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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 147 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 12.ABR.11 www.academico.rum.pt www.facebook.com/jornalacademico www.twitter.com/jornalacademico

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Jornal Oficial da AAUM

DIRECTOR: Vasco Leão

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

147 / ANO 6 / SÉRIE 3

TERÇA-FEIRA, 12.ABR.11

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Está apresentado o tão ansiado cartaz do Enterro da Gata 2011.Com Marcelo D2, 2 Many D’js e Natiruts como nomes internacionais, é nos portugueses que debruço o meu ponto de vista. Não vou falar, claro está, em nomes como Rui Veloso e Pedro Abrunhosa (esses dispensam apresentações). Deolinda, Diabo na Cruz, Expensive Soul e Sean Riley são exemplos do que de melhor se faz no nosso país em termos musicais. São bandas em perfeito crescimento e, algumas delas, já com uma carreira considerável.Nos últimos dias diversas foram as críticas apontadas a este cartaz. A comparação fácil com Porto e Coim-bra foi, uma vez mais, feita. Esqueceram-se os “críticos” que as bandas têm cachets. E que os cachets de alguns nomes de Porto e Coimbra são claramente incomportáveis no Minho. A atenção com os gastos foi, como era de prever, uma das preocupações da direcção da AAUM. A gata verde (mas já madura) a gastar dinheiro para agradar a minorias e nichos seria, como era de esperar, desajustado.Aqui, como deveria ser, esta será uma semana onde a folia e o espírito académico estarão no seu nível mais alto. É disso que temos (aqui no Minho) que nos orgulhar. Apesar do cartaz estar bem idealizado, o espírito, o convívio e a tradição académica são os aspectos de salutar nesta semana do Enterro da Gata.Mas como não só de convívio vive esta Universidade, deixem-me sublinhar aqui um importante debate que ocorreu no campus de Gualtar na passada semana. A AAUM convocou o reitor da academia, o provedor do estudante e dois ex-presidentes da AAUM para uma sessão de esclarecimentos e troca de impressões com os estudantes acerca da possível passagem da Universidade do Minho para fundação pública de regime privado.Assim sendo, e deixando de parte algumas ideias (ou será que ideais), parece-me que o resulto foi proveito-so. Muitas dúvidas foram tiradas e quem se deslocou ao debate saiu, com toda a certeza, mais esclarecido nesta matéria.A decisão está marcada para 3 de Maio e, apesar de quererem inquiná-la com amostragens minúsculas, a direcção desta proposta poderá estar na eminência de ser desvendada. Até lá, resta-nos esperar pelo bom senso de alguns actores.O ACADÉMICO volta daqui a duas semanas. Até lá passem pela nossa página nas redes sociais e fiquem a

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S.C.Braga/AAUMDuas vitórias. São apenas duas vitórias que separam os minho-tos da subida. Com uma combi-nação favorável de resultados, até nem pode ser necessário estes 6 pontos. Nunca a 1ª divisão esteve tão perto e o sonho está já ali ao virar da esquina. Um projecto de sucesso, digo eu!

Críticas ao cartaz do EnterroGeralmente uma crítica deve ter algum fundamento. O que é cer-to é que um profundo desconhe-cimento da realidade (de alguns que se dizem “entendidos”) dá num vociferar absurdo e incoe-rente.Pensar e analisar realidades era necessário antes de falar.

Cartaz do Enterro da GataDe verde pouco tem, a não ser o tema. Este cartaz mostra ma-turação em termos de cultura musical. Sem entrar em loucuras e sem o recurso a orçamentos absurdos como Porto e Coimbra, o Enterro da Gata 2011 tem tudo para voltar a ser a melhor semana do ano. Eu vou. E vocês?

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

DA

NIEL V

IEIRA

DA

SILVA // daniel.silva@

rum.pt

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 12 Abril 2011 / N145 / Ano 6 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Ana Lopes, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cláudia Fernandes, Cláudia Rêgo, Daniela Mendes, Diana Sousa, Diana Teixeira, Diogo Araújo, Eduarda Fernandes, Eduardo Rodrigues, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Franscisco Vieira, Goreti Faria, Goreti Pêra, Inês Mata, Iolanda Lima, Joana Neves, José Lopes, Lucilene Ribeiro, Maria João Quintas, Mariana Flor, Neuza Alpuim, Patrícia Painço, Rita Vilaça, Sara Pestana, Sofia Borges, Sónia Ribeiro, Sónia Silva, Tânia Ramôa e Vânia Barros // COLABORADORES: Cátia Castro, Elsa Moura e José Reis, // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva e Luís Costa // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] // TIRAGEM: 2000 exemplares

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PÁGINA 03 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

LOCAL

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Filipa Barros

[email protected]

ana Clarisse

[email protected]

Começou esta semana a “Se-mana de Direito”, organizada pela Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho (AEDUM), em estrei-ta cooperação com a Escola de Direito da Universidade do Mi-nho (EDUM). Esta semana encontra-se já na sua 15ª edição, sendo que “a referida iniciativa é, indubita-velmente, um momento muito importante para todos os alu-nos de Direito, contribuindo profundamente para o enri-quecimento da sua formação pessoal e académica”, refere João Alcaide, presidente da AE-DUM. Na segunda-feira realizou-se uma aula aberta no auditó-rio nobre da Escola de Direito (ED), intitulada “The use of precedent and the style of judg-ments”, com a presença do juiz Sir Konrad Schiemann, juiz no Tribunal de Justiça da União Europeia. Hoje, terça-feira, será a vez da sala de audiências da ED dar lugar a um julga-mento simulado com a partici-pação dos alunos do 3.º ano da licenciatura, e com a presença do juiz desembargador José La-meira, presidente do Tribunal da Relação do Porto.

“Acreditamos que nós, estu-dantes de Direito, pela nossa formação e pela nossa voca-ção, podemos e devemos ser os principais protagonistas da mudança, rumo a um país mais sustentado e sustentável, mais justo e mais desenvolvi-do”, argumenta o presidente da AEDUM para introduzir mais duas iniciativas, com um carácter mais interventi-vo. Assim, será gravado na ED o programa “Ideias com Jota”, da rádio “Antena Minho”, onde serão discutidos temas relati-vos ao ensino superior, em ge-ral, e ao Direito, em particular, com a presença da professora Clara Calheiros, presidente do Conselho Pedagógico da Esco-la de Direito. Igualmente, na quarta-feira (à mesma hora), realizar-se-á a Conferência “Portugal: Que Futuro? – Uma análise político-financeira do actual estado do país”, com as presenças de Joaquim Freitas da Rocha e de Carlos de Abreu Amorim.Mas, neste ano, pela primeira vez, a “Semana de Direito” de-

semana de direito aproxima-se dos cidadãos

comunicação em linhaiolanda lima

[email protected]

Nos próximos dias 14 e 15 de Abril irão realizar-se as XIV Jornadas de Ciências da Co-municação, organizadas pelo Grupo de Alunos de Ciências da Comunicação (GACCUM). O tema será a Comunicação em linha, dando assim espe-cial em enfoque às áreas de co-municação no contexto online.Com cerca de oito paíneis de diferentes temas, desde os vi-deojogos ao futuro do jorna-lismo, o GACCUM pretende trazer aos alunos diferentes pontos de vista de especialistas nas diferentes áreas do curso. João Gonçalves, presidente do GACCUM afirma que “as jor-nadas de comunicação permi-tem um contacto com outras realidades, quer venham elas do mercado de trabalho, quer de outras universidades. O im-portante é que os alunos con-tactem com outros pontos de vista que não são propriamente os que são dadas aqui na uni-versidade”, sublinhou.Quanto ao facto do online ser o tema central destas jornadas, o presidente do núcleo diz que esta foi uma “necessidade” que surgiu. “Chegou a altura de repensar a comunicação na internet e nos meios online”, destaca o presi-dente do núcleos.Ainda na opinião do próprio

correrá simultaneamente no interior e no exterior do espaço da academia, “naquela que é uma lógica de serviço público e de aproximação à população em geral”, informa o presiden-te da AEDUM.Sendo “o nosso desejo de apro-ximar os cidadãos da Justiça, dando-lhes a conhecer aqueles que são efectivamente os seus direitos”, terá lugar no “Braga Parque”, entre os dias 11 a 15 de Abril, das 10 às 23 horas, uma iniciativa de esclarecimento aos cidadãos relativamente a questões e problemáticas que mais suscitam o seu interesse, no âmbito dos mais variados ramos do Direito, como é o caso do direito do consumo, do trabalho e da família.“Estamos profundamente con-victos de que este é o rumo que deve ser seguido pelos estu-dantes de Direito de hoje, juris-tas do amanhã, contribuindo de uma forma decisiva para a construção de uma sociedade mais formada e informada e, assim, mais justa e desenvolvi-da”, finaliza João Alcaide.

núcleo, cada vez mais o online é uma presença constante nas várias vertentes do curso e é necessário informar e capaci-tar os alunos para trabalhar com estas novas ferramentas e com a nova realidade que se avizinha.O aluno de Ciências da Comu-nicação escusa-se a destacar apenas um painel, pois consi-dera que todos são importantes para a formação e enriqueci-mento curricular dos alunos. “Não destaco nenhum painel. Estou convencido que todos os paíneis destas jornadas têm muita qualidade, quer pelos convidados, quer pelos temas que são abordados em cada um deles”, assegura João Gonçal-ves.Quanto às expectativas em relação à adesão dos alunos, o presidente do núcleo está opti-mista. O estudante espera con-seguir reunir, em cada painel, cerca de 250 alunos. “As jornadas são o evento mais importante do curso e, normal-mente, os alunos respondem bastante bem”, afirma João Gonçalves.A abertura das jornadas será no dia 13 de Abril, às 18 horas na Velha a Branca e contará com uma pequena cerimónia de abertura e ainda com a pre-sença de Salvador Martinha, que dará um espectáculo de stand-up comedy. A entrada nas jornadas é livre para todos os estudantes.

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CAMPUS

Filipa sousa

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Na passada segunda-feira, dia 11 de Abril, realizou-se no campus de Gualtar, da Uni-versidade do Minho mais uma edição das Jornadas de Inglês. A organização do evento coube ao Departamento de Estudos Ingleses e Norte-Americanos (DEINA) do Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH), tendo lugar no Auditório deste mesmo instituto.Com a denominação de “Cyber English”, as X Jornadas de In-

glês incidiram sobretudo nas diferentes formas de olhar o papel, as funções e as mutações que a língua inglesa - por sinal a mais falada a nível mundial, sofreu no mundo globalizado em que vivemos.Tanto o corpo docente como os alunos debateram essencial-mente as formas e os conteú-dos do inglês usado na inter-net. Isto numa época em que a comunicação e circulação de informação ultrapassa frontei-ras geográficas, políticas, re-ligiosas e culturais, reunindo pessoas de vários pontos do globo, a uma velocidade cada

10 anos de inglêsvez mais arrebatadora.Esta iniciativa da DEINA abriu com uma introdução feita pela responsável do Departamen-to, Isabel Ermida. Seguindo-se a apresentação e debate de alguns temas da actualidade, como é o caso por exemplo do cyberbullying (fenómeno este cada vez mais frequente).Apesar do evento ter sido aber-to a qualquer pessoa que qui-sesse participar, a presença nos workshops exigia uma prévia inscrição, esta a ser feita na secretaria do ILCH, dentro do prazo que se estendeu desde o dia 1 ao dia 8 de Abril.

horizontes da bioquímicasónia silva

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No dia 15 de Abril realizar-se-ão as II Jornadas de Bioquími-ca na Universidade do Minho. Nesta segunda edição o tema é “Horizontes da Bioquímica”. Céline Gonçalves, presidente da comissão organizadora das jornadas afirma que por de-trás desta temática se preten-de mostrar a importância da bioquímica como ciência, bem como as suas repercussões no dia-a-dia, evidenciando a sua

ligação com o mundo da bio-tecnologia, da farmacologia e da saúde. A responsabilidade da prepa-ração deste evento cabe a uma comissão composta por estu-dantes de Bioquímica, assim como docentes da área. “Trata-se de uma organização conjun-ta, o envolvimento de ambas as partes, em proporções idên-ticas é fundamental”, refere a presidente da Comissão Orga-nizadora. Segunda a mesma, esta preparação tem contado igualmente com o apoio insti-tucional da Escola de Ciências

da Universidade do Minho e da Reitoria. Nesta edição das Jornadas, os participantes podem contar com a participação de trinta e um investigadores de várias escolas da Universidade do Minho. Estarão também pre-sentes bioquímicos de sucesso que trabalham em Portugal, após terem desenvolvido acti-vidades de investigação no ex-terior. De entre os convidados pode-se destacar a presença de Daniela Vaz da ANBIOQ, de Maria João Bonifácio da Bial, de Carlos Faro da Biocant, de

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“gata na praia” soma e seguegas foram repartidas por Braga e Guimarães, de acordo com “estimativas feitas a partir do número de estudantes de cada pólo”, acrescenta o mesmo.Embora as inscrições só termi-nassem, oficialmente, dia 8, muitos foram os que quiseram garantir previamente a pas-sagem até ao Algarve, pernoi-tando de dia 4 para dia 5 (data de abertura das inscrições) no campus de Gualtar.Sendo este o ano de comemo-ração de uma década de “Gata na Praia”, a fasquia está ainda

Joana neves

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Após um sofrido ano à espera que Abril chegasse “rapidi-nho”, os alunos da Universida-de do Minho (UM) estão, final-mente, de malas feitas. A “Gata na Praia “ está aí e, de 16 a 21 de Abril, vai levar os resistentes até à Praia da Batata, em Lagos. O sucesso do evento tem, de tal forma, aumentado que a Associação Académica da UM (AAUM) disponibilizou, este

ano, um maior número de ins-crições. “O ano passado, alte-rámos a data da Gata na Praia para a semana da Páscoa [nas edições anteriores, decorreu na semana seguinte à inter-rupção pascal]. Isso originou uma “loucura” no número de participantes”, esclarece ao ACADÉMICO André Pinhei-ro, vice-presidente do departa-mento desportivo da AAUM. Assim, contabilizam-se um total de, aproximadamente, 480 pessoas inscritas, distri-buídas por 60 equipas. As va-

Verónica Romão do Interna-tional Iberian Nanotechnology Laboratory (INL), de Joaquim Cunha da Health Cluster, de Ana Pombo do Medical Rese-arch Council (MRC), Clinical Sciences Centre (CSC) no Im-perial College London, que li-dera ma equipa de investigação do estrangeiro, mas também de Vasco Teixeira, pró-reitor (investigação) da Universidade do Minho.Abrir os horizontes é o objec-tivo principal desta segunda

edição das Jornadas de Bio-química, assim como “revelar alguns aspectos mais aplicados da bioquímica como ciência, enfatizando os diferentes per-cursos profissionais de vários bioquímicos”como identifica Céline Gonçalves. Desvendar a importância desta ciência na sociedade e a importância da profissão de bioquímico, é uma meta que a organização das II Jornadas de Bioquímica da Universidade do Minho, an-seia atingir.

mais elevada. Para se juntarem aos festejos dos 10 anos, a As-sociação Académica convidou os dj’s Miguel Rendeiro, André Alves, United Soul Brothers e Sérgio Moura a deslocar-se até Lagos.

Quanto às expectativas para esta edição, André Pinheiro garante serem “as melhores”. “Tentámos organizar tudo de forma a proporcionar aos parti-cipantes uma óptima semana”, finaliza.

Actividade cumpre 10ª edição

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CAMPUS PÁGINA 05 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

Cláudia Fernandes

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O brasileiro Marcelo D2 é o grande nome do cartaz do Enterro da Gata de 2012, apre-sentado pela AAUM, em confe-rência de imprensa, no sábado passado, no Café Vianna, em pleno centro histórico da cida-de de Braga. O rapper brasilei-ro subirá ao palco da festa da academia minhota no dia 8 de Maio, sendo antecedido pelos portugueses Expensive Soul. Neste dia irá ainda haver espa-ço para outro grande nome no cartaz: 2 Many DJ’s.A edição deste ano do Enterro da Gata é subordinada ao tema “A gata está verde”, como sim-bolismo de uma geração que se preocupa com as causas sociais e que, ao mesmo tem-po, está a braços com uma si-

tuação de crise. Como referiu Luís Rodrigues, presidente da AAUM, “esta é uma geração em que existe espírito crítico e de intervenção, ou seja, uma ‘geração verde’”. “Hoje em dia existe muita precariedade de emprego e condições socioeco-nómicas complicadas, agrava-das pela crise que o país atra-vessa”, acrescentou o líder dos estudantes. No entanto, este verde é, segundo Luís Rodri-gues, sinal de “esperança”, de um estudante que não se resig-na e tem “força para lutar pelo seu futuro”.Assim, passarão pelo palco na alameda do Estádio AXA, no sábado dia 7 de Maio, Azeito-nas e Rui Veloso, naquele que é o dia dedicado à cidade e ao antigo estudante. Os Diabo na Cruz e Deolinda actuarão na segunda-feira, 9 de Maio. O dia 10 reserva mais uma sur-presa internacional: do outro lado do Atlântico vêm os brasi-leiros Natiruts, num dia onde actuam também os Mercado Negro. Para quarta-feira está reservada a tradicional noite “pimba”, com Zezé Fernandes e o habitual Quim Barreiros. No dia seguinte, Sean Riley and The Slowriders são os primeiros a actuar, numa noi-te que será encerrada com a presença do portuense Pedro

Abrunhosa, que já esteve na mais recente Recepção ao Ca-loiro. Por fim, para o último dia, estão reservadas as actu-ações dos Pitt Broken, ainda a banda vencedora do UMplug-ged [Basic Black] e caberá aos Xutos e Pontapés o derradeiro concerto da festa dos estudan-tes.No que toca às actividades Ex-tra-Gatódromo, dia 6 de Maio realizam-se os tradicionais Ve-lório da Gata e Serenata, dan-do-se assim o pontapé de saída da semana festiva. No sábado, terá lugar a Imposição das In-sígnias e Benção de Finalistas e, por fim, na quarta-feira, dia 7 de Maio, as ruas da cidade irão receber o tradicional cor-tejo.

Festa com preocupação SocialA preocupação com os proble-mas sociais não é deixada de parte, à semelhança do que aconteceu em anos anteriores. Este ano, volta a realizar-se a actividade “Pintar um Mundo melhor”, na qual todos os ar-tistas vão pintar uma tela que, posteriormente será leiloada, revertendo o montante adquiri-do a favor de uma instituição. No entanto, a componente so-cial não fica por aqui. “Uma percentagem de cada bilhete vendido reverte para a Cruz

Vermelha, que é a instituição a nível mundial com mais vo-luntários”, salientou Luís Ro-drigues, apontando para o Ano Europeu do Voluntariado.O presidente da AAUM agra-deceu, ainda, aos apoios que a organização do evento terá, no-meadamente, o pelouro para a Juventude da Câmara Munici-pal de Braga, representada pelo vereador Hugo Pires, a Cruz Vermelha, cuja vice-presidente também esteve presente, SC Braga, TUB, Bombeiros Vo-luntários, PSP, Governo Civil

marcelo d2 actua no enterro da gatae Escola de Ciências da Saúde.Por sua vez, Hugo Pires elo-giou o facto de o Enterro se rea-lizar num “palco que valeu, há pouco mais de duas semanas, um Pritzker ao arquitecto Sou-to Moura”, salientando “gostar de trabalhar com a AAUM, que é uma das parceiras do pelou-ro da Juventude da Câmara Municipal de Braga em alguns projectos”. “O enterro de 2011 ajudará, com toda a certeza, a promover a capital europeia da juventude”, finalizou o verea-dor.

Brasileiro é o grande nome de cartaz que

conta com Pedro Abrunhosa, Rui

Veloso, Natiruts, Xutos e Pontapés e Quim Barreiros,

entre outros

Goreti Faria

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Foi na passada semana que tiveram lugar as finais dos concursos UMplugged e DJ@UM que, como já foi dito em edições anteriores deste jornal, são dois concursos promovidos pelo Departamento Cultural e Tradições Académicas da As-sociação Académica da Univer-sidade do Minho (AAUM). As cinco bandas e os cinco DJ’s finalistas confrontaram-se no Bar Académico de Guimarães e no Insólito Bar, terça e quin-ta-feira, respectivamente. O resultado? É ler e ficar a sa-ber.As Bandas – Um Filipe, Um Francisco e Dois TiagosDialectos, Phama, Purple

Weed, Stolen Tunes e Basic Black foram as cinco bandas finalistas que deram música ao Bar Académico de Guimarães ao longo da noite de terça-feira. Com um calor de Verão e um público muito participativo, os júris avaliaram o desempe-nho das cinco bandas e, depois da actuação extra-concurso da banda “Monstro Mau”, foi anunciada a grande vencedora: chama-se Basic Black e vem de Vila Real. Filipe Mourão, Francisco Violante, Tiago Fer-nandes e Tiago Mourão – os elementos da banda vencedora – tiveram direito a um vale de desconto na loja Workshop e a uma actuação no Enterro da Gata 2011.

Os DJ’s – Um Soemo e nada

e o vencedor é…maisNa final de quinta-feira, foi no Insólito Bar que os dj’s Soemo, SparaBrother, Vítor Pinheiro, Giftz e Carlos Guerreiro com-petiram por uma actuação no Enterro da Gata. Depois de trinta minutos de música posta por cada um destes dj’s, eram já quase 4h da manhã quando o júri anunciou o vencedor: DJ Soemo. Este dj tem vindo a fazer vá-rias actuações em bares e afins. Para quem ainda não teve oportunidade de o ouvir, o seu dj set de 12 de Fevereiro de 2011 pode ser encontrado em soundcloud.com/soemo.

Para o ano há maisEsta foi a 5ª edição dos con-cursos UMplugged e DJ@UM

e, uma vez que o formato tem obtido sucesso, tudo indica que estará de volta no próximo ano. Por isso, se tens uma banda ou és dj, prepara a tua candidatura

para o próximo ano.Até lá, podes ver os vencedores da edição deste ano no palco e tendas do tão aguardado Enter-ro da Gata.

Vencedor do UMplugged actua no palco do Enterro da Gata

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CAMPUSPÁGINA 06 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

sónia riBeiro

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O debate sobre a transforma-ção da Universidade do Minho (UM) em fundação pública de regime de direito privado con-tou com a presença de um ele-vado número de estudantes da academia, no passado dia 6 de Abril no auditório B2 do CP II, no campus de Gualtar. É já no dia 3 de Maio que o Conselho Geral da Universidade do Mi-nho toma a decisão. Como referiu Luís Rodrigues, presidente da Associação Aca-démica da Universidade do Minho (AAUM), a adesão pode ser explicada pela “impor-tância que o tema tem para a academia e consequências que provocará no futuro para os es-tudantes”. A seu entender, es-tes devem “participar na cons-trução da academia”.Como explicou Luís Rodri-gues, a Universidade do Porto, a Universidade de Aveiro e o Instituto Universitário de Lis-boa são as três universidades portuguesas que já optaram pelo regime fundacional. Esta passagem prevê a criação do Conselho de Curadores e fi-gura de um fiscal único e não implicará a alteração dos esta-tutos da UM. O presidente da AAUM aclarou ainda que não haverá mudança no modo de ingresso dos estudantes na universidade, assim como nas políticas de acção social (alo-jamento e alimentação) e pro-pinas. Luís Rodrigues lançou o desafio de debate sobre o melhor caminho a seguir pela

universidade. Pensar nos interesses dos estu-dantesO Provedor do Estudante da UM, António Paisana, consi-derou este debate como um “debate dos estudantes e para os estudantes”, em virtude da necessidade de se pensar nas consequências desta alteração, bem como nos interesses dos alunos. Na sua opinião, a pre-ocupação passa pela incógnita quanto aos efeitos futuros que esta mudança pode implicar. Para António Paisana, os estu-dantes estão inquietados com o bom desempenho da Uminho e, por isso, questionou “o que vai trazer de melhor” a passa-gem a regime fundacional. Se-gundo o Provedor do Estudan-te, os estudantes querem um ambiente de qualidade e cur-sos com aceitação no mercado. Vasco Leão, ex-presidente da AAUM, questionou o papel e intervenção do Conselho dos Curadores no modelo da UM. Já Jorge Cristino, também ex-presidente da AAUM, levan-tou um conjunto de dúvidas em torno do modo de funcio-namento da academia (acção social, contratação de pessoal docente e não-docente, propi-nas, ensino e investigação). O ex-aluno salientou ainda a im-portância da relação da insti-tuição com a sociedade.

Prestar um melhor serviço para os estudantesO reitor da Universidade do Minho, António Cunha, garan-tiu que propôs esta passagem, “por estar convicto das vanta-

gens para a UM” e começou por esclarecer o que se mantém em relação aos estudantes. O regime de propinas é o mesmo que o das universidades públi-cas, havendo apenas liberdade na definição de valores nos 2º e 3º ciclos. Não há alteração no quadro de acção social, as-sim como no recrutamento de novos estudantes. Outras das preocupações dos estudantes também foi respondida, com a garantia de que permanece a composição das unidades or-gânicas e a representação dos estudantes nos órgãos. Perante um “quadro difícil e complicado para o ensino superior”, António Cunha de-fendeu que a maior vantagem é “ter uma UM mais eficiente e com melhores serviços”. O reitor da UM explicou que não quer dizer que “tudo se tornará mais fácil se passarmos a outro regime”, mas a adopção pode-rá trazer “mais capacidade de acção e f lexibilidade para forta-lecer o projecto e ter mais com-petência para competir”.

Contratar mais pessoalOutro dos aspectos apontado por António Cunha foi a possi-bilidade de pedir financiamen-to para contratar mais pessoal, situação que não é permitida às instituições públicas. Perante a existência de cursos pós-labo-rais e do alargamento do ho-rário da biblioteca, esta é uma das vantagens deste processo. Como referiu o reitor da UM, “o que vai trazer de melhor é a f lexibilidade na gestão dos re-cursos humanos, que se traduz num melhor serviço”.

debate sobre passagem da uminho a regime fundacional marcado por forte adesão

Em termos de verbas, “tudo se tornará mais fácil se a UM sair da esfera da administração pú-blica”, acrescentou. Na sua opi-nião, o Conselho de Curadores é “uma entidade amiga da universidade” e permitirá uma melhor interacção do que com o “software do Estado”. Para além de ter como funções ga-rantir que a UM não entre em desequilíbrio financeiro, deci-dir a venda de património para fins estratégicos e a contracção de créditos, acrescentou.António Cunha garantiu ainda que a UM “continua a ser uma entidade pública, quer em ter-mos de candidatura a verbas públicas quer a candidaturas a projectos nacionais”.

Possibilidade de utilizar recei-tas própriasA questão da investigação e das receitas próprias é uma das principais vantagens aponta-das. Com a passagem a regime fundacional, a UM tem a possi-

bilidade de utilizar as receitas próprias, as quais representam um valor elevado do orçamen-to, e que enquanto instituição pública vê essas receitas consi-deradas do Estado. No final, António Cunha ex-plicou que a universidade fundacional continua a ser fi-nanciada como as universida-des públicas, podendo ainda obter um programa adicional ao financiamento. Rejeitou, também, a lógica de compa-ração da UM com iniciativas público-privadas de hospitais, referindo que a universidade fundacional não visa um gru-po, continua a pertencer ao Estado. O reitor da UM assegu-rou ainda que não há qualquer lógica de privatização.“Acredito nas potencialidades da administração pública, mas a grande questão é de que as universidades são entidades muito próprias e diversas e que têm dificuldade de actuar nes-se quadro”, concluiu.

Conselho Geral da UM toma decisão a 3 de Maio

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PÁGINA 07 // 12.ABR.11 // ACADÉMICO

Cátia alves

[email protected]

O Acordo Ortográfico (AO) veio mesmo para ficar. De-pois dos acordos de 1911, 1931 e também alguns ajustes em 1973, mais uma vez houve a necessidade de efectuar algu-mas alterações. Desenganem-se os que pensam que a língua portuguesa é estanque - na verdade, qualquer língua é um “organismo vivo” que se desen-volve, evolui e se transforma. A ortografia portuguesa não é as-sim desde que a língua surgiu.

Muitos são, aliás, os vocábulos que se transformam - ortogra-phia é curiosamente um deles. Contudo, as alterações da lín-gua devem acompanhar di-rectamente a evolução desta. Devem outrossim ser um me-canismo, diria, quase natural e não uma imposição. Se aqueles que a vão falar, os lusófonos, não se sentirem identificados com as alterações que se vão efectuar a adaptação será tão mais longa quanto mais difícil. Estas são razões mais do que suficientes para que as opi-niões dos portugueses se di-versifiquem, porém, a grande maioria opõe-se solenemente

o acordo ortográfico veio para ficar

a muitas das alterações deste novo AO. Uma das alterações de menor destaque, em parte por já in-tegrar alguns curricula esco-lares, desde há mais de uma década, é a introdução no abe-cedário do K (entre o J e o L), do W (entre o V e o X) e do Y (entre o X e o Z). Deste modo, o alfabeto passará a ter 26 letras. Um pouco mais estranho ao comum português será a uti-lização da letra minúscula em algumas situações como nos nomes dos dias da semana, dos meses do ano, dos pontos cardeais e colaterais.Por outro lado, desaparecem as

NACIONALDez anos é o tempo que os portugueses têm para se habituar ao Acordo Ortográfico que entrou em vigor em Junho de 2010. Comecemos então desde logo a praticar...

consoantes mudas integrantes de cc, cç, ct, pç, pc, pt. Exem-plificando, “coleccionador”, “direccional”; mantendo-se, porém, faccioso, ficcional; “ac-ção”, “colecção”, mantendo-se convicção; “ator” e “ato”, man-tendo-se “bactéria”; “excecio-nal”, mantendo-se “egípcio”; “adopção”, mantendo-se “cor-rupção”; “batismo”, mantendo-se “adepto”.Também nos verbos da 2.ª con-jugação, 3ª pessoa do plural do presente do indicativo ou do conjuntivo se irão verificar modificações, a exemplo disso, “creem”, “leem”. Também nas palavras graves com ditongo

“oi”, como “asteroide”, “heroi-co” e demais. Igualmente cairá o hífen em “minissaia”, “fotorreporta-gem”, etc. Assim também na ligação da preposição de com formas monossilábicas do pre-sente do indicativo do verbo haver: “hei de”, “hás de”, entre outros. Estas são apenas algumas das alterações linguísticas que o AO veio introduzir. Muitas irão ser as dificuldades a enfrentar até que todos nos habituemos, porém, certamente que o con-tributo da comunicação social será precioso – primeiro estra-nha-se e depois entranha-se.

vânia Barros

[email protected]

Após um aumento dos preços dos combustíveis já no decorrer do ano 2011, o Governo volta a anunciar que ainda este ano, se fará sentir uma nova subida das tarifas dos transportes pú-blicos, o que irá afectar, claro está, os estudantes.Desta forma, depois de uma subida de 3,5% nos passes so-ciais e de 4,5% em todas as tari-fas em geral, o país prepara-se

para enfrentar um novo au-mento. E, este aumento deve-se, segundo um comunicado do Ministério das Finanças, às medidas do PEC IV, “que estão a ser implementadas pelo Go-verno actualmente em gestão”, pois houve uma necessidade de “actualização extraordinária das tarifas dos transportes pú-blicos e uma intensificação do controlo dos custos no sector empresarial do Estado”, pois acredita-se que estas medidas conduzirão a uma poupança equivalente a 0,1% do PIB.

transportes públicos voltam a subir Cláudia rêGo

[email protected]

Um estudo luso-espanhol pro-va que quase metade dos por-tugueses inquiridos e 40% dos espanhóis querem uma união ibérica, sendo que o número de cidadãos que defendem a união federativa aumentou em 2010.Quanto ao modelo de integra-ção, a maioria dos inquiridos pensa que a melhor opção são os estreitos laços com acordos ou alianças estáveis, apesar da hipótese de um estado confede-rado, ter também um parecer

favorável por parte de portu-gueses e espanhóis. No caso de uma união, impõe-se uma questão: qual seria a língua adoptada? Este estudo também obteve uma resposta a tal pergunta, ambas as par-tes inquiridas pensam que as línguas dos respectivos países deveriam ser opcionais no en-sino primário e secundário, no entanto uma maioria dos por-

união ibérica. será?

tugueses (51,4%) contra uma minoria dos espanhóis (19,7%) considera que deveria ser obri-gatório. Outro tema abordado no estu-do, foi a mudança de país, que tanto portugueses como espa-nhóis consideram, por ques-tões laborais ou na reforma, ainda que em ambas as hipó-teses os portugueses são mais receptivos.

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ENTREVISTANUNO LIMA

dioGo araúJo

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Nos dias 14,15 e 16 de Abril ocorre-rá a XXI edição do FITU Bracara Augusta. As festividades terão lu-gar no Theatro Circo da cidade de Braga. Em entrevista com Nuno Lima, o ACADÉMICO foi em busca dos pormenores deste festi-val.

21 anos de FITU. Que grandes momentos guardam e recordam? No FITU Bracara Augusta sem-pre se procurou aliar um bom espectáculo musical a uma es-pécie de romantismo que se vive com a presença das tunas pela cidade a tocar e a alegrar as ruas. Daí que os melhores momentos compreendam não só actuações de algumas das melhores tu-nas que por cá passaram, mas também essa alegria vivida nos dias de festival. Neste sentido, as amizades e os conhecimentos que se travam com elementos de outras tunas são das coisas que mais nos marcam, prin-cipalmente quando se trata de um festival internacional como o nosso.

Quais as tunas a concurso este ano? Este ano, o FITU conta com a presença da Tuna Universitária de Aveiro, a anTUNiA – Tuna

de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, a Tuna da Universidade Católica Portuguesa – Porto, a Trans-montuna – Tuna Universitá-ria de Trás-os-Montes e Alto Douro, a Copituna d’Oppidana – Tuna Académica da Guarda, a Tuna de Derecho de Oviedo (Espanha), a Tuna de la Univer-sidad Rey Juan Carlos (Madrid, Espanha) e a Tuna de Derecho de la Universidad de la Laguna (Tenerife, Espanha). Teremos ainda a participação da Azeitu-na e a participação especial da Camerata Bracarense. O espec-táculo será apresentado pelos Jogralhos.

O porquê da escolha destas tunas ? Todas as tunas participantes os-tentam uma elevada qualidade musical, bem como uma alegria e irreverência bem vincadas. É precisamente isto que quere-mos trazer ao festival e este le-que de tunas está sem dúvida à altura do que procuramos.

O que marca a diferença deste FITU para os de anos anteriores? Nesta edição pode-se destacar a participação da Camerata Braca-rense, que executará algumas músicas em conjunto com a Tuna Universitária do Minho, no Sábado, 16 de Abril. Além disso, o que o FITU traz de novo de ano para ano passa fortemen-te pelas surpresas com que cada tuna participante brinda o pú-blico a cada edição.

Quais as expectativas para este FITU? As expectativas para esta edição são, à semelhança de anos an-teriores, aproximar a academia minhota e a Tuna Universitária do Minho da cidade de Braga,

A amizade e o companheirismo que existe no grupo são sem dú-vida um dos nossos pontos mais fortes.

Quem se quiser juntar à TUM o que tem de fazer? Quem se quiser juntar a nós apenas tem de aparecer num dos nossos ensaios, que têm lugar todas as terças e quintas-feiras, no Bar Académico (BA). Quantas actuações tem a TUM por ano? Todos os anos temos um eleva-do número de actuações, que compreendem a participação em festivais de tunas por todo o país e no estrangeiro. Além disso, há actuações nas mais diversas actividades relaciona-das com a Universidade do Mi-nho, e ainda a participação em eventos exteriores ao mundo académico. É difícil avançar um número, portanto digamos que são muitas!

Como se pode adjectivar a Tuna Universitária do Minho? Penso que o nosso melhor (e maior) adjectivo é bem visível em todas as actividades envolvi-das no FITU Bracara Augusta, por isso a melhor forma de nos conhecerem é aparecerem por lá!

através do contacto com tudo aquilo que as tunas têm para oferecer. Como tal, desde já lan-ço o convite a toda a comunida-de académica para que venha assistir às diversas actividades do festival, nos dias 14, 15 e 16.

Voltar ao Theatro Circo foi o salto qualitativo que vocês esperavam aquando do regresso a esta sala? Sim, sem dúvida! O Theatro Circo é, indubitavelmente, uma das melhores salas do país a todos os níveis. Uma sala de es-pectáculos como esta fazia falta não só às tunas, mas também à cidade e à comunidade artística.

A ligação à cidade é uma das ver-tentes onde focam bastante a linha de acção?

Com o FITU procuramos isso mesmo: aproximar o trabalho da ARCUM e da TUM das pessoas de Braga, ou seja, dar a conhecer o valor daquilo que fazemos, não só ao nível de pre-sentear o público com um bom espectáculo, mas também dar a conhecer a música e a cultura dos estudantes.

O que marca a diferença da TUM para outras tunas? No dia-a-dia, e enquanto grupo musical, procuramos cumprir com este tipo de expectativas. Contudo, enquanto jovens e estudantes acabamos por reve-lar uma irreverência que nos é muito característica e que nos distingue entre as melhores tu-nas do país.

“A expectativa é de aproximar a academia minhota e a Tuna Universitária do Minho da cidade de Braga”

A Tuna Universitária em acção

A TUM em digressão (Alicante, Espanha)

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INQUÉRITO

PUB.

Inês não faz parte de nenhum grupo cultural da UM, porque apesar de achar interessante, já está inserida em alguns projec-tos e não tem muito tempo.A estudante acha que “como em muitos outros campos, a universidade também pode ser reconhecida através da cultu-ra”, sublinhando a sua impor-tância para o desenvolvimento da UM. Pensa que o FITU é um evento importante para combater essa falta de propaga-ção, no entanto, “nunca tive a oportunidade de assistir a ne-nhum”. E se fosses convidada para te juntares a um grupo cultural? “Teria de ver a minha dispo-nibilidade e se tenho, efectiva-mente, jeito para o grupo em questão. Não me vejo inserida num grupo musical, mas gos-tava imenso do de teatro”.

“Não faço parte de nenhum grupo cultural e nunca pensei nessa possibilidade” afirma. Explica a falta de motivação para se juntar a algum dos grupos com o facto de não ter nenhum amigo que esteja in-serido em algum.Pensando, por exemplo, na possibilidade de se juntar a uma tuna, o excesso de traba-lho deste ano lectivo, ao con-trário de anos anteriores, corta qualquer possibilidade.Relativamente ao FITU, co-nhece, mas nunca assistiu a nenhuma edição porque “não me desperta grande interesse e, para além disso, é ao fim de semana e, como não sou de Braga, não fico cá”.Pedro não tem conhecimento suficiente em música para in-tegrar uma tuna, mas seria o grupo que escolheria porque “é com o que mais me identifico”.

António é porta-estandarte há 7 meses na Azeituna. A sua entrada na tuna é bastante pe-culiar, pois o objectivo era en-caminhar um amigo e após as-sistir a um ensaio acabou “por gostar bastante daquilo”.No seu ponto de vista, as pra-xes são bastante rigorosas e, ao mesmo tempo, “uma escola para a vida”. Ao contrário do que acontece com as praxes da Academia em que “és praxado para praxar, nas tunas és pra-xado para um dia mais tarde chegares à presidência e apoia-res o resto do grupo”.São muitas as digressões que fazem pelo país e pelo estran-geiro, (veja-se as futuras di-gressões por Holanda, Suíça e Inglaterra, por exemplo). Para António, todas as pessoas deveriam experimentar porque “uma vez membro, podes pas-sar por grandes experiências”.

De momento não faz parte de nenhum grupo, mas já foi membro da Azeituna. A “falta de tempo” e a dificuldade de conciliar a Presidência do Nú-cleo de Educação com as res-ponsabilidades universitárias e a tuna levaram-no a desistir.“Gosto de música tradicional, gosto do ambiente e das opor-tunidades que as tunas ofere-cem”. Estes foram os principais motivos que o levaram a juntar-se à Azeituna.Na sua opinião, é necessário desmistificar o medo que as pessoas têm sobre as praxes das tunas, já que existe a ideia que “as praxes são demasiado duras”. Aconselha os jovens a integrarem uma tuna, pois considera que é um ponto a favor “numa altura em que as competências sociais são tão importantes para o currículo”.

ANTóNIO TRINCãO1º ANO //

CIêNCIA POLíTICA

ANTóNIO CUNHA3º ANO //

EDUCAçãO

FABiANA OliVeiRA [email protected]

De 14 a 17 de Abril, a vigésima primeira edição do FiTU (Festival internacional de Tunas Universitárias) terá lugar no Theatro do Circo e conta com a presença de algumas tunas do resto do país.O preço dos bilhetes para este FiTU situa-se nos 7 e 10€ para um dia e os 12 e 17€ para os dois dias de festival. Os bilhetes podem ser reservados no site do Theatro do Circo e adquiridos nas bilheteiras do local do espectáculo.Neste contexto, o ACADÉMiCO falou com alguns alunos da Universidade do Minho para saber se fazem parte de algum grupo cultural da UM.

Vamos conhecer as respostas…

INêS DA MATA2º ANO //

CIêNCIAS DA COMUNICAçãO

fazes parte de algum grupo cultural da UM?

PEDRO ROCHA2º ANO //

ENGENHARIA BIOLóGICA

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ERASMUS PAGE

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

FranCisCo vieira

[email protected]

The Sims Medieval é a mais recente aposta da Electronic Arts na saga The Sims. É um exclusivo para Windows e Mac e foi lançado para o mercado no fim de Março. O motor de Sims Medieval é o mesmo de Sims 3. No entanto, Sims Medieval

Cátia alves

[email protected]

Uma comitiva composta por responsáveis do sector da edu-cação de várias regiões da Su-écia esteve recentemente em Portugal para visitar as insta-lações da JP Sá Couto, com o objectivo de conhecer melhor o projecto do computador Maga-lhães. A empresa nortenha referiu, em comunicado à imprensa, que “a Suécia é um dos países mais desenvolvidos na área da educação. O interesse demons-trado pelo projecto Magalhães e pela sua implementação é mais uma prova do reconhe-cimento internacional desta iniciativa”.Segundo a JP Sá Couto, a co-mitiva sueca assistiu a uma apresentação sobre a perspec-tiva industrial dos projectos

educacionais e fez uma visita completa à fábrica onde se pro-duzem os portáteis.Terminada a visita, o grupo foi, ainda, convidado a conhecer umas das escolas da região, onde os computadores portá-

magalhães pode chegar à suécia

“épico, literalmente”cos, Mercadores, Cavaleiros e Bardos, cada um com as suas diferentes tarefas e habilida-des. Sendo o principal objecti-vo do jogo desenvolver o reino, o jogador terá de fazer algumas escolhas, ao estilo Dragon Age / Mass Effect, como por exem-plo, se o reino aspira a popula-ridade ou riqueza. Esta escolha afectará as missões do jogador, existindo diversos blocos de quests conforme as nossas es-colhas. No fundo Sims Medieval é um novo Sims, apesar de diferente, com uma faceta de RPG mas

como todos os seus predeces-sores, muito divertido.

the sims medieval

é um pouco diferente dos seus congéneres pois pressupõe uma jogabilidade mais profun-da, sendo que o jogo desenvol-ve-se através de quests, sendo o objectivo do jogador construir o seu reino na era medieval. Tudo isto torna Sims Medie-val mais um jogo RPG do que propriamente uma simulação da vida real (medieval). Acres-centando à componente RPG do jogo existem também uma espécie de classes, ou melhor, profissões. Destas “classes” destacam-se Monarca, Bruxo, Espião, Padre, Ferreiro, Físi-

José miGuel lopes

[email protected]

O Facebook lançou uma nova funcionalidade que permite a qualquer membro desta rede social criar um livro persona-lizado – o Egobook – a partir dos dados acumulados no seu próprio perfil de utilizador.O livro em questão, único para cada membro do Facebook, compila todas as mensagens, imagens e comentários, entre outras informações, que mar-cam presença na página da pessoa em questão. Possui ain-da, como capa do livro, a foto de

perfil seleccionada pelo utiliza-dor da altura em que o livro é requerido. O processo de passagem de toda a informação de uma pes-soa para o papel exige apenas um pedido de autorização para o acesso, por parte do serviço, aos dados pessoais necessá-rios. A encomenda do Egobook tem um preço a rondar os 30 euros - os custos oscilam em função da quantidade de conteúdo im-presso. Este serviço também permite a qualquer utilizador encomendar um livro sobre outra pessoa, que lhe é entre-gue como presente.

egobook: facebook reproduzido em livro

teis são utilizados em ambiente de sala de aula. São já muitos os países que se têm mostrado interessados no computador Magalhães, como a Argentina, a Venezuela, o Uruguai e a Hungria.

Site Oficial: http://www.ea.com/the-sims-medieval

DR

Regresso divertido da saga Sims

DR

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LIFTOFF AAUM

>09 de ABRIL ‘11“Conferência Vocacio-nal2011”

> 23 a 26 de MAIO ‘11Feira de Saídas profis-sionais e Empreendedo-rismo

www.liftoff.aaum.pt

Liftoff informa:

FINICIA

Financiamento

O FINICIA é um programa que facilita o acesso a soluções de financiamento e assistência técnica na criação de empresas, ou em empresas na fase inicial do seu ciclo de vida, comdiferenciadores, próximos do mercado ou com potencial de valo-rização económica.

Objectivos

- Facilitar o financiamento de negócios emergentes e empresas de pequena dimensão;

- Desenvolver o sector informal de capital de risco, incentivando as redes de agentes de empreendedorismo;

- Favorecer dinâmicas de empreendedorismo e inovação;

- Contribuir para a fluidez na transferência de conhecimento dos centros de saber para as PME;

- Participar em acções de consolidação da estrutura empresarial de base local;

Beneficiários

O FINICIA Jovem, resultante de uma parceria com o Instituto Português da Juventude, apresenta condições especiais para jo-vens até aos 35 anos e destina-se a empreendedores e a PME em fase de arranque;

> 12 de ABRIL ‘11Início Curso “Inteligência Emocional” Braga

>21 MARÇO ‘11Entrepreneurship Day@AAUMinho

Tipologias de projecto

Eixo “Zero”Destinado a resultados de in-vestigação ou projectos em fase de prova de conceito de alta e média tecnologia para passar ao mercado por via da criação de empresa ou de li-

cenciamento industrial.Acesso a participação de capi-tal de risco até 300mil euros e máximo de 3 anos de desen-volvimento do projecto.

Eixo I

Destinado à criação de empre-

sas ou a PME existentes com actividade iniciada, que apre-sentem projectos com uma el-evada componente inovadora e potencial de crescimento.Acesso a participação de capi-tal de risco até 1 milhão de eu-ros ou, combinado de capital de risco e de crédito suportado em garantia mútua.

TECNOLOGIA E INOVAÇÃOtwittadas

ana lopes

[email protected]

Mentira da Google torna-se re-alidadeComo mentira do 1 de Abril a Google decidiu lançar um vídeo que mostrava que o seu servi-ço de correio electrónico Gmail Motion poderia ser comandado por meio de gestos simples. Re-correndo a um vídeo onde mos-travam o testemunho de alguns “especialistas” no assunto, ins-piraram a equipa MxR lab da Universidade da Califórnia que pôs em prática este sistema de controlo de email. Tendo sido desenvolvida pelo institute for

Creative combina a solução pri-meiramente criada de Flexible Action and Articulated Skeleton Toolkit (FAAST) e o sensor de-senvolvido pela Microsoft para os jogos da Xbox.

Português tem um dos mais interessantes Twitter do mundoA revista “Time” publicou uma lista das 140 pessoas mais in-teressantes do Twitter e, entre elas, surge José Afonso Fur-tado, director da Biblioteca de Arte da Gulbenkian, na catego-ria de notícia.A revista considera que o bi-bliotecário “transporta a sua paixão não adulterada pelos li-vros para a twitteresfera”. José

Afonso Furtado surge na 50ª posição, depois de Justin Bieber, numa lista onde estão presen-tes nomes ilustres como lady Gaga, Homer Simpson, Conan O’Brien e Sarah Palin. O nome do professor da Universidade de lisboa aparece lado a lado com grandes twitters informativos como a CNN.

Sites infectados atraem vítimas com vídeosOs vídeos e a multimédia são os principais conteúdos usados para atrair os astronautas para sites infectados com malware, segundo um estudo da Panda labs.

Os dados revelados pela em-presa referem-se aos sites blo-queados, sendo que 25 por cento destas páginas usavam este tipo de conteúdo. Os sites tentavam persuadir as pessoas a fazer actualizações nos seus computadores, de modo a co-meter cibercrime. O relatório re-vela ainda que os três sites mais bloqueados tinham origem no Brasil e usavam vídeos alusivos ao sismo no Japão e ao despedi-mento de um polícia para cha-mar os cibernautas. Portáteis com sistema operativo da Google lançados no Verão Os primeiros computadores

portáteis com o sistema opera-tivo da Google, o Chrome OS, poderão chegar ao mercado no próximo Verão, segundo o por-tal Pocket-lint.O portal notícia que a Google lançará os primeiros portáteis com Chrome OS no segundo trimestre deste ano.A empresa estará em negocia-ções com alguns fabricantes como a Samsung e a Acer, bem como com alguns revendedores de modo a preparar a chegada ao mercado do sistema opera-tivo.Segundo o site Digitimes a Acer, a Asus, a Sony e a Samsung se-rão as primeiras marcas a lançar este sistema operativo.

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CULTURA

pedro portela

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Depois de se terem apresen-tado em 2009 com «A Fish Hook An Open Eye» e criado uma reputação de não-alinha-dos, estão agora de regresso com o álbum Shilpa Ray and Her Happy Hookers «Teenage and Torture», marcando este arranque de ano com um disco excitante e corrosivo.Feito de inspiração e suor, este é um disco que se diverte a lançar estrondosos meteoritos rock contra cenários nocturnos

de blues de garagem, deixando que as guitarras uivem exci-tadamente por cima de ham-monds esgazeados e ritmos desenfreados.E depois há Shilpa Ray, que tem uma voz que parece pos-suída pelos mais tempestuosos demónios e trata de desancar em tudo o que mexe em redor, numa atitude de confronto di-recto que tudo deve à desespe-rança punk. O tipo de rapariga que poucos se orgulhariam de ter como nora, mas que tem tudo para criar uma reputação de culto no circuito alternativo.Fervilhante do princípio ao fim, «Teenge and Torture» é

CD RUM

um detonador de longo alcance que não pode deixar ninguém indiferente, entre gritos de re-volta descontrolada e a mágoa de uma vida despedaçada que, transformados em música, ga-nham um poder agitador irre-sistível.

Shilpa Ray And Her Happy Hookers

Teenage and Torture

CD2011Knitting Factory

José reis

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As ideias feitas que os arqui-tectos são pessoas “cinzentas e demasiado formais” e que a arquitectura, enquanto dis-ciplina, “é uma coisa chata e pesada” podem cair por terra dentro de poucas horas (ou pouco minutos, depende dos sítio onde lê o jornal a esta hora). Pelo menos, para aque-les que quiserem combater estas ideias pré-concebidas e formuladas sem fundamento real, há um local ideial para se perceber que, afinal, a ar-quitectura pode – e é – tudo aquilo que nos rodeia e que se deve ter uma “opinião sobre o desenvolvimento e sua defini-ção”, diz-nos Bruno Figueire-

do. O ginásio’um é uma nova galeria da Universidade do Mi-nho, em Guimarães, dedicada, em exclusivo, à exposição e ex-plicação do processo de se fazer arquitectura – e uma não sur-ge indissociada da outra. Um local pouco maior que uma sala de estar de um qualquer apartamento T1, onde 20 pes-soas (não muito mais) chegam para encher a sala. Nas pare-des, rascunhos e projectos de mobiliário, visões e perspecti-vas de uma casa, linhas e cru-zamentos de pensamentos. Os dois arquitectos responsáveis dizem-me que é “o projecto da Casa Paulo Pires, da autoria do arquitecto Manuel Botelho”, situada em Lamego. Tudo, afi-nal, pode ser simples de perce-ber. Basta paciência e vontade.

Exercícios expositivos

O primeiro passo na dinami-zação da sala foi da responsa-bilidade do núcleo de Desenho da universidade – “esteve para ser a papelaria [e a placa iden-tificativa ainda está à porta], mas acabou por se transfor-mar em espaço de exposição”. Há cerca de dois/três meses Bruno Baldaia e Bruno Fi-gueiredo, arquitectos e profes-sores da escola da disciplina na UM pensaram em expor, de igual forma, mas com en-foque na arquitectura. “Que-ríamos potenciar a exposição de exercícios de arquitectura, sentiamos a dificuldade que era, para os alunos, algumas matérias e algumas discipli-nas”, explica-nos Baldaia. E as-sim decidiram prover a escola de um espaço expositivo. Mas, mais do que isso, um espaço de partilha de experiências. Assim nasceu o ginásio’um, convenientemente apelidada de “Galeria e Arquivo Digital de Exercícios de Arquitectu-

ra da UM”. “Queremos dar a conhecer o que se faz através de encontros com as obras e o artista”, revela Figueiredo. E o nome da galeria tem uma explicação lógica: “chamamos ‘ginásio’ porque reparamos que a escola não tinha um gi-násio. Tinha cantina, mas não tinha um ginásio”, ri Baldaia, logo seguido pelo outro res-ponsável: “até porque o giná-sio, antigamente, era onde se

aprendiam as diferentes maté-rias. Por isso faz sentido”. Com porta aberta a todos os interes-sados, a galeria expõe o projec-to de Manuel Botelho até ao final desta semana. Depois... Bem, depois é uma incógnita. “Este carácter surpresa é fun-damental para nós. Não dar a ver o que se está à espera”, con-clui Baldaia. Uma galeria de arquitectura que é tudo menos “cinzenta” e “chata”.

À entrada da escola de Arquitectura, logo após transpor a entrada, do lado direito, há uma galeria de arquitectura, chamada Ginásio’um. Pode não parecer, mas ela está lá. Um sonho concretizado de dois arquitectos e professores da escola, para ajudar os alunos de arquitectura a entenderem melhor a arquitectura. Fomos espreitar.

GINÁSIO’UMno ginásio’um apenas se exige exercício mental

sangue, suor e revolta!

DR

DR

Ginásio’um serve de local de exposição e discussão de projectos de arquitectura

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pelas “queimas” do país

AGENDA CULTURALRUM BOX

raFaela pereira

[email protected]

As queimas das fitas, a grande festa dos estudantes, ocorre entre o mês de Abril e o mês de Maio de 2011. Pelas várias universidades do país celebra-se o fim do percurso académi-co, sempre com muita música e boa disposição. O cartaz do Enterro da Gata já foi oficialmente divulgado, mas tal como tem acontecido nos últimos anos, a Queima das Fitas de Coimbra, Lisboa e Porto também prometem. Para além dos cortejos, serenatas e eventos desportivos, as associa-ções académicas, apostam na música para alegrar as longas noites da Queima. Quim Bar-reiros e Xutos e Pontapés conti-

nuam a ser presenças assíduas nas semanas académicas.A Queima das Fitas de Coim-bra 2011 decorre entre 6 a 13 de Maio, no Parque da Canção. O primeiro dia, sexta-feira dia 6, conta com a presença em palco de Editors, Deolinda e Black Bombaim. No dia 8, es-tão confirmadas as presenças de Plapla Pinky, Coisas Lindas & Cheirinhos, Hi-Fi e Quim Barreiros. Diabo na Cruz e Da-vid Fonseca actuam no dia 11, mas não são as únicas bandas portuguesas confirmadas para animar as noites da Queima das Fitas de Coimbra, já que The Gift e Mind da Gap actu-am no dia 12 de Maio. No úl-timo dia, sexta-feira 13, ainda só está confirmada a presença dos James.

O cartaz da Queima das Fitas de Lisboa tem, ainda, poucos nomes confirmados. A sema-na académica começa no dia 9

TOP RUM - 14 / 201108 ABRil

1 GUTA NAKiNovo mundo

2 ARCADe FiReThe suburbs

3 PJ HARVeYThe words that maketh murder

4 RADiOHeADlotus flower

5 KillS, THeSatellite

6 B FACHADAQuestões de moral

7 PeiXe AViÃOUm acordo qualquer

8 PZFor sure

9 MÁRCiACabra-cega

10 ONe MAN HANDRed lighthouse 11 MAZGANiBeggar’s hands

12 ANNA CAlViSuzanne & i

13 BlACK KeYS, THe everlasting light

14 NOiSeRVThe sad story of a little town

15 JOAN AS POliCe WOMAN The magic

16 lONG WAY TO AlASKA United colors of patapon

17 lUÍSA SOBRAlNot there yet

18 PATRiCK WOlFThe city

19 BUNNYRANCHNo crime scene

20 MÃO MORTAestância balnear

POST-IT11 Abril > 15 Abril

SMiX SMOX SMUX - Quantas Vezes JáTHe SHOeS - Wastin’ TimeGOMeZ - Options

BRAGA

MÚSiCA15 e 16 de AbrilXXi Fitu – Bracara AugustaTheatro Circo

CiNeMA14 de AbrilRadiation – Teatro Polaco de TorontoTheatro Circo

De 12 a 16 de AbrilOlhar Ver Filmar – Oficina de RealizaçãoTheatro Circo

e termina no dia 15 de Maio, no Parque das Nações. Até ao mo-mento, Edward Maya é o nome destacado no dia 12. Emir Kus-

turica & The No Smoking Or-chestra e Booka Shade são as bandas confirmadas para ale-grarem a noite académica no 14 de Maio de 2011.A Federação Académica do Porto (FAP) ainda não divul-gou oficialmente o cartaz da Queima das Fitas de 2011. Contudo, sabe-se que decore entre 1 e 8 de Maio no Quei-módromo do Porto e que estão confirmados oficialmente o Dj Overule, a banda Xutos & Pon-tapés, MGMT e Suede. O car-taz será divulgado pela FAP, no dia 13 de Abril.Ainda assim, entre 6 e 14 de Maio a festa é em Braga, mas pode-se sempre tirar partido da boa música e disposição, que as várias queimas das fitas têm para oferecer.

GUIMARÃESMÚSiCA16 de AbrilPedro AbrunhosaCCVF

16 de AbrilTributo a Michael BubleSão Mamede

FAMALICÃO

TeATRO16 de abrilOTelO, de W. Shakespeare, pela ACe/Teatro do BolhãoCasa das Artes

MÚSiCA17 de Abrillauda Sion – Felix Mendelssohn – Música Coral SinfónicoCasa das Artes

BARCELOS

MÚSiCA15 de AbrilFoge Foge BandidoSubscuta

LEITURA EM DIA12/4 - Conspiração 365 de Gabrielle lord, ed. Contraponto. Um romance por mês, adrenalina pura garantida, um entusiasmo literário para jovens, e para todos que adoram a leitura

13/4 - O Meu Amigo de Marisa Pott, ed.Babel. Novos autores portugueses, a literatura infantil portuguesa no seu melhor e os jovens leitores encontram uma grande “estória”. Obrigatório.

14/4 - A Rapariga dos Lábios Azuis de Francisco Duarte Mangas; ed. Quetzal. Um romance depurado, poético, de um romancista português.

15/4 - E o Burro viu o Anjo de Nick Cave, ed. Alfaguara.A estrela pop dos Bad Seeds e Grinderman e as suas aventuras literárias - grandes aventuras, diga-se.De leitura compulsiva.

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier

DR

Por todo o país estas festas são momento alto

de um ano lectivo

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bracarenses vencem e aproximam-se da subida

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DESPORTOeduardo rodriGues

[email protected]

A formação do SCBraga/AAUM recebeu, no passado sábado, a complicada equipa do Boavista, numa partida re-ferente à 21ª jornada do Cam-peonato Nacional. Apesar das dificuldades, o conjunto do Minho triunfou pela margem mínima (1-0) e deu um grande passo para alcançar a subida de divisão.De uma maneira geral, ao lon-go do encontro, ambas as equi-pas tiveram diversas oportuni-dades para marcar. O SCBraga/AAUM assumiu, claramente, o comando do jogo e dispôs de uma elevada percentagem de posse de bola. Por outro lado, os visitantes criaram perigo através das iniciativas indivi-

duais dos seus jogadores.O golo bracarense ocorreu no minuto 17 ,́ na sequência de uma excelente acção individual de André Machado. Mas, antes disso, o guarda-redes Pli já ha-via dado o seu contributo, com defesas de elevado grau de di-ficuldade. Na segunda metade, os visitan-tes voltaram mais determina-dos e dispostos a dar a volta ao resultado adverso. No entanto, os minhotos estiveram muito coesos no capítulo defensivo e conseguiram manter a vanta-gem até ao final.É de realçar o apoio, mais uma vez incansável, dos adeptos bracarenses, que encheram o pavilhão universitário e apoia-ram a equipa do primeiro ao último minuto. Os minhotos permanecem isolados na 1ª po-

sição, com 48 pontos ganhos. A 2ª colocada, a Académica de Coimbra, perdeu nesta jor-nada frente ao Chaves Futsal e encontra-se agora a 5 pontos do SCBraga/AAUM.

Na próxima jornada, os braca-renses visitam a formação do Póvoa Futsal, que está no 5ª posto, com 35 pontos.A partida realiza-se no domin-go, dia 17 de Abril, às 17h30.

Faltam apenas 5 jogos para o término da época e duas vitó-rias garantem, matematica-mente, a presença da equipa em 2011/2012, na I Divisão Nacional.

CARLOS [email protected]

A cidade universitária de Coimbra recebe de 11 a 15 de Abril, os playoffs e as fases fi-nais dos Campeonatos Nacio-nais Universitários (CNU’s), no momento mais aguardado do calendário desportivo e competitivo universitário.Nestes CNU’s foi apresentado um cartaz cultural na passa-da quarta-feira, dia 6 Abril na cidade dos estudantes. Trata-se de uma iniciativa que “preten-de dar a conhecer aos atletas, vindos de várias partes do país, a cultura coimbrã, bem como o espírito académico da cida-de dos estudantes”, informa

um comunicado da Associação Académica de Coimbra (AAC).O programa conta com actua-ções de várias tunas e fado ao longo dos dias, assim como uma exposição de pintura, jun-tando, desta forma, a cultura ao desporto. No plano despor-tivo as equipas da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM) têm vindo a preparar-se para o evento, e das várias modalidades co-lectivas presentes nos CNU’s da AAUM, destacam-se, ain-da sem derrotas nos torneios universitários desta época des-portiva, o andebol masculino e voleibol feminino, ambos grandes favoritos à vitória dos CNU’s das suas respectivas

modalidades. Enquanto o an-debol masculino procura o seu quarto título consecutivo, no voleibol feminino o objectivo é serem penta-campeãs, ou seja, domínio da AAUM nestas duas modalidades nos últimos anos no panorama do desporto nacional universitário.Na modalidade de futsal, a equipa masculina tem o objec-tivo de revalidar o título con-quistado em 2010, mas a con-corrência é forte, tendo várias equipas ao mesmo nível e to-das com uma certa legitimida-de para lutar pelas medalhas. Já no feminino a situação é idêntica, com a AAUM a apare-cer “rejuvenescida” e com von-tade de conquistar novamente o título que conseguiu no ano de 2006. Esta modalidade, tan-

to no feminino como no mas-culino, é a que apresenta um grande grupo de equipas capaz de lutar pelas medalhas e onde o nível entre várias equipas é equilibradíssimo, esperando-se, portanto, jogos de grande intensidade e equilíbrio onde a vitória poderá “cair” para qual-quer lado.No hóquei em patins e basque-tebol masculino, estas duas equipas conseguiram trazer em 2010 a medalha de bronze e perfilam-se para puder repe-tir ou fazer ainda melhor que no ano transacto. O basquete-bol ainda terá de participar na fase playoff, onde se espera que os minhotos consigam ultra-passar as equipas do ISMAI e AAUMadeira. Outra modali-dade que também terá que par-

ticipar nos playoffs é o voleibol masculino. Também decididos a passar esta fase, os minhotos irão fazer tudo ao seu alcance para chegarem à fase de gru-pos e depois continuarem a dar o seu melhor na tentativa de obter uma medalha.Já na modalidade de futebol de 11, após alguns anos sem a presença nos três primei-ros lugares, a equipa minhota aparece com vontade de acabar com esse “jejum” e retomar a conquista das medalhas.Por fim, na modalidade de rugby de sevens feminino, estreante nestas andanças, espera-se que as atletas minho-tas dêem o seu melhor e con-seguiam algumas surpresas durante o CNU desta modali-dade.

antevisão cnu’s

Bracarenses vencem e cimentam a liderança

DR

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Esta semana o convidado da Burning List é o músico Tiago Sousa.

Por entre a criação de uma das pioneiras net-labels portuguesas, a participação em diversas bandas independentes e o seu trabalho a solo, é alguém que vem construindo, ainda que de forma quase despercebida, um dos mais sóli-dos corpos de trabalho em termos musicais, estéticos e conceptuais.Dono de uma cultura musical assinalável, revela um gosto pelo piano e a música clás-sica, pela literatura norte-americana e pelo orientalismo.Vamos ficar a conhecer um pouco melhor o talento e os gostos deste jovem compositor português.

Segunda: Lou Harrison - Threnody for Carlos Chavez, for Viola & Sudanese Gamelan (1978)este compositor faz uma síntese interessante entre aquilo que é a música tradicional vinda da zona asiática com a música europeia… normal-mente a música de tradição europeia é escrita e a música de tradição oriental é mais improvisada, mais espontânea.ele “casa” estes dois universos, aproveitando aspectos da música oriental como os quartos de tom e as desconstruções rítmicas, e isso sempre me fascinou.

Terça: Fernando Lopes-Graça - Acordai! (Marchas, Danças e Canções – próprias para grupos vocais ou instrumentos populares, 1946)éeu discordo um pouco do lopes-Graça, que acreditava que a cultura era uma forma da emancipação do povo - eu acredito mais que a cultura é um espelho da sociedade, uma forma

de nós podermos auscultar qual era o pensamen-to de um determinado povo, de um determinado contexto social, numa determinada época, sendo que isso é completamente transversal ao longo dos séculos. assim, não vejo a cultura tanto como uma forma de educação mas sim como uma forma de nos expressarmos.

Quarta: Sergei Rachmaninov - Sonate para Violoncelo e Piano em Sol Menor, Op. 19. 3º movimento - Andante (1901)o romantismo enquanto movimento é uma influência no meu trabalho, mas não no seu lado saudosista, do “homem sofredor” que arca nos ombros com o peso do mundo. aprecio mais a dimensão da evocação da beleza e o encontro de um certo “existencialismo nessa beleza.estas são duas questões que me tocam emocionalmente, estão muito próximas e fazem-me “vibrar”. é, no fundo, a grande magia da música. e o roman-tismo acaba por estar sempre evocado [na sua música], embora não me enquadre em qualquer espectro da música erudita.

Quinta: Claude Debussy - La Plus Que Lente, Valsa para Piano ou Orquestra (1910) esta escolha tem, mais uma vez, a ver com a questão da referência. o debussy será sempre um dos “mestres” na sua “arte”. primeiro porque ele trouxe inovações bastante importantes, como a atonalidade, que viria a ser um dos paradig-mas musicais do séc. XX. depois porque con-

sidero que ele tinha uma capacidade incomum de colocar a harmonia sempre “um passo à frente”, descontraindo-a o mais possível e tornando-a uma coisa não palpável, não previsível, e isso influencia-me muito.

Sexta: George Ivanovich Gurdjieff / Thomas De Hartmann - Assyrian Women Mournersé um tema bastante recorrente, embora não transpareça muito na música que faço. o Gurd-jieff, para além de fazer a síntese entre a música oriental e a música ocidental, é também filósofo e ensaísta. está ligado a um certo misticismo e espiritualismo contemporâneos, e no caso dele, está muito focado na questão da consciência do próprio. para conseguirmos ter uma sociedade mais igualitária e saudável temos primeiro de investir no indivíduo e voltarmo-nos para nós próprios, para nos compreendermos como seres humanos.

TIAGO SOUSA

Vera Marmelo Vera Marmelo Vera Marmelo

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