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NALU SAADO Procon-MG deter-

minou ontem a suspensão das vendas do site da Ri-cardo Eletro até que a em-presa preste contas da não entrega de produtos e faça outras adequações pedi-das. Entre 2010 e 2011, o órgão recebeu 111 recla-mações contra o site.

Para forçar a suspen-são, o Procon requisitou à Secretaria de Estado da Fazenda (SEF-MG) que não autorize a emissão de notas fiscais eletrôni-cas para o site. O Procon enviou ofício ao Comitê Gestor da Internet (CGI-

BR) para que a home page seja bloqueada.

A decisão resultou do processo administrativo instaurado em 20 de maio, quando foram dados dez dias úteis para as mudan-ças. A empresa não teria atendido ao órgão, nem enviado representante à audiência em 8 de junho. “Apresentaram defesa sete dias depois”, contou o pro-motor de Justiça de Defesa do Consumidor, Amauri Artimos da Matta. Ontem, o advogado da empresa reuniu-se com o promotor. Foi agendada nova audiên-cia para quarta-feira (27).

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irregularidades

Ricardo Eletro tem que tirar site do ar

Procon já pediu ao CGI-BR para que o home page seja bloqueada

FOTO: REPRODUÇÃO/INTERNET

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Geórgea Choucair A cobrança da taxa de serviço – os famosos 10%

– no momento em que o consumidor vai pagar a conta é comum não só em estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes. A prática é adotada também em redes de hotéis e de locação de veículos. Nestes casos, as instituições de defesa do consumidor alertam que pode ser abusiva e não é obrigatória. Segundo os es-pecialistas, a cobrança deve estar explícita nos boletos e o consumidor deve ser informado que o pagamento é facultativo. O Instituto Brasileiro de Defesa do Con-sumidor (Idec) entende que a cobrança da taxa de 10% em contas de hotéis, pousadas e locadoras de veículos é indevida, pois o valor do serviço deveria estar incluído na diária. O serviço, avalia o Idec, faz parte da própria função dessas empresas. Marcelo Barbosa, coordena-dor do Procon da Assembleia Legislativa, concorda. “É preciso entender quais são as finalidades de todas as taxas cobradas. O ônus, em geral, tem que ser do fornecedor e não do consumidor. Os encargos fazem parte do risco do negócio”, afirma. Barbosa ressalta que essas taxas não são estabelecidas por lei e o consumi-dor pode sempre pedir para excluí-las dos pagamen-tos. “Elas nunca podem ser em caráter obrigatório. Se isso ocorrer, o consumidor deve solicitar o boleto do pagamento para pedir a devolução nos órgãos de defesa do consumidor, como os Procons”, explica. Devolução Segundo o Idec, o consumidor tem direito de solicitar a devolução do valor pago a mais com atualização mo-netária e em dobro, como prevê o artigo 42, do Código de Defesa do Consumidor (CDC). A advogada Maria Elisa Novais, gerente jurídica do Idec, explica que a cobrança dos 10% pode ser considerada abusiva, pois o consumidor já paga o preço estipulado para o ser-viço ofertado. Ao acrescentar o valor, diz, o prestador de serviço aumenta, sem justificativa, o preço , outra prática que vai contra o código (veja quadro). Para os consumidores que forem vítimas da cobrança indevida, a dica do Idec é que seja solicitado por escrito que a cobrança não seja feita. Pedro Henrique Schildknecht e Vanessa Schildknecht moram em São Paulo e vieram visitar a família em Belo Horizonte no feriado de Cor-pus Christi. Os dois alugaram carro e reservaram hotel. Na avaliação do casal, a taxa de serviço cobrada pelos hotéis deveria ser facultativa e não obrigatória. “Em muitos hotéis, o serviço é ruim e temos que pagar por ele. Já teve casos aqui em BH que a arrumadeira bateu

na porta do quarto às 7h30 para arrumá-lo”, diz Vanes-sa. Na sua opinião, a taxa deveria opcional, como acon-tece com os bares. “Só iríamos pagar se o serviço fosse mesmo bom”, afirma. No caso dos restaurantes, apesar de muitos garçons não informarem, o pagamento dos 10% é facultativo. A bancária Tatiane Nunes da Cunha veio passear em Belo Horizonte no feriado e reclamou da taxa de serviço cobrada pela locadora de veículo. “É um absurdo, mas acabamos nos conformando. Já estamos usando um serviço, pagando por ele, não há necessidade de um extra. Se eu quiser agradecer pela qualidade do atendimento, isso deveria ser uma opção, e não uma obrigação”, diz.

Turismo é outro alvo A advogada Luciana Atheniense, especializada

em direito do consumidor, ressalta que há outra taxa que o consumidor deve ficar atento: a de turismo, usada para financiar a atividade na região. Em Belo Horizonte, ela varia entre R$ 1,80 a R$ 6 por dia, de acordo com a categoria do hotel. “Apesar de ser opcional, muitos ho-téis cobram como se fosse obrigatória. E ela é chamada quase sempre por outro nome (room tax), o que deixa o consumidor confuso”, afirma Luciana. Rafaela Vale, da ABIH, diz que há avisos em todas as recepções de hotéis sobre a cobrança da taxa de turismo. Luciana ressalta que não se pode impor a cobrança diária da taxa de tu-rismo e incluí-la nas despesas do hóspede no momento de seu ckeck-out sem informar de forma clara que o seu valor é opcional, mesmo que seja apenas R$ 1,80 por diária. “Não sou contra (a cobrança da taxa de turismo), mas me oponho à forma abusiva que esta taxa é impos-ta ao consumidor, sem informá-lo previamente e de for-ma clara que tal cobrança é opcional”, diz. O fotógrafo português Miguel Valle Figueiredo tem visitado com frequência o Brasil e sempre aluga carros e se hospeda em hotéis. Ele faz um questionamento em relação às taxas de serviço: “O que elas garantem de melhor qua-lidade ao cliente?”, indaga. Na sua opinião, a taxação é feita sem muito objetivo. “Essa taxa encarece o preço e penaliza o usuário. E como as empresas envolvidas são privadas, não deveria ser imposta”, diz. (GC)O QUE DIZ O CÓDIGOART. 31. A oferta e apresenta-ção de produtos ou serviços devem assegurar informa-ções corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua

estAdo de minAs - p.2 - 27.06.2011 consUmidor

Atenção com a taxa de serviço em hotel e aluguel de carroFamosos 10%, comuns em bares, também não são obrigatórios na hospedagem e locação de veículo. Cliente

deve ser avisado que pagamento é opcional e cobrança tem de estar explícita

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portuguesa sobre suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia prazos de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos consumido-resART. 39 - É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços:VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorren-tes de práticas anteriores entre as par-tes X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviçosXI - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente estabele-cidoART. 42 - O consumidor cobra-do em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e ju-ros legais, salvo hipótese de engano justificávelFonte: Código de Defesa do Consumidor (CDC)

Sem imposto, valor chega a 12% da

conta Em Belo Horizonte, a taxa de

serviço cobrada pela rede hoteleira variar entre 5% a 12% do valor total da conta, segundo a Associação Brasi-leira das Indústrias de Hotel (ABIH). A mesma taxa das locadoras de ve-ículos vai de 5% – para os aluguéis na loja – a 10,9% (no aeroporto). A presidente da ABIH-MG, Rafaela Fa-gundes Vale, prefere não opinar sobre a prática adotada pelo conjunto dos hotéis, que somam 18 mil leitos em Belo Horizonte. “O que posso dizer é que nas redes em que administro, se a pessoa falar que não quer pagar a taxa de serviço, o valor não é cobrado. O

recepcionista não impõe isso ao con-sumidor”, afirma. Ela ressalta que em função das características individuais de cada hotel, a taxa pode ser maior ou menor. “E normalmente quando o cliente recebe o valor da diária, a taxa vem discriminada na conta”, diz. O presidente da Associação Brasileira dos Consumidores, o advogado Dani-lo Santana, afirma que a informação da cobrança da taxa deve constar em toda a estrutura de venda e publici-dade da empresa que comercializa o serviço. “Se o consumidor entra na internet e procura o valor de uma di-ária de hotel, a taxa não está incluída. Ela deveria estar explícita para a pes-soa”, detalha. Constrangimento San-tana reconhece, no entanto, que falta clareza na legislação sobre o assunto, o que dá margens a interpretações di-ferentes. “Era preciso que a lei fosse mais clara e não desse espaço para dúvidas. Não dá para o cliente ficar brigando toda vez para não pagar a taxa de serviço. Isso é um constrangi-mento e o consumidor não vai enfren-tar a Justiça pelos 10%, pois o valor não é muito alto”, observa Santana. A gorjeta tem a característica própria de ser um ato espontâneo, na avalia-ção do advogado. “A taxa de serviço funciona como gorjeta e não tem im-posto. O hotel , no caso, está passan-do o ônus para o consumidor, sem ser tributado em cima disso. É uma for-ma de cobrar valor extra, que muitas vezes remunera os funcionários”, diz o advogado. No caso da locação de veículos, Santana afirma que as pes-soas também devem estar atentas às ofertas que não incluem as taxas. “Na hora de fazer qualquer orçamento, o consumidor deve se informar de todas as taxas. Fica mais fácil tomar a deci-são depois”, diz. (GC)

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ANA PAULA PEDROSAA pré-reserva de um apartamento no edifício Mont

Blanc, no Alto Belvedere, uma das regiões mais nobres de Belo Horizonte, foi parar na Justiça. Em novembro do ano passado, o advogado Francisco Porto Filho firmou o compromisso com a imobiliária Gribel Pactual para aquisição de uma unidade no edifício, construído pela incorporadora Inpar, que posteriormente foi comprada pela Viver. O ponto da discórdia é a forma da reserva. O consumidor alega que fez negócio especificamente para o apartamento 901 do empreendimento, enquanto a construtora e a imobiliária dizem que ele se interessou por uma unidade, sem determinar qual.

Para fazer a pré-reserva, Francisco Porto deixou um cheque caução no valor de R$ 2.500 e apresentou uma série de documentos, como CPF e declaração de Impos-to de Renda. No dia do lançamento, que estava marcado para as 8h, ele diz que chegou às 7h20 por orientação do corretor, mas foi informado de que a unidade 901, bem como todas da mesma torre, que fica na parte da frente do edifício, já tinham sido vendidas. Ele questiona o fato de um imóvel reservado a ele ter sido vendido, duvida da velocidade do negócio e levanta uma hipótese. “Acho que a construtora bloqueia esses apartamentos melhores e tenta vender os piores no dia do pré-lançamento”, diz. Já o proprietário da Pactual Gribel, Alexandre Gribel, diz que o cliente chegou na parte da tarde e que a procura pelo empreendimento foi realmente grande. Ele informa que, para o lançamento, são convidados apenas clientes que já manifestaram interesse no empreendimento, por isso as vendas são rápidas.

À disposição. Após uma audiência na Justiça, a construtora e a imobiliária colocaram o apartamento à disposição para que Francisco o comprasse. De acordo com Alexandre Gribel, o negócio com o outro compra-dor não foi efetivado e a unidade está “à disposição”. O valor, porém, seria corrigido e o consumidor pediu cinco dias úteis para repensar o negócio. Depois disso, as par-tes voltaram a se desentender.

Francisco diz que decidiu fechar o negócio, mas não conseguiu mais contato com os vendedores. “Então, resolvi tocar o processo”, afirma. Já Alexandre Gribel diz que foi o comprador quem sumiu. “Ele foi chamado para assinar o contrato, mas não apareceu”. Em nota, a construtora Viver diz que “não participou ou fez quais-quer promessas ao Sr. Francisco”, já que ele é cliente da Gribel, mas confirma que o apartamento foi oferecido a ele depois da audiência na Justiça. “O Sr. Francisco ain-da recebeu 5 dias para se manifestar e não o fez dentro do prazo”, diz o texto da construtora.

estratégia

Pré-reserva não tem consensoA prática da pré-reserva não está prevista em lei,

segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-MG), mas pode ter força de um pré-con-trato, alerta o advogado especialista em direito civil do escritório Elcio Reis e Advogados Associados, Enrique Fonseca Reis. A polêmica cresce quando se trata de pré-reserva de uma unidade específica. O advogado Enri-que Reis explica que os contratos podem prever apenas a reserva de uma unidade, sem determinar qual, mas se o cliente tiver a documentação que comprove que o compromisso envolve um apartamento específico, pode requerer na Justiça o cumprimento do pré-contrato. “O cheque caução pode ser um vínculo com aquela unida-de”, afirma.

De acordo com o vice-presidente do Sinduscon-MG, José Francisco Cançado, não há nenhuma lei que dê respaldo à pré-reserva. “Trata-se de uma estratégia de corretores, para ajudar a vender o imóvel, não há nada previsto em lei”, diz. Ele diz que não é comum firmar compromisso envolvendo um apartamento espe-cífico. Entretanto, Cançado afirma que, caso o compra-dor tenha assinado algum documento que comprove o compromisso de reservar determinado apartamento para ele, aí sim a situação muda um pouco. “Se o cliente tem como provar que a reserva foi feita, então pode entrar na Justiça”, afirma Cançado. (APP com Queila Ariadne)

setor tem crescimentoA construção civil experimentou forte crescimen-

to nos últimos anos, o que aumentou as queixas contra o setor. Para se ter uma ideia, de janeiro a abril deste ano foram lançadas 2.041 unidades, quase nove vezes a mais do que no mesmo período do de 2005, quando foram colocadas 247 unidades no mercado. Desde 1995, os lançamentos registrados neste ano só não superam os de 2010, ano de atividade recorde para o setor, quando foram lançadas 2.421 unidades no período. (APP)

imbróglio

O imóvel da discórdiaO consumidor requer na Justiça o direito de com-

prar o apartamento ou uma indenização. Construtora e imobiliária dizem que o apartamento

tinha sido vendido a outro, mas o negócio não foi con-cluído e, agora, ele está à disposição de Francisco.

Já o consumidor diz que não consegue contato com os vendedores.

Mesmo antes da decisão judicial, Francisco já com-prou outro apartamento, de outra construtora, mas na mesma região da cidade.

desentendimento

Compra de apartamento no Belvedere vai parar na JustiçaImobiliária e construtora afirmam que foi o cliente quem agiu errado

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Pão de Açúcar e Carrefour costuram fusãoConturbada proposta de integração das duas companhias criaria a maior rede varejista do país,

com 1.200 lojas

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Concentração no varejo ameaça o bolso do consumidorcont... hoje em diA - p.10 - 29.06.2011

SÃO PAULO. A Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados aprovou ontem uma proposta de fiscalização e controle para apurar a responsabilidade do Banco Central sobre sua conduta em relação a poupadores prejudicados nos planos econômicos Verão e Bresser (am-bos do governo José Sarney). O relatório da comissão será entregue ao Ministério Público.

De acordo com o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) - autor da proposta -, o Banco Central agiu parcialmente ao manifestar como “amicus curiae” (interessadas na causa) em uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), apresentada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), questionando as ações judiciais de consumi-dores que não obtiveram valores da caderneta de poupança corrigidos devidamente em decorrência dos planos.

Segundo Valente, o BC começou a fazer “terrorismo” no mercado, afirmando que não seria possível repor os pou-padores por risco de quebra no sistema e, principalmente, de bancos. “Há irregularidades. O BC atuou pelas instituições bancárias em prejuízo dos consumidores”, afirmou o depu-tado por meio de nota.

A Comissão de Defesa do Consumidor constatou, de acordo com o deputado, que houve ‘eventual ilegalidade do Banco Central’ e encaminhará a documentação ao Ministé-rio Público para que sejam apuradas as responsabilidades.

entenda o casoDurante os anos 80 e início da década de 90, os gover-

nos fizeram vários pacotes econômicos para tentar conter a inflação que galgava grandes patamares.

A maioria deles modificava os indicadores econômicos que indexavam a economia, ou seja, índices que corrigiam salários, preços e caderneta de poupança.

O que aconteceu foi que os bancos se aproveitaram para não fazer a correção completa da poupança.

No plano Bresser, de 1987, faltaram 8% e no Verão de 1989, outros 19,79%.

A Justiça já reconheceu esta decisão, até no Supremo Tribunal Federal.

flashPrazo.Os prazos para entrar na Justiça para correção dos

planos Verão e Bresser terem acabado, ainda é possível re-correr através de Ações Civis Públicas.

deputados.comissão da câmara entregará relatório ao mp

Responsabilidades do BC nos planos Bresser e Verão serão apuradas

Relatório diz que entidade monetária fez “terrorismo” no mercado

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Victor Martins Brasília – Os juros elevados não têm impedido a gastan-

ça do consumidor, que continua a comprar em ritmo acima do desejado pelo Banco Central. Mesmo com a taxa média che-gando a 46,8% ao ano – o maior patamar desde maio de 2009 —, a liberação de recursos entre abril e maio cresceu 10,5% e alcançou R$ 76,6 bilhões. O estoque de financiamentos na mão dos brasileiros em igual período avançou 1,6%, totalizan-do R$ 1,804 trilhão, o equivalente a 46,9% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas do país). Com números tão expressivos, a autoridade monetária se viu obrigada a rever sua projeção para o crescimento do crédito em 2011, passou de 13% para 15%.

No acumulado de 12 meses, porém, a taxa de expansão do crédito ainda está longe do esperado pelo BC. Até maio regis-trava 20,4% e, por enquanto, a despeito do discurso de Túlio Maciel, chefe do Departamento Econômico do BC, encontra-se longe de declinar para o valor considerado ideal pela autorida-de monetária. “Temos observado uma expansão moderada do crédito”, disse Maciel ao abordar as concessões médias diárias de recursos, que recuaram 5,6% entre abril e maio.

Especialistas ponderam que o ritmo não é o mesmo do ano passado, mas contestam o economista do BC quando ele fala

em moderação. As concessões acumuladas no mês, em contra-ponto ao argumento de Maciel, registraram expansões de dois dígitos. No crédito pessoal, as liberações de recursos cresceram 13,4%. Em veículos, segmento que sofreu intervenção especí-fica da autoridade monetária, o avanço foi de 14,7%. Para bens duráveis, 15,1%. Até o cheque especial, modalidade cuja taxa a partir de maio chegou ao maior nível desde abril de 1999, a 185,4%, registrou avanço de 11,9%. O segmento imobiliário foi o recordista, com 85,1%.

RITMO Para Nicola Tingas, economista-chefe da Asso-ciação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), os dados mostram que o ritmo ainda está muito elevado. “Quando o BC refaz sua projeção para o ano, reconhece que não obteve a resposta que gostaria em relação à queda de demanda. Não é só a questão de política monetária que impacta a decisão de tomar crédito, mas também a de salá-rio e emprego”, argumentou.

“Sem dúvida é uma desaceleração mais lenta que o espe-rado”, observa Luís Otávio de Souza Leal, economista-chefe do banco ABC Brasil. “O risco, neste mês, está no avanço da inadimplência. Em termos de perigo, acende uma luz amare-la”, afirma Leal ao lembrar que em maio o calote das famílias alcançou 6,4% das operações usadas para calcular as taxas de juros – maior nível dos últimos 12 meses.

comprA A prAZo

Brasileiro se endivida maisLiberação de crédito no país cresce 10,5% entre abril e maio, mesmo com o juro médio no patamar mais

alto desde maio de 2009. Taxa do cheque especial é a maior em 12 anos

Marta Vieira O consumidor de Belo Horizonte está pagando taxas de juros

recordes nas compras com cartões de crédito, conforme pesquisa mensal da Fundação Ipead, vinculada à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os encargos cobrados nas compras com o chamado dinheiro de plástico se mantêm há oito meses até maio em 12,6% ao mês, maior percentual registrado na série dos levan-tamentos da fundação, desde fevereiro de 1998. Comparada à in-flação, a cobrança representa mais de 20 vezes a variação do custo de vida na capital, de 0,53% no mês passado, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), retrato das despesas das famílias com renda de um a 40 salários mínimos.

Quem deixa de pagar a fatura total do cartão no fim do mês não deve contar tão cedo com uma reversão de juros exorbitantes, alerta Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Asso-ciação Nacional de Executivos de Finanças e Administração (Ane-fac). “Nem o recente aperto monetário que o Banco Central adotou para conter a inflação justifica taxas tão altas e elas vão continuar subindo em junho e julho”, afirma o especialista. Parte da justifi-cativa para a cobrança, segundo Ribeiro de Oliveira, sequer tem relação com os rumos atuais da economia. “O segmento das ad-ministradoras de cartão não tem concorrência e aí o consumidor é que sofre”, afirma.

Pesquisa realizada em maio pela Federação do Comércio de Minas Gerais (Fecomércio Minas) indicou que os pagamentos fei-tos com os cartões de crédito respondem por 71% das compras a prazo. Somadas às operações com cartões próprios (os de loja), são 75% do bolo total dos negócios. Segundo Silvânia de Araújo,

coordenadora do Departamento de Economia da instituição, 65% dos compromissos financeiros do consumidor de BH estão pen-durados nos cartões de crédito. “Historicamente, as operadoras de cartões se utilizam dos juros mais altos. Não deveria ser assim, tanto que o governo agiu no sentido de regular as relações dos clientes com essas empresas”, observa a economista.

Desavisada sobre os efeitos dos juros altos, S.R. se endividou de novo depois de ter livrado de um débito de R$ 1,5 mil contra-ído no cartão de crédito que acabou se transformando em R$ 2,6 mil. Ela usou o dinheiro de plástico numa loja de calçados e está devendo cerca de R$ 600. “Estou muito preocupada e me arrepen-do de ter feito a dívida. Meu filho é adolescente e me pede coisas caras. Acabei comprando e não tive como pagar”, reconhece. A doméstica, que ganha um salário mínimo (R$ 545), está tentando negociar o débito para limpar o nome no SPC.

Para a economista Ana Paula Bastos, da Câmara de Dirigen-tes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) a estratégia das opera-doras de cartões de crédito ao manter os juros tão altos é impedir que o cliente entre no crédito rotativo, mas tem surtido o efeito contrário e não dá sinais de reverter. “Quanto mais alta ficar a taxa Selic (que remunera os títulos do governo no mercado financeiro e serve de referência para as operações dos bancos e do comércio), mais caros serão os encargos cobrados pelas administradoras de cartões “, afirma. A tendência da Selic (taxa básica de juros), hoje de 12,25% ao ano, é chegar ao fim de 2011 entre 12% e 13%, nas estimativas da economista. (Colaborou Marinella Castro)

Cartão mais caro em BH

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Brasília. A oposição quer convidar o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, para explicar o papel da ins-tituição no processo de fusão das redes Pão de Açúcar e Carrefour. Os requerimentos solicitando explicações de Coutinho serão protocolados nas comissões de Finanças e Tributação, Fiscalização Financeira e Controle e Defesa do Consumidor da Câmara.

Eles defendem que o montante aplicado vá para pequenas e médias empresas brasileiras. Também ques-

tionam a concentração de mercado. “Os consumidores serão prejudicados com essa fusão, que tem cheiro de monopólio”disse o deputado Moreira Mendes (PPS-RO).

Mesmo deputados da base aliada têm questionado a operação. José Stédile (PSB-RS) e Audifax (PSB-ES) também apresentaram pedido de audiência com Couti-nho. “Temos que saber a origem dos recursos financeiros a serem utilizados nesta transação”, disse Stédile.w

no congresso

Oposição e aliados querem mais explicações

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Paula Takahashi As vítimas do golpe de pirâmide protagonizado pela Bra-

sil Container, denunciado pelo Estado de Minas em fevereiro de 2009, podem ter esperanças de recuperar os bens perdidos no que parecia ser o investimento perfeito. O juiz Marcos Alberto Fer-reira, da 3ª Vara Cível de Contagem, deu sentença favorável ao primeiro dos cerca de 80 processos contra a Brasil Container que tramitam na comarca da cidade e negou recurso apresentado pela empresa.

A decisão transitou em julgado, o que significa que não cabe mais recursos por parte da ré. Na sentença o juiz determina que a empresa pague os valores investidos pelas vítimas com juros de mora de 1% ao mês a partir de 28 de novembro de 2008, data em parou de cumprir os contratos com os investidores. No total, 10 vítimas com investimentos entre R$ 10 mil e R$ 55 mil serão beneficiadas com a decisão.

Para o advogado criminalista Osmiler Kleber Sachetto Gui-marães, responsável por distribuir ações de 788 vítimas da Brasil Container, essa é uma grande vitória e abre precedente para os demais processos em andamento. “Entrei com pedido para que todas as outras varas apliquem a mesma analogia, uma vez que todos os processos são iguais”, antecipa.

As vítimas ainda pediram ressarcimento por danos morais, já que alegaram ter aplicado todas as economias junto à Brasil Con-tainer e, com isso, ter passado por constrangimento. Na sentença, porém, o juiz considerou que o dano moral não ficou caracteriza-do e que os investidores tinham consciência do risco que estavam correndo.

“Ao investir junto à ré os autores realizam uma operação de risco, já que nenhuma empresa com saúde financeira regular capta aplicações no mercado, pagando rendimentos tão acima das mé-dias das operações ordinárias”, ressalta. O entendimento final foi de quebra contratual com incidência de juros de mora e multa.

fAlsA promessA de GAnho AltoA empresa prometia investimento com rendimento mensal

de 7%, acima do oferecido pelas mais conhecidas aplicações fi-nanceiras. O risco, aparentemente, era pequeno: o cliente compra-va um contêiner (recipientes usados para o transporte de carga em navios) por R$ 5 mil e fechava um contrato de aluguel do mesmo contêiner, pelo qual receberia todo mês R$ 350.

A Brasil Container lucrava ao realugar o produto a grandes empresas por um preço maior – de R$ 500, por exemplo. Como costuma ocorrer nos sistemas de pirâmide, tudo ia bem, até que o dinheiro parou de brotar, os primeiros lesados começaram a re-clamar e o esquema ruiu. Em novembro de 2008, as contas não fecharam e a Brasil Container deixou de pagar os aluguéis.

O ressarcimento dos prejuízos, que podem chegar a R$ 5 milhões, será feito por meio de leilão dos bens da Brasil Contai-ner, que compreende cerca de 40 carretas pertencentes à empresa, além de imóveis em Contagem e Belo Horizonte, bloqueados pela Justiça ainda em fevereiro de 2009. “Agora vamos fazer os cálcu-los e apresentar o total que deve ser pago a cada investidor para que, a partir daí, os bens sejam levados a leilão”, afirma Sachetto. A expectativa é de que até outubro as pessoas comecem a receber os valores devidos.

como fUncionAEsquemas em pirâmide existem há pelo menos um século.

Envolvem, basicamente, a permuta de dinheiro pelo recrutamen-

to de outras pessoas para o mesmo esquema, sem que qualquer produto ou serviço seja entregue. A falha fundamental é que não há benefício final: o dinheiro simplesmente percorre a corrente de pessoas, e somente o idealizador do golpe (ou, na melhor das hipóteses, umas poucas pessoas) ganha trapaceando seus segui-dores. Para dourar a pílula, a maioria de tais golpes apresentará referências, testemunhos e informações — todos falsos.

frAUdes em série em minAsCONTÊINERFevereiro de 2009Pastores da Igreja Cristã Maranata, 11ª maior evangélica

do país, são envolvidos em golpe de venda de contêineres (reci-pientes de metal ou madeira usados para o transporte de carga). A empresa Brasil Container, com sede em Contagem, prometia ao cliente um investimento com renda mensal de 7%, muito superior à maioria das aplicações financeiras. O escândalo estourou em 13 de fevereiro de 2009, deixando cerca de mil vítimas com prejuízo calculado em R$ 5 milhões. Um dos sócios da empresa, Valério Cardoso, teve seus bens bloqueados pela Justiça. Há várias ações em andamento na Justiça, que somente agora começam a resultar na condenação dos responsáveis a indenizar as vítimas.

CLUB PLUSAbril de 2011Polícia Civil começa a investigar novo golpe da pirâmide em

Minas aplicado pelo controlador do Club Plus Investimentos, Al-tino de Medeiros Dantas. Ele teria trabalhado na mesma empresa de Thales Maioline, o Madoff mineiro, onde teriam iniciado os investimentos no mercado financeiro e atraído outras pessoas. O clube atuava em Belo Horizonte e Itabirito. Altino é alvo de 27 processos no Tribunbal de Justiça cuja soma chega a quase R$ 2 milhões.

FIRJulho de 2010Em 23 de julho, o investidor Thales Maioline foi visto pela

última vez em uma rodoviária em São Paulo. Ele desapareceu com R$ 86,1 milhões da Firv Consultoria e Administração de Recur-sos Financeiros Ltda., deixando no prejuízo 1,4 mil investidores de 14 cidades mineiras, entre BH, Itabirito e Itabira. As vítimas aplicavam em títulos do clube de investimentos que rendiam lucro de 5% ao mês e 12% ao final de seis meses caso reinvestissem a quantia. Ele está foragido desde então, sem deixar pistas. Até hoje, não foi concluído o inquérito da Polícia Civil, nem da Polícia Fe-deral, que apuram as suspeitas de estelionato e de crime contra o sistema financeiro. Contra Maioline e a Firv, estão correndo 243 processos no Fórum Lafayette e no Tribunal de Justiça de Minas.

ADIMÓVEISDezembro de 2010Investigada pela Polícia Federal e pela Comissão de Valores

Mobiliários (CVM), a Adimóveis Locadora Ltda., de Divinópolis, é acusada de usar a imobiliária para oferecer clube de investi-mentos sem autorização, deixando rombo de cerca de R$ 70 mi-lhões a 1.094 investidores de Divinópolis e de cidades da Região Centro-Oeste de Minas. A Adimóveis responde a 218 ações na Comarca de Divinópolis, apenas contra o fundador Deusdete Fer-nandes Campos. Segundo levantamento das próprias vítimas, o total dos bens da empresa estaria avaliado em menos de R$ 5 milhões e menos de R$ 2 mil em contas bancárias da empresa e do proprietário.

jUstiÇA

Primeira indenização do golpe do contêinerJuiz determina que clientes lesados no esquema da Brasil Container sejam ressarcidos por investimentos na empresa

estAdo de minAs - p. 18 - 30.06.2011

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Compra coletiva será mais seguraProjeto de lei que estabelece critérios para essas empresas já está em tramitação

diário do comércio - p.12 - 30.06.2011

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Jornal do BrasilBrasília Tamanho do Texto:+A-AImprimirO aparelho de telefone celu-lar é “produto essencial”. Assim, em caso de defei-to ou vício não sanado, o consumidor poderá exi-gir, imediatamente, a substituição do produto por outro da mesma espécie, a restituição da quantia paga ou o abatimento do preço, de acordo com o artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor.A decisão é da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público Federal (MPF), em sessão realizada nesta quarta-feira, que gerou o Enuncia-do nº 8, que coincide com entendimento do De-partamento de Defesa do Consumidor (DPDC) que foi impugnado pela Associação Brasileira da

Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). O enun-ciado, além de representar uma posição oficial de um órgão de cúpula do MPF, serve para orientar os procuradores da República nas questões envolven-do o assunto.De acordo com o voto do relator, o subprocurador-geral da República Brasilino Perei-ra dos Santos, o celular deve ser considerado um produto essencial “devido aos elevados níveis que o uso do aparelho atingiu na atualidade, à interpre-tação sistemática do regime jurídico de proteção instituído pelo CDCr e à necessidade de preserva-ção dos princípios da proteção da confiança e da boa fé objetiva”.

jb online – rj conAmp – 30.06.2011

MPF considera celular produto essencial protegido pelo Código de Defesa do Consumidor

BRASÍLIA. A oposição apresentou ontem na Câma-ra dos Deputados uma série de requerimentos que pedem investigações e esclarecimentos sobre a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. O líder do DEM, deputado ACM Neto (BA), quer discutir o caso na Comissão de Direito do Consumidor. Foram três requerimentos: para a realização de audiência pública, de convocação do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Fernando Pimentel e outro de pedido de infor-mações.

O deputado ressalta que a operação, na qual o BN-DES deve investir R$ 4 bilhões, se soma a outros atos de “concentração econômica recentemente apoiados pelo banco, como do JBS-Friboi e Oi-BrTelecom”. “O BNDES é uma empresa pública, que vem trabalhando, na maior parte das vezes, com recursos emprestados a taxas subsi-diadas pelo Tesouro Nacional, a um custo que recai sobre todos os brasileiros e que, segundo cálculos de especialis-tas, ultrapassa a casa de R$ 15 bilhões por ano”, afirma.

Já o PPS pede para que o Tribunal de Contas da União (TCU) investigue os aportes que o BNDES fez no grupo JBS Friboi para, consequentemente, barrar novas ações, como na negociação entre Pão de Açúcar e Carrefour. “A

função do BNDES não é apoiar a internacionalização de empresas brasileiras que já são competitivas no mercado e virar sócio de negócios privados. É fomentar projetos de desenvolvimento que possam gerar empregos. No caso da JBS Friboi, até a internacionalização deu errado”, critica o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), que assina o pedido de auditoria.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comér-cio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou que está sendo feito um “tsunami em copo d`água” em torno da eventual fusão das redes. “Não existe nenhuma operação realiza-da ainda. Ela está sendo enquadrada pelo BNDES, o que significa que o banco aceitou examiná-la”, disse Pimentel durante almoço com empresários em São Paulo.

O ministro também defendeu que a possível injeção de capital na empresa resultante da união não sairia dos cofres públicos. “A fusão está sendo analisada pelo BN-DESpar, que trabalha com recursos próprios, não com dinheiro público”, disse ele. Indagado sobre o desvio de foco do BNDES, cujo objetivo é garantir investimentos de caráter social, Pimentel afirmou que “a viabilização de um grupo internacional com maioria de capital na mão de brasileiros interessa ao país”.

discórdia. participação do bndes na possível fusão de pão de Açúcar e carrefour é o motivo da polêmica

Oposição quer investigar negócio fusão de varejistasMinistro Pimentel diz que caso é um “tsunami em copo d`água”

o tempo - p.9 - 01.07.2011

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o tempo - p.10 - 01.07.2011

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Frederico BottrelDepois de ser proibida de vender chips no Rio Gran-

de do Norte, em janeiro, e no Ceará, em maio, o mesmo pode acontecer com a TIM em Minas Gerais. A Associa-ção Brasileira de Consumidores deve mover ação civil pública contra a operadora, acusada de aumentar sua base de usuários sem ter infraestrutura no estado.

Com base nas reclamações de clientes que ficam ho-ras sem sinal e não conseguem fazer ou receber ligações nem acessar a internet, o deputado Délio Malheiros (PV), que também representa legalmente a associação, diz que até o dia 8 deve entrar com a ação. A operadora é a que mais recebe reclamações, de acordo com o ranking da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), desde o início do ano.

“Os problemas enfrentados pelos consumidores são sinais claros de que a empresa pratica o chamado over-booking, quando vende muito acima da sua capacidade de atender o cliente”, explica Malheiros. O problema é enfrentado principalmente por quem depende da rede 3G da empresa.

A tecnologia de terceira geração seria, teoricamente, mais ágil, ideal para ver vídeos e navegar tranquilamente na internet. Conforme o Estado de Minas mostrou esta semana, o serviço de atendimento ao consumidor da ope-radora orienta os clientes a usarem os aparelhos na rede 2G para “resolver o problema de sinal”. Clientes também ouvem a “orientação” em lojas da operadora em Belo Ho-rizonte.

No dia 7, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) realizará audiência pública para pedir explica-ções à Tim sobre a queda na qualidade dos serviços pres-tadora pedido da Comissão de Defesa do Consumidor e do Contribuinte (CDCC). A audiência está marcada para as 10h.

“A Justiça tem que determinar prazo para que a TIM entregue serviço satisfatório aos consumidores, antes de ampliar ainda mais a base de usuários”, defende Ma-lheiros. A ação civil pública determina multa caso haja descumprimento dos prazos. Para ele, “é uma situação absurda que está descumprindo flagrantemente o Código de Defesa do Consumidor (CDC)”.

LEGISLAÇÃOSegundo Marcelo Barbosa, coordenador do Procon-

Assembleia, a operadora fere a legislação de duas manei-ras. Quando não deixa claro o mínimo de velocidade da banda 3G, a empresa faz publicidade enganosa. Sabe-se que nem todos os bairros ou cidades estão compreendidos nas áreas de cobertura da rede 3G das operadoras. Expli-citar essas limitações é obrigação que, segundo Barbosa, nem sempre é cumprida à risca. “E esse problema de sinal é má prestação de serviço”, define. De acordo com Barbo-sa, “o consumidor lesado nesses casos tem direito de reci-são do contrato sem multa. Pode também pedir abatimento proporcional do preço”.

A TIM, por meio de sua assessoria de imprensa, in-forma que não foi notificada oficialmente e, por isso, não comenta o assunto.

telecomUnicAÇÕes

TIM pode enfrentar ação civil públicaAssociação de consumidores deve entrar na Justiça para pedir que operadora suspenda venda de chips em

Minas

estAdo de minAs - p.16 - 01.07.2011

Entre outros assuntos, o deputado Délio Malheiros (PV) relatou que pediu a realiza-ção de uma audiência pública para a pró-xima quinta-feira, na ALMG, para discutir a questão da telefonia no Estado. Segun-do ele, a decisão foi tomada por causa do enorme número de reclamações de clientes da TIM. O parlamentar relatou que a em-presa lançou uma campanha nacional de descontos em ligações, mas as pessoas não conseguem falar e que, em alguns Estados, a companhia foi proibida de seguir com a

promoção até que seja capaz de atender à demanda. Délio disse que a empresa estaria praticando overbooking e afirmou também que ela já é a número um em reclamações no País. O deputado ainda falou do descaso do Governo Federal com algumas rodovias no Estado. Deu como exemplo a BR-356, que, segundo ele, transformou-se em um depósito de entulho entre o BH Shopping e a cidade de Ouro Preto, e a BR-367, estrada de terra, com um viaduto que “liga um lugar a lugar algum”.

Telefonia celularAssembleiA informA - p8. - 01.07.2011

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Comissão pede que Ministério Público investigue ação do BC em favor de bancos

Leonardo PradoA Comissão de Defesa do Consumidor quer que o Mi-

nistério Público investigue a atuação do Banco Central (BC) em processo que a Confederação Nacional do Sistema Fi-nanceiro (Consif) questiona a obrigação de os bancos paga-rem os prejuízos dos correntistas referentes aos Planos Verão e Bresser. Segundo parecer aprovado pela comissão, o BC atuou com “eventual ilegalidade” ao se pronunciar esponta-neamente no Supremo Tribunal Federal (STF) em favor das instituições financeiras.

A comissão aprovou o parecer do relator da Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) 100/09, deputado Reguffe (PDT-DF), que recomendou o encaminhamento de relatório ao Ministério Público para que o caso seja investigado. “Não tenho como afirmar se houve dolo ou não, mas, ao analisar os fatos, concluí que o BC atuou em desfavor dos correntistas, a favor dos bancos. Meu papel é defender o consumidor”, argumentou o relator. A PFC foi apresentada pelo deputado Ivan Valente (Psol-SP).

Para justificar a manifestação na forma de amicus curiae (amigo da corte) no processo de Arguição de Descumpri-

mento de Preceito Fundamental (ADPF) 165-0/DF, o Banco Central argumentou que as normas que implementaram os planos econômicos em discussão eram constitucionais e que o pagamento de indenizações teria impacto incerto sobre o Sistema Financeiro Nacional e comprometeria garantias re-lacionadas ao controle da inflação.

ArgumentosO relator afirmou que a alegação de impacto sobre a in-

flação é infundada, uma vez que os planos econômicos ques-tionados não podem alterar os preços de hoje. Além disso, Reguffe destacou que a intervenção do BC não foi pautada pela preocupação com a saúde do sistema financeiro, uma vez que a autarquia não foi capaz de estimar com precisão o valor das ações que devem ser pagas.

“Ao pronunciar-se, sem ser convidado, de maneira os-tensiva em favor das instituições financeiras, o BC causa um dano ao Sistema Financeiro Nacional, certamente de quanti-ficação menos trivial do que aquele financeiramente atribu-ível a ‘milhares e milhares’ de ações judiciais contrárias às correções aplicadas em decorrência dos planos econômicos”, afirmou o deputado.

conAmp - 12. AGênciA cAmArA - df - 01.07.2011

o Globo - p.17 - 01.07.2011