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Informativo do Sindicato dos Bancários/Nova Friburgo & Região Ano: 15 Edição: 2528 27/04/2012 Correio - eletrônico: [email protected] Blog do SEEB-NF e Região: http://seeb-nf.blogspot.com/ DIA 28 DE ABRIL - DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTES DO TRABALHO Desde 2003, a data é lembrada pelas vítimas de acidentes e doenças do trabalho. Em 28 de abril de 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia ficou marcada como o “Dia Mundial em memória às vítimas de Acidentes do Trabalho”. Liderando essa lu- ta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a partir de 2003 esta data.O dia mundial em memória das vitimas de acidentes e doenças do trabalho é lembrado como a atividade que mata, mutila, acidenta e também que adoece. É também uma oportunidade em todo o mundo para conscientizar os trabalhadores que ainda temos muito que conquistar. Uma grande parte ainda é escrava, outra, não tem direito aos benefícios sociais pela au- sência de registro em Carteira de Trabalho. Grande parcela exerce sua força de trabalho em Organizações que a desidrata, desnutre e a mata por exaustão em locais sem a mínima infra-estrutura, água potável, saneamento básico e também uma que exerce fundamental importância no nosso cotidiano: PAZ PARA O TRABALHO”. Esta última irregularidade seria hoje caracterizada pelo ASSÉDIO MORAL , a que nós da cate- goria bancária estamos cada vez mais vivenciando na nossa jornada laborativa. Risco invisível, porém concreto A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida dos trabalhadores de modo direto, compro- metendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações de trabalho. Em 2011, a Procuradoria Geral Federal-PGF e o INSS ingressaram com 1.833 ações regressivas contra as empresas que adoecem e acidentam os trabalhadores, com previsão de recuperação para os cofres públi- cos na ordem de R$ 363 milhões. Os transtornos mentais e comportamentais ganham relevância nas estatísticas da Previdência Social com a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico. Em 2006 apenas 612 casos são registrados como acidentes do trabalho.Em 2008, temos 12.812 registros, em 2009, 13.478, em 2010, 12.150 e em 2011 12.377 ocorrên- cias. Somente em janeiro de 2012, o INSS concedeu 1.676 “auxílios-acidentes” (B-91) para os trabalhadores. Jornada de Trabalho: Aos poucos os bancos estão acabando com a jornada de trabalho de 06 horas e in- troduzindo, de maneira acelerada e massiva a jornada de 08 horas com a demagogia do comissiona -mento para a categoria. O que se pode fazer diante desta tragédia? Penso que uma das soluções, para minimizar em curto prazo seria a Redução da Jornada de Trabalho sem que o trabalhador fosse penalizado em seu salário, já bastante corroído, pois a “Redução da Jornada é + Saúde para o Trabalhador. Ricardo T. Lontra – Diretor de Saúde e Condições de Trabalho.

2528 04 dia 28 de abril - dia mundial em memória às vítima…

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Informativo do Sindicato dos Bancários/Nova Friburgo & Região Ano: 15 Edição: 2528 27/04/2012 Correio - eletrônico: [email protected] Blog do SEEB-NF e Região: http://seeb-nf.blogspot.com/

DIA 28 DE ABRIL ---- DIA MUNDIAL EM MEMÓRIA

ÀS VÍTIMAS DE ACIDENTES DO TRABALHO Desde 2003, a data é lembrada pelas vítimas de acidentes e doenças do trabalho.

Em 28 de abril de 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia ficou marcada como o “Dia Mundial em memória às vítimas de Acidentes do Trabalho”. Liderando essa lu-ta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) instituiu a partir de 2003 esta data.O dia mundial em memória das vitimas de acidentes e doenças do trabalho é lembrado como a atividade que mata, mutila, acidenta e também que adoece.

É também uma oportunidade em todo o mundo para conscientizar os trabalhadores que ainda temos muito que conquistar. Uma grande parte ainda é escrava, outra, não tem direito aos benefícios sociais pela au-sência de registro em Carteira de Trabalho. Grande parcela exerce sua força de trabalho em Organizações que a desidrata, desnutre e a mata por exaustão em locais sem a mínima infra-estrutura, água potável, saneamento básico e também uma que exerce fundamental importância no nosso cotidiano: “PAZ PARA O

TRABALHO”. Esta última irregularidade seria hoje caracterizada pelo ASSÉDIO MORAL , a que nós da cate-goria bancária estamos cada vez mais vivenciando na nossa jornada laborativa.

Risco invisível, porém concreto

A humilhação repetitiva e de longa duração interfere na vida dos trabalhadores de modo direto, compro-metendo sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, ocasionando graves danos à saúde física e mental, que podem evoluir para a incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações de trabalho.

Em 2011, a Procuradoria Geral Federal-PGF e o INSS ingressaram com 1.833 ações regressivas contra as empresas que adoecem e acidentam os trabalhadores, com previsão de recuperação para os cofres públi-cos na ordem de R$ 363 milhões.

Os transtornos mentais e comportamentais ganham relevância nas estatísticas da Previdência Social com a introdução do Nexo Técnico Epidemiológico. Em 2006 apenas 612 casos são registrados como acidentes do trabalho.Em 2008, temos 12.812 registros, em 2009, 13.478, em 2010, 12.150 e em 2011 12.377 ocorrên-cias.

Somente em janeiro de 2012, o INSS concedeu 1.676 “auxílios-acidentes” (B-91) para os trabalhadores.

Jornada de Trabalho: Aos poucos os bancos estão acabando com a jornada de trabalho de 06 horas e in-troduzindo, de maneira acelerada e massiva a jornada de 08 horas com a demagogia do comissiona -mento para a categoria.

O que se pode fazer diante desta tragédia?

Penso que uma das soluções, para minimizar em curto prazo seria a Redução da Jornada de Trabalho sem que o trabalhador fosse penalizado em seu salário, já bastante corroído, pois a “Redução da Jornada é + Saúde para o Trabalhador”. Ricardo T. Lontra – Diretor de Saúde e Condições de Trabalho.