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A ministra Tereza Campello garante que o país está vencendo a luta contra a pobreza O BRASIL QUE DÁ CERTO A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 258 - Fevereiro / 2015 CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

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A ministra Tereza Campello garante que o país está vencendo a luta contra a pobreza

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A ministra Tereza Campello garante que o país está vencendo a luta contra a pobreza

O BRASIL QUE DÁ CERTOA REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 258 - Fevereiro / 2015

CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

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Leitor

Reconduzida ao cargo no segundo mandato da pre-sidenta Dilma Rousseff, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirma que o Brasil está vencendo a luta contra a pobreza porque apos-tou corretamente num modelo de desenvolvimento com inclusão social.

“Hoje o pais apresenta os menores indicadores de de-sigualdade dos últimos 50 anos. São indicativos claros de que o Brasil está vencendo a pobreza”, ressalta.

Responsável pelo gerenciamento das principais ações sociais do governo, Tereza Campello é protagonista de um dos maiores desafios da sociedade atual: articular e execu-tar políticas sociais capazes de promover o desenvolvimen-to humano e a consolidação da cidadania.

Ela garante que os desafios estão sendo superados com o fortalecimento e ampliação de programas e ações como o Bolsa Família, a inclusão produtiva e a disseminação de tecnologias sociais de baixo custo.

Tereza Campello ressalta que os resultados do combate à pobreza não se manifestam apenas na melhoria de renda da população, mas nos indicadores de saúde e educação, além do acesso a serviços e bens.

O novo Brasil sonhado pela ministra aposta que crian-ças mais saudáveis e mais educadas são o principal ca-minho para resolver a pobreza de forma duradoura e sus-tentável. “Estamos falando de crianças bem nutridas, com saúde, que estão na escola investindo num futuro diferente do de seus pais. Falamos em brasileiros que já não passam fome, como seus pais, avós e bisavós”

Segundo a ministra, nos últimos anos, o lema que im-pulsionou o esforço por um país mais justo e igual dizia que “o fim da miséria é só um começo”. Hoje, podemos mudar o tempo do verbo e sustentar: “O fim da miséria foi só um começo”.

O Editor

Vencendo a pobreza

&EstadosMunicípios

Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos S. Ferreira

ColaboradoresClovis Souza / Gerson Matos

Mauricio Cardoso / Rangel Cavalcante Renato Riella / Mateus Pêra de Souza

DiagramaçãoAndré Augusto Dias

Agências de NotíciasBrasil / Senado / Câmara

Petrobras / Sebrae / USP / FAPESP

PARCEIROS

Região NorteMeio & Mídia Comunicação Ltda

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Nacional e InternacionalBento Neto Corrêa [email protected]

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Tiragem 36 mil exemplares

As colunas e matérias assinadas não serão remuneradas e o texto é de exclusiva responsabilidade de seus autores

Sua revista de gestão, política e empreendedorismo

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A ministra Tereza Campello garante que o país está vencendo a luta contra a pobreza

O BRASIL QUE DÁ CERTOA REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 258 - Fevereiro / 2015

CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90 CAPAA revista Estados & Municípios reuniu trechos de artigos e

entrevistas concedidas pela ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, responsável pelo gerenciamento das principais ações sociais do governo. O objetivo é que todos possam conhecer a opinião de Tereza Campello sobre vários temas ligados à questão social e, em especial, como a tecnologia de captação de água da chuva está transformando a vida de milhões de pessoas no Semiárido brasileiro.

28 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella

42 | MÍDIA Pedro Abelha

56 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante

índiceEdição 258 - Fevereiro / 2015

colu

nas

11 Política Deputados pedem diálogo com os caminhoneiros 11Câmara aprova orçamento impositivo 12Novas regras para abonos de faltas de deputados 13

14 Nacional MPF cobra R$ 4,47 bi desviados da Petrobras 14Brasil terá novo programa de eficiência energética 15Senar abre novas turmas de capacitação tecnológica 16

17 EstadosRetomada obra da barragem de Oiticica 17Governadora abre ano legislativo em Roraima 18Piauí vira canteiro de energia renovável 20Eficiência no uso dos recursos hídricos 21Parcerias com prefeituras 22

23 MunicípiosAnápolis resgata jovens em situação de risco 23Sistema traz avanço para saúde em Contagem 24Plano de contingência de alagamentos 26Deputado acompanha obras no Paraná 27

30 SaúdeO sucesso do Mais Médicos e da Farmácia Popular 30

32 EducaçãoO crescimento da educação integral no Brasil 32Pronatec Aprendiz deve oferecer milhões de vagas 33

34 InovaçãoBrasil ganha graduação em engenharia da inovação 34

35 AgriculturaExportação do café aumenta mais de 50% 35

36 PisciculturaDiagnóstico da piscicultura no Alto São Francisco 36

38 EconomiaConsumo nacional de combustíveis cresceu 5,2% 38Economia brasileira pode ter encolhido em 2014 39

40 NegócioEmpresas catarinenses nos Estados Unidos 40Couro brasileiro no mercado indiano 41

44 Meio AmbienteEstudo pode evitar extinção da abelha jandaíra 44

46 MunicipalismoABM busca novas parcerias com o Governo Federal 46

48 GestãoMinas adota sistema de combate à corrupção 48

50 Câmaras e AssembléiasLei aprovada em 2012 ainda não saiu do papel 50Cleudes Baré é reeleito para a presidência da AGM 51

52 InfraestruturaRio Grande do Sul terá novo Plano Energético 52

53 CulturaVale-Cultura já beneficiou milhares de trabalhadores 53

58 artigoMas só fechar a torneira não basta 58

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Brasil perto de alcançar meta para a redução da extrema pobreza

Responsável pelo gerencia-mento das políticas sociais do go-verno, a ministra do Desenvolvi-mento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, é protagonista de um dos maiores desafios da so-ciedade atual: articular e executar políticas sociais capazes de pro-mover o desenvolvimento huma-no e a consolidação da cidadania.

Reconduzida ao cargo no se-gundo mandato da presidenta Dil-ma Rousseff, a ministra afirma que o Brasil está vencendo a luta contra a pobreza porque apostou correta-mente num modelo de desenvolvi-mento com inclusão social. “Hoje o pais apresenta os menores indica-dores de desigualdade dos últimos 50 anos. São indicativos claros de que o Brasil está vencendo a pobre-za”, ressalta.

Isso está claro em trechos analisados pela revista Estados & Municípios de artigos e en-trevistas concedidas por Tereza Campello sobre temas como Bol-sa Família, qualificação profissio-nal, empreendedorismo, inclusão produtiva e o uso de tecnologias sociais, como as cisternas para captação da água da chuva.

Segundo a ministra, nos úl-timos anos, o lema que impulsio-nou o esforço por um país mais

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justo e igual dizia que “o fim da miséria é só um começo”. Hoje, podemos mudar o tempo do verbo e sustentar: “O fim da miséria foi só um começo”.

Ela ressalta que o Brasil pra-ticamente alcançou a meta defi-nida pelo Banco Mundial para a redução da extrema pobreza 15 anos antes do prazo e que crian-ças mais saudáveis e mais educa-das são o principal caminho para resolver a pobreza de forma dura-doura e sustentável.

Conheça a opinião da mi-nistra do Desenvolvimento So-cial e Combate à Fome sobre vários temas ligados à questão social no Brasil.

Bolsa Família

Um dos maiores e mais gra-ves equívocos disseminados so-bre o Bolsa Família é que o paga-mento do benefício desestimula o trabalho. O chamado “mito da preguiça” já foi derrubado por pesquisas científicas e não resiste à realidade: o programa paga às famílias beneficiárias uma média de R$ 170 mensais, valor bem menor do que o salário mínimo.

Mas o mito mantém-se no imaginário como um senão ao pro-grama de transferência de renda reconhecido internacionalmente. É como se as pessoas fossem pobres porque não trabalham ou porque são preguiçosas, e não porque tive-ram poucas oportunidades e quase nenhum acesso a seus direitos.

Trata-se de um preconceito, que é fruto da falta de solidarie-

dade, e sobretudo fruto da falta de informação. Os dados disponíveis mostram que os adultos de famí-lias beneficiárias participam do mercado de trabalho tanto quan-to os adultos de famílias que não precisam do Bolsa Família.

Família trabalhadora

Os beneficiários não só tra-balham muito, como estão apro-veitando as oportunidades para melhorar as chances que lhe são oferecidas de inclusão produtiva, por meio da qualificação profis-sional, por exemplo.

Não são preguiçosos ou per-dedores. Metade dos beneficiários não trabalha porque são crianças e adolescentes. Seu lugar é na es-cola. As crianças, aliás, são um alvo especial das políticas públi-cas. Elas começam a ser cuidadas ainda no ventre das mães. E os re-sultados já aparecem até na redu-ção do déficit de altura, indicador da desnutrição crônica, que cos-tuma ser acompanhado por com-prometimento intelectual

Qualificação

Desde o início da oferta de cursos de qualificação do Prona-tec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), em 2011, mais de 900 mil beneficiá-rios do Bolsa Família se matricula-ram em mais de 600 modalidades de formação inicial e continuada. São oferecidos cursos de pedrei-ro, eletricista, operador de com-putador, costureira, entre outros, a pessoas com diferentes níveis de escolaridade.

Um levantamento recente do Ministério do Desenvolvimento Social cruzou os nomes dos be-neficiários com sistemas de dados de empregos formais no Brasil e identificou que 54% dos que se matricularam em cursos do Pro-natec conseguiram emprego com carteira assinada.

Há também os que melho-raram suas chances como em-preendedores. Mais de 478 mil beneficiários tornaram-se mi-croempreendedores formaliza-dos nos últimos anos. E o Banco

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Central registrou 3,6 milhões de operações de crédito para bene-ficiários do Bolsa Família cria-rem e manterem seus negócios, a maioria paga em dia.

Novo ciclo

A maior articulação entre os cursos de qualificação profissional e as oportunidades no mercado de trabalho é um dos desafios nesse novo ciclo de políticas públicas, que começa agora na área social. É preciso avançar na geração de oportunidades para os mais pobres como um dos itens da grande agen-da de educação que a presidenta Dilma Rousseff anunciou como prio-ridade de seu segundo mandato.

No início desse novo ciclo de políticas sociais que estamos definindo, é preciso ter em men-te as enormes conquistas que nos colocam num ponto de não retor-no. O Brasil saiu recentemente do mapa da fome das Nações Unidas e praticamente alcançou a meta

definida pelo Banco Mundial para a redução da extrema pobreza 15 anos antes do prazo.

Os resultados do combate à pobreza se manifestam não ape-nas na melhoria de renda da po-pulação, mas nos indicadores de saúde e educação, além do aces-so a serviços e bens. Temos muito a avançar. E avançaremos mais se os preconceitos forem deixados de lado.

Um novo Brasil

O Brasil mudou. Nos últimos anos, o lema que impulsionou o esforço por um país mais justo e igual dizia que “o fim da miséria é só um começo”. Hoje, podemos mudar o tempo do verbo e susten-tar: “O fim da miséria foi só um começo”. O país é outro e a mu-dança já é uma realidade na vida de milhões de brasileiros.

Estamos falando de crianças bem nutridas e com saúde, que não trabalham mais para ajudar

em casa, nem morrem precoce-mente. Estão na escola, investindo num futuro diferente do de seus pais. Falamos em brasileiros que já não passam fome, como seus pais, avós e bisavós.

Falamos de um Brasil onde a pobreza mais severa, conside-rada em suas várias dimensões e não apenas na baixa renda, caiu de 8,3% da população, em 2002, para o equivalente a 1,1% da po-pulação em 2013, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE, com base em metodologia do Banco Mundial.

É um avanço incontestável. Em pouco mais de dez anos, dei-xaram a situação de pobreza mais severa, sobretudo, as famílias com crianças, os negros e os nordesti-nos, parcelas da população que mais sofriam com as privações.

Indicadores

Não estamos medindo ape-nas a renda. O indicador de po-breza crônica multidimensional leva em conta a escolaridade das famílias, a frequência das crian-ças às aulas, o acesso a serviços de energia, saneamento e água, as condições da habitação e a posse de bens como geladeira e telefone.

Os números atestam o su-cesso das ações de combate à pobreza em suas várias dimen-sões, estratégia que direcionou a elaboração do Plano Bra-sil Sem Miséria, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em 2011 com o objetivo de supe-

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rar a pobreza extrema no país. O compromisso do governo traduziu-se em decisão política firme, que colocou a pobreza no centro da agenda de políti-cas públicas do Brasil.

Crianças mais saudáveis e mais educadas são o principal ca-minho para resolver a pobreza de forma duradoura e sustentável. O Brasil Sem Miséria cuidou de am-pliar o acesso a creches e a escolas em tempo integral, assim como a melhores moradias. E fez mais.

No caso do Semiárido nor-destino, foram as cisternas o mo-tor da mudança. Em pouco mais de três anos, mais de 750 mil cisternas foram instaladas na re-gião, garantindo o acesso à água a quem, por vezes, tinha de buscá--la a horas de distância de casa.

Inclusão

Outro eixo importante do plano foram as ações de inclusão produtiva, que registraram mais de 1,5 milhão de matrículas em cur-sos de qualificação profissional. Entre os beneficiários do Bolsa Fa-mília, mais de 400 mil tornaram-

-se microempreendedores indi-viduais e contaram com crédito a juros mais baixos para produzir. No campo, agricultores familiares pobres também contaram com as-sistência técnica e acesso a crédito.

Parte dessa produção refor-çou a merenda oferecida nas es-colas públicas do país a 43 mi-lhões de crianças e jovens todos os dias. E ajudou o Brasil a superar outro problema histórico: a fome.

Em pouco mais de dez anos, 15,6 milhões de pessoas deixaram a condição de subalimentadas, segundo a Organização das Na-ções Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), que em 2014 tirou o país do Mapa da Fome.

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Tecnologia social

A tecnologia de captação de água da chuva, que transformou a vida de mais de quatro milhões de pessoas no Semiárido, pode ajudar a população das regiões Sudeste e Centro-Oeste a conviver com a estiagem. A cisterna – solu-ção simples e de baixo custo – ga-rante água de qualidade para uma família de cinco pessoas em um período de seca de até oito meses.

Mais de 1,1 milhão de unida-des para captação de água da chu-va foram entregues nos municípios do Nordeste e do Norte de Minas Gerais, o que representa uma capa-cidade de armazenamento de 17,8 bilhões de litros de água.

A construção das cisternas também gera renda nos municí-pios, promovendo o desenvolvi-mento local. Já foram investidos mais de R$ 3 bilhões na compra de insumos e na capacitação e pa-gamento de mão de obra.

“Os investimentos contínu-os ao longo dos anos, somados a uma parceria forte entre o gover-no federal, estados, municípios e

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sociedade civil, têm possibilitado ao Semiárido brasileiro conviver com os efeitos da seca, e não mais combatê-los, como era a cultura no passado”, afirmou o secretário nacional de Seguran-ça Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Arnoldo de Campos.

Convivência

O acesso à água também tem impacto na melhoria da qualidade de vida e da saúde das famílias. As maiores benefi-ciadas são mulheres e crianças, sobre quem recaía a tarefa de ter que caminhar longas distâncias e perder várias horas do dia para buscar água. Antes das cisternas,

cada família perdia, em média, até seis horas por dia para ir bus-car água em açudes – tempo que hoje pode ser dedicado a outras tarefas e para a melhoria da con-vivência familiar.

A captação da água da chuva tem ajudado ainda o agricultor fa-miliar a voltar a produzir alimentos e criar animais. Por meio do Plano Brasil Sem Miséria, entre 2011 e 2014, foram entregues mais de 98,6 mil tecnologias sociais, que podem armazenar até 52 mil litros de água para produção. As esco-las rurais da região também estão sendo atendidas: já são mais de 960 construídas.

O MDS está investindo R$ 69 milhões para a entrega de outras cinco mil unidades até o final deste ano.

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A captação de água da chuva já mudou a vida de mais de quatro milhões de pessoas que aprenderam a conviver com a seca

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Deputados de vários partidos se mobilizaram para pedir que o governo abra um canal de nego-ciação com os transportadores de cargas, para acalmar o movimen-to grevista e evitar novas paralisa-ções, que têm causado o desabas-tecimento de gêneros alimentícios e de combustíveis em vários pon-tos do país.

“Não é interferência. O go-verno precisa criar um ambien-te de negociação para sair desse impasse que se instalou”, ressalta o deputado Assis do Couto (PT-PR). Os transportadores alegam que o reajuste do óleo diesel elevou os custos do segmento, sem que tenha havido compensação com o au-mento do valor dos fretes.

Os caminhoneiros apresen-taram uma ampla pauta de reivin-dicação, que inclui, entre outros pontos, aumento do preço do frete pago pelas empresas que comer-cializam grãos (tradings), redução do preço do óleo diesel e amplia-ção do prazo de quitação dos fi-

nanciamentos tomados ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para renovação da frota de caminhões.

Margem

Para o deputado Ságuas Moraes (PT-MT), o governo tem margem para negociar algumas das exigências dos caminhonei-ros, como a ampliação do prazo de pagamento das dívidas com o BNDES e a sanção do projeto que modificou as condições de traba-lho da categoria, permitindo, por exemplo, uma jornada máxima de 12 horas de trabalho, contra 10 da legislação atual.

Outro ponto do projeto que os caminhoneiros querem manter é o fim da cobrança do pedágio quando o veículo estiver vazio. O texto foi aprovado há duas sema-nas pela Câmara dos Deputados e aguarda sanção presidencial.

Nos últimos dias, os cami-nhoneiros bloquearam rodovias

Deputados pedem diálogo com os caminhoneiros

em diversos estados, levando a Advocacia-Geral da União (AGU) a protocolar ações na Jus-tiça Federal em Goiás, Minas Ge-rais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina exigindo a liberação das estradas.

Segundo os parlamentares, o governo está aberto a compa-tibilizar os interesses o máximo possível.

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A Câmara dos Deputados aprovou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 358/13, que institui o chamado Orçamento Impositivo para as emendas indi-viduais de parlamentares ao Orça-mento Geral da União. O texto foi aprovado sem qualquer modifica-ção e como já havia sido passado pelo Senado será promulgado pe-

las mesas do Senado e da Câmara e integrará a Constituição. Foram 452 votos a favor, 18 contra e uma abstenção.

A PEC obriga o governo a executar as emendas individuais dos deputados e senadores até o limite de 1,2% da receita corren-te líquida (RCL) realizada no ano anterior. Na votação da PEC no Senado foi incluído dispositivo estabelecendo que 50% dos re-cursos dessas emendas devem ser destinados ao atendimento à saú-de, podendo ser usado no custeio do Sistema Único de Saúde (SUS), mas não poderá ser usado para o pagamento de pessoal ou de en-cargos sociais.

Destaque

Apenas um destaque supres-sivo foi apresentado à PEC. O dis-positivo pretendia excluir do texto da proposta a progressividade do

Câmara aprova orçamento impositivo

aumento de recursos destinados ao setor de saúde, estabelecido pela PEC em 15% da RCL no quinto ano. O destaque foi apre-sentado pelo PSOL e rejeitado pelo plenário.

Para o líder da legenda, depu-tado Chico Alencar (RJ), a parte da proposta que prevê alteração do fi-nanciamento mínimo para a saúde vai gerar uma perda para a área. “A PEC tem um condicionante grave, que é o escalonamento da saúde pública. Esse piso inicial represen-ta uma perda de R$ 7 bilhões para a saúde”, disse.

A aprovação do Orçamen-to Impositivo foi uma promessa de campanha do então candidato à Presidência da Câmara, depu-tado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Alves, que disputou a eleição para o governo do Rio Gran-de do Norte, acompanhou no plená-rio da Câmara a aprovação final da PEC do Orçamento Impositivo

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A Mesa Diretora da Câmara endureceu as regras para limitar o número de depu-

tados com prerrogativas para faltar às sessões plenárias da Casa sem justifi cativa. Pelas novas regras, só serão aceitas justifi cativas de faltas por licenças médicas e em missões ofi ciais da Câmara. Antes, os líderes partidários justifi cavam a ausência de deputados citando por exemplo que o faltoso estava em missão partidária.

O presidente da Câmara, de-putado Eduardo Cunha (PMDB--RJ), afi rmou que a primeira reu-nião da nova mesa diretora foi muito boa, com “debate mui-to acalorado” de vários temas. “Defi niu-se que não haverá mais aceitação da justifi cativa de lide-ranças partidárias para faltas. Será só as missões ofi ciais e licenças médicas, como havíamos falado

na semana anterior, na reunião de lideres, para que o quórum seja bastante acentuado.”

Cunha informou que antes havia dispensa de presença nas sessões de vários deputados por diversos motivos e que isso, mui-tas vezes, prejudicava as sessões com quórum baixo.

“Não sabíamos, mas havia dis-pensa de presença de um grande nú-mero de parlamentares por inúmeras situações. Restringimos a partir de agora a dispensa de presença somen-te aos líderes partidários e aos mem-bros da mesa. Diria que vai sair de mais de 120 para 20.”

Regras

Pelas novas regras, só estarão dispensados de presença em ple-nário os 11 integrantes da Mesa Diretora, os líderes dos 20 partidos

Novas regras para abonos de faltas de deputados

com direito a liderança, líderes do governo na Câmara e no Congres-so e líderes da minoria também na Câmara e no Congresso.

Antes eram dispensados de presença os presidentes de co-missões permanentes, especiais, mistas, das comissões parlamen-tares de inquérito, de líderes e até deputado que já tivesse sido pre-sidente do Senado, ex-presiden-tes da Câmara e outros.

Durante a reunião, os inte-grantes da Mesa Diretora também aprovaram um projeto de reso-lução que muda as regras para agilizar a votação de vetos presi-denciais, por meio de cédulas ele-trônicas e também reduz o número de destaques a serem apresentados nas apreciações de vetos.

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N a c i o n a l

O Ministério Público Fe-deral (MPF) ajuizou cinco ações de impro-

bidade contra empresas e execu-tivos investigados pela Opera-ção Lava Jato. Ao todo, o órgão cobra R$ 4,47 bilhões por des-vios de recursos da Petrobras. O montante envolve ressarcimento ao erário, indenização por danos morais coletivos e multa civil. São alvo das ações a Camargo Corrêa, Sanko-Sider, Mendes Jú-nior, OAS, Galvão Engenharia, e Engevix.

Do total cobrado nas cinco ações, a maior parte corresponde a indenizações por danos morais coletivos – R$ 3,19 bilhões. Ou-tros R$ 959 milhões dizem respei-to a multas civis, enquanto R$ 319 milhões correspondem a ressarci-mento ao erário por desvios de re-cursos da estatal.

Segundo o MPF, as ações de improbidade, ao contrário das ações penais que já tramitam na esfera criminal contra os acusa-dos, permitem que as empresas também possam ser punidas por eventuais irregularidades. Se acei-tas pela Justiça, as ações de im-probidade devem tramitar na es-fera cível.

O órgão pede ainda a proi-bição de contratar com o poder público e de receber benefícios ou incentivos fiscais ou de crédi-to. Ficam sujeitas às sanções, ain-da, empresas ligadas ao mesmo grupo econômico eventualmente condenado.

Conforme o MPF, as ações detalham a participação dos en-volvidos no pagamento de propi-na para funcionários da Petrobras. Os valores variavam entre 1% e 3% do total de contratos bilioná-

MPF cobra R$ 4,47 bi desviados da Petrobras

rios obtidos através de licitações fraudadas. Ainda conforme o MPF, o esquema perdurou entre os anos de 2004 e 2012, com pagamentos se estendendo até o ano de 2014.

criminal

Executivos ligados às em-preiteiras já respondem à Justi-ça na esfera criminal por crimes como corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lava-gem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro nacional. Em dezembro de 2014, o MPF ofereceu denúncias contra 36 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato.

Além das condenações, o objetivo das ações, que atual-mente estão em fase de audiên-cias, é recuperar R$ 1,18 bilhão.

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N a c i o n a l

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, informou que o Governo Federal lançará um novo programa de efi ciência energética para dar ainda mais segurança e robustez ao sistema elétrico nacio-nal. Entre o conjunto de medidas analisadas estão formas de premiar os consumidores de energia - sejam residências, fábricas, comércios e prédios públicos - que adotarem medidas de efi ciência energética.

“Nós vamos lançar um pro-grama de efi ciência energética que com certeza vai ter um im-pacto muito positivo. Estamos trabalhando nisso e esperamos

que nos próximos 60 a 90 dias, nós possamos ter um conjunto de ações”, afi rmou o ministro.

O ministro reforçou que tanto os consumidores públicos quando privados serão incenti-vados a consumirem energia de forma mais efi ciente. Braga citou, como exemplo, ações que podem ser tomadas pelo Poder Público, como a troca de lâmpadas dos prédios públicos por opções mais efi cientes (como as LED) e insta-lação de equipamentos que des-ligam as luzes automaticamente quando não estão em uso, evitan-do desperdícios.

Brasil terá novo programa de eficiência energética

Para ele, o uso inteligente da energia deve ser disseminado cada vez mais, independente-mente do ritmo hidrológico, pois faz com que ela seja mais barata para os usuários.

“Nossa energia é robusta, mas não é barata, porque nós esta-mos usando energia termelétrica. Estamos com regime de bandeiras e o consumidor está começando a ver quanto isso custa. Usar efi ci-ência energética é sempre impor-tante”, afi rmou o ministro

Bandeiras

Eduardo Braga defendeu o uso consciente de energia e des-tacou que o regime de bandeiras tarifárias auxilia o consumidor a administrar seus gastos

As “bandeiras tarifárias” in-dicam o custo da energia elétri-ca no país, sinalizando elevação dos preços. O sistema cria uma relação entre o valor pago pelo consumidor e o custo atualizado pago pelas geradoras.

Além de indicar que o custo de geração de energia está eleva-do, por conta do acionamento de termelétricas para poupar

água nos reservatórios, o sistema de bandeiras re-passa mensalmente às tarifas parte dos custos adicionais na geração.

uso consciente de energia e des-tacou que o regime de bandeiras tarifárias auxilia o consumidor a administrar seus gastos

As “bandeiras tarifárias” in-dicam o custo da energia elétri-ca no país, sinalizando elevação dos preços. O sistema cria uma relação entre o valor pago pelo consumidor e o custo atualizado pago pelas geradoras.

Além de indicar que o custo de geração de energia está eleva-do, por conta do acionamento de termelétricas para poupar

água nos reservatórios, o sistema de bandeiras re-passa mensalmente às tarifas parte dos custos adicionais na geração.

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N a c i o n a l

O profissional que deseja se atualizar mas não tem como fre-quentar aulas presenciais já pode se matricular nos cursos de Capa-citações Tecnológicas à distância do SENAR (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). As matrículas para novas turmas nas áreas de Flo-ricultura, Suinocultura, Silvicultura e Heveicultura estão abertas.

Lançados há apenas três me-ses, os programas já capacitaram mais de mil profissionais nas qua-tro áreas. “São cursos que trazem inovações em cadeias produtivas em crescimento acelerado e que, ao mesmo tempo, estão carentes de profissionais qualificados, por isso é natural que despertem grande inte-resse”, observa a coordenadora da EaD SENAR, Larissa Arêa.

Os programas de Capacita-ções Tecnológicas são voltados para quem tem formação técnica ou superior nas áreas de Ciências

Agrárias e quer ficar em dia com o que há de mais moderno no mercado.

Proposta

A proposta do SENAR é dis-seminar técnicas que reduzam os custos e aumentem a produtivida-de. Todos os cursos são gratuitos e à distância, para que o participan-te possa seguir seu próprio ritmo. Só é preciso cumprir a carga ho-rária específica e respeitar o prazo de conclusão de cada curso.

Dentro do programa de He-veicultura estão abertas matrí-

Senar abre novas turmas de capacitação tecnológica

culas para os cursos Sistemas de Cultivo de Seringueira e Produção de Látex, Produção de Mudas de Seringueira e Legislação, Relações de Trabalho e Cooperativismo na Heveicultura.

Na área de Silvicultura são oferecidos os cursos Sistemas de Cultivo na Silvicultura e Projetos Florestais, Produção de Mudas e Manejo Produtivo na Silvicultura e Legislação, Relações de Traba-lho e Certificação e Gestão do Em-preendimento Florestal.

Os profissionais da área de Floricultura podem se matricular em Sistemas Produtivos e Manejos Culturais na Floricultura, Produção de Flores de Corte, Flores de Vaso e Plantas Ornamentais ou Legisla-ção, Planejamento e o Mercado de Flores. No programa de Suinocul-tura dois cursos estão disponíveis, Assuntos Gerais na Suinocultura e Produção na Suinocultura

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O governador do Rio Grande do Norte, Robinson Faria (PSD), assinou Termo de Compromisso com o movimento das pessoas atingidas pela Construção da Bar-ragem de Oiticica. O documento traz um novo cronograma para o pagamento das indenizações e para execução de obras físicas e sociais necessárias ao reassenta-mento dos moradores da área ur-bana e rural onde o reservatório está sendo construído.

“Esse momento é histórico e mostra que consciência coletiva leva a realização de sonhos, no caso a Barragem de Oiticica, que é aguardada há tantas décadas; agradeço aos moradores pelo ges-to de confiança na nossa gestão, o

que demonstra a credibilidade e aumenta a nossa responsabilida-de e o nosso desafio; vamos cum-prir rigorosamente o cronograma aqui estabelecido, pois essa é uma obra de interesse de todos”, declarou o governador.

Pelo acordo, o estado tem até 30 de agosto deste ano para realizar os pagamentos das 381 indenizações. Destas, 127 esta-vam com os processos ajuizados, mas apenas 69 pagas. Esse é um ponto de insatisfação dos mora-dores que agora ganhou agilida-de. Para esta etapa o investimento será de R$ 26 milhões.

Moradias No local será erguida a co-

munidade Nova Barra de Santana, em fase de conclusão e aprova-ção dos projetos de residências,

Rio Grande do Norte retoma obra da barragem de Oiticica

prédios públicos e comerciais e de infraestrutura. A previsão é que em setembro de 2015 seja realizada a licitação para a obra.

A conclusão das agrovilas para o reassentamento de mora-dores que desejam permanecer em área rural está previsto para outubro. O custo estimado para a construção das três agrovilas nos municípios de São Fernando, Jucu-rutu e Jardim de Piranhas é de R$ 8,5 milhões.

Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente e Recursos Hí-dricos, Mairton França, o estado vai manter a postura de diálogo com os atingidos pela obra. “Agora sincronizamos as obras da barra-gem com as obras sociais e todo o processo será conduzido de forma transparente para podermos em ju-lho de 2017 entregar Oiticica com-pleta”, destacou.

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Ao abrir a sétima legislatura da Assembleia Le-gislativa de Roraima, a governadora Suely Campos (PP) ressaltou sua disposição em atuar em parceria com todas as instituições para reerguer o estado. “Es-tamos começando o mandato que nos foi confiado pela população de Roraima com a certeza de que trabalharemos incansavelmente para realizar um bom governo. Vamos fazer uma revolução em todas as áreas, para melhorar a qualidade de vida da nos-sa população”, afirmou a governadora, enfatizando que sua missão é promover o desenvolvimento e a justiça social em Roraima.

Na mensagem, Suely Campos lamentou a dívi-da de quase R$ 2 bilhões herdada da gestão anterior e que compromete mensalmente R$ 17 milhões do orçamento do Governo para o exercício de 2015, fixado em pouco mais de R$ 3 bilhões. Ela expli-cou que, nos primeiros 50 dias de gestão, sua equipe adotou ações emergenciais para cumprir as priori-

Governadora abre ano legislativo em Roraima

dades na saúde, na educação, na ação social e no sistema prisional.

Suely Campos reconheceu que sua gestão terá um longo e árduo caminho pela frente. “Precisamos reorganizar o estado e colocar em prática todo o pla-nejamento traçado para o período de 2015 a 2018, e é fundamental que o Legislativo seja parceiro do Executivo, mantendo uma relação harmônica e in-dependente, focada em bem servir aos interesses ins-titucionais do estado e da população”.

Desafios

Para a governadora, o primeiro grande desafio a ser vencido é a aprovação do ZEE (Zoneamento Eco-lógico Econômico), cujo projeto está sendo revisado para adequá-lo às normativas do Ministério do Meio Ambiente. “Brevemente ele será encaminhado para apreciação da Assembleia”, afirmou.

Outro desafio apontado pela governadora é a reestruturação do sistema educacional. Ela informou que os reparos na estrutura física das escolas da rede estadual já foram iniciados e que o governo implan-tará um novo projeto pedagógico para melhorar os indicadores educacionais no estado.

“Vamos fazer uma revolução em todas as áreas para melhorar a qualidade de vida da nossa população”

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Na área da saúde, a governadora destacou alguns avanços conquistados nos primeiros meses de gestão, como a retomada das cirurgias eletivas no Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital de Rorainópo-lis. “As obras de ampliação do HGR foram retomadas. Ainda este ano, entregaremos mais de 120 leitos de internação e 40 leitos de UTI”, afirmou.

Reestruturação

A reestruturação da área social também é uma prioridade da nova gestão. O plano já começou a ser executado, com o recadastramento do Crédito Social para garantir o benefício às famílias de baixa renda. A governadora quer reativar programas de habitação, para reduzir o déficit habitacional em Roraima e garantir a sustentabilidade dos povos in-dígenas:

Na área de segurança, a governadora informou que o sistema receberá maior atenção para atuar de forma mais eficiente na prevenção e no combate

ao crime. “Mantivemos e vamos ampliar o programa Ronda no Bairro, para aumentar a presença da Polícia Militar nas ruas e redu-zir o tempo de resposta ao atendimento das ocorrências”, afirmou Suely Campos em sua mensagem governamental.

O sistema prisional também recebe-rá novos investimentos. Segundo a gover-nadora, a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo já passa por melhorias na estrutura física, com a construção de cozinha, refei-tório e recuperação dos alojamentos dos agentes penitenciários. As obras do presídio de Rorainópolis serão retomadas e os ser-viços médicos-odontológicos voltaram a ser oferecidos para a população carcerária e a alimentação de qualidade foi restabelecida.

“É fundamental que o Legislativo seja parceiro

do Executivo”

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Reunido com representantes da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf),

Eletrobras Distribuição Piauí, Casa dos Ventos e da empresa Contour Global Latam (maior empresa de investimento em energia eólica da América Latina), o goverrnador Wellington Dias (PT) conheceu os projetos de investimentos em energia eólica que estão sendo re-alizados no Piauí.

Segundo o governador, o estado tem um grande potencial para receber novos projetos para o setor e os investimentos não se

limitam à questão da energia re-novável, sendo um importante componente social de geração de emprego e renda para a so-ciedade. “O Brasil vive hoje uma escassez de energia e o Piauí, na divisa com o Ceará, Pernambuco, Bahia, Tocantins e Maranhão, tem um potencial gigante”, enfatizou o governador.

Entusiasta da energia limpa e renovável, Wellington Dias desta-cou a importância desses investi-mentos para o desenvolvimento do estado. Ele informou que várias empresas estão investindo mais de R$ 6 bilhões em Marcolândia, Caldeirão Grande, Simões, Cur-ral Novo, Caridade e Queimada Nova, gerando energia, progresso e uma importante parceria social na região.

Riquezas

De acordo com o governa-dor, uma dessas parcerias envolve o apoio financeiro para a forma-

Piauí vira canteiro de energia renovável

ção de profissionais para atuarem no setor e a qualificação dos na-tivos para diversos arranjos pro-dutivos. “O estado tem potencial para gerar riquezas econômicas e sociais a partir de todas as matri-zes energéticas”.

Os projetos vão dinamizar a economia local através da con-tratação de mão de obra, serviços locais e compra de materiais no estado. Também possibilitarão a criação de renda permanente através dos contratos de arren-damento de terra em montante de R$4 milhões por ano. Sendo R$80 milhões ao longo dos 20 anos de contrato.

Alessandra Marinheiro, Ceo da Contour Global Latam, infor-mou que a empresa está inves-tindo R$1,8 bilhão em projetos eólicos na região da chapada do Piauí. “Os novos parques entra-rão em operação ainda este ano, justamente no momento critico em que o país precisa de novas fontes de geração de energia”

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O projeto “Agricultura Irri-gada Paulista”, coordenado pelo Fundo de Expansão do Agronegó-cio Paulista (Feap) passou por al-terações e trouxe novidades para os produtores rurais de São Paulo.

A partir de agora, entre os itens financiáveis está a construção de poços artesianos ou semiarte-sianos, incluindo-se os respectivos equipamentos de sucção e bom-beamento destinados à atividade agrosilvopastoril. O teto das opera-ções de financiamento é de até R$ 200 mil.

A nova fase do projeto tam-bém oferece até R$ 500 mil para aquisição e/ou modernização de equipamentos de irrigação, con-templando todos os demais itens e acessórios necessários à viabi-lização do projeto técnico, que garantam maior eficiência no uso dos recursos hídricos.

Além dos equipamentos de irrigação e todos os acessórios

necessários para a implantação do projeto técnico, o produtor poderá incluir no financiamen-to as despesas com procedi-mentos necessários para obter a outorga dágua, georreferen-ciamento e processo de licen-ciamento ambiental.

Demanda antiga

Destinado a produtores, coo-perativas e associações, o progra-ma está revolucionando a agricul-tura irrigada na região. A linha de crédito foi criada a partir de uma antiga demanda do setor produtivo e irá contemplar a introdução ou ampliação de sistemas de irrigação que minimizam os efeitos da estia-gem, com uso otimizado da água, permitindo a diversificação de cul-turas e incentivando a adoção de sistemas integrados de produção.

Podem se candidatar os pro-dutores rurais com renda bruta

São Paulo estimula eficiência no uso dos recursos hídricos

agropecuária anual de até R$ 800 mil, que represente, no mínimo, 50% do total de sua renda bruta anual, assim como as cooperati-vas e associações de produtores rurais com faturamento bruto anual de até R$ 3 milhões e pro-dutores rurais constituídos como pessoa jurídica com faturamento anual de até R$ 2,4 milhões.

O pagamento da dívida po-derá ser feito em até 72 meses, incluindo carência de 36 meses.

Linha de crédito beneficia produtores, cooperativas e associações

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O governador de Pernam-buco, Paulo Câmara (PSB), reuniu 27 prefei-

tos de todas as regiões do estado para traçar estratégias conjuntas para superar os desafios de 2015. De acordo com o governador, a reunião fez parte de um “amplo processo de diálogo” que o gover-no manterá com as prefeituras.

Ele reiterou que todos os de-safios serão vencidos através do diálogo e que este ano será desa-fiador do ponto de vista econô-mico. “Temos que nos organizar e trabalhar para manter o ritmo de crescimento”, convocou Paulo Câmara.

Todos os integrantes da recém-eleita diretoria da Asso-ciação Municipalista de Pernam-buco (Amupe) participaram do encontro, que debateu, entre ou-tros pontos, a criação de parcerias

nas áreas de Educação, Saúde e Transportes.

Falando em nome da Amupe, José Patriota, prefeito de Afogados da Ingazeira e presidente da As-sociação, reiterou que os prefeitos apostam na criação de consórcios para otimizar a utilização dos re-cursos públicos.

“Os municípios e o estado têm a cada dia que gastar melhor; fazer mais com menos. Temos, agora, a experiência do consór-cio, um mecanismo que une os municípios em prol de uma ação”, ressaltou o prefeito.

Boa notícia

O Centro de Distribuição de veículos da Toyota começará a operar já no primeiro trimes-tre de 2016, nas proximidades do Complexo Industrial Portu-

Governador quer incrementar parcerias com prefeituras

ário de Suape. O protocolo de intenções para a realização do empreendimento já foi assinado e a expectativa é incrementar a economia do estado em R$ 2 bi-lhões ao ano.

A vinda da fabricante japone-sa reforça a consolidação de polo automotivo de Pernambuco, que já conta com outros centros de dis-tribuição da GM e da Volkswagem, ambos em Suape, além de uma fá-brica da Jeep, em Goiana.

Paulo Câmara destacou que Pernambuco, além de uma po-lítica econômica estável e um ambiente fiscal atrativo, dispõe de uma geografia privilegiada e da infraestrutura necessária para um empreendimento desse porte. “Essa parceria nos renderá muitos frutos e vai mostrar ao País que investir em Pernambuco é um grande negócio”, afirmou.

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O prefeito de Anápolis, João Gomes (PT), recebeu o primeiro diagnóstico municipal da Situa-ção da Criança e do Adolescen-te. O diagnóstico é um estudo completo da situação social e necessidades das crianças e dos adolescentes de Anápolis. Inédito em Goiás, o estudo foi encomen-dado pelo Conselho Municipal do Direito da Criança e Adolescente e produzido por pesquisadores do programa de mestrado da UniE-vangélica.

Com esse estudo, é possível conhecer os bairros que precisam de ações sociais e qual região conta com serviços do poder pú-blico. A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Irmã Iosita Frei-tas, ressaltou que o documento tem o papel de verificar todas as

atividades relacionadas ao desen-volvimento de ações específicas a esta classe social.

Profissionais de diferentes áreas como, por exemplo, geografia e biologia, conselheiros municipais e Conselho Tutelar contribuíram com o levantamento geral sobre as políticas públicas existentes na cidade. O resultado do estudo vai aperfeiçoar as políticas publicas e ajudar a resgatar a cidadania de jo-vens em situação de risco.

É só o começo

O material foi entregue ao chefe do Executivo pelas equipes da Secretaria Municipal de Desen-volvimento Social e do Conselho Municipal do Direito da Criança e Adolescente, em encontro que

Anápolis resgata jovens em situação de risco

reuniu a primeira-dama, Lucimar Gomes, o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Francis-co Rosa, a presidente do Con-selho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Irmã Iosita Freitas, e a diretora muni-cipal de Trabalho, Emprego e Renda, Mirna Maria Vieira, entre outras autoridades.

Ao receber o primeiro diagnóstico, o prefeito João Go-mes destacou que ele é só o co-meço de um minucioso estudo que não pode ser interrompido. “Já surgiram bairros novos que precisam desse acompanhamen-to para que tenham também nos-sos investimentos. Por isso deve-mos continuar trabalhando para que esse material seja constante-mente atualizado”, ressaltou.

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A Prefeitura de Contagem (MG) está investindo pesado e pro-movendo uma ampla reestrutura-ção do sistema público de saúde, tendo como carro chefe o Programa Telessaúde Brasil Redes, criado em 2007 pelo Governo Federal para dar suporte aos médicos que aten-dem na Atenção Básica de Saúde e na Atenção Especializada

O Telessaúde de Contagem começou a ser estruturado em 2013 e hoje conta com 89 pontos, com instalações distribuídas pelos sete Distritos Sanitários da cidade. Nos telepontos de atendimento,

Sistema traz avanço para saúde em Contagem

as equipes do Programa Saúde da Família (PSF) compartilham infor-mações através de computadores equipados com webcam, impres-sora e câmera digital.

Em caso de dúvida sobre pro-cedimentos ou diagnósticos, o mé-dico da Atenção Básica pode fazer uma consulta, via computador, à equipe de médicos especialistas do Núcleo de Tecnologia (NU-TEL), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que dá o suporte, por meio de um grupo de doutores de várias especialidades médicas.

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cam, entre o médico da atenção básica e o especialista da Nutel.

No não simultâneo, as infor-mações, laudo e imagem são en-viados ao especialista da UFMG, que avalia o caso e, em até 72 ho-ras, encaminha seu parecer. Neste módulo, o paciente tem um retorno agendado, em um breve espaço de tempo, para receber o retorno.

Já no módulo 0800 a as-sistência é feita por telefone e acontece, exclusivamente, nas unidades que ainda não possuem conexão com a internet.

Praticidade

O diretor Médico de Especia-lidades, do Centro de Consultas Especializadas (CCE), Henrique Jannuzzi, explica que a ideia é dar apoio aos médicos da Atenção Bá-sica quando surge alguma dúvida ou dificuldade, sobretudo para os profissionais que atuam nos Pro-gramas de Valorização da Atenção Básica e no Mais Médicos.

Para a coordenadora do Nú-cleo Intermunicipal do Telessaú-de Contagem, Mayara Shigueki

Rossi, a teleconsultoria possui um componente pedagógico, pois elas funcionam como um espaço de debates das melhores práticas médicas, “o que os qualifica ainda mais, evitando encaminhamentos desnecessários e diminuindo a fila de espera de atendimentos espe-cializados”.

O programa ainda oferece um ganho de comodidade para os pa-cientes que residem distantes dos grandes centros. “Eles têm a possi-bilidade de resolver o caso no pró-prio posto com os profissionais da atenção básica”, ressalta a coorde-nadora do Núcleo de Telessaúde de Contagem, Mayara Shigueki.

Telessaúde qualifica atendimentos médico e de enfermagem prestados nas unidades

Qualificação

O suporte virtual está surtin-do efeito. Estudos realizados pelo Centro de Telessaúde da UFMG mostraram uma redução de 81% do número de encaminhamentos em cardiologia após a implementação desse serviço em alguns municípios.

“É um trabalho que qualifica o atendimento médico prestado nas Unidades Básicas de Saúde e otimiza os gastos da saúde públi-ca”, enfatiza o secretário munici-pal de Saúde, Evandro José.

As teleassistências são feitas em três módulos: simultâneo, não simultâneo e 0800. O atendimen-to simultâneo permite a assistência em tempo real, por meio da web-

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M u n i c í p i o s

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amapá estão mo-bilizados para enfrentar as situa-ções de alagamentos na capital do estado. Com o apoio de diversos órgãos da administração pública, eles atualizaram o Plano de Con-tingência e fizeram um minucioso levantamento dos recursos huma-nos e materiais disponíveis para o atendimento à população..

Para o chefe de Operações da Defesa Civil Estadual, tenente Ali-son Manoel Cardoso, o plano vai auxiliar na atuação dos órgãos, pois todos saberão como agir nes-ses casos, reduzindo o tempo de ação e atendimento à população.

Segundo o secretário-executi-vo da Defesa Civil, tenente-coronel Alexandre Veríssimo, esta foi pri-meira vez em que todos os órgãos

compareceram ao planejamen-to. Ele garante que a Defesa Civil está preparada para agir: “É muito importante a presença de todos os órgãos convidados, pois é um tra-balho em conjunto”, enfatiza.

De acordo com o plano, a Defesa Civil do município tem até uma hora para acionar todos os ou-tros órgãos entrarem em ação.

Previsão

Além do Plano da Defesa Ci-vil, cada área deve montar o seu plano interno do que fazer nos casos de alagamento. Com essa atualização, o estado e município estão preparados para casos de enchentes e alagamentos.

Todas as informações so-bre a previsão do tempo serão

Plano de contingência de alagamentos para Macapá

repassadas em tempo real pelo núcleo de meteorologia do Ins-tituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (Iepa). “Vamos verifi-car a quantidade de chuvas, onde alagou, como está a maré e alertar a Defesa Civil quan-do houver risco para a popula-ção”, informou o meteorologis-ta do Iepa, Jefferson Vilhena.

Psicólogos e assistentes so-ciais também atuarão no aten-dimento às vítimas. “Quando este tipo de situação ocorre, é feito um levantamento das pes-soas que precisarão sair dos lo-cais alagados e que tipo de au-xílio elas necessitam,” explica a secretária-adjunta da Política de Assistência da secretaria, Patrícia Silva.

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M u n i c í p i o s

As medidas de austeridade fiscal lançadas pelo Governo Fe-deral nas primeiras semanas de 2015 para equilibrar as finanças não vão prejudicar a disponibi-lização de recursos aos municí-pios. A garantia foi dada pelo de-putado federal Zeca Dirceu (PT), que acompanha de perto a execu-ção de obras federais em todo o Paraná e afirma que as prefeituras não correm risco de terem investi-mentos interrompidos ou prejudi-cados de alguma forma.

“A presidenta Dilma está es-tabelecendo ações para prevenir qualquer desgaste. Temos grandes ações na educação, saúde e infra-estrutura que estarão normalmen-te com seus devidos pagamentos. A grande imprensa continua pre-vendo catástrofes, mas isso não é o que eu tenho visto nos municí-pios”, destacou o parlamentar.

Recentemente, o deputado vistoriou algumas obras do Go-verno Federal no município de Tuneiras do Oeste, como a cons-trução da Unidade Básica de Saú-de (UBS) Angelo Feltran Zanoni e as ampliações das UBS dos distri-tos de Aparecida do Oeste, Mara-bá, dos minispostos de Guaraita-va e Canaã.

O município também rece-beu mais de R$ 6 milhões para a construção de uma creche e duas novas escolas, escola de 12 salas,

uma escola de seis salas no distri-to de Marabá. Na ocasião, o de-putado visitou essas obras.

Deputado acompanha obras no Paraná

Cianorte Em Cianorte, as obras do Go-

verno federal também continuam a todo vapor e várias delas já es-tão sendo entregues à população, como duas novas creches e uma escola técnica profissionalizante, que receberam mais de R$ 9 mi-lhões em Investimentos.

Nos próximos meses, a pre-feitura municipal liberará mais R$ 5,8 milhões, sendo R$ 4 milhões para a construção de mais uma creche, duas novas escolas mu-nicipais e uma quadra coberta, e

R$ 1, 8 milhão para a aquisição de ônibus escolares.

Outros R$ 2,3 milhões serão destinados para a conclusão do sis-tema de abastecimento do municí-pio de Quatro Pontes. O recurso foi conquistado por meio de emenda parlamentar apresentado pelo de-putado Zeca Dirceu, com repasse garantido pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde).

Temos grandes ações na

educação, saúde e infraestrutura

que estarão normalmente

com seus devidos pagamentos

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RENATO RIELLA [email protected]

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UM JUIZ TARADO POR CARRÕES

De tudo o que se viu no Brasil nos últimos tempos, uma das coisas mais chocantes foi a história do juiz que confi scou os bens do suspeitíssimo Eike Batista, tendo levado, de forma inexplicável, dois carrões para a própria casa. Depois, soube--se que o juiz levou também um sofi sticado piano.

O caso gerou grande repercussão, investigações e críti-cas, mas principalmente provocou desânimo na população comum, que não sabe mais em quem confi ar.

AUMENTO ASSUSTADOR NA TARIFA DOS ÔNIBUS

O DF recebe, diariamente, 700 mil pessoas vindas do Entorno em busca de trabalho e educação. Esses cidadãos são quase que obrigados a virem para Brasília, pois não encontram emprego nas suas cidades. O deslocamento para a capital é feito por meio de ônibus lotados, lentos e caindo aos pedaços. E, como se não fosse o bastante, a passagem está 18,39% mais cara. Em alguns muni-cípios, como no caso de Planaltina de Goiás, o bilhete para o DF custará R$ 5,55. Muito pesado, levando-se em conta o ida-e-volta.

SUPLENTE DE SENADOR É UMA ABERRAÇÃO

Na reforma política, vem sen-do esquecida a fórmula indecente dos suplentes de senadores. Funcio-na assim: antes da eleição, um políti-co com muito voto, apto a se eleger, escolhe alea-toriamente o seu primeiro suplente e o seu segundo suplente, segundo critérios quase sempre desones-tos. Nesta escolha pesam fatores vergonhosos, in-clusive dinheiro.

É preciso mudar isso. A fórmula mais aceitável é empossar o segundo mais votado no estado, caso o senador eleito morra, caso renuncie, seja cassado ou fi que maluco.

50 TONS DE MUITAS TORTURAS SEXUAIS

É preocu-pante o sucesso, em todo o mun-do, do fi lme 50 Tons de Cinza. É a história de um milionário jovem e muito bonito (perfeito, fi sica-

mente). Ele vive sob grave quadro psiquiátrico. É passível de internação ou de prisão, com pena aci-ma de dez anos.

No Brasil, seria massacrado pela Lei Maria da Penha. Nos Estados Unidos, se denunciado, pega-ria pena superior à cumprida por Mike Tison, pois mantém até uma sala de torturas sexuais. Mas faz sucesso também no Brasil.

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DÍVIDA BRASILEIRA É GRANDE AMEAÇA

A Dívida Pública Federal (DPF) cresceu 8,15% em 2014 e encerrou o ano em R$ 2,296 trilhões. Os dados são do Tesouro Nacional. A dívida pú-blica externa apresentou o crescimento mais expressivo em 2014, de 18,6%, passando para R$ 112,3 bilhões, em função da valorização do dólar.

O Brasil consegue manter reservas externas na faixa de 372 bilhões de dólares, o que dá garantias ao país no exterior. Mas essas reservas vão acabar sendo usadas para pagar dívidas.

INCENTIVO AO MENOR CONSUMO DE ÁGUA

Em Brasília, uma boa iniciativa. A par-tir de março, a Caesb (companhia de águas) dará um bônus-desconto de 20% aos usuários que conse-guirem reduzir o consumo de água em comparação ao ano anterior.

A medida atende à Lei Distrital nº 4.341, de 22 de junho de 2009, e à Resolução nº 06, de 5 de julho de 2010, da Adasa, e já está sendo prati-cada pela Caesb pelo quinto ano consecutivo.

ECONOMIA PODE CAIR ESTE ANO

O clima de re-cessão já domina o ambiente empresarial brasileiro. Os analis-tas consultados sema-nalmente pelo Banco

Central preveem retração de 0,5% no Produto Inter-no Bruto (PIB, soma dos bens e riquezas produzidos em um país) em 2015. Para 2016, é esperado que a economia cresça com elevação de 1,5% do PIB.

Os analistas também estão mais pessimistas em relação à inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O mercado espera que ela encerre 2015 em 7,33%.

ESCÂNDALO DO HSBC PODE ABA-LAR O MUNDO

Um escandaloso vazamento de documentos mostrou que brasileiros super-ricos escondem quase R$ 20 bilhões, em oito mil contas secretas – e possivelmente ilegais – na filial suíça do banco HSBC. O Brasil precisa agir rápido, garantindo que eles não escapem da Justiça.

Segundo a ONG Avaaz, o governo brasileiro sabe quem está na lista de clientes e dis-se que está investigando, mas até agora não houve ação real para punir os sonegadores.

FÓRUM MUNDIAL DAS ÁGUAS SERÁ NO DF

Em meio a tantos cortes de despesa, é animador ver que o governador Rodri-go Rollemberg decidiu manter o apoio ao Fórum Mundial da Água, previsto para se realizar em 2018, no DF. Vai ha-ver uma edição desse Fórum em abril deste ano, na Coreia do Sul. O evento reúne estudiosos, governos, empresas e a sociedade. Juntos, vão compartilhar problemas e soluções relacionadas aos recursos hídricos.

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30 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

S a ú d e

Lançado em janeiro, o novo edital do Programa Mais Médicos foi um sucesso e supriu 91% da demanda dos municípios logo na primeira chamada de médicos brasileiros. Das 1.294 cidades inscritas, apenas 67 não conse-guiram atrair profissionais e ape-nas um, dos 12 distritos indígenas, não preencheu todas as vagas.

Das 4.146 opções disponíveis para os médicos, 3.936 já foram ocupadas. Ao todo, 1.227 cidades atraíram médicos para ocupar inte-gral ou parcialmente as vagas nas unidades básicas de saúde.

Cerca de 50% (605) dos mu-nicípios escolhidos estão dentro do critério de vulnerabilidade social e econômico, como as cidades com 20% de sua população em extrema pobreza, com IDH baixo e muito baixo, localizadas no semiárido, Vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira e nas periferias de capitais e regiões metropolitanas.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, avalia que os excelentes números de inscrição dos médi-cos e escolha de municípios de-monstram a efetividade do Progra-ma. “O Mais Médicos de fato está tendo uma resposta de credibili-dade da população, dos gestores e dos médicos que participam do Programa. Todos demostram uma

satisfação muito grande com o Mais Médicos”, comemora.

Criado em 2013, o Mais Mé-dicos ampliou à assistência na atenção básica, fixando médicos nas regiões com carência de profis-sionais. Além de suprir a demanda dos municípios, a iniciativa prevê investimento na infraestrutura e for-mação profissional.

Radiografia

O Sudeste foi a região mais atendida: das 1.019 opções dis-poníveis, 1.010 foram preenchi-das. No Sul, das 520 solicitadas, 504 foram ocupadas, seguido do Centro-Oeste, com 380 ocupa-das entre as 393 disponíveis, do Nordeste, com 1.708, das 1.784 possíveis e do Norte que 303 pro-fissionais para as 395 vagas apon-tadas pelos municípios.

Com a ocupação das 4.146 vagas apontadas pelos municípios no novo edital, o Governo Federal garantirá em 2015 a permanência de 18.247 médicos nas unidades básicas de saúde de todo o país, levando assistência para cerca de 63 milhões de pessoas.

Até 2014, 14.462 médicos atuavam em 3.785 municípios, beneficiando 50 milhões de bra-sileiros. “Em um curto espaço de

O sucesso do Mais Médicos e da Farmácia Popular

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tempo conseguiremos um salto enorme na ampliação da assistên-cia na atenção básica. Hoje, po-pulação e entidades médicas, têm a real dimensão do que o Programa representa para a população brasi-leira”, enfatizou Arthur Chioro.

Farmácia Popular

O Mais Médicos não é o único programa bem sucedido implantado pelo Governo Fede-ral na área da saúde. O Farmácia Popular, criado pelo Ministério da Saúde para ofertar medicamen-tos gratuitos ou com até 90% de desconto para a população, ultra-passou as fronteiras brasileiras. O programa está sendo adotado pelo Equador e aplicado como referên-cia no programa peruano de far-mácias Inclusivas

Atualmente, o programa bra-sileiro Farmácia Popular disponi-biliza 113 itens na rede própria e 25 nas drogarias particulares, por meio do Aqui Tem Farmácia Popu-

lar. São fornecidos medicamentos para tratamento de doenças como colesterol, osteoporose, doença de Parkinson, glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátri-cas.

A transferência de tecnologia do Farmácia Popular para o Equa-dor prevê, entre outras ações, o fortalecimento da cooperação nas áreas de nutrição, medicamentos e vigilância sanitária. O trabalho é acompanhado por representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) e incluiu a transferência do sistema de in-formática, de monitoramento, de acompanhamento e de avaliação do Farmácia Popular; determina-ção do preço/valor de referência dos medicamentos e o sistema de segurança do programa.

Além do fortalecimento das estratégias para saúde materna e infantil e do acesso à assistência farmacêutica, o acordo envolve as áreas de pesquisa em saúde e ava-liação de tecnologias sanitárias.

S a ú d e

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E d u c a ç ã o

O número de crianças e ado-lescentes matriculados em escolas de educação integral não para de crescer. Desde 2010, a quantida-de de alunos que permanecem pelo menos sete horas diárias em atividades escolares mais que tri-plicou, atingindo um total de 4,4 milhões de estudantes no último ano letivo.

O Censo Escolar da Educa-ção Básica de 2014 divulgado pelo Instituto Nacional de Estu-dos e Pesquisas Educacionais Aní-sio Teixeira (Inep) mostra que as matrículas em educação integral apresentaram crescimento expres-sivo pelo quinto ano consecutivo. No ano passado, o aumento foi de 41,2%.

Segundo o presidente do Inep, Chico Soares, a expansão da educação integral é fruto do programa Mais Educação, que transfere recursos para as escolas manterem seus alunos em jornada estendida.

Outro aspecto positivo com-provado pelo censo é a expansão do atendimento em creches sub-sidiadas pelo Proinfância, progra-ma do governo federal que des-tina recursos para a ampliação e melhoria da oferta nos estados e municípios.

Atualmente, quase 3 milhões de crianças estão matriculadas em 58,6 mil estabelecimentos espalhados pelo Brasil, o que re-presenta um aumento de 40% nos últimos quatro anos.

Inclusão O Censo aponta que 54,8%

das escolas brasileiras têm alu-nos com deficiência incluídos em turmas regulares. Em 2008, esse

O crescimento da educação integral no Brasil

percentual era de apenas 31%. A evolução está em sintonia com os desafios propostos pelo Pla-no Nacional de Educação (PNE), que prevê a universalização des-se segmento da população de quatro a 17 anos preferencial-mente na rede regular de ensino.

Ao todo, o Censo de 2014 registra 49,8 milhões de alunos matriculados na educação bá-sica. No ano anterior, eram 50 milhões. “A queda é fruto do ta-manho da população, que dimi-nui a cada ano. É consequência, ainda, de um fenômeno positivo, a melhoria dos indicadores de progressão e, em consequência, a redução da defasagem idade--série. O problema está sendo en-frentado e diminui a cada ano”, observou o presidente do Inep.

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E d u c a ç ã o

O ministro da Educação, Cid Gomes, espera ofe-recer 12 milhões de vagas

para jovem aprendiz até o final de 2018. A meta no segundo manda-to da presidenta Dilma Rousseff é massificar o programa entre as mi-cros e pequenas empresas.

Segundo o ministro, o progra-ma Menor Aprendiz já está muito presente em grandes e médias em-presas, até por obrigatoriedade, mas essas empresas só represen-tam 5% do universo empresarial. “Agora queremos massificar”, afirmou Cid Gomes após um en-contro com o ministro da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif, em que assinaram coopera-ção entre as pastas para custear o treinamento de jovens em empre-sas de pequeno porte.

Afif explicou que, atualmen-te, cabe às grandes empresas arcar

com os custos de acompanhamen-to do jovem durante o período de estágio dentro da empresa.

Custos

No caso das micro e peque-nas empresas, que representam 95% do universo empresarial do país, o Pronatec Aprendiz vai cobrir os custos de treinamento e acompanhamento, cabendo a elas apenas o pagamento do sa-

Pronatec Aprendiz deve oferecer 12 milhões de vagas

lário. Outra mudança é a possibili-dade de o jovem ingressar no mer-cado com 14 anos.

Cid Gomes ressaltou, ainda, a necessidade de garantir mais aces-so a programas de capacitação téc-nica voltados aos jovens do país. De acordo com ele, em países como a Alemanha e a França, a relação en-tre profissionais com nível de instru-ção técnica é de cinco para cada um com nível superior.

“No Brasil, que já padece de um histórico baixo de profissio-nais de nível superior, embora esse quadro esteja mudando acelerada-mente, a relação é de um profissio-nal [com nível superior] para meio [com nível técnico].

Cid Gomes ressaltou que essa é uma das razões que motivaram o governo a colocar em ação esse pro-grama Pronatec. “Vai ser um opor-tunidade para milhões de jovens e isso, sem dúvida nenhuma, terá im-pacto positivo na nossa economia”, afirmou o ministro.

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I n o v a ç ã o

O setor de Ciência & Tecno-logia nacional começou o ano de 2015 com o pé direito. A partir de agora, o país conta com um curso de graduação em Engenharia de Inovação ministrado pelo Instituto Superior de Inovação e Tecnologia (Isitec), instalado em São Paulo.

Inédito no Brasil, o curso traz uma matriz curricular inovadora, com uma grade para cinco anos em período integral, que soma-rão 4.620 horas. Primeiramente os alunos aprenderão conceitos e experimentos para só então opta-rem pelo segmento da engenharia em que vão atuar e se aprofundar.

Além disso, o estudante receberá bolsa integral, não restituível, e auxílio para despesas.

A iniciativa despertou a aten-ção do ministro da Ciência, Tec-nologia e Inovação, Aldo Rebelo, que proferiu a aula inaugural do primeiro curso de graduação em Engenharia de Inovação no Brasil.

“Somos uma faculdade sem fins lucrativos e a primeira mon-tada por uma entidade sindical no País. É a nossa contribuição para a sociedade brasileira, e o mi-nistro ficou muito entusiasmado com isso”, afirmou Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente

Brasil ganha graduação em engenharia da inovação

da Federação Nacional dos Enge-nheiros (FNE).

Referência

Campos Pinheiro explica que, ao inserir uma nova categoria vol-tada para o mercado industrial, a instituição pretende se tornar uma referência para outras faculdades brasileiras. Mantido pelo Sindica-to dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) com o apoio do FNE, o Isitec surgiu a partir da ne-cessidade de se formar profissionais aptos a empreender e buscar solu-ções para a indústria nacional, que precisa ganhar competitividade.

“O mercado é extenso e tudo o que se faz em engenharia tem que ser com inovação. Então, queremos oferecer ao mercado profissionais capazes de trabalhar com inovação”, ressaltou Pinhei-ro, lembrando que a preparação do curso começou há pelo menos dois anos, com o treinamento dos professores. “Temos que estimular a inovação e o empreendedoris-mo”, completou.

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A g r i c u l t u r a

O café continua sendo o quinto item mais ex-portado do agronegócio

brasileiro, ficando atrás das car-nes, complexo sucroalcooleiro, produtos florestais e cereais, fari-nhas e preparações. No último mês de janeiro, o produto representou 10,4% da exportação nacional.

As exportações de café al-cançaram o valor de U$ 589 milhões em janeiro deste ano, receita 50,49% maior do que os U$ 391,42 milhões totalizados no mesmo período em 2014.

No mesmo período, o volu-me de exportação do produto au-mentou 4,35%, passando de 2,85 milhões para 2,98 milhões de sa-cas de café de 60 kg vendidas ao exterior. Os principais países im-portadores são Alemanha, Estados Unidos, Itália, Bélgica e Japão.

Novas fronteiras

O sucesso do café brasilei-ro no mercado internacional está abrindo novas fronteiras na cafeicul-tura nacional. No Acre, por exem-plo, o cultivo do produto não para de crescer. Desde 2013, o governo distribuiu mais de 230 mil mudas de café para agricultores de Acrelândia, Manoel Urbano, Sena Madureira, Bujari, Capixaba e Brasileia.

As mudas disponibilizadas pelo governo são do tipo conefas, adaptadas para a região amazôni-ca, espécie que cresce precoce-mente e possibilita a aceleração da

Receita de exportação do café aumenta mais de 50%

colheita. “O investimento que o governo propôs para esses produ-tores vai além da distribuição do produto. É fornecido também o preparo da terra para a plantação e a assistência técnica”, explica o coordenador do programa, Rô-mulo Brando.

Uma das vantagens do café é que ele pode ser consorciado, o que significa que o grão pode dividir a mesma lavoura com plantações de banana, mamão, entre outros. As mudas utilizadas são de dois viveiros de Rio Bran-co e um de Rondônia, e elas são mantidas com a origem genética da semente, o que permite a boa qualidade do produto.

Atualmente, o estado está produzindo 25 sacas por hecta-re e a meta é que se alcance 100 sacas. Além disso, é esperado que até 2018 sejam produzidas o equivalente a 75% de sementes para suprir a produção acreana.

Sucesso do café brasileiro está ampliando a fronteira da cafeicultura nacional

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P i s c i c u l t u r a

A Codevasf publicou um minucioso relatório sobre a situação da piscicultu-

ra em um dos mais importantes reservatórios do País: o reserva-tório de Três Marias. Localizado na região do Alto São Francisco, em Minas Gerais, ele abrange oito municípios e uma área de inunda-ção aproximada de 1.050 km² em sua cota máxima.

A publicação traz dados so-bre a distribuição de áreas e de produtores de pescado em tan-ques-rede, volume de produção, preço médio e rentabilidade da criação de peixes, entre outras informações que dão uma dimen-são do funcionamento da cadeia produtiva na região.

O trabalho foi conduzido pela equipe do escritório de apoio

técnico de Morada Nova de Mi-nas, que visitou todas as estações de piscicultura, levantando dados sobre questões administrativas, comerciais, produtivas, de mane-jo e sanitárias.

Abrangência

O zootecnista Antonio Jes-sey, analista em desenvolvimento regional da Codevasf, que acom-panhou o processo, explica que a publicação é voltada ao setor governamental, que poderá gerar políticas públicas de forma a impul-sionar e fiscalizar o setor; além de empresas e produtores, que pode-rão dispor de dados históricos para expandir suas atividades na região. As informações também são de grande valia para os acadêmicos,

Diagnóstico da piscicultura no Alto São Francisco

que poderão complementar suas pesquisas científicas.

“A importância desse docu-mento está justamente em con-densar e organizar esses dados de forma que possam ser usados de maneira prática. Outro ponto importante é que, com esse re-latório e outros que virão poste-riormente, seremos capazes de traçar um histórico da aquicultu-

Relatório produzido pela Codevasf analisou o reservatório de Três Marias

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P i s c i c u l t u r a

ra em tanques-rede no reservatório de Três Marias, observar o cresci-mento ou retração desse setor na região ao longo de um período e estimar um quadro futuro de como estará a atividade daqui a dez anos”, enfatiza o analista.

Segundo o chefe da Unidade de Desenvolvimento Territorial da Codevasf em Minas Gerais, Alex Demier, o trabalho é uma impor-tante ferramenta para o ordena-mento das atividades e o plane-jamento estratégico em diversas áreas de atuação.

Crescimento

O apoio da Codevasf à pisci-cultura em tanques-rede no reser-vatório começou no inicio do ano 2000 e, desde então, já gerou cen-tenas de empregos para pescado-res e agricultores ribeirinhos.

De acordo com o levanta-mento, atualmente mais de 4.800

tanques-rede estão distribuídos em sete municípios – Morada Nova de Minas, Felixlândia, Três Marias, Abaeté, Pompeu, São Gonçalo do Abaré e Biquinhas –, com produção estimada em 554 toneladas de pescado mensais e 6,6 mil toneladas anuais.

Um resultado extrema-mente positivo, segundo o analis-ta Antonio Jessey, já que a produ-ção de pescado em tanques-rede no reservatório de Três Marias foi iniciada por volta de 2001. “Qua-se 15 anos depois, observamos que a atividade, além de estar consolidada, também é umas das principais geradoras de recursos e de empregos na região”.

Para a gerente de Desenvol-vimento Territorial da Codevasf, Izabel Aragão, o conhecimento e acompanhamento dos dados de produção aquícola, aliados aos tra-balhos de pesquisas, capacitação, educação ambiental e desenvolvi-

mento de tecnologias, estão revolu-cionando a piscicultura nacional.

“O apoio à produção e à co-mercialização do pescado, são ações que fortalecem a inclusão produtiva, promovem o desen-volvimento regional sustentável e criam novas perspectivas e oportu-nidades para as comunidades, com geração de ocupação, emprego e renda para a população”, ressalta.

Edição limitada

Os exemplares do relatório do censo aquícola do reservatório de Três Marias têm tiragem limitada e serão distribuídos a órgãos e enti-dades governamentais, instituições de ensino, bibliotecas, empresas privadas e produtores.

Os demais interessados po-dem fazer download do arquivo por meio do site:http://www.code-vasf.gov.br/principal/publicacoes/publicacoes-atuais.

Coopeixe atende mercado nacional com tilápia produzida em tanques-rede da região

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E c o n o m i a

Em 2014, as vendas de com-bustíveis no mercado brasi-leiro totalizaram 144,5 bi-

lhões de litros, o que representa um aumento de 5,2% em relação aos 137,3 bilhões de litros regis-trados em 2013. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP).

De acordo com o balanço, a comercialização de gasolina cres-ceu 7%. No ano passado, foram consumidos 44,3 bilhões de litros do combustível. Em 2013, foram 41,4 bilhões. A gasolina responde por 30% do consumo de combus-tíveis no país.

Já o diesel, que represen-ta mais de 40% do mercado de combustíveis do Brasil, teve ele-vação de 2,4% nas vendas. No ano passado, foram comercializa-dos 60 bilhões de litros. No caso

do biodiesel, o crescimento foi de 16,4%, alcançando a marca de 3,4 bilhões de litros. O incre-mento ocorreu devido ao aumen-to do teor de adição de biodiesel ao óleo diesel A de 5% para 7% entre julho e novembro.

Consumo nacional de combustíveis cresceu 5,2%

2014, o que representa um incre-mento de 10,5%. O GNV (gás natural veicular), por sua vez, apresentou redução de 3,2% do volume comercializado, passan-do de 5,1 milhões de m³/dia para 4,9 milhões de m³/dia.

Balança

Para atender à demanda, o Brasil precisou importar 9,8% mais diesel que em 2013. No ano passado, foram comprados 10,8 bilhões de litros do exterior. Por outro lado, a importação de ga-solina caiu 28,2%, com um total de 1,8 bilhão de litros.

Enquanto isso, as exportações do etanol brasileiro caíram 67,5%. As vendas para o exterior caíram de 2,9 bilhões de litros em 2013 para 946 milhões em 2014.

As vendas de etanol hidrata-do – aquele comercializado em postos de combustível – chega-ram aos 12,9 bilhões de litros em

Importação de gasolina caiu mais de 28% em 2014

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E c o n o m i a

O ministro da Fazenda, Joa-quim Levy, admitiu que a econo-mia brasileira pode ter encolhido no ano passado. A análise foi fei-tas durante evento dirigido a cerca de 200 investidores e analistas de mercado, em Nova York.

“Estamos em um ritmo mais lento nos últimos tempos, e todos ressentimos que o crescimento desacelerou e talvez no ano pas-sado tenha sido negativo, devido à queda em grandes investimentos”, afirmou o ministro, referindo-se à possível contração do Produto In-terno Bruto (PIB) em 2014.

“Os investimentos em geral desaceleraram e na verdade atin-giram até um crescimento negati-vo em certos aspectos, devido a grandes projetos, mas acho que

vale mencionar que continuamos a obter muitos investimentos de pequeno e médio porte”, comple-tou o ministro no evento.

O chefe da Fazenda afirmou também que o país está deixando para trás as medidas anticíclicas (que visam estimular o cresci-mento em um momento de baixa atividade) adotadas pela equipe econômica anterior.

Ajuste fiscal

Sobre as novas medidas de ajuste do governo, Levy reafirmou o compromisso com o rigor fiscal e com a meta de superávit primá-rio de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2015 – o equiva-lente a R$ 66,3 bilhões para todo

Economia brasileira pode ter encolhido em 2014

o setor público (governo, estados, municípios e empresas estatais).

Em janeiro, Levy anunciou o aumento de tributos sobre com-bustíveis, sobre produtos importa-dos e, também, sobre operações de crédito. A equipe econômica espera arrecadar R$ 20,6 bilhões em 2015 com as mudanças.

Segundo o chefe da Fazenda, os empréstimos do Tesouro para o BNDES não são mais instrumento de política econômica. O banco empresta dinheiro ao setor priva-do a juros abaixo do mercado. “O BNDES vai buscar outras formas de captar dinheiro”, afirmou

O ministro disse ainda estar confiante de que o governo terá o apoio do Congresso para aprovar as medidas de ajuste fiscal que limitou alguns benefícios sociais por Medidas Provisórias, como seguro-desemprego, abono sala-rial e pensão por morte.

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N e g ó c i o

Cinquenta empresas sele-cionadas pelo Programa Exporta SC instalarão filiais nos Estados Unidos para ampliar as fronteiras comerciais de micro e pequenas empresas sediadas em Santa Ca-tarina. A incubadora de negócios coordenada pelo Sebrae fica em Fort Lauderdale, na Flórida.

As empresas selecionadas receberão suporte do Sebrae ca-tarinense, incluindo treinamentos, assistência jurídica, administrati-va, fiscal, logística e de marketing, além da análise e adaptação do modelo de negócio para o merca-do americano.

O projeto Exporta SC tam-bém vai oferecer infraestrutura fí-sica para as empresas começarem

a operar nos Estados Unidos. “O objetivo final é que as empresas catarinenses alcancem a autossu-ficiência para atuar no mercado internacional”, explica o analista do Sebrae no estado e gestor do projeto, Douglas Luiz Três.

Diversidade

Entre as 50 empresas, oito são de software, sete de moda, 11 do setor metal mecânico, 12 de alimentos, quatro de tecnologia, três de moda e acessórios, duas de móveis e decoração, uma de cosméticos e duas de revestimen-tos. Todas as regiões do estado possuem pelo menos uma repre-sentante entre as selecionadas.

Empresas catarinenses nos Estados Unidos

Em março e abril, as selecio-nadas irão realizar quatro missões internacionais para cursos sobre vendas. Ainda no primeiro se-mestre, também serão realizadas consultorias e as empresas partici-parão de capacitações a distância sobre o mercado americano e ex-portação.

A previsão é de que, até o fim de agosto, as 50 empresas estejam com a filial nos Estados Unidos. “Queremos incentivar o empre-endedor catarinense a explorar novos mercados. Ao buscar a in-ternacionalização, o empresário também fortalece seu negócio no Brasil e impulsiona a economia de Santa Catarina”, diz o analista do Sebrae.

Até o final de agosto, cinquenta negócios terão sede na Flórida

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N e g ó c i o

Promovida pela Brazilian Le-ather, a missão empresarial à Índia para estreitar as rela-

ções comerciais entre fornecedores de couro brasileiros e compradores indianos foi um sucesso. A iniciati-va é uma promoção comercial de-senvolvido pelo Centro das Indús-trias de Curtumes do Brasil (CICB) em parceria com a Agência Brasi-leira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil).

A agenda da missão empre-sarial, que incluiu a participação na feira India International Lea-ther Fair(IILF), rodadas de negó-cios e visitas técnicas, alcançou seu objetivo: mostrar o produto brasileiro a um mercado em nítida expansão, ávido por couros e pe-les de qualidade. Agora, o próxi-mo passo é consolidar o comércio ente os dois países..

Para o presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, a missão foi importante para mos-trar que o mercado indiano é bas-tante promissor e deve ser explo-rado. “A grande aposta do setor coureiro neste ano de 2015 é a di-versificação de mercados. A Índia vem justamente ao encontro desta meta. Cremos, portanto, que uma relação entre os dois países possa gerar bons resultados”, enfatiza o executivo.

Empresas

O diretor de exportações do Curtume Cubatão Ltda, Ismael Naves, integrou a missão e cons-tatou a dimensão mercadológica da Índia. “Nossa perspectiva de negócios é excelente. Espera-mos, em futuro bem próximo,

Couro brasileiro no mercado indiano

embarcar para a Índia em torno de US$ 700 mil a US$ 1 milhão por mês”.

Expectativa semelhante tem Helena Kessler, diretora da Hop Ying Leatherex Exp. Rep. Ltda, que espera atingir US$ 1 milhão em exportações para a Índia.

“A missão abriu as portas para a conquista de novos clien-tes”, afirma Júlio Zanotto, gerente de exportações da Coming Ind. e Com. de Couros Ltda, revelando que também fez contatos impor-tantes com representantes de Du-bai e dos Emirados Árabes.

Para Valmir Grassi da Silva, da JBS Couros, a Missão Empre-sarial à Índia surgiu em um mo-mento ideal. “O mercado india-no está em amplo crescimento e precisa de suporte para abasteci-mento de couro”.

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PEDRO ABELHA [email protected]

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NOVIDADES DO GLOBOSAT PLAY

O Globosat Play acaba de incluir novos recursos para os usuá-rios que acompanham os canais ao vivo disponibilizados dentro da plataforma de TV everywhere da Globosat. A partir de agora, quem assiste pela internet a programação ao vivo dos canais SporTV, Glo-boNews, OFF, Canal Brasil, Combate, Premiere e Big Brother Brasil 15 pode utilizar recursos de pausar o vídeo e também repetir trechos dos programas. A pausa ao vivo funciona de forma intuitiva: enquanto estiver assistindo à programação ao vivo, basta acionar o botão de pausa e depois retomar a reprodução do mesmo ponto onde parou, até 30 minutos depois.

Desta forma, o espectador pode fazer uma pausa para atender a uma ligação ou fazer um comentário com os amigos sobre a atração que está assistindo, sem perder nenhum segundo da transmissão. O recurso está disponível em computadores e dispositivos móveis (iPads, iPhones e tablets e smartphones Android).

Mas quem chega atrasado para ver o programa que queria ou quer rever uma cena que acabou de assistir, o Globosat Play oferece outro recurso bastante útil: é possível rever os últimos 30 minutos transmitidos ao vivo pelos canais. Para utilizar a função, basta deslizar o mouse pela barra de tempo disponível na área inferior do player e escolher o ponto a que se deseja voltar. No canto superior da imagem o player exibe a indicação se aquela imagem é transmitida “Ao Vivo” ou “Gravada”. O Globosat Play está disponível, sem custo adicional, para assinantes das operadoras de TV NET, SKY, Oi TV, GVT, Vivo TV, Algar Telecom e Multiplay. Para ter direito de acesso, o assinante deve ter pelo menos um canal da Globosat em seu pacote.

APLICATIVO PARA GERENCIAR ANÚNCIOS

Você busca o primeiro anúncio para sua plataforma ou seus clientes/ parceiros? O Facebook acaba de superar a marca de dois milhões de anunciantes ativos em todo o mundo. O número é o dobro em compara-ção à quantidade registrada há um ano.

Segundo a plataforma, a maior parte do bolo é constituída por pe-quenas e médias empresas que des-cobriram no Facebook uma platafor-ma de marketing para promover seus produtos e serviços. Para acompanhar a demanda, o Facebook anunciou também o lançamento de um novo aplicativo de gerenciamento de anún-cio, uma ferramenta que permitirá aos anunciantes administrar suas campa-nhas a partir de dispositivos móveis.

Através da ferramenta é possível criar ou editar anúncios, incluindo alteração de orçamentos e horários, acompanhar o desempenho das campanhas e programar o recebimento de notificações especiais. O recurso por enquanto está disponível apenas para o iOS nos Estados Unidos, mas deve chegar logo ao restante do mundo e outras plataformas.

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midia

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FERRAMENTA DE MEDIÇÃO

As marcas que anunciam no YouTube agora têm a disposição uma ferramenta para medir a efe-tividade de suas campanhas. Disponibilizada pela plataforma de vídeos do Google, a Brandlift conse-gue medir se os anúncios estão atingindo o público desejado e o quanto as pessoas lembram da marca. Aplicando uma pesquisa em dois grupos de contro-le, o Google consegue obter os resultados em tem-po real. Ao solicitar o serviço, que não tem custo adicional, a ferramenta é aplicada em dois grupos de usuários. O primeiro assiste às campanhas e tem seu comportamento estudado, enquanto o segundo é estudado da mesma forma, porém não assiste aos vídeos.

O Google então compara os resultados de gru-po exposto e de controle para medir lembrança do anúncio, contribuição para awareness de marca e até mesmo aumento na busca por termos relaciona-dos à peça no Google Search. “Com esta ferramenta de mensuração no YouTube, queremos mostrar aos anunciantes o real impacto de sua campanha onli-ne na geração de lembrança e interesse pela mar-ca”, diz Rafael Carletti, especialista em soluções de medição para marcas do Google Brasil. De acordo com o próprio Google, mais de 100 empresas brasi-leiras já aderiram à ferramenta.

OUTDOOR DIGITAL GIGANTE

O Google será o primeiro anunciante do maior outdoor digital já colocado na Times Square. A ins-talação ocupa oito andares de altura, além de todo um bloco entre a 45th Street e com a 46th Street na Broadway. O anunciante que quiser veicular peças no local deverá desembolsar US$ 2,5 milhões por mês, mas o Google pode ter pagado menos.

Segundo informações veiculadas no site da re-vista especializada Adweek, o gigante da tecnolo-gia pode ter conseguido um desconto no valor final com a Clear Channel, empresa responsável pela veiculação de anúncios nos espaços do local. A tela possui uma resolução maior do que os melhores televisores do mercado. Vale lembrar que o bairro atrai uma média de 422 mil pedestres diariamen-te, segundo a Times Square Alliance. Além disso, o Google está de olho na visibilidade que o local ganha com a famosa celebração da véspera de Ano Novo e que será transmitida em todo o mundo.

CASE PARA IPAD MINIAo mesmo tempo leves, mas num bom tamanho para

visualização de tela, os tablets desde sempre se posicionam como agradáveis opções para a navegação e a visualização de vídeos e fotos, por exemplo. Digitar, entretanto, não é uma das tarefas mais cômodas numa tela touchscreen.

Pensando nisso, uma startup chamada Tactus resolveu criar o Phorm para iPad mini. Trata-se basicamente de um case inusitado, capaz de fazer emergir uma espécie de teclado na tela, e ajudar no momento da digitação. As pequenas saliências podem ser acionadas ao virar uma chave que fica na parte detrás do acessório.

O dispositivo é capaz de “orientar os dedos” e evitar erros de digitação. O preço inicial sugerido para o produto é de US$ 99 durante a pré-venda nos Estados Unidos. Logo depois da estreia no mercado, o valor vai para US$ 149.

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M e i o A m b i e n t e

A ciência está a um passo de traçar o zoneamen-to genético das popu-

lações da abelha jandaíra, uma das mais importantes produtoras de mel e pólen e com uma ativa ação de polinizar as plantas no Nordeste brasileiro. A Embrapa e a Universidade de Dalhousie, no Canadá, realizaram, neste ano, o sequenciamento do genoma da espécie, gerando os primeiros marcadores moleculares para a abelha jandaíra.

Pioneiro em todo o mundo, o zoneamento vai permitir, com mais segurança, a construção de estratégias de gestão e manejo da espécie, buscando sua conserva-ção e seu uso sustentável em toda a cadeia produtiva. Vítima da ação predatória do homem, a jan-daíra é uma das espécies ameaça-

das de extinção. O trabalho será concluído em 2016.

Com os marcadores mo-leculares defi nidos, o trabalho do pesquisador Fábio Diniz, da Em-brapa Meio-Norte (PI), está avan-çando para a montagem dos ge-nomas nuclear e mitocondrial por completo.

Quando essa etapa for con-cluída, segundo ele, abre-se uma porta para o melhoramento gené-tico e novos estudos evolutivos da espécie. “O caminho agora é bus-car uma plataforma para o equi-líbrio populacional da jandaíra”, sentencia o pesquisador.

Polinizadoras Abelhas sem ferrão, como a

jandaíra, são responsáveis pela polinização de 30 a 60% das

Estudo pioneiro pode evitar extinção da abelha jandaíra

plantas da Caatinga, do Pantanal e de manchas da Mata Atlântica, importantes ecossistemas brasi-leiros.

No entanto, segundo a pes-quisadora Fábia Pereira, da Em-brapa Meio-Norte, cerca de um terço das espécies dessas abe-lhas está em risco por conta da degradação dos ecossistemas. “A conservação dessas espécies é uma necessidade, já que elas executam uma importante fun-ção na perpetuação da fl oresta e sua biodiversidade, como polini-zadoras e parte integrante da teia alimentar”, argumenta.

A determinação da di-versidade genética presente nas populações dessas abelhas é um pré-requisito para o estabeleci-mento de programas de manejo e conservação efi cientes.

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M u n i c i p a l i s m o

A Associação Brasileira de Municípios (ABM) está intensi-ficando o diálogo e buscando novas parcerias com o Governo Federal. A interação capitaneada pelo presidente da entidade, Edu-ardo Tadeu Pereira, começou com encontros oficiais com os mi-nistros Gilberto Occhi, da Integra-ção Nacional; Pepe Vargas, das Relações Institucionais; e Ideli Sal-vatti, dos Direitos Humanos.

O objetivo das reuniões foi apresentar a agenda municipalista para 2015 e os projetos e reivindi-cações da ABM para assegurar mais capacidade e melhores condições de gestão aos municípios e também aprimorar o pacto federativo.

Em todos os encontros, Edu-ardo Tadeu destacou a demanda dos municípios por capacita-ção e apresentou o tema como uma das principais bandeiras da ABM. Ele ressaltou que a falta de recursos vai além dos limites materiais e, por isso, a grande aposta da ABM para 2015 é a ca-pacitação dos gestores públicos, com o objetivo de potencializar os recursos de que as gestões municipais dispõem.

Integração Nacional

Na reunião com o ministro Gilberto Occhi, o presidente da ABM propôs a realização de um

evento de formação a prefeitos, técnicos e gestores municipais sobre construção de cidades re-silientes e gestão de riscos de desastres de origem natural e tecnológica.

“Queremos mostrar para os municípios os caminhos para atuar na prevenção de desastres,

ABM busca novas parcerias com o Governo Federal

disseminar os programas que o Ministério dispõe para essa mo-dalidade e criar um canal de diá-logo em que os participantes pos-sam apresentar suas demandas ao Governo Federal”, ressaltou o municipalista.

O ministro narrou os resul-tados da Segunda Conferência

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M u n i c i p a l i s m o

Nacional de Proteção e Defesa Ci-vil e reforçou a determinação do Ministério de percorrer todas as re-giões do País para dialogar com os municípios. “A ABM pode ser um grande parceiro para essa relação entre o Governo Federal e os mu-nicípios”, afirmou.

Relações Institucionais

No encontro com o ministro Pepe Vargas, o presidente da ABM reiterou a necessidade de aprimo-

rar o pacto federativo, principal-mente no que diz respeito à divi-são de responsabilidades entre os três entes federativos.

“As prefeituras estão gra-dativamente assumindo novos serviços que são de responsabili-dade dos Estados e da União, po-rém sem o devido ressarcimento. É preciso rever essa realidade”. Para a discussão desse tipo de pauta, Eduardo sugeriu a dinami-zação das atividades do CAF (Co-mitê de Articulação Federativa),

no qual a ABM tem representação.Durante a conversa, também

foi discutida a demanda das pre-feituras por assistência técnica e o projeto ‘Municípios e Desenvolvi-mento Local – Apoio à Gestão Mu-nicipal, que está sendo desenvol-vido pela ABM em parceria com o SEBRAE para ofertar capacitação aos técnicos municipais.

Direitos Humanos

Na reunião com a ministra de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, Eduardo Tadeu Pereira apresentou a proposta da entidade de desenvolver uma capacitação para gestores pú-blicos na área de direitos humanos em parceria com o Ministério.

“Sabemos que a maioria das prefeituras não possui depar-tamentos específicos para tratar do tema de direitos humanos, porém, servidores de diversas áreas, como saúde, assistência social, educa-ção, entre outras, lidam diariamen-te com essas políticas públicas”..

Ele afirmou que a ABM quer capacitar esses profissionais para que eles possam assegurar o direito dos usuários dos serviços públicos e identificar os casos de violação dos direitos humanos.

Ideli demonstrou grande inte-resse pela proposta e se comprome-teu a viabilizar novas parcerias. “A parceria com a ABM muito nos in-teressa para trabalharmos esse tema de forma efetiva com as prefeituras”, ressaltou a ministra.

Eduardo Tadeu apresentou projetos e reivindicações aos novos ministros

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G e s t ã o

A Controladoria Geral do Es-tado (CGE) vai incorporar as boas práticas de combate à corrupção e promoção da transparência de-senvolvidas pela Controladoria Geral do Município de São Paulo. A ideia é trazer para Minas Gerais algumas experiências vitoriosas que foram aplicadas em São Paulo e que culminaram com a desco-berta do maior esquema de cor-rupção em uma prefeitura do país.

Entre as iniciativas que serão importadas, o destaque é a ferra-menta eletrônica capaz de con-trolar a evolução patrimonial dos agentes públicos. Segundo o con-trolador geral do Estado, Mario Vi-nícius Claussen Spinelli , o siste-ma registra a declaração de bens do servidor que, anualmente, precisa encaminhar para o órgão responsá-vel suas informações pessoais.

“O sistema cruza as informa-ções com outras bases de dados para verificar possíveis omissões e se a variação patrimonial é compa-tível com aquilo que ele recebe”, explica. Mario Spinelli acredita que o sistema, além de denunciar, vai inibir os atos ilícitos. “Vai crescer o temor de que uma penalização possa ocorrer”, frisa.

O sistema eletrônico vai ser apenas a primeira boa prática da Prefeitura de São Paulo a ser im-plantada em Minas. De acordo com Mario Spinelli, medidas que visam aumentar a transparência das ações do estado também vão ser contempladas.

Máfia dos Fiscais

Antes de assumir o cargo no Governo de Minas, Mario Spinelli

Minas adota sistema eletrônico de combate à corrupção

estava à frente da Controladoria--Geral do Município de São Paulo há dois anos, onde seu trabalho tornou-se símbolo do combate à corrupção. Com ajuda do sistema eletrônico, desmantelou a máfia do Imposto Sobre Serviços (ISS), ou máfia dos fiscais, que desviou quase R$ 1 bilhão dos cofres da prefeitura paulistana.

“A ideia é usar uma ferra-menta de inteligência para pre-venir e combater a corrupção e o enriquecimento ilícito de agentes públicos”, diz.

O sistema será fornecido sem qualquer custo, sendo ne-cessário apenas customizá-lo à realidade do estado. O acordo ainda prevê a transferência de toda a tecnologia de análise da evolução patrimonial e a capa-citação dos servidores no uso da ferramenta.

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C â m a r a s e A s s e m b l é i a s

Representando a Câmara de Vereadores de Poços de Caldas, o vereador Tiago Cavelagna (DEM) se reuniu com o secretário mu-nicipal de Serviços Públicos, José Muniz Alves, e o chefe do Setor de Fiscalização, Flávio Ortega, para discutir o cumprimento da Lei Complementar 140, que al-terou o Código de Posturas do município e definiu regras para a ocupação das calçadas por mesas e cadeiras.

A nova legislação foi aprova-da em 2012, depois de várias reu-niões entre a Câmara e represen-tantes do Executivo. Desde então, várias reuniões foram feitas para debater o assunto e pontuar ques-tões referentes à norma.

Segundo a Secretaria de Serviços Públicos, a dificuldade para o cumprimento da lei está na padronização das calçadas

da área central da cidade, proje-to que vem sendo analisado pela atual administração. Ele explica que com a possível realização da obra, seria inviável obrigar o comerciante a adequar as calça-das à legislação, já que o mesmo perderia o valor investido nas in-tervenções.

Consenso

De acordo com o vereador Tiago Cavelagna, algumas alter-nativas foram propostas durante a reunião e serão analisadas em conjunto com outras secretarias para que se chegue a um consen-so no que diz respeito à demarca-ção da área ocupada por bares e restaurantes.

“Firmamos o compromisso de elaborar uma possível corre-

Lei aprovada em 2012 ainda não saiu do papel

ção na lei para que ela seja apli-cada e devidamente fiscalizada”, informou o parlamentar. Ele afir-mou que o Legislativo entende as dificuldades narradas pelo se-cretário, “mas não podemos nos omitir diante de uma lei que foi aprovada, sancionada e não vem sendo cumprida”

Cavelagna recordou o tra-balho realizado pela Câmara para que a norma atendesse aos anseios de toda a comunidade e pudesse solucionar um antigo problema na cidade.

“Esta lei foi aprovada de-pois de muita discussão, traba-lho e compromisso de diversos segmentos. Dessa forma, se for encontrada alguma falha ou fra-gilidade no texto, que ele seja reescrito, regulamentado e cum-prido”, concluiu o legislador.

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C â m a r a s e A s s e m b l é i a s

Reeleito para mais um man-dato à frente da Associação Goiana de Municípios (AGM), o prefeito de Bom Jardim de Goi-ás, Cleudes “Baré” Bernardes (PSDB), reiterou sua preocupação com a crise financeira vivida pelos municípios e convocou os gestores municipais a se unirem na busca de alternativas capazes de garantir o equilíbrio das contas públicas.

“Estamos perdendo receitas não apenas do ICMS, mas tam-bém do FPM, daí a necessidade

de uma mobilização geral”, afir-mou o presidente, ressaltando que o desequilíbrio financeiro pode inviabilizar até a folha de pagamento dos servidores.

Claudes Baré foi reeleito por aclamação em evento que reuniu prefeitos e vereadores na Assem-bleia Legislativa do Estado e diri-girá a AGM no biênio 2015/2016. “Vamos dar sequência ao traba-lho de mobilização dos prefeitos para conquistar um pacto federa-tivo que faça a redistribuição tri-butária.”, garantiu.

Ovacionado pelas autori-dades municipais, ele se disse honrado com sua reeleição para continuar representando os muni-cípios goianos em defesa de uma governança municipal cada vez mais eficiente e realmente voltada às comunidades.

Mobilização

A mobilização também inclui a participação efetiva dos integran-tes da 18ª Legislatura da Assem-bleia Legislativa de Goiás, presidi-

Cleudes Baré é reeleito para a presidência da AGM

da pelo deputado e ex-prefeito de Goianésia Helio de Sousa (DEM), que já manifestou seu total apoio à causa municipalista.

“Apoiamos o movimento dos prefeitos goianos, porque entendemos que ele é democrá-tico e pautado em reivindicações justas. As responsabilidades das prefeituras, hoje, exigem, sim, um novo pacto federativo.”

Para Claudes Baré, o Poder Legislativo estadual está em ex-celentes mãos, pois a reeleição do presidente Hélio de Souza possibilitará uma Legislatura re-pleta de êxito e em perfeita sinto-nia com a associação.

A nova diretoria da AGM é composta pelo vice-presidente Issy Quinan (prefeito de Vianópo-lis), o diretor administrativo Kel-son Souza Vilarinho (prefeito de Cachoeira Alta), o diretor finan-ceiro Leonardo de Oliveira Brito (prefeito de Firminópolis) e pelos diretores substitutos Fabiano Luiz da Silva (prefeito de Nerópolis) e Paulo Sérgio de Rezende (prefeito de Hidrolândia).

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I n f r a e s t r u t u r a

O novo Plano Energético do Rio Grande do Sul começará a ser elabo-

rado ainda neste mês e deve ser concluído até o início de 2016. A informação foi dada pelo secretá-rio estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, em reunião so-bre energia realizada na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs).

O plano conterá um minu-cioso mapeamento das necessida-des regionais e vai nortear os in-vestimentos no setor e estabelecer metas para o enfrentamento da crise energética que atinge o país.

Redecker afirmou que a Se-cretaria de Minas e Energia tem de interagir com a do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, co-mandada por Ana Pellini, e que o

governo Sartori está trabalhando duro para garantir o abastecimen-to de todos os setores produtivos.

Afirmou, ainda, que o go-verno estadual tem interesse de particular no fomento à utilização do carvão mineral, já que o esta-

Rio Grande do Sul terá novo Plano Energético

do concentra qua-se 90% das reservas deste insumo no país.

Eficiência

O presidente da Fiergs, Hei-tor Müller, anunciou a implanta-ção do Balcão de Eficiência Ener-gética, que dará suporte ao setor industrial na busca de soluções para a economia de energia, com alternativas em tecnologia e inova-ção. O Balcão inicia as atividades na primeira semana de março.

A iniciativa será formatada pelo Conselho de Infraestrutura (Coinfra), e a operação será feita pela Rede de Institutos e de Cen-tros Tecnológicos do Senai do Rio Grande do Sul.

O setor industrial teme o aumento no custo da energia e suas consequências imediatas: a redução drástica na atratividade do Brasil para investimento do exterior e a queda na competiti-vidade dos produtos no mercado internacional.

Dirigente da Associação Brasileira do Carvão Mineral (ABCM), Carlos Weinschenk de Faria assegurou que hoje a tecno-logia avançou o suficiente para garantir uma produção limpa de energia a partir do mineral em todo o seu processo, até mesmo na extração.

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C u l t u r a

O Vale-Cultura já chegou às mãos de mais de 339,6 mil traba-lhadores. Desde o início da entre-ga dos cartões, em janeiro do ano passado, foram utilizados R$ 47,7 milhões no acesso a eventos, aqui-sição de produtos e pagamento de mensalidades de cursos. Com R$ 35,2 milhões em vendas para be-neficiários do Vale-Cultura, o setor de livros, jornais e revistas responde por 74% deste consumo – e espera crescer ainda mais.

“A adesão das empresas ao benefício ainda é pequena, mas tem potencial de crescimento”, acredita Ednilson Xavier, presi-dente da Associação Nacional de Livrarias (ANL). Em conjunto com o Ministério da Cultura, a ANL tem investido na divulgação do benefício. “É um grande incenti-vo para que o setor livreiro ganhe fôlego e volte a crescer, principal-mente para as pequenas e médias livrarias”, afirma.

Vale-Cultura já beneficiou milhares de trabalhadores

Os cinemas já venderam R$ 8,1 milhões em ingressos para be-neficiários do Vale-Cultura. O va-lor representa 17% do total utili-zado pelos usuários do cartão. Os demais setores culturais represen-tam pouco mais de 10% do con-sumo com o cartão.

Como aderir

O Vale-Cultura é oferecido por empresas e entidades com personalidade jurídica para tra-balhadores com carteira assina-da. Para isso, basta o empregador aderir ao Programa Cultura do Tra-balhador, do Ministério da Cultu-ra, e escolher uma operadora.

Em contrapartida, as empresas têm isenção do Governo Federal de encargos sobre o valor do benefício concedido, além de poder abater as despesas no Imposto de Renda em até 1% do imposto devido.

O cartão magnético pré--pago, válido em todo o território nacional, no valor de R$ 50 men-sais, possibilita o acesso dos tra-balhadores a teatros, cinemas, museus, espetáculos, shows e circos. Também pode ser usa-do na compra de CDs, DVDs, livros, revistas e jornais, e no pagamento de mensalidade

de cursos de artes, audiovisual, dança, circo, fotografia, música, literatura ou teatro.

Os cinemas já venderam R$ 8,1 milhões em ingressos para beneficiários do Vale-Cultura

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M o t o r e s

Vamos de Golf?

A Volkswagen capri-chou no acabamento do interior e no pacote de equipamentos de série. Desde a versão de en-trada (Comfortline), o Golf traz o controle de

estabilidade e tração e Start-Stop, itens normalmente de versões mais caras. Outro diferencial é a motorização de 1.4 litros movido a gasolina de alto desempenho, capaz de entregar 140 cavalos de potência, podendo ser acoplado ao câm-bio manual de seis marchas ou automático DSG Tiptronic de sete velocidades.

Desejado Corolla Um dos carros mais desejados e vendidos

do mundo, o novo Corolla traz três versões de acabamento (GLI, XEI e Altis) com oferta dos motores 1.8 e 2.0, além das transmissões ma-nual de seis marchas e automática do tipo CVT de sete velocidades.

Sua versão de entrada - GLI 1.8 - conta com cinco airbags (2 frontais, 2 laterais e joelho do motorista), freios com os sistemas ABS e EBD, direção elétrica, ar condicionado manual e com-putador de bordo, entre outros itens de série.

Por ser um modelo com poucos anos de lança-mento, o Ônix não trouxe grandes mudanças em sua

nova versão. A Chevrolet oferece o hatch em quatro versões de acabamento, além da série especial EFFECT.

Desde a versão de entrada, o modelo conta com sistema de freios ABS, airbag duplo, sistema de imobilização do motor, ar-condicionado, direção hidráulica, limpa-

dor e lavador elétrico do vidro traseiro, para--choques pintados na cor do carro, spoiler tra-

seiro, entre outros itens.Eff

ect

Ôni

x

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M o t o r e s

O sucesso da nova BMW

Lançamento mais comentado da marca nos últimos tempos, a BMW série 3 é um carro especial, dife-renciado e com bastante tecnologia embarcada: volante em couro com teclas funcionais; pacote de telefonia com Bluetooth e UBS; câmbio automático com oito marchas; controle de estabilidade e tração; regeneração de energia e frenagem; função Start/Stop e Driving Experience Control ECO PRO. Sem dúvida é uma maqui-na completíssima e com muito luxo.

Novo visualA nova Honda CB 500 2015 trouxe apenas

novidades visuais, com grafismos inéditos em am-bas as versões. Equipada com motor bicilíndrico de quatro tempos a gasolina, ela é capaz de gerar até 50,4 cavalos de potência a 8.500 rpm e torque máximo de 4,55 kgfm a 7.000 rpm.

Este bloco DOHC (Double Over Head Ca-mshaft) conta ainda com comando duplo de válvulas, tendo quatro válvulas por cilindro. O câmbio continua sendo de seis velocidades

ARTH 415Maior lancha já lançada pelo estaleiro Ar-

thmarine, a ARTH 415 é uma HT com cabine que acomoda até cinco pessoas e tem motori-zação centro-rabeta. Com 13 metros de compri-mento e motorização 2 X 300 a 380, o modelo tem capacidade dia/noite de 14/5 pessoas, tan-que de combustível de 840 litros e tanque de água doce: 450 litros.

Equipada com cama de casal na cabine de proa e popa, cozinha e armários em madeira laminada.

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RANGEL CAVALCANTE [email protected]

56 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

RANGEL CAVALCANTE [email protected]

A entrevista

Esta é dos tempos da ditadura implantada no país pela “revolução redentora”. Os repórteres que fa-ziam a cobertura da área militar, na sala de imprensa do então ministério da Guerra, em Brasília, viviam à míngua de notícias. Só recebiam releases burocráticos distribuídos, que sempre terminavam na “sexta pági-na”, como a turma chamava as cestas de lixo das redações. Numa tarde, os repórteres credenciados foram avisados de que o coronel encarregado do setor de imprensa iria conceder uma entrevista coletiva na ma-

nhã seguinte. Foi geral a expectativa. Chegada a hora, os jornalistas, à frente o Jorge Honório, decano do grupo, fo-ram convocados por um soldado para tomarem assento à grande mesa de reuniões. Logo veio o cafezinho. Cada um recebeu um bloquinho de notas e um lápis com a ponta bem feita. Minu-tos depois entrou o coronel. Simpáti-co, sorridente, cumprimentou a todos e acomodou-se na cabeceira da mesa de jacarandá. Em seguida, já se levan-tando, anunciou, solenemente:

- “Hoje, infelizmente, não tenho nada a informar aos senhores. Está en-cerrada a entrevista!”.

E foi embora.

De palmas

Miguel Colares Penha manda contar, jurando que é verdade, que, a certa altura de um show em Lisboa, o vocalista Bono parou de cantar, pediu silêncio à platéia e, ao som de uma música suave, quase em surdina, começou a bater palmas. A música prosseguia e ele batendo palmas. A um sinal, a orquestra também silenciou e só as palmas do Bono ecoavam pelo estádio lotado. Foi quando ele disse, em tom solene:

- Eu quero que vocês pensem bem nisso. A cada batida das minhas mãos, uma criança morre de fome ou vítima da violência na África!

O silêncio do público foi quebrado pela voz estridente de um lusitano das arquibancadas:

- Ora, pois, então para de bater palmas, seu f.d.p!

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CASOS & CAUSOS

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Com o dedo

Era a votação do projeto de resolução propondo a cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz, acusada de receber propina do chamado “mensalão do DEM”, um dos grandes escândalos de corrupção na política de Brasília. O plenário da Câmara estava praticamente cheio, com os deputados prontos para decidir pelo voto secreto o que todo mundo previa: a rejeição da proposta de cassação. A maioria dos ilustres deputados garantia ter votado a favor da pu-nição da colega, fi lmada quando recebia dinheiro do esquema de corrupção, embora os números no painel eletrônico afi rmassem exatamente o contrário. O voto secreto é dado apenas com o apertar de um botão situado num pequeno visor localizado na frente da poltrona de cada parlamentar. Terminada a votação e proclamado o resultado, os jornalistas procuravam os deputados para perguntar como eles votaram. Foi quando um dos repórteres quis saber a posição do de-putado Tiririca.

- Deputado, como o senhor votou? Sem titubear, o deputado mais votado do país in-

formou:- Com o dedo!

Inglês?

Raimundo Bona Carbureto é um desses políticos nordestinos que poderia escrever um livro com o título “Eu Me Fiz Por Si Próprio”. Começou a vida como magarefe em Campo Maior, no Piauí. Homem sem instrução, mas dotado de grande sabe-doria, exerce forte liderança na sua região. Já foi de-putado estadual e hoje é prefeito do seu município pela terceira vez. Em 1998 tentou voltar à Assem-bléia Legislativa, mas teve a candidatura impugnada pela Justiça Eleitoral. Às vésperas do pleito, substi-tuiu o seu nome na chapa pelo de uma de suas ir-mãs e a elegeu com mais de 13 mil votos. Certa feita ele discursava na Assembléia. O tema era o controle da natalidade e Carbureto defendia não apenas uma imediata campanha de esclarecimento junto às fa-mílias mais pobres, quanto a necessidade de limitar o número de fi lhos, mas também uma distribuição ampla de anticoncepcionais. Ia ainda mais longe:

- Senhor presidente, senhores deputados, o governo do estado precisa urgentemente iniciar um programa para estimular os homens a que se subme-tam a uma operação de ligação de trompas, como forma de evitar a superpopulação de nossas áreas mais pobres.

Surpreso diante da proposta, um deputado aparteou:

- Nobre deputado Carbureto, Vossa Excelência labora num grave erro. O nome da operação a que os homens se submetem para não procriar é vasec-tomia e não ligação de trompas.

Carbureto logo esclareceu:- Nobre co-

lega, eu digo li-gação de trompa porque não sei dizer essas pa-lavras em inglês como Vossa Ex-celência....

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Art igoa r t i g oRicardo Granja

É hora de poupar água... Mas só fechar a torneira não basta

O Brasil acordou – mui-to tardiamente – para a questão da falta d’água. A preocupação começou a se intensificar em São Paulo, com o rápido esvaziamen-to de importantes reserva-tórios, e em poucos meses já se estendeu para os ou-tros estados do Sudeste, que também se encontraram frá-geis e despreparados para enfrentar estações mais se-cas. Outras regiões do país, momentaneamente, pare-cem estar em posição mais confortável, mas ninguém deve esperar para ver o pior acontecer.

A comoção precisa ser nacional. Chegamos ao limi-te e não há escapatória: será necessário mudarmos nos-sos hábitos, mesmo sabendo que o uso doméstico não é o maior “vilão” do desperdício e mau planejamento. É ver-dade que o problema só será amenizado com ações firmes e transparentes do governo e das grandes corporações – porém, essa constatação não altera o fato de que nós, bra-sileiros, somos um dos povos que mais gastam água no mundo.

Após inúmeros alertas, a

população começou a incor-porar diversos hábitos visan-do evitar o desperdício. Seja com banhos mais curtos, reu-tilizando água da chuva para lavar o carro ou substituindo a descarga por baldes, a mo-bilização é grande. Mas será que a nossa capacidade de colaboração se limita a essas pequenas atitudes?

Na verdade, por maior que seja o nosso esforço pessoal, o consumo pode continuar excessivo caso não tenhamos cuidado na escolha e manutenção dos equipamentos da casa. Isso pode ocorrer em qualquer ambiente, como cozinha, banheiro e área de serviço. Pouco adianta, por exemplo, fecharmos as torneiras ao en-saboar utensílios se ela esti-ver com vazamento e escoar água por longos períodos de tempo – e o mesmo se aplica aos canos.

Para evitar tais proble-mas, vistorias regulares são importantes, mas podemos também instalar acessórios indicados para diminuir o volume que gastamos. Sim-ples peças podem gerar gran-de economia. Uma delas é o redutor de vazão, um peque-

no anel controlador do ní-vel hídrico, de fácil instala-ção e acessível no mercado, que reduz em média 50% do consumo das torneiras.

Outra dica é a inserção de pias e chuveiros de bai-xo fluxo. Além de oferecer vantagens como preços ba-ratos e rápida montagem, a pressão fica inalterada, diminuindo os gastos. Os vasos sanitários, da mesma forma, podem ser adquiri-dos em modelos de fluxo duplo, ou seja, que permi-tem a descarga com menos água para líquidos, e mais para sólidos, poupando o seu uso total.

Os tempos são outros. Não podemos mais esbanjar, exagerar e ignorar o proble-ma da água. Estamos perce-bendo, da pior maneira, que ela é, sim, finita. Enquanto as autoridades responsáveis se mexem para controlar a crise, a população sente na pele os gastos excessivos de tantas décadas. Só nos resta fazer nossa parte e aprender com nossos erros.

Ricardo Granja é Diretor Geral da GTRES Metais Sanitários

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O perigo aumentou. E a responsabilidade de todos também.

DENGUE E CHIKUNGUNYA

O mosquito da Dengue está mais perigoso. Agora ele transmite também a Chikungunya. Uma doença que, assim como a Dengue, provoca febre, dor de cabeça e dores muito mais fortes nas articulações, principalmente nos pulsos e tornozelos. Mais um motivo para você deixá-lo bem longe da sua cidade. Por isso:

• Reorganize a assistência à saúde nos diversos níveis de atenção;• Reforce a vigilância em saúde (controle de vetores e monitoramento de casos);• Promova a capacitação e a educação permanentes;• Planeje ações de comunicação e mobilização para eliminar os criadouros do mosquito.

Faça a sua parte.

Sr. Gestor,não deixe o mosquito da Dengue se instalar na sua cidade.

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