como um redutor do patrimônio liquido, como esclarece Martins: “As despesas são
itens que reduzem o Patrimônio Líquido e que tem essa característica de
representar sacrifício no processo de obtenção de receitas.” (MARTINS, 2010, p. 26)
Bornia conceitua despesas da seguinte forma:
Despesas é o valor dos insumos consumidos para o funcionamento da empresa e não identificados com a fabricação. Refere-se ás atividades fora do âmbito da fabricação, geralmente sendo separada em Administrativa, Comercial e Financeira. Portanto, as despesas são diferenciadas dos custos de fabricação pelo fato de estarem relacionadas com a administração geral da empresa e a comercialização do produto. (BORNIA, 2009, p. 16) [grifo do autor]
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As perdas não se confundem com as despesas, nem com os custos, pois
representam algo anormal ou involuntário, assim na visão de Martins, as perdas se
caracterizam pela anormalidade e pela involuntariedade. Desta forma não
representando um sacrifício financeiro, objetivando a obtenção de receita, e sim uma
perda não prevista como um incêndio ou uma catástrofe ambiental, um defeito raro
em um equipamento, ou a mão de obra de funcionários em período de greve, que
não podem ser identificados com antecedência e nem fazem parte da rotina normal
da entidade. (MARTINS, 2010).
Fazem parte de certa forma das perdas os materiais que por ventura possam
estragar ou serem estragados e necessitem de descarte durante a produção,
mesmo assim são casos eventuais, se forem casos que acontecem com relativa
frequência, não deveriam ser contabilizados como perdas e sim como custos, que
são alocados na produção, tornando-se parte do custo do produto. Assim Martins
conceitua perdas da seguinte forma:
São itens que vão diretamente a conta de Resultado, assim como as despesas, mas não representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas a obtenção da receita. É muito comum o uso da expressão Perdas de material na produção de inúmeros bens ou serviços; entretanto a quase totalidade destas “perdas” é, na realidade, um custo [...] (MARTINS, 2010, p. 26)
De acordo com Viceconti e das Neves, perda é um gasto não intencional, ou
seja, não tem previsão, pode ocorrer durante o processo de produção ou por um
fator externo, sendo durante o processo de produção todas as perdas que não se
pode prever com antecedência, como um defeito em matéria prima ou
equipamentos, e por fator externo, pode ser fatores climáticos, incêndios e outros
incidentes não esperados (VICECONTI; DAS NEVES, 2013). Neste contexto, Bornia
conceitua perda como:
Perda normalmente é vista na literatura contábil como o valor dos insumos consumidos de forma anormal. As perdas são separadas dos custos, não sendo incorporadas nos estoques. Exemplificando, se, por um motivo qualquer, houver consumo anormal de matéria-prima, isso é caracterizado como perda. Na literatura de Engenharia, muitas vezes, esse termo significa o trabalho que aumenta os gastos e não agrega valor ao produto, do ponto de vista do consumidor e nem do empresário, ou seja, gastos não eficientes. (BORNIA, 2009. p. 17)
43 A matéria-prima, assim que adquirida é um investimento circulante, que vem
agregar valor a empresa, antes de se tornar um custos e formar o valor do produto
acabado, assim Bornia afirma que “Investimento é o valor dos insumos adquiridos
pela empresa não utilizados no período, os quais poderão ser empregados em
períodos futuros.” (BORNIA, 2009, p. 18) [grifo do autor]
Para que uma empresa se mantenha no mercado de forma competitiva,
necessita de constante aprimoramento, tanto de seus funcionários, como também de
seus equipamentos, para tanto as empresas vem investindo em tecnologias para
melhorar seus resultados. Os investimentos podem se apresentar de diversas
maneiras, como afirma Martins:
“Podem ser de diversas naturezas e de períodos de ativação variados: a matéria-prima é um gasto contabilizado temporariamente como investimento circulante; a máquina é um gasto que se transforma num investimento permanente; as ações adquiridas de outras empresas são gastos classificados como circulante ou não circulante, dependendo da intenção que levou a sociedade a aquisição.” (MARTINS, 2010, p. 25)
Percebendo adequadamente as terminologias e seus significados, sendo
estes contabilizados de maneira adequada, é possível melhorar o desempenho da
empresa, mas é necessário atentar a outros elementos a serem observados como a
classificação adequada dos custos, que pode impactar de forma significativa nos
resultados das entidades, Os custos podem ser classificados de várias maneiras,
considerando o produto e a quantidade produzida, segundo Bruni e Famá:
Os sistemas, formas e metodologias aplicadas no controle e gestão de custos podem ser classificados em função da forma de associação dos custos aos produtos elaborados (unidade do produto), de acordo com a variação dos custos em relação ao volume de produtos fabricados (comportamento em relação ao volume), em relação aos controles exercidos sobre custos (contabilidade), em relação a alguma situação específica (decisões especiais) e em função da análise do comportamento passado (base monetária). (BRUNI; FAMÁ, 2008, p. 29).
Os custos podem ser classificados como diretos e indiretos, considerando sua
apropriação no produto que é fabricado. Os custos diretos são identificados com
facilidade, conforme a sua alocação, e pode ser apropriado ás unidades produzidas
e distinguir que este custo pertence á determinado produto, como afirma Bornia:
44
Custos Diretos são aqueles facilmente relacionados com as unidades de alocação de custos (produtos, processos, setores, clientes, etc.). Exemplos de custos diretos em relação aos produtos são a matéria-prima e a mão-de-obra direta. A alocação e a análise desses custos são relativamente simples [...]. (BORNIA, 2009, p. 21) [grifo do autor]
De acordo com Viceconti e das Neves, custos diretos podem ser apropriados
diretamente no produto, pois tem uma medida exata, sabe-se com precisão qual foi
o valor investido para obtenção do produto acabado, já nos custos indiretos, é
necessária a realização de cálculos, rateios ou estimativas para apropriação destes
custos nos diferentes produtos (VICECONTI; DAS NEVES, 2013).
Pode-se entender que não é possível dividir na proporção adequada os
custos indiretos, considerando que sua apropriação é feita por unidade produzida é
efetuada por meio de rateios. Uma entidade para realizar suas atividades tem uma
série de gastos, que são utilizados para a fabricação de todos os produtos e
serviços, não podendo ser apropriado somente a um, estes gastos são os custos
indiretos, necessários para a produção, mas pertencentes a todos os produtos e
serviços simultaneamente, para isso são realizados os cálculos de rateio, para a
apropriação de forma mais justa, como demostra Bornia:
Os custos indiretos não podem ser facilmente atribuídos ás unidades, necessitando de alocação para isso. Exemplos de custos indiretos, em relação aos produtos são a mão-de-obra indireta e o aluguel. As alocações causam a maior parte das dificuldades e deficiência dos sistemas de custos, pois não são simples e podem ser feitas por vários critérios [...] (BORNIA, 2009, p. 21) [grifo do autor]
De acordo com Viceconti e das Neves, os custos fixos são aqueles que não
são alterados conforme o volume das atividades na empresa, ou seja, estes custos
continuam sempre com os mesmos valores, independe se a produtividade for alta ou
for baixa. As características e definições dos custos fixos, que tem a tendência de se
manterem constantes quando existem alterações nas atividades operacionais
(VICENONTI; DAS NEVES, 2013).
Os custos variáveis sofrem aumentos e diminuições de acordo com a
quantidade produzida, por exemplo, quando há um aumento na produção, o
consumo de matéria-prima aumenta proporcionalmente, ocasionando um aumento
dos custos variáveis, mas não alterando o custo final do produto, como afirmam
Bruni e Famá:
45
Seu valor altera-se diretamente em função das atividades da empresa. Quanto maior a produção, maiores serão os custos variáveis. Exemplos óbvios de custos variáveis podem ser expressos por meio dos gastos com matérias-primas e embalagens. Quanto maior a produção, maior o consumo de ambos (BRUNI; FAMÁ, 2008, p.30).
Há ainda uma classificação diferenciada, mencionada por inúmeros autores,
que utilizam a classificação de custos semifixos e semivariáveis, acompanhando as
variações da produção, para Viceconti e das Neves:
Custos semivariáveis são custos que variam com o nível de produção que, entretanto, têm uma parcela fixa mesmo que nada seja produzido [...] Custos semifixos ou custos por degraus são custos que são fixos numa determinada faixa de produção, mas que variam se há uma mudança desta faixa [...]. (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p. 20) [grifo do autor]
As entidades vem buscando nos mais diversos setores das empresas,
aperfeiçoamento dos seus método de custeio, com a finalidade de reduzir os custos
e aumentar a eficiência da produção. Este método se tornou muito importante e
fundamental para as empresas, podendo elas através deste meio analisar onde os
custos estão acima da média, para posteriormente fazer um projeto para diminuí-los,
podendo assim aumentar sua lucratividade.
De acordo com Bruni e Famá, os sistemas de custeio servem para fazer uma
alocação de custos de acordo com os produtos produzidos, buscando demonstrar de
forma fiel e precisa a realidade da produção (BRUNI; FAMÁ, 2008). A contabilidade
de custos apresenta vários métodos de custeio, dos quais serão conceituados os
seguintes: Custeio por Absorção Integral, Custeio Variável, ABC,
Departamentalização.
O método de custeio por absorção integral considera o valor total dos custos
dos produtos em sua fabricação, tanto de forma direta como de forma indireta. Sobre
o custeio por absorção integral, Ribeiro define: “Esse sistema contempla como
custos incorridos no processo de fabricação do período, sejam eles diretos ou
indiretos.” (RIBEIRO, 2009, p.58). Neste sentido Bornia ainda complementa quando
afirma:
No custeio por absorção integral, ou total, a totalidade dos custos (fixos e variáveis) é distribuída aos produtos. Esse sistema relaciona-se principalmente com a avaliação de estoques, ou seja, com o uso da contabilidade de custos como apêndice da contabilidade financeira, a qual
46
se presta para gerar informações para os usuários externos à empresa. Assim podemos simplificadamente identificar esse princípio com o atendimento das exigências da contabilidade financeira para a avaliação dos estoques. Muitas vezes, entretanto, suas informações são, também, utilizadas para fins gerenciais. (BORNIA, 2009, p. 35) [grifo do autor]
O método de custeio variável, não considera os custos fixos, este método é
utilizado para fins gerencias. O método de custeio variável considera que os custos
fixos não se alteram, por isso não devem ser alocados no produto e sim
considerados despesas na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), de
acordo com Viceconti e das Neves:
O custeio variável (também conhecido como custeio direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são consideradas como custos de produção e sim como despesas, sendo encerradas diretamente contra o resultado do período. Deste modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. (VICECONTI; DAS NEVES, 2013, p.131).
De acordo com Bornia, o custeio por atividades se caracteriza por separar a
empresa por atividades, calculando o custo de cada atividade, e descobrir o que
levou a geração de tais custos nesta atividade, após distribuir os custos de acordo
com a intensidade de uso. O método de custeio ABC, tem por objetivo principal a
redução de custos e desperdícios (BORNIA, 2009).
O método de custeio ABC, trata-se da apuração por atividades, buscando
aumentar a precisão das informações, como afirma Martins, “O custeio baseado em
atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é um método de custeio
que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário
dos custos indiretos [...]”. (MARTINS, 2010, p. 87)
O método de custeio ABC, tem por finalidade a demonstração dos custos de
acordo com a atividade e a quantidade de recursos consumidos, buscando
identificar os centros de custos para melhorar a aplicação de recursos e alocação
dos custos, a fim de gerar dados que representem fielmente a realidade da
produção, podendo assim o gestor se utilizar das informações de custos com mais
segurança, como afirma Martins:
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Pode acontecer de cada centro de custos desenvolverem uma atividade e, assim, o trabalho já fica bastante facilitado; porém, normalmente, isso costuma acontecer mais nos centros de custos de produção. Como o foco do ABC são os custos indiretos, e estes estão mais concentrados nos centros de custos de apoio (de serviços), não é muito comum encontrar-se, nos sistemas de custos, esse nível de detalhamento. (MARTINS, 2010, p. 93)
No método de departamentalização, a entidade é dividida em segmentos, ou,
tecnicamente em departamentos, sendo um método muito qualificado quando se faz
a alocação dos custos indiretos. Este método tem como característica principal
separar a empresa em departamentos, assim como afirma Crepaldi:
Consiste em dividir a fábrica em segmentos, chamados departamentos, aos quais são debitados todos os custos de produção nele incorridos. [...]. Departamento é a unidade mínima, representada por homens e máquinas, em que os custos indiretos são acumulados para posterior alocação aos produtos. Departamentos produtivos- são os departamentos que promovem algum tipo de modificação sobre o produto. Exemplo: departamento de corte, departamento de costura, departamento de acabamento, prensas, usinagem. Departamento de serviços – são os departamentos por onde não passam os produtos. Suas funções são basicamente prestarem serviços aos demais departamentos produtivos. Exemplos: Manutenção, Almoxarifado, Limpeza, Expedição, Administração Geral da Fábrica. (CREPALDI, 2010, p. 95)
Assim como no setor privado os custos são de grande relevância, no setor
público não é diferente, atualmente com a obrigatoriedade da implantação de um
sistema de custos também no setor público, União, Estados, e Municípios vem
buscando se adequar as novas exigências, para que também o setor público possa
se beneficiar da agilidade dos sistemas, buscando a diminuição dos custos e o
melhor aproveitamento dos recursos disponíveis.
2.5 CUSTOS NO SETOR PÚBLICO
A obrigatoriedade do uso das informações de custos no setor público é
recente, estas informações sobre os custos não eram empregados no setor público,
muitas vezes prejudicando a segurança na tomada de decisão dos gestores
públicos, isso começou a ser visto de outra forma a partir da Lei 4.320, de 17 de
março de 1964, que a contabilidade de custos passou a integrar a contabilidade
pública, limitando-a a área industrial:
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Art. 85. Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. Art. 99. Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeira comum. (BRASIL, 1964)
De acordo com o Decreto Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967, que diz:
“Art. 79. A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar
os resultados da gestão.” (BRASIL, 1967). Assim as informações sobre os custos
deixam de ser aplicada somente a área industrial, passando a ter caráter gerencial,
porém sem nenhuma normatização. Desta forma o Decreto Presidencial nº
93.872/1986, traz esclarecimentos e punições em caso do descumprimento:
Art. 137. A contabilidade deverá apurar o custo dos projetos e atividades, de forma a evidenciar os resultados da gestão. § 1º A apuração do custo dos projetos e atividades terá por base os elementos fornecidos pelos órgãos de orçamento, constantes dos registros do Cadastro Orçamentário de Projeto/Atividade, a utilização dos recursos financeiros e as informações detalhadas sobre a execução física que as unidades administrativas gestoras deverão encaminhar ao respectivo órgão de contabilidade, na periodicidade estabelecida pela Secretaria do Tesouro Nacional. § 2º A falta de informação da unidade administrativa gestora sobre a execução física dos projetos e atividades a seu cargo, na forma estabelecida, acarretará o bloqueio de saques de recursos financeiros para os mesmos projetos e atividades, responsabilizando-se a autoridade administrativa faltosa pelos prejuízos decorrentes. (BRASIL, 1986)
O tratamento dos custos no setor público é consideravelmente diferente do
setor privado, sendo que até 2011, o setor público não era obrigado a prestar
informações sobre os custos. De acordo com a Resolução CFC Nº 1.366/11, Aprova
a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos no Setor Público, publicada em
25 de novembro de 2011, diz:
“Art. 2º Esta resolução entra em vigor a partir da dada de sua publicação, aplicando-se aos exercícios iniciados a partir de 1º de Janeiro de 2012, a entidade que esteja sujeita a legislação que estabeleça prazo distinto para início de sua adoção pode adotar esta Norma a partir do prazo estabelecido por aquela legislação.” (BRASIL, 2011)
49
A Lei de Responsabilidade Fiscal – Lei Complementar 101/2000, traz sobre a
obrigatoriedade, no Art. 50, onde consta: “§ 3º a Administração Pública manterá
sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão
orçamentária, financeira e patrimonial.” (BRASIL, 2000). Em consonância com a
Redação dada pela Resolução CFC nº 1.437/13, utiliza-se a nomenclatura “[...]
Subsistema de Informação de Custos do Setor Público (SICSP).” (BRASIL, 2013).
Quanto a obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação brasileira,
a tabela a seguir traz as seguinte informações:
Lei nº4320/1964 – Art. 85 “Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros” Lei nº4320/1964 – Art. 99. “Os serviços públicos industriais, ainda que não organizados como empresa pública ou autárquica, manterão contabilidade especial para determinação dos custos, ingressos e resultados, sem prejuízo da escrituração patrimonial e financeiro comum.” Decreto Lei nº2000/1967 – Art. 79. “A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços, de forma a evidenciar os resultados da gestão.” Decreto nº 9.3.879/1986 – Art. 137 “A contabilidade deverá apurar o custo dos projetos e atividades, de forma a evidenciar os resultados da gestão.” Lei Complementar nº101/2000 – LRF – Art. 50. “Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as seguintes: § 3º A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e patrimonial.” Lei nº10180/2001 – Art. 15. - O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: V - os custos dos programas e das unidades da Administração Pública Federal. Acórdão nº 1078/2004 do Tribunal de Contas da União (TCU) “determina a adoção de providências para que a administração pública federal possa dispor com a maior brevidade possível de sistemas de custos, que permitam, entre outros, a avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária e financeira”. Decreto nº 6976/2009 – Art. 3º “O Sistema de Contabilidade Federal tem por finalidade, utilizando as técnicas contábeis, registrar os atos e fatos relacionados com a administração orçamentária, financeira e patrimonial da União e evidenciar: VI - os custos dos programas e das unidades da administração pública federal”
Ilustração 1: A obrigatoriedade do uso das informações de custos na legislação brasileira.
Fonte: Monteiro et al, 2016
Para Mauss e Souza, a utilização da contabilidade de custos no setor público
é muito importante, pois através dela é possível demonstrar os resultados
econômicos obtidos pela gestão, sem contar suas vantagens a nível gerencial, na
tomada de decisão e mesmo na elaboração do orçamento. Em 2010, foi lançada a
50 primeira versão do sistema de custos do governo federal, o sistema será implantado
de maneira decrescente e gradual, iniciando nas esferas Federal, Estadual e
Municipal, sendo disponibilizado pelo governo federal treinamento para operar o
sistema. De acordo com Mauss e Souza:
As informações que a atual contabilidade governamental gera não são satisfatórias para a tomada de decisão, nem para o controle operacional e estratégico da atividade pública. Ito ocorre porque não há uma integração entre as funções de planejamento, orçamento e contabilidade, além da completa ausência do acompanhamento perante os aspectos físicos da execução orçamentária. (MAUSS; SOUZA, 2008, p.21)
De acordo com Lima e Castro, o setor público carece de um sistema que
possibilite: “[...] verificar os resultados obtidos com a utilização dos recursos
financeiros, humanos, materiais e institucionais empregados, bem como os custos
unitários dos produtos/serviços oferecidos pela máquina pública ao cidadão.” (LIMA;
CASTRO, 2000, p.182)
Mauss e Souza, afirmam que não se faz necessária a implantação de um
novo sistema ou subsistema de custos, considerando que com uma pequena
alteração no software existente seria suficiente para apuração dos custos de forma
satisfatória, nesta sistemática não haveria alteração, somente complementação do
sistema já existente, atendendo a legislação vigente (MAUSS; SOUZA, 2008).
A implantação de um subsistema de custos no setor público será de grande
valia na elaboração do projeto orçamentário, assim como na tomada de decisão,
pretendendo prestar melhores serviços à comunidade, com mais qualidade,
buscando a otimização dos recursos disponíveis.
51 3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE
Neste tópico, faz-se necessária à integração entre a teoria e a prática,
baseando-se na ideia dos autores para analisar as ações praticadas no ente público,
buscando atingir os objetivos propostos, sugerindo ações de melhorias, e a
otimização na utilização dos recursos públicos.
No primeiro momento, foi realizada a coleta dos dados referentes a salário
dos professores, merendeiras, faxineiras, nutricionista, e envolvidos na secretaria da
educação, material de expediente, alimentação, manutenção, material de limpeza,
internet, telefone, água, luz, entre outras. Após isso feita à tabulação dos custos por
escola.
Após a alocação dos custos por escola, classificados os gastos tabulados e
realizados os cálculos pelos métodos de custeio por absorção e
departamentalização, sendo assim atingido o segundo objetivo proposto.
Para completar o estudo, os custos encontrados por escola, são divididos
pelo número de alunos de cada escola, gerando assim o custo por aluno por escola,
o qual após analisado, foram feitas algumas recomendações e ações a fim de
otimizar a utilização dos recursos, percebendo que os recursos disponíveis são cada
vez mais escassos.
3.1 A ORGANIZAÇÃO E SUAS PRÁTICAS DE GESTÃO DE CUSTOS
A implantação de um sistema de custos torna-se obrigatória também no setor
público, como já se vê no setor privado, as informações de custos são de grande
valia na tomada de decisões, da mesma forma se pretende que os gestores públicos
utilizem as informações de custos para tomarem decisões mais seguras, buscando
melhorias e a otimização na utilização dos recursos.
A educação vem sendo um desafio cada vez maior, considerando que o modo
de vida das pessoas mudou muito nos últimos anos, e isso vem influenciando
diretamente a educação nas escolas. Os gestores precisam planejar muito bem o
uso dos recursos disponíveis para que sejam atendidas as necessidades básicas
dos alunos, como estabelece a legislação pertinente.
Para uma tomada de decisão, o gestor deve estar norteado de informações
seguras e confiáveis, contando com o auxílio direto da contabilidade e do setor de
52 finanças, onde pode perceber a real situação do ente público, a fim de tomar a
decisão mais coerente para aquele momento, preservando a entidade e
satisfazendo os anseios da população, nem sempre é fácil tomar uma decisão,
muitas vezes ela exige um estudo aprofundado das consequências boas e ruins que
ela poderá trazer, a curto e longo prazo, assim tendo mais segurança nas escolhas.
Um sistema de custos traz informações preciosas para entidade, seja ela
privada ou pública, busca demonstrar onde os recursos foram gastos e o montante
que gerou, permitindo a identificação de algum eventual desperdício de recurso, ou
má gestão em sua aplicabilidade, promovendo análises que podem aperfeiçoar a
utilização dos recursos, trazendo maiores benefícios a um maior grupo de pessoas,
como no caso do setor público.
Buscando informações para a realização do trabalho, para a coleta de dados
na Prefeitura Municipal, alguns relatórios contábeis sobre verbas destinadas a
compra de merenda escolar, gastos com manutenção, material de expediente para
as escolas foram solicitados. Assim como também se buscou informações junto a
secretaria municipal de educação, sobre numero de alunos matriculados por escola
e a lotação dos professores por escola. Da mesma forma, buscou-se o setor de
recursos humanos a fim de obter dados e relatórios sobre o salário de todos os
envolvidos com a educação, professores, diretores, cozinheiros, faxineiros,
nutricionista, entre outros, após estes dados coletados deu-se início a classificação e
rateio dos mesmos.
A contabilidade de custos conta com diferentes sistemas para apuração de
custos, considerando que o sistema de custos no setor público tem finalidade
gerencial, para auxiliar na tomada de decisão, não havendo um padrão pré-
estabelecido para seu cálculo, assim se decidiu pela utilização dos sistemas por
absorção e departamentalização. Após a finalização dos cálculos, é possível
perceber o sistema de custeio que melhor puder demonstrar os gastos referentes a
educação, transmitindo com maior clareza a situação atual da educação no
município.
Para efetuar os cálculos, fez-se necessária a separação das informações em
tabelas, sendo separados os custos destinados diretamente a cada escola e os
custos gerais. A alocação dos salários foi feita através de relatórios fornecidos pelo
responsável do setor de RH, e a lotação atual dos professores foi fornecida pela
53 Secretaria Municipal de Educação, como segue a ilustração 2 apresenta o quadro de
professores e funcionários e seus respectivos salários:
ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL PINGO DE GENTE
PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Adélis Lunkes 1.994,66 1.841,36 3.543,50 3.108,37 3.108,37 3.685,33
Andréia Cristina Eckhardt 880,00 963,47 1.096,50 956,10 956,10 956,10
Daíse Bourscheid 880,00 880,00 1.020,40 880,00 880,00 880,00
Daniela Solange Jung 1.209,02 2.057,70 - - - -
Daniela S. Jung Vier – 8h - - 427,38 427,38 427,38 427,38
Edinir T. Anschau Thum 2.383,25 1.787,44 2.463,51 1.990,51 1.990,51 1.990,51
Edinir T. Anschau Thum 1.295,00 1.295,25 1.736,53 1.442,40 1.442,40 2.019,36
Eliete Stolarski 1.997,02 1.497,77 1.896,34 1.617,58 1.617,58 1.617,58
Fernanda A. Mollmann 1.994,66 1.496,00 2.061,91 1.665,97 1.665,97 1.810,21
Fernanda Kunkel 1.180,38 885,29 1.160,73 995,93 995,93 995,93
Jaqueline Fernandes 1.209,54 2.057,70 - - - -
Ledi Eberhardt Pies 1.727,00 1.295,25 1.785,51 1.442,40 1.442,40 1.586,64
Lilia M. M. Zimmermann 2.141,05 1.605,79 2.033,64 1.734,24 1.734,24 1.734,24
Lúcia I. Finger Lebens - 352,00 908,16 880,00 880,00 880,00
Marciane Elisa Lenz 1.727,00 1.640,61 3.339,22 2.956,92 2.956,92 2.956,92
Marciane Ines Henz 1.551,85 1.208,08 1.525,36 1.304,72 1.304,72 1.304,72
Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17
Neiva Maria Royer – 4h - 69,08 317,33 346,17 346,17 346,17
Rosane Maria Jahn 951, 51 1.032,83 1.274,01 1.115,45 1.110,14 1.115,45
Rosângela M. Ames Berres 4.152,46 3.114,35 4.292,90 3.468,15 3.468,15 3.756,63
Rosângela M. Ames Berres 3.030,86 2.273,15 3.241,80 2.639,59 2.639,59 2.639,59
Roselaine de F. Reschke 1.791,76 1.295,25 1.900,69 1.550,58 1.622,70 1.586,64
Rosmeri Maria Fank Fogel 2.335,45 1.751,59 2.191,24 1.891,71 1.891,71 1.891,71
Silvane E. Ludescher Vieira 811,54 - - - - -
Tairine Bergmann 959,44 959,44 1.285,44 1.068,44 1.068,44 1.068,44
Terezinha Matte – 4h - 34,53 211,55 288,48 288,48 288,48
Patrícia Schein - - - 414,31 956,10 956,10
SOMA MÊS 31.444,88 31.668,52 40.109,21 34.604,65 35.140,17 36.840,30
Ilustração 2: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEI Pingo de Gente
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
54
Na ilustração 2, foram selecionados os professores que trabalham na Escola
Municipal de Educação Infantil Pingo de Gente, e seus respectivos salários do
primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor citado
tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais de uma
escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos utilizou-
se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida multiplicadas
pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A ilustração 3, traz mais
informações de custos diretos desta escola:
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Internet 65,00 65,00 65,00 65,00 65,00 65,00
Telefone 70,72 66,62 76,57 76,24 73,38 66,22
Água 56,57 62,12 104,51 103,12 95,93 89,62
Luz 250,15 212,01 590,80 592,49 365,47 349,98
SOMA MÊS 442,44 405,75 836,88 836,85 599,78 570,82
Ilustração 3: Custos Diretos da EMEI Pingo de Gente Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 3 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz
da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada
escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Na Escola Municipal de Ensino
Fundamental General Osório a ilustração 4 demonstra o quadro de professores e
funcionários e seus respectivos salários:
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL OSÓRIO
PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Anelise B. Pasztetnik – 8h 797,86 598,40 824,80 666,39 666,39 666,39
Clarimundo Hein 3.384,92 2.884,05 4.981,12 4.269,50 4.269,50 4.269,50
Fabiane B. Hammerschmidt 1.295,25 1.640,61 3.218,10 1.442,40 1.875,03 3.181,30
Jaqueline Fernandes 0,00 0,00 108,18 1.442,40 1.442,40 1.442,40
Jerônimo Kunkel – 4h 408,08 17,56 465,82 383,57 383,57 383,57
Lúcia Maria Roiek Zidek 5.525,41 4.144,06 5.712,61 4.614,86 4.614,86 4.614,86
Maria C. Artus Dahmer – 4h 516,37 404,16 627,24 450,03 450,03 450,03
55 Marisa Cecília Speth 880,00 880,00 1.032,83 912,31 912,31 912,31
Mirtes Magali Horn – 10h 1.290,93 1.034,57 1.479,23 1.215,22 1.215,22 1.215,22
Mônica Langer Hartmann 1.994,66 1.544,57 2.247,65 1.846,26 1.846,26 1.846,26
Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17
Neuza Maria Strieder 1.610,16 1.208,07 1.529,36 1.304,72 1.299,41 1.304,72
Odi Maria Bobrzyk 2.564,57 2.355,13 4.463,40 3.904,88 3.904,88 3.904,88
Ricardo Medeiros Rocha 2.383,25 1.942,87 2.856,12 2.365,51 2.365,51 2.365,51
Simone Cristina Mombach - 556,95 1.649,80 1.586,64 1.586,64 1.586,64
Solange T. K. de Andrade 2.383,25 1.836,01 2.735,90 2.257,34 2.257,34 2.257,34
Valdir José Zidek 3.030,86 2.273,15 3.133,62 2.531,41 2.028,07 2.028,07
SOMA MÊS 28.410,97 23.894,75 37.461,34 31.612,69 31.463,59 32.775,17
Ilustração 4: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF General Osório
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 4, foram separados os professores e funcionários que
trabalham na Escola Municipal de Ensino Fundamental General Osório, e seus
respectivos salários do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a
mês. Cada professor citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns
trabalham em mais de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada
escola, para estes casos utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas
semanais, em seguida multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em
cada escola. A ilustração 5, traz mais informações de custos diretos desta escola:
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25
Telefone 35,60 5,40 34,02 25,37 21,99 24,34
Água - - - - - -
Luz 26,35 170,84 571,49 210,43 463,73 571,49
SOMA MÊS 438,20 252,49 681,76 312,05 561,97 672,08
Ilustração 5: Custos Diretos da EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 5 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz
da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada
escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Os valores referentes a água,
não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres (CPM), paga a conta mensalmente
56 como forma de contribuição para a escola. Os meses de Janeiro e Fevereiro
apresentam valores menores que os demais meses em função das férias escolares
no mês de Janeiro e o recesso escolar em uma parte do mês de Fevereiro,
causando assim essa diferença. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São
Luiz Gonzaga a ilustração 6 demostra o quadro de professores e funcionários e seus
respectivos salários:
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO LUIZ GONZAGA
PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Anelise B. Pasztetnik – 8h 797,86 598,40 824,80 666,39 666,39 666,39
Bruna Cristina Dutra – 12 h 0,00 0,00 528,82 881,36 881,36 881,36
Cátia Regina Damer 2279,64 1758,30 2541,95 2084,25 2084,25 2084,25
Claudia Mombach 1994,66 1496,00 2061,97 2505,48 1810,25 1954,45
Claudia Mombach 1634,60 1225,95 1639,38 1665,97 1442,40 1442,40
Daniela S. Jung Vier 0,00 303,42 1335,50 1335,54 1335,54 1335,54
Daniela S. Jung Vier – 12h 0,00 0,00 641,06 641,06 641,06 641,06
Daniele V. Rockenbach 1813,34 1360,01 1874,61 1514,52 1658,76 2091,48
Debora Welter Strieder 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 1335,51
Dirce M.Rockenbach 3384,92 2538,69 3600,88 2928,07 2928,07 2928,07
Eliane Lorete Willsen 0,00 720,09 2920,32 2360,89 2306,89 2306,89
Elisangela de Bittencourt 1727,00 1704,53 3541,47 3151,90 3151,90 3151,90
Jaime Magerl 0,00 0,00 1468,94 1468,94 1468,94 1468,94
Jaqueline Guerin Mombach 1599,08 1591,02 3299,94 3543,65 3205,32 3205,32
Jerônimo Kunkel – 8h 816,16 635,12 931,65 767,13 767,13 767,13
Leani Inês Beck 2581,85 2069,15 2958,46 2430,43 2430,43 2430,43
Liria Ana Arenhardt 1994,66 1534,85 2210,47 1810,21 1954,45 2098,69
Liria Ana Arenhardt 3626,69 2720,02 3749,04 3029,04 3029,04 3029,04
Maria C. A. Dahmer – 12h 1549,11 1215,48 1881,72 1350,08 1350,08 1350,08
Mirtes Magali Horn – 10h 1290,93 1034,57 1479,23 1215,22 1215,22 1215,22
Mônica Langer Hartmann 1295,25 1295,25 1736,54 1442,40 1586,64 1730,88
Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17
Neiva Maria Royer – 4h 0,00 69,08 317,33 346,17 346,17 346,17
Romi Solange Graf Budni 2762,21 2071,66 2855,28 2307,02 2307,02 2307,02
Romi Solange Graf Budni 3264,02 2448,02 3374,22 2726,13 2726,13 2726,13
Rosane Inês Goulart 1813,34 1360,01 1874,46 1514,52 1514,52 1514,52
Rosane Inês Goulart 3143,12 2357,34 3249,91 2625,16 2625,16 2625,16
57 Tarcisio Bender 2532,89 1899,67 3935,91 3183,92 3248,03 3248,03
Terezinha Matte 1295,25 1295,25 1789,17 1442,40 1586,64 1730,88
Terezinha Matte – 16h 0,00 138,11 846,21 1153,92 1153,92 1153,92
Valdir José Zidek 3384,92 2629,35 3610,72 2928,07 2928,07 2819,89
Volmir Menzel 1679,02 1259,27 1735,34 1402,32 1402,32 1402,32
Miria 1946,56 1459,92 1848,44 1576,72 1571,41 1566,10
Adair 880,00 880,00 1008,00 880,00 880,00 880,00
Terezinha Finger 2011,41 1508,56 1909,89 1629,25 1629,25 1629,25
Salete Maria Gabriel 1551,84 1208,07 1525,36 1304,72 1304,72 1299,41
Carmen Dewes Correa 1996,02 1497,79 1895,53 1616,77 1616,77 1616,77
TOTAL MÊS 56.991,75 46.157,54 73.398,08 63.848,87 63.100,42 65.326,77
Ilustração 6: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF São Luiz Gonzaga
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 6, foram separados os professores e funcionários que trabalham
na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Luiz Gonzaga, e seus respectivos
salários do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada
professor citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham
em mais de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para
estes casos utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em
seguida multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A
ilustração 7, traz mais informações de custos diretos desta escola:
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Internet - - - - - -
Telefone 142,72 98,74 124,85 162,10 184,08 163,67
Água 57,88 72,12 178,48 313,24 213,25 175,64
Luz 173,28 171,10 1.008,53 982,91 559,17 510,31
TOTAL MÊS 373,88 341,96 1.311,86 1.458,25 956,50 849,62
Ilustração 7: Custos Diretos da EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 7 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz
da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada
escola, a prefeitura paga com o recurso disponível. Os valores referentes a internet,
não constam, pois o Governo Federal disponibiliza este recurso através de um
58 projeto. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel a ilustração 8
apresenta o quadro de professores e funcionários e seus respectivos salários:
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL SÃO MIGUEL
PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Adair Antônio Zidek 4.055,21 3.041,41 4.192,38 3.386,93 3.386,93 3.386,93
Anelise B. Pasztetnik – 4h 398,93 299,20 412,40 333,19 333,19 333,19
Bruna Cristina Dutra – 8h 0,00 0,00 352,55 587,58 587,58 587,58
Debora Welter Strieder 0,00 441,34 1.412,31 1.362,22 2.697,72 1.335,51
Janete Weis Bresch 2.581,85 2.069,15 2.958,46 2.430,43 2.430,43 2.430,43
Janete Weiss Bresch 1.295,25 1.295,25 1.844,72 1.514,52 1.622,70 1.586,64
Jaqueline Fernandes 0,00 408,00 1.929,60 1.622,70 1.694,82 1.428,95
Jerônimo Kunkel – 4h 408,08 317,56 465,82 383,57 383,57 383,57
Márcia T. Szynwelski 2.279,64 1.709,73 2.356,10 1.903,96 1.903,96 1.903,96
Maria C. A. Dahmer – 4h 516,37 404,16 627,24 450,03 450,03 450,03
Neiva Bervian 1.599,08 1.244,28 1.824,78 1.502,47 1.502,47 1.502,47
Neiva Maria Royer – 4h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17
Rosane Feit Strieder 2.806,36 2.182,48 3.198,23 2.632,36 2.632,36 2.632,36
Roselaine de F. Reschke 2.797,73 2.176,01 3.189,35 2.625,16 2.625,16 2.769,40
Saleti Hartmann 2.374,62 1.780,97 2.450,48 1.983,28 3.318,83 3.318,83
Terezinha Szynwelski 1.404,25 1.031,32 1.308,31 1.113,83 1.108,52 1.113,83
Elaine Bernadete Gaspari 2.192,94 1.644,71 2.082,81 1.776,29 1.776,29 1.776,29
TOTAL MÊS 25.055,71 20.320,16 31.001,10 26.027,77 28.800,73 27.286,14
Ilustração 8: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF São Miguel
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 8, foram alocados os professores e funcionários que trabalham
na Escola Municipal de Ensino Fundamental São Miguel, e seus respectivos salários
do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor
citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais
de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos
utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida
multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A
ilustração 9, traz mais informações de custos desta escola:
59
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25
Telefone 17,76 6,13 23,84 27,77 20,46 13,95
Água - - - - - -
Luz 414,05 373,19 433,76 331,47 443,29 473,38
TOTAL MÊS 508,06 455,57 533,85 435,49 540,00 563,58
Ilustração 9: Custos Diretos da EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 9 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz
da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada
escola. Os valores referentes à água, não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres
(CPM), paga a conta mensalmente como forma de contribuição para a escola. Na
Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes a ilustração 10 apresenta o
quadro de professores e funcionários e seus respectivos salários:
ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL TIRADENTES
PREFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Eunice M. Schneider 6.113,00 4.662,46 6.617,67 5.417,30 5.417,30 5.417,30
Fernanda A. Mollmann 2.383,25 1.787,44 2.571,69 2.098,69 2.170,81 2.134,75
Maria C. A. Dahmer – 4h 0,00 345,36 576,96 324,36 432,48 432,48
Irmi T. Lunkes Angst 880,00 880,00 880,00 880,00 880,00 880,00
TOTAL MÊS 9.376,25 7.675,26 10.646,32 8.720,35 8.900,59 8.864,53
Ilustração 10: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da EMEF Tiradentes
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 10, foram alocados os professores e funcionários que trabalham
na Escola Municipal de Ensino Fundamental Tiradentes, e seus respectivos salários
do primeiro semestre de 2016. Em seguida somados mês a mês. Cada professor
citado tem a carga horária total de 20 horas, sendo que alguns trabalham em mais
de uma escola, tendo carga horária diferenciada em cada escola, para estes casos
utilizou-se a divisão do salário pelo número de horas semanais, em seguida
60 multiplicadas pelo número de horas que o professor atua em cada escola. A
ilustração 11 traz mais informações de custos diretos desta escola:
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Internet 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25 76,25
Telefone 18,17 5,09 7,09 12,01 9,97 12,57
Água - - - - - -
Luz 120,42 121,42 127,56 167,71 214,90 141,34
TOTAL MÊS 214,84 202,76 210,90 255,97 301,12 230,16
Ilustração 11: Custos Diretos da EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 11 constam os dados referentes a Internet, telefone, água e luz
da escola, juntamente com a soma mensal, estes gastos são particulares de cada
escola. Os valores referentes à água, não constam, pois o Círculo de Pais e Mestres
(CPM), paga a conta mensalmente como forma de contribuição para a escola.
Assim como há o custo de cada escola, também há custos gerais que devem
ser divididos entre as escolas, necessários para manutenção do ensino, um exemplo
são os profissionais que trabalham na secretária de educação, que destinam sua
atenção às necessidades das escolas municipais, com outros profissionais, como
nutricionista que elabora cardápios de merenda balanceada para as crianças, e a
equipe de apoio da secretaria, como traz a ilustração 12 onde apresenta os
profissionais dedicados ao bom funcionamento da educação e seus respectivos
salários:
TODAS AS ESCOLAS
PRFESSORES E FUNCIONÁRIOS
SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16 Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Beatriz I. H. Hermann 2.403,32 1.802,49 2.503,24 2.026,54 2.026,54 2.026,54
Cerlete Maria Welter 2.142,13 1.650,79 2.085,86 1.782,86 1.782,86 1.782,86
Fausto José Fank 5.051,22 3.788,42 4.798,53 4.091,50 4.091,50 4.091,50
Ilaine Harlos Hanatski 1.790,94 1.343,21 1.851,37 1.495,81 1.495,81 1.495,81
Jerônimo Kunkel - 4h 408,08 317,56 465,82 383,57 383,57 383,57
Loiva M. S. Kotz 4.974,10 3.730,58 5.132,62 4.143,90 4.143,90 4.143,90
61 Loiva M. S. Kotz 1.813,34 1.360,01 1.874,01 1.514,52 1.514,52 1.514,52
Maria Â. Braun 1.970,04 1.477,53 2.036,17 1.645,39 1.645,39 1.645,39
Neiva M. Royer - 12h 777,00 207,22 951,98 1.038,53 1.038,53 1.038,53
Neiva M. Royer – 4 h 345,40 274,59 395,56 419,25 346,17 346,17
Rosane T.B.Kotowski 5.025,83 5.025,83 6.726,24 7.448,32 5.586,24 5.586,24
Tathiane Nutricionista 6.831,17 5.123,38 6.712,57 5.756,73 5.756,73 5.756,73
Iracema Maria Frolich 1.813,34 1.360,01 1.874,01 1.514,52 1.514,52 1.514,52
Iracema Maria Frolich 3.626,69 2.720,02 3.749,03 3.029,04 3.029,04 3.029,04
Loraine Behling 1.084,57 1.084,57 1.343,46 1.171,34 1.774,25 1.771,34
Anisia Kapron 880,00 1.370,06 989,00 880,00 880,00 880,00
Jaqueline Jung Smit 2.581,85 2.069,15 2.958,46 2.430,43 2.430,43 2.430,43
SOMA MÊS 43.519,02 34.705,42 46.447,93 40.772,25 39.440,00 39.437,09
DIVIDE POR 5 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
Ilustração 12: Professores e Funcionários e seus respectivos Salários da SMEC
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 12, é demonstrado o salário da equipe da Secretaria Municipal
de Educação e Cultura (SMEC), que tem sua atenção voltada a todas as 5 escolas
do município, não considerando o número de alunos de cada escola, fazendo-se
presente nos eventos promovidos pelas escolas. Desta forma foi dividido igualmente
estes gastos salariais entre as 5 escolas do município.
Na ilustração 13 podem-se perceber outros gastos que serão divididos
proporcionalmente ao número de alunos de cada escola. As verbas destes recursos
são repassadas pela União e estados em remessas no decorrer do ano e devem ser
gastos para manutenção do ensino das escolas públicas municipais, por este motivo
os valores não são mensais e dependem de repasse:
PLANILHA JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO SOMA MÉDIA
MÊS Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Mat. Exp. 14.847,83 11.219,94 835,00 17,70 4.419,20 0,00 31.339,67 5.223,28
Alimentação 33.463,64 0,00 11.842,18 37,76 51,48 88,83 45.483,89 7.580,65
Manutenção 0,00 0,00 0,00 0,00 3.655,00 0,00 3.655,00 609,17
Mat. Limp. 3.124,26 1.531,41 0,00 0,00 393,36 0,00 5.049,03 841,50
TOTAL MÊS 51.435,73 12.751,35 12.677,18 55,46 8.519,04 88,83 85.527,59 14.254,60
Ilustração 13: Repasses de Verbas para Manutenção da Educação Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
62
Na Ilustração 13, nota-se que as verbas são repassadas de forma desigual
nos meses apresentados, portanto fez-se um cálculo de média, afim de distribuir
estes repasses nos 6 meses, buscando valores reais para o correta aplicabilidade
dos métodos de custeio. Em cima dos valores de média, forma calculado
proporcionalmente ao número de alunos a parte que corresponde a cada escola,
como demonstra a ilustração 14:
PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Pingo de Gente – 98 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76
General Osório – 150 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00
São Luiz Gonzaga – 246 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52
São Miguel – 77 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24
Tiradentes – 20 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40
Ilustração 14: Repasses de Verbas para Manutenção da Educação Proporcional ao Número de Alunos
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 14 demonstra o rateio dos custos demonstrados na ilustração 13.
Após obter o cálculo de média, os valores encontrados foram divididos por 591, que
representa o número de alunos matriculados nas 5 escolas do município, obtendo a
custo por aluno, multiplicado pelo número de alunos de cada escola.
Dentre os relatórios fornecidos pelo setor de contabilidade, pode-se perceber
que existem repasses específicos para educação infantil, desta forma obteve-se os
dados da ilustração 15, que demonstram alguns custos que forma especificamente
destinados a manutenção do ensino da educação infantil:
EDUCAÇÃO INFANTIL RELATÓRIO 6.1
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
CARTÃO ALIMENTAÇÃO 2.292,73 2.051,39 2.747,21 2.747,21 3.320,58 2.736,00
MANUTENÇÃO / CONSUMO 0,00 2.404,39 10.093,59 6.846,05 3.620,52 5.471,29
OBRAS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
PERMANENTE 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
SERVIÇOS 0,00 800,00 3.090,00 1.468,43 860,00 0,00
SOMA MÊS 2.292,73 5.255,78 15.930,80 11.061,69 7.801,10 8.207,29
Ilustração 15: Custos para Manutenção da Educação Infantil Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
63 A ilustração 15 demonstra os gastos com cartão vale-alimentação dos
professores e funcionários que trabalham com a educação infantil, assim como
manutenção da frota do transporte escolar, consumo de materiais, brinquedos,
concerto nos prédios, serviços de terceiros, manutenção do imobilizado das escolas
e alimentação dos alunos.
Nota-se que no período pesquisado não houve aquisição de ativos
permanentes e nem obras de melhorias para educação infantil. Os valores mensais
foram rateados entre os alunos da educação infantil, proporcionalmente aos número
de alunos de cada escola como apresenta a ilustração 16:
PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Pingo de Gente – 98 1.321,04 3.030,16 9.183,58 6.376,86 4.497,22 4.731,44
General Osório – 21 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88
São Luiz Gonzaga – 39 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92
São Miguel – 3 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84
Tiradentes – 9 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52
Ilustração 16: Custos para Manutenção da Educação Infantil Proporcional ao Número de Alunos
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 16 demonstra a divisão dos valores proporcionalmente ao
número de alunos, para isso se utilizou os valores totais mês a mês, dividiu-se por
170, que representa o número total de alunos matriculados na educação infantil no
município, obtendo-se o valor por aluno, multiplicando-se pelo número de alunos de
cada escola, obtendo-se assim uma divisão justa dos custos da educação infantil.
Seguindo os mesmos pressupostos, o ensino fundamental apresenta seus custos
próprios na ilustração 17:
ENSINO FUNDAMENTAL RELATÓRIO 6.2
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
CARTÃO ALIMENTAÇÃO 2.654,74 2.654,74 9.398,35 3.180,98 3.355,02 912,00
MANUTENÇÃO / CONSUMO 0,00 11.982,76 28.427,18 17.564,25 18.581,53 6.294,82
OBRAS 0,00 604,86 11.017,81 5.031,40 3.291,50 0,00
RESSARCIMENTO 0,00 0,00 513,40 481,90 739,32 911,26
PERMANENTE 0,00 0,00 119,90 0,00 125,00 0,00
64 SERVIÇOS 1.335,85 9.301,00 8.257,48 22.512,56 27.323,98 3.484,05
SOMA MÊS 3.990,59 24.543,36 57.734,12 48.771,09 53.416,35 11.602,13
Ilustração 17: Custos para Manutenção do Ensino Fundamental Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 17 demonstra os gastos com cartão vale-alimentação dos
professores e funcionários que trabalham com o ensino fundamental, assim como
manutenção da frota do transporte escolar, consumo de materiais (material elétrico,
azulejos, tinta, rolo, entre outros), serviços de terceiros, manutenção do imobilizado
das escolas e alimentação dos alunos, ressarcimentos sobre gastos em viagens.
Os valores mensais foram rateados entre os alunos do ensino fundamental,
proporcionalmente aos números de alunos de cada escola como apresenta a
ilustração 18:
PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Pingo de Gente – 00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
General Osório - 129 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24
São Luiz Gonzaga - 207 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92
São Miguel – 74 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44
Tiradentes – 11 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16
Ilustração 18: Custos para Manutenção do Ensino Fundamental Proporcional ao Número de Alunos
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 18 demonstra a divisão dos valores proporcionalmente ao
número de alunos, para isso utilizaram-se os valores totais mês a mês, dividiu-se por
421, que representa o número total de alunos matriculados no ensino fundamental
no município, o resultado foi o valor por aluno, assim multiplicou-se o valor
encontrado pelo número de alunos de cada escola, proporcionalmente ao número de
alunos matriculados no ensino fundamental que cada uma tem, obtendo-se assim
uma divisão justa dos custos do ensino fundamental. Existem ainda alguns custos
gerais, que destinam-se a todas as escolas, como apresenta a ilustração 19:
GERAL RELATÓRIO 6.5 JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
65
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
CONSUMO 0,00 12.423,36 20.704,05 12.404,98 12.363,34 23.075,36
EQUIPAMENTOS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
SERVIÇOS 0,00 7.180,00 18.650,74 46.696,17 34.527,38 62.016,61
SOMA MÊS 0,00 19.603,36 39.354,79 59.101,15 46.890,72 85.091,97
Ilustração 19: Custos Gerais para Manutenção do Ensino Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 19 demonstra alguns gastos gerais, como consumo, que trata da
merenda escolar e manutenção de veículos destinados ao transporte escolar,
equipamentos, não há aquisição de permanentes no período e serviços, trata dos
pagamentos do serviços de transporte escolar terceirizado, seguros, licenciamentos
e manutenção do transporte escolar, dividido proporcionalmente pelo número de
alunos, como mostra a ilustração 20:
PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Pingo de Gente – 98 0,00 3.250,66 6.525,82 980,00 7.775,32 14.110,04
General Osório – 150 0,00 4.975,50 9.988,50 1.500,00 11.901,00 21.597,00
São Luiz Gonzaga – 246 0,00 8.159,82 16.381,14 2.460,00 19.517,64 35.419,08
São Miguel – 77 0,00 2.554,09 5.127,43 770,00 6.109,18 11.086,46
Tiradentes – 20 0,00 364,87 1.331,80 200,00 1.586,80 2.879,60
Ilustração 20: Custos Gerais para Manutenção do Ensino Proporcional ao Número de Alunos
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 20 demonstra o rateio dos custos demonstrados na ilustração 19.
Os valores encontrados foram divididos por 591, que representa o número de alunos
matriculados nas 5 escolas do município, assim obtendo o valor por aluno, este valor
foi multiplicado pelo número de alunos matriculados em cada escola, de acordo com
os dados fornecidos pela secretaria municipal de educação.
O custo do transporte escolar, como já foi apresentado, faz parte do custo por
alunos que se busca encontrar, para tanto se fez necessário buscar as informações
salariais dos motoristas do transporte escolar, como apresenta a ilustração 21:
TODAS AS ESCOLAS
Motoristas SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO SALÁRIO
66
jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 mai/16 jun/16
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Ademir Ivan Smit 0,00 0,00 1.081,46 963,66 1.196,70 1.228,58
Amaro D. de Campos Neto 1.244,34 933,26 1.181,57 1.171,27 1.049,34 1.049,34
Cesar luis Royer 1.273,50 933,26 1.204,27 1.075,61 1.051,75 1.051,75
Eliseu Giehl 2.789,09 2.091,82 3.409,08 2.929,74 2.709,76 2.818,61
Erni Oswaldo Wilmsen 2.217,93 1.763,25 2.707,41 2.335,47 2.335,47 2.389,37
Jaci Mombach 2.376,34 1.782,26 3.250,08 2.924,04 2.937,06 2.917,97
Luis Carmo Ames 2.953,29 2.214,97 3.936,82 3.364,14 3.395,32 3.523,70
Miguel Woskiewicz 1.428,32 1.159,61 1.657,94 1.392,89 1.502,83 1.538,71
Romeu Bourscheid 3.048,34 2.286,26 4.180,18 4.046,88 3.658,46 3.776,63
SOMA MÊS 17.331,15 13.164,69 22.608,81 20.203,70 19.836,69 20.294,66
Ilustração 21: Salário dos Motoristas do Transporte Escolar Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 21 apresenta as informações salariais dos motoristas do
transporte escolar, mês a mês, a fim de efetuar o rateio entre os alunos, como
apresenta a ilustração 22:
PROPORCIONAL AO Nº DE ALUNOS
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$) Valor (R$)
Pingo de Gente - 98 1.666,00 1.266,16 2.174,62 1.943,34 1.908,06 1.952,16
General Osório - 150 2.550,00 1.938,00 3.328,50 2.974,50 2.920,50 2.988,00
São Luiz Gonzaga - 246 4.182,00 3.178,32 5.458,74 4.878,18 4.789,62 4.900,32
São Miguel - 77 1.309,00 994,84 1.708,63 1.526,91 1.499,19 1.533,84
Tiradentes - 20 340,00 258,40 443,80 396,60 389,40 398,40
Cristos Redentor - 428 7.276,00 5.529,76 9.497,32 8.487,24 8.333,16 8.525,76
Ilustração 22: Salário dos Motoristas do Transporte Escolar Proporcional ao Número de Alunos
Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 22 demonstra o rateio realizado, utilizando a soma total dos
meses, dividindo por 591, que representa o número total de alunos matriculados na
rede municipal de ensino, com uma particularidade, o mesmo transporte que leva os
alunos das escolas municipais, também leva os alunos da escola estadual, assim
sendo foi contatado o Instituto Estadual de Educação Cristo Redentor, o qual
forneceu o número de alunos que frequentam a instituição, são 428 matrículas.
Considerando este fato julgou-se adequado que o rateio dos salários dos motoristas
fosse rateado entre estes alunos também, as despesas com manutenção dos
67 veículos já estava em um relatório a parte, o qual foi desconsiderado por não ser o
foco da pesquisa.
Observa-se ainda que os dados constantes nas ilustrações 1, 3, 5, 7, 9,
11 e 20, foram fornecidos pelo responsável do setor pessoal, através de relatórios.
Em relação às ilustrações 2, 4, 6, 8, 10 e 12, foram fornecidas pelo contador, através
de preenchimento manual de tabelas elaboradas pelo pesquisador. Os dados das
ilustrações 14, 16 e 18 foram fornecidos pelo contador da prefeitura.
Os dados referentes às estruturas das escolas, imobilizado e permanente, e
sua respectiva depreciação não foram considerados, por não haver dados
consistentes sobre seu valor real.
A princípios não foram considerados os valores referentes a previdência
patronal, os quais representam em média aproximadamente 5,95% de aumento no
custo por aluno, calculado sobre o salário, e sobre o custo médio por aluno do
município.
Desta forma obtiveram-se todos os dados necessários para a realização dos
cálculos, aplicando os métodos de custeio por absorção e departamentalização, que
forma os mais adequados para as informações que estavam disponíveis.
3.2 APURAÇÃO DE CUSTOS DAS ESCOLAS MUNICIPAIS
Os custos representam informações importantes dentro de uma entidade,
muito úteis no processo de tomada de decisão, dando mais segurança aos gestores
sobre o caminho mais adequado a seguir. Considerando a necessidade da
implantação de um subsistema de custos no setor público e o uso de suas
informações para tomada de decisão, optou-se por utilizar os métodos de absorção
e departamentalização para aplicar neste trabalho de pesquisa, por serem os
métodos que mais se adequaram ao tipo de informações disponíveis.
O método de custeio por absorção considera o valor total dos custos,
demonstrando tanto os custo diretos como indiretos. No caso das escolas, fez-se um
rateio dos custos comuns a todas, dividindo-os proporcionalmente por escola, que
representam os custos indiretos, e os custos alocados diretamente nas escolas,
representando os custos diretos.
A EMEI Pingo de Gente é uma escola de educação infantil, que atende na
modalidade creche, crianças de 0 a 5 anos, localizadas na área urbana, e que de
68 acordo com o método de custeio por absorção demonstrou os seguintes dados, de
acordo com a ilustração 23:
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 31.444,88 31.668,52 40.109,21 34.604,65 35.140,17 36.840,30
13º 2.620,41 2.639,04 3.342,43 2.883,72 2.928,35 3.070,03
ILUSTRAÇÃO – 2 442,44 405,75 836,88 836,85 599,78 570,82
SOMA MÊS 34.507,73 34.713,31 44.288,52 38.325,22 38.668,30 40.481,15
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29
ILUSTRAÇÃO – 13 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76 2.363,76
ILUSTRAÇÃO – 15 1.321,04 3.030,16 9.183,58 6.376,86 4.497,22 4.731,44
ILUSTRAÇÃO – 17 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 3.250,66 6.525,82 980,00 7.775,32 14.110,04
ILUSTRAÇÃO – 21 1.666,00 1.266,16 2.174,62 1.943,34 1.908,06 1.952,16
13º 138,83 105,51 181,22 161,95 159,01 162,68
SOMA MÊS 14.918,75 17.535,76 30.492,71 20.659,89 25.248,70 31.864,79
DIRETOS + INDIRETOS 49.426,48 52.249,07 74.781,23 58.985,11 63.917,00 72.345,93
Ilustração 23: Custeio por Absorção EMEI Pingo de Gente Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 23 pode-se perceber que o valor referente a salário, foi extraído
da ilustração 1, considerando os salários de todos os professores que trabalham na
creche, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para
as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,
dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias está incluso no
salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o
período de férias escolares.
Na ilustração 17, não constam valores, pois estes se referem ao ensino
fundamental. Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e
funcionários diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao
salário dos motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os
alunos da EMEI Pingo de Gente é disponibilizado, mas a minoria dos alunos o
utiliza, por se tratarem de crianças pequenas, a maioria dos pais prefere levar e
buscar da escola.
69
A EMEF General Osório é uma escola de ensino fundamental completo, que
atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano, localizada
na área rural, a cerca de 8 km da cidade, e que de acordo com o método de custeio
por absorção demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 24:
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 28.410,97 23.894,75 37.461,34 31.612,69 31.463,59 32.775,17
13º 2.367,58 1.991,23 3.121,78 2.634,39 2.621,97 2.731,26
ILUSTRAÇÃO – 4 438,20 252,49 681,76 312,05 561,97 672,08
SOMA MÊS 31.216,75 26.138,47 41.264,88 34.559,13 34.647,53 36.178,51
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29
ILUSTRAÇÃO – 13 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00 3.618,00
ILUSTRAÇÃO – 15 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88
ILUSTRAÇÃO – 17 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 4.975,50 9.988,50 1.500,00 11.901,00 21.597,00
ILUSTRAÇÃO – 21 2.550,00 1.938,00 3.328,50 2.974,50 2.920,50 2.988,00
13º 212,50 161,50 277,38 247,88 243,38 249,00
SOMA MÊS 17.315,62 26.382,52 46.935,06 27.266,39 44.559,42 41.565,83
DIRETOS+ INDIRETOS 48.532,37 52.520,99 88.199,94 61.825,52 79.206,94 77.744,34
Ilustração 24: Custeio por Absorção EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 24 nota-se que o valor referente a salário, foi extraído da
ilustração 3, considerando os salários de todos os professores que trabalham na
escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para
as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,
dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no
salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o
período de férias escolares.
Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários
diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos
motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da
EMEF General Osório é disponibilizado, e a maioria absoluta dos alunos se utiliza do
transporte.
70
A EMEF São Luiz Gonzaga é uma escola de ensino fundamental completo,
que atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano,
localizada na área urbana, e que de acordo com o método de custeio por absorção
demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 25:
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 56.991,75 46.157,54 73.398,08 63.848,87 63.100,42 65.326,77
13º 4.749,31 3.846,46 6.116,51 5.320,74 5.258,37 5.443,90
ILUSTRAÇÃO – 6 373,88 341,96 1.311,86 1.458,25 956,50 849,62
SOMA MÊS 62.114,94 50.345,96 80.826,45 70.627,86 69.315,29 71.620,29
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29
ILUSTRAÇÃO – 13 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52 5.933,52
ILUSTRAÇÃO – 15 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92
ILUSTRAÇÃO – 17 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 8.159,82 16.381,14 2.460,00 19.517,64 35.419,08
ILUSTRAÇÃO – 21 4.182,00 3.178,32 5.458,74 4.878,18 4.789,62 4.900,32
13º 348,50 264,86 454,90 406,52 399,14 408,36
SOMA MÊS 22.381,22 38.330,00 70.334,68 39.051,41 67.239,12 62.793,83 DIRETOS + INDIRETOS 84.496,16 88.675,97 151.161,12 109.679,27 136.554,41 134.414,11
Ilustração 25: Custeio por Absorção EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 25, pode-se verificar que o valor referente a salário, foi extraído
da ilustração 5, considerando os salários de todos os professores que trabalham na
escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para
as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,
dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no
salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o
período de férias escolares.
Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários
diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos
motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da
EMEF São Luiz Gonzaga é disponibilizado, e não se tem dados precisos de quantos
alunos utilizam o transporte escolar, por ter alunos da cidade e do interior.
71
A EMEF São Miguel é uma escola de ensino fundamental completo, que
atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 9º ano, localizada
na área rural, a cerca de 7 km da cidade, e que de acordo com o método de custeio
por absorção demonstrou os seguintes dados, de acordo com a ilustração 26:
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 25.055,71 20.320,16 31.001,10 26.027,77 28.800,73 27.286,14
13º 2.087,98 1.693,35 2.583,43 2.168,98 2.400,06 2.273,85
ILUSTRAÇÃO – 8 508,06 455,57 533,85 435,49 540,00 563,58
SOMA MÊS 27.651,75 22.469,08 34.118,38 28.632,24 31.740,79 30.123,57
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29
ILUSTRAÇÃO – 13 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24 1.857,24
ILUSTRAÇÃO – 15 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84
ILUSTRAÇÃO – 17 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 2.554,09 5.127,43 770,00 6.109,18 11.086,46
ILUSTRAÇÃO – 21 1.309,00 994,84 1.708,63 1.526,91 1.499,19 1.533,84
13º 109,08 82,90 142,39 127,24 124,93 127,82
SOMA MÊS 13.446,40 17.415,54 29.328,89 18.315,95 27.662,67 25.334,35
DIRETOS + INDIRETOS 41.098,15 39.884,61 63.447,26 46.948,19 59.403,46 55.457,91
Ilustração 26: Custeio por Absorção EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 26, percebe-se que o valor referente a salário, foi extraído da
ilustração 7, considerando os salários de todos os professores que trabalham na
escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para
as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,
dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no
salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o
período de férias escolares.
Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários
diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos
motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da
EMEF São Miguel é disponibilizado, e a maioria absoluta dos alunos se utiliza do
transporte.
72
A EMEF Tiradentes é uma escola de ensino fundamental incompleto, que
atende desde a educação infantil, crianças de 4 e 5 anos, até o 5º ano, localizada
na área rural, a cerca de 10 km da cidade, e a uma distância de 2 a 3 km da EMEF
São Miguel, aplicado o método de custeio por absorção demonstrou os seguintes
dados, de acordo com a ilustração 27:
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 9.376,25 7.675,26 10.646,32 8.720,35 8.900,59 8.864,53
13º 781,35 639,61 887,19 726,70 741,72 738,71
ILUSTRAÇÃO – 10 214,84 202,76 210,90 255,97 301,12 230,16
SOMA MÊS 10.372,44 8.517,63 11.744,41 9.703,02 9.943,43 9.833,40
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 11 8.703,80 6.941,08 9.289,58 8.154,45 7.888,00 7.887,42
13º 725,32 578,42 774,13 679,54 657,33 657,29
ILUSTRAÇÃO – 13 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40 482,40
ILUSTRAÇÃO – 15 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52
ILUSTRAÇÃO – 17 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 364,87 1.331,80 200,00 1.586,80 2.879,60
ILUSTRAÇÃO – 21 340,00 258,40 443,80 396,60 389,40 398,40
13º 28,33 21,53 36,98 33,05 32,45 33,20
SOMA MÊS 10.505,45 9.566,29 14.710,63 11.275,71 12.845,07 13.075,99
DIRETOS + INDIRETOS 20.877,89 18.083,91 26.455,04 20.978,72 22.788,50 22.909,39
Ilustração 27: Custeio por Absorção EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 27, percebe-se que o valor referente a salário, foi extraído da
ilustração 9, considerando os salários de todos os professores que trabalham na
escola, como os dados não estão disponibilizados no Portal da Transparência, para
as informações de 13º salário, utilizou-se um cálculo de média do total de salário,
dividido por 12, que gerou uma provisão. O salário de 1/3 de férias esta somado no
salário do mês de Janeiro dos funcionários da educação, pois deve coincidir com o
período de férias escolares.
Da mesma forma que foi feito com os salários dos professores e funcionários
diretos, foi realizado o rateio entre as escolas dos gastos referentes ao salário dos
motoristas, e sua provisão por média do 13º salário. O transporte para os alunos da
EMEF Tiradentes é disponibilizado, e a maioria dos alunos utiliza o transporte.
73 No método de custeio por departamentalização consideram-se os custos
diretos e indiretos, mas a técnica é dividir a entidade em segmentos, buscando
analisar qual apresenta maior custo e por que, tendo uma análise mais detalhada.
No caso das escolas utilizou-se este método, dividindo cada escola em dois
segmentos, educação infantil e ensino fundamental, onde é possível perceber os
gastos separadamente, esta separação foi definida por rateio com os custos que
cada escola apresentou proporcional ao número de alunos, exceto as verbas das
ilustrações 14 e 16, que tratam de verbas específicas para cada departamento, o
qual sofreu rateio entre as escolas nas ilustrações 15 e 17.
A EMEI Pingo de Gente, não se aplica a departamentalização, pois os
departamentos forma divididos entre educação infantil e ensino fundamental e nesta
escola há somente a educação infantil, portando o resultado obtido pelo custeio por
departamentalização seria igual ao custeio por absorção, por este motivo não forma
realizados cálculos do método de custeio por departamentalização para esta escola.
A EMEF General Osório conta com 150 alunos, sendo 21 da educação infantil
e 129 do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por
departamentalização, a ilustração 28 apresentou os seguintes resultados:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 0,00 556,95 1.649,80 1.586,64 1.586,64 1.586,64
13º 0,00 46,41 137,48 132,22 132,22 132,22
ILUSTRAÇÃO – 4 61,35 35,35 95,45 43,69 78,68 94,09
ILUSTRAÇÃO – 15 283,08 649,32 1.967,91 1.366,47 963,69 1.013,88
SOMA MÊS 344,43 1.288,03 3.850,64 3.129,02 2.761,23 2.826,83
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 1.122,18 872,50 1.158,47 956,46 955,72 956,46
13º 93,51 72,71 96,54 79,71 79,64 79,71
ILUSTRAÇÃO – 11 1.218,53 971,75 1.300,54 1.141,62 1.104,32 1.104,24
13º 101,54 80,98 108,38 95,14 92,03 92,02
ILUSTRAÇÃO – 13 506,52 506,52 506,52 506,52 506,52 506,52
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 696,57 1.398,39 210,00 1.666,14 3.023,58
ILUSTRAÇÃO – 21 357,00 271,32 465,99 416,43 408,87 418,32
13º 29,75 22,61 38,83 34,70 34,07 34,86
SOMA MÊS 3.429,04 3.494,96 5.073,66 3.440,58 4.847,31 6.215,71
DIRETOS + INDIRETOS 3.773,47 4.782,99 8.924,30 6.569,60 7.608,54 9.042,54
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)
74
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 20.395,40 17.105,67 27.536,74 23.194,16 23.050,37 24.356,64
13º 1.699,62 1.425,47 2.294,73 1.932,85 1.920,86 2.029,72
ILUSTRAÇÃO – 4 376,85 217,14 586,31 268,36 483,29 577,99
ILUSTRAÇÃO – 17 1.222,92 7.520,70 17.691,06 8.725,56 16.367,52 3.555,24
SOMA MÊS 23.694,79 26.268,98 48.108,84 34.120,93 41.822,05 30.519,59
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 6.893,39 5.359,63 7.116,33 5.875,43 5.870,86 5.875,43
13º 574,45 446,64 593,03 489,62 489,24 489,62
ILUSTRAÇÃO – 11 7.485,27 5.969,33 7.989,05 7.012,83 6.783,68 6.783,18
13º 623,77 497,44 665,75 584,40 565,31 565,27
ILUSTRAÇÃO – 13 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48 3.111,48
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 4.278,93 8.590,11 1.290,00 10.234,86 18.573,42
ILUSTRAÇÃO – 21 2.193,00 1.666,68 2.862,51 2.558,07 2.511,63 2.569,68
13º 182,75 138,89 238,54 213,17 209,30 214,14
SOMA MÊS 21.064,11 21.469,02 31.166,80 21.135,00 29.776,36 38.182,21
DIRETOS + INDIRETOS 44.758,90 47.738,00 79.275,64 55.255,93 71.598,40 68.701,80
Ilustração 28: Custeio por Departamentalização EMEF General Osório Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 28, percebe-se que a EMEF General Osório foi segmentada em
2 departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino
fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,
somente o salário da professora titular da turma, como salário nos custos indiretos,
foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos (as) funcionários (as)
responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número de
alunos da educação infantil.
No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os
salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e
como salário em custos indiretos, foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos
(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola
proporcionalmente ao número de alunos do ensino fundamental.
A EMEF São Luiz Gonzaga conta com 246 alunos, sendo 39 da educação
infantil e 207 do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por
departamentalização, a ilustração 29 apresentou os seguintes resultados:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)
75
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 4.924,51 4.017,20 5.490,52 5.613,85 4.839,29 5.127,73
13º 410,38 334,77 457,54 467,82 403,27 427,31
ILUSTRAÇÃO – 6 59,27 54,21 207,98 231,19 151,64 134,70
ILUSTRAÇÃO – 15 525,72 1.205,88 3.654,69 2.537,73 1.789,71 1.882,92
SOMA MÊS 5.919,88 5.612,06 9.810,73 8.850,59 7.183,91 7.572,66
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 2.686,39 2.056,80 2.909,56 2.413,65 2.422,97 2.421,28
13º 223,87 171,40 242,46 201,14 201,91 201,77
ILUSTRAÇÃO – 11 1.379,87 1.100,42 1.472,74 1.292,78 1.250,54 1.250,44
13º 114,99 91,70 122,73 107,73 104,21 104,20
ILUSTRAÇÃO – 13 940,68 940,68 940,68 940,68 940,68 940,68
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 1.293,63 2.597,01 390,00 3.094,26 5.615,22
ILUSTRAÇÃO – 21 663,00 503,88 865,41 773,37 759,33 776,88
13º 55,25 41,99 72,12 64,45 63,28 64,74
SOMA MÊS 6.064,05 6.200,50 9.222,71 6.183,79 8.837,18 11.375,23
DIRETOS + INDIRETOS 11.983,93 11.812,56 19.033,44 15.034,38 16.021,09 18.947,88
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 35.122,29 29.166,65 49.554,93 43.010,49 42.977,80 44.926,33
13º 2.926,86 2.430,55 4.129,58 3.584,21 3.581,48 3.743,86
ILUSTRAÇÃO – 6 314,61 287,75 1.103,88 1.227,06 804,86 714,92
ILUSTRAÇÃO – 17 1.962,36 12.068,10 28.387,98 14.001,48 26.264,16 5.704,92
SOMA MÊS 40.326,11 43.953,05 83.176,37 61.823,24 73.628,30 55.090,03
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO – 3 14.258,56 10.916,89 15.443,07 12.810,89 12.860,36 12.851,43
13º 1.188,21 909,74 1.286,92 1.067,57 1.071,70 1.070,95
ILUSTRAÇÃO – 11 7.323,93 5.840,66 7.816,84 6.861,67 6.637,46 6.636,98
13º 610,33 486,72 651,40 571,81 553,12 553,08
ILUSTRAÇÃO – 13 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84 4.992,84
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 6.866,19 13.784,13 2.070,00 16.423,38 29.803,86
ILUSTRAÇÃO – 21 3.519,00 2.674,44 4.593,33 4.104,81 4.030,29 4.123,44
13º 293,25 222,87 382,78 342,07 335,86 343,62
SOMA MÊS 32.186,12 32.910,35 48.951,31 32.821,65 46.905,01 60.376,20
DIRETOS + INDIRETOS 72.512,23 76.863,40 132.127,68 94.644,90 120.533,32 115.466,23
Ilustração 29: Custeio por Departamentalização EMEF São Luiz Gonzaga Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 29, percebe-se que a EMEF São Luiz Gonzaga foi segmentada
em 2 departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino
fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,
76 foram somados somente os salário das professoras titulares das turmas, e como
salário nos custos indiretos, foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos (as)
funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza, e da secretária da escola,
sendo estes divididos de forma proporcional ao número de alunos da educação
infantil.
No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os
salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e
como salário em custos indiretos, foram somados os salários do (a) diretor (a) e dos
(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza, e da secretária da
escola, sendo estes divididos proporcionalmente ao número de alunos do ensino
fundamental.
A EMEF São Miguel conta com 77 alunos, sendo 3 da educação infantil e 74
do ensino fundamental, de acordo com o método de custeio por
departamentalização, a ilustração 30 apresentou os seguintes resultados:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 0,00 408,00 1.929,60 1.622,70 1.694,82 1.428,95
13º 0,00 34,00 160,80 135,23 141,24 119,08
ILUSTRAÇÃO – 8 19,79 17,75 20,80 16,97 21,04 21,96
ILUSTRAÇÃO – 15 40,44 92,76 281,13 195,21 137,67 144,84
SOMA MÊS 60,23 552,51 2.392,33 1.970,10 1.994,76 1.714,83
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 298,15 222,76 295,46 244,56 244,35 244,56
13º 24,85 18,56 24,62 20,38 20,36 20,38
ILUSTRAÇÃO – 11 339,11 270,43 361,93 317,71 307,32 307,30
13º 28,26 22,54 30,16 26,48 25,61 25,61
ILUSTRAÇÃO – 13 72,36 72,36 72,36 72,36 72,36 72,36
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 99,51 199,77 30,00 238,02 431,94
ILUSTRAÇÃO – 21 51,00 38,76 66,57 59,49 58,41 59,76
13º 4,25 3,23 5,55 4,96 4,87 4,98
SOMA MÊS 817,97 748,15 1.056,42 775,93 971,31 1.166,89 DIRETOS + INDIRETOS 878,20 1.300,66 3.448,75 2.746,03 2.966,07 2.881,72
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 17.403,31 14.194,72 21.488,00 18.128,02 20.834,17 19.580,14
13º 1.450,28 1.182,89 1.790,67 1.510,67 1.736,18 1.631,68
ILUSTRAÇÃO – 8 488,27 437,82 513,05 418,52 518,96 541,62
77 ILUSTRAÇÃO – 17 701,52 4.314,20 10.148,36 5.005,36 9.389,12 2.039,44
SOMA MÊS 20.043,37 20.129,63 33.940,08 25.062,57 32.478,43 23.792,88
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 7.354,25 5.494,68 7.288,04 6.032,49 6.027,39 6.032,49
13º 612,85 457,89 607,34 502,71 502,28 502,71
ILUSTRAÇÃO – 11 8.364,69 6.670,65 8.927,65 7.836,74 7.580,68 7.580,12
13º 697,06 555,89 743,97 653,06 631,72 631,68
ILUSTRAÇÃO – 13 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88 1.784,88
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 2.454,58 4.927,66 740,00 5.871,16 10.654,52
ILUSTRAÇÃO – 21 1.258,00 956,08 1.642,06 1.467,42 1.440,78 1.474,08
13º 104,83 79,67 136,84 122,29 120,07 122,84
SOMA MÊS 20.176,57 18.454,32 26.058,43 19.139,59 23.958,95 28.783,31 DIRETOS + INDIRETOS 40.219,94 38.583,96 59.998,51 44.202,16 56.437,38 52.576,19
Ilustração 30: Custeio por Departamentalização EMEF São Miguel Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 30, percebe-se que a EMEF São Miguel foi dividida em 2
departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino
fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,
somente o salário da professora titular da turma, como salário nos custos indiretos,
foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos (as) funcionários (as) responsáveis
pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número de alunos da
educação infantil.
No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os
salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental, e
como salário em custos indiretos, foram somados o salário do (a) diretor (a) e dos
(as) funcionários (as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola e dividido
proporcionalmente ao número de alunos do ensino fundamental, gerando assim o
valor a ele correspondente.
A EMEF Tiradentes conta com 20 alunos, sendo 11 da educação infantil e 9
do ensino fundamental, esta em funcionamento somente por meio período, ou seja
20h, em decorrência do número reduzido de alunos, de acordo com o método de
custeio por departamentalização, de acordo com a ilustração 31 apresentou os
seguintes resultados:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)
78
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 2.383,25 1.787,44 2.571,69 2.098,69 2.170,81 2.134,75
13º 198,60 148,95 214,31 174,89 180,90 177,90
ILUSTRAÇÃO – 4 118,16 111,52 116,00 140,78 165,62 126,59
ILUSTRAÇÃO – 15 121,32 278,28 843,39 585,63 413,01 434,52
SOMA MÊS 2.821,34 2.326,19 3.745,38 2.999,99 2.930,34 2.873,75
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 3.133,76 2.335,97 3.330,40 2.670,20 2.670,20 2.670,20
13º 261,15 194,66 277,53 222,52 222,52 222,52
ILUSTRAÇÃO – 11 4.787,09 3.817,59 5.109,27 4.484,95 4.338,40 4.338,08
13º 398,92 318,13 425,77 373,75 361,53 361,51
ILUSTRAÇÃO – 13 265,32 265,32 265,32 265,32 265,32 265,32
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 200,68 732,49 110,00 872,74 1.583,78
ILUSTRAÇÃO – 21 187,00 142,12 244,09 218,13 214,17 219,12
13º 15,58 11,84 20,34 18,18 17,85 18,26
SOMA MÊS 9.048,83 7.286,32 10.405,22 8.363,03 8.962,72 9.678,78 DIRETOS + INDIRETOS 11.870,16 9.612,51 14.150,60 11.363,03 11.893,06 12.552,53
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)
CUSTOS DIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
SALÁRIO 1.295,25 1.640,61 2.019,36 1.766,76 1.874,88 1.874,88
13º 107,94 136,72 168,28 147,23 156,24 156,24
ILUSTRAÇÃO – 4 96,68 91,24 94,91 115,19 135,50 103,57
ILUSTRAÇÃO – 17 104,28 641,30 1.508,54 744,04 1.395,68 303,16
SOMA MÊS 1.604,15 2.509,87 3.791,09 2.773,22 3.562,30 2.437,85
CUSTOS INDIRETOS JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
ILUSTRAÇÃO - 3 2.563,99 1.911,24 2.724,87 2.184,71 2.184,71 2.184,71
13º 213,67 159,27 227,07 182,06 182,06 182,06
ILUSTRAÇÃO – 11 3.916,71 3.123,49 4.180,32 3.669,50 3.549,60 3.549,34
13º 326,39 260,29 348,36 305,79 295,80 295,78
ILUSTRAÇÃO – 13 217,08 217,08 217,08 217,08 217,08 217,08
ILUSTRAÇÃO – 19 0,00 164,19 599,31 90,00 714,06 1.295,82
ILUSTRAÇÃO – 21 153,00 116,28 199,71 178,47 175,23 179,28
13º 12,75 9,69 16,64 14,87 14,60 14,94
SOMA MÊS 7.403,59 5.961,53 8.513,36 6.842,48 7.333,14 7.919,00 DIRETOS + INDIRETOS 9.007,73 8.471,40 12.304,45 9.615,70 10.895,44 10.356,85
Ilustração 31: Custeio por Departamentalização EMEF Tiradentes Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Na ilustração 31, percebe-se que a EMEF Tiradentes foi dividida em 2
departamentos, departamento A – educação infantil e departamento B – ensino
79 fundamental, sendo utilizado como salário em custo direto no departamento A,
somente o salário da professora titular da turma.
Por ser uma escola com número reduzido de alunos, a diretora leciona nas
turmas do ensino fundamental, em decorrência deste fato, utilizou-se o salário de
convocação de 20h, para ser alocado no departamento B, como salário de
professores do ensino fundamental, e o restante do salário foi discriminado como
sendo referente a função de direção, como salário nos custos indiretos, foram
somados o salário do (a) diretor (a), a parte que compete, e dos (as) funcionários
(as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número
de alunos da educação infantil.
No departamento B, como salários em custos diretos, forma somados os
salários de todos os professores envolvidos com as turmas do ensino fundamental,
da diretora, a parte que compete, e como salário nos custos indiretos, foram
somados o salário do (a) diretor (a), a parte que compete, e dos (as) funcionários
(as) responsáveis pela merenda e limpeza da escola proporcionalmente ao número
de alunos do ensino fundamental.
Com estes dados é possível perceber o custo total de cada escola, e sua
relativa proporcionalidade ao número de alunos, a partir destes dados já é possível
utilizar as informações de custos para analise de otimização de recursos e tomada
de decisão. Mas para que estes dados sejam mais precisos e demonstrem melhor a
rela situação é indicado que se divida os valores dos custos encontrados pelo
número de alunos de cada escola, a fim de trazer mais clareza às informações.
3.3 DEMONSTRAÇÃO DOS CUSTOS POR ALUNO POR ESCOLA
Aplicando o método de custeio por absorção, obteve-se os valores mensais
dos custos diretos e indiretos de cada escola nos meses de janeiro, fevereiro,
março, abril, maio e junho de 2016, ou seja, do 1º semestre do corrente ano. Através
da soma dos custos diretos e indiretos de cada mês obteve-se o valor total dos
gastos de cada escola, que dividida pelo número de alunos de cada escola, gera o
custo por aluno, que permite a comparabilidade dos custos entre as escolas, como
apresenta a ilustração 32:
80
CUSTEIO ABSORÇÃO (valor em R$)
EMEI Pingo de Gente JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 49.426,48 52.249,07 74.781,23 58.985,11 63.917,00 72.345,93
POR ALUNO – 98 504,35 533,15 763,07 601,89 652,21 738,22
EMEI General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 48.532,37 52.520,99 88.199,94 61.825,52 79.206,94 77.744,34
POR ALUNO – 150 323,55 350,14 588,00 412,17 528,05 518,30
EMEI São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 84.496,16 88.675,97 151.161,12 109.679,27 136.554,41 134.414,11
POR ALUNO – 246 343,48 360,47 614,48 445,85 555,10 546,40
EMEI São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 41.098,15 39.884,61 63.447,26 46.948,19 59.403,46 55.457,91
POR ALUNO – 77 533,74 517,98 823,99 609,72 771,47 720,23
EMEI Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 20.877,89 18.083,91 26.455,04 20.978,72 22.788,50 22.909,39
POR ALUNO – 20 1.043,89 904,20 1.322,75 1.048,94 1.139,42 1.145,47
Ilustração 32: Custeio por Absorção – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 32 demonstra os custos totais e o custo por aluno, mês a mês,
dados referentes ao primeiro semestre de 2016, onde podemos perceber que a
EMEF General Osório é a que apresenta menor custo por aluno, variando entre 320
e 520 reais mensais por aluno matriculado aproximadamente.
Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito
semelhantes, com valores que variam de 340 á 610 reais por aluno
aproximadamente.
A EMEI Pingo de Gente demonstra custos entre 500 e 750 reais por aluno,
aproximadamente, isso se justifica em função das rotinas diferenciadas desta
escola, pois disponibiliza almoço para as crianças e lanche e frutas de 2h em 2h, por
se tratarem de crianças muito pequenas e precisam de cuidados e alimentação
diferenciada, recomendada pela nutricionista, ainda conta com uma monitora e uma
professora por turma, atendendo a legislação.
A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que variam entre
510 e 820 reais aproximadamente, tem número menor de alunos que a maioria das
escolas e conta com turmas multisseriadas.
A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as
demais escolas do município, valores que variam entre 900 e 1300 reais
81 aproximadamente, trabalhando com 2 turmas, que atendem crianças da educação
infantil e ensino fundamental, assim nota-se que existem turmas multisseriadas.
Essas diferenças são mais bem visualizadas na ilustração 33, que apresenta
um gráfico de barras:
Ilustração 33: Gráfico: Custeio por Absorção – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Aplicando o método de custeio por departamentalização, obteve-se os valores
mensais dos custos diretos e indiretos por departamento de cada escola nos meses
de janeiro, fevereiro, março, abril, maio e junho de 2016, ou seja, do 1º semestre do
corrente ano.
O departamento A, representa a educação infantil, onde foram alocados
custos proporcionalmente ao número de alunos, em cada mês obteve-se o valor
total dos gastos do departamento, que dividido pelo número de alunos da educação
infantil, gera o custo por aluno do departamento A, que permite a comparabilidade
dos custos entre as escolas, como apresenta a ilustração 34:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A Educação Infantil (valor em R$)
EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 3.773,47 4.782,99 8.924,30 6.569,60 7.608,54 9.042,54
Por Aluno – 21 179,69 227,76 424,97 312,84 362,31 430,60 EMEF São Luiz
Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 11.983,93 11.812,56 19.033,44 15.034,38 16.021,09 18.947,88
R$0,00
R$200,00
R$400,00
R$600,00
R$800,00
R$1.000,00
R$1.200,00
R$1.400,00
EMEI Pingo de Gente
EMEI General Osório
EMEI São Luiz Gonzaga
EMEI São Miguel
EMEI Tiradentes
82
Por Aluno – 39 307,28 302,89 488,04 385,50 410,80 485,84
EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 878,20 1.300,66 3.448,75 2.746,03 2.966,07 2.881,72
Por Aluno – 3 292,73 433,55 1.149,58 915,34 988,69 960,57
EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 11.870,16 9.612,51 14.150,60 11.363,03 11.893,06 12.552,53
Por Aluno – 11 1.079,11 873,86 1.286,42 1.033,00 1.081,19 1.141,14
Ilustração 34: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 34 demonstra os custos do departamento A, educação infantil,
mês a mês e o custo por aluno, dados referentes ao primeiro semestre de 2016,
onde podemos perceber que a EMEF General Osório é a que apresenta menor
custo por aluno, variando entre 180 e 430 reais mensais por aluno matriculado
aproximadamente.
Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito
semelhantes, com valores que variam de 400 á 500 reais por aluno
aproximadamente. A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que
variam entre 300 e 1150 reais aproximadamente.
A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as
demais escolas do município, valores que variam entre 1000 e 1300 reais
aproximadamente. Essas diferenças são melhor visualizadas na ilustração 35, que
apresenta um gráfico de barras:
Ilustração 35: Gráfico: Custeio por Departamentalização A – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
R$0,00
R$200,00
R$400,00
R$600,00
R$800,00
R$1.000,00
R$1.200,00
R$1.400,00
EMEF General Osório
EMEF São Luiz Gonzaga
EMEF São Miguel
EMEF Tiradentes
83
O departamento B representa o ensino fundamental, onde foram alocados
custos proporcionalmente ao número de alunos, em cada mês obteve-se o valor
total dos gastos do departamento, que dividido pelo número de alunos do ensino
fundamental, gera o custo por aluno do departamento B, que permite a
comparabilidade dos custos entre as escolas, como apresenta a ilustração 36:
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - B Ensino Fundamental (valor em R$)
EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 44.758,90 47.738,00 79.275,64 55.255,93 71.598,40 68.701,80
Por Aluno - 129 346,97 370,06 614,54 428,34 555,03 532,57 EMEF São Luiz
Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
DIRETOS + INDIRETOS 72.512,23 76.863,40 132.127,68 94.644,90 120.533,32 115.466,23
Por Aluno – 207 350,30 371,32 638,30 457,22 582,29 557,81
EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 40.219,94 38.583,96 59.998,51 44.202,16 56.437,38 52.576,19
Por Aluno – 74 543,51 521,40 810,79 597,33 762,67 710,49
EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO DIRETOS + INDIRETOS 9.007,73 8.471,40 12.304,45 9.615,70 10.895,44 10.356,85
Por Aluno – 9 1.000,86 941,27 1.367,16 1.068,41 1.210,60 1.150,76
Ilustração 36: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
A ilustração 36, demonstra os custos do departamento B, ensino fundamental,
mês a mês e o custo por aluno, dados referentes ao primeiro semestre de 2016,
onde podemos perceber que a EMEF General Osório é a que apresenta menor
custo por aluno, variando entre 350 e 620 reais mensais por aluno matriculado no
departamento aproximadamente.
Em seguida a EMEF São Luiz Gonzaga demonstra números muito
semelhantes, com valores que variam de 350 á 640 reais por aluno
aproximadamente. A EMEF São Miguel apresenta custos por aluno em valores que
variam entre 520 e 810 reais aproximadamente, tem número menor de alunos que a
maioria das escolas e conta com turmas multisseriadas.
A EMEF Tiradentes demonstra valores bem elevados em comparação com as
demais escolas do município, valores que variam entre 1000 e 1370 reais
aproximadamente, trabalhando com turmas multisseriadas, que atendem crianças
do ensino fundamental, tendo em uma sala alunos de 1º, 2º, 3º, 4º e 5º ano. Essas
84 diferenças são mais bem visualizadas na ilustração 37, que apresenta um gráfico de
barras:
Ilustração 37: Gráfico: Custeio por Departamentalização B – Custo por Aluno Fonte: Prefeitura Municipal de Cândido Godói (2016)
Nota-se que o município dispõem de recursos escassos para todas as áreas,
inclusive para educação, assim, através da utilização das informações de custos, é
possível uma avaliação do quadro geral das escolas por ele mantidas, buscando
uma gestão de custos eficiente, identificando gargalos e otimizando a utilização dos
recursos públicos disponíveis.
R$0,00
R$200,00
R$400,00
R$600,00
R$800,00
R$1.000,00
R$1.200,00
R$1.400,00
R$1.600,00
EMEF General Osório
EMEF São Luiz Gonzaga
EMEF São Miguel
EMEF Tiradentes
85 4 RECOMENDAÇÕES
Por meio do estudo realizado na Prefeitura Municipal de Cândido Godói,
referente aos custos das escolas e o custo por aluno, utilizando os dados fornecidos,
que foram trabalhados e analisados, pode-se fazer algumas recomendações, e
sugestões de melhorias, que vem de encontro à otimização na utilização dos
recursos públicos, podendo gerar economia e mais investimentos.
No diagnóstico e análise foi possível perceber claramente o custo elevado
que a EMEF Tiradentes vem apresentando ao longo do período pesquisado, que em
comparação com a EMEF General Osório, que representa menor custo do período,
ficou 60% mais elevado, ainda percebendo que a escola trabalha somente meio
período, 20 h semanais, e com turmas multisseriadas, o que prejudica muito a
qualidade do ensino.
De acordo com os dados coletados, o reduzido número de alunos, e a
proximidade da EMEF Tiradentes com a EMEF São Miguel, que é de 2 a 3 km
aproximadamente, recomenda-se a realocação dos alunos da EMEF Tiradentes
para a EMEF São Miguel, e o consequente fechamento desta escola, com a
realocação de seus funcionários em outras escolas e setores que necessitem destes
profissionais.
Recomenda-se que seja implantado um sistema de custos, capaz de suprir as
necessidades da organização, respeitando as normas de contabilidade aplicadas ao
setor público. Seguindo o princípio da Prudência, onde se utiliza sempre o maior
valor para custos, despesas e ativos, sempre que surgirem hipóteses válidas de
avaliação, sugere-se a utilização do método de custeio por absorção, já que pode
ser aplicado a todas as escolas e demonstrou valores um pouco mais elevados por
aluno.
De acordo com a lei da transparência, Lei Federal nº 12.527 de 18 de
novembro de 2011, os dados no setor público devem ser disponibilizados a toda e
qualquer pessoa que os queira saber, o portal da transparência visa disponibilizar
esses dados. Para tanto se recomenda que todos os dados sobre gastos públicos
sejam disponibilizados no portal da transparência de forma clara, a trazer mais
segurança por parte da população com o setor público.
Recomenda-se também que este estudo incentive a utilização das
informações de custos no setor público, servindo como base para realização de
86 estudos futuros nos demais setores, bem como sua utilização em outras entidades
públicas.
87
CONCLUSÃO
O setor público vem buscando a adaptação as novas leis, que visa a
implantação de um subsistema de custos e a utilização de seus dados para tomada
de decisão e elaboração do orçamento anual, considerando a importância das
informações de custos para uma tomada de decisão segura, conhecendo a real
situação da entidade pública, e a otimização na utilização dos recursos públicos.
O presente estudo buscou analisar os dados fornecidos sobre a educação,
calculando o custo por escola e por aluno matriculado, permitindo uma
comparabilidade entre elas, assim como indicar o método de custeio mais adequado
para o setor da educação, respeitando as normas de contabilidade aplicadas ao
setor público e aos princípios da contabilidade.
O objetivo Geral foi atingido, com o auxilio dos objetivos específicos, a coleta
de dados foi realizada na prefeitura através de solicitação de dados e relatórios
repassados por via impressa ou verbalmente os quais foram dispostos em planilhas
buscando apresentadas no tópico 3.1. O segundo objetivo específico tratava de
realizar os cálculos pelos métodos de absorção e departamentalização, os quais
através dos dados dispostos nas planilhas do tópico 3.1, foram rateados e
demonstrados em novas planilhas. O terceiro objetivo visava demonstrar o custo por
aluno, onde se utilizou os resultados obtidos no tópico 3.2, dividido pelo número de
alunos de cada escola, descrevendo uma breve análise dos dados e os
demonstrando de forma mais clara através de gráficos.
O problema apresentado no estudo foi suprido, pois foram apresentados os
custos por escola por aluno, e indicado o método de custeio mais adequado ao
setor. Destacando ainda a importância da utilização das informações de custos no
setor, e as possibilidades de redução de custos e otimização de recursos.
Fica evidente a necessidade da utilização das informações de custos para a
tomada de decisão. Nota-se também que o setor tem um custo bastante elevado no
geral, podendo ser comparado que o custo de um aluno na rede pública, em muitos
casos, é mais elevado que a mensalidade paga em uma escola particular.
88
Finalmente, pode-se concluir que estudos na área pública são muito válidos,
trazendo contribuições importantes para os administradores, no processo de tomada
de decisão. Para o acadêmico agrega conhecimento, e uma visão diferente dos
fatos vividos na prática. As informações contidas neste trabalho podem ser utilizadas
para tomada de decisão, redução dos custos e otimização de recursos públicos.
89
REFERÊNCIAS
AQUINO ANDRADE, Nilton de. Contabilidade Pública na Gestão Municipal. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2013. ARAÚJO, Inaldo da Paixão Santos; ARRUDA, Daniel Gomes. Contabilidade Pública: da teoria á prática. 2. ed.rev. e atualizada. São Paulo: Saraiva, 2009. ARRUDA ARANHA, Maria Lúcia de. Filosofia da Educação. 2. Ed.rev e ampliada. São Paulo: Moderna, 1996. BORNIA, Antonio Cezar. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. BRASIL, 1964. Lei 4320, de 17 de Março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4320.htm> . Acesso em: 21 jun. 2016. ______, 1967. Decreto nº 200, de 25 de Fevereiro de 1967. Dispõe sôbre a organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a Reforma Administrativa e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>. Acesso em: 21 jun, 2016. ______, 1986. Decreto Presidencial nº 93.872, de 23 de Dezembro de 1986. Dispõe sobre a unificação dos recursos de caixa do Tesouro Nacional, atualiza e consolida a legislação pertinente e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d93872.htm>. Acesso em: 21 Jun, 2016.
______, 1996. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm> . Acesso em: 22 Jul, 2016
______, 2000. Lei de Responsabilidade Fiscal, Lei Complementar 101, de 04 de Maio de 2000. Estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp101.htm>. Acesso em: 21 Jun, 2016.
90 ______, 2011. Resolução CFC nº 1.366, de 25 de Novembro de 2011. Aprova a NBC T 16.11 – Sistema de Informação de Custos do Setor Público. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1366.doc>. Acesso em: 21 Jun, 2016. ______, 2012. Constituição da República Federativa do Brasil: Texto Constitucional promulgado em 5 de outubro de 1988, com as alterações pelas Emendas Constitucionais nº 1/92 a 70/2012 e pelas Emendas de Revisão nº 1 a 6/94. Brasília: Senado Federal, 2012. ______, 2013. Resolução CFC nº 1.437, de 22 de Março de 2013. Altera, inclui e exclui itens as NBCs T 16.1, 16.2, 16.4, 16.5, 16.6, 16.10 e 16.11 que tratam das Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas aplicadas ao Setor Público. Disponível em: <www.cfc.org.br/sisweb/sre/docs/RES_1437.doc>. Acesso em: 21 Jun, 2016. ______, 2014. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13005.htm>. Acesso em: 28 Jul, 2016. BRUNI, Adriano Leal; FAMÀ, Rubens. Gestão de custos e formação de preços. 5. ed. São Paulo: Atlas S.A., 2008. CASTRO, Domingos Poubel de; GARCIA, Leice Maria. Contabilidade Pública na Goveno Federal. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso básico de contabilidade de custos. 5. ed. São Paulo; Atlas, 2010. FACHIN, Odília. Fundamentos de Metodologia. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2006. IUDÍCIBUS, Sérgio de; MELLO, Gilmar Ribeiro de. Analise de Custos: Uma Abordagem Quantitativa. São Paulo: Atlas, 2013. KOHAMA, Heilio. Contabilidade Pública: Teoria e Prática. 10. ed. 4 reimpr. São Paulo: Atlas, 2009. LIMA, Daiana Vaz de; CASTRO, Róbson Gonçalves de. Contabilidade Pública: Integrando União,, Estados e Municípios (SIAFI, SIAFEM). 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. LOPES DE SÁ, Antônio. História Geral e das Doutrinas da Contabilidade. 1. Ed. São Paulo: Atlas, 2009 MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10.ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 10. Ed. São Paulo: Atlas, 2009.
91 MAUSS, Cezar Volnei; SOUZA, Marcos Antonio de. Gestão de custos aplicada ao setor público: modelo para mensuração e análise da eficiência e eficácia governamental. São Paulo: Atlas, 2008. MONTEIRO, Bento Rodrigo Pereira, et al. O Processo de Implantação do Sistema de Informação de Custos do Governo Federal do Brasil. Disponível em: <http://www3.tesouro.gov.br/Sistema_Informacao_custos/downloads/PROCESSO_DE_IMPLANTACAO_DO_SIC.pdf> Acesso em : 21Jun, 2016. RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2010. SCHMIDT, Paulo. História do pensamento contábil. Porto Alegre: Bookman, 2000. VIANNA, Ilca Oliveira de A. Metodologia do trabalho científico: um enfoque didático da produção científica. São Paulo: EPU, 2001. VICECONTI, Paulo; NEVES, Silvério das. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 11 ed. São Paulo: Saraiva, 2013
92
APÊNDICES
93
APÊNDICE A – Entrevista
1 – Existe hoje um sistema de custos na prefeitura? 2 – As informações de custos são utilizadas na tomada de decisão? De que forma?
3 – As informações de custos são utilizadas no plano orçamentário do município? 4 – Como está estruturado o sistema de custos? 5 – Qual o método de rateio utilizado atualmente? 6 – Na educação os recursos disponíveis são suficientes? 7 – O salário dos profissionais envolvidos com a educação vem da onde? 8 – É feita a alocação dos custos por escola? 9 – Qual o controle sobre os gastos das escolas e de que forma se dá a distribuição dos recursos? 10 – Como você considera a importância dos custos no setor público e sobre a implantação do subsistema de custos no setor público
94
APÊNDICE B – Planilha de Coleta de Dados General Osório Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz São Luiz Gonzaga Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Tiradentes Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz São Miguel Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Pingo de Gente Jan fev Mar abr maio Jun Internet Telefone Água Luz Todas as escolas Jan Fev Mar abr maio Jun Mat. Exp. Alimentação Manutenção Mat. Limp. (após ter os dados da última planilha, dividir pelo número total de alunos e multiplicar pelo número de alunos de cada escola, dividindo proporcionalmente).
95
APÊNDICE C – Planilhas de Comparação de Métodos de Custeio
CUSTEIO ABSORÇÃO
EMEI Pingo de Gente JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
POR ALUNO – 98 R$ 504,35 R$ 533,15 R$ 763,07 R$ 601,89 R$ 652,21 R$ 738,22
EMEI General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
POR ALUNO – 150 R$ 323,55 R$ 350,14 R$ 588,00 R$ 412,17 R$ 528,05 R$ 518,30
EMEI São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
POR ALUNO – 246 R$ 343,48 R$ 360,47 R$ 614,48 R$ 445,85 R$ 555,10 R$ 546,40
EMEI São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
POR ALUNO – 77 R$ 533,74 R$ 517,98 R$ 823,99 R$ 609,72 R$ 771,47 R$ 720,23
EMEI Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
POR ALUNO – 20 R$ 1.043,89 R$ 904,20 R$ 1.322,75 R$ 1.048,94 R$ 1.139,42 R$ 1.145,47
CUSTEIO DEPARTAMENTALIZAÇÃO - A + B /2
EMEF General Osório JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Por Aluno – 21 R$ 263,33 R$ 298,91 R$ 519,76 R$ 370,59 R$ 458,67 R$ 481,59
EMEF São Luiz Gonzaga JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Por Aluno – 39 R$ 328,79 R$ 337,11 R$ 563,17 R$ 421,36 R$ 496,55 R$ 521,83
EMEF São Miguel JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Por Aluno – 3 R$ 418,12 R$ 477,48 R$ 980,19 R$ 756,34 R$ 875,68 R$ 835,53
EMEF Tiradentes JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO
Por Aluno – 11 R$ 1.039,99 R$ 907,57 R$ 1.326,79 R$ 1.050,71 R$ 1.145,90 R$ 1.145,95
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ANEXOS
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ANEXO A – Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB)
1 ELEMENTOS ESSENCIAIS PARA A ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL
LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
(Vide Adin 3324-7, de 2005)
(Vide Decreto nº 3.860, de 2001) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) (Vide Lei nº 12.061, de 2009)
Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional
decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I Da Educação
Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na
vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e
pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais.
§ 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social.
TÍTULO II Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
98 desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o
pensamento, a arte e o saber;
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII - valorização do profissional da educação escolar;
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação
dos sistemas de ensino;
IX - garantia de padrão de qualidade;
X - valorização da experiência extra-escolar;
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais.
XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796,
de 2013)
TÍTULO III Do Direito à Educação e do Dever de Educar
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado
mediante a garantia de:
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não
tiveram acesso na idade própria;
II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;
II - universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela Lei nº
12.061, de 2009)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino;
IV - atendimento gratuito em creches e pré-escolas às crianças de zero a seis
anos de idade;
99
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete)
anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de
idade; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, transversal a todos os níveis, etapas e modalidades,
preferencialmente na rede regular de ensino; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os
que não os concluíram na idade própria; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação
artística, segundo a capacidade de cada um;
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com
características e modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades,
garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência
na escola;
VIII - atendimento ao educando, no ensino fundamental público, por meio de
programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte,
alimentação e assistência à saúde; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem.
100
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)
anos de idade. (Incluído pela Lei nº 11.700, de 2008).
Art. 5º O acesso ao ensino fundamental é direito público subjetivo, podendo
qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,
entidade de classe ou outra legalmente constituída, e, ainda, o Ministério Público,
acionar o Poder Público para exigi-lo.
§ 1º Compete aos Estados e aos Municípios, em regime de colaboração, e com
a assistência da União:
I - recensear a população em idade escolar para o ensino fundamental, e os
jovens e adultos que a ele não tiveram acesso;
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo,
podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização
sindical, entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério
Público, acionar o poder público para exigi-lo. (Redação dada pela Lei nº 12.796,
de 2013)
§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa,
deverá: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem
como os jovens e adultos que não concluíram a educação básica; (Redação dada
pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - fazer-lhes a chamada pública;
III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.
§ 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em
primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo,
contemplando em seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as
prioridades constitucionais e legais.
§ 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade
para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2º do art. 208 da Constituição
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
§ 4º Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
responsabilidade.
101
§ 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder
Público criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,
independentemente da escolarização anterior.
Art. 6º É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a
partir dos sete anos de idade, no ensino fundamental.
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula dos menores, a
partir dos seis anos de idade, no ensino fundamental. (Redação dada pela Lei nº
11.114, de 2005)
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº
12.796, de 2013)
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo
sistema de ensino;
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da
Constituição Federal.
TÍTULO IV Da Organização da Educação Nacional
Art. 8º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão, em
regime de colaboração, os respectivos sistemas de ensino.
§ 1º Caberá à União a coordenação da política nacional de educação,
articulando os diferentes níveis e sistemas e exercendo função normativa,
redistributiva e supletiva em relação às demais instâncias educacionais.
§ 2º Os sistemas de ensino terão liberdade de organização nos termos desta
Lei.
Art. 9º A União incumbir-se-á de: (Regulamento)
I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios;
II - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do sistema
federal de ensino e o dos Territórios;
102
III - prestar assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino e o atendimento
prioritário à escolaridade obrigatória, exercendo sua função redistributiva e supletiva;
IV - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino fundamental
e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo
a assegurar formação básica comum;
IV-A - estabelecer, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, diretrizes e procedimentos para identificação, cadastramento e
atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas
habilidades ou superdotação; (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015)
V - coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação;
VI - assegurar processo nacional de avaliação do rendimento escolar no ensino
fundamental, médio e superior, em colaboração com os sistemas de ensino,
objetivando a definição de prioridades e a melhoria da qualidade do ensino;
VII - baixar normas gerais sobre cursos de graduação e pós-graduação;
VIII - assegurar processo nacional de avaliação das instituições de educação
superior, com a cooperação dos sistemas que tiverem responsabilidade sobre este
nível de ensino;
IX - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu
sistema de ensino. (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
§ 1º Na estrutura educacional, haverá um Conselho Nacional de Educação,
com funções normativas e de supervisão e atividade permanente, criado por lei.
§ 2° Para o cumprimento do disposto nos incisos V a IX, a União terá acesso a
todos os dados e informações necessários de todos os estabelecimentos e órgãos
educacionais.
§ 3º As atribuições constantes do inciso IX poderão ser delegadas aos Estados
e ao Distrito Federal, desde que mantenham instituições de educação superior.
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus
sistemas de ensino;
II - definir, com os Municípios, formas de colaboração na oferta do ensino
fundamental, as quais devem assegurar a distribuição proporcional das
103 responsabilidades, de acordo com a população a ser atendida e os recursos
financeiros disponíveis em cada uma dessas esferas do Poder Público;
III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com
as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas
ações e as dos seus Municípios;
IV - autorizar, reconhecer, credenciar, supervisionar e avaliar, respectivamente,
os cursos das instituições de educação superior e os estabelecimentos do seu
sistema de ensino;
V - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino
médio.
VI - assegurar o ensino fundamental e oferecer, com prioridade, o ensino médio
a todos que o demandarem, respeitado o disposto no art. 38 desta Lei; (Redação
dada pela Lei nº 12.061, de 2009)
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual. (Incluído pela
Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
Parágrafo único. Ao Distrito Federal aplicar-se-ão as competências referentes
aos Estados e aos Municípios.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus
sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos
Estados;
II - exercer ação redistributiva em relação às suas escolas;
III - baixar normas complementares para o seu sistema de ensino;
IV - autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu sistema
de ensino;
V - oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com prioridade, o
ensino fundamental, permitida a atuação em outros níveis de ensino somente
quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de
competência e com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela
Constituição Federal à manutenção e desenvolvimento do ensino.
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal. (Incluído
pela Lei nº 10.709, de 31.7.2003)
104
Parágrafo único. Os Municípios poderão optar, ainda, por se integrar ao
sistema estadual de ensino ou compor com ele um sistema único de educação
básica.
Art. 12. Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as
do seu sistema de ensino, terão a incumbência de:
I - elaborar e executar sua proposta pedagógica;
II - administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros;
III - assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas;
IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;
V - prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento;
VI - articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de
integração da sociedade com a escola;
VII - informar os pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos
alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica.
VII - informar pai e mãe, conviventes ou não com seus filhos, e, se for o caso,
os responsáveis legais, sobre a frequência e rendimento dos alunos, bem como
sobre a execução da proposta pedagógica da escola; (Redação dada pela Lei
nº 12.013, de 2009)
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município, ao juiz competente da
Comarca e ao respectivo representante do Ministério Público a relação dos alunos
que apresentem quantidade de faltas acima de cinqüenta por cento do percentual
permitido em lei.(Incluído pela Lei nº 10.287, de 2001)
Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de
ensino;
II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;
III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor
rendimento;
V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional;
105
VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a
comunidade.
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do
ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e
conforme os seguintes princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de
educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e
administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito
financeiro público.
Art. 16. O sistema federal de ensino compreende: (Regulamento)
I - as instituições de ensino mantidas pela União;
II - as instituições de educação superior criadas e mantidas pela iniciativa
privada;
III - os órgãos federais de educação.
Art. 17. Os sistemas de ensino dos Estados e do Distrito Federal
compreendem:
I - as instituições de ensino mantidas, respectivamente, pelo Poder Público
estadual e pelo Distrito Federal;
II - as instituições de educação superior mantidas pelo Poder Público municipal;
III - as instituições de ensino fundamental e médio criadas e mantidas pela
iniciativa privada;
IV - os órgãos de educação estaduais e do Distrito Federal, respectivamente.
Parágrafo único. No Distrito Federal, as instituições de educação infantil,
criadas e mantidas pela iniciativa privada, integram seu sistema de ensino.
Art. 18. Os sistemas municipais de ensino compreendem:
I - as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil
mantidas pelo Poder Público municipal;
II - as instituições de educação infantil criadas e mantidas pela iniciativa
privada;
III – os órgãos municipais de educação.
106
Art. 19. As instituições de ensino dos diferentes níveis classificam-se nas
seguintes categorias administrativas: (Regulamento) (Regulamento)
I - públicas, assim entendidas as criadas ou incorporadas, mantidas e
administradas pelo Poder Público;
II - privadas, assim entendidas as mantidas e administradas por pessoas físicas
ou jurídicas de direito privado.
Art. 20. As instituições privadas de ensino se enquadrarão nas seguintes
categorias: (Regulamento) (Regulamento)
I - particulares em sentido estrito, assim entendidas as que são instituídas e
mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não
apresentem as características dos incisos abaixo;
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de
professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora representantes da
comunidade;
II – comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas de
pais, professores e alunos, que incluam em sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 11.183, de 2005)
II - comunitárias, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas, inclusive cooperativas
educacionais, sem fins lucrativos, que incluam na sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; (Redação dada pela Lei nº 12.020, de 2009)
III - confessionais, assim entendidas as que são instituídas por grupos de
pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas jurídicas que atendem a orientação
confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso anterior;
IV - filantrópicas, na forma da lei.
TÍTULO V Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino CAPÍTULO I Da Composição dos Níveis Escolares
107
Art. 21. A educação escolar compõe-se de:
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino fundamental e
ensino médio;
II - educação superior.
CAPÍTULO II DA EDUCAÇÃO BÁSICA Seção I Das Disposições Gerais
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando,
assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não-seriados,
com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como
base as normas curriculares gerais.
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive
climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso
reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada
de acordo com as seguintes regras comuns:
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um
mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado
aos exames finais, quando houver;
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino
fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou
fase anterior, na própria escola;
108
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita
sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo
sistema de ensino;
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o
regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada
a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas,
com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência
dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;
c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado;
d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao
período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados
pelas instituições de ensino em seus regimentos;
VI - o controle de freqüência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a freqüência
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;
VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares,
declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de
cursos, com as especificações cabíveis.
Parágrafo único. A carga horária mínima anual de que trata o inciso I
do caput deverá ser progressivamente ampliada, no ensino médio, para mil e
quatrocentas horas, observadas as normas do respectivo sistema de ensino e de
acordo com as diretrizes, os objetivos, as metas e as estratégias de implementação
estabelecidos no Plano Nacional de Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
109
Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsáveis alcançar
relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as
condições materiais do estabelecimento.
Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições
disponíveis e das características regionais e locais, estabelecer parâmetro para
atendimento do disposto neste artigo.
Art. 26. Os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base
nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e
estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características
regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Art. 26. Os currículos da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino
médio devem ter base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de
ensino e em cada estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida
pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos
educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o
estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e
natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil.
§ 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente,
o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e
natural e da realidade social e política, especialmente da República Federativa do
Brasil, observado, na educação infantil, o disposto no art. 31, no ensino fundamental,
o disposto no art. 32, e no ensino médio, o disposto no art. 36. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 2º O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos
diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural
dos alunos.
§ 2o O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da educação
básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação
dada pela Lei nº 12.287, de 2010)
§ 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino
110 fundamental, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às
condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da Educação Básica, ajustando-se às faixas
etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos
noturnos. (Redação dada pela Lei nº 10.328, de 12.12.2001)
§ 3o A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da educação básica, sendo sua prática facultativa
ao aluno: (Redação dada pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
§ 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da escola, é
componente curricular obrigatório da educação infantil e do ensino fundamental,
sendo sua prática facultativa ao aluno: (Redação dada pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis
horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
II – maior de trinta anos de idade; (Incluído pela Lei nº 10.793, de
1º.12.2003)
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em situação similar,
estiver obrigado à prática da educação física; (Incluído pela Lei nº 10.793, de
1º.12.2003)
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003)
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das
diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das
matrizes indígena, africana e européia.
§ 5º Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir
da quinta série, o ensino de pelo menos uma língua estrangeira moderna, cuja
escolha ficará a cargo da comunidade escolar, dentro das possibilidades da
instituição.
111
§ 5º No currículo do ensino fundamental, será ofertada a língua inglesa a partir
do sexto ano. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 6o A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não exclusivo, do
componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Incluído pela Lei nº
11.769, de 2008)
§ 6o As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as linguagens que
constituirão o componente curricular de que trata o § 2o deste artigo. (Redação
dada pela Lei nº 13.278, de 2016)
§ 7o Os currículos do ensino fundamental e médio devem incluir os princípios
da proteção e defesa civil e a educação ambiental de forma integrada aos conteúdos
obrigatórios. (Incluído pela Lei nº 12.608, de 2012)
§ 7º A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os temas transversais
que poderão ser incluídos nos currículos de que trata o caput. (Redação dada pela
Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá componente
curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua
exibição obrigatória por, no mínimo, 2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº
13.006, de 2014)
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção de todas as
formas de violência contra a criança e o adolescente serão incluídos, como temas
transversais, nos currículos escolares de que trata o caput deste artigo, tendo como
diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do
Adolescente), observada a produção e distribuição de material didático
adequado. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
§ 10. A inclusão de novos componentes curriculares de caráter obrigatório na
Base Nacional Comum Curricular dependerá de aprovação do Conselho Nacional de
Educação e de homologação pelo Ministro de Estado da Educação, ouvidos o
Conselho Nacional de Secretários de Educação - Consed e a União Nacional de
Dirigentes de Educação - Undime. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e
particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-
Brasileira. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
§ 1o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o
estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura
112 negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a
contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à
História do Brasil. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
§ 2o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão
ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de
Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. (Incluído pela Lei nº
10.639, de 9.1.2003)
§ 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de ensino médio,
públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo da história e cultura afro-brasileira
e indígena. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
§ 1o O conteúdo programático a que se refere este artigo incluirá diversos
aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população
brasileira, a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da
África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura
negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional,
resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes
à história do Brasil. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
§ 2o Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira e dos povos
indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em
especial nas áreas de educação artística e de literatura e história
brasileiras. (Redação dada pela Lei nº 11.645, de 2008).
Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as
seguintes diretrizes:
I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres
dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática;
II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em cada
estabelecimento;
III - orientação para o trabalho;
IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não-
formais.
Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural, os sistemas de
ensino promoverão as adaptações necessárias à sua adequação às peculiaridades
da vida rural e de cada região, especialmente:
113
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e
interesses dos alunos da zona rural;
II - organização escolar própria, incluindo adequação do calendário escolar às
fases do ciclo agrícola e às condições climáticas;
III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
Parágrafo único. O fechamento de escolas do campo, indígenas e quilombolas
será precedido de manifestação do órgão normativo do respectivo sistema de
ensino, que considerará a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a
análise do diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade
escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014)
Seção II Da Educação Infantil
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família
e da comunidade.
Art. 29. A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como
finalidade o desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus
aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família
e da comunidade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 30. A educação infantil será oferecida em:
I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade;
II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos de idade.
II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de
idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
Art. 31. Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e
registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o
acesso ao ensino fundamental.
Art. 31. A educação infantil será organizada de acordo com as seguintes
regras comuns: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
114
I - avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das
crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino
fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um
mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; (Incluído pela Lei nº
12.796, de 2013)
III - atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno
parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; (Incluído pela Lei nº 12.796,
de 2013)
IV - controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a
frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; (Incluído
pela Lei nº 12.796, de 2013)
V - expedição de documentação que permita atestar os processos de
desenvolvimento e aprendizagem da criança. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013)
Seção III Do Ensino Fundamental
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
Art. 32. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública a partir dos seis anos, terá por objetivo a formação básica
do cidadão mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9 (nove) anos,
gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis) anos de idade, terá por objetivo
a formação básica do cidadão, mediante: (Redação dada pela Lei nº 11.274,
de 2006)
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o
pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
115
IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino fundamental em
ciclos.
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por série podem
adotar no ensino fundamental o regime de progressão continuada, sem prejuízo da
avaliação do processo de ensino-aprendizagem, observadas as normas do
respectivo sistema de ensino.
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,
assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e
processos próprios de aprendizagem.
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a distância utilizado
como complementação da aprendizagem ou em situações emergenciais.
§ 5o O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoriamente, conteúdo
que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes, tendo como diretriz a Lei
no 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatuto da Criança e do
Adolescente, observada a produção e distribuição de material didático
adequado. (Incluído pela Lei nº 11.525, de 2007).
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como tema transversal
nos currículos do ensino fundamental. (Incluído pela Lei nº 12.472, de 2011).
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos
horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, sendo oferecido, sem
ônus para os cofres públicos, de acordo com as preferências manifestadas pelos
alunos ou por seus responsáveis, em caráter:
I - confessional, de acordo com a opção religiosa do aluno ou do seu
responsável, ministrado por professores ou orientadores religiosos preparados e
credenciados pelas respectivas igrejas ou entidades religiosas; ou
II - interconfessional, resultante de acordo entre as diversas entidades
religiosas, que se responsabilizarão pela elaboração do respectivo programa.
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da
formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural
religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela
Lei nº 9.475, de 22.7.1997)
116
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição
dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e
admissão dos professores. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes
denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino
religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997)
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro
horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o
período de permanência na escola.
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas alternativas de
organização autorizadas nesta Lei.
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente em tempo
integral, a critério dos sistemas de ensino.
Seção IV
Do Ensino Médio
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com duração mínima
de três anos, terá como finalidades:
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no
ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos;
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para
continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas
condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação
ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico;
IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos
produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada disciplina.
Art. 36. O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste
Capítulo e as seguintes diretrizes:
Art. 36. O currículo do ensino médio será composto pela Base Nacional
Comum Curricular e por itinerários formativos específicos, a serem definidos pelos
sistemas de ensino, com ênfase nas seguintes áreas de conhecimento ou de
atuação profissional: (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
117
I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da
ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade
e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao
conhecimento e exercício da cidadania;
I - linguagens; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
II - adotará metodologias de ensino e de avaliação que estimulem a iniciativa
dos estudantes;
II - matemática; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
III - será incluída uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,
escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro das
disponibilidades da instituição.
III - ciências da natureza; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de
2016)
IV – serão incluídas a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em
todas as séries do ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.684, de 2008)
IV - ciências humanas; e (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de
2016)
V - formação técnica e profissional. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016)
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão
organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre:
I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção
moderna;
II - conhecimento das formas contemporâneas de linguagem;
III - domínio dos conhecimentos de Filosofia e de Sociologia necessários ao
exercício da cidadania. (Revogado pela Lei nº 11.684, de 2008)
§ 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus currículos com base em
mais de uma área prevista nos incisos I a V do caput. (Redação dada pela Medida
Provisória nº 746, de 2016)
§ 2º O ensino médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-
lo para o exercício de profissões
técnicas. (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Revogado
pela Lei nº 11.741, de 2008)
118
§ 3º Os cursos do ensino médio terão equivalência legal e habilitarão ao
prosseguimento de estudos.
§ 3º A organização das áreas de que trata o caput e das respectivas
competências, habilidades e expectativas de aprendizagem, definidas na Base
Nacional Comum Curricular, será feita de acordo com critérios estabelecidos em
cada sistema de ensino. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 4º A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a habilitação
profissional, poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de ensino
médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação
profissional. (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)
§ 5º Os currículos do ensino médio deverão considerar a formação integral do
aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado para a construção de seu projeto de
vida e para a sua formação nos aspectos cognitivos e socioemocionais, conforme
diretrizes definidas pelo Ministério da Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
§ 6º A carga horária destinada ao cumprimento da Base Nacional Comum
Curricular não poderá ser superior a mil e duzentas horas da carga horária total do
ensino médio, de acordo com a definição dos sistemas de ensino. (Incluído pela
Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 7º A parte diversificada dos currículos de que trata o caput do art. 26,
definida em cada sistema de ensino, deverá estar integrada à Base Nacional
Comum Curricular e ser articulada a partir do contexto histórico, econômico, social,
ambiental e cultural. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 8º Os currículos de ensino médio incluirão, obrigatoriamente, o estudo da
língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangeiras, em caráter optativo,
preferencialmente o espanhol, de acordo com a disponibilidade de oferta, locais e
horários definidos pelos sistemas de ensino. (Incluído pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
§ 9º O ensino de língua portuguesa e matemática será obrigatório nos três
anos do ensino médio. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 10. Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de vagas na rede,
possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio cursar, no ano letivo subsequente
ao da conclusão, outro itinerário formativo de que trata o caput. (Incluído pela
Medida Provisória nº 746, de 2016)
119
§ 11. A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação a que se refere o
inciso V do caput considerará: (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
I - a inclusão de experiência prática de trabalho no setor produtivo ou em
ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e fazendo uso, quando aplicável,
de instrumentos estabelecidos pela legislação sobre aprendizagem profissional;
e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
II - a possibilidade de concessão de certificados intermediários de qualificação
para o trabalho, quando a formação for estruturada e organizada em etapas com
terminalidade. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 12. A oferta de formações experimentais em áreas que não constem do
Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos dependerá, para sua continuidade, do
reconhecimento pelo respectivo Conselho Estadual de Educação, no prazo de três
anos, e da inserção no Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco
anos, contados da data de oferta inicial da formação. (Incluído pela Medida
Provisória nº 746, de 2016)
§ 13. Ao concluir o ensino médio, as instituições de ensino emitirão diploma
com validade nacional que habilitará o diplomado ao prosseguimento dos estudos
em nível superior e demais cursos ou formações para os quais a conclusão do
ensino médio seja obrigatória. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 14. A União, em colaboração com os Estados e o Distrito Federal,
estabelecerá os padrões de desempenho esperados para o ensino médio, que serão
referência nos processos nacionais de avaliação, considerada a Base Nacional
Comum Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 15. Além das formas de organização previstas no art. 23, o ensino médio
poderá ser organizado em módulos e adotar o sistema de créditos ou disciplinas
com terminalidade específica, observada a Base Nacional Comum Curricular, a fim
de estimular o prosseguimento dos estudos. (Incluído pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
§ 16. Os conteúdos cursados durante o ensino médio poderão ser
convalidados para aproveitamento de créditos no ensino superior, após
normatização do Conselho Nacional de Educação e homologação pelo Ministro de
Estado da Educação. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
§ 17. Para efeito de cumprimento de exigências curriculares do ensino médio,
os sistemas de ensino poderão reconhecer, mediante regulamentação própria,
120 conhecimentos, saberes, habilidades e competências, mediante diferentes formas
de comprovação, como: (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
I - demonstração prática; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
II - experiência de trabalho supervisionado ou outra experiência adquirida fora
do ambiente escolar; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
III - atividades de educação técnica oferecidas em outras instituições de
ensino; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacionais; (Incluído pela
Medida Provisória nº 746, de 2016)
V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou estrangeiras;
e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
VI - educação a distância ou educação presencial mediada por
tecnologias. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
Seção IV-A
Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-A. Sem prejuízo do disposto na Seção IV deste Capítulo, o ensino
médio, atendida a formação geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício
de profissões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Parágrafo único. A preparação geral para o trabalho e, facultativamente, a
habilitação profissional poderão ser desenvolvidas nos próprios estabelecimentos de
ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas em educação
profissional. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-B. A educação profissional técnica de nível médio será desenvolvida
nas seguintes formas: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
II - subseqüente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o ensino
médio. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Parágrafo único. A educação profissional técnica de nível médio deverá
observar: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
121
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curriculares nacionais
estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação; (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008)
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de
ensino; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos de seu projeto
pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-C. A educação profissional técnica de nível médio articulada, prevista
no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será desenvolvida de
forma: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o ensino
fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir o aluno à habilitação
profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de ensino, efetuando-se
matrícula única para cada aluno; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio ou já o esteja
cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada curso, e podendo
ocorrer: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as oportunidades
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as oportunidades
educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de
intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de projeto
pedagógico unificado. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 36-D. Os diplomas de cursos de educação profissional técnica de nível
médio, quando registrados, terão validade nacional e habilitarão ao prosseguimento
de estudos na educação superior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Parágrafo único. Os cursos de educação profissional técnica de nível médio,
nas formas articulada concomitante e subseqüente, quando estruturados e
organizados em etapas com terminalidade, possibilitarão a obtenção de certificados
de qualificação para o trabalho após a conclusão, com aproveitamento, de cada
etapa que caracterize uma qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008)
122 Seção V
Da Educação de Jovens e Adultos
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não
tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do
trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
§ 3o A educação de jovens e adultos deverá articular-se, preferencialmente,
com a educação profissional, na forma do regulamento. (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008)
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento
de estudos em caráter regular.
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão:
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze
anos;
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos.
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios
informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
CAPÍTULO III DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL Da Educação Profissional e Tecnológica
(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 39. A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação,
ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de
aptidões para a vida produtiva. (Regulamento)
123
Parágrafo único. O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental,
médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a
possibilidade de acesso à educação profissional.
Art. 39. A educação profissional e tecnológica, no cumprimento dos objetivos
da educação nacional, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação
e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela
Lei nº 11.741, de 2008)
§ 1o Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão ser
organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes
itinerários formativos, observadas as normas do respectivo sistema e nível de
ensino. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
§ 2o A educação profissional e tecnológica abrangerá os seguintes
cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissional; (Incluído
pela Lei nº 11.741, de 2008)
II – de educação profissional técnica de nível médio; (Incluído pela Lei nº
11.741, de 2008)
III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós-
graduação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
§ 3o Os cursos de educação profissional tecnológica de graduação e pós-
graduação organizar-se-ão, no que concerne a objetivos, características e duração,
de acordo com as diretrizes curriculares nacionais estabelecidas pelo Conselho
Nacional de Educação. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articulação com o
ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições
especializadas ou no ambiente de
trabalho. (Regulamento)(Regulamento) (Regulamento)
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no
trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para
prosseguimento ou conclusão de estudos. (Regulamento)
Parágrafo único. Os diplomas de cursos de educação profissional de nível
médio, quando registrados, terão validade nacional. (Revogado pela Lei nº
11.741, de 2008)
124
Art. 41. O conhecimento adquirido na educação profissional e tecnológica,
inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação
para prosseguimento ou conclusão de estudos. (Redação dada pela Lei nº
11.741, de 2008)
Art. 42. As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares,
oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à
capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de
escolaridade. (Regulamento) (Regulamento)
Art. 42. As instituições de educação profissional e tecnológica, além dos seus
cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada
a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de
escolaridade. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)
CAPÍTULO IV DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do
pensamento reflexivo;
II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a
inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua;
III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação científica, visando o
desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da criação e difusão da cultura, e,
desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive;
IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino,
de publicações ou de outras formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e
possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão
sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de
cada geração;
125
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular
os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e
estabelecer com esta uma relação de reciprocidade;
VII - promover a extensão, aberta à participação da população, visando à
difusão das conquistas e benefícios resultantes da criação cultural e da pesquisa
científica e tecnológica geradas na instituição.
VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramento da educação
básica, mediante a formação e a capacitação de profissionais, a realização de
pesquisas pedagógicas e o desenvolvimento de atividades de extensão que
aproximem os dois níveis escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e
programas: (Regulamento)
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de
abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas
instituições de ensino;
I - cursos seqüenciais por campo de saber, de diferentes níveis de
abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos estabelecidos pelas
instituições de ensino, desde que tenham concluído o ensino médio ou
equivalente; (Redação dada pela Lei nº 11.632, de 2007).
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluído o ensino médio
ou equivalente e tenham sido classificados em processo seletivo;
III - de pós-graduação, compreendendo programas de mestrado e doutorado,
cursos de especialização, aperfeiçoamento e outros, abertos a candidatos
diplomados em cursos de graduação e que atendam às exigências das instituições
de ensino;
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requisitos
estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino.
Parágrafo único. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II
do caput deste artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior,
sendo obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva
ordem de classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de
acordo com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo
edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006)
126
§ 1º. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II do caput deste
artigo serão tornados públicos pelas instituições de ensino superior, sendo
obrigatória a divulgação da relação nominal dos classificados, a respectiva ordem de
classificação, bem como do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo
com os critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo
edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006) (Renumerado do parágrafo
único para § 1º pela Lei nº 13.184, de 2015)
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as instituições públicas de
ensino superior darão prioridade de matrícula ao candidato que comprove ter renda
familiar inferior a dez salários mínimos, ou ao de menor renda familiar, quando mais
de um candidato preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei nº 13.184, de
2015)
§ 3º O processo seletivo referido no inciso II do caput considerará
exclusivamente as competências, as habilidades e as expectativas de aprendizagem
das áreas de conhecimento definidas na Base Nacional Comum Curricular,
observado o disposto nos incisos I a IV do caput do art. 36. (Incluído pela Medida
Provisória nº 746, de 2016)
Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições de ensino
superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou
especialização. (Regulamento) (Regulamento)
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem como o
credenciamento de instituições de educação superior, terão prazos limitados, sendo
renovados, periodicamente, após processo regular de
avaliação. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004)
§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências eventualmente
identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, haverá reavaliação, que
poderá resultar, conforme o caso, em desativação de cursos e habilitações, em
intervenção na instituição, em suspensão temporária de prerrogativas da autonomia,
ou em descredenciamento. (Regulamento) (Regulamento) (Vide Lei
nº 10.870, de 2004)
§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo responsável por sua
manutenção acompanhará o processo de saneamento e fornecerá recursos
adicionais, se necessários, para a superação das deficiências.
127
Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, independente do ano civil,
tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho acadêmico efetivo, excluído o tempo
reservado aos exames finais, quando houver.
§ 1º As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo,
os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração,
requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de
avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições.
§ 1o As instituições informarão aos interessados, antes de cada período letivo,
os programas dos cursos e demais componentes curriculares, sua duração,
requisitos, qualificação dos professores, recursos disponíveis e critérios de
avaliação, obrigando-se a cumprir as respectivas condições, e a publicação deve ser
feita, sendo as 3 (três) primeiras formas concomitantemente: (Redação dada
pela lei nº 13.168, de 2015)
I - em página específica na internet no sítio eletrônico oficial da instituição de
ensino superior, obedecido o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título “Grade e Corpo
Docente”; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
b) a página principal da instituição de ensino superior, bem como a página da
oferta de seus cursos aos ingressantes sob a forma de vestibulares, processo
seletivo e outras com a mesma finalidade, deve conter a ligação desta com a página
específica prevista neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrônico, deve criar
página específica para divulgação das informações de que trata esta
Lei; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
d) a página específica deve conter a data completa de sua última
atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino superior, por meio
de ligação para a página referida no inciso I; (Incluído pela lei nº 13.168, de
2015)
III - em local visível da instituição de ensino superior e de fácil acesso ao
público; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de acordo com a
duração das disciplinas de cada curso oferecido, observando o
seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
128
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferenciada, a publicação
deve ser semestral; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início das
aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente até o início das
aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as alterações; (Incluída pela
lei nº 13.168, de 2015)
V - deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei nº 13.168, de
2015)
a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de ensino
superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de cada curso e as
respectivas cargas horárias; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em cada curso, as
disciplinas que efetivamente ministrará naquele curso ou cursos, sua titulação,
abrangendo a qualificação profissional do docente e o tempo de casa do docente, de
forma total, contínua ou intermitente. (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
§ 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos estudos,
demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de avaliação específicos,
aplicados por banca examinadora especial, poderão ter abreviada a duração dos
seus cursos, de acordo com as normas dos sistemas de ensino.
§ 3º É obrigatória a freqüência de alunos e professores, salvo nos programas
de educação a distância.
§ 4º As instituições de educação superior oferecerão, no período noturno,
cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade mantidos no período
diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas instituições públicas, garantida a
necessária previsão orçamentária.
Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, quando registrados,
terão validade nacional como prova da formação recebida por seu titular.
§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas próprias
registrados, e aqueles conferidos por instituições não-universitárias serão
registrados em universidades indicadas pelo Conselho Nacional de Educação.
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades estrangeiras
serão revalidados por universidades públicas que tenham curso do mesmo nível e
129 área ou equivalente, respeitando-se os acordos internacionais de reciprocidade ou
equiparação.
§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por universidades
estrangeiras só poderão ser reconhecidos por universidades que possuam cursos de
pós-graduação reconhecidos e avaliados, na mesma área de conhecimento e em
nível equivalente ou superior.
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a transferência de
alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de existência de vagas, e mediante
processo seletivo.
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na forma da
lei. (Regulamento)
Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocorrência de vagas,
abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a alunos não regulares que
demonstrarem capacidade de cursá-las com proveito, mediante processo seletivo
prévio.
Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas como
universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de seleção e admissão de
estudantes, levarão em conta os efeitos desses critérios sobre a orientação do
ensino médio, articulando-se com os órgãos normativos dos sistemas de ensino.
Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de formação dos
quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, de extensão e de domínio e
cultivo do saber humano, que se caracterizam
por: (Regulamento) (Regulamento)
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo sistemático dos
temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto de vista científico e cultural,
quanto regional e nacional;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação acadêmica de
mestrado ou doutorado;
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral.
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades especializadas por
campo do saber. (Regulamento) (Regulamento)
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às universidades,
sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições:
130
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e programas de educação
superior previstos nesta Lei, obedecendo às normas gerais da União e, quando for o
caso, do respectivo sistema de ensino; (Regulamento)
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes
gerais pertinentes;
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa científica, produção
artística e atividades de extensão;
IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade institucional e as
exigências do seu meio;
V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em consonância com as
normas gerais atinentes;
VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;
VII - firmar contratos, acordos e convênios;
VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos
referentes a obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar
rendimentos conforme dispositivos institucionais;
IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma prevista no ato de
constituição, nas leis e nos respectivos estatutos;
X - receber subvenções, doações, heranças, legados e cooperação financeira
resultante de convênios com entidades públicas e privadas.
Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica das
universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa decidir, dentro dos
recursos orçamentários disponíveis, sobre:
I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
II - ampliação e diminuição de vagas;
III - elaboração da programação dos cursos;
IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão;
V - contratação e dispensa de professores;
VI - planos de carreira docente.
Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público gozarão, na forma da
lei, de estatuto jurídico especial para atender às peculiaridades de sua estrutura,
organização e financiamento pelo Poder Público, assim como dos seus planos de
carreira e do regime jurídico do seu pessoal. (Regulamento) (Regulamento)
131
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições asseguradas pelo
artigo anterior, as universidades públicas poderão:
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e administrativo, assim
como um plano de cargos e salários, atendidas as normas gerais pertinentes e os
recursos disponíveis;
II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade com as normas
gerais concernentes;
III - aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos
referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de acordo com os recursos
alocados pelo respectivo Poder mantenedor;
IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas peculiaridades de
organização e funcionamento;
VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com aprovação do
Poder competente, para aquisição de bens imóveis, instalações e equipamentos;
VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras providências de ordem
orçamentária, financeira e patrimonial necessárias ao seu bom desempenho.
§ 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendidas a
instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou para a pesquisa, com
base em avaliação realizada pelo Poder Público.
Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orçamento Geral,
recursos suficientes para manutenção e desenvolvimento das instituições de
educação superior por ela mantidas.
Art. 56. As instituições públicas de educação superior obedecerão ao princípio
da gestão democrática, assegurada a existência de órgãos colegiados deliberativos,
de que participarão os segmentos da comunidade institucional, local e regional.
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão setenta por cento
dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, inclusive nos que tratarem da
elaboração e modificações estatutárias e regimentais, bem como da escolha de
dirigentes.
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o professor ficará
obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. (Regulamento)
132 CAPÍTULO V DA EDUCAÇÃO ESPECIAL
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.
Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de
ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades ou superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de
2013)
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola
regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não
for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início
na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais:
Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiência,
transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização
específicos, para atender às suas necessidades;
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível
exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e
aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os
superdotados;
III - professores com especialização adequada em nível médio ou superior,
para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular
capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns;
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na
vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem
133 capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os
órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade
superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora;
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de alunos com
altas habilidades ou superdotação matriculados na educação básica e na educação
superior, a fim de fomentar a execução de políticas públicas destinadas ao
desenvolvimento pleno das potencialidades desse alunado. (Incluído pela Lei nº
13.234, de 2015)
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas habilidades ou
superdotação, os critérios e procedimentos para inclusão no cadastro referido
no caput deste artigo, as entidades responsáveis pelo cadastramento, os
mecanismos de acesso aos dados do cadastro e as políticas de desenvolvimento
das potencialidades do alunado de que trata o caput serão definidos em
regulamento.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios
de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com
atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo
Poder Público.
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria
rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições
previstas neste artigo. (Regulamento)
Parágrafo único. O poder público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com deficiência, transtornos globais do
desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na própria rede pública regular
de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste
artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
TÍTULO VI Dos Profissionais da Educação
134
Art. 61. A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos
objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e às características de cada
fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: (Regulamento)
Art. 61. Consideram-se profissionais da educação escolar básica os que, nela
estando em efetivo exercício e tendo sido formados em cursos reconhecidos,
são: (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
I - a associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em
serviço;
I – professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na
educação infantil e nos ensinos fundamental e médio; (Redação dada pela
Lei nº 12.014, de 2009)
II - aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de
ensino e outras atividades.
II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pedagogia, com
habilitação em administração, planejamento, supervisão, inspeção e orientação
educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas
áreas; (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
III – trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou
superior em área pedagógica ou afim; e (Redação dada pela Medida Provisória nº
746, de 2016)
IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de
ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação para atender o
disposto no inciso V do caput do art. 36. (Incluído pela Medida Provisória nº 746,
de 2016)
Parágrafo único. A formação dos profissionais da educação, de modo a
atender às especificidades do exercício de suas atividades, bem como aos objetivos
das diferentes etapas e modalidades da educação básica, terá como
fundamentos: (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
I – a presença de sólida formação básica, que propicie o conhecimento dos
fundamentos científicos e sociais de suas competências de trabalho; (Incluído
pela Lei nº 12.014, de 2009)
135
II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios supervisionados e
capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores, em instituições
de ensino e em outras atividades. (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício
do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade
Normal. (Regulamento)
Art. 62. A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em
nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e
institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício
do magistério na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino
fundamental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (Redação
dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 1º A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, em regime de
colaboração, deverão promover a formação inicial, a continuada e a capacitação dos
profissionais de magistério. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
§ 2º A formação continuada e a capacitação dos profissionais de magistério
poderão utilizar recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído pela
Lei nº 12.056, de 2009).
§ 3º A formação inicial de profissionais de magistério dará preferência ao
ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de recursos e tecnologias de
educação a distância. (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009).
§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios adotarão
mecanismos facilitadores de acesso e permanência em cursos de formação de
docentes em nível superior para atuar na educação básica pública. (Incluído
pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 5o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios incentivarão a
formação de profissionais do magistério para atuar na educação básica pública
mediante programa institucional de bolsa de iniciação à docência a estudantes
matriculados em cursos de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de
educação superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
136
§ 6o O Ministério da Educação poderá estabelecer nota mínima em exame
nacional aplicado aos concluintes do ensino médio como pré-requisito para o
ingresso em cursos de graduação para formação de docentes, ouvido o Conselho
Nacional de Educação - CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
§ 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão por referência a
Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016) (Vide Medida Provisória nº 746, de 2016)
Art. 62-A. A formação dos profissionais a que se refere o inciso III do art. 61
far-se-á por meio de cursos de conteúdo técnico-pedagógico, em nível médio ou
superior, incluindo habilitações tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013)
Parágrafo único. Garantir-se-á formação continuada para os profissionais a
que se refere o caput, no local de trabalho ou em instituições de educação básica e
superior, incluindo cursos de educação profissional, cursos superiores de graduação
plena ou tecnológicos e de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de
2013)
Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Regulamento)
I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, inclusive o
curso normal superior, destinado à formação de docentes para a educação infantil e
para as primeiras séries do ensino fundamental;
II - programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de
educação superior que queiram se dedicar à educação básica;
III - programas de educação continuada para os profissionais de educação dos
diversos níveis.
Art. 64. A formação de profissionais de educação para administração,
planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação
básica, será feita em cursos de graduação em pedagogia ou em nível de pós-
graduação, a critério da instituição de ensino, garantida, nesta formação, a base
comum nacional.
Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior, incluirá prática
de ensino de, no mínimo, trezentas horas.
Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível
de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado.
137
Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universidade com curso de
doutorado em área afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico.
Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos profissionais da
educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos dos estatutos e dos planos de
carreira do magistério público:
I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos;
II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com licenciamento
periódico remunerado para esse fim;
III - piso salarial profissional;
IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação, e na avaliação
do desempenho;
V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluído na carga
de trabalho;
VI - condições adequadas de trabalho.
§ 1o A experiência docente é pré-requisito para o exercício profissional de
quaisquer outras funções de magistério, nos termos das normas de cada sistema de
ensino. (Renumerado pela Lei nº 11.301, de 2006)
§ 2o Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no § 8o do art. 201 da
Constituição Federal, são consideradas funções de magistério as exercidas por
professores e especialistas em educação no desempenho de atividades educativas,
quando exercidas em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis
e modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de direção de unidade
escolar e as de coordenação e assessoramento pedagógico. (Incluído pela Lei
nº 11.301, de 2006)
§ 3o A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios na elaboração de concursos públicos para provimento de cargos dos
profissionais da educação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013)
TÍTULO VII Dos Recursos financeiros
Art. 68. Serão recursos públicos destinados à educação os originários de:
I - receita de impostos próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios;
138
II - receita de transferências constitucionais e outras transferências;
III - receita do salário-educação e de outras contribuições sociais;
IV - receita de incentivos fiscais;
V - outros recursos previstos em lei.
Art. 69. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados,
o Distrito Federal e os Municípios, vinte e cinco por cento, ou o que consta nas
respectivas Constituições ou Leis Orgânicas, da receita resultante de impostos,
compreendidas as transferências constitucionais, na manutenção e desenvolvimento
do ensino público.
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela União aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios,
não será considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do
governo que a transferir.
§ 2º Serão consideradas excluídas das receitas de impostos mencionadas
neste artigo as operações de crédito por antecipação de receita orçamentária de
impostos.
§ 3º Para fixação inicial dos valores correspondentes aos mínimos estatuídos
neste artigo, será considerada a receita estimada na lei do orçamento anual,
ajustada, quando for o caso, por lei que autorizar a abertura de créditos adicionais,
com base no eventual excesso de arrecadação.
§ 4º As diferenças entre a receita e a despesa previstas e as efetivamente
realizadas, que resultem no não atendimento dos percentuais mínimos obrigatórios,
serão apuradas e corrigidas a cada trimestre do exercício financeiro.
§ 5º O repasse dos valores referidos neste artigo do caixa da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios ocorrerá imediatamente ao órgão
responsável pela educação, observados os seguintes prazos:
I - recursos arrecadados do primeiro ao décimo dia de cada mês, até o
vigésimo dia;
II - recursos arrecadados do décimo primeiro ao vigésimo dia de cada mês, até
o trigésimo dia;
III - recursos arrecadados do vigésimo primeiro dia ao final de cada mês, até o
décimo dia do mês subseqüente.
§ 6º O atraso da liberação sujeitará os recursos a correção monetária e à
responsabilização civil e criminal das autoridades competentes.
139
Art. 70. Considerar-se-ão como de manutenção e desenvolvimento do ensino
as despesas realizadas com vistas à consecução dos objetivos básicos das
instituições educacionais de todos os níveis, compreendendo as que se destinam a:
I - remuneração e aperfeiçoamento do pessoal docente e demais profissionais
da educação;
II - aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e
equipamentos necessários ao ensino;
III – uso e manutenção de bens e serviços vinculados ao ensino;
IV - levantamentos estatísticos, estudos e pesquisas visando precipuamente ao
aprimoramento da qualidade e à expansão do ensino;
V - realização de atividades-meio necessárias ao funcionamento dos sistemas
de ensino;
VI - concessão de bolsas de estudo a alunos de escolas públicas e privadas;
VII - amortização e custeio de operações de crédito destinadas a atender ao
disposto nos incisos deste artigo;
VIII - aquisição de material didático-escolar e manutenção de programas de
transporte escolar.
Art. 71. Não constituirão despesas de manutenção e desenvolvimento do
ensino aquelas realizadas com:
I - pesquisa, quando não vinculada às instituições de ensino, ou, quando
efetivada fora dos sistemas de ensino, que não vise, precipuamente, ao
aprimoramento de sua qualidade ou à sua expansão;
II - subvenção a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial,
desportivo ou cultural;
III - formação de quadros especiais para a administração pública, sejam
militares ou civis, inclusive diplomáticos;
IV - programas suplementares de alimentação, assistência médico-
odontológica, farmacêutica e psicológica, e outras formas de assistência social;
V - obras de infra-estrutura, ainda que realizadas para beneficiar direta ou
indiretamente a rede escolar;
VI - pessoal docente e demais trabalhadores da educação, quando em desvio
de função ou em atividade alheia à manutenção e desenvolvimento do ensino.
140
Art. 72. As receitas e despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino
serão apuradas e publicadas nos balanços do Poder Público, assim como nos
relatórios a que se refere o § 3º do art. 165 da Constituição Federal.
Art. 73. Os órgãos fiscalizadores examinarão, prioritariamente, na prestação de
contas de recursos públicos, o cumprimento do disposto no art. 212 da Constituição
Federal, no art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e na
legislação concernente.
Art. 74. A União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, estabelecerá padrão mínimo de oportunidades educacionais para o
ensino fundamental, baseado no cálculo do custo mínimo por aluno, capaz de
assegurar ensino de qualidade.
Parágrafo único. O custo mínimo de que trata este artigo será calculado pela
União ao final de cada ano, com validade para o ano subseqüente, considerando
variações regionais no custo dos insumos e as diversas modalidades de ensino.
Art. 75. A ação supletiva e redistributiva da União e dos Estados será exercida
de modo a corrigir, progressivamente, as disparidades de acesso e garantir o padrão
mínimo de qualidade de ensino.
§ 1º A ação a que se refere este artigo obedecerá a fórmula de domínio público
que inclua a capacidade de atendimento e a medida do esforço fiscal do respectivo
Estado, do Distrito Federal ou do Município em favor da manutenção e do
desenvolvimento do ensino.
§ 2º A capacidade de atendimento de cada governo será definida pela razão
entre os recursos de uso constitucionalmente obrigatório na manutenção e
desenvolvimento do ensino e o custo anual do aluno, relativo ao padrão mínimo de
qualidade.
§ 3º Com base nos critérios estabelecidos nos §§ 1º e 2º, a União poderá fazer
a transferência direta de recursos a cada estabelecimento de ensino, considerado o
número de alunos que efetivamente freqüentam a escola.
§ 4º A ação supletiva e redistributiva não poderá ser exercida em favor do
Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios se estes oferecerem vagas, na área
de ensino de sua responsabilidade, conforme o inciso VI do art. 10 e o inciso V do
art. 11 desta Lei, em número inferior à sua capacidade de atendimento.
141
Art. 76. A ação supletiva e redistributiva prevista no artigo anterior ficará
condicionada ao efetivo cumprimento pelos Estados, Distrito Federal e Municípios do
disposto nesta Lei, sem prejuízo de outras prescrições legais.
Art. 77. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo
ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas que:
I - comprovem finalidade não-lucrativa e não distribuam resultados, dividendos,
bonificações, participações ou parcela de seu patrimônio sob nenhuma forma ou
pretexto;
II - apliquem seus excedentes financeiros em educação;
III - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas
atividades;
IV - prestem contas ao Poder Público dos recursos recebidos.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de
estudo para a educação básica, na forma da lei, para os que demonstrarem
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede
pública de domicílio do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir
prioritariamente na expansão da sua rede local.
§ 2º As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão receber apoio
financeiro do Poder Público, inclusive mediante bolsas de estudo.
TÍTULO VIII Das Disposições Gerais
Art. 78. O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências
federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas
integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilingüe e
intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:
I - proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas
memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de
suas línguas e ciências;
II - garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso às informações,
conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades
indígenas e não-índias.
142
Art. 79. A União apoiará técnica e financeiramente os sistemas de ensino no
provimento da educação intercultural às comunidades indígenas, desenvolvendo
programas integrados de ensino e pesquisa.
§ 1º Os programas serão planejados com audiência das comunidades
indígenas.
§ 2º Os programas a que se refere este artigo, incluídos nos Planos Nacionais
de Educação, terão os seguintes objetivos:
I - fortalecer as práticas sócio-culturais e a língua materna de cada comunidade
indígena;
II - manter programas de formação de pessoal especializado, destinado à
educação escolar nas comunidades indígenas;
III - desenvolver currículos e programas específicos, neles incluindo os
conteúdos culturais correspondentes às respectivas comunidades;
IV - elaborar e publicar sistematicamente material didático específico e
diferenciado.
§ 3o No que se refere à educação superior, sem prejuízo de outras ações, o
atendimento aos povos indígenas efetivar-se-á, nas universidades públicas e
privadas, mediante a oferta de ensino e de assistência estudantil, assim como de
estímulo à pesquisa e desenvolvimento de programas especiais. (Incluído pela
Lei nº 12.416, de 2011)
Art. 79-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como ‘Dia
Nacional da Consciência Negra’. (Incluído pela Lei nº 10.639, de 9.1.2003)
Art. 80. O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de
programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de
educação continuada. (Regulamento)
§ 1º A educação a distância, organizada com abertura e regime especiais, será
oferecida por instituições especificamente credenciadas pela União.
§ 2º A União regulamentará os requisitos para a realização de exames e
registro de diploma relativos a cursos de educação a distância.
§ 3º As normas para produção, controle e avaliação de programas de
educação a distância e a autorização para sua implementação, caberão aos
respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os
diferentes sistemas. (Regulamento)
143
§ 4º A educação a distância gozará de tratamento diferenciado, que incluirá:
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão
sonora e de sons e imagens;
I - custos de transmissão reduzidos em canais comerciais de radiodifusão
sonora e de sons e imagens e em outros meios de comunicação que sejam
explorados mediante autorização, concessão ou permissão do poder
público; (Redação dada pela Lei nº 12.603, de 2012)
II - concessão de canais com finalidades exclusivamente educativas;
III - reserva de tempo mínimo, sem ônus para o Poder Público, pelos
concessionários de canais comerciais.
Art. 81. É permitida a organização de cursos ou instituições de ensino
experimentais, desde que obedecidas as disposições desta Lei.
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas para realização dos
estágios dos alunos regularmente matriculados no ensino médio ou superior em sua
jurisdição.
Parágrafo único. O estágio realizado nas condições deste artigo não
estabelecem vínculo empregatício, podendo o estagiário receber bolsa de estágio,
estar segurado contra acidentes e ter a cobertura previdenciária prevista na
legislação específica. (Revogado pela nº 11.788, de 2008)
Art. 82. Os sistemas de ensino estabelecerão as normas de realização de
estágio em sua jurisdição, observada a lei federal sobre a matéria. (Redação
dada pela Lei nº 11.788, de 2008)
Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, admitida a equivalência
de estudos, de acordo com as normas fixadas pelos sistemas de ensino.
Art. 84. Os discentes da educação superior poderão ser aproveitados em
tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de
monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos.
Art. 85. Qualquer cidadão habilitado com a titulação própria poderá exigir a
abertura de concurso público de provas e títulos para cargo de docente de instituição
pública de ensino que estiver sendo ocupado por professor não concursado, por
mais de seis anos, ressalvados os direitos assegurados pelos arts. 41 da
Constituição Federal e 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.
144
Art. 86. As instituições de educação superior constituídas como universidades
integrar-se-ão, também, na sua condição de instituições de pesquisa, ao Sistema
Nacional de Ciência e Tecnologia, nos termos da legislação específica.
TÍTULO IX Das Disposições Transitórias
Art. 87. É instituída a Década da Educação, a iniciar-se um ano a partir da
publicação desta Lei.
§ 1º A União, no prazo de um ano a partir da publicação desta Lei,
encaminhará, ao Congresso Nacional, o Plano Nacional de Educação, com diretrizes
e metas para os dez anos seguintes, em sintonia com a Declaração Mundial sobre
Educação para Todos.
§ 2º O Poder Público deverá recensear os educandos no ensino fundamental,
com especial atenção para os grupos de sete a quatorze e de quinze a dezesseis
anos de idade.
§ 2o O poder público deverá recensear os educandos no ensino fundamental,
com especial atenção para o grupo de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos de idade e de
15 (quinze) a 16 (dezesseis) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 11.274,
de 2006) (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)
§ 3º Cada Município e, supletivamente, o Estado e a União, deverá:
I - matricular todos os educandos a partir dos sete anos de idade e,
facultativamente, a partir dos seis anos, no ensino fundamental;
I – matricular todos os educandos a partir dos seis anos de idade, no ensino
fundamental, atendidas as seguintes condições no âmbito de cada sistema de
ensino: (Redação dada pela Lei nº 11.114, de 2005)
a) plena observância das condições de oferta fixadas por esta Lei, no caso de
todas as redes escolares; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
b) atingimento de taxa líquida de escolarização de pelo menos 95% (noventa e
cinco por cento) da faixa etária de sete a catorze anos, no caso das redes escolares
públicas; e (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
c) não redução média de recursos por aluno do ensino fundamental na
respectiva rede pública, resultante da incorporação dos alunos de seis anos de
idade; (Incluída pela Lei nº 11.114, de 2005)
145
§ 3o O Distrito Federal, cada Estado e Município, e, supletivamente, a União,
devem: (Redação dada pela Lei nº 11.330, de 2006)
I – matricular todos os educandos a partir dos 6 (seis) anos de idade no ensino
fundamental; (Redação dada pela Lei nº 11.274, de
2006) (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)
a) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
b) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
c) (Revogado) (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
II - prover cursos presenciais ou a distância aos jovens e adultos
insuficientemente escolarizados;
III - realizar programas de capacitação para todos os professores em exercício,
utilizando também, para isto, os recursos da educação a distância;
IV - integrar todos os estabelecimentos de ensino fundamental do seu território
ao sistema nacional de avaliação do rendimento escolar.
§ 4º Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores
habilitados em nível superior ou formados por treinamento em
serviço. (Revogado pela lei nº 12.796, de 2013)
§ 5º Serão conjugados todos os esforços objetivando a progressão das redes
escolares públicas urbanas de ensino fundamental para o regime de escolas de
tempo integral.
§ 6º A assistência financeira da União aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios, bem como a dos Estados aos seus Municípios, ficam condicionadas ao
cumprimento do art. 212 da Constituição Federal e dispositivos legais pertinentes
pelos governos beneficiados.
Art. 87-A. (VETADO). (Incluído pela lei nº 12.796, de 2013)
Art. 88. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adaptarão sua
legislação educacional e de ensino às disposições desta Lei no prazo máximo de um
ano, a partir da data de sua publicação. (Regulamento) (Regulamento)
§ 1º As instituições educacionais adaptarão seus estatutos e regimentos aos
dispositivos desta Lei e às normas dos respectivos sistemas de ensino, nos prazos
por estes estabelecidos.
§ 2º O prazo para que as universidades cumpram o disposto nos incisos II e III
do art. 52 é de oito anos.
146
Art. 89. As creches e pré-escolas existentes ou que venham a ser criadas
deverão, no prazo de três anos, a contar da publicação desta Lei, integrar-se ao
respectivo sistema de ensino.
Art. 90. As questões suscitadas na transição entre o regime anterior e o que se
institui nesta Lei serão resolvidas pelo Conselho Nacional de Educação ou, mediante
delegação deste, pelos órgãos normativos dos sistemas de ensino, preservada a
autonomia universitária.
Art. 91. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 92. Revogam-se as disposições das Leis nºs 4.024, de 20 de dezembro de
1961, e 5.540, de 28 de novembro de 1968, não alteradas pelas Leis nºs 9.131, de
24 de novembro de 1995 e 9.192, de 21 de dezembro de 1995 e, ainda, as Leis nºs
5.692, de 11 de agosto de 1971 e 7.044, de 18 de outubro de 1982, e as demais leis
e decretos-lei que as modificaram e quaisquer outras disposições em contrário.
Brasília, 20 de dezembro de 1996; 175º da Independência e 108º da República.
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Paulo Renato Souza
Este texto não substitui o publicado no DOU de 23.12.1996