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MINAS PCH Estudo Integrado de Bacias Hidrográficas do Rio Meia Ponte Coordenador: Técnico: Índice 2523-00-ETB-RL-0001-01 Fevereiro de 2014Rev. nº 01 1/2 ÍNDICE 7. Avaliação Ambiental do Potencial Hidrelétrico da Bacia................................ 1/48 7.1 - Aspectos Gerais ..................................................................................... 1/48 7.2 - Principais Características dos Aproveitamentos Hidrelétricos .............................. 2/48 7.2.1 - Informações Técnicas ............................................................. 2/48 7.2.2 - Investimentos Previstos .......................................................... 6/48 7.2.3 - Andamento de Processos Junto à ANEEL ...................................... 7/48 7.3 - Cenários .............................................................................................. 8/48 7.3.1 - Indicador de Eficiência Ambiental .............................................. 10/48 7.3.1.1 - Composição do Índice de Impacto Físico-Ambiental (IFA) .............. 13/48 7.3.1.1.1 - Impactos Positivos .................................................... 19/48 7.3.1.1.2 - Definição do Indicador de Impacto Físico-Ambiental (IFA) .... 19/48 7.3.2 - Resultados .......................................................................... 21/48 7.3.2.1 - Índice de Eficiência Ambiental ............................................. 21/48 7.3.2.2 - Definição dos Cenários ....................................................... 24/48 7.3.3 - Avaliação dos Cenários ........................................................... 25/48 7.3.3.1 - Projeção das Variáveis ....................................................... 27/48 7.4 - Indicadores de Impacto Ambiental .............................................................. 28/48 7.4.1 - Avaliação dos Efeitos Sinérgicos e Cumulativos .............................. 28/48 7.4.2 - Espacialização dos Indicadores de Impacto ................................... 29/48 7.5 - Análise das Vulnerabilidades ..................................................................... 30/48 7.5.1 - Cenário para os Próximos Dez Anos ............................................ 31/48 7.5.2 - Cenário para os Próximos 20 Anos - Parcial ................................... 44/48 7.5.3 - Cenário Futuro de 20 Anos - Total .............................................. 45/48 7.5.4 - Condição Geral dos Cenários .................................................... 46/48

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Índice

2523-00-ETB-RL-0001-01 Fevereiro de 2014Rev. nº 01

1/2

ÍNDICE

7.  Avaliação Ambiental do Potencial Hidrelétrico da Bacia ................................ 1/48 

7.1 -  Aspectos Gerais ..................................................................................... 1/48 

7.2 -  Principais Características dos Aproveitamentos Hidrelétricos .............................. 2/48 

7.2.1 -  Informações Técnicas ............................................................. 2/48 

7.2.2 -  Investimentos Previstos .......................................................... 6/48 

7.2.3 -  Andamento de Processos Junto à ANEEL ...................................... 7/48 

7.3 -  Cenários .............................................................................................. 8/48 

7.3.1 -  Indicador de Eficiência Ambiental .............................................. 10/48 

7.3.1.1 -  Composição do Índice de Impacto Físico-Ambiental (IFA) .............. 13/48 

7.3.1.1.1 -  Impactos Positivos .................................................... 19/48 

7.3.1.1.2 -  Definição do Indicador de Impacto Físico-Ambiental (IFA) .... 19/48 

7.3.2 -  Resultados .......................................................................... 21/48 

7.3.2.1 -  Índice de Eficiência Ambiental ............................................. 21/48 

7.3.2.2 -  Definição dos Cenários ....................................................... 24/48 

7.3.3 -  Avaliação dos Cenários ........................................................... 25/48 

7.3.3.1 -  Projeção das Variáveis ....................................................... 27/48 

7.4 -  Indicadores de Impacto Ambiental .............................................................. 28/48 

7.4.1 -  Avaliação dos Efeitos Sinérgicos e Cumulativos .............................. 28/48 

7.4.2 -  Espacialização dos Indicadores de Impacto ................................... 29/48 

7.5 -  Análise das Vulnerabilidades ..................................................................... 30/48 

7.5.1 -  Cenário para os Próximos Dez Anos ............................................ 31/48 

7.5.2 -  Cenário para os Próximos 20 Anos - Parcial ................................... 44/48 

7.5.3 -  Cenário Futuro de 20 Anos - Total .............................................. 45/48 

7.5.4 -  Condição Geral dos Cenários .................................................... 46/48 

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Índice

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2/2

ANEXOS

Anexo 7-1 Características Físicas dos Aproveitamentos

Anexo 7-2 Significância dos Impactos

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Índice das Legendas

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1/2

Legendas

Quadro 7-1 – Lista de Mapas de Impacto (Caderno de Mapas). ........................................................... 1/48 

Quadro 7-2 – Características físicas dos Aproveitamentos da Alternativa de Divisão de Queda

Selecionada. ................................................................................................ 3/48 

Quadro 7-3 – Características técnicas dos Aproveitamentos da Alternativa de Divisão de Queda

Selecionada. ................................................................................................ 4/48 

Quadro 7-4 – Características Operacionais e Energéticas. ................................................................ 5/48 

Quadro 7-5 – Custo estimado de implantação em R$. ..................................................................... 6/48 

Quadro 7-6 – Etapa atual do processo junto à ANEEL. ..................................................................... 7/48 

Quadro 7-7 – Outros empreendimentos previstos para afluentes do Rio Meia Ponte. ................................ 8/48 

Quadro 7-8 – Características dos Empreendimentos (Indicador de Impacto). ....................................... 14/48 

Quadro 7-9 – Referência para os valores aferidos na composição das Classes dos Indicadores de

Impacto de Pressão sobre condição do Habitat Terrestre. ........................................ 17/48 

Quadro 7-10 – Referência para os valores aferidos na composição das Classes dos Indicadores de

Impacto de Pressão sobre o uso do espaço. .......................................................... 18/48 

Quadro 7-11 – Indicadores de Impactos. ................................................................................... 20/48 

Quadro 7-12 – Índice de Impacto Ambiental. .............................................................................. 21/48 

Quadro 7-13 – Índices Individualizados. .................................................................................... 22/48 

Figura 7-1– Variação do Indicador de Eficiência Ambiental e Potencia Instalada dos AHEs do Rio

Meia Ponte. ............................................................................................... 23/48 

Quadro 7-14 – Indicadores de Custo Ambiental (ICAs) e Cenários. ..................................................... 24/48 

Quadro 7-15 - Previsão de construção dos AHEs nos Cenários Temporais. ........................................... 26/48 

Quadro 7-16 - Indicadores e Variáveis dos Aspectos Socioeconômicos e Aspectos Gerencias ..................... 27/48 

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2/2

Quadro 7-17 - Componente síntese, Impacto e Indicador de Impacto. ............................................... 28/48 

Quadro 7-18 - Lista de Mapas de Impacto (Caderno de Mapas) ........................................................ 29/48 

Quadro 7-19 – Lista de Mapas de da Avaliação das Vulnerabilidades (Caderno de Mapas) ......................... 30/48 

Figura 7-2 – Barragem da UHE Rochedo. ................................................................................... 34/48 

Figura 7-3 – Aspecto da Paisagem na Bacia do Rio Meia Ponte. ........................................................ 36/48 

Figura 7-4 – Cariamacristata (Siriema): espécie nativa da fauna sobre áreas de pastagens. ...................... 38/48 

Figura 7-5 – Aspecto da paisagem na RMG, tomada em sobrevoo em agosto de 2012. ............................. 39/48 

Figura 7-6 – Número de Habitantes projetados para os anos de 2022 e 2033, a partir de dados dos

Censos (IBGE) de 1991, 2000, 2007 e 2010. .......................................................... 41/48 

Figura 7-7 – Valores do PIB Agrícola para os anos de 2022 e 2033, projetados a partir da série

histórica de dados entre 1999 e 2009 (IBGE). ....................................................... 42/48 

Figura 7-8 – Valores do PIB do Setor de Serviços para os anos de 2022 e 2033, projetados a partir

da série histórica de dados entre 1999 e 2009 (IBGE). ............................................. 43/48 

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7 - Avaliação Ambiental do Potencial Hidrelétrico da Bacia

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1/48

7. AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO POTENCIAL HIDRELÉTRICO DA BACIA

7.1 - ASPECTOS GERAIS

Nas etapas anteriores deste estudo, o Diagnóstico (item 4) levantou as principais características

da bacia para os ecossistemas aquáticos, terrestres e os aspectos da socioeconomia e a

Identificação e Análise de Conflitos (item 5). Na Análise da Fragilidade Ambiental na Bacia

(item 6) avaliou a distribuição das Fragilidades. Na presente etapa, será desenvolvida a

integração dessas informações geradas previamente, buscando dar subsídio à compreensão da

dinâmica socioeconômica da bacia e dos processos de intervenção antrópica sobre os

ecossistemas. O item tem início na análise do Potencial Hidrelétrico da Bacia em Estudo

(item 7.2), e analisa também os impactos dos empreendimentos propostos (item 7.3). Com base

nesses, é composta a Avaliação Ambiental Integrada (item 7.4). A Avaliação Ambiental do

Potencial Hidrelétrico da Bacia propicia por fim, a composição do item 8 - Conclusões e

Recomendações, onde serão apontados os requisitos básicos para inserção dos empreendimentos

propostos, diante da necessidade de conservação dos recursos naturais e modos de vida.

A Avaliação Ambiental do Potencial Hidrelétrico da Bacia trata da inserção dos AHEs propostos e

suas repercussões sobre os elementos mais frágeis da bacia hidrográfica, considerando os

impactos pertinentes às distintas fases do empreendimento. O estudo baseia-se na composição

do índice de vulnerabilidade, este por sua vez, composto pela sobreposição das fragilidades e

impactos, utilizando ferramentas e técnicas de geoprocessamento. Desta forma, o contraste

entre a Fragilidade Ambiental (item 6) e os impactos previstos, inerentes aos empreendimentos

hidrelétricos previstos (item 7.1), resultam nos mapas de Impactos e Vulnerabilidades (Quadro

7-1), onde são identificadas as áreas de maior e menor probabilidade de risco ambiental

decorrente da instalação dos AHEs.

Quadro 7-1 – Lista de Mapas de Impacto (Caderno de Mapas).

Código Mapas

2523-00-EIBH-DE-5006 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-DE-5007 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-DE-5008 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-DE-5009 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-DE-5010 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-DE-5011 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-DE-5012 Mapa de Impactos do Meio Socioeconômico - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-DE-5013 Mapa de Impactos do Meio Socioeconômico - Cenário 20 anos Parcial

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7.2 - PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS APROVEITAMENTOS HIDRELÉTRICOS

A Alternativa de divisão de queda selecionada para a bacia do rio Meia Ponte, considerada no

presente EIBH, apresenta 18 possíveis aproveitamentos hidrelétricos. Além deles, também foi

considerada a PCH Rochedo que já se encontra instalada no rio Meia Ponte, desde a década de

1950, como pode ser observado no 2523-00-EIBH-DE-1003 - Mapa de Localização dos

Aproveitamentos Hidrelétricos. Tem-se conhecimento de estudos de inventário hidrelétrico em

dois tributários do Meia Ponte, o ribeirão Paraiso e rio Dourado, ainda em fase preliminar de

estudo (não aprovados pela ANEEL), portanto não considerados neste estudo. A seguir serão

apresentadas as principais características de cada um desses AHEs, conforme dados disponíveis

em suas fichas técnicas formalizadas junto à ANEEL.

7.2.1 - Informações Técnicas

A área de drenagem total, considerando todos os reservatórios previstos, soma 154.735,23 km2,

variando de 2.985km2 a 12.337km2entre os AHE Vau das Pombas e Tabocas. A área total alagada

soma 120,84 km2, tendo os AHEs Saltador Alto e Campo Limpo, os maiores reservatórios

planejados com, respectivamente, 15,97km2 e 11,56km2. OAHE Pontal se destaca pelo

reservatório mais longo, com 31,7 km de extensão. O Quadro 7-2, a seguir, apresenta um

detalhamento das demais informações pertinentes às características dos reservatórios, além das

coordenadas de referência dos aproveitamentos. As informações completas dos

empreendimentos estão apresentadas no Anexo 7-1 - Características Físicas dos

Aproveitamentos.

O desnível observado no rio abrange uma variação de Nível d’Água que vai de 667 m a 401 m,

acima do nível do mar, referentes ao Máximo Normal a Jusante dos AHEs Vau das Pombas e

Tabocas, respectivamente, conforme dados apresentados no Quadro 7-3. Todos os

aproveitamentos planejados são do tipo a fio d’água, sem depleção operativa do nível de

enchimento e, portanto, sem variação significativa do nível de água no reservatório. Nessa

condição, a área do reservatório é igual a área no NA (nível de água) máximo.

A potência de referência dos 18 aproveitamentos soma um total 317,5 MW, com destaque para o

AHE Cachoeira do Meia Ponte, com 29 MW, que tem a maior potência, conforme dados

operacionais apresentados no Quadro 7-2.

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Quadro 7-2 – Características físicas dos Aproveitamentos da Alternativa de Divisão de Queda Selecionada.

Aproveitamento

Coordenada Reservatório TVR

UTM 22 E UTM 22 N Distância da Foz

Área de Drenagem

Volume Área Alagada no N.A. Máximo Normal Perímetro Comprimento Comprimento

No Nome (km) (km²) (106 m³) (km²) (km) (m) (km)

1 Vau das Pombas 697116 8149330 389,20 2.985 4,49 1,49 22,8 10.800 -

2 Caldas Alto 698150 8131750 355,00 3.461 55,36 8,15 99,1 24.728 -

3 Pontal 704451 8118692 330,85 5.110 29,59 7,04 74,2 31.700 -

4 Areias 700300 8107100 306,49 5.435 9,12 2,95 56,8 24.300 -

5 Saltador Alto 693100 8087500 268,91 5.905 102,91 15,97 114,3 - -

6 Rochedo II 688150 8070550 232,04 6.203 11,44 2,66 30,9 12.800 -

7 Entre Pontes 681200 8063350 217,63 8.014 31,48 6,64 62,6 13.260 -

8 Mota 676050 8055000 198,08 8.885 39,4 6,38 88,0 18.960 -

9 Chapéu 668650 8046950 183,05 9.287,39 30,06 4,85 60,4 14.421 -

10 Aloândia 666300 8038500 168,87 9.439 32,28 5,79 52,7 14.317 -

11 Volta Grande 665397 8030342 139,61 10.189 59,08 9,55 79,0 22.429 -

12 Jacaré 663000 8017400 120,79 10.350 18,81 6,17 37,0 15.700 -

13 Goiatuba 659700 8001000 98,85 10.757 44,56 11,04 77,2 26.000 -

14 Cach. do Meia Ponte 656476 7990944 75,81 11.039,7 53,24 8,24 54,3 20.669 -

15 Campo Limpo 649500 7977792 51,28 11.409 76,35 11,56 67,2 22.131 3,8

16 Meia Ponte 646750 7964850 29,59 11.657,88 20,65 4,95 63,9 19.383 2,2

17 Santa Rosa II 646500 7957175 12,69 12.271,26 46,04 6,01 47,9 18.612 -

18 Tabocas 647600 7951950 4,58 12.337 3,66 1,40 19,7 8.400 -

Fonte: Inventário Hidrelétrico do Rio Meia Ponte (SPEC, 2010).

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Quadro 7-3 – Características técnicas dos Aproveitamentos da Alternativa de Divisão de Queda Selecionada.

Aproveitamento Nível D’Água Queda Máxima

Máximo Normal a Montante

Máximo Normal a Jusante Bruta Líquida

No Nome (m) (m) (m) (m)

1 Vau das Pombas 677 667 10,0 9,70

2 Caldas Alto 667 646 21,0 20,37

3 Pontal 646 631 15,0 14,55

4 Areias 631 622 8,7 8,44

5 Saltador Alto 622 604 18,3 17,75

6 Rochedo II 587 575 12,0 11,64

7 Entre Pontes 575 560 15,0 14,55

8 Mota 560 540 20,0 19,40

9 Chapéu 540 520 20,0 19,40

10 Aloândia 520 506 14,0 13,58

11 Volta Grande 506 492 14,0 13,58

12 Jacaré 492 485 7,0 6,79

13 Goiatuba 485 473 12,0 11,64

14 Cach. do Meia Ponte 473 454 19,0 18,43

15 Campo Limpo 454 438 16,5 16,01

16 Meia Ponte 438 424 14,0 13,58

17 Santa Rosa II 424 408 15,5 15,04

18 Tabocas 408 401 7,0 6,79

Fonte: Inventário Hidrelétrico do Rio Meia Ponte (SPEC, 2010).

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Quadro 7-4 – Características Operacionais e Energéticas.

Aproveitamento Vazões de Projeto Energia

No Nome Média de Longo Termo – MLT* Q Mín Média Mensal Q Máx Turbinada Desvio** Vertedouro Potência

Instalada Média Gerada

(m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s) (m³/s) (MW) (MW) médios

1 Vau das Pombas 42,8 6,7 60,4 112,0 760 5,0 3,17

2 Caldas Alto 48,7 7,4 70,2 129,0 847 12,0 7,57

3 Pontal 69,4 9,4 99,9 184,0 1147 12,0 7,59

4 Areias 73,3 9,7 104,1 187,0 1205 7,5 4,67

5 Saltador Alto 79,0 10,1 112,2 192,0 1290 17,0 10,55

6 Rochedo II 82,6 10,3 116,8 195,0 1344 11,5 7,18

7 Entre Pontes 104,4 11,7 143,3 213,0 1668 18,0 11,17

8 Mota 115,0 12,3 155,8 222,0 1824 26,0 16,23

9 Chapéu 124,8 21,5 153,6 371,8** 1474,2*** 27,0 17,90

10 Aloândia 121,6 12,7 163,9 227,0 1922 19,0 11,93

11 Volta Grande 129,7 13,3 174,3 235,0 2037 20,0 12,63

12 Jacaré 130,0 13,6 172,6 237 2041 10,0 6,32

13 Goiatuba 135,7 13,8 183,2 241,0 2146 18,0 11,33

14 Cach. do Meia Ponte 148,4 25,5 174,4 438,7** 1739,4*** 29,0 19,71

15 Campo Limpo 142,5 14,3 187,4 247,0 2270 25,5 15,93

16 Meia Ponte 156,6 27,0 179,1 426,3** 1832,6*** 22,0 14,46

17 Santa Rosa II 164,9 28,4 191,7 485,6** 1925,0*** 26,0 17,78

18 Tabocas 152,2 15,0 207,1 257,0 2447 12,0 7,45

* de outubro de 1952 a abril de 2007. ** TR de 25 anos, exceto marcados (**) com 50 anos. *** TR de 10.000 anos, exceto marcados (***) de 1.000 anos (SPEC 2010).

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Para a maioria dos aproveitamentos estão previstas duas turbinas, sendo a maioria do tipo Kaplan

modelo Vertical, a exceção dos AHEs Chapéu, Aloândia, Campo Limpo, Meia Ponte e Santa Rosa

II, que terão turbinas tipo Bulbo em Open Pit. As PCHs Campo Limpo e Meia Ponte terão trechos

de Vazão Reduzida (TVR) de aproximadamente 3,8 e 2,2 km, respectivamente. Diante desses

dados e, observando que as Vazões Médias de Longo Termo variaram de 42,8 m³/s (AHE Vau das

Pombas) a 164,9 m³/s (AHE Santa Rosa II) e as quedas líquidas variaram de 6,79 m a 20,37 m, nos

AHEs Tabocas/Jacaré e Caldas, a potência instalada total prevista para os 18 empreendimentos

da bacia soma 317,5 MW, variando de 5 MW a 29 MW, referentes aos AHE Vau das Pombas e

Cachoeira do Meia Ponte, respectivamente.

7.2.2 - Investimentos Previstos

Abaixo, no Quadro 7-5, estão apresentados os dados de investimentos previstos para cada um

dos aproveitamentos, também segundo o Estudo de Inventário (SPEC, 2010).

Quadro 7-5 – Custo estimado de implantação em R$.

Aproveitamento Índice de Custo

Total (Com JDC) de Instalação de Custo - Benefício

Nº Nome R$ 103R$ / kW R$ / MWh

1 Vau das Pombas 56.019.745,20 11.203,95 260,43

2 Caldas Alto 117.911.689,08 9.825,97 230,66

3 Pontal 112.626.460,84 9.385,54 220,22

4 Areias 96.045.147,05 12.806,02 301,23

5 Saltador Alto 152.371.559,40 8.963,03 214,66

6 Rochedo II 95.498.097,88 8.304,18 198,42

7 Entre Pontes 122.927.243,75 6.829,29 165,91

8 Mota 146.538.762,33 5.636,11 137,91

9 Chapéu 167.167.700,00 6.191,40 137,32

10 Aloândia 137.520.296,03 7.237,91 173,37

11 Volta Grande 145.700.948,35 7.285,05 173,43

12 Jacaré 107.029.084,39 10.702,91 249,84

13 Goiatuba 141.315.313,37 7.850,85 186,70

14 Cach. do Meia Ponte 174.776.110,00 6.026,76 130,81

15 Campo Limpo 164.649.691,76 6.456,85 156,42

16 Meia Ponte 164.520.070,00 7.478,19 163,91

17 Santa Rosa II 157.944.680,00 6.074,80 131,19

18 Tabocas 96.787.324,74 8.065,61 194,05

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7.2.3 - Andamento de Processos Junto à ANEEL

Considerando a formalização do registro/aprovação dos aproveitamentos aqui estudados junto à

ANEEL, o Quadro 7-6, a seguir, lista o estado de desenvolvimento do processo de 12

empreendimentos nesta agência, dentre os 18 apresentados no Estudo de Inventário, observando

que todos aguardam a conclusão deste EIBH para prosseguimento de processo de licenciamento.

Quadro 7-6 – Etapa atual do processo junto à ANEEL.

AHE Agente Etapa Despacho

PCH Tabocas Consórcio Artec-Mac Projeto Básico Aceito

DESPACHO Nº 2715 de 30/08/2012 publicado em 31/08/2012 - SGH/ANEEL ( VIGENTE )

PCH Santa Rosa II MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

http://www3.aneel.gov.br/netacgi/cobaia.exe?S1=Despacho&S2=&S3=&S4=&S5Mask=PCH+SANTA+ROSA+II&l=20&SECT1=IMAGE&SECT4=e&SECT6=HITOFF&SECT3=PLURON&SECT2=THESON&SECT5=BIBL04&S6=legislacao&d=BIBL&p=1&u=http://www.aneel.gov.br/biblioteca/pesquisadigit.cfm&r=2&f=G&S5=PCH+SANTA+ROSA+II+N%E3o+%27OFC+OF%CDCIO%27

PCH Meia Ponte MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 3560 de 31/08/2011 publicado em 01/09/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Campo Limpo MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 4326 de 04/11/2011 publicado em 07/11/2011 - SGH/ANEEL ( VIGENTE )

PCH Cachoeira do Meia Ponte

MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 3838 de 23/09/2011 publicado em 26/09/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Goiatuba Data Traffic S.A Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 2179 de 02/07/2012 publicado em 03/07/2012 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Volta Grande

Energias Complementares do Brasil Geração de Energia Elétrica S.A(ECB) / Alupar Investimentos S.A.

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 995 de 26/03/2012 publicado em 27/03/2012 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Aloândia MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 4026 de 13/10/2011 publicado em 14/10/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Chapéu MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 3387 de 17/08/2011 publicado em 18/08/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Mota MINAS PCH / CELG / SONNEN

Projeto Básico Aceito

DSP - DESPACHO Nº 4327 de 04/11/2011 publicado em 07/11/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE )

PCH Entre Pontes

Energias Complementares do Brasil Geração de Energia Elétrica S.A(ECB) / Alupar Investimentos S.A.

Projeto Básico Aceito em Seleção

e Construtora CENTRAL DO BRASIL

Projeto Básico Aceito em Seleção

PCH Rochedo II MINAS PCH / CELG / SONNEN

DSP - DESPACHO Nº 4945 de 26/12/2011 publicado em 27/12/2011 - SGH/ANEEL ( VIGENTE )

Fonte: www.aneel.gov.br: Data de Consulta: 30/09/2012

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Cabe ressaltar que no Inventário Hidrelétrico do Meia Ponte constam ainda outros seis AHEs, que

até o presente momento não tiveram manifestação de interesse junto a ANEEL. São eles Vau das

Pombas, Caldas, Pontal, Areias, Saltador e Jacaré.

Além dos empreendimentos comportados pelo presente EIBH, projetados para aproveitamento

hidrelétrico do rio Meia Ponte, lista-se no Quadro 7-7, outros três inventários atualmente

registrados na ANEEL associados aos tributários do mesmo rio. Os afluentes estudados por esses

processos serão: Ribeirão Paraíso e rio Dourado, porém nenhum deles encontra-se aprovado e por

esta razão não foram considerados no estudo.

Quadro 7-7 – Outros empreendimentos previstos para afluentes do Rio Meia Ponte.

Nome do Afluente Status Despacho

Ribeirão Paraiso

Inventário Aceito em fase de análise

DSP - DESPACHO Nº 2185 de 25/05/2011 publicado em 26/05/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE) DSP - DESPACHO Nº 851 de 25/02/2011 publicado em 28/02/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE) DSP - DESPACHO Nº 2994 de 20/07/2011 publicado em 21/07/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE)

Inventário Aceito em fase de análise

DSP - DESPACHO Nº 851 de 25/02/2011 publicado em 28/02/2011 - SGH/ANEEL (VIGENTE)

Rio Dourados Estudo de Inventário em elaboração DSP - DESPACHO Nº 2399 de 24/07/2012 publicado em 25/07/2012 - SGH/ANEEL (VIGENTE)

7.3 - CENÁRIOS

Esta seção apresenta os estudos e definições dos cenários hidroenergéticos da bacia, ou seja,

quais são as etapas de implantação do potencial energético definido para bacia, indicando quais

são os critérios para a definição de quais aproveitamentos serão priorizados dentre aqueles que

compõem o conjunto inventariado para a bacia do rio Meia Ponte.

Como premissa, foi determinado que fossem considerados critérios ambientais nas análises para

a composição dos cenários, ou seja, critérios que tenham como base a avaliação do grau de

impacto dos empreendimentos sobre o meio ambiente local. Tal premissa vem ao encontro da

emergência da temática ambiental frente aos demais aspectos implicados pelo processo de

desenvolvimento econômico e a exploração dos recursos naturais. Contudo, para que se integre a

visão ambiental com as demandas associadas ao processo de desenvolvimento econômico

regional e nacional, é necessário realizar uma combinação de tais aspectos, buscando melhor

equilíbrio entre o ‘menor impacto ambiental’ com o ‘maior benefício energético’.

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De forma complementar ao critério acima, foi realizada a análise temporal de implantação dos

empreendimentos, com o objetivo de avaliar dentre aqueles empreendimentos elencados quais

tem possibilidade de implantação nos tempos previstos para cada um dos cenários. Neste aspecto

foi avaliado o status dos empreendimentos na ANEEL.

Neste sentido, o EIBH, ao reforçar seu papel como instrumento de planejamento, buscou, a

partir da composição dos cenários hidrelétricos da bacia, delinear a formação dos cenários que

conjuguem prioritariamente critérios ambientais, através da avaliação do potencial de impacto

de cada empreendimento associado ao aspecto temporal e aspectos produtivos, representado

pelo benefício energético. Assim, as metodologias que seguem, buscam analisar tais aspectos, a

partir da indicação do TR.

A metodologia adotada neste EIBH para a definição dos cenários se baseou na análise preliminar

dos principais indicadores de impacto de cada um dos aproveitamentos, associados à análise de

viabilidade técnica e econômica, baseada especialmente no custo total de investimento previsto

e no benefício global esperado para cada empreendimento, representado pela geração de

energia. Como resultado desta avaliação, ficou então definida a ordem de implantação dos

empreendimentos projetados para cada um dos três cenários, composta com base naqueles de

menor impacto ambiental e de maior viabilidade econômica, diante de todo o conjunto.

A proposição que segue foi desenvolvida de forma a considerar o critério que indique quais

empreendimentos que apresentam maior eficiência ambiental no aproveitamento dos recursos

naturais, ou seja, a melhor relação possível entre os ‘custos’ ambientais associados à atividade

(barramento do rio com formação de reservatório) e os potenciais benefícios esperados, qual

seja, o indicador de custo/benefício entre investimento e geração de energia.

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7.3.1 - Indicador de Eficiência Ambiental

A maioria dos indicadores de viabilidade, tanto do ponto de vista econômico, quanto do ponto de

vista ambiental, estão baseadas especialmente na relação direta entre custo e benefício. Se do

ponto de vista econômico, a relação entre o ‘valor global do investimento e seus custos

operacionais’ podem ser contrapostos com o benefício da geração de energia e sua valoração

financeira, do ponto de vista ambiental essa matéria ainda encontra pouco desenvolvimento do

ponto de vista metodológico, uma vez que a valoração do ‘custo ambiental’ depende de uma

série de avaliações econômicas de aspectos ainda intangíveis num estudo de bacia.

Assim, ainda que não seja possível, nesta escada de análise, uma valoração que permita uma

avalição econômica das relações entre o potencial benefício gerado pelo empreendimento e seus

custos (econômicos ou ambientais), buscou-se nesta análise a composição de um Indicador que

introduza os índices de desempenho ambiental dos aproveitamentos hidrelétricos previstos para

a bacia do rio Meia Ponte e compatibilize aspectos fundamentais nas avaliações de viabilidade

econômica e ambiental.

Partiu-se, dentro deste objetivo, da constatação de que, diante das adversidades geradas pelas

intervenções de um empreendimento, um conjunto de medidas de controle, mitigação e

compensação, de caráter ambiental, social e econômico, precisa ser adotado, para que o mesmo

possa apresentar uma inserção com melhores condições de sustentabilidade. Assim, embora cada

empreendimento possa ter um conjunto de impactos relativamente diferentes e variáveis quanto

à intensidade de seus efeitos, sua viabilidade está diretamente relacionada com a capacidade de

propor e empreender medidas capazes de contrapor tais efeitos.

Neste sentido, observa-se ainda que esse conjunto de medidas é, fundamentalmente, e cada vez

mais intensamente, parte indissociável do equilíbrio econômico do empreendimento, que tem

por um lado, os custos de investimento (incluindo valores associados ao custo de construção e os

custos das medidas ambientais) e, na outra ponta, uma expectativa de receita associada à

geração de energia e seu valor de comercialização nos mercados.

Com a definição do novo Marco Regulatório do Setor Elétrico em 2004, a diretriz fundamental

para o desenvolvimento do potencial de geração de energia pelos diversos setores econômicos,

públicos e privados, passou a ser a redução do custo da energia, o que vem sendo perseguido

pelas políticas governamentais, especialmente por meio da sistemática dos leilões de energia,

que privilegiam, entre outros critérios, o menor valor final da tarifa.

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Tal política, extremamente benéfica para a economia nacional impõe, contudo, uma necessidade

sempre progressiva de ajuste econômico sobre os empreendimentos em desenvolvimento,

criando um dilema entre a crescente demanda ambiental, associada especialmente à

complexidade das ações necessárias à inserção ambientalmente correta dos empreendimentos, o

aumento do custo de implantação, decorrente de fatores associados à economia e, por fim a

competividade na venda de energia, que precisa apresentar as melhores tarifas.

A composição de um Indicador, batizado nesta análise de Indicador de Eficiência Ambiental busca

traduzir tal condição, associando três variáveis representativas desses aspectos principais, o

benefício gerado (maior quantidade possível de energia) sobre o custo ambiental, associado ao

potencial dos impactos esperados pelo empreendimento, e os custos do projeto.

Esse tipo de abordagem, pouco usual para estudos integrados de bacia, pode ser utilizado como

forma de observar, através de uma relação direta na composição de um Indicador, a relação

entre ‘impacto potencial’ e a relação custo/benefício, que pode ser aplicável ao caso deste

EIBH. Tal premissa se baseia especialmente na concepção de que o aproveitamento econômico

de um determinado recurso natural, ainda que determinado pela sua potencialidade na produção

um benefício social global, impõe uma série de ‘perdas’ e ‘custos’ associados à interdição de

outros usos, sejam eles diretos, indiretos, ou mesmo associados ao “valor de opção” ou valor de

“não uso”, como descreve as metodologias indicadas no ‘Valoração e precificação dos recursos

ambientais para uma economia verde’ (MOTTA, 2011).

Desta forma, a análise da viabilidade econômica, baseada na relação custo/benefício, pode ir

além da relação entre investimento e o resultado da geração de energia, ela deve ser

compreendida a partir da inserção dos ‘valores’ ambientais potencialmente implicados.

Neste estudo, contudo, onde o objetivo é observar e analisar cenários, tais ‘valores’ não

precisam ser convertidos economicamente em custos diretos, mas podem ser transformados, com

outros aspectos, em índices que traduzam de forma comparativa o potencial comprometimento

desses recursos em função das dimensões e características técnicas de cada empreendimento.

Assim, para se analisar a relação custo/benefício em prol da determinação dos cenários de

desenvolvimento hidroenergético de determinada bacia hidrográfica, lançando-se mão da

observação dessa premissa, buscou-se associar tais métodos na integração dos aspectos

econômicos e ambientais, graduados a partir do nível de profundidade e disponibilidade de

informações. Desta forma, essa gradação observou as condições pré-estabelecidas nos estudos

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realizados em nível de bacia, especialmente nos estudos de inventário hidrelétrico e estudos

prévios de viabilidade técnica-financeira dos aproveitamentos hidrelétricos, especialmente

através da composição de indicadores que permitam uma hierarquização e predefinição de

cenários de implantação.

O resultado pode ser observado a partir da composição do Indicador de Eficiência Ambiental, que

divide o beneficio energético pelo grau de impactos somado ao custo, conforme descrito a seguir.

Indicador Físico-Ambiental (IFA): determinado pelo índice de impacto de cada um dos

empreendimentos, individualmente, aferido a partir das características físicas, técnicas e

socioambientais de cada aproveitamento na bacia;

Indicador de Viabilidade Técnica (IVT): determinado pelo valor estimado de investimento

para implantação e operação de cada aproveitamento, considerando-se as condicionantes

técnicas impostas para a utilização dos recursos naturais em função das condições ambientais

impostas ao projeto técnico de engenharia;

Indicador de Benefício Energético (IBE): é baseado na expectativa principal do uso do

recurso qual seja a geração de energia elétrica firme.

A relação entre os três indicadores pode assim ser analisada de forma direta para a composição

de um Indicador de Eficiência Ambiental que permita a melhor definição dos cenários de

implantação.

O Índice de Eficiência Ambiental é resultante do quociente do Indicador de Benefício

Energético representado pela Potencia Total Instalada, pela soma do índice de Impacto (extraído

das variáveis técnicas e ambientais dos empreendimentos) com o índice de Custo Financeiro

(representante do Custo do Investimento Global).O Índice de Eficiência Ambiental é apresentado

na equação que segue:

IVTIFAIBEIEA+

=

onde IEA = Indicador de Eficiência Ambiental, IBE = Indicador de Benefício Energético, IFA = Indicador de Físico-Ambiental e IVT = Indicador de Viabilidade Técnica

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Dado o estágio de desenvolvimento dos estudos relativos aos empreendimentos, para a definição

dos Índices de Investimento e Benefício foram utilizadas as informações dos empreendimentos

disponibilizadas nos estudos técnicos que constam do inventário hidrelétrico e que já foram

apresentados acima, “Investimentos Previstos” e “Informações Técnicas” apresentadas à ANEEL.

O Indicador de Eficiência Ambiental, ao projetar a eficiência, expressa o melhor ganho

energético associado grau de impacto necessário para seu aproveitamento, e desta forma tende

a ter maiores valores associados a empreendimentos de maiores intervenções, porém de grande

potencial produtivo, ou, em outras palavras, de maior benefício difuso.

Os maiores valores do IEA, atribuídos aos empreendimentos, refletem a maior eficiência

considerando a razão dos impactos e os benefícios energéticos advindos dos mesmos, portanto,

quanto maior o índice, melhor a produção energética por impacto imposto ao meio.

Além dessa relação, pode-se ainda inferir que, os AHEs que apresentam melhores índices,

apresentam também melhores condições para a gestão das adversidades ambientais, uma vez

que, ao apresentar melhor resultado econômico, podem estabelecer medidas ambientais mais

robustas e efetivas para composição de um sistema de gestão ambiental para a bacia, podendo,

inclusive incluir medidas estruturantes, tais como a gestão dos recursos hídricos, a avaliação e

implantação de sistemas de gerenciamento dos ecossistemas aquáticos, a exemplo de sistemas

de transposição de peixes, bem como a integração de seus programas às políticas de conservação

ambiental na bacia.

Para a definição do Índice Físico-Ambiental, seguiu-se a metodologia de avaliação dos impactos

físicos previstos, descrita na seção seguinte, onde se observou o conjunto das características de

cada empreendimento projetado conforme sua importância para a definição de cada impactos

identificados para esta avaliação.

7.3.1.1 - Composição do Índice de Impacto Físico-Ambiental (IFA)

A instalação de empreendimentos hidrelétricos é vista, neste estudo, sob duas perspectivas: o

agravamento da pressão ambiental imposta ao meio aquático e terrestre; e a outra, voltada para

a socioeconomia. Ambas as perspectivas têm repercussões baseadas no potencial impacto de

cada aproveitamento, que pode ser considerado a partir de diversas variáveis como, por

exemplo, a altura do barramento e o tamanho do reservatório em foco, ou mesmo a combinação

de diversos fatores em análise.

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Desta forma, para a definição da significância do conjunto de impactos, diante das

características de cada empreendimento projetado, são listados para o presente EIBH, catorze

impactos. Tais impactos objetivam a representação das adversidades impostas pelos

empreendimentos sobre o meio.

Para definição da lista dos impactos, partiu-se de um conjunto maior de impactos que decorrem

comumente na instalação de empreendimentos hidrelétricos de maneira geral, restringindo na

lista aqui apresentada, aqueles de maior dificuldade de contenção e ou mitigação. São excluídos

aqueles impactos com real capacidade de contenção nas sucessivas etapas de licenciamento de

cada empreendimento em si e dada especial atenção àqueles considerados ‘irreversíveis’ ou de

difícil reversibilidade.

Como critério para composição da lista de impactos também foi utilizada a sua significância

diante dos parâmetros de caracterização dos empreendimentos nesta fase de estudo. Os

parâmetros dos empreendimentos capazes de influenciar a dimensão dos impactos são

apresentados no Quadro 7-8.

Quadro 7-8 – Características dos Empreendimentos (Indicador de Impacto).

Fator Unidade

Área no N.A. Máximo Normal km²

Queda Bruta m

Trecho de Vazão Reduzida (TVR) km

Comprimento km

Custo (Investimento) R$

Índice de Forma (Área/Perímetro) -

Inverso da Distância da Foz km (1/d)

Perímetro km

VazãoQ Máx Turbinada m³/s

Volume m³

Na presente lista são apresentados, por fim, impactos capazes de serem representados pelas

características físicas definidas na presente fase de projeto. Dentre os impactos usados, cinco

são apontados para os ecossistemas aquáticos, a saber:

IMP 01 - Perda de Ambientes Relevantes

Quedas e corredeiras, quando presentes são tidos como ecossistemas de relevância em

ecossistemas aquáticos, representando habitats para espécies especialistas e de mais restrita

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ocorrência. A instalação de aproveitamentos nessas feições representa impacto inevitável e

irreversível. Neste estudo, este impacto é representado por dois fatores: a)Queda Bruta do

reservatório, ou seja, quando maior o desnível no trecho afetado, maior potencial de

transformação de ambientes lóticos em lênticos; b) Presença de trecho de vazão reduzida.

IMP 02 - Comprometimento de Ambientes Ecologicamente Estratégicos

Pressão sobre ambientes marginais de relevância ecológica, como por exemplo, as matas

ripárias, potencialmente impactados pelo aumento do espelho d’água. Representado pela Área

no N.A. Máximo Normal.

IMP 03 - Comprometimento da Qualidade da Água

O avanço do espelho d’água nas áreas marginais cria ambientes isolados, propícios à geração de

remansos e interferências negativas na qualidade da água. A intensidade desse impacto é

representada pelo índice de forma do reservatório (área sobre o perímetro) que indica a geração

de ambientes com tempo de residência variados e remansos.

IMP 04 - Comprometimento de rotas migratórias

A compartimentação da bacia com a introdução de um barramento promove a interrupção dos

fluxos hídricos diretos e consequente secção dos fluxos gênicos, interferindo diretamente na

conservação da ictiofauna a partir da interdição de áreas de alimentação e reprodução. Esse

impacto está associado especialmente ao grau de conectividade e diversidade das bacias

afetada, representado pela avaliação técnica do comprometimento da bacia.

IMP 05 - Comprometimento da Riqueza Biológica

Outro aspecto relacionado à transformação dos ambientes aquáticos, onde se observa a

imposição de trechos lênticos com instalação de reservatórios, diferente da condição natural

(trechos lóticos), pode com prometer a presença da ictiofauna nativa. Essa transformação pode

ser expressa pelo Volume do Reservatório.

Quatro Indicadores de Impactos foram usados para representação das adversidades dos

empreendimentos planejados sobre os Ecossistemas Terrestres, sendo eles:

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IMP 06 - Perda de Vegetação Marginal

Representa a alteração ambiental imposta pela formação do reservatório e supressão de

ecossistemas marginais. Ecossistemas marginais nativos representam comunidades específicas de

alta sensibilidade e difícil recuperação. Neste caso, se considerou mais interessante o trecho

total de rio afetado (cumprimento do reservatório) do que a sua área, utilizando-se o primeiro

como forma de expressão da intensidade do impacto.

IMP 07 - Pressão sobre condição do Habitat Terrestre

O entorno de corpos hídricos é protegido por legislação específica, sendo considerado Área de

Preservação Permanente. Representado neste estudo pela avaliação da qualidade ambiental da

área afetada, se observa o grau de integridade das áreas afetadas pelo reservatório.

No entorno do rio Meia Ponte, entre a RM de Goiana e sua Foz, verifica-se que a cobertura

vegetal apresenta com variados estados de conservação. Ao longo da faixa de terra próxima ao

rio, verifica-se que estão presentes além de fragmentos da vegetação arbórea, aglomerados

residenciais e industriais, vias e etc e em grande parte do percurso, verifica-se a ampla

dominância do uso agropecuário, que avança frequentemente até as margens do rio. Quando

presente, grande parte da vegetação ciliar é representada por uma única faixa de árvores as

margens do rio.

Para avaliação da integridade da cobertura vegetal potencialmente afetada, a área dos

reservatórios foi avaliada qualitativamente quanto a presença, abrangência e conservação da

vegetação. Para o estudo foi usado o imageamento remoto de alta resolução de domínio público,

complementado com informações e fotos tomadas durante o sobrevoo realizado em agosto de

2012, sendo consideradas feições de aparência arbórea e ou arbustiva.

Para estimativa da qualidade do habitat terrestre, os trechos de rio de cada reservatório foram

comparado quanto i) presença da vegetação ciliar de aparência arbórea, ii) abrangência da área

coberta, iii) estado de fragmentação e iv) pressão geral pelas ocupações do entorno. As

informações foram combinadas, conforme avaliação qualitativa em cinco classes, conforme

apresentado no Quadro 7-9.

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Quadro 7-9 – Referência para os valores aferidos na composição das Classes dos Indicadores de Impacto de Pressão sobre condição do Habitat Terrestre.

Condição Observada Classe de Impacto Valor

Vegetação Ciliar em trechos relevantes do reservatório associada a fragmentos de vegetação nativa e ou aparência de guarda da APP Muito Alto 1,0

Vegetação Ciliar em trechos relevantes do reservatório associada a pastagens, com aparência e guarda da APP Alto 0,8

Vegetação Ciliar em Fragmentos Isolados sem guarda da APP Médio 0,6

Vegetação Ciliar estreita pressionada pela agricultura extensiva. Baixo 0,4

Presença pouco representada, fileira única de árvores. Muito Baixo 0,2

IMP 08 - Intervenção em Área de Interesse para Conservação

Algumas áreas localizadas na bacia estão em foco para a criação de Unidades Conservação. Esse

impacto considerou a sobreposição do reservatório sobre áreas de interesse para conservação.

IMP 09 - Perda de Vegetação Nativa

Representa a potencial supressão de ecossistemas nativos, particularmente aqueles de porte

florestal, condição inevitável diante do aumento do espelho d’água. Representado neste estudo

pela Área a ser ocupada pelo reservatório no N.A. Máximo Normal.

Os Componentes-Síntese dos Aspectos Socioeconômicos relacionam a ocupação humana e suas

diversas particularidades e a economia local. Aqui, os indicadores de impactos apontados têm

estreita relação com as condições de vida, finanças municipais e, especialmente, densidade

demográfica. Cinco indicadores de impacto foram selecionados para representar as pressões nas

condicionantes socioeconômicas locais, sendo eles:

IMP 10 - Pressão sobre o uso do espaço

Representa a criação de reservatórios e formação dos espelhos d’água em áreas de ocupação

residencial e/ou de exploração econômica, como áreas agrícolas ou áreas de exploração mineral.

Este impacto é representado pela avaliação da ocupação residencial e urbana na área do

reservatório.

Para estimativa da ocupação humana nas áreas potencialmente afetada, a área dos reservatórios

foi avaliada qualitativamente quanto a presença e tipos de formas de ocupação. Para o estudo

foi usado o imageamento remoto de alta resolução de domínio público, complementado com

informações e fotos tomadas durante o sobrevoo realizado em agosto de 2012.

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Para estimativa da qualidade do habitat terrestre, as áreas dos reservatórios foram comparadas

quanto a: i) presença de residências e construções, ii) presença de elementos de infraestruturas

rurais, iii) presença de infraestruturas publicas e iv) presença de glebas e plantações. Para a

composição das classes de impacto foram observadas tais condições, conforme expresso no

Quadro 7-10.

Quadro 7-10 – Referência para os valores aferidos na composição das Classes dos Indicadores de Impacto de Pressão sobre o uso do espaço.

Condição Observada Classe de Impacto Valor

Zonas Urbanas Muito Alto 1,0

Zonas da Periferia Urbana Alto 0,8

Aglomerados Residenciais Médio 0,6

Residências isoladas Baixo 0,4

Agricultura Muito Baixo 0,2

IMP 11 - Alteração de Elementos Referenciais

Cascatas e corredeiras representam atrativos para população, que veem esses cenários como

motivadores para o turismo, pesca, lazer e patrimônio local. Neste estudo, este impacto é

representado por dois fatores: a) Queda Bruta do reservatório, ou seja, quando maior o desnível

no trecho afetado, maior potencial de inundação de corredeiras e cascatas; b) Presença de

trecho de vazão reduzida (TVR).

IMP 12 - Comprometimento Sanitário

A criação de remansos nos reservatórios representa, além de pressão sobre a qualidade da água,

risco para a saúde humana, pelo favorecimento ao crescimento excessivo de macrófitas,

eutrofização e proliferação de insetos e moluscos vetores de doenças. Utilizou-se o índice de

forma do reservatório como forma de representar a potencial geração de áreas de remanso e/ou

menor renovação da água em trechos do reservatório.

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IMP 13 - Pressão sobre os usos múltiplos da água

A alteração do regime hidrológico do rio, especialmente a partir da formação do reservatório e a

destinação da vazão para a geração de energia, pode ser conflitiva por conta da utilização do rio

para outros usos, tais como o abastecimento, irrigação, diluição de efluentes domésticos e

industriais e dessedentação animal, implicando em aumento dos usos múltiplos localmente já

instalados. A representação da intensidade desse impacto pode ser inferida pela demanda

específica de cada usina, associada à Vazão (Q) Máxima Turbinada.

IMP 14 - Pressão sobre sociedade e infraestruturas local

Representa o conjunto de impactos associados ao processo construtivos, como movimentação de

pessoas, carros, alterações no entorno dos canteiros de obras e barramentos, demanda dos serviços

públicos municipais, tendo relação direta com os investimentos envolvidos. É representado pelo

Investimento Previsto para o empreendimento. Tem caráter Cumulativo no entorno.

Como se trata de uma fase de planejamento em escala de bacia hidrográfica, sem o

aprofundamento das intervenções específicas de cada projeto, a avaliação do peso comparativo

de cada impacto, foi feita em conjunto, com base na experiência dos técnicos envolvidos.

Destaca-se, neste sentido, a importância do amplo detalhamento da análise e classificação dos

impactos para o licenciamento dos empreendimentos, a serem desenvolvidos durante os estudos

requeridos, contemplando os aspectos mais individualizados e detalhados, e da mesma forma as

medidas, programas e planos necessários para minimizá-los ou compensá-los.

7.3.1.1.1 - Impactos Positivos

Todos os impactos acima apresentados tem natureza negativa. Embora ainda coubesse

contemplar nesta análise a indicação de impactos de natureza positiva, optou-se por não se

considerar esta variável neste estudo.

7.3.1.1.2 - Definição do Indicador de Impacto Físico-Ambiental (IFA)

Tendo sido formulada a lista de impactos, são atribuídos pesos (VP) para gradação da

significância, sendo estes limitados a soma de um (1) para cada componente síntese. A lista

de impactos, seus indicadores e os pesos atribuídos a cada um deles são apresentados no

Quadro 7-11.

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Quadro 7-11 – Indicadores de Impactos.

N Elementos de Avaliação Indicador de Impacto VP

Ecossistemas Aquáticos

IMP 01 Perda de Ambientes Relevantes Queda Bruta (50%) TVR (50%)

0,15

IMP 02 Comprometimento de ambientes ecologicamente estratégicos Área no N.A. Máximo Normal 0,10

IMP 03 Comprometimento da Qualidade da Água Índice de Forma 0,25

IMP 04 Comprometimento de rotas migratórias Avaliação sobre a Vulnerabilidade da Ictiofauna 0,15

IMP 05 Comprometimento da Riqueza Biológica Volume 0,35

Meio Físico e Ecossistemas Terrestres

IMP 06 Perda de Vegetação Marginal Comprimento 0,15

IMP 07 Pressão sobre condição do Habitat Terrestre Avaliação sobre o Entorno 0,25

IMP 08 Intervenção em área de interesse para conservação Presença de UC 0,10

IMP 09 Perda de Vegetação Nativa Área no N.A. Máximo Normal 0,50

Aspectos Socioeconômicos

IMP 10 Pressão sobre o uso do espaço Avaliação sobre a condição a socioeconômica do Entorno 0,25

IMP 11 Alteração de Elementos Referenciais Queda Bruta (50%) TVR (50%)

0,10

IMP 12 Comprometimento Sanitário Índice de Forma 0,15

IMP 13 Pressão sobre o uso múltiplo da água Vazão Q Máx Turbinada 0,20

IMP 14 Pressão sobre sociedade e infraestrutura local Custo 0,30

*VP = Valor de ponderação

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7.3.2 - Resultados

7.3.2.1 - Índice de Eficiência Ambiental

A análise para a determinação dos indicadores foi conduzida para cada aproveitamento

isoladamente, visto que as análises de cumulatividade dependem da formação do cenário temporal

em que ele estará inserido. Considerações aos efeitos sinérgicos e cumulativos dos impactos no

conjunto de empreendimento, listados a cada cenário, estão apresentadas mais a diante.

Os resultados do Índice de Eficiência Ambiental avaliado em seguida, para cada Componente

Síntese, Ecossistemas Aquáticos, Meio Físico e Ecossistemas Terrestres e Socioeconomia, os quais

tem suas médias, assim como a média geral, estão apresentados no Quadro 7-12, a seguir. O

cálculo individualizado dos impactos em suas etapas é apresentado no Anexo 7-1.

Quadro 7-12 – Índice de Impacto Ambiental.

AHE Ecossistemas Aquáticos e Recursos Hídricos

Meio Físico e Ecossistemas Terrestres

Aspectos Socioeconômicos Média

1 Vau das Pombas 0,18 0,35 0,60 0,37

2 Caldas 0,42 0,62 0,54 0,53

3 Pontal 0,35 0,62 0,52 0,50

4 Areias 0,21 0,41 0,50 0,37

5 Saltador 0,72 0,74 0,46 0,64

Rochedo Celg

6 Rochedo II 0,32 0,29 0,36 0,33

7 Entre Pontes 0,45 0,37 0,37 0,40

8 Mota 0,45 0,39 0,37 0,41

9 Chapéu 0,45 0,32 0,43 0,40

10 Aloândia 0,48 0,30 0,59 0,46

11 Volta Grande 0,61 0,56 0,47 0,55

12 Jacaré 0,53 0,57 0,44 0,51

13 Goiatuba 0,60 0,52 0,38 0,50

14 Cach. do Meia Ponte 0,68 0,41 0,41 0,50

15 Campo Limpo 0,87 0,57 0,49 0,64

16 Meia Ponte 0,55 0,30 0,46 0,43

17 Santa Rosa II 0,65 0,33 0,62 0,53

18 Tabocas 0,39 0,13 0,73 0,42

Observa-se que o índice, analisado de forma individualizada, não expressa uma distinção clara dos

empreendimentos da bacia, variando entre 0,3 e 0,7 como demonstra a Figura 7-1, a seguir. Esta

condição reflete, contudo, a similaridade das dimensões entre os empreendimentos em estudo.

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O resultado da avaliação dos diversos índices compostos para a avaliação dos cenários, incluindo

o Índice de Eficiência Ambiental, cujo resultado expressa a relação entre o Impacto Ambiental

(Custo Ambiental) o Custo do Investimento Financeiro e o benefício gerado, se encontra no

Quadro 7-13, declarada na equação a seguir.

Quadro 7-13 – Índices Individualizados.

Ordem AHE Indicador Índice de

Eficiência Ambiental (IEA)

Impacto Físico - Ambiental (IFA)

de Viabilidade Técnica (IVT)

de Benefício Energético (IBE)

1 Vau das Pombas 0,37 0,32 0,17 0,24

2 Caldas 0,53 0,67 0,40 0,33

3 Pontal 0,50 0,64 0,40 0,35

4 Areias 0,37 0,55 0,25 0,27

5 Saltador 0,64 0,87 0,57 0,37

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6 Rochedo II 0,33 0,55 0,38 0,44

7 Entre Pontes 0,40 0,70 0,60 0,54

8 Mota 0,41 0,84 0,87 0,70

9 Chapéu 0,40 0,96 0,90 0,66

10 Aloândia 0,46 0,79 0,63 0,51

11 Volta Grande 0,55 0,83 0,67 0,48

12 Jacaré 0,51 0,61 0,33 0,30

13 Goiatuba 0,50 0,81 0,60 0,46

14 Cach. do Meia Ponte 0,50 1,00 0,97 0,64

15 Campo Limpo 0,64 0,94 0,85 0,54

16 Meia Ponte 0,43 0,94 0,73 0,53

17 Santa Rosa II 0,53 0,90 0,87 0,60

18 Tabocas 0,42 0,55 0,40 0,41

Nota-se que o uso do índice de eficiência adequa a variação obtida para acentuar

gradativamente os empreendimentos com melhor relação entre a energia gerada e as inevitáveis

adversidades impostas ao meio. Desta forma, os maiores índices são atribuídos aos AHEs de

grande impacto, porem de maior potencial energético, objetivo primário do empreendimento.

A PCH Saltador, logo acima da PCH Rochedo, atualmente em operação, possui um dos maiores

Índices Físico-Ambiental por apresentar o maior reservatório (16 km²) e maior volume (102,91

X106), mas como possui uma capacidade de geração de energia intermediária, possui uma

classificação final melhor que a PCH Vau das Pombas, que possui baixos índices físico-ambiental

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7.3.2.2 - Definição dos Cenários

A partir do Índice de Eficiência Ambiental, foram definidos pela equipe técnica, patamares de

valores usados para composição da lista de AHEs incluídas nos sucessivos cenários, considerando

primeiramente aqueles de maior eficiência ambiental. Nos sucessivos cenários foram

considerados os seguintes critérios:

Cenário de 10 anos: Considerado índice de eficiências ambiental acima de 0,40 para os

empreendimentos tidos como mais eficientes ambientalmente.

Cenário de 20 anos parcial: índice entre 0,30 de 0,40 (inclusive) para os empreendimentos

tidos como de eficiência ambiental mediana.

Cenário de 20 anos total: considerando todos os empreendimentos estudados, inclusive os de

baixa eficiência ambiental (índice menor que 0,30).

A distribuição dos empreendimentos nos diferentes cenários temporais é apresentada no Quadro

7-14. Neste está proposta uma distribuição dos 18 empreendimentos previstos, dos quais, 12

estão englobados para o Cenário de 10 anos, 15 para o cenário de 20 anos parcial e a totalidade

para o cenário de 20 anos total.

Quadro 7-14 – Indicadores de Custo Ambiental (ICAs) e Cenários.

PCH Ordem Eficiência Ambiental Atual

10 Ano

s

20 Ano

s

20 Ano

s +

Vau das Pombas 18 0,24Caldas 15 0,33Pontal 14 0,35Areias 17 0,27Saltador 13 0,37

Rochedo CelgRochedo II 11 0,44Entre Pontes 5 0,54

Mota 1 0,70Chapéu 2 0,66Aloândia 8 0,51

Volta Grande 9 0,48Jacaré 16 0,30

Goiatuba 10 0,46Cach. do Meia Ponte 3 0,64

Campo Limpo 6 0,54Meia Ponte 7 0,53Santa Rosa II 4 0,60Tabocas 12 0,41

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7.3.3 - Avaliação dos Cenários

O Inventário Hidrelétrico do rio Meia Ponte (SPEC, 2010) e, também, este EIBH, ao trabalhar com

a avaliação da alternativa de partição de queda, atende a regulamentações da ANEEL e considera

para definição desta, o melhor equilíbrio entre impacto ambiental e potencial energético.

Entretanto, parte do processo analítico contempla a avaliação da viabilidade de execução do

empreendimento, inclusive com as perspectivas de imposição de impactos no presente cenário

socioambiental.

Neste caso, além da PCH Rochedo, já em operação e, portanto, indissociável do Cenário Atual, a

alternativa de divisão de queda selecionada pelo Inventário Hidrelétrico para a bacia do Meia

Ponte considera 18 aproveitamentos, como pode ser observado anteriormente no Quadro 7-15 e

no 2523-00-EIBH-DE-1003 - Mapa de Localização dos Aproveitamentos Hidrelétricos.

A simulação dos cenários é elaborada com base em: (i) histórico socioeconômico recente dos

municípios; (ii) indicadores de fragilidade ambiental, que subsidiam a construção de curvas de

tendências temporais, extrapoladas para a projeção dos cenários futuros e (iii) a avaliação dos

impactos representado pelas características gerais dos empreendimentos.

A avaliação integrada dos cenários e dos aspectos ambientais utiliza os resultados espaciais das

simulações, visando identificar a dinâmica da fragilidade socioeconômica da região, alterada com

a presença dos empreendimentos. Para projeção dos cenários, é considerado o momento, ou

cenário, anterior, sobre o qual são adicionando os novos empreendimentos hidrelétricos,

considerando para tanto os Cenários, como definidos no Quadro 7-14.

A Avaliação aqui em análise se dá com a projeção sobre quatro cenários: i) um atual,

representado aqui pela expressão da Fragilidade Ambiental (item 6e2523-00-EIBH-MP-5001 a

2523-00-EIBH-MP-5004 (Mapas de Fragilidades - Caderno de Mapas); e três cenários futuros a

saber: ii) próximos 10 anos, iii) próximos 20 anos parcial e iv) próximos 20 anos total, conforme

Item 6.

Sendo assim, a partir dos referidos cenários, é composto um novo cálculo das significâncias do

novo conjunto de empreendimento, esta usada nos Cenário de 10 anos e 20 anos. Observando

ainda os objetivos de simulação dos cenários futuros já definidos, são projetados os efeitos

sinérgicos e cumulativos na avaliação dos impactos.

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Neste aspecto, é fundamental observar a clara divisão do potencial de aproveitamento

hidrelétrico do rio Meia Ponte diante da presença da PCH Rochedo, que divide a lista de

empreendimento em dois grupos: Primeiro da PCH Rochedo II, imediatamente a jusante de

Rochedo, até Tabocas, na foz, e de Vau das Pombas a PCH Rochedo (Quadro 7-15). Tal divisão se

mostrou marcante em relação ao Indicador de Eficiência Ambiental (IEA) descrito na seção anterior.

Quadro 7-15 - Previsão de construção dos AHEs nos Cenários Temporais.

No Aproveitamento Índice de Eficiência Ambiental (IEA)

Atual (2012)

10 anos (2022)

20 anos parcial (2032)

20 Anos total

(2032)

1 Vau das Pombas 0,24 - - - X

2 Caldas 0,33 - - X X

3 Pontal 0,35 - - X X

4 Areias 0,27 - - - X

5 Saltador 0,37 - - X X

- Rochedo X X X X

6 Rochedo II 0,44 - X X X

7 Entre Pontes 0,54 - X X X

8 Mota 0,70 - X X X

9 Chapéu 0,66 - X X X

10 Aloândia 0,51 - X X X

11 Volta Grande 0,48 - X X X

12 Jacaré 0,30 - - - X

13 Goiatuba 0,46 - X X X

14 Cach. do Meia Ponte 0,64 - X X X

15 Campo Limpo 0,54 - X X X

16 Meia Ponte 0,53 - X X X

17 Santa Rosa II 0,60 - X X X

18 Tabocas 0,41 - X X X

Com base nos processos socioambientais dominantes na área de estudo, apresentados no

Diagnóstico (item 4), e nas principais fragilidades identificadas para a região (Item 6), são

propostos os avaliados quatro Cenários que representam a condição atual e futura da bacia

diante a implantação dos empreendimentos.

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7.3.3.1 - Projeção das Variáveis

Observando a necessidade de projeção da condição socioeconômica no futuro, os Cenários são

projetados primeiramente sobre a espacialização das fragilidades, sendo estas as variáveis

projetadas pelo método de cálculo das tendências lineares simples, compostas pelas séries

históricas das mesmas. Neste caso, reporta-se à restrição de variáveis com séries históricas

capazes de possibilitar o cálculo dos valores tendenciais. Por tais restrições, o cálculo das

tendências e do cenário futuro foi restrito ao Componente Síntese Aspectos Socioeconômicos.

Neste componente, buscou-se projetar ao menos uma variável a cada Indicador. Os dados

populacionais foram extraídos dos respectivos Censos/IBGE para os anos de 1991, 2000 e 2010,

além da contagem populacional de 2007. Embora disponível, foram descartados os dados do Censo

de 1980, pelo elevado número de municípios ainda não emancipados naquela data. Para os

municípios cuja variação dos dados, nesta série, foi elevada, foi usada a correção com a taxa

média de crescimento populacional de todos os municípios da bacia. Para a Produtividade

Agropecuária e da Atividade do Setor terciário foram usados dados do Produto Interno Bruto dos

respectivos Setores (IBGE), com série histórica entre 2000 e 2009. Para o Índice de

Desenvolvimento Humano forma usados dados da SEPIN/GO gerados pela FIRJAN para os anos entre

2005 e 2009 (Quadro 7-16).

Para projeção dos cenários, as relações de causa-efeito que conduzem o comportamento

demográfico, social e econômico, são altamente complexas, podendo ser representadas

exclusivamente por modelos estatísticos igualmente complexos. Desse modo, é assumido que a

simplificação aqui adotada para a projeção dos cenários futuros, serve somente para alcance do

objetivo pretendido, isto é, estudo da dinamização espacial das fragilidades e vulnerabilidades

da bacia diante dos empreendimentos em planejamento.

Quadro 7-16 - Indicadores e Variáveis dos Aspectos Socioeconômicos e Aspectos Gerencias

Indicador Variáveis Fonte

Fragilidades de pressão populacional

*Taxa de Crescimento Populacional Censo, 1991, 2000, 2010e Contagem Populacional2007 (IBGE)

Núcleos Urbanos e Infraestrutura Viária IBGE, 2010

Fragilidades Econômica do uso do solo

*Produtividade Agropecuária (PIB do setor Agrário) IBGE (entre 2000 e 2009)

*Prestação de Serviços (PIB do Setor Terciário) IBGE (entre 2000 e 2009)

Desenvolvimento municipal

*Índice de Desenvolvimento Humano SEPIN (GO)/FIRJAN (entre 2005e 2009)

Instrumentos de Gestão Municipal IBGE (2009)

Instrumentos de Gestão Ambiental IBGE (2009)

* Indicadores usados nas projeções de cenários.

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As variáveis projetadas estão resumidas no Quadro 7-16. Não são feitas projeções para os demais

Componentes Síntese, já que não existe série histórica confiável para os indicadores de

fragilidades espacializáveis, desta forma, não sendo possível identificar tendência de

comportamento do meio ao longo do tempo. A projeção dos aspectos socioeconômicos é descrita

detalhadamente na Análise da Fragilidade Ambiental na Bacia (Item 6).

7.4 - INDICADORES DE IMPACTO AMBIENTAL

7.4.1 - Avaliação dos Efeitos Sinérgicos e Cumulativos

A Avaliação dos efeitos sinérgicos e cumulativos considerou a aplicação dos mesmos indicadores

de impacto definidos para os AHEs previstos para a bacia do rio Meia Ponte, descritos no

item 7.3.1.1.2 - Definição do Indicador de Impacto Físico-Ambiental (IFA), incluindo-se os

aspectos relativos à combinação dos efeitos de cada um dos AHEs previstos dentro do arranjo de

empreendimento que compõe cada cenário.

Quadro 7-17 - Componente síntese, Impacto e Indicador de Impacto.

Abrangência N Elementos de Avaliação Indicador de Impacto Combinação dos Efeitos VP

Ecossistemas Aquáticos

Reservatório

IMP 01 Perda de Ambientes Relevantes Queda Bruta (50%) TVR (50%)

Sinérgico 0,3

IMP 02 Comprometimento de ambientes ecologicamente estratégicos Área no N.A. Máximo Normal Sinérgico 0,2

IMP 03 Comprometimento da Qualidade da Água Índice de Forma Cumulativo

no Entorno 0,5

Bacia IMP 04 Comprometimento de

rotas migratórias Avaliação sobre a Vulnerabilidade da Ictiofauna

Cumulativo para Montante

0,3

IMP 05 Comprometimento da Riqueza Biológica Volume Sinérgico 0,7

Meio Físico e Ecossistemas Terrestres

Reservatório

IMP 06 Perda de Vegetação Marginal Comprimento Sinérgico 0,3

IMP 07 Pressão sobre condição do Habitat Terrestre Avaliação sobre o Entorno Sinérgico 0,5

IMP 08 Intervenção em área de conservação formal Presença de UC Sinérgico 0,2

Bacia IMP 09 Perda de Vegetação Nativa Área no N.A. Máximo Normal Cumulativo no Entorno 1,0

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Abrangência N Elementos de Avaliação Indicador de Impacto Combinação dos Efeitos VP

Aspectos Socioeconômicos

Reservatório

IMP 10 Pressão sobre o uso do espaço Avaliação sobre a condição a socioeconômica do Entorno Sinérgico 0,5

IMP 11 Alteração de Elementos Referenciais Queda Bruta (50%) TVR (50%)

Sinérgico 0,2

IMP 12 Comprometimento Sanitário Índice de Forma Sinérgico 0,3

Bacia IMP 13 Pressão sobre o uso

múltiplo da água Vazão Q Máx Turbinada Cumulativo no Entorno 0,4

IMP 14 Pressão sobre sociedade e infraestrutura local Custo Cumulativo

no Entorno 0,6

*VP = Valor de ponderação

A análise dos efeitos combinados sejam eles sinérgicos, quando os efeitos se associam na

composição do impacto total de um determinado cenário, sejam eles cumulativos, quando se

promovem efeitos progressivos nas regiões de inserção de cada AHE e seu entorno deve ser

realizada a partir da composição de matrizes que permitam a quantificação, a partir dos

indicadores de impacto, de tais combinações. A representação desses impactos, segundo a

metodologia adotada para este EIBH é representada a partir da sua distribuição espacial, quando

da sobreposição e intensificação dos efeitos combinados dos AHEs.

7.4.2 - Espacialização dos Indicadores de Impacto

A espacialização dos impactos é apresentada os Mapas de Impactos listados no Quadro 7-18 e

apresentados no Caderno de Mapas. A composição dos mapas de impacto serve como base para

composição, junto às fragilidades, das vulnerabilidades da bacia.

Quadro 7-18 - Lista de Mapas de Impacto (Caderno de Mapas)

Código Mapas

2523-00-EIBH-MP-5006 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5007 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5008 Mapa de Impactos dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-MP-5009 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5010 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5011 Mapa de Impactos do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-MP-5012 Mapa de Impactos do Meio Socioeconômico - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5013 Mapa de Impactos do Meio Socioeconômico - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5014 Mapa de Impactos do Meio Socioeconômico - Cenário 20 anos Total

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A síntese da avaliação dos impactos é apresentada Anexo 7-2 e a expressão especializada dos

impactos, para cada componente síntese, está conjugada à análise das vulnerabilidades,

conforme a Avaliação Ambiental do Potencial Hidrelétrico da Bacia, apresentada no

item 7.3,deste estudo.

7.5 - ANÁLISE DAS VULNERABILIDADES

A expressão das vulnerabilidades é resultado do cruzamento algébrico entre as fragilidades

prognosticadas para o meio e os impactos resultantes da implantação e operação dos

empreendimentos e é expressa sobre a dimensão espacial (Quadro 7-19). As vulnerabilidades são

elaboradas em Cenários temporais e observando a necessidade de elaboração desses cenários

desde o presente, cabe notar que existe hoje na Bacia do Rio Meia Ponte um empreendimento, a

PCH Rochedo, indutora de impactos, porém instalada em Piracanjuba e em operação desde a

década de 1950.

Quadro 7-19 – Lista de Mapas de da Avaliação das Vulnerabilidades (Caderno de Mapas)

Código Mapas

2523-00-EIBH-MP-5015 Mapa de Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5016 Mapa de Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5017 Mapa de Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-MP-5018 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5019 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5020 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Físico e Ecossistemas Terrestres - Cenário 20 anos Total

2523-00-EIBH-MP-5021 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Socioeconômico - Cenário 10 anos

2523-00-EIBH-MP-5022 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Socioeconômico - Cenário 20 anos Parcial

2523-00-EIBH-MP-5023 Mapa de Vulnerabilidade do Meio Socioeconômico - Cenário 20 anos Total

Entende-se que a presença dessa PCH na Bacia do Meia Ponte não pode ser dissociada da

paisagem, economia e história da região, visto que seus impactos estão em desenvolvimento há

mais de meio século. Desta forma, que as tendências socioambientais da bacia hidrográfica em

foco para o Cenário Atual, são representadas pelas sensibilidades prognosticadas, apresentada

no item 6 - Análise da Fragilidade Ambiental na Bacia.

A definição dos cenários seguiu os seguintes critérios:

1. Cenário atual: Considera os empreendimentos em operação e aqueles em estudos, sobrepostos

sobre o estágio atual do desenvolvimento socioeconômico, incluindo os usos e impactos existentes.

Na presente análise, a manifestação dos impactos no cenário atual se dá com a consideração da UHE

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Rochedo, já instalada desde a década de 1950 e, portanto, indissociável do estado socioambiental

prognosticado. Neste caso, considera-se que a fragilidade representativa do Cenário Atual. As

estimativas deste cenário contemplam os dados disponíveis em edições atualizadas, para o período

de 2006 e 2011, observando a disponibilidade dos dados mais atualizados.

2. Cenário para os próximos10 Anos: É considerado o avanço das tendências socioeconômicas

projetadas para o período de 2012 a 2022, onde são adicionados sobre o Cenário Atual, os

empreendimentos comparativamente, de maior eficiência ambiental, sendo menos impactantes,

ambiental, econômica e socialmente, diante dos demais.

3. Cenário para os próximos20 Anos Parcial: São consideradas as tendências socioeconômicas

projetadas para o período entre 2022 e 2032, onde são adicionados sobre a condição verificada

no Cenário de 10 Anos, outros, sucessivamente, mais impactantes que os anteriormente

considerados, porém de moderada de eficiência ambiental.

4. Cenário para os próximos 20 Anos Total: Para projeção deste cenário, são consideradas as

tendências socioeconômicas e a melhoria das condições de saneamento, também projetadas para

o ano de 2032. Nesse caso, são adicionados sobre o Cenário de 20 Anos, todos os outros

empreendimentos remanescentes inventariados.

Sobre as fragilidades dos cenários futuros são projetados os impactos dos empreendimentos já

implantados, considerado progressivamente aqueles de menor impacto, indicados na Análise de

Impactos.

7.5.1 - Cenário para os Próximos Dez Anos

São apresentadas a seguir as vulnerabilidades para o Cenário para os Próximos Dez Anos para os

Componentes Síntese dos Ecossistemas Aquáticos e Ictiofauna e Meio Físico e Ecossistemas

Terrestres, com base na projeção dos impactos sobre o Cenário Atual e para os Aspectos

Socioeconômicos com base na projeção dos indicadores de sensibilidade para o decénio, como segue:

Neste Cenário, as projeções foram predeterminadas para o período entre 2012 e 2022, onde se

analisa a consequência da instalação de 12 (doze) novas PCHs no rio Meia Ponte, listadas no

Quadro 7-15. Neste corte temporal, todos os empreendimentos estão alocados a jusante da PCH

Rochedo, já instalada desde a década de 1950. Com a execução desse projeto, em 2022 estarão

instalados, neste trecho, mais 254 MW médios e o rio Meia Ponte terá um aumento de 79,1 km2

no espelho d’água.

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Serão afetados com a instalação das doze PCHs planejadas para o decênio, os municípios de

Piracanjuba, Professor Jamil, Mairipotaba, Pontalina, Morrinhos, Aloândia, Joviânia, Goiatuba,

Panamá, Bom Jesus de Goiás, Itumbiara e Cachoeira Dourada.

Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos

Neste componente, o uso da malha hidrográfica expressa a vulnerabilidade futura, intensificada

pela sinergia das adversidades atualmente em curso, e reflete a pressão sobre os ecossistemas

aquáticos, condição de mais alta fragilidade pontual de toda bacia diante dos empreendimentos

planejados.

Se o principal fator de indução das fragilidades na bacia do Meia Ponte, como aponta a análise

dos conflitos, é o intenso uso compartilhado dos recursos hídricos, verifica-se que a instalação de

novos e sucessivos barramentos, com aumento do espelho d’água e alteração da vazão, emerge

como importante elemento indutor de impactos do Cenário futuro.

As mais expressivas vulnerabilidades, observadas no 2523-00-EIBH-MP-5016 - Mapa de

Vulnerabilidade dos Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos - Cenário 20 anos Parcial são

aquelas relacionadas aos grandes centros urbanos, particularmente a RMG, que expressa a

concentração de atividades antrópicas de forte impacto para os ecossistemas aquáticos e que

afetam a qualidade da água principalmente pela pressão sobre o uso compartilhado dos recursos

hídricos. Neste aspecto também nota-se mais intensa a vulnerabilidade em outros adensamentos

urbanos como Anápolis, ligados a atividades urbano-industriais ou ainda Morrinhos e Itumbiara,

onde ocorre de forma mais intensa a atividade agrícola.

O uso da hidrografia, que expressa a fragilidade da qualidade da água, não é destacada neste

meio com a evidência que o tema impõe. Neste sentido, deve ser esclarecido que a dimensão das

feições como cursos hídricos, que se apresentam como simples linhas nos mapas, não se expressa

de forma evidente na espacialização dos índices de Fragilidade na escala trabalhada. Contudo,

cabe particular menção ao meio aquático, visto que as intervenções projetadas consideram ações

que levam a imposição de adversidades contrárias aos ecossistemas aquáticos, assim como a

conservação dos habitats neste meio, principalmente pela restrição a livre circulação da biota.

Outro aspecto pouco destacado na observação da espacialização da vulnerabilidade na escala de

bacia são os ecossistemas especiais como matas ciliares, corredeiras e lagoas marginais, que

possuem diferentes funções ecológicas, tais como a oxigenação da agua, a formação de habitats

para o amadurecimento dos alevinos após a eclosão e a instalação de cadeias tróficas,

contribuindo para a manutenção da diversidade biológica aquática. Em trechos do Meia Ponte,

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entre os municípios de Mairipotaba, Pontalina e Morrinhos, por exemplo, estão presentes diversos

desses ecossistemas ciliares ligados a fragmentos florestais de tamanho expressivo que, com a

elevação do espelho d’água para construção dos reservatórios, serão parcialmente perdidos,

ampliando o comprometimento da manutenção da biota aquática.

Cabeceiras de bacias hidrográficas e os ecossistemas marginais configuram importantes abrigos

da Ictiofauna e da fauna aquática em geral e, da mesma forma, atuam como importante abrigo

de riqueza biológica. No caso do rio Meia Ponte, dada a secção representada pela PCH Rochedo e

a RM de Goiânia no presente, já provoca a definição de duas assembleias de peixes,

diferenciando montante e jusante do barramento, como aponta o Diagnóstico da Ictiofauna e

estudos realizados nas bacias. O Diagnóstico apresentado reflete que na calha do rio Meia Ponte

existe maior diversidade de peixes e maior riqueza de espécies migradoras a jusante da PCH

Rochedo. Enquanto que a montante deste marco apresenta a diversidade comprometida, embora

ainda apresenta espécies migradoras como a curimbatá, amostrada a montante da PCH Rochedo

e o dourado (apontado a partir de fontes complementares). Embora isolada e sob pressão

antrópica, a ictiofauna tem se mantido no trecho a montante da PCH Rochedo e a jusante da RM

de Goiânia, ao longo de décadas.

Como nas demais bacias hidrográficas brasileiras, é esperado que em cabeceiras de bacias se

encontre uma diversidade de peixes diferente da calha principal e até alguns endemismos. No

Diagnóstico realizado para este EIBH, a partir de diferentes fontes secundárias, essa situação foi

identificada especialmente na bacia do rio João Leite, afluente da parte alta do rio Meia Ponte,

onde se comprovou a presença de uma condição diferenciada em termos de diversidade, embora

não se tenha identificado nenhuma espécie endêmica ou desconhecida. Uma mais elaborada

discussão sobre as vulnerabilidades da Ictiofauna é apresentada no Diagnóstico do táxon

(item 4.2.7.2).

Tal conformação, com a presença da PCH Rochedo (Figura 7-2), a condição alterada da

qualidade da água entre Goiânia e Piracanjuba e a construção de sucessivos açudes nos

tributários ao longo de toda bacia, é apontada como uma condição de forte pressão sobre a

riqueza da Ictiofauna. Tal conformação impede, ou dificulta, o trânsito de espécies migratórias

entre o trecho livre do Paranaíba e as cabeceiras das porções a montante da bacia do rio Meia

Ponte assim como de seus tributários.

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No presente, também são ameaças aos ecossistemas aquáticos, as práticas inadequadas de uso

de solo, as quais levam a remoção da mata ciliar, o manejo do solo em áreas de preservação

permanente e o lançamento de efluentes em cursos d'água. Tais práticas aceleram a degradação

ambiental e, consequentemente, a perda de habitats. Considerando as tendências econômicas

locais e nacionais, com crescimento dos investimentos em agricultura, e as reduzidas iniciativas

para conservação formal observadas na bacia do Meia Ponte espera-se no Cenário dos Próximos

10 anos, aumento da pressão sobre o uso compartilhado dos recursos hídricos, seja pela

alteração na qualidade da água seja pela alteração dos ecossistemas aquáticos e marginais.

Neste sentido, a inserção de novos barramentos, tal como projeta este EIBH, agrava de forma

crescente as pressões tanto pelo uso dos recursos hídricos, quanto pela alteração dos

ecossistemas.

Vulnerabilidades dos Ecossistemas Terrestres

A condição do Cerrado na Bacia do rio Meia Ponte, já apontada na avaliação das fragilidades no

Cenário Atual, é expressa também no futuro pelo elevado grau de fragmentação, onde os

remanescentes dos ecossistemas nativos se encontram dispersos sobre uma matriz dominada

por pastagens e lavouras, ilustrados no 2523-00-EIBH-DE-3003 - Mapa de Uso e Cobertura

Vegetal. O Diagnóstico, por exemplo, destaca a escassa presença dos fragmentos florestais de

grandes dimensões e igualmente distribuídos de forma agregada, o que dificulta inclusive a

proposição de áreas interessantes para implementação de ações destinadas a instalação de

corredores ecológicos.

A cobertura dos solos na Bacia do rio Meia Ponte, é composta, em sua maior parte, por áreas

antropizadas (76%). As classes referentes à vegetação nativa, ou seja, formações florestais e

savânicas somam aproximadamente 24% da área desta bacia (Figura 7-3).

A análise de fragilidades nota ainda a carência de ações conservacionistas específicas,

primeiramente para contenção das pressões contrarias a conservação dos fragmentos hoje

presentes, como queimadas e invasão do gado, e em segundo momento, para enriquecimento de

espécies nativas no interior dos fragmentos e aumento da área florestada entre os fragmentos.

Além do alagamento de áreas terrestres, e a perda de ecossistemas marginais, a pressão da

implantação de empreendimentos hidrelétricos em geral sobre ambientes terrestres se dá pela

dinamização da economia, particularmente a economia agrícola, que passa a exercer em muitos

casos, forte pressão pelo uso do espaço e competição com a conservação ambiental. Na bacia do

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Meia Ponte, pelas tendências identificadas no Diagnóstico, não se nota restrições para o

crescimento agrícola já no presente, tal que venha a ser dinamizado tanto pela economia gerada

pela instalação de PCHs ou pela oferta energética no futuro, objetivo final dos

empreendimentos.

Figura 7-3 – Aspecto da Paisagem na Bacia do Rio Meia Ponte.

Para o Meio Físico e os Ecossistemas Terrestres, diante da instalação dos AHEs e aumento da

oferta energética, nota-se a principal pressão se dá particularmente pelo aumento do espelho

d’água e avanço da área alagada sobre os ecossistemas marginais. Em termos gerais, nos limites

da bacia do Meia Ponte, os 2523-00-EIBH-MP-5018 - Mapa de Vulnerabilidade do Meio Físico e

Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos (Caderno de Mapas), considerando a inserção dos

empreendimentos projetados no Cenário dos Próximos 10 Anos, se percebe uma baixa

intensidade no índice analisado, respondendo à baixa fragilidade dos ecossistemas terrestres

perante os impactos impostos pelos empreendimentos em análise.

No presente, os testemunhos de formações florestais estão principalmente presentes nos trechos

de relevos mais declivosos, nas áreas de solos inapropriados às práticas agrícolas ou áreas de

preservação permanente, algumas vezes associadas a fragmentos de tamanho expressivo. Dento

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dos objetivos deste EIBH cabe ressalva as estreitas faixas marginais, coincidentes com áreas de

preservação permanente (APPs), que, dada dimensão linear, aparecem com pouca evidência na

espacialização do fator, 2523-00-EIBH-MP-5018 - Mapa de Vulnerabilidade do Meio Físico e

Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos.

Faixa de APP são os ecossistemas terrestres mais vulneráveis diante da instalação de

empreendimentos hidrelétricos. No Cenário de 10 anos, diante dos empreendimentos planejados,

observa-se, contudo, que o desenho de arranjos de pequena dimensão para o aproveitamento

hidrelétrico e a adoção do sistema a fio d’água, que exigem lagos reduzidos, associados a uma

condição encaixada do rio, em diversos trechos, reduz consideravelmente a perda desses

ecossistemas. O avanço dos estudos e melhorias de projetos é importante recomendação deste

EIBH, visando buscar a redução dessa adversidade durante as etapas de licenciamento.

Outro aspecto de fragilidade que cabe destaque na avaliação do Cenário para o próximo decênio,

são as escassas ações destinadas à conservação formal na bacia. Estão demarcadas na bacia

somente seis unidades de conservação, sendo apenas duas de área significativa, porém

sobrepostas: a APA João Leite e o Parque Estadual Altamiro de Moura Pacheco, ambos associados à

conservação dos mananciais do reservatório de captação da SANEAGO, João Leite, inaugurado em

2011. Esta área não é afetada pelos AHEs previstos para este cenário.

Para os ecossistemas terrestres, o2523-00-EIBH-DE-5018 - Mapa de Impactos do Meio Físico e

Ecossistemas Terrestres - Cenário 10 anos destaca ainda as áreas com potencial moderado a

erosão no trecho médio da bacia do Meia Ponte. Esse deve ser notado a partir do crescimento das

áreas agrícolas e poderá ser acompanhado pela alteração no uso do solo e na cobertura vegetal.

Processos conservacionistas podem ter, no turismo ambiental, forte aliado, com fartos exemplos

tanto no Estado Goiás, como em todo Centro Oeste. Entretanto, ao contrário das tendências

estaduais, nos municípios da bacia do Meia Ponte, o potencial turístico não mostra tendências

expressivas, como diagnosticado, mostrando reduzidos investimentos em educação ambiental,

capacidade de contribuir determinantemente com a conservação ambiental da bacia. Também

soma-se a este quadro, a escassez de iniciativas de sucesso para uso dos recursos pesqueiros como

incentivo turístico, fator que poderia contribuir para a conservação dos ecossistemas aquáticos.

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Figura 7-4 – Cariamacristata (Siriema): espécie nativa da fauna sobre áreas de pastagens.

Considerando que ações conservacionistas poderiam reverter o quadro de degradação das áreas

nativas, uma vez que as iniciativas voltadas a este fim mostram-se, ainda, insipientes na bacia do rio

Meia Ponte, nota-se avanço lento dessa perspectiva e continuidade da perda de áreas nativas. Ações

compensatórias resultantes da instalação de empreendimentos hidrelétricos, tal como projetado para

o Cenário dos Próximos 10 anos, em respostas as intervenções sobre os ecossistemas marginais,

podem, neste sentido, contribuir para a redução do processo de degradação dos ecossistemas

terrestres nativos na bacia, na medida em que parte dos investimentos venha a ser investidos em

ações de Educação Ambiental e divulgação de práticas mais sustentáveis de uso do solo.

Vulnerabilidade dos Aspectos Socioeconômicos

A espacialização das sensibilidades dos aspectos socioeconômicos, representante no presente

estudo, das condições no Cenário Atual da bacia, expressa pouca variação dos indicadores

socioeconômicos entre os municípios, apontando para certa homogeneidade no desenvolvimento

econômico do território. O contraste aparece de forma marcante para os municípios da RMG e

paralelamente, Anápolis. Isso pode ser comprovado pelo número de habitantes ou pelo grau de

centralidade de Goiânia em relação aos demais municípios. Essa condição foi apontada na

discussão sobre as sensibilidades e ilustradas no 2523-00-EIBH-MP-5003- Mapa de Fragilidades

do Meio Socioeconômico - Cenário Atual.

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A RM de Goiânia concentra municípios que apresentam significativa robustez da economia e

infraestrutura quando comparada a dimensão das adversidades geradas pela instalação dos

empreendimentos em foco.

O desemprego no país, nos índices atuais, gira em torno de 5%, segundo pesquisa regular da

taxa de desocupação (IBGE, 2012).

Soma-se a isto, o fato de o empreendimento mais distante, Tabocas, estar a cerca de 200 km

de Goiânia.

Neste caso, o deslocamento social, se motivado pela construção dos empreendimentos nas

dimensões previstas, diante da projeção para o Cenário dos Próximos 10 anos, deve ter reduzidas

atratividade para deslocamento residencial. Na RMG registra-se relativo desenvolvimento do setor

de serviços públicos e privados associado à maior densidade urbana e crescimento populacional.

Tal condição, quando cruzada com a dimensão e número de empreendimentos inseridos na bacia,

expressa uma vulnerabilidade concentrada nas áreas urbanas, porém não destacado pela

dinamização gerada pelos empreendimentos, daquela naturalmente em curso na bacia.

Numa escala maior, o processo de ocupação das margens do rio, restrito na bacia, no trecho de

passagem do rio por Goiânia, agrava, em parte, a pressão sobre a área de preservação

permanente do rio, especialmente a partir das tendências que acompanham qualquer

adensamento populacional, como aumento da industrialização e crescimento da infraestrutura.

Paralelamente, a degradação ambiental repercute sobre a própria condição de vida, visto que as

ocupações das margens não são acompanhas de implantação de infraestrutura básica, exposição

a cheias, alagamentos, má qualidade de serviços, etc.

Neste aspecto, no Cenário para os Próximos 10 anos, estando os empreendimentos alocados a

jusante da PCH rochedo, estando esta porção da bacia, praticamente isenta de ocupação ribeira,

nota-se remota possibilidade de impacto direto a ocupação residencial.

À Exceção da RMG, em todo restante da bacia, a vulnerabilidade foi classificada com baixos

índices, com destaque, entretanto, às zonas urbanas dos municípios. Isso é explicado pela

fragilidade da concentração da população nos centros urbanos. A capacidade reduzida de oferta

de serviços urbanos desses municípios justifica a fragilidade expressa, contudo, o potencial

dinamismo social provocado pela chegada de pessoal e capital decorrentes das ações de obras

deve ser visto como remoto diante da dimensão relativa dos empreendimentos em foco.

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44/48

7.5.2 - Cenário para os Próximos 20 Anos - Parcial

Neste Cenário, que cobre o período de 2022 e 2032, projeta-se instalar outros três novos AHEs no

rio Meia Ponte, mais impactantes que os anteriormente considerados, porém, de moderada

eficiência ambiental, que se soma outras doze projetadas no Cenário anterior, consumando a

instalação de todos os empreendimentos projetados a jusante da PCH Rochedo. Com a execução

desse aditivo, estará em produção em 2032, 295 MW médio de energia e o rio Meia Ponte, terá

um aumento de 110,2 km2 no espelho d’água e 286,8 km de comprimento de rio alterado, sendo

41 MW, 31,2 km2 e 75,0 km a montante da PCH Rochedo.

As adversidades desse Cenário é representado pelo 2523-00-EIBH-DE-5013 - Mapa de Impacto

do Meio Socioeconômico - 20 anos parcial e pela projeção da espacialização desses sobre as

fragilidades, 2523-00-EIBH-DE-5022 - Mapa de Vulnerabilidade do Meio Socioeconômico 20

anos parcial.

Pelo modelo de distribuição espacial e temporal do arranjo proposto, diante dos impactos

potenciais associados aos empreendimentos, nota-se agravamento das repercussões sobre

aquelas já apontadas para o Cenário de 10 anos, diante da adição de três novos

empreendimentos, num universo de outros treze, incluindo a PCH Rochedo, já instalados até o

ano de 2022 (Cenário de 10 anos).

Segundo as projeções, no ano de 2032 deve prevalecer a dominância de Goiânia na Bacia,

alcançado 2 milhões de habitantes. Entretanto, diante das tendências atuais, destaca-se o

crescimento mais acelerado de Aparecida de Goiânia, levando a uma população de 1 milhão de

habitantes (Figura 7-6). Diante dos investimentos municipais em infraestrutura, particularmente

em saneamento, pode-se esperar que as condições de conflito sobre o uso dos recursos hídricos e

a conservação ambiental prognosticadas para o Cenário de 10 anos, seja agravadas no trecho

entre Goiânia e a PCH Rochedo neste novo Cenário.

Sobre este quadro, a implantação das três AHEs a montante da PCH Rochedo, no Cenário para os

Próximos 20 anos, pode provocar a intervenção sobre o trecho da RMG e imediações.

Diferentemente dos cenários anteriores, neste quadro, o aproveitamento hidrelétrico se dá com

agravamento da degradação dos ecossistemas aquáticos locais, comprometendo a integridade do

ambiente neste trecho, já bastante alterado pelas condições de ocupação, especialmente em

relação à qualidade de água, ictiofauna, além de significativas intervenções sobre os aspectos

socioeconômicos.

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7.5.3 - Cenário Futuro de 20 Anos - Total

No último Cenário estudado, que cobre também o período de 2022 e 2032, projeta-se instalar todos

os outros empreendimentos remanescentes inventariados, ou seja, outras seis novas PCHs no rio Meia

Ponte, que se somadas às doze projetadas no Cenário de 10 anos, leva a instalação de todos os

empreendimentos projetados na partição de queda do inventário. Com a conclusão do processo

construtivo, estará em produção em 2032, 207,6 MW médio de energia e o rio Meia Ponte terá um

aumento de 120,8 km2 no espelho d’água e 337,6 km de comprimento de rio alterado, sendo 53,5

MW, 35,6 km2 e 110,0 km a montante da PCH Rochedo.

Os impactos desse cenário é representado pelo 2523-00-EIBH-DE-5014 - Mapa de Impacto do

Meio Socioeconômico - 20 anos total e a vulnerabilidade em 2523-00-EIBH-DE-5023 - Mapa de

Vulnerabilidade do Meio Socioeconômico - 20 anos total.

Os cenários anteriormente traçados ressaltam a imposição de impactos socioambientais

resultantes da implantação dos empreendimentos hidrelétricos em diferentes cenários temporais

e em adição considera-se indiretamente, sua capacidade de mitigá-los, diante da relação de

custos e benefícios envolvidos nos investimentos necessários a viabilização do mesmo.

A partir da discussão dos cenários anteriores, para o Cenário dos próximos 20anos total, cabe por

fim, a leitura da remota possibilidade de instalação de mais três empreendimentos projetados

para a montante da PCH Rochedo (além dos três previstos para o cenário dos próximos 20 anos

parcial). Contudo, para que este quadro venha a ser discutido, duas tendências desenhada a

partir do Cenário Atual, já descritas nos cenários anteriores, devem ter nova configuração no

decênio entre 2022 e 2032. São elas:

Até o decênio 2022 - 2032, a oferta de serviços de Saneamento na RMG deve equivaler-se à

demanda produzida pelo adensamento urbano e industrial, reduzindo significativamente o

lançamento de esgoto diretamente no Rio Meia Ponte, garantindo desta forma, a boa

qualidade da água, necessária à operação dos aproveitamentos.

O custo de venda da energia elétrica deve garantir, no momento futuro, a capacidade dos

empreendimentos manterem seus investimentos, considerando a correta indenização da

população afetada, com garantias da melhora de suas qualidades de vida e a manutenção da

qualidade ambiental local diante da necessidade de remoção das mesmas para instalação dos

reservatórios. Nota-se que o custo da terra em ambiente urbano é, em diversas ordens de

grandeza, maior que em áreas rurais, encarecendo na mesma proporção, a instalação de

empreendimentos neste trecho.

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Em qualquer circunstância, seja com a melhoria da qualidade da água, seja na economia

energética no Cenário de 2032, ou mesmo ambas, nota-se diante das fragilidades locais

apontadas no Cenário Atual, remota possibilidade de instalação dos aproveitamentos entre

Goiânia e a PCH Rochedo. Pelas tendências hoje verificadas, será crescente a ocupação das

margens do rio Meia Ponte, no entorno da RMG. A esse processo, soma-se, por exemplo, diante

da instalação de empreendimentos no trecho, a indução de impactos relativos aos incômodos

associados às atividades de obras e presença de trabalhadores, necessários a construção das

estruturas, reduzido nos cenários anteriores dadas configurações sociais na bacia, mais presentes

neste Cenário, pela proximidade dos barramentos propostos com as comunidades ribeirinhas.

Desta forma, na configuração do Cenário, o aumento dos impactos decorrentes da instalação de

reservatórios, sobre a população ribeirinha pelo aumento do espelho d’água, reduz

determinantemente as possibilidades de aproveitamento hidrelétrico, no trecho da RMG.

O PROBIO/MMA também aponta áreas com alta Prioridade e Importância para conservação. Dentre

as UCs da bacia, se destaca o estudo para criação do Refúgio da Vida Silvestre do Meia Ponte, em

Goiatuba, destinado a conservação da floresta estacional semidecidual. Por estar alocada em um

relevante fragmento nas margens do rio, existe a possibilidade de impactos diretos projetados pela

perda de área para instalação da PCH Jacaré, projetada para o trecho.

7.5.4 - Condição Geral dos Cenários

Em suma, a projeção para o Cenário de 10 anos e 20 Anos parcial, cuja instalação dos

empreendimentos planeja intervenções somente a jusante da PCH Rochedo, nota-se pouca

alteração na vulnerabilidade a montante desse marco. Contudo, cabe um monitoramento das

condições socioeconômicas nos municípios afetados pela construção dos empreendimentos, haja

vista, as reduzidas dimensões de suas estruturas de atendimentos aos munícipes.

Não se descarta adversidades ambientais principalmente pela construção de sucessivos

barramentos no curso do rio, de pouca sinergia com a condição dos ecossistemas terrestres da

bacia, mas de forte cumulatividade sobre os ecossistemas aquáticos, por exemplo, pela

inevitável interrupção do fluxo migratório de peixes e pela redução dos trechos lóticos

transformados em reservatórios.

O diagnóstico destaca o evidente papel da PCH Rochedo como um potencial obstáculo aos fluxos

migratórios, fazendo distintos já no presente, os ambientes de montante e jusante quanto às

assembleias de peixes, embora tenham sido registrados indivíduos de espécies migradoras em

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ambos os trechos. Essa condição eleva particularmente o papel dos tributários na circulação da

fauna até as cabeceiras, tidas como de grande importância para a reprodução do táxon, assim

como, os ecossistemas marginais, importantes ambientes de recrutamento dos jovens. No mesmo

sentido, o diagnóstico destaca o aumento da importância das cabeceiras do rio Meia Ponte quando

considerada a manutenção ecológica do táxon e ainda, como abrigo da riqueza biológica aquática.

Neste aspecto, com a construção das PCHs será imposta, além de obstáculos as rotas migratórias,

uma nova condição ambiental à bacia, impondo pressões que poderá levar a determinação de

uma nova organização das guildas da fauna aquática. Embora os barramentos planejados sejam

de modelo a fio d’água, com a alocação dos reservatórios, nota-se a mudança das tendências

lóticas, de águas rápidas e corredeiras, hoje presentes em diversos pontos no Meia Ponte, para

uma condição mais lêntica, impondo uma nova condição dos ecossistemas aquáticos, e portanto à

fauna aquática da bacia.

A repercussão sobre os ecossistemas terrestres pela construção dos empreendimentos projetados

para o decénio 2012 – 2022, para além das áreas marginais, devem ser, contudo, reduzidas,

representando pressão igualmente reduzida sobre a conservação da biodiversidade. Por outro

lado, a fraca iniciativa para a conservação dos recursos naturais, a baixa valoração da paisagem

natural e a perspectiva de aumento do uso do espaço, deve ser lido, no Cenário de 10 anos, como

pressão continuadas sobre áreas de preservação permanente.

Neste quadro, após a configuração do Cenário dos Próximos 10 Anos, que prevê a instalação de

12 barramentos, e a imposição de uma nova condição ecológica no rio Meia Ponte em todo trecho

de jusante da PCH Rochedo, nota-se diante da instalação de três novos barramentos no trecho

para o Cenário de 20 Anos, servirá como um aditivo definitivo das pressões geradoras a

configuração do novo quadro ambiental.

Contudo, pelos modelos de empreendimentos propostos, a vulnerabilidade induzida pelos

impactos sobre os ecossistemas terrestres, se dará restrito as áreas marginais, afetando

particularmente ecossistemas raros, como matas ripárias e lagos marginais. Atualmente, diante

do quadro de substituição do Cerrado, os ecossistemas marginais representam um dos últimos

abrigos da biodiversidade na bacia. Alterações sobre tais territórios representam evidente

pressão sobre a conservação dos recursos naturais, tanto terrestres, quanto aquáticos, quadro

agravado, diante da carência de ações efetivas voltadas à conservação formal na bacia.

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Neste quadro, foram apontados pelo Diagnóstico, conflitos ligados ao uso múltiplo dos recursos

naturais, já explícitos no presente. Agricultura e abastecimento urbanos na RMG comprometem

independente da inserção de barramentos no rio, a conservação ambiental e planos de integração

do uso compartilhado dos recursos hídricos, proposição ainda incipiente na bacia do Meia Ponte,

como demonstram as ações do Comitê de Gestão da Bacia Hidrográfica do Meia Ponte.

A fraca ação de movimentos sociais e instituições de defesa ambiental, frequentemente distantes

do processo decisório local, indicam para a importância da necessidade de elaboração de uma

solução integrada, harmônica e progressiva do uso dos recursos hídricos. Esta pode ser uma

oportunidade para fomento de ações por parte dos empreendimentos em análise, visto que cabe

aos mesmos, nos seus processos de licenciamento, a proposição de medidas mitigatórias e

compensatórias. A integração das ações decorrente dessas medidas, particularmente com a

conjugação dos múltiplos atores envolvidos, representa importante ação voltada à formulação de

uma política mais integradora para uso dos recursos hídricos e conservação ambiental na bacia e

garantias a produção energética.

Um conjunto de proposições é apresentado nas conclusões deste EIBH e visa de uma maneira

geral, diante da proposição de empreendimentos no rio Meia Ponte, a ampliação do

conhecimento a cerca da diversidade biológica na bacia, a conservação ambiental e ao uso

compartilhado dos recursos hídricos.