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22 JULHO 2011

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O TEMPO-P.7 22/07/2011

O TEMPO-P.20 22/07/2011

LEITOR

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Dilermando de MelloBelo Horizonte“A população precisa sa-

ber que uma sacola ecológi-ca custa apenas R$0,03 para o comerciante. Supermercados estão repassando essa mesma sacola para o consumidor até por R$0,25. A economia que as grandes redes de supermercados

obtiveram com abolição do uso da sacola plástica comum che-ga a milhões de reais devido ao enorme número de clientes que atendem todos os dias. O Minis-tério Público poderia exigir que esses comerciantes fossem obri-gados a fornecer as sacolas eco-lógicas gratuitamente. Afinal, a economia que tiveram com a su-

pressão das comuns não foi re-passada para o consumidor, que acaba sendo prejudicado. Já que a cobrança pelas sacolas biode-gradáveis não está prevista na legislação, compete ao Ministé-rio Público exigir que o prejuízo a que o cidadão está sendo sub-metido seja sanado.”

EsTadO dE Minas-P.2 22/07/2011

EM DIA COM A POLÍTICA

EsTadO dE Minas-P.10 22/07/2011 CARTAS À REDAÇÃO

BiOdEGRadÁVEis

Comerciante diz que há lucro com sacolas

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Alfredo Durães Romeu José Dantas, 71 anos, realizou o sonho de

qualquer brasileiro e conseguiu a casa própria. A con-quista, há 36 anos, não foi fruto de nenhum programa de governo, mas de seu suor, como funcionário do Depar-tamento Estradas de Rodagem (DER-MG). A residência, bem situada, fica na Rua Cristal, Bairro Santa Tereza, Região Leste da capital, e chamou a atenção do poder público pelo excesso de quinquilharias acumuladas. É um sobrado de três andares, com cerca de 500 metros construídos, porém inacabado, onde faltam, por exem-plo, quase todas as janelas, sendo que o cimento à vista mostra que pintura nunca existiu ali. Por essas deficiên-cias, quase todos os cômodos recebem água da chuva. Lá ele criou duas filhas, hoje casadas, que se mudaram.

Apesar de o imóvel ter um tamanho considerável de área construída, seu Romeu ocupa, junto com a mulher, um espaço ínfimo, algo como um quarto, sala, cozinha e banheiro. O restante dos grandes espaços, a laje e até o quintal estão inteiramente tomados por todo tipo de objetos. Ferragens, canos, areia, janelas, jornais, revis-tas, baterias de automóvel e moto, peças de geladeira, geladeiras, madeira, pedaços de pau, tijolos, ardósia, pe-ças de carro, fios, fogões, latas, telhas, arames, camas, amianto, azulejos, pedaços de móveis e mais, bem mais. Tudo muito velho e aos pedaços, recolhido na rua du-rante os últimos 36 anos, quando começou a ocupar o terreno e a construir.

De acordo com um de seus parentes, o comerciário Carlos Soares de Andrade, 35 anos, Romeu sofre de sín-drome de Diógenes, uma doença que, entre outros sin-tomas, leva a pessoa a recolher e guardar objetos, com o sentimento de que um dia possam ser úteis. A questão se tornou caso de saúde pública em 20 de junho, quan-do fiscais da prefeitura chegaram ao imóvel, munidos de mandado judicial, com ordem para recolher o entulho. A abordagem inicial foi acompanhada de psicólogo, mé-dico e assistente social. De imediato, Romeu não acei-tou que nada fosse levado. “Foi preciso que eu dissesse que uma das agentes da prefeitura era juíza, porque ele respeita o cargo”, contou Carlos Soares, acrescentando que Romeu se apega a tudo que recolhe. “Ele não quer, não aceita, mas vamos agindo com paciência e firmeza”, ressaltou.

Desde então, aos poucos, caminhões da Superinten-dência de Limpeza Urbana (SLU) vão quase diariamente ao endereço. De acordo com a prefeitura, o equivalente a 20 caminhões de tralhas (que seria a metade) foi recolhi-do, e o trabalho deve durar mais 30 dias. O lixo vai para

o aterro sanitário. A ferragem será vendida e o dinheiro entregue à família. Já a madeira Romeu doou para um parente, que deverá recolhê-la. Ratos e escorpiões são os animais mais encontrados pelos trabalhadores, além de o local ser um foco potencial para propagação do mosqui-to da dengue, de acordo com a prefeitura.

CARRETO Na manhã de ontem, dois caminhões, 14 funcionários da SLU, dois guardas municipais e fun-cionários da Defesa Civil, além de médico, psicólogo e assistente social, participaram da operação, repetida à tarde. “Seu” Romeu recebeu três cestas básicas, doadas pela prefeitura com um kit limpeza. Fabrício Oliveira, funcionário da Defesa Civil, disse que o trabalho deles visa à prevenção e ao saneamento básico. Seria retirado tudo o que fosse considerado excesso. “É um trabalho diferenciado, pois se trata de uma pessoa idosa e com problemas de saúde”, disse Fabricío.

Bruno Alexander Vieira Soares promotor da área de Defesa da Saúde, do Ministério Público Estadual, foi quem solicitou o mandado judicial para a limpeza do terreno. O caso tem status de segredo de Justiça. “Digo apenas que foi uma medida em prol do indivíduo e da coletividade”, afirmou. Um vizinho, o pedreiro Jafé Dias Lima, 50 anos, faz coro com o promotor. Ele aponta seu Romeu como “uma boa pessoa”, mas teimoso em algu-mas coisas, e acredita que a retirada do material evitará doenças.

Pouco depois das 11h de ontem, seu Romeu, homem magro, curvado e com uma longa barba, se escondeu atrás de uma porta quando viu os repórteres do Estado de Minas. Com o rosto meio encoberto, disse: “Meu filho, não quero falar nada. Tenho 71 anos e não vai ser agora que vou querer sair no jornal.” Palavra de especialista

Geralmente, são pessoas criativasA síndrome de Diógenes é um mal de origem psi-

cológica com componente orgânico, que desencadeia a compulsão. Tal como o cleptomaníaco, que rouba sem ter necessidade do objeto, quem tem a síndrome pega as coisas aleatoriamente, sem necessariamente precisar delas. Geralmente, trata-se de pessoas criativas, ricas em imaginação, que têm habilidades para transformar. O ca-tar é um hábito que vira compulsão, assim como guardar essas coisas. O nome síndrome de Diógenes vem do fi-lósofo grego da antiguidade, de mesmo nome, que, de dentro de um barril, pregava suas ideias.

EsTadO dE Minas-P.22 22/07/2011EsTRanHO COLECiOnadOR

Residência ou depósito?Com autorização judicial, prefeitura alega risco de doenças para fazer a retirada de toneladas de lixo e materiais que morador armazenava numa casa em Santa Tereza

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Alice Maciel - Enviada espe-cial

Fronteira e Frutal – Uma cidade de 15 mil habitantes que paga o sa-lário de R$ 3,5 mil a 18 vereadores: nove exercendo o cargo na Câmara Municipal e nove na cadeia. Esta é Fronteira, no Triângulo Mineiro, que ganhou os holofotes esta sema-na depois que parlamentares foram presos, acusados de desvio de di-nheiro público. Mas, mesmo com dinheiro no bolso, os políticos não foram poupados de vestir a roupa de todo prisioneiro e ontem tiveram de raspar a cabeça, com máquina dois. O pedido veio de dentro da penitenciária de Frutal, onde os ve-readores estão detidos. Os detentos ameaçaram uma rebelião caso os carcereiros não passassem a máqui-na nos colegas que chegaram à ca-deia na terça-feira. O procedimento é praxe para evitar, principalmente, a proliferação de piolhos. A única poupada foi a vereadora Sileide Nunes (PV).

Os familiares que passaram o dia na porta da penitenciária não gostaram da notícia. A que eles aguardavam não chegou: a soltura dos políticos. Os parentes espera-ram, das 8h às 19h, a decisão do de-sembargador Antônio Carlos Cruvi-nel a respeito do pedido de habeas corpus, impetrado na quarta-feira pelo advogado dos parlamentares, Arnaldo Silva Júnior. Sem resposta, hoje os parlamentares completam três noites na cadeia.

A rotina deles é comum aos outros presos: às 8h tomam o café com leite e comem pão com man-teiga, às 11h almoçam, às 15h lan-

cham pão ou rosca com refresco e à noite jantam o arroz com feijão. Comidas extras, produtos de higie-ne e até cuecas só podem ser leva-dos uma vez por semana, para a tristeza dos familiares.

Mesmo presos e há cinco me-ses afastados do Legislativo, os vereadores continuam recebendo o salário de R$ 3,5 mil, o mesmo dos suplentes que assumiram suas cadeiras. Com isso, os cofres de Fronteira estão tendo que arcar com R$ 63 mil por mês para custear o vencimento dos 18 vereadores. O diretor jurídico da Câmara Munici-pal, Márcio Martins, explica que o juiz determinou o afastamento dos vereadores em 8 de fevereiro, mas sem prejuízo do vencimento até a decisão posterior. “É um absurdo, mas ficou essa brecha na decisão”, questionou.

VERBA INDENIZATÓRIA Para evitar problemas, os suplentes dos vereadores revogaram a lei, de 2001, que criou a verba indenizató-ria no valor de R$ 3 mil. Com ela, os legisladores desviaram R$ 570 mil dos cofres públicos e por esse motivo estão respondendo a pro-cesso por formação de quadrilha, peculato e improbidade administra-tiva.

Os vereadores são suspei-tos ainda de terem usado os R$ 3 mil mensais da verba para bancar despesas pessoais em rodízios de carne, rodadas de chope, garrafas de vodca e também para custear a manutenção de veículos pertencen-tes aos próprios parlamentares em oficinas mecânicas e revendas de peças automotivas.

Em audiência na terça-feira, os vereadores disseram que usavam o dinheiro da Câmara Municipal para prestar serviços à comunidade, como levar as pessoas aos velórios, festas e casamentos. Eles negaram, entretanto, que usavam notas frias para justificar os gastos e que te-nham contratado uma empresa de contabilidade para invalidar as pro-vas do Ministério Público. A audi-ência estava marcada para segunda-feira, mas quando estavam a cami-nho os nove parlamentares foram surpreendidos pela Polícia Civil e levados direto para a cadeia.

análise da notícia

Um basta à impunidade

Vera SchmitzAssim como a prisão dos ve-

readores de Fronteira é um caso exemplar, deve ser exemplar a pu-nição. O julgamento desse tipo de crime precisa ser levado às últimas instâncias, com a condenação dos que abusaram deliberadamente do uso do dinheiro público sem nem sequer respeitar a fonte principal desses recursos: o próprio eleitor. A impunidade – uma marca na-cional – funciona como uma mola propulsora da corrupção, mas a so-ciedade já deixou claro que não é mais tolerante a esses descaminhos do político brasileiro. E, como ava-liam especialistas, a origem de tudo isso está nos partidos, afinal, o que é melhor para o fortalecimento de uma legenda: candidatos com folha corrida e muitos votos ou aqueles limpos e sem voto?

EsTadO dE Minas-P. 7 22/07/2011dinHEiRO PÚBLiCO

Máquina dois e sem liberdadePressionados pelos outros detentos, vereadores de Fronteira, no Triângulo, são obrigados a raspar a cabeça

e a passar outra noite na cadeia. Julgamento do habeas corpus ficou para hoje

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Cristiane Silva A Justiça de Ipatinga, no Vale do

Rio Doce, concedeu a um casal a an-tecipação terapêutica do parto de um bebê anencéfalo (sem cérebro). Segun-do os exames de ultrassonografia e re-latórios médicos, o feto não teria con-dições de vida fora do útero, além de a gestação implicar risco para a mãe. De acordo com um dos advogados do casal, Rildo Wagner Silva Souza, eles deram entrada no processo em 10 de junho e tiveram posição favorável em 20 dias. “A decisão estava sujeita a re-curso, mas o Ministério Público não se opôs à juíza”, informou.

O procedimento de interrupção da gravidez ocorreu no dia 7, na 18ª sema-na de gestação – o período normal da gravidez vai de 38 a 40 semanas. Em sua decisão, a juíza da 2ª Vara Cível de Ipatinga, Maria Aparecida Oliveira Grossi Andrade, afirmou que a inter-

rupção da gravidez não tem qualquer correlação com o aborto. “Não seria correto qualificar como crime de abor-to a interrupção da gestação de um feto sem viabilidade de vida. Por isso, em-prega-se o termo antecipação terapêuti-ca de parto para os procedimentos que apenas antecipam o parto do feto, sem possibilidade de sobrevida extrauteri-na”, explicou a magistrada, que fina-lizou a sentença dizendo que a autori-zação para o procedimento médico, no caso, “traduz, acima de tudo, o respeito à dignidade humana”.

Na anencefalia, o feto se desen-volve sem a parte superior do cérebro, responsável por todas as funções do sistema nervoso central, como a cog-nição, a fala, o raciocínio e as emoções humanas. Como o coração e o sistema respiratório não são afetados, a gesta-ção pode ser completa.

EsTadO dE Minas-P.23 22/07/2011anEnCEFaLia

Justiça autoriza interrupção de gravidez

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O GLOBO-P.16 22/07/2011

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Ricardo TaffnerOs promotores Deborah Guerner

e Leonardo Bandarra não tiveram sorte no primeiro julgamento desta semana em que figuram como partes. Ontem, o Conselho Nacional do Ministério Pú-blico (CNMP) decidiu manter as con-denações aplicadas aos dois em maio, ao rejeitar integralmente os recursos apresentados por eles. Amanhã, às 9h, a dupla tentará se esquivar de ação pe-nal. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região analisará se recebe as denún-cias dos crimes de concussão, forma-ção de quadrilha e violação do sigilo funcional.

O primeiro recurso apreciado pe-los conselheiros foi o da promotora De-borah Guerner. Eles, no entanto, resol-veram por unanimidade rejeitar os ar-gumentos. Foi o embargo declaratório apresentado pela defesa de Leonardo Bandarra que gerou maior discussão. O relator, Luiz Moreira Gomes, acolheu em parte o recurso ao afirmar que as penas de suspensão aplicadas estavam erradas. Para ele, à violação de condu-tas de deveres funcionais somente po-dem ser impostas as pena de censura, demissão ou cassação de aposentado-ria.Censura

O relator resolveu, então, aplicar a censura para as acusações de tratati-

vas indevidas entre Leonardo Bandarra e autoridades do Governo do Distrito Federal sobre a atuação do Ministério Público Federal e para os dois promo-tores devido à cessação, por meio ilíci-to, de publicação de matéria jornalísti-ca em um blog na internet. Apesar de o recurso não mencionar Deborah Guer-ner, Moreira Gomes resolveu estender a decisão a ela. “Pelo exposto, aplico efeitos infrigentes ao recurso para eli-minar a contradição presente”, alegou. No entanto, de acordo com o regimento do Ministério Público, as penas de cen-sura prescrevem após um ano. Dessa forma, os colegas não seriam punidos pelas faltas.

Já para a demissão de Bandarra e Guerner, o relator não aceitou as ale-gações da defesa e manteve a pena. Os advogados afirmaram que a sanção só poderia ser aplicada pelo CNMP após julgamento, na Justiça, de ação de im-probidade administrativa. Segundo Moreira Gomes, a independência do órgão permite a avaliação de proces-sos de caráter administrativo. “Se de-pendesse sempre de manifestação do Judiciário, certamente o controle no âmbito disciplinar ficaria postergado e enfraquecido”, afirmou Luiz Moreira Gomes.

Os promotores tiveram o pedido de demissão deferido pelo conselho de-

vido às acusações de violação de sigilo funcional em troca de vantagem pe-cuniária e por extorsão de membro do governo. No entanto, a transformação da suspensão em censura foi contesta-da pela maioria do plenário. Os conse-lheiros Cláudio Barros e Taís Schilling Ferraz levantaram divergência sobre a interpretação do relator. “Esses argu-mentos de mérito foram discutidos na sessão anterior e as suspensões foram decididas por caso pensado. Não houve omissão dessa análise”, disse a conse-lheira. Para ela, não houve contradição ou obscuridade na decisão. Por sete vo-tos a dois, a divergência foi aprovada.

Nenhum dos promotores julgados compareceu à sessão. O advogado de Leonardo Bandarra, Cezar Bitencourt, disse que insistirá com recursos admi-nistrativos no CNMP antes de procurar o Supremo Tribunal Federal (STF). Eles vão postular efeitos suspensivos das penas enquanto o caso não transitar em julgado. “Temos de lamentar por não ter havido julgamento, mas um lin-chamento moral. Nem um membro do conselho examinou os autos, a não ser o relator e o conselheiro Aquiles Siqua-ra. O importante foi dar uma resposta para mídia, jogar para plateia sem ter o cuidado de analisar as provas”, criticou o advogado

20.07.2011. CORREiO BRaziLiEnsE - dF

CNMP mantém condenaçõesConselho Nacional do Ministério Público rejeita recursos apresentados pelo ex-procurador-geral

do DF Leonardo Bandarra e por Deborah Guerner contestando as penas aplicadas a ambos. Amanhã, o TRF da 1ª Região decide se aceita denúncias contra os dois promotores

Brasília. O subprocurador geral da República, Rodri-go Janot, encaminhou parecer ao Supremo Tribunal Fede-ral (STF) concluindo que é inconstitucional a exigência de aprovação no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para o exercício da advocacia. O STF deverá deci-dir em breve o tema porque foram protocoladas no tribunal várias ações questionando a obrigatoriedade da prova que avalia se o bacharel de direito pode ou não exercer a profis-são de advogado.

O julgamento será no plenário do STF porque a Corte resolveu que a decisão será aplicada a casos semelhantes. Assim, o ponto de vista do Ministério Público Federal será defendido pelo procurador geral e, não, por Janot. O atual procurador geral, Roberto Gurgel, foi indicado pela presi-dente Dilma Rousseff para mais um mandato de dois anos. Se for aprovado pelo Senado, exercerá o cargo até 2013. A opinião de Gurgel sobre o exame da OAB ainda não é co-nhecida.

O TEMPO-P.13 22/07/2011Polêmica

Procuradoria diz que exame da OAB é ilegal

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EsTadO dE sP-P.a9 22/07/2011

Ex-procurador do DF e promotora viram réus

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