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O imaginário popular insiste em descrever a atuação do
professor com o ditado perverso que diz: —«Quem sabe,
faz. Quem não sabe... ensina!!!»
GÊNEROS TEXTUAIS NO CONTEXTO DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Maria Helena Silvestre Garcia
Licenciatura em Letras
Especialização em Metodologia do Ensino de Português
Professora de L. Portuguesa e L. Inglesa da Rede Pública de Ensino do Estado do Paraná
PDE - Programa de Desenvolvimento Educacional
RESUMO
A falta de interesse dos alunos nas aulas de Língua Inglesa tem levado os
professores a uma procura constante de alternativas para motivar seus alunos. O
objetivo desse artigo é trazer os resultados da Implementação do Projeto GÊNEROS
TEXTUAIS NO CONTEXTO DAS INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS numa turma de
SEXTA SÉRIE, do Colégio Estadual Pedro Viriato Parigot de Souza – Ensino
Fundamental, Médio e Normal, na cidade de Marialva, cujo objetivo foi uma busca
de recursos considerados necessários, numa tentativa de reverter o caótico quadro
em que o sistema educacional ora se apresenta. Este artigo aborda as
possibilidades de utilização do Gênero Digital e-mail nas aulas de Língua Inglesa
como uma alternativa pedagógica para tornar as aulas mais atraentes e
significativas para o aluno, em um ambiente que normalmente provoca grande
fascínio nos adolescentes.
PALAVRAS-CHAVE: Tecnologias, Fascínio, Alternativa pedagógica, Gêneros
Digitais.
ABSTRACT
The lack of interest of students in English language classes has led teachers to find
alternatives to motivate their students. The aim of this article is to bring the results of
the Project Implementation GÊNEROS TEXTUAIS NO CONTEXTO DAS
INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS, in a sixth-grade class at Colégio Estadual Pedro
Viriato Parigot de Souza – Ensino Fundamental, Médio e Normal, in Marialva city,
whose goal was a search of estimated resources, as an attempt to reverse the
chaotic situation of the current educational system. This article discusses the
possibilities of using the Digital Gender e-mail in English classes as a pedagogical
alternative to make lessons more engaging and meaningful to the student, in an
environment that usually causes great fascination in adolescents.
KEYWORDS: Technology, Fascination, Educational Alternative, Digital Genres.
INTRODUÇÃO
Reconhecendo que quanto mais o aluno mantiver contato com o universo dos
diversos Gêneros Textuais existentes, mais ele desenvolverá a capacidade de
construir o seu discurso, o maior propósito deste projeto foi o de explorar o poder
das tecnologias mediante algumas atividades que podem ser desenvolvidas com
esse mais novo Gênero Textual, o e-mail.
Acreditando que ao fazer uso das tecnologias de comunicação disponibilizadas
atualmente nas escolas, no caso a internet, e mais especificamente o correio
eletrônico para interação com colegas e para familiarização com Gêneros
textuais/Gêneros Digitais poderia possibilitar ao aluno a capacidade de lidar com
um universo textual conhecido, fator este que certamente despertaria um interesse
maior pelos estudos, aproveitando assim a competência comunicativa dos
adolescentes que usam bem os gêneros emergentes disponíveis na tecnologia
digital para transformá-los em bons produtores de tecnologia educacional com
contextos educacionais.
Uma correspondência eletrônica semelhante aos bilhetes e cartas tão utilizados
desde o advento da escrita e apenas com roupagem nova, poderia possibilitar uma
adequação às diversas situações de comunicação lingüística como processos de
educação e democratização, na medida em que, não por si só, mas atrelado a um
conjunto de condições, contribuir para a superação da exclusão social. Além do que,
as novas tecnologias trouxeram novo tipo de vida social, deixando tudo meio incerto,
rápido e obsoleto em curto espaço de tempo, enquanto que o ambiente escolar
estagnou-se, paralisou, engessou-se no tempo e no espaço. E, nunca é tarde para
se mudar um contexto que preocupa muita gente...
Embora o acesso à internet, para uma grande maioria da população mundial, ainda
esteja caro e lento, a troca de mensagens eletrônicas tornou-se uma prática
bastante comum entre as pessoas. Seu uso é diversificado, abrangendo desde
correspondências formais entre empresas, publicidades, ensino até contato para
estabelecer relações íntimas entre pessoas.
Como afirma Marcuschi (2004), todo gênero digital possibilita um trabalho da
oralidade e da escrita assim como os gêneros textuais tradicionais utilizados na
escola, pois se apresentam como uma evolução destes. Chats, blogs, vídeo-
conferências, e-mails, objeto deste trabalho e todos os outros recursos disponíveis
na Internet fazem parte da comunicação eletrônica e devem ser trabalhados pelo
professor que deveria de enquadrar seu aluno no processo evolutivo de
aprendizagem.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Com foco nos novos gêneros textuais emergentes no contexto das inovações
tecnológicas, foram abordadas metodologias de ensino de línguas, no intuito de se
verificar como essa perspectiva pode auxiliar no processo de aprimoramento da
competência lingüística de alunos do Ensino Fundamental, bem como motivá-los.
O desafio do trabalho com gêneros textuais tem sido motivo de muitos estudos no
campo de ensino/aprendizagem de línguas. A publicação pelo MEC dos Parâmetros
Curriculares Nacionais, em 1998, em que as diretrizes curriculares para o Ensino
Fundamental brasileiro apóiam-se fortemente em concepções teóricas relativamente
recentes e inovadoras traz a noção de gênero para o primeiro plano do debate
didático. A noção de gênero como instrumento de ensino-aprendizagem é central
nessa proposição: “Todo o texto se organiza dentro de determinado gênero em
função das intenções comunicativas, como parte das condições de produção dos
discursos, os quais geram usos sociais que os determinam” (BRASIL, 1998, p.21).
As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná propõem que:
A aula de Língua Estrangeira Moderna constitua um espaço para que o aluno reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive. Espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e, portanto, passíveis de transformação na prática social. (DC PR, 2006. p. 32)
Ainda neste documento, o ensino de Língua Estrangeira deve contemplar os
discursos sociais que a compõem, ou seja, aqueles manifestados em forma de
textos diversos efetivados nas práticas discursivas. Trata-se de tornar a aula de
Língua Estrangeira um espaço de:
acesso a diversos discursos que circulam globalmente, para construir outros discursos alternativos que possam colaborar na luta política contra a hegemonia, pela diversidade, pela multiplicidade da experiência humana, e ao mesmo tempo, colaborar na inclusão de grande parte dos brasileiros que estão excluídos dos tipos de (...) [conhecimentos necessários] para a vida contemporânea, estando entre eles os conhecimentos [em língua estrangeira] (MOITA LOPES, 2003, p. 33)
Tomamos por base a proposta teórica do Interacionismo Sócio-discursivo (ISD) de
BRONCKART (1999). Nela, a linguagem é analisada como prática social, em que as
condutas humanas constituem redes de atividades desenvolvidas num quadro de
interações diversas, materializadas através de ações de linguagem, que se
concretizam discursivamente dentro de um gênero.
Cada situação de comunicação, oral ou escrita, exige uma linguagem própria:
sabemos que ao falar com uma autoridade, por exemplo, não nos comunicamos da
mesma forma que fazemos quando falamos com nossos familiares. A essas formas
de linguagem características de cada situação de comunicação chamamos gêneros
do discurso (de texto, textuais, discursivos).
Bronckart (1999:73) afirma que “qualquer espécie de texto pode atualmente ser
designada em termos de gênero e que, portanto, todo exemplar de texto observável
pode ser considerado como pertencente a um determinado gênero”. Para ele, todo
texto se organiza dentro de um determinado gênero.
Para Cristóvão (2006), o ensino de línguas deve formar o aluno para a maestria em
relação aos modelos de gêneros pré-existentes, mas também deve
progressivamente, explorar sua refletividade, desenvolver suas capacidades de
deslocamento e de transformação dos modelos adquiridos.
Os gêneros de discurso organizam a nossa fala da mesma maneira que dispõem as
formas gramaticais. Sem os gêneros, a nossa fala seria quase impossível, (Bakhtin,
1992).
Na perspectiva do Interacionismo Sócio-discursivo (ISD), o trabalho com os gêneros,
na sala de aula, pode ser desenvolvido por meio de uma seqüência ou modelo
didático de gênero. O objetivo dessas seqüências é levar o aluno a se apropriar das
características do gênero em estudo.
Nessa teoria (ISD), de Bronckart, para que os objetivos em torno dos gêneros sejam
atingidos, as práticas escolares de produção e compreensão textual devem ser
norteadas pelo que ele chama de modelo didático do gênero.
De acordo com o autor, um texto é organizado de acordo com uma arquitetura
interna organizada em 3 camadas superpostas, mas interativas:
Capacidades de ação – possibilitam ao sujeito adaptar sua produção de linguagem
ao contexto de produção, com relação direta com o gênero, já que ele deve estar
adaptado a um destinatário específico, a um conteúdo específico e a um objetivo
específico.
Capacidades discursivas – possibilitam a escolha de uma infra-estrutura geral de
um texto, ou seja, a escolha dos tipos de discurso e de seqüências textuais.
Capacidades linguístico-discursivas – possibilitam realizar as operações
implicadas na produção textual, que têm 04 tipos:
operações de textualização (conexão, coesão nominal e verbal), os mecanismos
enunciativos, a construção de enunciados, oração e período e a escolha dos índices
lexicais. A análise do gênero tem como objetivo apontar elementos ensináveis em
relação às capacidades de linguagem que o indivíduo deve mobilizar e as operações
de linguagem que deve realizar.
Segundo Dolz e Shneuwly (1998, apud Cristóvão), a análise e a classificação dos
textos e a identificação dos gêneros é necessária para a construção do modelo
didático, que apontará os elementos ensináveis, o que pode ser objeto de ensino-
aprendizagem dentro de uma situação de comunicação específica.
Para análise completa de um texto, existem mecanismos que Bronckart (1999)
divide em 03 grupos:
Conexão - unidades lingüísticas: advérbios, adjuntos, conjunções de coordenação e
de subordinação.
Coesão nominal: Pronomes pessoais, relativos, possessivos e demonstrativos.
Coesão verbal: Verbos e tempos verbais, advérbios.
Uma vez ciente do funcionamento do texto, o professor pode fazer suas escolhas
quanto aos procedimentos mais adequados para atingir seus objetivos (Bronckart
defende o trabalho com o texto na sua integridade, inclusive guiado para o ensino da
gramática).
Quanto aos Gêneros Digitais, a inserção do aluno no mundo virtual com finalidades
pedagógicas pode ser considerada um ganho da disciplina nesse formato, uma vez
que esse aluno de hoje pertence a uma geração muito ligada ao computador e
infelizmente não tem, por muitas vezes, essa realidade aproveitada na escola de
forma criativa e produtiva.
Muitos estudiosos já têm mostrado que a motivação, a criatividade, a originalidade e
o empenho dos/as alunos/as, em aulas que se utilizam dessa atrativa ferramenta no
processo ensino/aprendizagem até ultrapassam as expectativas.
“As tecnologias de comunicação estão provocando profundas mudanças em todas
as dimensões da nossa vida. Elas vêm colaborando, sem dúvida, para modificar o
mundo” (Moran, 1995).
Lévy (on line) também ressalta a importância da Internet na sociedade atual,
afirmando que depois dela, muda-se a relação entre os homens e seu ambiente.
Para o filósofo, ter acesso ao correio eletrônico é hoje uma questão de inclusão
social.
Para Paiva (2004), o e-mail é um gênero escrito com alto grau de interatividade e
pode ser usado na comunicação assíncrona entre duas pessoas ou entre uma
pessoa e um grupo. Sua organização básica consiste de: endereço do receptor,
assunto, cumprimento, corpo da mensagem, despedida, e assinatura. Ele tem
características típicas de memorando, bilhete, carta, conversa face a face e
telefônica. Os seguintes aspectos – autor, leitor, comunidade discursiva, tecnologia,
contexto, texto, organização retórica, léxico, sinais não verbais (emoticons ou
smileys), e normas de interação – ganham características especiais quando se trata
desse gênero.
As crianças e adolescentes podem, em suas produções cotidianas “on line”
demonstrar uma “criatividade” muito grande em relação aos modelos existentes em
todos os níveis de organização textual.
Com esse propósito este artigo mostra um pouco de como os professores de língua
(inglês / português) pode explorar o poder dos e-mails, torpedos, blogs, mediante
algumas atividades que podem ser desenvolvidas em sala de aula com esses novos
gêneros textuais, pois ler e escrever foram o que os jovens passaram a fazer com
mais freqüência depois da chegada destes novos gêneros digitais. A convivência
com os gêneros eletrônicos só têm a acrescentar na aprendizagem da leitura e da
escrita, desde que, é óbvio, não se tornem únicos, mas estejam lado a lado de
outros tantos gêneros que sempre estiveram tão presentes no lar, na escola e na
sociedade.
NÃO HÁ MAIS COMO RETROCEDER...
A grande realidade é que a transformação social é demasiadamente acelerada,
deixando tudo obsoleto em espaços infinitamente curtos de tempo. E o ambiente
escolar estagnou-se, paralisou, tornando-se praticamente engessado no tempo e no
espaço.
E isso é problema... , mas não simplesmente ESSE é o atual problema!!!!
Houve algumas iniciativas sim, o governo brasileiro, em 1997, deu um grande passo.
Acreditando na mudança educacional a partir do uso das novas tecnologias no
ensino-aprendizagem nas escolas públicas, criou, nessa data, o Programa Nacional
de Informática na Educação (PROINFO) com a meta de melhorar a educação
utilizando as novas tecnologias na construção do conhecimento e, assim, minimizar
as diferenças sociais provocadas pelo avanço tecnológico. Implantou também os
Núcleos de Tecnologia Educacional (NTEs), destinados à capacitação de recursos
humanos – os professores – para a utilização das novas ferramentas no fazer
pedagógico.
O Governo do Estado do Paraná também tem investido, e dentre os inúmeros
avanços, instituiu nas escolas o PARANÁ DIGITAL, um laboratório destinado ao
fazer pedagógico.
No entanto, sabemos que para “provocar mudanças”, é necessário mais. Diante do
giro excessivamente alucinado da sociedade, a busca de novos paradigmas para a
educação e formação do professor no ensino das escolas públicas de todo o Brasil,
ainda está muito aquém do esperado. Sua melhoria depende do “querer” e do “fazer”
do professor, mas não só dele, e sim de todo o processo educativo. Tão
necessariamente quanto, depende muito do “querer” e do “fazer” também do aluno.
Para a educação, como medida urgente para engajar o educador numa nova relação
no processo de ensinar e aprender, o Governo do Paraná instituiu o PDE, um
programa de formação acadêmica para os interessados de toda a sua rede. Nesse
processo, o professor é a chave, a mudança materializada, dependendo muito dele
a mudança no ensino.
Em se falando de tecnologias, que é o objeto desse artigo, para fazer a sua parte,
pertinente se faz que o professor dentre outras coisas, enxergue o mundo com o
mesmo olhar dos alunos, tentando falar a mesma linguagem deles. Isso significa,
hoje, ter conhecimento sobre os novos gêneros textuais para utilizá-los na ação
pedagógica, com objetivos claros e metodologias diferenciadas, com materiais
didático-pedagógicos condizentes ao uso de todas as novas ferramentas de
informação e comunicação (TICs) para não se perder no oceano de informações.
Se esses novos gêneros – Chat, Blog, MSN, E-mail – já são utilizados pelos alunos,
faz-se necessário inseri-los no campo pedagógico, com mais um “porém” ainda, com
o comprometimento de que todos os agentes da educação estejam também
enredados no processo. Todos os envolvidos no sistema educacional precisam estar
predispostos a incorporar as mudanças no ensino/aprendizagem, porque, embora o
uso das novas tecnologias já esteja incorporado no jovem e nas crianças das mais
diferentes camadas sociais, parece ainda fazer-se ausente da consciência dos
educadores. Nesse contexto, abre-se um leque de dúvidas, das quais a primeira
parece ser: Como o professor está lidando (ou não) com o novo “léxico-neológico”
dos gêneros emergentes? Nesse sentido, importa verificar como alunos e
professores devem usar as diferentes escritas e como construir os sentidos e a
coerência textual, influenciados pelo ambiente hiper-textual.
O GÊNERO E-MAIL
Para Paiva (2004) a principal característica do e-mail é o assincronismo das
mensagens e o fato de possibilitar o envio de sons e imagens rapidamente. Esse
gênero agrega características de alguns gêneros bem conhecidos de todos: da
carta, do memorando, do bilhete, da conversa informal, das cartas comerciais e até
mesmo de um telegrama. A autora menciona algumas vantagens do correio
eletrônico, essenciais na educação, que é o envio de textos, com vários tipos de
dados, para várias pessoas ao mesmo tempo, uma ferramenta que propicia a
formação de inúmeras comunidades discursivas de diferentes culturas, promovendo
a construção de novos conhecimentos.
Para Marcuschi (2005) o e-mail é definido como detentor de formas de produção
típicas. A comunicação se dá por meio da linguagem escrita, a qual, geralmente é
informal. São mensagens curtas envidas de um emissor a um ou a vários
receptores; na maioria das vezes os interlocutores se conhecem.
A estrutura do texto é comumente comparada com a dos bilhetes e com a das
cartas. Para o autor, a estrutura textual de um e-mail e constituída das seguintes
partes:
1) endereço do remetente: automaticamente preenchido. 2) data e hora: preenchimento automático. 3) endereço do receptor: dever ser inserido (quando não for uma resposta). 4) possibilidade de cópias a outros endereços: a ser preenchido (visível ou não ao receptor). 5) assunto: precisa ser preenchido a cada vez ou se adota o que veio no caso de uma resposta. 6) corpo da mensagem com ou sem vocativo, texto e assinatura. 7) possibilidade de anexar documentos com indicação automática ao receptor. 8) inserção de carinhas, desenhos e até mesmo de voz (MARCUSCHI, 2005, p.40).
Ainda segundo Marcuschi (2005), é grande a variedade de gêneros textuais
oriundos do aparecimento e desenvolvimento do ciberespaço, muitos deles com
correspondentes na tecnologia anterior, isto é, no escrito impresso e na oralidade.
[...] a Internet é uma espécie de protótipo de novas formas de comportamento comunicativo. Se bem aproveitada, ela pode tornar-se um meio eficaz de lidar com as práticas pluralistas sem sufocá-las... (MARCUSCHI, 2005, p.13).
O TRABALHO PEDAGÓGICO COM O GÊNERO
A prática da produção escrita em sala de aula deve deixar de ser uma prática tão
estafante para o estudante. O professor deve ter outra tarefa além de procurar erros
ortográficos e sintáticos nas produções de seus alunos. O professor de hoje, munido
de conhecimentos sobre as teorias do texto, deve familiarizar os alunos com os mais
variados tipos e gêneros textuais, contribuindo para que ele se torne um leitor
eficiente, consciente, crítico; dando-lhe subsídios para produzir gêneros com
eficiência e motivando-o a escrever por prazer e não por obrigação. O professor de
hoje deve buscar nas produções de seus alunos os elementos e os recursos da
enunciação que eles utilizaram para tornarem seus textos interessantes e engajados
considerando essas produções como produtos sociais que devem circular nas
diversas esferas da sociedade. Lembrando, no entanto, que para isso, o nosso aluno
também precisa querer aprender, precisa fazer a sua parte.
Sendo o e-mail um dos gêneros textuais mais produzidos em todo o mundo, por
agregar a rapidez do meio eletrônico à praticidade, seu uso não deve ser ignorado.
No aspecto discursivo, o professor deve aproveitar todo um aparato que já existe em
torno dessa ferramenta de comunicação,
Um deles, pela sua grande expansão há uma padronização, as Netiquetas, regras
de bom comportamento na internet, e inúmeros outros recursos. Netiqueta é a
etiqueta que se recomenda observar na Internet. A palavra pode ser considerada
como uma gíria, decorrente da fusão de duas palavras: o termo inglês net (que
significa "rede") e o termo "etiqueta" (conjunto de normas de conduta sociais). Trata-
se de um conjunto de recomendações para evitar mal-entendidos em comunicações
via internet.
� Evitar escrever a mensagem inteira em caixa alta. Letras maiúsculas indicam
que se está gritando, ou enfatizando algum termo ou expressão.
� Sempre especificar o assunto da mensagem no assunto/subject. Ajuda o
destinatário a selecionar criteriosamente as mensagens a serem lidas.
� Seja claro, breve e objetivo. Evite erros gramaticais, e evite mensagens muito
grandes.
� Diversos programas de e-mails não são compatíveis com os caracteres
acentuados da língua portuguesa, muitas vezes sendo impossível de se ler a
mensagem enviada, portanto evitar acentuação.
� Não mandar e-mails não solicitados: correntes, avisos de vírus, propagandas,
etc, pois elas geram tráfego inútil na rede.
� Assinaturas em e-mails são interessantes, desde que não sejam muito
longas. Aconselha-se não adicionar telefones pessoais, nem endereços.
� Usar os smileys (ícones que denotam emoções), como tentativa de
demonstrar mais claramente o tom de sua mensagem, na internet não se é
interpretado como se o fosse frente a frente conversando com alguém.
� Respostas individuais devem ser mandadas diretamente para o destinatário e
não para a lista inteira.
A linguagem, que varia de acordo com a idade, o grau de formalidade do
destinatário também deve ser considerada. Se, de repente ficar difícil nos
expressarmos por ser uma comunicação escrita, existe uma disponibilidade muito
grande de “emoticons”, palavra derivada da junção dos seguintes termos em inglês:
emotion (emoção) + icon (ícone) (em alguns casos chamado smiley, uma seqüência
de caracteres tipográficos, tais como: :) ou ^-^ e :-); que pode nos ajudar!!!! Essas
pequenas imagens podem ajudar a traduzir ou transmitir o estado psicológico,
emotivo de quem os emprega. São ícones ilustrativos de uma expressão facial.
Exemplos: : ) sorrindo, estou alegre ; ( estou triste, chorando ...
Ainda temos os acrônimos, que com os avanços na ciência e na tecnologia
trouxeram com elas novos termos e conceitos, tornando-se cada vez mais
conveniente a prática de abreviar termos. O acrônimo é um fenômeno lingüístico
relativamente novo, tornando-se cada vez mais evidente, desde meados do século
XX. O OXFORD (dicionário inglês) traz a primeira impressão dessa linguagem nova
em 1899, mas foi pouco utilizado até 1965, quando então o seu uso já foi se
tornando comum.
Sem esquecer nunca que a linguagem abreviada nas mensagens de SMS, ORKUT
ou E-MAILS pode acontecer para evitar desperdício de tempo, e que, no entanto,
devemos também ficar muito atentos à norma formal da língua para os casos em
que não cabe esse tipo de linguagem, ONDE EXIGEM ESCRITA FORMAL.
A PONTUAÇÃO também pode e deve ser bastante explorada. Sem ela, seria
impossível escrever uma conversa ou um diálogo. Quando estamos falando, a voz
PODE AUMENTAR OU DIMINUIR o tempo todo. Quando escrevemos, é a
PONTUAÇÃO que faz esta função. Elas indicam a variação da voz. Uma pontuação
bem colocada pode mudar completamente o sentido de nossas frases... Pontuação
básica (asteriscos, ponto final, apóstrofes, vírgula, dois pontos, ponto de
exclamação, ponto de interrogação, parênteses, hífen). São esses sinais que podem
tornar o texto mais significativo e melhor.
A PROPOSTA
Foram focalizadas práticas que consideram os novos gêneros textuais emergentes
no contexto das inovações tecnológicas (Marcuschi, 2004), com objetivo de utilizar
metodologias consideradas atraentes, significativas e produtivas no auxílio e
aprimoramento da aprendizagem. Foram trabalhadas atividades voltadas para
práticas contemporâneas com a finalidade de exercitar a leitura e a escrita em
diferentes contextos, suportes e mídias. O projeto foi desenvolvido com alunos de
sexta série do Ensino Fundamental, com linguagens do cotidiano de sala de aula,
linguagens dos sentimentos, na tentativa de superar dificuldades encontradas no
processo de ensinar/aprender uma língua estrangeira.
Para exploração do Gênero em questão, como proposta inicial os alunos deveriam
elaborar um bilhete para um amigo da turma que serviu de diagnóstico para o
encaminhamento das atividades dos módulos em língua inglesa, bem como de
parâmetro para a avaliação longitudinal (comparação da primeira produção com a
produção final) realizada no final da SD.
Na seqüência, através de slides, worksheets e em um blog criado especificamente
para a produção do gênero, a proposta foi tomando forma. Durante o
desenvolvimento da sequência proposta para esse gênero e da leitura de uns
e.mails, foram trabalhadas as configurações relativamente estáveis que eles
apresentam. Os alunos perceberam que alguns elementos não podem faltar:
remetente (aquele que escreve o bilhete), destinatário (aquele para quem o bilhete
foi escrito), local e data (o lugar e o dia em que foi escrita), evocação (o modo de
chamar a pessoa a quem se destina o bilhete, por exemplo, querido amigo, amados
pais), desfecho (o encerramento do bilhete) e assinatura. Após todos os passos
sugeridos por Cristóvão (2006), os alunos se familiarizaram com o gênero e.mail.
A seguir, o trabalho foi focalizado na abertura de contas, envio e respostas de e-
mails, além de pesquisa em sites de busca e postagem em blogs, no intuito de
familiarizar os alunos com os processos de leitura e escrita nos espaços da cultura
da tela do computador. Lembrando sempre que, para orientar os alunos, foi utilizado
o recurso de projeção simultânea da página na TV Pendrive, para então os alunos
se dirigirem aos computadores e iniciarem as atividades.
Na seqüência, a proposta de produção textual envolveu o uso do endereço
eletrônico criado, para produção do gênero bilhete onde cada aluno deveria escolher
qualquer amigo da turma, e enviar um e-mail usando o que já conhecem da escrita
de bilhetes, utilizando os procedimentos trabalhados, desde o formato até o envio do
mesmo. As produções escritas inicialmente serviram de material de análise para
diagnosticar as dificuldades que os alunos encontram com relação à norma padrão,
adequação lingüística e estrutura textual. Feito o diagnóstico, foram selecionados
alguns bilhetes/e-mail para serem trabalhados com os alunos, para realizarmos
correções tanto gramaticais quanto no formato das mensagens.
Novamente por meio da projeção na TV Pendrive, aproveitamos para ensinar os
recursos gráficos que os programas de texto (especificamente o Word) oferecem
para escrita e a correção. Além de também mostrar os recursos que essa tecnologia
oferece para enriquecer nossos textos, seriam os emoticons, que também ajudam a
enriquecer qualquer mensagem.
Após todo esse processo, foram retomadas as atividades via internet. O foco seria a
resposta do e-mail recebido. Novamente, os procedimentos necessários para a
realização da atividade foram fornecidos por meio da projeção simultânea.
Cientes de que, para a interação por e-mail ser bem sucedida, é necessário que o
usuário da rede obedeça a algumas normas de interação – as chamadas netiquetas
– os alunos fizeram uma pesquisa em sites de busca para conhecer e utilizar essas
regras. Foram explicados os procedimentos necessários para a realização da
pesquisa, que poderia ser o Google, ou o Cadê. Foi sugerido também, mais
diretamente o site http://pt.wikipedia.org/wiki/Netiqueta. Foram trabalhadas também
as técnicas de seleção e colagem, e abertura de novo arquivo para salvar o texto
desejado.
Outra produção que envolvemos bastante, mas que a princípio houve problemas
porque não era liberado esse acesso nos computadores do Paraná Digital (liberado
somente em final de maio, mediante solicitação via requerimento à equipe do PDE)
e que normalmente causa bastante euforia é a utilização do blog. Além das apostilas
com exercícios e direcionamentos os alunos ainda podiam consultar o blog
www.paraalunos.blogspot.com onde também havia toda a seqüência do projeto.
Além disso, houve momentos de sessões de fotografias postadas posteriormente no
blog, momentos esses em que pude perceber um certo orgulho dos participantes por
estarem na web.
As aulas seguintes foram destinadas à leitura, retextualização e ilustração dos e-
mails, no gênero bilhetes, numa seqüência didática direcionada para
aperfeiçoamento e domínio da escrita desses gêneros. Os alunos se envolveram
muito nas atividades desenvolvidas para essa finalidade porque estavam ansiosos
de verem o resultado das suas produções finais com todos os recursos aprendidos.
A REALIDADE ESCOLAR
Trabalhar gêneros digitais nas aulas de Língua Inglesa consistiu num atrativo que
propiciou aos alunos um melhor nível de aprendizado.
A utilização do correio eletrônico despertou neles maior interesse e maior
envolvimento nas aulas.
Pude constatar que a utilização do e-mail como ferramenta pedagógica contribuiu
para que aumentasse significativamente as oportunidades de comunicação e
interação. O número e a qualidade de interação que se sucedeu teriam poucas
chances de ocorrer em ambiente normal de sala de aula. Por se tratar de uma
modalidade em que predomina um gênero comunicativo vacilante entre a escrita e a
fala, os e-mails propiciaram oportunidade para quem não possuía desenvoltura oral,
se engajar em comunicação que permitiu o desenvolvimento de estratégias e
facetas típicas da escrita, como ortografia, pontuação, e todos os acessórios
disponíveis nas páginas de acesso desse recurso. Se tentássemos simular
situações de troca de correspondência, em sala de aula presencial, apelando ao faz-
de-conta pedagógico, o efeito não seria o mesmo. Podemos dizer que houve maior
motivação para a escrita, como decorrência da abertura de um espaço virtual e ao
mesmo tempo social. As interações escritas mediadas por e-mails proporcionaram
grandes picos de convivência social.
Se comumente nos deparamos com alunos que ficam à margem por algum motivo,
nesse ambiente esses alunos interagiam sem maiores problemas de convivência e
interação. Presencialmente, essa questão torna-se mais difícil, pois é muito comum
alunos com mais facilidade na língua ocupar os espaços comunicativos, sufocando
os demais.
Mas, algumas dificuldades existiram durante esse período. A primeira delas foi
quanto ao Laboratório do Paraná Digital da escola, onde existem apenas 20
computadores e as turmas são de 40 alunos, isso ocasionava certo tumulto porque
todos queriam acessar, eles têm muita sede de tecnologias. Tentei intercalar,
colocando no acesso num dia apenas os números pares, depois os ímpares, mas
nem sempre dava certo porque muitas vezes coincidia de os alunos determinados
para aquele dia não serem aqueles que estavam mais precisando para a
continuidade dos trabalhos. Primeiro porque para se criar um e-mail no GOOGLE
(único site disponível para criação de contas), existe a necessidade de muita
atenção para os caracteres, e eles se esqueciam porque o que eles sugeriam nem
sempre lhes era disponibilizado. Quando iam acessar de novo, não conseguiam.
Isso tomou muito tempo. Percebi que a falta habitual de acesso às tecnologias é
forte causadora de exclusão. Os alunos que mais participavam eram aqueles que
podiam conectar-se a partir de casa, seguidos daqueles que tinham condições de
utilizar computadores em ambientes públicos. A não disponibilidade inicial de acesso
ao blog também provocou atrasos porque tive que preparar tudo em slides, e em
apostilas, e conforme iam surgindo dificuldades eu tinha que improvisar
rapidamente, senão os alunos acabavam se dispersando e entrando em outros sites,
os mais atrevidos e desobedientes, que é hoje um fator muito presente nas aulas,
por sacanagem acabavam trocando mouses, mexendo nas máquinas, fato que
ocasionou certo atropelo na execução dos trabalhos. Vencidas as dificuldades
iniciais, outras iam surgindo, e quando chegava a hora da aula de Inglês, precisava
da presença do orientador, do responsável pelo corredor, porque eles desciam como
uma boiada faminta atropelando tudo o que lhes passava pela frente, faziam isso
para tentarem conseguir um computador primeiro, como diziam eles. Uma vez mais
foi muito aparente a sede que eles têm de se utilizarem dessa ferramenta. Mas aos
poucos foram se comportando para que pudessem utilizar os computadores. Essa
atividade também ajudou na disciplina dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Importante ressaltar que neste movimento cultural e digital, é fundamental uma
reflexão sobre diferentes maneiras de comunicação. A intensa busca por uma
relação social, uma conexão social em tempo real, de forma dinâmica apesar da
distância física tem originado uma maneira diferenciada, uma verdadeira revolução
na grafia da língua na internet.
De acordo com suas necessidades de comunicação e interação, nos mais diferentes
suportes, com diferentes mensagens e para diferentes interlocutores, foi aí que
surgiu a escrita na/da internet, criada pelos internautas, o chamado, popularmente,
“internetês”. (OTHERO, 2002).
Uma maneira de grafar a língua rompendo com a idéia de escrever para o professor
corrigir é uma forma de comunicação ágil, criativa, desprovida de inúmeras regras,
sendo de importância única a comunicação.
De modo algum, a idéia deste artigo é proferir que não se deve ensinar a norma
culta e sim, o internetês. Mas, tentar perceber que o tão comentado Internetês não
está destruindo a língua. Como disse Lajolo apud Bearzoti Filho (2006, p.32)
“essa forma de escrita – que provavelmente existe para todas as línguas – é completamente inofensiva. É inventiva!”.
Ainda sobre o uso do internetês, Faraco diz que
O ‘internetês’ nada mais é do que uma espécie de taquigrafia. É apenas um modo de grafar a língua que se tornou necessário nos chamados chats. Quando escrevemos, não conseguimos acompanhar o ritmo da fala. Por isso, inventamos estes sistemas taquigráficos, estenográficos e assemelhados. Foi exatamente o que aconteceu nas conversas na Internet.
O ‘internetês’ é, neste sentido, uma solução e não um problema. (FARACO, 2007, p.17)
Para o autor, foi pela necessidade de uma comunicação ágil que o internetês surgiu,
e esta agilidade também está presente em conversas via torpedos (mensagens
escritas) por celulares. E, não só pela agilidade, mas também pela praticidade.
Portanto, não há motivos para preocupações e julgamentos negativos, é preciso sim,
que busquemos informações sobre o assunto para criar “uma ponte” entre as duas
grafias (internetês e padrão) e assim, poder explorar ainda mais as inúmeras
possibilidades de uma língua.
Possenti (2006, p. 33) ainda afirma que “saber escrever de duas maneiras é bem
melhor do que saber escrever de uma só. É sinal de maior competência”. Faraco
(2006, p.17) completa “saber escrever de duas maneiras pode ser melhor do que
escrever de uma só”. Mas a competência se revela mesmo no uso adequado de
cada sistema em seus respectivos contextos. E ainda “aprender uma língua é
aprender dizer a mesma coisa de muitas formas” (POSSENTI, 2002, p.92).
Portanto, é preciso que nos conscientizemos que a língua pertence aos seus
usuários e que são eles que a transformam de acordo com suas necessidades. Não
se trata de substituir uma grafia por outra, mas compreendê-las, para aplicá-las bem
em cada situação que o momento exige. Aproveitar a competência comunicativa dos
adolescentes que usam bem os gêneros emergentes disponíveis na tecnologia
digital para transformá-los em bons produtores de tecnologia educacional com
contextos educacionais.
Trabalhar com as diferentes variedades da língua em seus diferentes níveis de
formalidade, aspectos morfológicos, sintáticos e lexicais, em variados contextos de
discursos pode vir a ser uma alternativa para fazer com que o trabalho com a escrita
e a oralidade em sala de aula seja uma tarefa prazerosa e recompensadora para os
alunos da era digital.
Foi uma experiência muito trabalhosa, por motivos já conhecidos, muitos alunos em
sala de aula e poucos computadores e uma atividade que requer atenção individual,
no entanto, com certeza, muito válida e fascinante para os alunos que aprenderam
Língua Inglesa de uma maneira diferente e interessante.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CRISTOVAO, V. L. L; 2006. Gêneros Textuais e ensino: contribuição do interacionismo sócio-discursivo. In: KARWOSDKI, Acir. M.at al. (Orgs.).Gêneros textuais: reflexões e ensino.Rio de janeiro: Lucena Editora.
FARACO, C. A. O internetês e a constante mutação da língua portuguesa. In: Notícias da UFPR. Curitiba: UFPR, abril/2007, ano 7, n. 40, p. 16-17.
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XAVIER, A. C. Letramento Digital e Ensino. 2005. Disponível em http://www.ufpe.br/nehte/artigos/Letramento%20digital%20e%20ensino.pdf - Acesso em 22/08/2009.