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A ONU proclamou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, reconhecendo, desta forma, o enorme potencial da indústria do turismo, que responde por cerca de 10% da avidade económica mundial, fomentando o combate à pobreza e promovendo a compreensão mútua e o diálogo intercultural, temas centrais da missão da UNESCO. Ao fazê-lo, a ONU declarou estar a “Promover mais entendimento entre os povos de todos os lugares, o que leva a uma maior conscienzação sobre o rico património de várias civilizações e a uma melhor apreciação dos valores inerentes às diferentes culturas, contribuindo dessa forma para fortalecer a paz no mundo”. Esses objevos têm sido reconhecidos pelos vários programas culturais e cienficos da UNESCO, sobretudo pelo Programa do Património Mundial, que vem trabalhando para assegurar que os turistas que visitam os seus 1.052 síos naturais e culturais beneficiem as comunidades locais, e que os fluxos de visitantes sejam administrados de maneira compavel com a conservação do património. O turismo bem estruturado e bem administrado também pode contribuir significavamente para o desenvolvimento sustentável dos 119 Geoparques Mundiais designados pela UNESCO em 33 países, síos espetaculares que nos ensinam sobre a história do nosso planeta. Da mesma forma, o Programa “O Homem e a Biosfera”, com seus 669 síos em 120 países, tem sido um laboratório pioneiro para a sustentabilidade, desde que foi estabelecido para promover o desenvolvimento económico consciente da necessidade de preservar o meio ambiente e os recursos naturais. Fonte: hps://www.google.pt/search?q=2017+ano+internacion al+de+qu%C3%AA%3F&oq=2017+&aqs=chrome.0.69i59j69i57j0 l4.5325j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8 O Turismo do Porto e Norte de Portugal O ano de 2016 fechou com 6,8 milhões de dormidas e quase angiu meta para 2020. O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) fechou o ano de 2016 com um crescimento de dormidas na ordem dos 10,70% em relação a 2015, valores próximos dos objevos traçados para 2020, mas mais turismo não irá causar problemas, pelo contrário, só beneficia a cidade do Porto. “Ser considerado o melhor desno europeu pela terceira vez tem muita importância. Puxa pela autoesma dos portuenses, que sentem a afirmação da cidade. O Porto ganha muito, pois a disnção vai funcionar como promoção turísca, como publicidade. “A cidade mexe com a disnção. Os agentes económicos vão senr mais confiança e vão senr mais reflexo do invesmento. O número de eventos aumenta. Hoje temos uma cidade diferente”. “Tem sido uma tendência nacional, mas o Porto tem crescido de forma muito sustentada todos os anos.” A reabilitação urbana cresce, há novos negócios, a cidade está mais limpa. O Aeroporto Francisco Sá Carneiro angiu no ano passado nove milhões de passageiro e para este ano há a previsão de crescimento de 20 %. “Os espanhóis e os franceses são os principais grupos de visitantes estrangeiros, mas as novas rotas aéreas foram importantes para a atração de turistas.” “As low-cost vieram diversificar as origens, mas mesmo as companhias de bandeira têm muitos voos. É um sinal de que este desno tem interesse”, assinala o responsável da ATP, associação criada em 1995 que é presidida por Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto. Fonte: hp://observador.pt/2017/01/19/turismo-do- porto-fecha-2016-com-68-milhoes-de-dormidas-e- quase-ange-meta-para-2020/ 2016|2017 Ano XVI nº1 1ª Tiragem Escola Básica e Secundária de Rio Tinto 2017: Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento

2017: Ano Internacional do Turismo SustentávelA ONU proclamou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, reconhecendo, desta forma, o enorme potencial

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Page 1: 2017: Ano Internacional do Turismo SustentávelA ONU proclamou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, reconhecendo, desta forma, o enorme potencial

A ONU proclamou 2017 como o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, reconhecendo, desta forma, o enorme potencial da indústria do turismo, que responde por cerca de 10% da atividade económica mundial, fomentando o combate à pobreza e promovendo a compreensão mútua e o diálogo intercultural, temas centrais da missão da UNESCO. Ao fazê-lo, a ONU declarou estar a “Promover mais entendimento entre os povos de todos os lugares, o que leva a uma maior conscientização sobre o rico património de várias civilizações e a uma melhor apreciação dos valores inerentes às diferentes culturas, contribuindo dessa forma para fortalecer a paz no mundo”.Esses objetivos têm sido reconhecidos pelos vários programas culturais e científicos da UNESCO, sobretudo pelo Programa do Património Mundial, que vem trabalhando para assegurar que os turistas que visitam os seus 1.052 sítios naturais e culturais beneficiem as comunidades locais, e que os fluxos de visitantes sejam administrados de maneira compatível com a conservação do património.O turismo bem estruturado e bem administrado também pode contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável dos 119 Geoparques Mundiais designados pela UNESCO em 33 países, sítios espetaculares que nos ensinam sobre a história do nosso planeta. Da mesma forma, o Programa “O Homem e a Biosfera”, com seus 669 sítios em 120 países, tem sido um laboratório pioneiro para a sustentabilidade, desde que foi estabelecido para promover o desenvolvimento económico consciente da necessidade de preservar o meio ambiente e os recursos naturais.

Fonte: https://www.google.pt/search?q=2017+ano+internacional+de+qu%C3%AA%3F&oq=2017+&aqs=chrome.0.69i59j69i57j0

l4.5325j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

O Turismo do Porto e Norte de PortugalO ano de 2016 fechou com 6,8 milhões de dormidas e quase atingiu meta para 2020.

O Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP) fechou o ano de 2016 com um

crescimento de dormidas na ordem dos 10,70% em relação a 2015, valores

próximos dos objetivos traçados para 2020, mas mais turismo não irá causar problemas, pelo contrário, só beneficia

a cidade do Porto. “Ser considerado o melhor destino europeu pela terceira vez tem muita importância. Puxa pela

autoestima dos portuenses, que sentem a afirmação da cidade. O Porto ganha

muito, pois a distinção vai funcionar como promoção turística, como publicidade.

“A cidade mexe com a distinção. Os agentes económicos vão sentir mais

confiança e vão sentir mais reflexo do investimento. O número de eventos

aumenta. Hoje temos uma cidade diferente”. “Tem sido uma tendência

nacional, mas o Porto tem crescido de forma muito sustentada todos os anos.”

A reabilitação urbana cresce, há novos negócios, a cidade está mais limpa. O

Aeroporto Francisco Sá Carneiro atingiu no ano passado nove milhões de passageiro e

para este ano há a previsão de crescimento de 20 %. “Os espanhóis e os franceses

são os principais grupos de visitantes estrangeiros, mas as novas rotas aéreas

foram importantes para a atração de turistas.” “As low-cost vieram diversificar

as origens, mas mesmo as companhias de bandeira têm muitos voos. É um sinal de que este destino tem interesse”, assinala

o responsável da ATP, associação criada em 1995 que é presidida por Rui Moreira,

presidente da Câmara do Porto.

Fonte: http://observador.pt/2017/01/19/turismo-do-porto-fecha-2016-com-68-milhoes-de-dormidas-e-

quase-atinge-meta-para-2020/

2016|2017Ano XVI nº1 1ª Tiragem

Escola Básica e Secundária

de Rio Tinto

2017: Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento

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2 ∙ Leitura sem dogmas

editorialEmília Reis, profGeração 2020: que futuro para os jovens portugueses?

Estamos habituados a afirmar e a ouvir dizer que os Portugueses não têm futuro e que só lhes resta emi-grar, mas os jovens, de um modo geral, e não quero, com isto, dizer que são inconscientes e se deixam ilu-dir, têm uma visão positiva de Portugal e dos agentes que contribuem para um futuro com sucesso. Ouvindo os meus alunos, fico com uma certeza: os jovens acreditam que a geração 2020 poderá assumir papéis de relevo na sociedade portuguesa e Portugal será, num futuro próximo, um país melhor para viver.Esta é, como todos sabemos, a geração de portu-gueses mais qualificada da nossa História. Mas é, também, a geração que mais desafios vai enfrentar neste novo milénio. Os jovens de hoje têm de gerir a incerteza de uma forma que não conhecemos no passado. A essa incerteza e à insegurança que a ela se associa quanto ao futuro, alia-se a decisão: onde trabalhar e fazer valer o seu talento?Em Portugal ou no estrangeiro?É verdade que essas e outras dificuldades existem, as críticas deles também (e até são bem vindas!), mas os jovens veem-nas de forma positiva, com um olhar cheio de esperança e vivem-nas com a cabeça cheia de sonhos lque querem concretizar lutando com as armas de que dispõem.Escolas, indivíduo e família são os três pilares em que assenta a sua esperança de poderem fazer de Portu-gal um país melhor. Apostando em si próprios e na valorização individual, através da formação e da educação, a qual tem um peso fundamental, acreditam que vão contribuem para “melhorar a situação do país”.Mas quem tem de fazer algo para operar a mudança?São os políticos? É cada um de nós? Todos, talvez.A verdade é esta: Portugal continua a desperdiçar o imenso capital humano dos jovens que tão bem formou! Se neles foram investidos grossos capitais para a sua educação e formação, será necessário criar agora condições para que se fixem no país inves-tindo nele o capital humano que são; é igualmente necessário trazer de volta aqueles que, por qualquer motivo, optaram por fixar-se no estrangeiro. É urgente fazer um esforço acrescido para fixar os jovens que ainda cá estão e atrair os que emigraram.Adiando este esforço, Portugal perde a dobrar: por um lado, insisto, perde o investimento feito numa formação de excelência de uma geração de exce-lência; por outro, perde o contributo desses jovens para, “com o seu talento e a sua iniciativa, ajudarem Portugal a regressar a uma trajetória sustentável de crescimento económico e de criação de emprego e de riqueza.”Da janela da sala onde me encontro a escrever vejo, na linha azul do horizonte, a “ árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte ”, ou seja, toda uma paisagem inspirado-ra capaz de indicar o caminho certo por onde a Gera-ção 2020 há de conduzir Portugal rumo ao sucesso.

Importância da componente técnica nos cursos de turismoEgídio Abreu, 12º M

Em primeiro lugar, no curso técnico de turismo, adquirem-se, como em todos os outros cursos, noções básicas para a formação geral individual, mas depois tem a componente técnica a que vou dar mais destaque.

A Escola Secundária de Rio Tinto tem o privilégio de dinamizar imensas atividades, o que promove nos alunos que frequentam este curso o desenvolvimento de competências equivalentes a “pequenas sessões” de estágio. Muitas dessas atividades são propostas pelos próprios alunos, mostrando assim criatividade, iniciativa e interesse pelo curso, outras, pelos professores responsáveis que fazem com que estes se preparem para o futuro exercício da profissão.

Por exemplo, no mês de fevereiro, fez-se a comemoração do “ Dia dos Crepes”, em parceria com o Clube de Francês, que foi um sucesso. Reuniram-se os três anos do curso de turismo, o que foi muito positivo, e o feedback dos outros colegas, do grupo docente e direção, foi muito bom. Com essa atividade, salientou-se a importância dos crepes na cultura gastronómica francesa.

Outra das várias atividades, recentemente realizadas, foi a confeção de doces, compotas e marmelada. Com isto, os futuros técnicos de turismo puderam aprender o lado mais trabalhoso e exigente da cozinha, a começar pelas regras de higiene.Estas atividades estimulam noutros alunos o desejo de conhecer o curso e aprender com ele.

Por mera curiosidade, fui pedir opinião sobre estas atividades a colegas, funcionários e professores e, como era de esperar, estes ficam sempre satisfeitos e alegres com estas atividades que trazem, digamos assim, um dia diferente à escola.

Nem todas as escolas têm o privilégio de apostar cada vez mais em atividades lúdicas e educativas, sendo estas sempre divertidas.

Para as pessoas que pensam que um curso profissional, seja de que área for, é só mais um curso, está completamente enganado, porque também se estuda, também se aprende, e claro, temos também objetivos de vida.

Concluo afirmando que as atividades são importantes, não só para formação profissional como também a nível da formação pessoal. Obviamente que isto não seria possível se não houvesse umas excelentes professoras que acolhem, dia após dia, as propostas criativas dos alunos apostando nelas.

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Leitura sem dogmas ∙ 3

Festa da FrancofoniaNo dia 3 de maio, enfatizou-se, na nossa escola, no âmbito das atividades do Clube de Francês, a importância da língua francesa e realçaram-se os valores da solidariedade e do diálogo entre as culturas através da Festa da Francofonia.A palavra “francofonia” saiu, por volta de 1880, da mão do geógrafo Onésime Reclus, que a utilizou para descrever a comunidade linguística e cultural do império colonial francês.Esse patriota achava que a dimensão linguística determinaria a expansão colonial da França, prometendo ao desenvolvimento da língua francesa um futuro com projeção mundial. Hoje, a francofonia, liberta dessa conotação colonial, designa duas realidades diferentes, mas complementares: em sentido lato, engloba todas as ações de promoção do francês e dos valores democráticos que ele veicula; em sentido institucional, qualifica a organização internacional que reúne a comunidade de 70 Estados e governos francófonos que optaram por aderir à sua Carta.Organização de vocação universal, a Francofonia é por essência uma comunidade aberta para o mundo, bem como para os povos e as culturas que a compõem. O termo foi particularmente popularizado por Léopold Sédar Senghor, primeiro Presidente do Senegal e um dos paises fundadores do movimento na década de 1960, que vaticinava: “São os povos que, por intermédio de seus eleitos, empurram os governos para a frente. Seria preciso reunir numa associação interparlamentar os parlamentos de todos os países onde se fala francês”.Em 2010, a estimativa do número de falantes era de 200 milhões distribuídos pelos cinco continentes.Para comemorar a Francofonia, a turma 11º O, do Curso Profissional Técncio de Turismo, organizaram, na disciplina de OTET, o evento “ La Chanson en Scène”, uma iniciativa da APPF, tendo sido orientados nesse trabalho pela diretora de Curso, prof. Nazaré Alves, e acompanhados pelas professoras Ana Santos, Emília Reis e Maria José Costa. O evento contou com a presença da responsável pela APPF, Maria Fernanda António, e pelas seguintes escolas: Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, Escola Sec. com 3º ciclo Henrique Medina, Agrupamento de Escolas Oliveira Júnior e, naturalmente, a nossa escola. Todos os projetos apresentados neste espetáculo foram, como diz o regulamento do concurso, inspirados em canções francesas ou francófonas.As animações entre cada projeto ficaram a cargo de alunos do 11º O. e do 8º A.

Clube de Francês

Continuando a cumprir o plano de atividades que se propôs concretizar, o Clube de Francêscomemorou , no dia 2 de fevereiro, La Chandeleur, a Festa dos Crepes, contando para a confeção e venda desta iguaria francófona com os alunos do 11º O, que o fizeram com grande entusiasmo.

No dia 8 de março, comemorando o Dia da Mulher, divulgou outra iguaria francesa , as Madalenas de Proust, que os alunos de 10º e 11º anos de Turismo confecionaram e ofereceram a todos os professores que compareceram, no intervalo grande, na sua sala de descanso.

Ao longo do ano, foram apoiados grupos de alunos que desejavam fazer pesquisa sobre temas atuais que afetam os jovens de que resultaram alguns trabalhos de qualidade e que, por isso, vão ser publicados.

Foi, também, dado apoio a alunos do Curso Profissional de Turismo. A uns porque só frequentaram a disciplina de francês até ao nono anos e que no ensino secundário frequentaram a língua espanhola, mas que considerma que precisam de demonstrar conhecimento da língua frances falada e a outros que estão a frequentar a disciplina de Comunicar em Francês integrados numa turma predominantemente de continuação, sendo eles de iniciação.

Comemorando a Festa da Francofonia, participou no Concurso La Chanson en Scène V, uma iniciativa da Associação Portuguesa de Professores de Francês (APPF), que teve lugar na nosssa escola, apresentando uma peça de teatro inspirada na canção Petite Emilie, a qual foi escolhida pela turma de 11º O, que a leu, interpretou e dramatizou.

A organização do evento esteve a cargo da turma de 11º O, no âmbito das disciplinas de OTET e de Comunicar em Francês.

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4 ∙ Leitura sem dogmas

Harry Potter:uma saga intemporalInês Marques Oliveira, 10ºP

Harry Potter é uma saga que integra um total de oito filmes que apresentam várias situações de mistério, fantasia e romance.Embora todos contenham inúmeras personagens com papéis muito importantes, consideram-se as mais relevantes e fundamentais nesta saga Harry Potter, Hermione Granger e Ronald Weasley. Com efeito, os três são grandes amigos que se juntam no primeiro ano na escola de feitiçaria e nos transmitem o verdadeiro significado da palavra “amizade”. Outra personagem é Albus Dumbledore, que é o director da escola e ganha uma incrível proximidade e carinho por Harry Potter. Lord Voldemort, por ser o mais forte e o mais temido feiticeiro das trevas, praticando todos os seus feitiços através da magia negra, é outra personagem que também se destaca nesta saga.Desde sempre apreciei muito esta saga e sempre adorei ver os filmes. Acho que é incrível e com uma fantasia magnífica, sendo, por isso, uma das melhores que já vi. Pode, porém, dizer-se que é antiga, mas todos os filmes foram tão incrivelmente bem realizados pelo que nos fazem sentir que estamos a viver os vários acontecimentos e acreditar que toda aquela fantasia e magia são reais.

Aconselho vivamente todas as pessoas a verem estes filmes por tudo o que expus anteriormente e ainda pela popularidade que alcançaram e que, acredito, continuarão a ter. Convém lembrar que a autora dos livros que inspiraram a saga, a britânica J. K. Rowling, viveu, casou e escreveu partes da sua obra na cidade do Porto.

Sinopse do primeiro livroEmília Reis, prof.

Harry Potter, personagem principal de Harry Potter e a pedra filosofal, o primeiro livro de J.K. Rowling, lançado na Inglaterra em 1997, órfão de pais, vive com os tios Dursley, que o mal tratam, até aos 11 anos, idade com que começa a receber cartas anónimas que os tios vão destruindo. Na noite do seu aniversário, Harry recebe a visita de Hagrid, um ser gigante que trabalha para o diretor da referida escola, que lhe revela que é filho de bruxos pelo que vem convidá-lo a ingressar na escola de bruxaria por possuir poderes mágicos como os seus pais. É-lhe também revelado o fim trágico de seus pais, os quais foram mortos pelo terrível bruxo Voldemort, não morrido vítimas de acidente, como diziam os tios, e ainda que a sua cicatriz resultara da tentativa de assassinato que o pequeno Harry sofrera. Apresentando o leitor às principais personagens da série a narradora cria uma aura de simpatia por este bruxinho.No seu primeiro “escolar” na escola de bruxaria é apresentado a Ronald Wesley e Hermione Granger, seus futuros melhores amigos, e inserido no mundo dos bruxos o que lhe permite descobrir que deve a sua fama ao facto de ter resistido ao ataque de Voldemort.Confirmando que o espírito de Voldemort ronda o castelo e que a pedra filosofal, que, segundo a lenda, tem o poder da imortalidade, se encontra em perigo, Harry, Rony e Hermione alertam os professores, que descartam tal possibilidade pelo facto de o prodigioso objeto estar protegido por várias armadilhas numa câmara subterrânea.

Não obstante, os três bruxinhos decidem procurá-lo para o protegerem. Posteriormente, Harry descobre que o professor Quirinus Quirrell estava tentado a roubar a pedra desde o início para a entregar a Voldemort, que permanecia como um parasita na cabeça do professor. Quando Harry consegue agarrar a pedra, o professor Quirrell tenta matá-lo, porém não consegue levar a sua missão a bom termo e morre quando Voldemort abandona seu corpo.Depois de uma conversa com o diretor da escola, Harry reencontra os seus amigos e volta para a casa dos tios.

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Leitura sem dogmas ∙ 5

BiobibliografiaJ.K.Roowling,Emília Reis, prof.

Joanne Murray é o nome de casada da escritora britânica de ficção mais conhecida como J.K.Roowling, nome com que assina os seus sete livros da famosa e premiada série Harry Potter, de três outros pequenos livros relacionados Harry Potter e também o atual livro Morte Súbita e “The Cuckoo’s Calling”. Foi na década de 90 que a ideia de Harry Potter nasceu inesperadamente na mente de J.K. durante uma viagem de comboio. Usou papel barato e até guardanapos de papel para rabiscar os seus primeiros manuscritos e escrever o livro que a ajudou a passar o tempo, quando sofria de depressão, embora amparada pela família e por amigos, em especial Sean Harris.J.K. nunca esperou sustentar-se escrevendo livros, mas a publicação do seu primeiro livro, “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, em 1997, foi a concretização de um sonho de infância. O máximo que esperava era uma crítica favorável. O que nem ela, nem o seu agente, nem mesmo os seus editores imaginaram foi o sucesso que Harry Potter iria alcançar, e que fez a fortuna de J.K.Rowling. Lindsey Fraser, do Scottish Book Trust, uma organização que apoia e promove a leitura disse que “nunca poderia imaginar o que ia acontecer.”

O lançamento do segundo volume, “Harry Potter e a Câmara Secreta”, teve de ser antecipada de setembro para junho de 1999 de forma a satisfazer os desejos dos seus fãs. A terceira parte, “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkabam”, publicada neste mesmo ano, em setembro, conquistou ainda mais prémios e um sucesso ainda maior. Em 2000, Rowling publicou “Harry Potter e o Cálice de Fogo”. Depois vieram “Harry Potter e a Ordem da Fénix”, em 2003, “Harry Potter e o Enigma do Príncipe”, em 2005, e “Harry Potter e as Relíquias da Morte”, em 2007. A sua obra já foi traduzida para 64 idiomas.

CRÍTICA LITERÁRIA

Lançados com poucos dias de diferença, a peça em cena em Londres e o livro com o seu guião têm tido críticas distintas

Harry Potter continua a ser um fenómeno e os lançamentos da peça de teatro, em Londres, e do novo livro comprovaram-no, com milhares de pessoas à porta das livrarias para serem as primeiras a levar para casa um exemplar de Harry Potter and The Cursed Child e milhares de bilhetes vendidos para a peça. Só que, para já, há uma diferença a registar: a crítica. A peça é cinco estrelas, dizem os especialistas da imprensa internacional. O livro nem por isso.A BBC conta que quem já leu o livro, que é uma versão adaptada da peça de teatro, ficou desiludido. O crítico Dominic Cavendish, do Daily Telegraph, que deu cinco estrelas à produção, tantas como Mark Shenton, do The Stage, considera a peça "completamente original", conseguindo marcar uma posição por ser diferente dos livros e dos filmes.A peça esteve esgotada até maio de 2017 e já bateu recordes: em 24 horas, 175 mil bilhetes foram vendidos. Entretanto, 250 mil bilhetes serão postos à venda, para que até dezembro ainda mais pessoas possam assistir ao espetáculo.

http://www.dn.pt/artes/interior/harry-potter-uma-peca-5-estrelas-um-livro-assim-assim-5316415.html

(Adaptação)

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6 ∙ Leitura sem dogmas

Dicas para a saúdeGrão a grão…para uma

boa alimentaçãoMárcia Pacheco , prof. e coordenadora do Proje-to Educação para a Saúde

A riqueza das leguminosas é enorme, de tal forma que em 2016 tiveram direito a Ano Internacional.

Nutricionalmente ricas, económicas, amigas do ambiente e saborosas, as leguminosas representam, uma poderosa forma de erradicar a fome no Mundo.Feijão, grão-de-bico, ervilhas e favas foram, noutros tempos, parte importante da dieta mediterrânica e da gastronomia portuguesa. Contudo, novos hábitos alimentares fizeram com que caíssem em desuso.Hoje em dia tenta-se recuperar o seu consumo pois as suas vantagens são muitas. São fonte de proteína de origem vegetal e estão isentas de colesterol e de gordura saturada, sendo assim benéficas para o sistema cardiovascular. Para aumentar o valor proteico deve associar-se a cereais, ex: arroz com feijão, porque estes tem aminoácidos que estão presentes em pouca quantidade nas leguminosas.São também fonte de hidratos de carbono de absorção lenta, o que faz aumentar a saciedade, contribuindo para prevenção da obesidade. Ricas em fibras melhoram o trânsito de intestinal e previnem o cancro. Contêm ferro, zinco, magnésio, potássio e fósforo bem como substâncias bioativas - compostos fenólicos, flavonóides, isoflavonas e outros antioxidantes.A produção de leguminosas é barata e amiga do ambiente. As suas raízes apresentam uma relação simbiótica com bactérias responsáveis por fixar nitrogénio proveniente da atmosfera do solo e como resultado enriquece-o em nitrogénio sem recursos a adubos químicos. E ainda mais, apresentam sabores variados e deliciosos. Por tudo isto e seguindo as recomendações dos nutricionistas devemos incluir na alimentação diária 2 doses de leguminosas (1 dose - 80g de leguminosas cozinhadas ou frescas).

Hummus com abacateMárcia Pacheco , prof. e coordenadora do Projeto Educação para a Saúde

Ingredientes:

1 frasco de grão cozido, escorrido (± 500g)2 dentes de alho descascados 1 colher de sopa de sementes de sésamo1/2 colher de chá de cominhos 3 colheres de sopa de azeite1 abacate maduroSumo de uma lima1 colher de chá de pimentão-doce moídoPimenta moída q.b.Coentros q.b.

Preparação:

1.Utilizar um robot de cozinha ou varinha mágica.

2.Deitar numa taça o grão de bico, o alho esmagado, as sementes de sésamo, os cominhos, 2 colheres de azeite e triturar bem até obter uma pasta lisa.

3.Juntar o abacate descascado, regar com sumo de lima e voltar a triturar até ficar homogéneo.

4.Colocar a mistura numa taça de servir, regar com azeite, polvilhar com pimentão e decorar com coentros.

5.Servir com tostas ou tortilhas de milho.

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Leitura sem dogmas ∙ 7

Cuidados a ter com a pele acneicaMiriam Umabano e Sofia Falcão, 9ºD

No passado dia 27 de março, a nossa turma, que é o 9ºD, teve a oportunidade de assistir a uma palestra sobre a pele acneica, dinamizada por uma ex-aluna da escola que está a tirar o curso de farmácia.

Durante a palestra, descobrimos que a acne se manifesta através da presença de pontos negros e borbulhas e que pode assumir várias formas. Em todos os casos, para lutar contra este problema cutâneo, é indispensável a utilização de cuidados específicos.

Efetivamente, os fatores que mais contribuem para o aparecimento de lesões acneicas são as alterações hormonais mais frequentes na puberdade, na gravidez e na síndroma pré-menstrual. Também o stress e a fadiga podem provocar uma produção excessiva de sebo e uma proliferação bacteriana. Quando o sebo não é segredado normalmente, os poros ficam obstruídos, dando origem ao aparecimento de pontos negros e borbulhas.

Finalmente, para vencer a acne, a palestrante recomendou algumas regras de higiene diária, tais como: limpar bem a pele com um produto suave, específico para pele oleosa; utilizar diariamente um cuidado hidratante, sendo esta a solução para o sucesso do tratamento; proteger a pele do sol e não espremer as borbulhas.

Em conclusão, esta palestra foi muito útil porque descobrimos como a acne se manifesta, os fatores que contribuem para o seu aparecimento e alguns cuidados a ter. Podemos também consultar um dermatologista que pode aconselhar outros cuidados e, se necessário, prescrever outros tratamentos.

A obesidade infantil é um problema sério para a saúde das crianças

155 MILHÕES DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR NO MUNDO TÊM EXCESSO DE PESO OU SÃO OBESAS

Em Portugal, uma em cada três crianças tem este problema de saúde.

Segundo o estudo 2013-2014 da APCOI que contou com 18.374 crianças (uma das maiores amostras neste tipo de investigação): 33,3% das crianças entre os 2 e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas. De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afetadas por esta epidemia.

Dados do Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil (COSI:2008) elaborado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) indicam que: mais de 90% das crianças portuguesas consome fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% ingere fruta fresca diariamente. Quase 60% das crianças vão para a escola de carro e apenas 40% participam em atividades extra-curriculares que envolvam atividade física.

É urgente travar a obesidade infantil?

Sim, porque está associada ao desenvolvimento de outras doenças graves. Uma criança obesa está em risco de vir a sofrer de sérios problemas de saúde durante a sua adolescência e na idade adulta. Tem maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, asma, doenças do fígado, apneia do sono e vários tipos de cancro. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a obesidade é a segunda principal causa de morte no mundo que se pode prevenir, a seguir ao tabaco.

Há alguma relação entre obesidade e bullying?

Sim 60% das crianças obesas estão mais sujeitas a ataques de bullying e outros tipos de discriminação do que as restantes. O que poderá provocar consequências diretas na sua auto-estima e a quebra no seu rendimento escolar. Se não receberem apoio especializado poderão sofrer ainda de depressão ou outras doenças do foro psicológico quando atingirem a idade adulta.

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8 ∙ Leitura sem dogmas

Escrita Criativa

Ciúme Paulo Silva, 12º K

E quantos mais olhos cegos verão Tragédia fantástica com apoios de fino fio Dobrando-se e esticando-se se quebrarão Sob a força transparente do imparável rio. Tudo não tem de ser seu, mas tudo será Quando nada restar. E se lamentando com lágrimas secas estará No seu repreensível estar. Não entende porque usa lentes coloridas Todas menos uma são invisíveis saídas Incapaz por culpa de emoções mal repartidas Ou devido aos seus olhos de pupilas partidas. Líquido que lhe queima o esprito de jovem e moço Arde o interior, deixa queimado o exterior por querer É inundado o seu abismo; o seu fundo poço A que lhe chama de seu ser.

Mas que raiva me dáPaulo Silva, 12º K

Mas que raiva me dáEsta falta de imaginação.Os meus sonhos são vazios,E as minhas tardes monótonas.Deem-me a minha poderosa caneta,E abram as portas da minha liberdade!Ah, criatividade, musa raríssima!Procuro desde os oceanos aos desertos,Desço o fundo vale e escalo a alta montanha acima!Para te encontrar deixarei campos descobertos. Que me cortem os braços e as pernas,Que me proíbam os luxos e o lazer,Que me impossibilitem as facilidades modernas,Mas que não me impeçam de escrever!Escreve-me, dá-me sentidoOferece-me pensamento e consciência.Somos senão literatura de um livro perdidoSujeitos de um autor dono de infinita paciência

Cada letra um traçoTodo um vocabulário variadoPaz traga o ponto depois do abraçoPois sem final não existe texto bem-amado.

Nenhum erro é corrigidoO papel não o permite, dita que nada seja alterado.Passado, presente e futuro, nada será perdidoAs linhas apoiam, mas a caneta dita o fado

O meu grande amorRicardo Ferreira, nº 23, 5ºD

No dia de S. Valentim,há o cheiro do amor no aré a felicidade que não consigo explicar.

No dia de S. Valentim,os namorados gostam de festejarbailando sem parar,o que se há de fazer, eles gostam de dançar.

Eu próprio digo que sinto o amore neste dia não pode haver dor.

Quando olho para tisinto frio e calorfico todo atrapalhadopenso que será amor.

Os teus olhos brilham tantocomo pedras preciosase o teu lindo cabelotem o aroma de rosas.

O que eu sinto por tié difícil de explicaré como as ondas do mar,o vento que nada dizou a chuva refrescante que me faz sentir feliz.

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Leitura sem dogmas ∙ 9

Lenda de um pescadorBeatriz Garcia e Renata Martins,10ºP

Era uma vez um pescador que, todos os dias à noite, guardava o seu barco e o amarrava a uns arbustos, numa das margens do rio Douro. De manhã, quando chegava ao barco para ir à pesca, notava sempre algo diferente, achando que tinham mexido nele. Isto acontecia já há algum tempo. Uma manhã, para além de estar mal amarrado, verificou que também faltava um remo dentro do barco. O pobre pescador já cansado daquela situação decidiu tentar descobrir o que realmente se passava todas as noites. Assim, já o luar ia alto, o homem escondeu-se num compartimento do seu barco e esperou, esperou... Era meia-noite e ouviu gargalhadas. Abriu um pouco a porta do compartimento onde estava e, espantado, viu três bruxas vestidas de preto e muito, muito feias. Das três bruxas, havia uma que era a chefe e essa gritava sempre para as outras, enquanto se ria também da situação: -Vamos! Não há tempo a perder. Falta aqui um remo! Tu, vai lá buscá-lo e toca a remar. O pescador tremia por todos os lados e estava já arrependido de se ter metido naquela aventura sozinho, por isso, encolhia-se cada vez mais com o medo. Era quase de manhã, quando o homem notou que o barco estava a encostar. Suspirou. As bruxas amarraram-no à sua maneira e foram embora às gargalhadas. O pescador tinha apanhado um grande susto, mas só assim descobriu quem mexia no barco todas as noites. Eram as três bruxas que todas as noites iam até ao Brasil.

Lenda do Monte da Burra Beatriz Garcia e Renata Martins,10ºP

Era uma vez um monte. Nesse monte existia uma fábrica com operários marceneiros que, com as suas mãos hábeis, trabalhavam a madeira, dando assim continuidade a uma tradição secular. Havia ainda muitas crianças nesse monte, um lavrador e a sua estimada burra.Um dia, as crianças descuidadas e sem saber o perigo do fogo, resolveram queimar uns papéis velhos, junto das instalações da marcenaria. E, ou porque se queriam aquecer ou porque se entusiasmaram a presenciar a dança das chamas, foram acrescentando cada vez mais papéis. Quando se aperceberam, já era demasiado tarde, a fogueira erguia-se em grossas labaredas, avançando sobre a fábrica. Não conseguiram vencer as chamas que, incontroláveis, iam arrasando com a fábrica. Da marcenaria restaram apenas cinzas. Entretanto, o lavrador passou por ali, de regresso a casa, conduzindo pela arreata a burra. Pressentindo o fogo, a burra ergueu ao ar o seu nariz sensível, aspirou intensamente o cheiro a queimado e fixou os olhos na enorme fogueira. Em vão tentou o lavrador obrigar a burra a seguir o seu caminho: fazendo jus ao aforismo, quanto mais o dono a puxava para longe do fogo, tanto mais ela, teimosamente, num ato suicida, fincava as patas no solo, como que a dizer: - "Daqui não saio, daqui ninguém me tira! " A partir desse dia, ninguém mais falou da fábrica, dos operários, do lavrador nem dos meninos que atearam o fogo. Mas o povo, que tem sempre razão, por razões que desconhecemos, decidiu, em memória da burra-poeta, mudar o nome desse local elevado (que ninguém mais recorda) para MONTE DA BURRA. É aí, nessa pequena elevação de Rio Tinto, que está instalada a Escola Básica de Rio Tinto nº1, que por essa razão é conhecida com a escola do Monte da Burra.

Fonte: internet

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10 ∙ Leitura sem dogmas

Uma Viagem ao

Mundo do CREAna Santos, prof.

No início de cada ano, a professora bibliotecária, Manuela Durão, apresenta uma sessão de esclarecimento sobre o funcionamento do CRE aos alunos mais novos.

Esta sessão serve para estimular os alunos novos a utilizarem este espaço corretamente. Naquele local, e nos dizeres da responsável, os alunos podem requisitar livros, ler jornais, revistas, utilizar os computadores, levar filmes para casa e até pedir emprestadas calculadoras para os testes de matemática. Esclarece A obesidade infantil é um problema sério para a saúde das crianças155 MILHÕES DE CRIANÇAS EM IDADE ESCOLAR NO MUNDO TÊM EXCESSO DE PESO OU SÃO OBESASEm Portugal, uma em cada três crianças tem este problema de saúde. Segundo o estudo 2013-2014 da APCOI que contou com 18.374 crianças (uma das maiores amostras neste tipo de investigação): 33,3% das crianças entre os 2 e os 12 anos têm excesso de peso, das quais 16,8% são obesas. De acordo com a Comissão Europeia, Portugal está entre os países da europa com maior número de crianças afectadas por esta epidemia. ainda que, por se tratar de espaço destinado ao estudo, os alunos deveriam manter-se em silêncio de modo a respeitar o trabalho dos outros.

Os textos que se seguem resultam do trabalho de pesquisa dos alunos Rui Sousa e Cláudio Barbosa de 10º P, na biblioteca escolar da nossa escola.

Origem dos crepesOs crepes são originários da Bretanha , eram primeiro chamadas galettes, que significa “bolos achatados”. Os crepes de farinha branca só apareceram no início do século XX, quando a farinha de trigo se tornou acessível, assim como o açúcar; estes crepes são tão finos como as galettes de trigo-mourisco, mas são mais macios, por serem confecionados com ovos, leite e manteiga. Na Bretanha, os crepes e as galettes são tradicionalmente servidas com sidra.

Tradição

Na França, o dia 2 de fevereiro é também chamado “dia dos crepes” ou “Fête de la Chandeleur” ou ainda “Fête de la Lumière” e, para além de se fazerem e servirem crepes em abundância, também se faz uma manobra de previsão do futuro: a pessoa que está a fazê-los deve segurar uma moeda com a mão com que escreve, ao mesmo tempo que segura a frigideira com a outra mão para virar o crepe e, se conseguir

RECEITA DE TIRAMISU DE CREPES

Crepes

Bater os ovos com o sal.Juntar a farinha e bater com um batedor manual.Aos poucos, misturar o leite mexendo sempre.Aquecer uma frigideira untada com óleo e colocar uma concha de massa.Cozinhar o crepe cerca de 2 minutos de cada lado.

Recheio

Bater o queijo mascarpone com o açúcar de confeiteiro.Incorporar o licor de café até ficar uma mistura homogénea.Montar o bolo barrando cada crepe com este recheio e colocando-os uns em cima dos outros até terminar o creme.

Cobertura

Aquecer o chocolate, em banho-maria, com as natas (creme de leite) até derreter.Adicionar o pó de café e mexer até que este derreta e a mistura fique lisa.Deixar arrefecer e despejar lentamente sobre o bolo.Peneirar o cacau em pó em cima do bolo.

A importância da biblioteca escolar A biblioteca escolar tem um papel de destaque no processo educativo, graças à diversidade de informações e de materiais que fornece.É objetivo seu servir diretamente a escola com o mesmo rigor das outras bibliotecas. A sua finalidade é cooperar ativamente com aeducação colocando à disposição de professores, alunos e demais interessados, o material necessário para o enriquecimento do programa escolar, habilitando-os a utilizar os livros e desenvolver a capacidade de pesquisa, além de sustentar os programas de ensino.

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Leitura sem dogmas ∙ 11

Notícias breves da escola

Qualifica 2017 Andreia Pinto e Beatriz Biscaia, 10º P

No dia 19 de Março de 2017, o Curso Profissional Técnico de Turismo foi representar o seu curso na Qualifica, na Exponor.Como a nossa escola é uma escola de referência, é convidada para vários eventos como este que decorreu na Exponor e em que participaram os alunos dos 10º e 11º anos de Turismo. Na nossa banca, tínhamos panfletos relacionados com o turismo, com temas como desporto, cultura, alojamento, termas, gastronomia e religião no Porto e no Norte de Portugal. Também tínhamos marcadores de livros com imagens de Portugal e um jogo interativo com perguntas de cultura geral. A Qualifica mobilizou 31 mil jovens e correspondeu às expectativas de professores, alunos e do público em geral. Aos professores, deram a oportunidade única de contactar escolas com projetos educativos e pedagógicos diferentes e, aos demais visitantes, foi dada a possibilidade de conhecer o que as escolas têm para oferecer.

ACE/ ESCOLA DE ARTES

Fundada em 1990, a ACE / Escola de Artes, dotada de um projeto educativo nascido no mundo profissional e alicerçado nas suas práticas, prepara os seus formandos para a inserção nos vários domínios do mercado de trabalho: teatro, televisão, cinema, publicidade, concertos, festivais, ópera, etc.

A ACE promove 3 Cursos Profissionais:

1. Cenografia, Figurinos e Adereços - formação de cenógrafos, figurinistas e aderecistas;

2. Interpretação - formação de atores;

3. Luz, som e efeitos cénicos - formação de ilumnidaores, sonoplastas e diretores de cena.

Os cursos têm a duração de 3 anos, em regime diurno e dão equivalência ao 12º ano.

“Parentalidades: vivências e desafios”,Por Rui Sousa/Cláudio Barbosa, 10ºP

Terça feira, dia 21 de fevereiro, realizou-se na nossa escola um colóquio subordinado ao tema “Parentalidades: vivências e desafios”, evento que se prolongou por todo o dia, tendo-se procedido à abertura do secretariado por volta das nove horas, a qual marcou o início dos trabalhos.Antes do início do debate, houve um Apontamento Musical: o Xilobaldes/ProjetoTum Tum Tum, um projeto que visa a promoção da inclusão social de jovens dos 18 aos 30 anos através de estratégias de intervenção artísticas que potenciem o desenvolvimento de competências pessoais, sociais e de empregabilidadeOs temas da manhã ( “O colo da lei” apresentado em powerpoint pelo Dr. PauloGuerra, Juiz Desembargador e Diretor-Adjunto do CEJ, e “Intervenção em sede de promoção e proteção de crianças e jovens: A experiência de Gondomar” pela Dra. Carla Ramos, Presidente, CPCJ de Gondomar) foram abordados em debate, que durou cerca de duas horas, tendo tido como moderadora a professora Natália Ferreira.Após a pausa para almoço, debateu-se a decisão de retirar as crianças do contexto familiar e as características e necessidades de saúde mental em crianças e adolescentes em acolhimento residencial. Participaram no debate, moderado pela Dra. Isabel Sofia Costa, GIIAA, CSS , a Professora Dra. Maria Barbosa-Ducharne, GIIAA - Grupo de Investigação e Intervenção em Acolhimento e Adoção, FPCEUP e as Mestres Joana Campos e Raquel Barroso, GIIAA, FPCEUP) O evento, que contou com o apoio em sala e serviço de coffee break das turmas de 10º e 11º ano do Curso Profissional de Turismo, terminou com o Apontamento Musical trazido pela Banda dos Pais.

Uma iniciativa do Centro Social de Soutelo (Equipa de RSI e os projectos de intervenção comunitária “A Escolha é Tua-E6G” e “Projet'Arte”), em parceria com a Escola Secundária de Rio Tinto e a Assistência a Tuberculosos do Norte de Portugal

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12 ∙ Leitura sem dogmas

L’anorexie

L’anorexie, un trouble alimentaire sérieux Si l’anorexie touche 2% des femmes, ce trouble alimentaire affecte en particulier les jeunes filles de 12 à 20 ans.Qu’est-ce que l’anorexie ?L‘anorexie est un trouble alimentaire qui peut être extrêmement dangereux pour la santé en fonction du degré. L’anorexique porte une vision déformée de son corps, le poids devient une obsession et la personne tente de maigrir à tout prix. Pour le faire, l’anorexique réduit son alimentation à l’extrême et exclut totalement toutes graisses, sucres, amidons … Le seul aliment journalier pouvant être parfois juste un fruit, accompagné de plusieurs litres d’eau et va pratiquer une activité physique intense pour brûler les calories ingérées et perdre du poids encore plus rapidement.Les causes de cette maladie sont multiples et combine des facteurs d’ordre génétique, nutritionnel, émotionnel, psychologique et socioculturel.La privation de nourriture conduit rapidement à de nombreuses carences en minéraux, vitamines et autres nutriments essentiels. Les premières conséquences sur l’organisme de l’anorexie restent la maigreur mais aussi l’arrêt momentané ou l’irrégularité des règles.Suivent les premières carences en besoins nutritionnels dont les conséquences sont une hyperpilosité et une frilosité exagérée et des cheveux et des ongles qui se cassent facilement.La perte de poids résultant de la malnutrition et des carences en nutriments entrainerons ensuite plusieurs perturbations et dommages sur l’organisme.Une aide naturelle contre l’anorexie: La phénylalanineCet acide aminé participe à la fabrication des catécholamines (adrénaline, noradrénaline et dopamine) des neurotransmetteurs qui permettent le passage de l’influx nerveux entre neurones, mais également entre neurones et d’autres cellules qui favorisent ainsi l’activité cérébrale.

L’obésité enfantine

Est-ce qu’un enfant obèse est condamné à devenir un adulte obèse ?

Non, loin de là ! La majorité des enfants ronds ne seront pas des adultes obèses.

Cependant, la plupart des études épidémiologiques montrent qu’après l’âge de 8 ans (apparemment un âge charnière) il existe une relation entre le poids d’un enfant et de son poids à l’âge adulte.Pour un enfant obèse l’objectif initial est de “grandir sans grossir, donc de mincir” sans fixer de poids idéal.L’enfant devra toujours maintenir certains principes alimentaires couplés à la pratique d’un certain niveau d’activité physique. Certains enfants y arrivent très bien !

Quel est le risque “médical” pour un enfant obèse ?

Le risque principal à court terme, à cet âge-là ,est la mise à l’écart par ses camarades et les moqueries, sources de perte d’estime de soi. L’enfant va se replier sur lui-même et ne va plus participer principalement aux activités collectives (notamment sportives, dommage !). Cette stigmatisation peut vraiment entraver la vie quotidienne de l’enfant obèse.Les risques “somatiques” (= médicaux) à court terme sont l’hypertension artérielle,la hausse des triglycérides (graisses dans le sang), risque de maladies cardiovasculaires, un diabète (non insulino-dépendant, rare mais possible), les problèmes articulaires (genoux) qui sont graves pour les activités sportives,ostéonécrose de la tête du fémur (chez les grands obèses).

L'alcool et le tabac comptent parmis les drogues, bien sûr.

L'alcool nous aide à nous désiniber lorsque la société ne nous l'apprend plus. On se permet de dire et faire ce qu'on n'ose pas autrement.

Le tabac, lui, met sa fumée sur nos émotions, c’est un très bon outil pour celui qui veut étouffer son angoisse, ses larmes, ses frustrations, ses colères, son ennui... Il anesthésie!

Le cannabis a longtemps été considéré comme moins toxique que le tabac et l’alcool. La baisse du prix du cannabis au cours de ces dernières années a contribué à augmenter sa consommation.

Les effets immédiats du cannabis sont la sensation d’une état de détente et de bien-être, une euphorie et une modification des perceptions. Apparaissent une augmentation du rythme du pouls, un ralentissement des réflexes, une stimulation de l’appétit, bouche sèche, yeux rouges accompagnés parfois d’une sensation de nausée.

La consommation de cannabis a des répercussions sévères sur la santé. 50% des adolescents âgés de 17 ans fumant du cannabis présentent des problèmes sociaux. Le cannabis brûle moins que le tabac et produit plus de gaz carbonique. Fumer un joint équivaut à fumer entre 2,5 et 5 cigarettes de suite. Fumer du cannabis serait 20 fois plus dangereux pour la santé, à dose égale, que fumer du tabac, selon une étude néo-zélandaise publiée par le Journal Européen de Pneumologie (ERJ).

Non à la drogue

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Leitura sem dogmas ∙ 13

Yo decido: Embarazos vs. Sueños para vivir¿Qué es el embarazo precoz?

Es un fenómeno que sucede cuando una chica se queda embarazada muy temprano, en su adolescencia, mayoritariamente antes de cumplir la edad adulta.

¿Cuáles son los factores desencadenantes?

Este problema puede ocurrir por variadas razones. La falta de información es una de las causas más frecuentes, ya que los jóvenes no siempre están conscientes de los peligros de las relaciones desprotegidas. Además de eso, a veces los padres no se sienten confortables para hablar con sus hijos sobre este tema, por considerarlo un poco incómodo.

¿Cuáles son las consecuencias?

Esta situación conlleva muchas consecuencias para los padres del niño, principalmente para la madre, por asumir esta responsabilidad tan temprano. Frecuentemente, tienen que dejar los estudios y empezar a trabajar. Otras veces no concretizan sus sueños, dejando todo hacia atrás. A pesar de que la adopción y el aborto son dos opciones para quien no quiere quedarse con el niño, el impacto emocional es siempre muy avasallador para los adolescentes y sus familias.

¿Qué se puede hacer para evitarlo?

Hoy día, hay muchas maneras de evitar esta situación. Los chicos pueden ser acompañados por su médico de familia, ir a consultas de acompañamiento familiar y buscar información junto a su familia o adultos que puedan ayudarlos. Además, existen en el mercado numerosos métodos anticonceptivos que pueden ser fácilmente obtenidos y previenen el embarazo y, algunos, también las enfermedades de transmisión sexual.

BullyingNuno Passeiro, 10º P

O assunto que vamos abordar é o bullying, um problema que atinge pessoas de todas as idades e género em todo o mundo.

A palavra inglesa bullying é utilizada para descrever atos da violência física ou psicológica intencionais e repetidos, praticados por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia à pessoa atingida.

É um problema mundial, sendo que a agressão física ou moral repetida deixa sequelas psicológicas à pessoa atingida.

Esta prática tem o grande poder de destruir a auto-estima da vítima, pois esta precisa de permanecer num ambiente escolar e enfrentar todos os dias as humilhações diante de todos os colegas.

Nas escolas, a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos, e grande parte das vítimas não reage nem fala sobre a agressão.São consequências do bullying a perturbação do sono, problemas de estômago, transtornos alimentares, irritabilidade, depressão e pensamentos destrutivos, desejo de morrer.O que leva o autor do bullying a praticá-lo é querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. Isso tudo leva o autor do bullying a atingir o colega com repetidas humilhações.Outro tipo de bullying é o cyberbullying, que é o bullying que ocorre em meios eletrónicos, com mensagens difamatórias ou ameaçadoras, circulando por e-mails, redes sociais ou telefones. É uma extensão do que dizem e fazem nas escolas, mas com a agravante de que as pessoas envolvidas não estão cara a cara.Com este trabalho, pretendemos chamar a atenção deste problema global que afeta muitos adolescentes e adultos

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14 ∙ Leitura sem dogmas

Artigo de Apreciação Crítica

Fim

Filme VIAGEM AO PRINCIPIO DO MUNDO

Emília Reis, prof.

Viagem ao Princípio do Mundo é uma longa-metragem luso-francesa de ficção realizada por Manoel de Oliveira em 1996 e distribuída em 1997, há precisamente 20 anos e foi o último trabalho de Marcello Mastroianni, porque faleceu logo após as filmagens.Lembrei-me deste filme num fim de semana que passei em Melgaço e decidi falar dele.A história começa com as filmagens de uma produção franco-portuguesa, em que um diretor português contrata um ator francês para trabalhar no seu filme. O pai do ator convidado, falecido muito jovem, era de origem portuguesa, vivia em França, e era casado com uma senhora francesa. Durante as filmagens, o ator começa a pensar no seu falecido pai e decide viajar até ao Norte de Portugal a fim de visitar Castro Laboreiro, a vila onde o pai tinha nascido, na esperança de encontrar a tia ainda viva. O realizador e outros dois atores acabam por acompanhá-lo na viagem, servindo de intérpretes, já que ele não fala português. Durante o percurso, o realizador começa a lembrar-se da sua infância nesta zona de Portugal. É então que menciona uma personagem chamada Pedro Macao, cuja estátua é descoberta junto à berma da estrada e que parece encarnar o destino dos homens na terra: um destino complicado e solitário. Quando finalmente chegam à vila, são todos tratados com frieza pela tia do ator, que não consegue aceitar que ele não fale português, e desconfiada, recusa-se a dirigir-se a palavra. Também não aceita a presença do realizador nem dos atores. Perante isto, de forma irritada, o ator francês, arregaça as mangas para lhe mostrar que são os doia do mesmo sangue. É nesta altura qie a velha tia decide cooperar com ele e os dois tentam lembra-se o mais possível do pai do ator, comentando também as mudanças ocorridas no local com a chegada da modernidade. No final, só resta ao rapaz visitar o cemitério onde estão sepultados seus antepassados. Viagem ao Princípio do Mundo, uma autobiografia indireta de Manoel de Oliveira e o último filme de Mastroianni, é um filme “conduzido por Manoel de Oliveira em mais do que um sentido: atrás das câmaras, através da personagem de Mastroianni e fisicamente, no papel do motorista” experiente que vai contando histórias dos lugares por onde vai passando com os seus companheiros de viagem.

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Leitura sem dogmas ∙ 15

Festa Oitocentista em Gondomar: um sonhoDiogo Morais

Considerando a importância do património existente no concelho de Gondomar, que carece de uma divulgação mais alargada, considero que a criação de uma feira temática que remetesse para a Época Oitocentista no passadiço do Gramido, permitiria dar a conhecer uma das localidades com mais história de Gondomar, Gramido. «– Como isto é bonito! – pensava ele. – É que nem há outro passeio assim nos arredores do Porto.» Foi assim que Júlio Dinis, através de Manuel Quintino, uma personagem do seu romance «Uma família Inglesa», caraterizou a marginal duriense em Valbom (Gondomar). E é no seio desta paisagem cuja discreta beleza com certeza não deixa indiferente quem por ali passeia que se encontra a Casa Branca de Gramido que ficou célebre por ter protagonizado, em 1847, a assinatura de uma convenção que pôs fim a um longo período de crise que se abatera sobre Portugal desde o início do século XIX. Esse acordo ficou conhecido como «Convenção de Gramido» e esta casa é o reflexo de todo este período de crise.Com efeito, os dois primeiros pisos foram construídos nos anos de transição para o século XIX – gozando ainda Portugal de estabilidade económica embora já houvesse sinais de crise – e neles verificamos que, se, por um lado, existe um eruditismo neoclássico como é o caso dos detalhes das molduras dos vãos, por outro, encontramos também preocupações com contenções de despesas como vemos pelos seus simples entablamentos.O período de crise encontra-se refletido no terceiro piso da casa, que parece ter sido acrescentado por alguém com enormes preocupações em conter despesas, como vemos pela sua baixa altura e, principalmente, pela simplicidade dos vãos cuja soleira e padieira correspondem respetivamente à cornija e arquitrave dos entablamentos. Foi também nesta metade de século que ocorreram as invasões francesas e uma série de guerras civis com revoltas e contrarrevoltas que parecia não terem fim.A concretização deste evento possibilitará destacar esta zona, colocando-a no mapa enquanto destino turístico histórico e cultural de excelência.

O Mercado Oitocentista, com que sonho para Gondomar, é um evento de recriação histórica de um mercado rural e da vida quotidiana com mostra de costumes, artes, ofícios e gastronomia, com venda acessória de produtos, abordando histórias, temas e personagens, recriando o séc. XIX. A

Se pudesse concretizar o meu sonho, este Mercado Oitocentista proporia aos seus visitantes duas viagens no tempo.Estaríamos em 1847, no reinado de D. Maria II, a quem guerra civil tanto assustara a rainha D. Maria II e que terminava com a assinatura da Convenção de Gramido, em Gondomar, no imóvel abaixo representado, mas iríamos recuar ainda ao período de ocupação

de Gondomar pelos romanos para darmos a conhecer vestígios de castros, onde foramencontradas mós para a moagem do minério e escórias de fundição usadas por estes ocupantes e demonstrar que estes vestígiosarqueológicos mostram que os romanos tinham oficinas de tratamento do minério.Grupos de Animadores locais representariam nas ruas, ao longo de três dias, não só as vivências do séc. XIX, mas também, vivências e acontecimentos marcantes na época da ocupação romana.Associada à exploração aurífera anda, naturalmente a arte de confecionar joias em filigrana pelo que se justificaria que, por aqui e por ali, houvesse workshops de «enchimento» de filigrana, um trabalho artesanal que poderia ser ali representado.

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16 ∙ Leitura sem dogmas

Crónica

Para que serve a poesia?No primeiro dia de setembro de 2010 entrei na Livraria da Travessa, no Leblon, no momento em que o poeta Ferreira Gullar apresentava “Em alguma parte alguma”. As cadeiras estavam todas ocupadas. Havia dezenas de jovens sentados no chão. No momento em que me sentei, uma moça ergueu a mão:− Para que serve a poesia?Esta é uma daquelas questões que, cedo ou tarde, todos os poetas enfrentam. A resposta mais frequente, mais falha de imaginação e de verdade, assegura que a poesia não serve para nada. Alguns poetas, em especial os portugueses, acrescentam a seguir que também a vida não serve para nada, etc.Na origem, a poesia era uma disciplina da magia. Servia para encantar. Continua a ser assim, embora, no sentido literal, poucas pessoas ainda exercitem essa antiquíssima arte. Uma tarde, em Benguela, conheci uma das derradeiras praticantes. Almoçava com amigos, e amigos de amigos, num desses quintalões antigos, carregados de frutos, e de boa sombra, da cidade das acácias rubras. A determinada altura escutei um sujeito que se referiu a uma tal Dona Aurora:− A velha receita poesias. − Recita.− Corrigi.O homem, um oficial do exército, encarou-me, irritado:− Não senhor! Receita! Dona Aurora receita poesias. Resolve problemas de amor, amarrações, mau-olhado, tudo com versinhos.Fiquei interessado. Anotei o endereço da curandeira num guardanapo e na manhã seguinte bati-lhe à porta.Dona Aurora morava na Restinga, num casarão, em madeira, muito maltratado. A velha senhora, miúda, muito magra, vestia de cor de rosa. Toda a sua força parecia residir na cabeleira, a qual mantinha uma vigorosa rebeldia juvenil. Convidou-me a entrar. Móveis dos anos 50, muito gastos. Estantes carregadas de livros velhos. Aproximei-me.

Poesia, e mais poesia: Florbela, Camões, Vinicius, José Régio, Sophia, Drummond, Manuel Bandeira, tudo misturado, num bem-aventurado desrespeito a fronteiras políticas, estéticas e ideológicas. «O meu marido sempre gostou de poesia», justificou-se: «Eu, menos. Foi só depois de ele morrer, há 30 anos, que descobri o poder dos versos.»Acontecera um pouco por acaso – contou. Uma tarde deu-se conta de que certos sonetos parnasianos (os mais trabalhosos) a ajudavam a vencer a insónia. Mais tarde, que João Cabral de Melo Neto, a partir de «O cão sem plumas», era muito eficaz no combate à cefaleia. Pouco a pouco foi desenvolvendo um método. Combatia a prisão de ventre lendo alto a Sagrada Esperança. Mantinha o quintal livre de ervas daninhas, percorrendo-o, ao crepúsculo, enquanto soprava devagar «O guardador de rebanhos».Numa cidade pequena não tardou que tais excentricidades lhe trouxessem, primeiro inimigos, e depois devotos seguidores e pacientes. Hoje, ela recebe a todos, ricos e pobres, na sala onde me recebeu a mim. Ouve as suas queixas, levanta-se, percorre as estantes, e regressa com a solução. «Quem me procura mais são mulheres querendo reconquistar os maridos. Recomendo que lhes murmurem, enquanto dormem, algum Neruda, às vezes Camões, outras Bocage.» Dona Aurora não aceita dinheiro pelos serviços prestados. «Não sou eu quem cura», explicou-me, «é a poesia».

José Eduardo Agualusa (texto) e Pedro Vieira (ilustração), Ler, maio

de 2012 (adaptado)

José Eduardo Agualusa

BiografiaJosé Eduardo Agualusa [Alves da Cunha], jornalista, escritor e editor, nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Os seus livros estão traduzidos em 25 idiomas.

Colaborou com o jornal português “Público” desde a sua fundação; na revista de domingo desse diário (Pública) assinava uma crónica quinzenal. Escreve crónicas para a revista portuguesa “LER”, para o jornal brasileiro “O Globo” e para o portal Rede Angola. Na RDP África foi realizador do programa “A Hora das Cigarras”, sobre música e poesia africana.

Escreveu várias peças de teatro: “Geração W”, “Aquela Mulher”, “Chovem amores na Rua do Matador”,”A Caixa Preta” e o “O terrorista elegante”, as três últimas juntamente com Mia Couto.

À pergunta: Diverte-se escrevendo? Agualusa responde: “Escrever me diverte, e escrevo também, porque quero saber como termina o poema, o conto ou o romance. E ainda porque a escrita transforma o mundo. Ninguém acredita nisto e no entanto é verdade...

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Leitura sem dogmas ∙ 17

Entrevista com o escritor José Eduardo Agualusa REVISTA ÉPOCA

O escritor angolano José Eduardo Agualusa, de 46 anos, é um entusiasta da integração cultural dos países de língua portuguesa. Em seu novo romance, As Mulheres do meu Pai (Língua Geral), conta a história de uma portuguesa que parte para uma viagem ao sul da África em busca de suas origens. Autor de 13 livros (sete publicados no Brasil), é sócio da editora brasileira Língua Geral, que privilegia obras escritas em português. Agualusa recebeu nesta semana o Prêmio de Ficção Estrangeira do jornal inglês Independent pela obra O Vendedor de Passados (Gryphus).

Época - Por que escolheu o Brasil para o lançamento de “As mulheres do meu pai”? Em que outros países ele será lançado?Agualusa - Não chegou a ser uma escolha. Aconteceu simplesmente que a Língua Geral foi mais rápida do que a D. Quixote, a minha editora portuguesa. Assim, o livro será lançado primeiro no Brasil, em maio, e em junho em Portugal. Espero poder apresentá-lo ainda este ano em Angola.

Época -Por que foi publicado no selo Ponta-de-Lança, de autores novos e desconhecidos? Você não é exatamente um autor estreante... Agualusa - Tem toda a razão. Provavelmente teremos de criar uma outra colecção, para autores mais conhecidos e não iniciantes, inclusive porque prevemos lançar muito brevemente autores africanos e portugueses já bem conhecidos nos seus países.

Época - A Língua Geral tem como proposta dar voz aos autores que escrevem em língua portuguesa. Além da língua, o que os autores africanos, portugueses e brasileiros contemporâneos têm em comum, na sua opinião? Agualusa - Existem, evidentemente, memórias comuns. Africanos e brasileiros partilham toda uma memória da escravatura, e práticas culturais de raiz africana, que vão da música à culinária. Nenhum angolano, de Luanda ou de Benguela, se sente estrangeiro

ao desembarcar em Salvador, no Recife, ou no Rio de Janeiro. E acho que um carioca ou um baiano se consegue adaptar também, com relativa facilidade, à vida em Luanda. Para um português será sempre um pouco mais difícil.

Época - A literatura africana em português está vivendo uma supersafra? Quem apontaria dentre os novos escritores? A língua portuguesa está sendo enriquecida com trabalho dessas pessoas? Agualusa - Não. A literatura portuguesa, essa sim, está passando por uma fase absolutamente extraordinária. Quase todos os meses surge um novo escritor, e entre esses escritores mais jovens há alguns muitíssimo bons. Estou a pensar, por exemplo, no Gonçalo M. Tavares, o qual, aliás, nasceu em Luanda, ou no José Luís Peixoto. Ainda ontem apresentei o primeiro romance de um jornalista, o Francisco Camacho, cuja ação decorre em Moçambique. Um primeiro romance, chamado Niassa, que não parece um primeiro romance. É um romance enxuto com uma linguagem própria, uma coisa invulgar. E a Língua Geral estará lançando no Brasil, nos próximos dias, um romance de um jovem autor português de origem sueca, o Miguel Gullander, igualmente muito bom. Muito forte. Diferente de tudo. Acho que esta produção reflete por um lado um longo investimento na cultura e, por outro, a nova realidade de um país onde se misturam pessoas vindas de todos os continentes. Em África, infelizmente, estamos a pagar o preço do desleixo governamental relativamente à cultura. Não se investiu nada, nos últimos anos, nem em bibliotecas públicas, nem no apoio à edição. Nem sequer na educação básica. Temos uma realidade riquíssima, grandes estórias, mas faltam-nos pessoas com preparação para as transportar para o papel.(...)Época - Dentre os escritores de língua portuguesa que o influenciaram, destacaria mais brasileiros ou mais portugueses? Agualusa - Os brasileiros - se excluirmos o Eça de Queirós, sempre mais amado, aliás, no Brasil do que em Portugal, e que teve uma

ama brasileira, pernambucana, e um escudeiro negro, que, segundo ele próprio testemunhou, lhe contavam estórias. Eu acho que a ironia do Eça, acho que ela a foi buscar ao Brasil, foi buscá-la a África, lhe chegou através dessa ama e desse escudeiro. Na minha adolescência li muito o Jorge Amado. Mais tarde descobri a Clarice Lispector e depois Rubem Fonseca e João Ubaldo Ribeiro. Todos estes autores me marcaram muito. Sempre acompanhei com grande atenção a literatura brasileira.

Época: Em As mulheres do meu pai, uma portuguesa nascida em Moçambique retorna à África para a buscar a história de seu pai. Esse movimento de "contrafluxo" está se tornando mais comum entre europeus de origem africana, que querem descobrir seu passado? Por quê? Agualusa - Não creio que seja algo tão comum, mas acontece. Há exemplos disso na música. Uma grande cantora, como a Lura, de origem caboverdiana, aprendeu a falar crioulo já adulta, e hoje é vista mais como cabo-verdiana do que como portuguesa. Naturalmente, é as duas coisas. É uma boa portuguesa e uma boa caboverdiana. Podemos dizer o mesmo da Mariza, também ela mulata, portuguesa e moçambicana, e que soube renovar o fado porque trouxe para fado a sensualidade africana. Antes da Mariza o fado era a preto e branco e não tinha curvas. Em Portugal um afro-descendente é constantemente questionado acerca da sua origem. Isso por vezes magoa. A pessoa sente-se excluída e começa a buscar uma outra identidade. Alguns jovens portugueses, negros, voltam-se para o hip-hop, para o rap, para a cultura dos negros norte-americanos. Outros voltam-se para a cultura dos seus pais. Parece-me um movimento mais inteligente.(...)Época - Olhando para toda a sua obra, como vê hoje? Sua carreira literária correspondeu às suas expectativas iniciais, aos seus sonhos? Agualusa - Continuo a divertir-me tanto a escrever quanto me divertia no início. http://revistaquem.globo.com/Revista/Quem/0,,EMI56873-

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ALUSA.html (adaptado)

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18 ∙ Leitura sem dogmas

Artigo de opinião

Emília Reis, Mª José Costa, Nazaré Alves, prof.

Plickers e Socrative são duas aplicações para a educação que já utilizamos, de forma mais ou menos sistemática, nas nossas turmas de Curso Profissional Técnico de Turismo por nos permitirem, de forma muito satisfatória, realizar questionários, apresentá-los aos alunos e obter os resultados em tempo real. Tudo isto acontece num ambiente seguro, em que os alunos acedem a uma "sala virtual" e onde vão respondendo às questões, recorrendo aos seus dispositivos móveis, no caso do Socrative, e a cartões que fornecemos no caso do Plickers. Além disso, possibilitam a criação de uma biblioteca de perguntas que podemos disponibilizar à "sala" quando considerarmos mais oportuno.Assim, utilizadas as duas aplicações (primeiro o Socrative, depois o Plickers) em sala de aula, a reacção dos alunos foi um sucesso, quer pela novidade, quer pela interatividade que elas implicam.A grande vantagem do Socrative sobre a outra aplicação, e que foi muito valorizada pelos alunos, é, por um lado, a possibilidade de permitir apresentar questões de múltipla escolha, V/F e de resposta curta e, por outro, possuir dois espaços, o Space Race e o Explanation, de que também gostam muito. O primeiro permite a criação de equipas para responderem ao questionário colocado pelo professor e o segundo acrescenta a justificação e o completamento das respostas. Relativamente ao Plickers, as turmas que o testaram, consideraram-no, de imediato, “mais motivador, interactivo e sofisticado” (palavras de alguns). A grande vantagem desta ferramenta é o facto de apenas exigir a distribuição de cartões de resposta, os quais são digitalizados pelo dispositivo móvel do professor para verificação de respostas. A outra aplicação, como já foi dito, exige recurso aos dispositivos móveis dos alunos que têm de ter a aplicação descarregada ou fazer entrada direta em internet, a que os alunos têm de ter acesso.No entanto, é bom lembrar, o Plickers só pode ser “jogado” mediante a utilização dos cartões, enquanto que o Socrative, desde que os alunos possuam a palavra passe, pode ser “jogado” em qualquer lugar, a qualquer hora, para apoiar a aprendizagem, ajudar a lembrar o que foi ensinado em sala de aula e fazer preparação para provas de avalição e exames, desde que haja um PC ou um dispositivo móvel adequado e acesso à internet.Por tudo isto, temos alunos, muitos, a dizer-se apaixonados por estas aplicações por diversas razões, a saber: são formas interativas, lúdicas, divertidas, de “melhorar notas, economizando tempo” por permitirem “fazer revisões até na paragem de autocarro”, de transformar “um aborrecido powerpoint numa atividade interativa e fascinante”, de partilhar informação em que o professor atribui tarefas e recolhe informação sobre o progresso dos alunos em tempo real. O que mais os atrai no Socrative é o facto de

Kahoot é outra aplicação, igualmente gratuita e também disponível online. Pela simplicidade da sua utilização e pela via do fator competição cativa da mesma forma que as outros alunos de todas as faixas etárias e também pode ser utilizada em diversas situações, a saber:

. introdução de um novo tópico de discussão na aula;

. revisão de conteúdos;

. realização de uma avaliação formativa, porque permite exportar os resultados para uma folha de cálculo facilmente editável;. realização de inquéritos;.etc.O registo na aplicação é realizado através do link, getkahoot.com. Ao entrar na aplicação temos a possibilidade de consultar e reutilizar milhares de kahoot’s produzidos por outros utilizadores.

Para alem de um layout atraente e apelativo aos jovens, outra das suas mais valias traduz-se no facto de a aplicação poder ser utilizada em qualquer dispositivo que tenha ligação à internet e um navegador web.

Para utilizar a aplicação recorremos a dois tipos de layouts de visualização:

O que contém as questões a serem respondidas e que deverá ser projetado para todos os participantes poderem ver, acedido através do link, https://create.kahoot.it;

E outro que se deve aceder com recurso a um código fornecido pelo professor que contem as opções de resposta para as questões projetadas. Este layout pode ser acedido através de diversos dispositivos (PC, tablet, telemóvel) desde que possuam ligação à internet, acedido através do link, https://kahoot.it.

A cada pergunta correta é atribuida uma classifição máxima de 1000 pontos, sendo a pontuação atribuída em função do tempo de resposta.

Depois de cada pergunta é apresentado um gráfico com o número de acertos dos “jogadores” e respetiva classificação.

No final do kahoot é apresentada a classificação final dos primeiros 5 classificados. Podendo ser solicitado aos utilizadores que avaliem a atividade.

Plickers, Socrative ou Kahoot?

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Leitura sem dogmas ∙ 19

Qui suis-je?Jamal Bousselham (Morocco)

Je suis ce beau printempsqui colore ta vie.

Je suis...Le père, l’enseignant et l’éducateurL’homme de la paixqui n’aura jamais peurL’humaniste qu’on nomme le penseurLe jardinier qui aspergetes roses et tes fleurs.

Je suis...Ton étoile filante la plus lumineuseLe soleil de ta saisonla plus orageuseTa bougie qui pleure toues les nuitsTa poésie qui adoucitta solitude et tes ennuis.

Je suis...Le navire qui t’emmènedans un autre océanLa brise qui te berce au fil du tempsLe château de sable,chimère d’enfanceLe quai du port où débutent les romances.

Je suis...Ce beau printemps qui te rendjoyeux, joyeuseQui rend ta minedes plus généreusesTon esclave serviable et disposéA peindre ton ciel azuré à volonté

Printemps

Victor Hugo

Tout est lumière, tout est joie. L’araignée au pied diligent Attache aux tulipes de soie

Les rondes dentelles d’argent. La frissonnante libellule

Mire les globes de ses yeux Dans l’étang splendide où pullule

Tout un monde mystérieux. La rose semble, rajeunie,

S’accoupler au bouton vermeil L’oiseau chante plein d’harmonie Dans les rameaux pleins de soleil.

Sous les bois, où tout bruit s’émousse, Le faon craintif joue en rêvant :

Dans les verts écrins de la mousse, Luit le scarabée, or vivant.

La lune au jour est tiède et pâle Comme un joyeux convalescent;

Tendre, elle ouvre ses yeux d’opale D’où la douceur du ciel descend !

Tout vit et se pose avec grâce, Le rayon sur le seuil ouvert,

L’ombre qui fuit sur l’eau qui passe, Le ciel bleu sur le coteau vert !

La plaine brille, heureuse et pure; Le bois jase ; l’herbe fleurit.

- Homme ! ne crains rien ! la nature Sait le grand secret, et sourit.

Au printemps Théophile Gautier

Regardez les branches Comme elles sont blanches !

Il neige des fleurs. Riant dans la pluie,

Le soleil essuie Les saules en pleurs

Et le ciel reflète, Dans la violette

Ses pures couleurs... La mouche ouvre l'aile

Et la demoiselle Aux prunelles d'or,

Au corset de guêpe Dépliant son crêpe,

A repris l'essor. Le goujon frétille

Un printemps encore !

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20 ∙ Leitura sem dogmasFicha Técnica

Editor

Emília Reis, prof

Redator

Beatriz Garcia, 10º P

Renata Martins, 10ºP

Egídio Abreu, 12º M

Catarina Carvalho, 5ºA

Cláudio Barbosa, 10ºP

Rui Sousa, 10º P

Inês Oliveira, 10º P

Nuno Passeiro, 10º P

Márcia Pacheco, prof.

Vasco Paz-Seixas, Tec. Superior

Repórter

Colaboradoes desta

edição

Ana e Rafael, 8ºC

José Miguel, 9º B

Inês Soares, 8º C

Marisa Barradas

Design

Ana Reis, arquiteta

Patrocínio:

Passatempos 7 diferençasObserva os desenhos A e B e descobre as diferenças A B

Recolha de Catarina Carvalho, 5ºA

Adivinhas1. - Como é que se deve apanhar um coelho para o matar?2. - Qual é o animal mais ladrão do mundo?3. - Qual é a fêmea chamada, bem ligeira e decidida, que até mesmo sendo macho será fêmea toda a vida?4. – O que diz a zebra à mosca?5. - O que é que se vê uma vez num minuto, duas vezes num momento e nunca num século? - A letra M.6. - O que é que, aberto, guarda tudo e fechado não guarda nada?

AnedotasO professor da quinta diz:- Acha bem, menino Ouriço, tirar zero no teste?O Gatinho começa a chorar.- Ó menino Gatinho, porque é que está a chorar pela nota do seu colega? – pergunta o professor.- Porque copiei tudo pelo Ouriço.

O professor pergunta ao Pedrito:- Na frase “O homem morreu.” onde está o sujeito?- No cemitério.

A professora de Português percebe que a Liliana está desatenta, a fazer desenhos no caderno:- Liliana, indica-me dois pronomes!

1. - Vivo.2. - O cão que está sempre a ladrar.3. - A lebre.4. - Estás na minha lista negra. 5. - A letra M.6. - O guarda- chuva.

Soluções das Adivinhas

A Inês quer ir ao encontro de Pedro. Queres ajudá-la?