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Data 24/08/2012 Ano I Número 52

24 Agosto 2012

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Clipping Trafico e Abusos de Drogas Eletrônico

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Data24/08/2012

AnoI

Número52

hoje em dia - p.18 - 24.05.2012

V I N Í C I U S D’OLIVEIRA

Vinte e sete suspei-tos de integrar uma orga-nização ligada ao tráfico de drogas, homicídios e roubos em Ribeirão das Neves, na região metro-politana de Belo Hori-zonte, tiveram mandados de prisão cumpridos ou foram presos em flagran-te, ontem, pela Polícia Civil. Entre os detidos na operação Sepulcro está a filha de um dos crimino-sos mais procurados pela polícia mineira, Roni Pei-xoto. Natasha Fernanda dos Santos Peixoto, 20, é apontada como uma das pessoas mais influentes da quadrilha que, segun-do a Polícia Civil, era liderada por um trafican-te preso na Penitenciá-ria Nelson Hungria, em Contagem, também na região metropolitana da capital.

As investigações te-riam começado há dois anos, quando agentes da Delegacia de Ribeirão das Neves descobriram que dois traficantes - presos em uma operação em setembro de 2009 -, mesmo atrás das grades, ainda davam ordens para comparsas e autoriza-vam execuções. Segun-do o delegado Jeferson Botelho, de uma cela na Penitenciária Nelson Hungria, Bruno Ferreira da Silva, 27, conseguiu

rearticular o grupo e manteve o comando da quadrilha. “Cumprimos o mandado de prisão no presídio e, na cela do Bruno, encontramos um chip do celular que era usado para se comunicar com os outros”, disse.

A polícia também te-ria comprovado a partici-pação de um agente pe-nitenciário no esquema. Aendel José dos Reis, 27, é suspeito de forne-cer aparelhos celulares e levar drogas para que a líder da organização atestasse a qualidade dos produtos comercializa-dos pelo bando. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social, o agente teve seu contrato rescin-dido no início desse mês, por excesso de faltas ao trabalho. “Aendel é con-siderado foragido da Jus-tiça”, explicou o dele-gado Adriano Assunção. Outros quatro detentos ainda atuavam no tráfico, mesmo cumprindo pena em presídios da região metropolitana da capital.

As investigações teriam apontado ainda o envolvimento de um grande fornecedor de drogas e armas para a quadrilha, que é sediada nos bairros Santa Marta, Santa Martinha e Santa Matilde, em Ribeirão das Neves. Alexsander Rosa dos Santos, 32, teve o pedido de prisão tempo-

rária decretado, mas con-seguiu escapar do cerco policial.

`Eu apenas visitava meu pai na prisão´

Mesmo com um man-dado de prisão expedido pela Justiça, a filha do traficante Roni Peixoto, Natasha Fernanda Peixo-to, jurou que é inocente. “Não é porque o meu pai tem envolvimento (com o tráfico) que eu também tenho. Eu apenas visitava meu pai na prisão. Ago-ra, não o vejo há mais de um ano”, disse.

Segundo a Polícia Civil, Natasha teria um papel fundamental na quadrilha. Ela seria res-ponsável por repassar as ordens que partiam de dentro das unidades prisionais aos outros in-tegrantes da organiza-ção. O delegado Adria-no Assunção informou que a jovem recebia as recomendações durante visitas aos presos, dentre eles, o namorado, Álvaro de Souza Carvalho.

Para a polícia, a pri-são de Natasha ainda pode ajudar na localização do pai dela. Roni Peixoto é procurado desde julho de 2011. Ele cumpria pena em regime semi-aberto, na Penitenciária José Maria Alkimin, em Ribeirão das Neves, mas saiu para trabalhar e não voltou. (VD)

o Tempo - mG - oN LiNe - 24.08.2012

Filha do traficante Roni Peixoto e mais 26 são presosNatasha Peixoto é apontada como uma das mais influentes dentro da quadrilha

esTado de miNas - p.26 - 24.05.2012

Correio do povo - rs - CoNamp - 24.08.2012

MP questiona liberação de suspeitos de tráfico pela Polícia Civil

Delegada alega que não se configurou flagrante e BM não tem atribuição de investigar

Provocou polêmica entre as autoridades de segurança pública a nota publicada pelo Ministério Público (MP) do Estado, nesta quinta-feira. A instituição critica decisões da Polícia Civil pela liberação de suspeitos de tráfico de drogas no documento. O texto, subscrito pela Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre, aponta que a Dele-gacia de Polícia de Pronto-atendimento (DPPA) deixou de autuar oito pessoas, que foram abordadas com quantidades médias e pequenas de entorpecentes e conduzidas pela Brigada Militar à DPPA.

Na operação, realizada pelo MP com apoio da Brigada Militar, fo-ram cumpridos 17 Mandados de Busca e Apreensão, expedidos pela 1ª Vara Criminal do Foro do Partenon. Dos 17 locais, cinco resultaram em confirmação das suspeitas. Numa das casas havia uma arma e munições. Na DPPA, a delegada Ana Luisa Caruso optou por não autuar os oito conduzidos em flagrante, o que gerou a inconformidade. Para o promo-tor Mauro Rockenbach o não cumprimento de prisões por questões for-mais prejudica toda a coletividade e beneficia criminosos e traficantes, que permanecerão em liberdade.

Ana Luisa explicou que sua decisão esteve fundamentada pelo en-tendimento do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS) de que a BM não deve investigar. Segundo a delegada, na apresentação dos detidos, os policiais

militares teriam mencionado que as abordagens ocorreram após es-cutas feitas pela BM. “Não é competência da Brigada e produz vício de legalidade, como já definiu o TJ. Além disso, alguns dos casos nem mesmo configuravam

condições de tráfico. Havia detidos com quantidades muito peque-nas e uma das pessoas era uma senhora de 85 anos de idade”, descre-veu.

A delegada disse que se tivesse acesso às escutas mencionadas, tal-vez pudesse ter mudado seu entendimento. Ela acredita que agiu em obediência à lei e às práticas jurisprudenciais determinadas pela Justiça estadual. “Se o Ministério Público tem convicção de que aquelas pesso-as são traficantes, que peça a prisão preventiva delas ao poder Judiciá-rio”, afirmou Ana Luisa.

O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Sérgio de Abreu, por sua vez, garantiu que a corporação não faz escutas. O chefe da BM relatou que a apresentação de suspeitos e de material ilícito deve ser considerada uma condição de prática criminosa e pode resultar em pri-sões em flagrante. Abreu, contudo, prefere respeitar o entendimento da Polícia Civil. Para ele, a decisão é uma competência dos delegados e a eventual má interpretação passa a ser uma responsabilidade assumida por eles.

Fonte: Luiz Sérgio Dibe/Correio do Povo