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Informativo do Sindicato dos Bancários/Nova Friburgo & Região Ano: 15 Edição: 2568 02/08/2012 Correio - eletrônico: [email protected] Blog do SEEB-NF e Região: http://seeb-nf.blogspot.com/ Comando Nacional entrega à Fenaban pauta de reivindicações O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou nesta quarta-feira 1º de a- gosto ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2012, em São Paulo. O encontro contou com a parti- cipação do novo presidente da CUT Nacional, o ban- cário Vagner Freitas. De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da Con- traf-CUT “o sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Apesar de terem aumentado dras- ticamente as provisões para devedores duvidosos, destoando da inadimplência real, os três grandes bancos que divulgaram balanços até agora alcança- ram R$ 16 bilhões de lucro somente no primeiro se- mestre, o que demonstra que eles podem atender às nossas reivindicações.” 'ROTATIVIDADE PARA REDUZIR SALÁRIO É INADMISSÍVEL' “O fechamento de postos de trabalho, que estava concentrado no Itaú, começa a se espalhar por todo o sistema e isso é muito preocupante. Nem nos paí- ses que passam por uma profunda crise, como a Es- panha, estão havendo demissões assim no sistema financeiro brasileiro", disse o presidente da Contraf- CUT. Ele também condenou o que chama de "meca- nismo perverso da rotatividade" utilizado pelos ban- cos para dispensar funcionários mais antigos e redu- zir a massa salarial da categoria. METAS ABUSIVAS PRODUZEM ASSÉDIO MORAL O Comando Nacional também defendeu a necessida- de de melhorar as condições de trabalho nos bancos. Afinal, está aumentando o adoecimento da categoria por causa da pressão, das metas abusivas e do assé- dio moral. É grande o número de bancários que to- mam remédio tarja preta. E, ainda há casos como no HSBC que contratou arapongas para vigiar a vida par- ticular de bancários afastados por licença médica. A Contraf-CUT também defendeu a necessidade de se avançar rumo a um acordo que ponha fim à inse- gurança bancária. A categoria não pode conviver com a banalização dessa violência, que provocou 49 mortes em 2011 e outras 27 no primeiro semestre deste ano. Os números do Caged mostram que é maior o número de bancários que morrem do que os que se aposen- tam. E quando se aposentam, os rendimentos caem drasticamente. Essa situação precisa ser resolvida num país que é a sexta maior economia do mundo. 20 ANOS DE CONVENÇÃO COLETIVA O presidente da CUT Nacional ressaltou a importân- cia da Convenção Coletiva dos Bancários, a única ca- tegoria de trabalhadores no Brasil que possui um a- cordo nacional com os mesmos direitos em todo o país. "Espero que os bancários sejam vitoriosos nesse processo negocial e conquistem mais aumento real de salário. Isso influenciará outras categorias e au- mentará o poder de compra dos trabalhadores, o que significa estabilidade e mais desenvolvimento e ajuda o Brasil.” O presidente da Fenaban, Murilo Portugal, declarou que a Convenção Coletiva é uma conquista não só dos bancários, mas também das empresas. Reconhe- ceu que "a situação dos bancos é positiva", citou o estudo do FMI atestando a solidez do sistema finan- ceiro nacional e manifestou a esperança de que "as negociações deste ano sejam rápidas e exitosas para os dois lados". PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS Reajuste salarial de 10,25%. PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. Piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,38). Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários. Auxílio-educação para graduação e pós- graduação. Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio creche/babá: R$ 622,00. Emprego: aumentar as contratações, acabar com a rotatividade, fim das terceirizações, a- provação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos ser- viços bancários. Cumprimento da jornada de 6 horas para todos. Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral para preservar a saúde dos bancários. Mais segurança nas agências e postos bancários. Previdência complementar para todos os bancá- rios. Contratação total da remuneração, o que inclui a renda variável. Igualdade de oportunidades. AGENDA: As duas primeiras rodadas de negociação já estão marcadas para os dias 7 e 8, 15 e 16 de a- gosto. Com informações da Contraf-CUT

2568 08 entrega minuta privado

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Page 1: 2568 08 entrega minuta privado

Informativo do Sindicato dos Bancários/Nova Friburgo & Região Ano: 15 Edição: 2568 02/08/2012 Correio - eletrônico: [email protected] Blog do SEEB-NF e Região: http://seeb-nf.blogspot.com/

Comando Nacional entrega à Fenaban pauta de reivindicações O Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, entregou nesta quarta-feira 1º de a-gosto ao presidente da Fenaban, Murilo Portugal, a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2012, em São Paulo. O encontro contou com a parti-cipação do novo presidente da CUT Nacional, o ban-cário Vagner Freitas.

De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da Con-traf-CUT “o sistema financeiro nacional está mais sólido que nunca. Apesar de terem aumentado dras-ticamente as provisões para devedores duvidosos, destoando da inadimplência real, os três grandes bancos que divulgaram balanços até agora alcança-ram R$ 16 bilhões de lucro somente no primeiro se-mestre, o que demonstra que eles podem atender às nossas reivindicações.”

'ROTATIVIDADE PARA REDUZIR SALÁRIO É INADMISSÍVEL'

“O fechamento de postos de trabalho, que estava concentrado no Itaú, começa a se espalhar por todo o sistema e isso é muito preocupante. Nem nos paí-ses que passam por uma profunda crise, como a Es-panha, estão havendo demissões assim no sistema financeiro brasileiro", disse o presidente da Contraf-CUT. Ele também condenou o que chama de "meca-nismo perverso da rotatividade" utilizado pelos ban-cos para dispensar funcionários mais antigos e redu-zir a massa salarial da categoria.

METAS ABUSIVAS PRODUZEM ASSÉDIO MORAL

O Comando Nacional também defendeu a necessida-de de melhorar as condições de trabalho nos bancos. Afinal, está aumentando o adoecimento da categoria por causa da pressão, das metas abusivas e do assé-dio moral. É grande o número de bancários que to-mam remédio tarja preta. E, ainda há casos como no HSBC que contratou arapongas para vigiar a vida par-ticular de bancários afastados por licença médica.

A Contraf-CUT também defendeu a necessidade de se avançar rumo a um acordo que ponha fim à inse-gurança bancária. A categoria não pode conviver com a banalização dessa violência, que provocou 49 mortes em 2011 e outras 27 no primeiro semestre deste ano.

Os números do Caged mostram que é maior o número de bancários que morrem do que os que se aposen-tam. E quando se aposentam, os rendimentos caem drasticamente. Essa situação precisa ser resolvida num país que é a sexta maior economia do mundo.

20 ANOS DE CONVENÇÃO COLETIVA

O presidente da CUT Nacional ressaltou a importân-cia da Convenção Coletiva dos Bancários, a única ca-tegoria de trabalhadores no Brasil que possui um a-cordo nacional com os mesmos direitos em todo o país. "Espero que os bancários sejam vitoriosos nesse processo negocial e conquistem mais aumento real de salário. Isso influenciará outras categorias e au-mentará o poder de compra dos trabalhadores, o que significa estabilidade e mais desenvolvimento e ajuda o Brasil.”

O presidente da Fenaban, Murilo Portugal, declarou que a Convenção Coletiva é uma conquista não só dos bancários, mas também das empresas. Reconhe-ceu que "a situação dos bancos é positiva", citou o estudo do FMI atestando a solidez do sistema finan-ceiro nacional e manifestou a esperança de que "as negociações deste ano sejam rápidas e exitosas para os dois lados".

PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES DOS BANCÁRIOS

� Reajuste salarial de 10,25%. � PLR de três salários mais R$ 4.961,25 fixos. � Piso da categoria equivalente ao salário mínimo

do Dieese (R$ 2.416,38). � Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para

todos os bancários. � Auxílio-educação para graduação e pós-

graduação. � Auxílio-refeição, cesta-alimentação e auxílio

creche/babá: R$ 622,00. � Emprego: aumentar as contratações, acabar

com a rotatividade, fim das terceirizações, a-provação da Convenção 158 da OIT (que inibe demissões imotivadas) e universalização dos ser-viços bancários.

� Cumprimento da jornada de 6 horas para todos. � Fim das metas abusivas e combate ao assédio

moral para preservar a saúde dos bancários. � Mais segurança nas agências e postos bancários. � Previdência complementar para todos os bancá-

rios. � Contratação total da remuneração, o que inclui

a renda variável. � Igualdade de oportunidades. AGENDA: As duas primeiras rodadas de negociação já estão marcadas para os dias 7 e 8, 15 e 16 de a-gosto. Com informações da Contraf-CUT