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Ano 29 - n° 261 - Maio / 2015 CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90 A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL LEGISLATIVO MODERNO Presidida pelo deputado Ezequiel Ferreira, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte completa 180 anos com jovialidade e de portas abertas para o povo

261 / Maio

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A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está cada vez mais conectada com os cidadãos que representa.

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Ano 29 - n° 261 - Maio / 2015CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL

LEGISLATIVO MODERNO Presidida pelo deputado Ezequiel

Ferreira, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte completa

180 anos com jovialidade e de portas abertas para o povo

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pne.mec.gov.brCOM O PNE, OS PRÓXIMOS10 ANOS DA EDUCAÇÃOJÁ ESTÃO ACONTECENDO.Com a aprovação do Plano Nacional de Educação, estados emunicípios estão trabalhando, com o apoio do MEC, para ajustar suas leis e planejar a próxima década da nossa educação.

O prazo para aprovação dos planos municipais e estaduaistermina em 24 de junho. Visite o site para saber mais.

Uma pátria educadora se faz com educação de qualidade.Participe. A construção do nosso futuro começa já.

Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014

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pne.mec.gov.brCOM O PNE, OS PRÓXIMOS10 ANOS DA EDUCAÇÃOJÁ ESTÃO ACONTECENDO.Com a aprovação do Plano Nacional de Educação, estados emunicípios estão trabalhando, com o apoio do MEC, para ajustar suas leis e planejar a próxima década da nossa educação.

O prazo para aprovação dos planos municipais e estaduaistermina em 24 de junho. Visite o site para saber mais.

Uma pátria educadora se faz com educação de qualidade.Participe. A construção do nosso futuro começa já.

Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014

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Leitor

Mais moderna, célere e pontual: é este o perfil que o trabalho da nova gestão vem imprimindo à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, fazendo com que o parlamento chegue aos 180 anos de atividades cada vez mais conectado com os cidadãos que representa.

Em menos de três meses de atuação, a Casa, presidida pelo deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), já ostenta núme-ros grandiosos, projetos arrojados e uma marca de legislati-vo participativo: De portas abertas para o povo.

No campo da tecnologia, a Casa fez um “up grade” e demonstrou que chegar aos 180 anos pode sim ser sinô-nimo de jovialidade: a programação da TV Assembleia, já acessada pelo portal (www.leg.rn.gov.br), agora está a um clique nos smartphones e tablets.

A Assembleia potiguar também vem se notabilizando como uma das que mais realiza audiências públicas no País, discutindo a pauta da sociedade e atuando como in-terlocutora dos entes envolvidos.

A novidade é que, além das autoridades convidadas e público presente no Plenarinho da Assembleia, o deba-te está chegando a outros municípios, através do recurso de videoconferência, lançado durante a audiência sobre a seca, que permitiu aos moradores de Angicos e São Tomé interagir em tempo real com Natal.

Os exemplos do novo ritmo de trabalho não param por aí. O horário regimental vem sendo cumprido rigoro-samente e as sessões plenárias de terça a quinta-feira têm início impreterivelmente às 10h30.

Instalada no dia 2 de fevereiro de 1835, com a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, que substituíram os antigos Conselhos Gerais no Brasil Império, o trabalho realizado pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte é reconhecido em todo o estado, graças aos pro-gramas gratuitos oferecidos aos cidadãos. Isso é Legislativo com cidadania.

Legislativo participativo

O Editor

&EstadosMunicípios

Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos S. Ferreira

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Região NorteMeio & Mídia Comunicação Ltda

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As colunas e matérias assinadas não serão remuneradas e o texto é de exclusiva responsabilidade de seus autores

Sua revista de gestão, política e empreendedorismo

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Ano 29 - n° 261 - Maio / 2015CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL

LEGISLATIVO MODERNO Presidida pelo deputado Ezequiel

Ferreira, a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte completa

180 anos com jovialidade e de portas abertas para o povo

CAPA

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está cada vez mais conectada com os cidadãos que representa. Em pouco mais de três meses de atuação, a nova gestão comandada pelo deputado Ezequiel Ferreira (PMDB) já ostenta números grandiosos, projetos arrojados e uma marca de Legislativo participativo: De portas abertas para o povo.

28 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella

42 | MÍDIA Pedro Abelha

56 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante

índiceEdição 261 - Maio / 2015

colu

nas

9 PolíticaDe olho no desvio ético ou disciplinar 9Ninguém quer o mandato tampão 10Câmara quer aprimorar acordos de leniência 11

14 Nacional Trabalho escravo ainda é uma triste realidade 14Projeto amplia área de atuação da Codevasf 16Dez anos de impostômetro 17

18 Estados Ajuste fiscal equilibra municípios paranaenses 18Rio metropolitano: desafios compartilhados 19Novas vias de desenvolvimento em Sergipe 20

22 MunicípiosCAIXA libera FGTS para vítimas do tornado 22Foz do Iguaçu terá novo Plano de Educação 23Titulação dos territórios quilombolas em Alcântara 24Retomada do Projeto Jequitaí 25

26 Municípios Desenvolvimento agropecuário 26Moradias e agronegócio no interior da Bahia 27

30 SaúdeBrasil é referência na erradicação da poliomielite 30

32 EducaçãoDesafios para uma educação com qualidade 32Ciência para a produção de conhecimento 33

34 Terceiro SetorProjeto beneficia região castigada pela estiagem 34

35 AgriculturaÁgua monitorada 35

36 InfraestruturaConsulta vai aprimorar Marco Civil da Internet 36Satélite identifica áreas sujeitas a deslizamentos 37

38 PrevidênciaRecadastramento obrigatório 38

39 EconomiaBrasil deve priorizar comércio exterior 39

40 CidadaniaCidadania no lixão de Aurá 40

41 SocialMinas investe na economia solidária 41Revitalização antes de transposição de águas 44Incêndios florestais no período da seca 45

46 EmpreendedorismoCompetitividade do setor coureiro-calçadista 46

47 NegóciosVolta ao passado numa Maria Fumaça 353 47

48 InvestimentoInvestir em São Paulo é um bom negócio 48

49 FuncionalismoGuarda Municipal de Natal está parada 49

50 Câmaras & AssembléiasAudiência pública de mulheres em Ji-Paraná 50Financiamento para mobilidade urbana no DF 51

52 TurismoPasseios culturais e as praias de Niterói 52

58 artigoEpidemia de dengue: gestão do lixo faz a diferença 58

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C a p a

Mais moderna, célere e pontual: é este o perfil que o trabalho da nova gestão vem impri-mindo à Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, fazendo com que o parlamento chegue aos 180 anos de atividades cada vez mais conecta-do com os cidadãos que representa. Em menos de três meses de atuação, a Casa, presidida pelo deputado Ezequiel Ferreira (PMDB), já ostenta números grandiosos e projetos arrojados.

Em pouco mais de 90 dias, já foram realiza-das mais de uma dezena de audiência públicas, o que dá uma média de um debate por semana, o que não é pouco, visto que o evento está inserido numa agenda cada vez mais movimentada por outras de-mandas sociais.

Assembleia Legislativa do RN completa 180 anos

Legislativo moderno, célere e pontual

Carla Alessandra

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C a p a

çado durante a audiência sobre a seca, que permitiu aos moradores de Angicos e São Tomé interagir em tempo real com Natal.

Os exemplos do novo ritmo de trabalho não param por aí. O horário regimental vem sendo cumprido rigorosamente e as ses-sões plenárias de terça a quinta--feira têm início impreterivelmen-te às 10h30.

Além disso, as reuniões de líderes vêm acontecendo rotinei-ramente às terças-feiras. Aliadas ao trabalho das Comissões Parla-mentares, que estão em constante atividade, as iniciativas já citadas fazem com que os projetos de lei

sejam apreciados, discutidos e le-vados a votação num menor espa-ço de tempo.

De portas abertas para o povo. Esta máxima vem sendo se-guida nas mais variadas situações. A comissão dos concursados já foi recebida diversas vezes pelos par-lamentares, para o planejamento das primeiras convocações. Em outra frente, o Legislativo potiguar vem estreitando seu diálogo com setores importantes da economia e entidades ligadas ao comércio, serviços e turismo, como a Feco-mércio, FIERN e Sebrae.

Modernidade

No campo da tecnologia, a Casa fez um “up grade” e demons-trou que chegar aos 180 anos pode sim ser sinônimo de jovialidade: a programação da TV Assembleia, já acessada pelo portal (www.leg.rn.gov.br), agora está a um clique nos smartphones e tablets.

O papel do parlamento po-tiguar vem sendo cumprido rigo-rosamente pela Assembleia, que

Audiências públicas, uma marca da

Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Violência contra a Mulher, Aeroportos de Parnamirim e São Gonçalo, Produção de sal no RN, Combate às drogas, Transporte público, estão entre os temas so-bre os quais os parlamentares se debruçaram nestes últimos dias em busca de soluções.

Participação popular

A Casa vem se notabilizando entre as congêneres como uma das que mais realiza audiências públi-cas no País, discutindo a pauta da sociedade e atuando como interlo-cutora dos entes envolvidos.

A novidade é que além das autoridades convidadas e púbico presente no Plenarinho da Assem-bleia, o debate está chegando a outros municípios, através do re-curso de videoconferência, lan-

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C a p a

recebeu prefeitos de todos os municípios do Rio Grande do Norte e outros segmentos políti-cos a fim de discutir o pacto fede-rativo e a reforma política.

O evento fez parte do pro-jeto Câmara Itinerante, com a participação do presidente da Câmara Federal, deputado Edu-ardo Cunha (PMDB). O ministro Gilberto Kassab (PSD) também foi recepcionado pelos deputa-dos na sua passagem pelo esta-do e recebeu o título de cida-dão norte-riograndense.

Os parlamentares conci-liam a agenda do Legislativo com a de outros entes públicos, como o encontro regional de prefeitos e vereadores, promo-vido pela Federação dos Muni-cípios (Femurn) e Federação das Câmaras (Fecam RN). Recente-mente, prestigiaram a posse do desembargador Marcelo Navar-ro à frente do Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª região, que congrega além do RN os esta-dos de Sergipe, Alagoas, Ceará, Paraíba e Pernambuco.

Fundação

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte foi instala-da no dia 2 de fevereiro de 1835, com a criação das Assembleias Legislativas Provinciais, que substituíram os antigos Conse-lhos Gerais no Brasil Império.

Seu trabalho é reconhecido em todo o Rio Grande do Nor-te através de programas gratuitos oferecidos aos cidadãos.

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P o l í t i c a

Primeiro deputado federal do Espírito Santo a assinar o Termo de Compromisso

de Ética, Transparência e Com-bate à Corrupção firmado com a ONG Transparência Capixaba, o deputado Carlos Manato (SD-ES) assumiu a Corregedoria da Câmara dos Deputados com o compromisso de combater vee-mentemente qualquer desvio éti-co ou disciplinar praticado pelos parlamentares.

Exercendo seu quarto man-dato como deputado federal, Manato ressalta que todos os pro-cedimentos obedecerão rigoro-samente às normas da casa. Ele descartou qualquer possibilidade de punição antecipada. “Durante

minha gestão, não admitirei pre-julgamentos. Serei pautado pelas normas que regem a corregedo-ria”, afirmou o parlamentar, que desde 2013 preside o Solidarieda-de no Espírito Santo.

A Corregedoria Parlamentar é o órgão superior da Câmara que atua na manutenção do decoro, da ordem e da disciplina na Casa. Cabe ao corregedor, por exemplo, a análise das representações rela-cionadas ao decoro parlamentar e dos processos de perda de man-dato determinada pela Justiça Eleitoral ou oriunda da suspensão dos direitos políticos.

O órgão também pode ser acionado pelo presidente da Câ-mara para promover a abertura de

De olho no desvio ético ou disciplinar

sindicância ou inquérito para a apuração de responsabilidade e a proposição de sanções em caso de indisciplina parlamentar.

Transparência

Como corregedor, Carlos Manato também pretende aper-feiçoar o sistema de controle interno da Câmara, promover ações de controle dos gastos e in-centivar o fortalecimento do setor de Ouvidoria como canal de co-municação entre a coletividade e o poder legislativo federal.

Em discurso no Plenário da Câmara, o novo corregedor garantiu estar preparado para o grande desafio que o espera nes-ta legislatura. “Sou um parlamen-tar ficha limpa e, por isso, estou muito tranquilo para conduzir os trabalhos da corregedoria segun-do o Regimento Interno e o Códi-go de Ética e Decoro Parlamen-tar”, ressaltou.

O deputado salientou que sua vida pública sempre foi pau-tada pela transparência e, como tal, não se furtará de exercer ple-namente todas as suas responsa-bilidades. “O ideal é que a Cor-regedoria Parlamentar não tivesse qualquer demanda, o que seria um indicador de que nossos pa-res estão sendo éticos e cumpri-dores do seus mandatos”.

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P o l í t i c a

A Terceira Mobilização Na-cional de Vereadores foi marca-da por uma enxurrada de criticas contra a proposta de um manda-to tampão para prefeitos e vere-adores a serem eleitos em 2016, como forma de estabelecer a coincidência eleitoral ainda em 2018. Reunidos na Comissão Es-pecial da Reforma Política, vere-adores e deputados discutiram os principais pontos em negociação e descartaram o mandato tampão.

vereadores e prefeitos, de forma que os calendários eleitorais coin-cidam a partir de 2022.

Para o deputado Rubens Otoni (PT-GO), que integra a Comissão Especial, não existe amparo legal para a prorrogação dos atuais mandatos. “Se esta tese vencer, acho que há grande possi-bilidade de cair a reeleição, esta-belecendo-se o mandato de cinco anos, até para senador”, afirmou o parlamentar.

O deputado Afonso Hamm (PP-RS) acredita que o ponto de-terminante da reforma será a coincidência de mandato com cinco anos sem reeleição. Em sua opinião, com um calendário de eleições a cada cinco anos, será possível melhorar o planejamento das administrações nos três níveis e direcionar melhor o financia-mento público de campanha.

Ninguém quer o mandato tampão

Financiamento

Otoni alertou que existem mais de 300 projetos tramitan-do na Câmara dos Deputados e vários pontos discutidos podem influenciar as próximas eleições, como o fim das coligações pro-porcionais, a redução do prazo de filiação e alterações no finan-ciamento das campanhas

A questão do financiamen-to, aliás, está longe do consen-so. Para o deputado carioca Júlio Lopes (PP), o financiamento pri-vado tem que continuar. “Finan-ciamento de campanha não tem nada a ver com a roubalheira que vemos todos os dias nos jornais. Não acho que se deva tirar di-nheiro que vai para os hospitais e escolas e colocar em campanha política”.

“É inaceitável que nossos vereadores sejam surpreendi-dos com algo novo em eleições que eles vão disputar. Seria um desastre inaceitável”, ressaltou o deputado Domingos Sávio (PS-DB-MG). Para ele, a coincidên-cia do calendário nos três níveis – federal, estadual e municipal – só será possível com um manda-to de seis anos para os próximos

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P o l í t i c a

Em meio à insegurança jurí-dica quanto à validade dos acor-dos de leniência firmados entre a Controladoria Geral da União (CGU) e as empresas envolvidas na Operação Lava-Jato, a Câmara dos Deputados criou uma subco-missão específica para propor mu-danças na Lei Anticorrupção e na Lei de Improbidade, que tornem mais claras as regras para acordos de leniência.

Hoje, nove projetos tramitam na Câmara propondo alterações nas normas que regem os acor-dos de leniência. A Subcomissão Especial “Operação Lava Jato” – no âmbito da Comissão de Fis-calização Financeira e Controle – reunirá as propostas que melhor equilibrarem a preservação dos empregos e da indústria civil na-cional com a devida punição dos envolvidos em corrupção e recu-peração de ativos.

O colegiado tem como principal objetivo evitar a perda de empregos e reduzir o efeito da crise decorrente da Lava-Jato na economia do país. “Vemos nos jornais a no-tícia de que empreiteiras chi-nesas começam a ganhar es-paço no Brasil. Enquanto isso, as 25 principais empresas do país envolvidas na Lava-Jato fecham postos de trabalho, enfatiza o deputado federal

Jorge Solla (PT-BA), presiden-te da subcomissão.

Segundo o parlamentar, o Legislativo precisa agir rápido para recuperar nossa indústria civil e evitar esta invasão chi-nesa, que só trará danos aos tra-balhadores.

Urgência

A minuta de projeto de lei será enviada à Mesa Diretora da Câmara com pedido de urgên-cia para a apreciação em ple-nário. “A situação exige solu-ções rápidas. Se formos esperar até o fim do ano, o estrago em nossa economia já estará feito. Os corruptos têm de ser punidos exemplarmente, mas não pode-mos esquecer a função social das

Câmara quer aprimorar acordos de leniência

empresas”, defendeu o deputado Marcos Reategui (PSC-AP).

A primeira reunião do co-legiado, que tem o (PROS-MT) como relator, discutiu a possibi-lidade de retirar a restrição do acordo de leniência apenas para a primeira empresa que decidir colaborar com a Justiça, bem como estabelecer dez anos como prazo de validade da leniência – caso a empresa volte a praticar ilícitos, teria todos os benefícios revogados retroativamente.

As empresas que firmam acordos de leniência recebem o benefício de redução significativa das multas que seriam aplicadas e a empresa não é declarada inidô-nea, podendo participar de qual-quer licitação.

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Há mais de 50 anos, a Eletrobras é a força que transforma um país inteiro.

Década de 60

A Eletrobras nasce e coloca em operaçãoa usina de Furnas.

Década de 70

Início da construção da usina de Itaipu.

Década de 80 e 90

Criação do Procel, programa que contribuipara o uso eficiente da energia no país.

Integração Norte-Sul: mais de 1.300kmde novas linhas de transmissão.

2000 até hoje

Mais de 59 mil km de linhas de transmissãoe 44 mil MW de capacidade de geração.

Instituição do Proinfa, programa que incentivoua utilização de energias renováveis.

Até 2018

Investimentos de mais de R$ 60 bilhõesem geração e transmissão.

Somos a Eletrobras. Somos a energia do Brasil.

eletrobras.com

Tudo começou em 62. E a Eletrobras já nasceu impulsionando o país. Nas décadas seguintes, a gente continuou buscando chegar mais longe, construindo novas linhas de transmissão, novas usinas, investindo em tecnologia, investindo no futuro. Há mais de 50 anos, a história vem mostrando que superação é a marca da Eletrobras. Por isso, temos certeza: em 2030, vamos estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa e entre as dez maiores em energia elétrica do mundo.

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Há mais de 50 anos, a Eletrobras é a força que transforma um país inteiro.

Década de 60

A Eletrobras nasce e coloca em operaçãoa usina de Furnas.

Década de 70

Início da construção da usina de Itaipu.

Década de 80 e 90

Criação do Procel, programa que contribuipara o uso eficiente da energia no país.

Integração Norte-Sul: mais de 1.300kmde novas linhas de transmissão.

2000 até hoje

Mais de 59 mil km de linhas de transmissãoe 44 mil MW de capacidade de geração.

Instituição do Proinfa, programa que incentivoua utilização de energias renováveis.

Até 2018

Investimentos de mais de R$ 60 bilhõesem geração e transmissão.

Somos a Eletrobras. Somos a energia do Brasil.

eletrobras.com

Tudo começou em 62. E a Eletrobras já nasceu impulsionando o país. Nas décadas seguintes, a gente continuou buscando chegar mais longe, construindo novas linhas de transmissão, novas usinas, investindo em tecnologia, investindo no futuro. Há mais de 50 anos, a história vem mostrando que superação é a marca da Eletrobras. Por isso, temos certeza: em 2030, vamos estar entre as três maiores empresas globais de energia limpa e entre as dez maiores em energia elétrica do mundo.

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N a c i o n a l

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) aproveitou o dia em que se comemora a Abolição da Escravatura no Brasil para condenar uma pratica ne-fasta que ainda perdura no território nacional: o trabalho escravo. Em 20 anos de atu-ação, o Grupo Espe-cial de Fiscalização Móvel (GEFM) de combate ao trabalho análogo ao de escravo no País já resgatou mais de 49 mil trabalhadores, que eram mantidos em ati-vidades que remetem ao concei-to do chamado trabalho escravo moderno. Uma triste realidade que, se-

gundo o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, é inad-missível em pleno século XXI: “Não deveria haver a necessidade do combate ao trabalho escravo, pois, em 1888, o Brasil aboliu a es-cravatura, mas mesmo assim ainda existem trabalhadores que são sub-metidos à situação análoga à de es-cravo”, lamentou o ministro.

Para ele, a escravidão que acontece atualmente no Brasil é ainda mais nociva e degradante, porque não se trata só de pro-priedade pessoal do ser humano, como acontecia na época do Im-pério, mas de uma ação efetiva que submete a pessoa à humilha-

Trabalho escravo ainda é uma triste realidade

ção, degradação e condição de inferioridade

Criado em maio de 1995, o GEFM é integrado por auditores fiscais do Trabalho, membros do Ministério Público do Trabalho (MPT), delegados e agentes da Polícia Federal, Policiais Rodo-viários Federais, membros da Procuradoria Geral da Repú-blica e defensores Públicos da União. Nessas duas décadas de atividade, o grupo realizou 1.785 operações em 4.090 esta-belecimentos.

O balanço divulgado pelo ministro do Trabalho tem um lado positivo e um negativo. O positi-vo é que os números mostram os avanços obtidos no combate do trabalho escravo. O negativo é

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 15

N a c i o n a l

O Brasil aboliu a escravatura, mas mesmo assim ainda existem trabalhadores que são submetidos a situação análoga a de escravo

que os mesmos números mostram que 127 anos depois da abolição, ainda existe trabalho escravo no Brasil.

“E para que esses trabalhado-res não retornem a essa situação é preciso oferecer, cada vez mais, condições de educação e o acesso à qualificação profissional”, res-salta o ministro.

Lista Suja

Suspensa por liminar conce-dida pelo Supremo Tribunal Fede-ral (STF), a divulgação do Cadastro de Empregadores autuados por ex-ploração do trabalho escravo deve voltar a ser publicada em breve. A exposição pública dos escravocra-tas modernos mobiliza a socieda-de e mostra ao mundo que o Esta-do brasileiro não compactua com

essa brutal violação dos direitos humanos.

Segundo Manoel Dias, o governo está mobilizado para reverter os efeitos da liminar. “A Advocacia Geral da União (AGU) encaminhará ao Supremo o pedi-do de revogação da medida, para que se restabeleça a publicação da lista. Ele afirmou, ainda, que o governo editará uma portaria in-terministerial sobre a questão.

Para o ministro, a publicação vai de encontro à Lei de Acesso a Informação e com o que a legisla-ção determina, “é a transparência de ações e decisões tomadas den-tro da lei com o direito da ampla defesa e do contraditório, para

que não paire qualquer dúvida sobre as ações do Grupo Móvel e da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT)”.

Homenagens

Combater o trabalho es-cravo é uma tarefa árdua. Daí a

importância da Placa Come-morativa lançada pelo mi-

nistro Manoel Dias em homenagem a todos os que, durante as duas últimas décadas, não mediram esforços em combater esse fenôme-no que assola o Brasil e

que vem garantindo, ao longo desse tempo, não

só o resgate físico dos traba-lhadores vitimados, mas, sobre-

tudo, o resgate de sua dignidade.O merecido reconhecimen-

to público a esses abolicionis-tas não parou por ai. Os inte-grantes da primeira operação do Grupo Móvel realizada de 15 a 19 de maio de 1995; os chefes da primeira Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), os primeiros auditores-fiscais que se juntaram ao grupo e os motoristas que participaram das operações de combate ao trabalho escravo também foram devidamente homenageados.

O combate rigoroso ao tra-balho em condições análogas às de escravo é fundamental para exterminar esse novo formato de escravidão ainda mais aviltante à dignidade humana.

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16 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

N a c i o n a l

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputa-

dos aprovou proposta que inclui o Vale do Mucuri, todo o estado da Paraíba e a bacia do rio Paragua-çu na jurisdição da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf).

O texto aprovado é um subs-titutivo da Comissão da Amazô-nia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional ao Projeto de Lei 2351/11, do depu-tado Zé Silva (PDT-MG), que in-clui somente o Vale do Mucuri na jurisdição da Codevasf.

Composto por 27 municípios, o Vale do Mucuri é uma região do norte de Minas Gerais sujei-ta a longos períodos de estiagem, que inviabilizam sistematicamente a sustentabilidade das atividades agropecuárias. Já a bacia do rio

Paraguaçu é a principal responsável pelo abaste-cimento de Salvador.

O relator da pro-posta na CCJ, deputado Gabriel Guimarães (PT-MG), explicou que a Comissão teve que sanar alguns problemas de constitucionalidade presentes na proposta original e que invadiam prerroga-tivas do Presidente da República.

Potencialidades

“Ao impor novas atribuições à Codesvaf, no que se refere à exe-cução de obras de conservação ambiental e elaboração de planos anuais e plurianuais de desenvol-vimento, as propostas invadiam a iniciativa privativa do Presidente da República para projetos que tratem

Projeto amplia área de atuação da Codevasf

do funcionamento de ór-gãos e entidades e de suas respectivas atribuições”, ressaltou o parlamentar.

Atualmente, a área de atuação da Codevasf compreende as bacias hi-drográficas dos rios São Francisco, Parnaíba, Itape-curu e Mearim, e de seus

afluentes nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambu-co, Alagoas Distrito Federal, Goi-ás, Sergipe, Piauí e Maranhão, abrangendo 11,30% do território brasileiro.

Conhecer as potenciali-dades das regiões é o primeiro passo para se adotar um modelo de desenvolvimento e planejar as ações capazes de fortalecer a agricultura irrigada, os arranjos produtivos locais e a revitaliza-ção das bacias hidrográficas.

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N a c i o n a l

Em 2015, o consumidor brasi-leiro destinará, em média, 41,37% de seu rendimento bruto para pagar tributos. E vai trabalhar até 31 de maio só para pagar impostos, taxas e contribuições para a União, os estados e os municípios. Serão 151 dias no total.

Para efeito de comparação, em 2005, o consumidor destinou 38,35% do seu rendimento para pagar tributos. E foram necessá-rios 140 dias de trabalho para o brasileiro arcar com esses valores.

Os dados fazem parte do “Es-tudo comemorativo 10 anos do Impostômetro”, ferramenta criada em 2005 pela Associação Comer-cial de São Paulo (ACSP) e que, ao longo de uma década, tem permi-tido maior controle à população sobre o valor destinado ao paga-mento de tributos.

“As pessoas pagavam, mas não tinham consciência de quan-to pagavam. Proporcionamos um trabalho de informação e res-

ponsabilidade”, ressaltou o atual presidente da ACSP e da Federa-ção das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti.

Direitos

O tributarista Gilberto Luiz do Amaral, presidente do Con-selho Superior do Instituto Brasi-leiro de Planejamento e Tributa-ção (IBPT), enfatiza que desde a sua implantação o impostômetro ganhou credibilidade junto aos formadores de opinião, tornando--se um importante meio de aler-ta acerca da alta carga tributária existente no Brasil.

“Um dos grandes desafios do Impostômetro foi o primei-ro trilhão. Tivemos que fazer ajustes no painel para que ele pudesse comportar o dígito adi-cional. Nesse ano, ultrapassare-mos a marca de R$ 2 trilhões”, destacou.

Dez anos de impostômetro

De acordo com Amaral, o projeto de medição permitiu ao brasileiro ter mais lucidez sobre como a incidência de tributos afeta seu bolso diretamente. Lem-brou ainda que, antes da implan-tação da ferramenta, uma pesqui-sa havia apontado que 82% da população não sabia que pagava impostos. Dez anos depois, cer-ca de 90% já têm consciência de que paga tributos.

“Nosso grande desafio, ago-ra que a população já sabe, é fo-carmos os próximos cinco anos na cobrança, no retorno, enten-der onde esse dinheiro está sen-do investido. Precisamos levar o cidadão à reflexão: cadê o re-torno desses impostos na educa-ção, na saúde e na segurança? O Impostômetro é uma ferramenta para ele cobrar seus direitos”, afirmou.

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E s t a d o s

As medidas de ajuste fis-cal que foram implantadas pelo governo estadual deste o fim de 2014 têm ajudado os municípios paranaenses a enfrentar as dificul-dades econômicas geradas pela desaceleração da economia e pela queda dos repasses federais através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O alinhamento das alíquotas do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e do Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Prestação de Serviços (ICMS) – compartilhados entre o es-tado e os municípios – refletiu dire-tamente no aumento de arrecada-ção das administrações municipais.

Os municípios recebem cerca de 50% do IPVA e 25% do ICMS e, com o alinhamento das alíquotas, eles estão equilibran-do a arrecadação e mantendo a capacidade de investimento com obras para a população.

O alinhamento das alí-quotas dos impostos é ape-nas uma de uma série de ações que está sendo colocada em prática para cortar despesas e ampliar a receita em função da queda da atividade econô-mica no País, que reduz a perspectiva de arrecadação.

Fundo perdido

Além de beneficiar os mu-nicípios com o ajuste fiscal, o governo estadual intensificou os financiamentos e repasses à fun-do perdido para a conclusão de obras prioritárias.

Nos últimos quatro anos, o governo do Paraná liberou aos municípios R$ 1,5 bilhão para mais de 2.500 obras em todas as regiões do estado. “Fazemos uma gestão municipalista que atende todas as cidades e prefeitos. En-tendemos as dificuldades enfren-tadas pelas prefeituras com a que-da dos repasses do FPM”, explica o governador Beto Richa.

Ajuste fiscal equilibra municípios paranaenses

Em Querência do Norte, no Noroeste do estado, o prefeito Carlos Benvenutti cortou cargos de comissão e suspendeu a con-tratação de servidores para con-seguir manter as contas equili-bradas, sem cortar investimentos. “Isso é resultado, claramente, do congelamento dos repasses fede-rais. As despesas aumentaram e o dinheiro repassado não acompa-nhou”, avaliou.

Para manter a capacidade de investimento, o prefeito ago-ra conta com a arrecadação de IPVA e ICMS. “Esse repasse será fundamental para equilibrar as nossas finanças”, ressalta.

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E s t a d o s

O Fórum dos secretários Mu-nicipais de Transporte e Plane-jamento Urbano da Região Me-tropolitana do Rio de Janeiro se reuniu para discutir a elaboração dos planos municipais de mobili-dade de cada cidade. O encontro reuniu representantes do Ministé-rio das Cidades e definiu as dire-trizes do Plano Diretor de Trans-porte Urbano (PDTU).

O estatuto das Cidades, apro-vado pelo Congresso Nacional, es-tabelece a obrigatoriedade de cada município contar com um plano de mobilidade urbana, sob pena de perda de acesso a investimentos e a programas de fomento à infraestru-tura do governo federal.

Não é de hoje que a socie-dade carioca está repensando as políticas e práticas de mobilidade

na Região Metropolitana. Des-de o ano passado, especialistas, empresários e gestores do setor buscam soluções para esse gran-de desafio em encontros promovi-dos pelo ciclo ‘Rio Metropolitano: Desafios Compartilhados’.

Integração

O primeiro encontro foi so-bre Saneamento. Depois da Mobi-lidade, os próximos tópicos serão sobre Segurança Pública e Saúde. “As oportunidades de emprego, geração de renda e criação de renda estão diretamente relacio-nadas à eficiência da mobilidade urbana. Repensar suas estratégias é essencial para promover o bem estar e a integração dos cidadãos fluminenses”, ressalta o diretor-

Rio metropolitano: desafios compartilhados

executivo da Câmara Metropoli-tana, Vicente Loureiro.

A Câmara Metropolitana de Integração Governamental foi criada em agosto de 2014 pelo governador Luiz Fernando Pezão, como espaço institucional de ar-ticulação dos 21 municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, na elaboração e implan-tação de políticas de desenvolvi-mento sustentável.

Ela atua em parceria com o Instituto de Estudos do Tra-balho e Sociedade (IETS), apoio da Firjan e patrocínio da Associação das Empresas de Engenharia do Rio de Janeiro (Aeerj), do Banco de Desen-volvimento da América Latina (CAF), Fetranspor e concessio-nária Águas do Brasil.

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E s t a d o s

O governador de Sergipe, Ja-ckson Barreto (PMDB), autori-zou o início das obras da rodovia Pirambu-Pacatuba (rodovia SE-100). Orçada em mais de R$ 38 milhões, a obra aguardava a au-torização do Instituto do Patrimô-nio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A Via terá 47,23 quilôme-tros de extensão, com pista dupla e acostamento apropriado.

A rodovia, que ligará Piram-bu, partindo do Povoado Aguilha-das, a Pacatuba, na altura do po-voado Atalho, é uma das obras do Proinveste e fomentará o turismo e a economia do litoral norte ser-gipano, contribuindo ainda para a geração de emprego e a elevação do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Baixo São Fran-cisco, prioridade do Governo do Estado.

A rodovia integra o grupo de obras do Proinveste e complementa a integração do litoral Norte sergi-pano, permitindo o acesso por via litorânea às margens do rio São Francisco, complementando a liga-ção de todo o litoral sergipano por rodovias.

Integração

Com a construção das pontes Joel Silveira e Gilberto Amado e agora, com a implantação da Ro-dovia SE-100 Norte, Sergipe terá todo seu litoral integrado por vias rodoviárias de Brejo Grande até Indiaroba.

Além disso, a SE-100 Norte abre uma nova fronteira turística, a foz do rio São Francisco, uma das mais belas paisagens naturais do país, dando mais um passo na interligação do litoral nordes-tino, criando condições plenas para que o Governo Federal possa construir uma nova ponte sobre o rio São Francisco.

A rodovia integrar-se-á a outras rodovias que foram cons-truídas pelo governo estadual na região: Ilha das Flores - Neópolis; Neopólis - Propriá; povoado São Miguel – povoado Santa Cruz, em Propriá; e à rodovia ligando Pro-priá a Japoatã, em andamento.

Obras interligam todo o litoral sergipano por rodovias

Proinveste

O Proinveste está construindo novas vias de desenvolvimento em Sergipe. Com recursos da ordem de R$ 447 milhões, o governo desti-nou mais de R$ 167 milhões para a construção de novas rodovias.

Já foi concluída a rodovia do Arroz, ligando os povoados Santa Cruz a São Miguel. A rodovia Japo-atã-Propriá, a rodovia do Agreste

Novas vias de desenvolvimento em Sergipe

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(Itabaiana - Itaporanga) e o entor-no de Itabaianinha estão em an-damento.

A Rodovia Itaporanga-Ita-baiana está orçada em R$ 58,1 milhões. Com 52 quilômetros de extensão, ela será um divisor de águas na economia do estado, sobretudo para o município de Itabaiana, aproximando merca-dos consumidores da produção agrícola, a exemplo de Salvador e outras cidades da Bahia.

Já a rodovia Japoatã-Pro-priá encurtará a distância entre dois municípios em aproxima-damente 20 quilômetros, faci-litando o escoamento da produ-ção de leite, arroz, carnes, coco, banana, cana-de-açúcar, entre outros produtos, bem como o acesso aos municípios de San-tana do São Francisco e Neópo-lis às cidades do Alto Sertão. O Investimento total é de R$ 11.2 milhões.

Asfalto facilitará o escoamento da produção

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M u n i c í p i o s

A Caixa Econômica Fede-ral já está liberando o saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aos moradores da cidade de Xanxerê, em Santa Catarina, que tiveram suas casas atingidas por um tornado no dia 20 de abril. Com mais de 2,5 mil casas danificadas pelo desastre natural, o município decretou estado de calamidade pública, reconhecido pelo Ministério da Integração Nacional.

Os trabalhadores que tive-ram suas casas destruídas ou da-nificadas pelo tornado podem solicitar a liberação dos valo-res por telefone. O trabalhador pode optar entre realizar o saque por meio do Cartão do Cidadão ou indicar uma conta da CAI-XA para o depósito dos valores. As ligações são gratuitas (0800) e podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 6h às 19h, e aos sábados, das 8h às 14h.

O atendimento presencial está sendo realizado no auditó-rio da prefeitura, de acordo com a letra inicial do nome do traba-lhador. Para solicitar a liberação dos valores, os trabalhadores precisam ter saldo em conta e não podem ter realizado saque do FGTS pelo mesmo motivo em período inferior a um ano.

O valor máximo do FGTS que pode ser pago a cada traba-

lhador corresponde ao saldo dis-ponível, limitado a R$ 6.220 por conta vinculada.

Documentos

Para solicitar a liberação, o trabalhador deve comprovar seu endereço mediante a apresenta-ção de conta de luz, água, tele-fone ou extrato bancário emitidos

CAIXA libera FGTS para vítimas do tornado

em dezembro de 2014 ou janeiro de 2015. O endereço deve estar na relação dos logradouros identi-ficados pelo município como área afetada

Caso não tenha como com-provar o endereço, o solicitante deve apresentar Declaração da De-fesa Civil contendo todos os dados exigidos.

Para coibir fraudes, o trabalha-dor também deve apresentar CPF, Carteira de Identidade (original e cópia) – também são aceitos carteira de habilitação, carteira do conselho profissional, passaporte e Carteira do Trabalho

Caso o trabalhador tenha con-ta na CAIXA, é importante levar o cartão ou o número da conta, para facilitar o crédito

Com mais de 2,5 mil casas danificadas pelo desastre natural, Xanxarê decretou estado de calamidade pública

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M u n i c í p i o s

Aprovado em conferência que reuniu representantes de vá-rios segmentos da sociedade, o Plano Municipal de Educação (PME) de Foz do Iguaçu, no Pa-raná, vai revolucionar o sistema educacional da cidade. “A apro-vação do documento é um passo histórico para garantir as melho-rias necessárias para a educação básica no município”, ressalta a secretária municipal de educação Lisiane Veck Sosa

O sistema municipal de en-sino de Foz do Iguaçu abrange mais de 50 Escolas Municipais (1º ao 5º) e 32 Centros Munici-pais de Educação infantil (0 a 5 anos) com uma média 26.500 alunos/mês. Cabe à Secretaria coordenar todas as ações do se-tor e zelar por uma administra-ção transparente, eficiente e res-ponsável.

“ E s t a m o s mostrando para a sociedade e para nós mesmos que todos somos

responsáveis em lutar pelos be-nefícios, em lei, dos agentes den-tro da educação. Com certeza o trabalho em conjunto é a nossa principal força”, enfatizou a se-cretária.

Eixos A conferência debateu 12

eixos temáticos envolvendo todas as etapas do sistema educacional: Educação Infantil; Ensino Funda-mental (anos iniciais e finais); En-sino Médio e Profissionalizante, Educação Profissional; Educação Especial; Educação de Jovens e Adultos; Diversidade e Inclusão; Gestão Escolar e Controle Social; Gestão Educacional, Regime de Colaboração e Financiamento; Tecnologia da Educação e Edu-cação a Distância; Ensino Supe-rior; Educação e meio ambiente, sustentabilidade e qualidade de vida; Plano de Carreira dos Pro-fissionais do Magistério.

Segundo a presidente do Con-selho Municipal de Educação, Ja-

Foz do Iguaçu terá novo Plano de Educação

nice Gallert depois da aprovação da Comunidade, da Comissão Co-ordenadora e da equipe técnica, o PME ainda depende da análise de outro órgãos. “Vamos aguardar o parecer do Ministério Público. Logo depois enviaremos ao Executivo e em seguida é encaminhado para a Câmara de Vereadores realizarem o trâmite legal e possivelmente apro-varem a lei”.

A conferência foi promovi-da pela Secretaria Municipal de Educação e pelo Conselho Muni-cipal de Educação.

Aprovado pela sociedade, documento aguarda parecer do Ministério Público

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M u n i c í p i o s

O governador do Ma-ranhão, Flávio Dino (PCdoB), e o prefeito

de Alcântara, Domingos Araken (PT), entregaram à ministra da Se-cretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), Nil-ma Lino Gomes, uma solicita-ção oficial da comunidade alcan-tarense, que reivindica a titulação definitiva dos territórios quilom-bolas. A entrega foi feita no Au-ditório do Palácio Henrique de La Rocque, no Calhau, em São Luís.

O município de Alcântara já é reconhecido como território quilombola pela Fundação Palma-res. Segundo o prefeito, a comuni-dade luta agora pela titulação de-

finitiva dos territórios quilombolas do município, com a entrega dos títulos de propriedade de terra aos remanescentes de territórios de quilombolas, que é a última eta-

Titulação dos territórios quilombolas em Alcântara

pa do processo legal de regula-rização quilombola da Fundação Palmares.

Flávio Dino e a ministra Nilma Lino Gomes receberam a documentação protocolada pela Prefeitura de Alcântara e garan-tiram lutar juntos para atender todas as solicitações e reivindica-ções da comunidade.

Soluções

A ministra adiantou que vai estudar a questão e apresentar so-luções às demandas apresentadas pela comunidade alcantarense

“O governador Flávio Dino e a ministra Nilma Lino se coloca-ram à disposição do povo alcan-tarense para somar esforços nesta luta”, disse Araken. A posse dos títulos definitivos de propriedade das terras é uma reivindicação an-tiga das comunidades alcantaren-ses. “Demos um passo importante para que os governos federal e es-tadual agilizem esse processo”.

O Decreto 4.887, de 20 de novembro de 2003, regulamenta o procedimento para identifica-ção, reconhecimento, delimita-ção, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescen-tes das comunidades dos quilom-bos de que trata o artigo 68, do Ato das Disposições Constitucio-nais Transitórias

Município maranhense é reconhecido como território quilombola pela Fundação Palmares

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M u n i c í p i o s

A retomada das obras de construção da Barragem do Rio Jequitaí (no município distante 66 km de Pirapora) virou bandei-ra dos deputados da Comissão de Minas e Energia da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. De-pois de visitar o canteiro de obras e constatar o atraso na execução da obras, a comitiva de parlamen-tares decidiu recorrer diretamente ao ministro da Integração Nacio-nal, Gilberto Occhi.

A barragem do Rio Jequitaí, afluente do São Francisco, é a pri-meira das duas barragens inclu-ídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Orçadas em R$ 319 milhões, as obras es-tão a cargo da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), vinculada ao Ministério da Integração Na-cional.

A primeira etapa do projeto está orçado em R$ 60 milhões e as obras começaram em novembro de 2013, com previsão de conclusão em dois anos. Mas problemas orça-mentários e de execução atrasaram o empreendimento. Desde novem-bro, as empresas contratadas estão sem receber, principalmente por causa do atraso na aprovação dos orçamentos federal e estadual.

A Codevasf nega que as obras estejam paralisadas. O superin-tendente regional da empresa em

M o n t e s Claros, Di-mas Rodri-gues, admite o “ritmo len-to” das obras, mas ressalta que 80% do trabalho de es-cavação já fo-ram concluídos

Temor Parlamentares,

autoridades gover-namentais e mo-radores da região temem que a obra acabe contingenciada, em razão da falta de recursos do Governo Federal. O temor é compreensí-vel, afinal, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pirapora, Celso Leonardo Ri-beiro, trata-se de um projeto com grande significado socioeconômi-co e fundamental para a seguran-ça hídrica do Norte de Minas.

A barragem também vai ge-rar emprego e renda, ampliar a área agrícola irrigada e produzir energia para 12 municípios da região, beneficiando mais de 500 mil pessoas.

“Por isso é urgente a retoma-da das obras em Jequitaí”, ressalta o secretário.

Retomada do Projeto Jequitaí

Barragem vai garantir segurança hídrica do Norte de Minas

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M u n i c í p i o s

Os prefeitos de Marabá, João Salame Neto (PROS), e de Novo Repartimento, Valmira Al-ves (PR), se reuniram com a mi-nistra Kátia Abreu (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para tratar de um assunto que interessa a milhares de produtores familia-res: o desenvolvimento agropecu-ário da região.

Kátia Abreu acertou com os prefeitos uma visita à região, que tem milhares de produtores familiares de cacau e leite. Os municípios vizinhos também têm pecuária forte e apresentam potencial para entrar no progra-ma voltado para a ascensão da

classe média rural, que está em elaboração no Mapa.

A ministra pretende se reunir com os 38 prefeitos da re-gião para uma reunião técnica e, em seguida, conhecer os produ-tores locais. A visita deverá ser marcada ainda para o primeiro semestre deste ano. Deverão par-ticipar também a Embrapa e a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).

Impulso

“Vamos fazer uma reunião produtiva com prefeitos, secre-tários de Agricultura e sindicatos

Prefeitos do Pará lutam por desenvolvimento agropecuário

rurais, para colocar na ponta do lápis o que o Mapa pode fazer para ajudar a impulsionar o setor. Elevar a renda e aumentar a pro-dutividade dos pequenos agricul-tores é uma prioridade da nossa gestão”, afirmou Kátia Abreu du-rante a reunião.

Para apoiar os produto-res de baixa renda, o Ministério da Agricultura pretende ofere-cer assistência técnica, crédito e apoio à comercialização. Ainda é necessário, de acordo com a ministra, minimizar as distorções de mercado, já que os pequenos pagam caro pelos seus insumos e vendem barato seus produtos.

“Diferentemente das ci-dades, que contam com 50% de sua população na classe média, o campo tem apenas 16% de produtores nesta faixa de renda. Os 6% agropecuaristas mais ri-cos são responsáveis por 70% de toda a produção nacional en-quanto os 78% das faixas D e E produzem apenas 9%. Essa dis-torção é inaceitável”, disse Kátia Abreu.

Ministra agenda reunião técnica com os 38 prefeitos da região

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M u n i c í p i o s

A entrega de 325 habitações populares no município de Itabe-la, no Sul da Bahia, marcou mais uma etapa do compromisso firma-do entre as três esferas de governo para beneficiar famílias pobres do interior do estado.

Inaugurado pelo governador Rui Costa (PT) e pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab, o em-preendimento recebeu um aporte financeiro de R$ 29 milhões dos governos federal e estadual, no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida

Segundo o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), o Re-sidencial Jardim Paquetá levará mais qualidade de vida para a po-pulação do interior, com infraes-trutura e valores de mensalidades que cabem no bolso do trabalha-dor. “Atuamos ativamente no Con-gresso Nacional para justamente auxiliar nessas ações”, enfatizou o parlamentar.

Além de inaugurar o novo empreendimento, o governador se reuniu com agricultores de Itabela, no Sindicato de Produto-res Rurais, para debater assuntos como a segurança pública e a melhoria de estradas para o esco-amento das produções de mara-cujá e café.

Agronegócio Café O café é um dos principais

destaques da agricultura baiana. Não é à toa que Salvador é o pal-co do 16’ Agrocafé - Simpósio Nacional do Agronegócio Café - e do III Seminário da Cafeicultura Familiar.

“O café dialoga com as di-versas regiões do nosso estado, é um produto de alto valor agrega-do, podendo atingir um alto nível no mercado, e temos um grande potencial na Bahia para expan-dir esse negócio”, afirmou o go-

Moradias e agronegócio no interior da Bahia

vernador Rui Costa, ao discursar na abertura do evento cujo tema central foi “O Agronegócio Café de Olho no Futuro”.

Uma das prioridades apon-tadas pelo governador nesta ges-tão é estimular os produtores da agricultura familiar. “A melhoria técnica e o aumento da produti-vidade têm como objetivo último melhorar a renda do agricultor. Então é preciso buscar parcerias para aprimorar a distribuição e comercialização”, disse.

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RENATO RIELLA [email protected]

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WHATSAPP IMPORTANTE PARA PROFISSIONAIS

De acordo com pesqui-sa organizada pela Regus, que oferece soluções flexíveis de es-paços de trabalho, o WhatsApp é usado como ferramenta corpo-rativa por 95% dos brasileiros, seguido por Skype (81%) e Fa-cebook Mesenger (68%).

O estudo ouviu 44 mil executivos e apontou que 86% deles recorrem a pelo menos uma ferramenta por mês quando preci-sam passar o dia fora da empresa.

CONCESSÃO BARATEIA PONTE RIO-NITEROI

Foi assinada a concessão da Ponte Rio-Niterói, que de saída rebaixa o pedágio de R$ 5,2 para R$ 3,7. A presidente Dilma Rousseff disse que a segun-da etapa do programa de concessões do governo fe-deral será lançada em junho.

Vai ser um pro-grama mais amplo, abrangendo não ape-nas rodovias, mas também ferrovias, aeroportos, portos e outras concessões.

FUTURO DA PETROBRAS ESTÁ EM DISCUSSÃOExiste grande expectativa sobre a revisão do plano de negócio da Petrobras, referente ao período

2015-2019, quando ficarão claros os caminhos de investimentos que a empresa adotará.A revisão deve ocorrer nos próximos meses, oferecendo ao mercado e às centenas de empresas que

negociam com a petroleira a previsão de retomar as encomendas de produtos e serviços, beneficiando diretamente o mercado de trabalho, enfraquecido desde o início da Operação Lava Jato.

ZONA FRANCA DO DFDEBATIDA NA CÂMARA

Uma zona de livre comércio para gerar empre-go e renda nos arredores do Distrito Federal. Este é o principal objetivo da Proposta de Emenda Cons-titucional (PEC) protocolada pelo deputado federal Rogério Rosso (PSD-DF).

Durante 50 anos, municípios em até 30 km de distância da Capital Federal integrarão a área de livre comércio, de importação e exportação e de incentivos fiscais, na chamada Zona Franca do Entorno do DF (ZFE-DF).

SMARTPHONES SUPERAM USO DE COMPUTADORES

As buscas feitas por dispositivos móveis estão superando as pesquisas a partir de computadores em dez países, incluindo Estados Unidos e Japão. Por tal razão, o foco do Google está cada dia mais voltado aos usuários de smartphones.

Um dos primeiros esforços neste sentido é o lan-çamento de formatos de anúncios otimizados para smartphones, proporcionando mais conforto aos usu-ários se comparado às tradicionais AdWords.

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ECONOMIA PODECAIR -1,2% EM 2015

Analistas consultados se-manalmente pelo Banco Central continuam pessimistas, prevendo queda do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país), em -1,2%. A projeção de queda da produção industrial é de 2,8%.

A estimativa para o câmbio, ao fim de 2015, permanece em R$ 3,20. A previsão de fecha-mento da Selic, taxa básica de juros da economia, permanece em 13,5% ao ano.

MIGRAÇÕES PARA A EUROPA SEM SOLUÇÃO

Os países membros da ONU (Organização das Nações Unidas) não sabem o que fazer para en-frentar o problema dos migrantes que arriscam a vida em direção à Europa.

Eles partem em embarcações precárias, fugindo da África e do Oriente Médio. Milhares morrem no Mar Mediterrâneo sem que as perdas sejam registradas. O foco da União Europeia é destruir o “modelo de negócio” dos trafican-tes, garantindo que os navios não possam ser utilizados. Mas o pro-blema cresce.

TAXAS DE AGIOTAS NOS JUROS DO BRASIL

Em qualquer negociação, se for cobrada uma taxa de juros de 300% ao ano, a vítima pode chamar a polícia. Mas, no Brasil, a taxa de juros do cartão de cré-dito subiu para 12,14% ao mês ou 295,48% ao ano.

Os juros do cheque espe-cial também tiveram subida, passando para 9,74% ao mês (205,06% ao ano) em abril, a maior taxa desde junho de 2003. São taxas de agiotas.

ANO PODE FECHAR COM UMA INFLAÇÃO DE 8,31%

Analistas e investidores do mer-cado financeiro voltaram a elevar a previsão de fechamento da infla-ção medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2015. A estimativa de alta, que esta-va em 8,29%, agora é 8,31%.

O IPCA, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), verifica a variação de preços referentes ao consumo pessoal das famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.

GDF AMEAÇA DEMITIRATÉ SERVIDOR EFETIVO

Nunca se viu isso, mas o governador Rodrigo Rollemberg admite até demitir servidores efe-tivos, contratados via concurso público, para ajustar a economia do DF. Em nota oficial, o GDF es-clarece que tem adotado todas as medidas necessárias para evitar as punições previstas pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Esclarece que “a legislação indica que, se isso ocorrer, o governo pode ficar sem receber transferências voluntárias, obter garantia de outro ente e contratar operações de crédito”.

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30 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

S a ú d e

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, detalhou as ações que le-varam o Brasil a alcançar e manter a erradicação da poliomielite, mas res-saltou que a continuidade das cam-panhas de vacinação é fundamental para evitar a reintrodução do vírus da paralisia infantil no país.

Arthir Chioro participou do Simpósio para Erradicação da Po-liomielite no Mundo, promovido pelo Rotary International e pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), para debater o pla-nejamento estratégico para a eli-minação da doença em todos os países do mundo até 2018.

A experiência brasileira é uma referência na erradicação da

doença, que afeta o sistema ner-voso da criança, provocando pa-ralisia irreversível, principalmente nos membros inferiores.

“O Brasil continua vacinan-do, porque precisa haver respon-sabilidade, uma vez que o vírus ainda circula em alguns países. Desta forma, todos devem es-tar comprometidos para que em 2018 possamos começar a contar uma nova história sobre a erradi-cação da pólio no mundo”, enfa-tizou o ministro.

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 10 países registraram ca-sos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos (Paquis-tão, Nigéria e Afeganistão). Atual-mente, 80% da população mun-dial vive em regiões certificadas como livre da pólio,

Referência

O Brasil é um dos poucos pa-íses de dimensão continental que conseguiu consolidar uma ampla rede de vacinação, daí a impor-tância do Programa Nacional de Imunização realizado no País.

Em 1994, o Brasil recebeu o Certificado da Erradicação da Transmissão Autóctone do Polio-vírus Selvagem, juntamente com os demais países do continente

Brasil é referência na erradicação da poliomielite

americano. O último caso da do-ença registrado no Brasil foi em 1990. O resultado foi possível devido à estratégia de vacinação adotada pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), que teve início em 1980.

“Nós somos um dos poucos países de dimensão continental, com população nas cidades, nas periferias, nas matas, no interior, que conseguiu consolidar uma rede

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S a ú d e

complexa de vacinação”, afirmou o ministro, acrescentando que o Sis-tema Único de Saúde (SUS) ofere-ce todas as vacinas recomendadas como saúde pública pela Organiza-ção Mundial de Saúde (OMS).

Atualmente, o Ministério da Saúde realiza a Campanha Na-cional de Vacinação contra a Po-liomielite todos os anos, com a imunização de criança entre seis meses de idade e cinco anos in-completos. Na mobilização de 2014, realizada junto a estados e municípios, mais de 11,9 milhões de crianças foram vacinadas. O período de imunização acontece no mês de novembro.

O Brasil é um dos poucos países de dimensão continental que conseguiu consolidar uma ampla rede de vacinação

Esquema vacinal

A poliomielite é uma doença infectocontagiosa grave e a única forma de prevenção é por meio da vacinação. No Brasil, além da campanha anual, a vacina contra a paralisia infantil faz parte do Ca-lendário Nacional de Vacinação e fica disponível durante todo o ano nos postos de saúde de todo o país.

Na vacinação de rotina, a dose é recomendada a todas as crianças menores de cinco anos, aos dois, quatro e seis e 15 meses de idade, além da dose de refor-ço, aos completar quatro anos. As

campanhas são realizadas como oportunidade para atualização do esquema vacinal.

Atualmente, são ofertados dois tipos de vacina: a VIP (Vacina Inativada Poliomielite), utilizada no início de esquema de vacina-ção, e a VOP (Vacina Oral Polio-mielite), utilizada como dose de reforço.

O Plano Estratégico Para a Erradicação da Pólio (2013-2018) teve origem na Assembleia da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizada em 2012. O do-cumento declara a erradicação da doença como uma “emergência programática global para saúde pública”, e traça quatro objetivos principais: a detecção e interrup-ção da transmissão do poliovírus; o fortalecimento dos programas de imunização; a contenção do poliovírus e a certificação da in-terrupção da transmissão.

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E d u c a ç ã o

O 2º Fórum Educação Que Dá Certo foi palco de uma am-pla discussão sobre os desafios de uma educação brasileira de qua-lidade. Moderado pelo presidente do Conselho Superior do Progra-ma Gaúcho da Qualidade e Pro-dutividade (PGQP), Jorge Gerdau Johannpeter, o painel “Compro-misso com uma educação eficaz” enfatizou a importância do tema para o futuro do País: “Só conquis-taremos um país desenvolvido, principalmente na parte social, se formos vencedores na educação”, afirmou o empresário.

A coordenadora de projetos da Fundação Roberto Marinho, Helena Jacobina Campos, ressal-tou que o papel do docente no fortalecimento do processo educa-cional é tão importante quanto a metodologia de aprendizagem, a formação continuada e a qualidade do material didático. “No fundo, o professor é um gestor que oferece os instrumentos, as condições e os meios necessários para que o sujei-to da aprendizagem possa construir o conhecimento”, afirmou.

Conhecimento que segun-do a coordenadora do Edukatu, Denise Conselheiro, deve passar necessariamente pelo binômio educação-sustentabilidade “O mundo utiliza hoje 50% mais re-cursos renováveis do que a Terra é capaz de repor ou regenerar, daí a

importância da educação para a sustentabilidade”, pontuou a co-ordenadora.

Mobilização

O papel do gestor na garan-tia da educação de qualidade foi reforçado pela vice-presidente da União Nacional dos Dirigen-tes Municipais de Educação, Si-mone Coradini, que frisou a ne-cessidade do Brasil desenvolver um Sistema Nacional de Educa-ção verdadeiramente articulado para diminuir as desigualdades no acesso à educação e aumen-tar a qualidade do ensino.

Para o editor do site e da re-vista Nova Escola, Rodrigo Ratier,

Desafios para uma educação com qualidade

um dos grandes desafios do setor é mobilizar a sociedade para a criação de oportunidades e no-vas rotas capazes de contribuir efetivamente para a melhoria da educação brasileira. “A tarefa de educar não cabe somente à famí-lia, com sua carga moral e ética, tampouco à escola. O entendi-mento é o da educação como compromisso de todos”.

Ele ressaltou que a educação se desenvolve em vários âmbitos, e não apenas na sala de aula e no ambiente familiar. “O desafio da educação está presente nas rela-ções sociais, na interação com a mídia, nas redes sociais, no am-biente de trabalho e nos espaços da cidade”.

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E d u c a ç ã o

O ministro da Educação, Re-nato Janine Ribeiro, e o novo presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Carlos Afonso Nobre, destacaram o pa-pel fundamental da ciência para a redução da desigualdade social no Brasil.

Neste contexto, o programa Ciência Sem Fronteiras merece um destaque especial. “O Ciência sem Fronteiras é um marco da ci-ência brasileira para o mundo. É um vetor do Brasil para as princi-pais universidades estrangeiras”, afirmou o ministro. Ele ressaltou

Ciência para a produção de conhecimento

Estímulos

Segundo Afonso Nobre, os estímulos proporcionados pelo governo brasileiro à produção científica têm sido ferramenta relevante para amenizar os efei-tos da crise econômica no país e diminuir as diferenças sociais, possibilitando que as camadas menos favorecidas da popula-ção tenham acesso à educação, particularmente à produção acadêmica.

“Há uma percepção gene-ralizada de crise no setor indus-trial. Esse círculo, no entanto, se fecha se olharmos para a produ-ção científica que tem sido de-senvolvida no Brasil”, afirmou, enfatizando que o Brasil é ter-ceiro país que mais produz tra-balhos acadêmicos.

Ao defender políticas de incentivo à formação e à publi-cação de trabalhos acadêmicos desenvolvidos no país, o novo presidente da entidade respon-sável pelo reconhecimento e pela avaliação de cursos de pós-graduação no Brasil, afir-mou que a Capes precisa bus-car novas iniciativas e mecanis-mos capazes de ajudar o Brasil a enfrentar seus problemas de forma sustentável.

Ciência sem Fronteiras é um marco da ciência brasileira para o mundo

que o País deve usar seu imenso potencial para atrair cada vez mais estrangeiros para produzirem no Brasil.

Para Renato Jani-ne, não basta produzir conhecimento. É pre-ciso colocá-lo em prá-tica. “A Capes é uma das jóias da coroa do Brasil. Sua atuação tem de ser no sentido de que o conhecimento não se limita ao mun-do como é, mas que almeje como o mundo pode ser. E como ser melhor”.

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Te r c e i r o S e t o r

O projeto “Meios de Vida no Sertão” está mudando a vida de 161 famílias em 35 comunidades da zona rural de Inhapi, Canapi, Senador Rui Palmeira e São José do Tapera, no semiárido alagoano.

Promovido pela Fundação Salvador Arena em parceria com a ONG internacional Visão Mun-dial, o projeto leva tecnologias sus-tentáveis a comunidades rurais que sofrem com a estiagem. Os municí-pios foram selecionados com base no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado pela Organização das Nações Unidas em 2012

Desde 2013, o projeto já fi-nanciou a construção de 15 cis-ternas-calçadão para a captação de água de chuva, três poços ar-tesianos, seis sistemas produti-vos para hortas agroecológicas, implantação de nove galinheiros com capacidade para 100 aves

cada, compra de cabras e bodes e instalação de nove apriscos, além de dezenas de oficinas de capaci-tação e assistência técnica veteri-nária.

Unindo forças

As duas entidades investi-ram quase R$ 500 mil no projeto, sendo 79% sob responsabilidade da Fundação Salvador Arena e o restante aplicado pela ONG Vi-são Mundial, na execução técni-ca e operacional. “Unimos nossas forças para levar a transformação social para quem realmente pre-cisa”, ressalta Sérgio Loyola, co-ordenador de projetos sociais da Fundação Salvador Arena.

A iniciativa surgiu a partir da crença de que a região semiárida nordestina tem muito mais po-tencialidades do que limitações, mesmo em períodos críticos de

Projeto beneficia região castigada pela estiagem

estiagem e seca. Com tecnologias simples como cisternas, poços artesianos, hortas agroecológicas e capacitação das comunidades, foi possível superar a seca, criar sistemas produtivos e beneficiar quase mil pessoas diretamente.

A Fundação mantém ativi-dades nas áreas de educação, saúde, habitação e assistência social nas regiões Nordeste e Su-deste do Brasil. Nos últimos 15 anos, ela investiu cerca de R$ 500 milhões em projetos que be-neficiam mais de 70 mil pessoas por ano.

“Meios de Vida no Sertão” foi lançado em 2013

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A g r i c u l t u r a

Satélites e redes de estações meteorológicas estão monitoran-do importantes bacias hidrográ-ficas brasileiras e armazenando dados climáticos, que poderão in-dicar possíveis formas de econo-mia e otimização do uso da água nas culturas de grãos, frutas, ca-na-de-açúcar, café e seringueira.

As informações obtidas por imagens de satélite, remoto e da-dos climáticos de superfície vão direcionar a formulação de po-líticas públicas relacionadas ao contexto de mudanças climáticas e escassez de recursos hídricos, com base na análise de cinco fa-tores: cobertura vegetal, produ-ção de biomassa, produtividade da água, evapotranspiração e de-mandas hídricas.

As redes de estações meteo-rológicas automáticas estão insta-ladas nas bacias hidrográficas de Petrolina/Juazeiro e norte de Minas, do rio São Fran-cisco; do baixo Tietê, São José dos Doura-dos e Turvo Grande,

do noroeste de São Paulo; e do rio São Marcos, na parte central de Goiás.

“As análises podem contri-buir para uma melhor compre-ensão da dinâmica dos recursos naturais e para avaliar o impacto das mudanças do clima e do uso do solo”, explica o pesquisador

Água monitorada por satélites e estações meteorológicas

Antônio Heriberto Teixeira, da Embrapa Monitoramento por Sa-télite.

Produtividade

Um dos focos da pesquisa é a chamada “produtividade da água”, termo utilizado para me-dir o valor de produtos e serviços produzidos por unidade de água consumida. Dois aspectos são fundamentais nessa equação: a produção de biomassa (quantida-de total de matéria viva) e a eva-potranspiração (perda de água do solo por evaporação e da planta por transpiração)

A produção de biomassa é um indicador da produtividade da água em qualquer ecossiste-ma. “Em ambientes com escas-sez de água, o principal desafio é melhorar a produção de bio-massa por meio de práticas ge-renciais do uso da água”, explica Teixeira.

Com a análise das informa-ções obtidas será possível efetuar o gerenciamento hídrico em con-dições em que haja necessida-de de rápidas mudanças de uso da terra. Com isso, poderão ser implementadas ações que pro-movam uma maior economia de água em áreas de agricultura in-tensiva.

Dados indicam produtividade da água e produção

de biomassa

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I n f r a e s t r u t u r a

O Ministério da Justiça abriu um novo canal de consulta pública para aperfeiçoar o texto do decreto que será encaminha-do à Presidência da República para regulamentar o Marco Civil da Internet

Com a regulamentação, o go-verno pretende detalhar de forma mais precisa pontos importantes e polêmicos da lei que também é chamada de Constituição da Inter-net, e dessa forma dar segurança jurídica e reforçar direitos e garan-tias dos usuários.

Um dos pontos mais polêmi-cos é o que trata da neutralidade da rede – item que estabelece que pacotes de dados têm a obrigação de serem tratados de forma iso-nômica, em termos de qualidade e velocidade, sem distinção de conte-údo, origem, destino ou serviço.

A regulamentação definirá também quais serão as exceções pre-vistas às regras definidas na lei. É, por exemplo, o caso de situações que envolvam a prestação de serviços de socorro, emergência, utilidade pública e saúde. Há também alguns deta-lhamentos que preci-

sam ser feitos sobre os requisitos técnicos a serem adotados para a prestação de serviços de internet.

Contribuições

As contribuições para o texto final poderão ser apresentadas até o dia 31 de maio, a fim de subsi-diar a versão do documento a ser enviado para deliberação da Pre-sidência.

O Ministério da Justiça escla-rece que a consulta está restrita às propostas recebidas durante o de-bate públicoonline, já apresenta-das e disponibilizadas na página. Além disso, as minutas destinadas

Consulta vai aprimorar Marco Civil da Internet

às contribuições deverão conter justificativas.

No site do ministério é possí-vel acessar o histórico do debate, bem como tutoriais e sugestões de ferramentas de colaboração para as alterações nos textos disponibiliza-dos. Qualquer pessoa, instituição, empresa ou órgão governamental poderá apresentar propostas.

Para isso, as autoridades su-gerem que os textos sejam apre-sentados com bons argumentos, e que busquem atender da me-lhor forma ao interesse público, levando sempre em considera-ção os limites do que pode ser tratado em um decreto.

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I n f r a e s t r u t u r a

Uma nova metodologia criada por um doutoran-do da Escola Politécnica

(Poli) da USP pode ajudar a De-fesa Civil a identificar pontos de deslizamento de terra em rodovias e evitar possíveis acidentes nesses locais.

A ferramenta utiliza imagens gratuitas tomadas por satélite para gerar mapas de relevo e de cober-tura do solo e identificar cicatri-zes de deslizamentos já ocorridos, bem como áreas com maior po-tencial de deslizamento. O estu-do foi validado na cicatriz de um deslizamento ocorrido na Serra do Mar em 1999, no quilômetro 42 da Via Anchieta, em São Paulo.

“A metodologia pode au-mentar a capacidade dos órgãos responsáveis de definir planos de

gestão e monitoramento de ris-cos”, explica o engenheiro am-biental e autor do trabalho, Luiz Manfré, ressaltando que o mapa de relevo é uma importante fer-ramenta para reforçar as ações da Defesa Civil.

A combinação do mapa de feições de relevo com o resulta-do da classificação melhorou o resultado final da análise e faci-litou a busca por cicatrizes de deslizamento em locais com ca-racterísticas semelhantes às da Serra do Mar.

Baixo custo A novidade é o desenvolvi-

mento de uma ferramenta eficaz, com base em dados gratuitos, já que um dos grandes desafios des-

Satélite identifica áreas sujeitas a deslizamentos

se tipo de mo-nitoramento é o custo e a existên-cia das imagens de satélite.

“Há vários satélites fazendo imagens da Ter-ra, mas elas são muito caras, prin-cipalmente as de alta resolução. Por outro lado, há uma série de imagens gratuitas com uma resolu-

ção suficiente, como as do satéli-te Landsat, disponibilizadas pelo Serviço Geológico Norte-ameri-cano (USGS)”, explica Manfré.

Além das imagens do Land-sat, Manfré utilizou dados deriva-dos da Missão Topográfica Radar Shuttle (SRTM) e do TOPODATA (Banco de dados geomorfológi-cos do Instituto Nacional de Pes-quisas Espaciais) como base para a identificação de feições do re-levo mais susceptíveis a desliza-mentos.

Por meio de revisão biblio-gráfica, ele definiu uma metodo-logia que sintetiza informações sobre tipos de relevo que favo-recem a ocorrência de desliza-mentos e avaliou procedimentos de classificação para identificar cicatrizes.

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P r e v i d ê n c i a

Milhares de aposentados e pensionistas que ainda não com-provaram a prova de vida pode-rão ter seus benefícios bloquea-dos no final de maio, prazo limite para o recadastramento obrigató-rio. Mais de 470 mil beneficiários ainda não realizaram sua renova-ção até o momento.

O prazo do recadastramen-to obrigatório terminaria no dia 30 de dezembro do ano passado, mas acabou sendo prorrogado por mais cinco meses. Os apo-sentados e pensionistas que tive-rem os benefícios bloqueados só poderão sacar seus devidos valo-res no final de maio e no começo de junho, após concretizarem o processo de prova de vida.

“O dinheiro ficará bloquea-do e são os bancos que vão infor-mar ao aposentado sobre o blo-queio na hora do saque”, explica o advogado Willi Fernandes, da Associação Paulista dos Benefíci-ários da Seguridade e Previdência (Apabesp), ressaltando que o se-gurado só poderá sacar seu bene-fício quando validar seus dados.

Prova de vida

A prova de vida é feita por meio da renovação da senha utilizada para recebimento do benefício. Para realizar o reca-dastramento. basta comparecer

a qualquer momento na agência bancária em que recebem os be-nefícios, munido de documento de identificação com foto.

Contudo, apesar de ser um procedimento simples, a não rea-lização causa a cessação do bene-fício e caso isso ocorra, o segura-do deverá se submeter a todos os procedimentos para requerimento de um novo benefício.

“O recadastramento para prova de vida é muito importan-te para o segurado, uma vez que é uma arma importante contra fraudes. Contribui com a diminui-ção do contingente de crimes de fraude previdenciária, como rece-bimento por parente de benefício de segurado já falecido” alerta o advogado.

Recadastramento obrigatório

Nos casos dos aposentados e pensionistas que não puderam fazer a prova de vida por diversos moti-vos, é necessário fazer uma procu-ração para que seu representante re-alize a atualização dos seus dados.

Milhares de aposentados e pensionistas poderão ter seus benefícios bloqueados

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E c o n o m i a

Em audiência pública na Câ-mara dos Deputados, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, defendeu uma política de comércio exterior mais forte para integrar o Brasil a novas rodas de negociação no mundo.

Segundo o ministro, em breve o Ministério lançará um plano na-cional de exportação que receberá o carimbo de prioridade absoluta. “Nós precisamos melhorar as con-dições de acesso ao mercado, pre-cisamos de uma política comercial mais ativa e pragmática”, afirmou.

Para Armando Monteiro, as exportações são uma alternati-va importante para manter o ní-vel de atividade das empresas no País. “O Brasil nunca conferiu ao comércio exterior o status e a im-

portância que deveria. Somos o 7º PIB do mundo e apenas o 25º país exportador. O Brasil responde por apenas 1,2% do comércio inter-nacional”, ressaltou.

Para tanto, é necessário uma política industrial que foque o au-mento da produtividade. “A indús-tria vem perdendo sua participação no PIB. Não podemos aceitar um processo precoce de desindustriali-zação”, afirmou o ministro, em re-ferência à crescente importação de manufaturados pelo Brasil.

O ministro ressaltou que in-vestir em tecnologia é fundamen-tal para ampliar a participação

Brasil deve priorizar comércio exterior

brasileira no mercado internacio-nal. Ele aproveitou a audiência para solicitar aos parlamentares a inclusão de empresas que estão no regime de lucro presumido na chamada “Lei do Bem”, que concede incentivos fiscais às em-presas que investem em pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica.

Garantias

O deputado Renato Molling (PP-RS) pediu garantias ao go-verno federal para o comércio exterior, com investimentos em infraestrutura, incentivos ao ex-portador e metas de longo prazo: “Não se pode mudar a toda hora alíquota, câmbio, desoneração. Há riscos, insegurança. O gover-no tem de ter esse foco, ter di-nheiro para a exportação.”

O deputado William Woo (PV-SP) defendeu mais atenção do Brasil à indústria de eletrôni-cos e ao setor automobilístico, que vem perdendo espaço para a China. “Temos uma indústria au-tomobilística forte, mas corremos o risco de termos de importar tec-nologia e peças para fazer ape-nas a montagem no Brasil”.

Para Armando Monteiro, o Brasil não pode aceitar um processo precoce de desindustrialização

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O trabalho realizado pelo Centro de Referência de Assistên-cia Social (Cras) de Belém com famílias do lixão do Aurá con-quistou o Prêmio Boas Práticas de Gestão/Congemas 2015, na cate-goria Serviços Socioassistenciais Metrópole.

Dirigido à população do Aurá, onde centenas de famílias vivem da triagem de materiais re-cicláveis no lixão, o projeto teve ações pensadas e planejadas es-trategicamente para atender ne-cessidades específicas da comu-nidade.

Em parceria com outros ór-gãos municipais, a equipe multi-disciplinar da prefeitura de Belém mapeou a estrutura familiar, para promover a inclusão da comu-nidade em programas sociais de renda mínima, qualificação pro-fissional e encaminhamento ao mercado de trabalho.

“Essa é mais uma conquista do avanço significativo na política de assistência social do município de Belém. Agora é preciso concre-

tizar ainda mais esse resultado. Queremos melhorar para reforçar o atendimento à população vul-nerável. A assistência social é um direito de todos nós”, ressaltou Tonya Pinheiro, coordenadora do programa.

Entrada

O Cras atua como principal porta de entrada do Sistema Úni-co de Assistência Social e é res-ponsável pela organização e ofer-ta de serviços da Proteção Social Básica em áreas de vulnerabilida-de e risco social.

Os beneficiários passam por diagnóstico social realizado por educadores e assistentes do Cras dentro do serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), conjunto de ações que visa fortalecer a função das famílias,

Cidadania no lixão de Aurá

com acesso a direitos para me-lhoria da qualidade de vida. O serviço é executado em todas as 12 unidades da capital paraense.

O prêmio Boas Práticas de Gestão/Congemas identifica e dis-semina práticas bem sucedidas que contribuam para o aprimoramento do Sistema Único de Assistência So-cial em todo o país.

Projeto de assistência social de Belém ganha prêmio nacional

C i d a d a n i a

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S o c i a l

O governo de Minas Gerais vai fortalecer a economia solidária no estado com novos investimentos em ações de inclusão produtiva. O anúncio foi feito pelo secretário de Trabalho e Desenvolvimento So-cial, André Quintão, e vai ajudar a diversificar a economia mineira, com base no Plano Estadual de Eco-nomia Solidária.

O documento é resultado da III Conferência Estadual de Eco-nomia Solidária (Coees) e contém as propostas construídas de forma participativa e democrática pelos segmentos do movimento de eco-nomia popular.

“Minas tem uma economia colonial, muita fundada em com-modities, no minério de ferro e café. A orientação é que busque-mos associar as políticas de assis-tência com trabalho, identificadas com as vocações econômicas de cada região em sua pluralidade”, ressaltou o secretário.

As primeiras ações serão fo-cadas na qualificação profissional de quilombolas, ribeirinhos e in-dígenas de Minas, com 60 cursos relacionados à economia popular solidária, como agricultura fami-liar e orgânica, associativismo e cooperativismo, bovinocultura e fabricação de produtos artesanais, entre outros.

Também serão oferecidas mi-lhares de vagas voltadas para o pú-

blico feminino de 82 municípios mineiros. Os cursos dedicados às mulheres abrangerão temas como empreendedorismo, cidadania, turismo e hospitalidade, culinária mineira e vestuário.

Catadores

Recentemente, o secretário entregou kits de maquinário para

Minas investe na economia solidária

associações de catadores de maté-rias recicláveis do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha. Cada kit contém prensa elétrica, balan-ça, triturador de papel, empilha-deira e carrinho para transporte de fardos, num valor de R$ 54 mil.

O kit faz parte do programa “Reciclando Oportunidade – Ge-rando Trabalho e Renda”, voltado para o fomento do trabalho artesa-nal e redução do trabalho infantil.

“Estamos possibilitando um trabalho mais digno para as asso-ciações de catadores de materiais recicláveis. Temos que pensar as formas múltiplas de geração de renda e a inclusão produtiva”, en-fatiza André Quintão.

“Estamos possibilitando um trabalho mais digno para as associações de catadores de materiais recicláveis

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PEDRO ABELHA [email protected]

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IMPACTO NAS REDES SOCIAISUma edição da revista americana Time,

considerada a semanal de maior circulação no mundo, causou forte impacto nas redes sociais. A reportagem de capa da edição traz uma cober-tura dos conflitos entre a população de Baltimo-re, cidade localizada no estado de Maryland, e a polícia local. Os protestos foram motivados pela morte do jovem negro Freddie Gray, de 25 anos, morto enquanto estava sob custódia policial.

A capa chama a atenção por dois fatores: a foto, que trás um jovem fugindo da tropa policial, e o título da matéria “America, 1968 2015”, em que a revista propõe a comparação entre a situ-ação atual com os conflitos raciais pelos quais a cidade passou no final dos anos 60. A imagem foi feita por um fotógrafo amador chamado Devin Allen, de 26 anos, morador de West Baltimore, e originalmente publicada em sua conta no Insta-gram, onde o jovem pos-tou mais de 50 fotos tira-das nos protestos. A Time parece ter feito uma boa escolha na criação da capa, pois vem causan-do diversos compartilha-mentos e comentários por parte dos usuários das redes sociais.

DESAFIO DO E-COMMERCEOS

De acordo com um levantamento fei-to pela Sieve, empresa especialista em inteli-gência de preços e sor-timento, a disponibili-dade média dos produtos dos e-commerces no Brasil foi de 56% no primeiro trimestre de 2015. O estudo foi realizado em parceria com a Keyscores e E-commerce Brasil, no período de 1º de janeiro a 31 de março, em 282 sites, analisando ao menos 1,1 milhão de URLs.

Isso significa que a cada 100 produtos visitados pelo cliente, em 44 ele foi impactado pela famosa men-sagem “Produto temporariamente indisponível”. “Tão relevante quanto manter os preços competitivos, outro grande desafio do e-commerce é manter o produto dis-ponível. Nesta situação, o consumidor pode escolher entre duas opções: procurar em outro site ou então in-formar o e-mail para que o site avise quando o item voltar ao estoque. Dificilmente a segunda opção é a escolhida”, defende Luis Vabo Jr, CEO da Sieve.

Em outras palavras, assim como no varejo tradicio-nal esse gargalo chamado “ruptura” afeta não apenas o ponto de venda físico, mas também pode impedir a fidelização de clientes via web. Parece algo simples de ser resolvido, mas requer extrema atenção das marcas. Vale a pena ficar esperto.

IBOPE AMPLIA FAIXAS ETÁRIAS

A partir de julho, o IBOPE Media adicionará novas faixas etárias em sua pesquisa regular de medição de audiência de TV. O objetivo é oferecer ao mercado uma análise mais detalhada de seus telespectadores. No total, serão 14 faixas etárias divididas da seguinte forma: 04-07, 08-11, 12-14, 15-17, 18-21, 22-24, 25-29, 30-34, 30-

44, 35-39, 40-49, 45-54, 50-59 e 60+. Estas duas últimas divisões compõem um público de grande relevância, já que, apenas em 2014, as pessoas com mais de 50 anos representaram 31% do consumo de televisão no PNT (Painel Nacional de Televisão). “Esta decisão de ampliar as faixas etárias é reflexo da necessidade que nossos clientes têm de entender cada vez mais seu target de forma granular. Com esta subdivisão, eles terão mais insumos e maior flexibi-lidade para fazer análises e planejamento de mídia para cada nicho”, afirma Fábia Juliasz, diretora de Video Audience Measurement do IBOPE Media.

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midia

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50 MARCAS MAIS ESCOLHIDAS

A Kantar Worldpanel acaba de divulgar a terceira edição do ranking das 50 marcas mais escolhidas pelos brasileiros. A pesquisa tem como objetivo medir com precisão o verda-deiro alcance destas marcas e quantas vezes os consumidores escolheram cada item no momento da compra.

Segundo Marcos Calliari, Managing Di-rector da Kantar Worldpanel, o ranking Brand Footprint deste ano destacou as marcas que souberam trabalhar praticidade, inovação e valor agregado dos produtos em um ano de muitas incertezas de mercado. “As marcas que cresceram no ranking de 2014 tiveram princi-palmente aumento de penetração e consegui-ram, ao contrário da tendência geral, manter sua frequência de compra estável ou mesmo com crescimento, tornando-se relevante para os consumidores”.

O levantamento mostra que a Coca-Co-la é, pelo terceiro ano consecutivo, a marca mais escolhida no Brasil, com um total de 568 milhões de CRP´s, tendo uma penetração de 88,9% e uma frequência de compra de 12,6 vezes no ano. Colgate é a marca mais esco-lhida no segmento de higiene pessoal e be-leza, Ypê foi a líder no segmento homecare e a Qualy lidera a categoria de alimentos. Se-gundo o levantamento, dentre as marcas do ranking, 33 delas são brasileiras, 81% cres-ceram em penetração e 30% em frequência. As outras 17 são globais, com crescimento de 64% em penetração e 17% em frequência.

TWITTER COIBE A VIOLÊNCIA

O Twitter atualizou sua política de utilização, com o objetivo de coibir tweets que contém ameaças ou que de alguma forma promovam violência. Junto à atualização, a rede social lançou um recurso interno que permite à equipe de segurança bloquear usuários infratores por um determi-nado período.

Quando o usuário for bloqueado, ele verá uma tela que informará o tempo restante para que a conta seja no-vamente liberada para uso. A principal mudança nas regras de utilização é que a partir de agora o Twitter passa a consi-derar como conteúdo impróprio não só ameaças ou ofensas feitas de forma direta, ou seja, incentivar terceiros a fazê-las também pode resultar em punição.

A rede social também está testando uma nova ferra-menta que vai facilitar a identificação das mensagens abusi-vas. Ela utilizará vários recursos para identificar o conteúdo, incluindo um banco de dados com tweets já identificados anteriormente. Também poderá levar em consideração a idade da conta e o seu contexto. Com o novo método de

bloqueio, as contas poderão ser desblo-queadas apenas apa-gando o tweet consi-derado ofensivo.

O objetivo é que esta ferramenta aju-de o Twitter a limitar o alcance de conteú-dos abusivos e que os usuários que comete-rem abusos parem de criar novas contas, o que era comum quan-do as que eles usavam eram bloqueadas. As mudanças já foram implementadas e não devem modificar o uso do microblog para os usuários que não infringirem os termos de utilização.

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M e i o A m b i e n t e

O presidente da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Con-sumidor, Fiscalização e Controle (CMA) do Senado, senador Otto Alencar (PSD-BA), protocolou um projeto de lei para impedir a transposição de águas sem que antes rios ou bacias hidrográficas sejam revitalizados e apresentem condições para suportar impactos causados por este tipo de obra.

O parlamentar explica que o projeto prevê a responsabiliza-ção de gestores públicos que au-torizem obras de transposição em condições de fragilidade de rios e bacias. “O objetivo é evitar que rios e bacias com água insuficien-te e áreas degradadas sejam alvo deste tipo de intervenção”, enfati-za o senador.

Senador quer revitalização antes de transposição de águas

da oferta, por meio de interven-ções de alto custo e de retorno duvidoso”, ressaltou.

No projeto, ele propõe a al-teração de três legislações para garantir a revitalização antes de obras de a transposição: as leis 9.433/1997 (política nacional de recursos hídricos), 1.079/1950 (crimes de responsabilidade) e 8.429/1992 (sanções aplicáveis a agentes públicos).

De acordo com o senador, a estratégia para superar uma crise hídrica deve contemplar ações integradas e que promovam o au-mento da oferta e a redução do consumo.

“A revitalização de bacias hidrográficas é uma delas, pois garante o aumento sustentado da oferta hídrica, por meio de re-composição de vegetação ciliar, de nascentes, ampliação do sa-neamento básico, controle do as-soreamento, educação ambien-tal, entre outros aspectos”.

Otto Alencar lidera a cam-panha Salve o Velho Chico e tem feito constantes alertas para a im-portância da revitalização de rios no País. A interferência da campa-nha junto às autoridades públicas levou a presidenta Dilma Rousseff a anunciar o futuro lançamento de um programa de recuperação e revitalização do Velho Chico com validade para os próximos 10 anos.

Aprimoramento

Com o projeto de lei, Otto Alencar espera contribuir para o aprimoramento da gestão dos re-cursos hídricos. “As soluções ado-tadas no combate a falta de água têm se concentrado na elevação

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M e i o A m b i e n t e

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal já se prepara para enfrentar os meses de estiagem e baixa umidade da cidade, quan-do aumentam as ocorrências de incêndios em áreas florestais de Brasília.

Desde o início do mês, mili-tares do Grupamento de Proteção Ambiental estão aperfeiçoando as ações de embarque e desem-barque do helicóptero durante as ocorrências de queimadas. A ação faz parte da segunda fase da Operação Verde Vivo, lançada em março, que visa minimizar os da-nos causados pelo fogo ao meio ambiente.

Essa capacitação é feita anu-almente. Além de lidar com ope-rações em que são utilizadas ae-ronaves, os militares aprenderam a usar os equipamentos em ter-

ra, como abafadores de chamas, bombas de água, enxadas e ras-telos.

Verde Vivo

A Operação Verde Vivo é promovida desde 2003 com o objetivo de otimizar o emprego de recursos humanos e mate-riais, de acordo com o aumen-to progressivo de ocorrências de incêndios florestais ao lon-go do período de seca, entre os meses de julho e setembro. Ela é dividida em fases, que vão desde as atividades de instrução para os bombeiros, a realização de campanhas educacionais e ações preventivas, até as ações de combate aos incêndios.

Na primeira, os militares passam por cursos de prepara-

Incêndios florestais no período da seca

ção para enfrentar os meses de estiagem. Nesse período, além de aprender a confeccionar abafa-dores — feitos de borracha e que servem para combater os focos —, eles visitam escolas e núcleos ru-rais, ministrando palestras sobre a importância desse tipo de ação e dos seus devidos cuidados.

Nas demais fases, as ações práticas são intensificadas com base no planejamento estratégico que abrange todas as áreas de re-serva e conservação ambiental da cidade, como o parque de Planal-tina, a Floresta Nacional e o Jar-dim Botânico.

No ano passado, foram ma-peados 7.414 hectares queimados em Brasília. Em 2013, as áreas atingidas pelas queimadas totali-zaram 7.924 hectares, uma redu-ção de 6,44%.

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E m p r e e n d e d o r i s m o

Entidades da cadeia courei-ro-calçadista dos estados do Rio Grande do Sul, Santa

Catarina e Paraíba se reuniram em Porto Alegre para discutir e ava-liar os resultados do projeto Rede de Serviços Tecnológicos (RST), criado em 2013 para aumentar a competitividade dos pequenos negócios por meio de soluções tecnológicas.

De acordo com a coordena-dora do RST no Sebrae Nacional, Anna Patrícia Teixeira Barbosa, o desenvolvimento do projeto é focado na demanda de serviços tecnológicos para os três polos coureiro-calçadistas e para os po-los moveleiros em Belo Horizonte (MG) e Arapongas (PR).

“Estamos falando de universi-dades, institutos tecnológicos, as-sociações de classe. Tudo isso para agregar valor e competitividade às

empresas e aos seus produtos, por meio de soluções tecnológicas”, ressalta a coordenadora..

Apenas no Rio Grande do Sul foram oferecidas mais de 1.400 soluções para as 431 em-presas que aderiram ao projeto, incluindo ações do Sebraetec, do programa Agentes Locais de Ino-vação (ALI), além de melhorias de processos, cursos e consultorias em processo produtivo, sustenta-bilidade e gestão.

Esforços

Segundo o diretor-técnico do Sebrae no Rio Grande do Sul, Ayrton Pinto Ramos, o RST é a soma de esforços para entender as demandas tecnológicas do setor e promover melhorias em tecnolo-gia nas empresas com objetivo de gerar maiores resultados.

Competitividade do setor coureiro-calçadista

“As pequenas empresas, além de participar e se inserir em novos mercados, também terão condições de competir com no-vos entrantes que possam surgir”, ressaltou.

Para a superintendente da Assintecal, Ilse Maria Biason Gui-marães, o RST trouxe surpresas para o setor, ao mostrar o grande espaço que pode ser preenchido em cima de uma palavra mágica que se chama cooperação. A As-sintecal representa as empresas de materiais e insumos que com-põem os calçados.

O projeto RST é desenvolvi-do pelo Sebrae, Banco Interame-ricano de Desenvolvimento e o Centro de Tecnologia e Qualida-de do Setor de Móveis da Região de Mache, na Itália, com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), do Fundo Multilateral de Investimen-tos (FOMIN) e da Universidade de Camerino, da Itália.

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N e g ó c i o s

O interior de São Paulo ga-nhará uma nova opção turística: um passeio de 5,5 quilômetros a bordo de vagões puxados por uma Maria Fumaça 353, conhe-cida como “Velha Senhora”, pela antiga linha que ligava o Rio de Janeiro a São Paulo no início do século XX. Totalmente reformada, a Maria Fumaça e seus três vagões de passageiros vão transportar 130 turistas por viagem.

O trecho, autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), vai percorrer as estações Central e Luiz Carlos, no município de Guararema, e a pre-visão é que a locomotiva comece a transportar turistas a partir do se-gundo semestre. As duas estações que compõem o passeio também foram revitalizadas nos moldes das construções originais.

Construído no inicio do sé-culo XX, o trecho está localizado próximo a grandes centros emis-sores de turistas como as cidades de Mogi das Cruzes e São José dos Campos, além da própria capital paulista

Segundo Helio Gazetta, dire-tor administrativo da Associação Brasileira de Preservação Ferro-viária (ABPF), a autorização para o passeio é uma conquista para o turismo e para a preservação da história local. “O passeio percorre uma região de montanhas e rios que oferece ao visitante a sensa-ção voltar ao passado, na época das longas viagens de trem”.

Patrimônio histórico

Desde 2004, o Ministério do Turismo já investiu mais de R$ 20 milhões na revitalização de esta-ções, implantação de trens turísti-cos e recuperação de trechos fer-roviários, um segmento que ajuda a preservar o patrimônio histórico e movimenta o turismo brasilei-

Volta ao passado numa Maria Fumaça 353

ro. O uso da malha ferroviária também gera emprego e renda, promove a integração regional e diminui a ociosidade de trechos ferroviários.

Mesmo desativadas, algu-mas estações ferroviárias atraem turistas e funcionam como polos culturais. A estação de Joinville, em Santa Catarina, por exemplo, é patrimônio histórico do estado e ponto turístico da cidade.

A reativação do trecho de Guararema é apenas o começo desse resgate histórico. Outros 24 trechos já receberam autori-zações para a operação de trens turísticos, entre eles o famoso “Trem Caipira” que partirá de São José do Rio Preto.

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I n v e s t i m e n t o

Investidores, banqueiros, ana-listas de rating e empresários americanos conheceram um

pouco mais sobre o potencial fi-nanceiro e as oportunidades de negócios no maior pólo econômi-co e industrial do Hemisfério Sul: São Paulo.

Reunidos no Seminário Lide Business Meeting, promovido em Nova York pelo Lide – Grupo de Líderes Empresariais - em parce-ria com a Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, centenas de empresários conheceram os números e o dinamismo de um Estado-País que se reinventa a cada dia.

Os números falam por si: São Paulo responde por 33% do Pro-duto Interno Bruto brasileiro, mais de 32% da receita nacional do comércio e 43% do total de pres-tação de serviços. Estado mais po-puloso do Brasil, com mais de 42 milhões de habitantes, São Paulo

concentra o 3º maior mercado consumidor da América Latina, atrás somente do Brasil como um todo e do México.

Estrategicamente localizada, São Paulo abriga as mais moder-nas rodovias brasileiras e os prin-cipais aeroportos do País, além do Porto de Santos, maior terminal de contêineres da América Latina, responsável por 25% da corrente de comércio brasileira. A rede de transportes é complementada por ferrovias, hidrovia e dutos.

Inovação

Ao todo, o estado concentra 24% das instituições de educação superior do Brasil. As três univer-sidades públicas paulistas figuram entre as melhores do País, com re-conhecimento internacional. São Paulo abriga ainda a maior rede gratuita de ensino técnico e profis-sionalizante do país.

Investir em São Paulo é um bom negócio

Inovação é outro destaque paulistano. Responsável por 86% do total investido em Ci-ência, Tecnologia e Inovação no Brasil, São Paulo conta com extensa rede de institui-ções de pesquisa públicas e privadas, além de um progra-ma de estímulo à implanta-ção de parques tecnológicos e uma das principais agên-cias de estímulo à pesquisa do País, a Fundação de Am-paro à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Segundo o presidente do Lide, João Dória, a economia paulista se reinventa ao ofere-cer soluções inteligentes em vários segmentos econômicos. “Graças ao seu dinamismo, São Paulo consegue reunir ideias de valor”. Palavra de especialista, já que a organização reúne em-presários em treze países e qua-tro continentes.

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Criada em 1991 para pro-teger o patrimônio e os serviços públicos municipais, a Guarda Municipal do Natal cresceu e as-sumiu novas responsabilidades. No início eram apenas 200 ser-vidores efetivos, distribuídos em dois níveis hierárquicos.

Com o passar dos anos, o conjunto de atribuições da ins-tituição aumentou significativa-mente, estendendo-se, dentre ou-tras coisas, ao zelo pela segurança do cidadão em praças, praias e demais logradouros públicos e à proteção do meio ambiente no município. Soma-se a isso a am-pliação natural do patrimônio e dos serviços ofertados.

Hoje, o papel das Guardas Municipais em todo o Brasil não se restringe aos objetivos primá-rios de décadas passadas. A Lei 13.022/14, considerado o “Estatu-to Federal” das Guardas Munici-pais, determina a sua participação de modo muito mais abrangente, sendo, inclusive, a instituição de maior importância na proposição e condução das políticas e diretri-zes locais de segurança pública.

A Lei municipal 104/08 também conferiu novos direitos e deveres que tornaram o traba-lho da Guarda Municipal mais complexo e necessário à vida do cidadão. No entanto seus servi-dores ainda são considerados

pela prefeitura de Natal como auxiliares de serviços gerais (ASG’s) desvalorizando o tra-balho altamente especializado prestado por estes profissionais.

Greve

A situação descumpre leis municipais e federais que garan-tem aos seus servidores o enqua-dramento em “nível médio” e a adoção de “plano de cargos pró-prio com carreira única”.

Como se não bastasse, os profissionais estão há três anos sem fardamento novo, trabalham com coletes vencidos e em núme-ro insuficiente, faltam algemas em condições de uso, não possuem o

Guarda Municipal de Natal está parada

porte de arma exigido pelo “Esta-tuto do Desarmamento” e atuam com armamento obsoleto e com mais de 20 anos de uso.

Diante desse quadro caó-tico, os Guardas Municipais de Natal decretaram greve por tem-po indeterminado e aguardam que o prefeito Carlos Eduardo (PDT) abra negociação para a im-plementação do Plano de Cargos Próprio dos Guardas Municipais e o atendimento das reivindica-ções da categoria.

A liderança do movimento ressalta que negociar com a ca-tegoria é mostrar compromisso com a segurança da população, uma vez que seus pleitos são jus-tos e legítimos.

F u n c i o n a l i s m o

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C â m a r a s & A s s e m b l é i a s

A Câmara de Vereadores de Ji-Paraná promoveu audiência pública para debater a realidade da mulher do campo e da cidade através de sete eixos temáticos: biodiversidade e democratização dos recursos ambientais; terra, água e agroecologia; soberania e segurança alimentar; autono-mia econômica, trabalho e renda; educação não Sexista, sexualida-de e violência; saúde e direitos reprodutivos; e democracia, parti-cipação e poder.

A audiência também debateu os problemas do dia a dia enfren-tados por mais de 10 mil morado-res do campo e analisou as princi-pais reivindicações dos moradores da zona rural, como a contratação de agentes comunitários de saúde nas áreas descobertas, construção de pontes, recuperação de estra-

das, instalação de casas abrigo para mulheres vítimas de violên-cia, programas de habitação rural e o fortalecimento do programa Patrulha Agrícola.

Ficou decidido que o poder público criará uma Comissão Especial com representantes do Executivo, do Legislativo e da so-ciedade para elaborar, planejar e acompanhar o andamento das reivindicações apresentadas.

Marcha

A audiência também serviu de preparação para a Marcha das Margaridas, ação estratégica rea-lizada anualmente para mobilizar mulheres do campo, da floresta e das águas para conquistar visi-bilidade, reconhecimento social e cidadania plena. Este ano, o

Audiência pública de mulheres em Ji-Paraná

lema será “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimen-to Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.

Mais uma vez, as mulheres marcharão unidas para protestar contra as desigualdades sociais; denunciar todas as formas de vio-lência, exploração e dominação e apresentar propostas para avançar na construção da democracia e da igualdade para as mulheres, afir-mou a secretária de Meio Ambien-te da Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Feta-gro), Creonice Vilarim.

Segundo a secretaria, a Mar-cha acontecerá nos dias 11 e 12 de agosto em Brasília, com a par-ticipação de aproximadamente 100 mil mulheres, que represen-tarão 20 milhões de brasileiras.

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C â m a r a s & A s s e m b l é i a s

As grandes obras de mobili-dade urbana no Distrito Federal devem sair do papel até o fim do ano. Por unanimidade, a Câmara Legislativa aprovou o projeto de lei que autoriza o governo de Bra-sília a financiar R$ 737 milhões junto à Caixa Econômica Federal (CEF). A contrapartida do Executi-vo local será de R$ 75,7 milhões totalizando um investimento de R$ 812,8 milhões.

O dinheiro vai viabilizar a concretização de empreendimen-tos previstos no Pacto da Mobilida-de, como a compra de 10 trens para o metrô, o término das obras de três estações na Asa Sul e o início da construção do Expresso Norte, cor-redor exclusivo que ligará Planalti-na ao Plano Piloto.

A previsão é que as obras sejam iniciadas no segundo se-mestre, logo após a licitação que definirá as empresas responsáveis pela execução dos projetos.

O Expresso Norte terá 35 qui-lômetros de corredores exclusivos e atenderá cerca de 300 mil usu-

ários do transporte público. Os mais beneficiados serão os mora-dores de Planaltina e Sobradinho, que hoje enfrentam grandes en-garrafamentos na BR-020. A obra deve custar R$ 375 milhões.

Metrô

O recurso federal também será usado para melhorar o sis-tema metroviário. O presidente da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF), Marcelo Dourado, afirma que, do montante, R$ 435 milhões serão empregados na modernização do transporte sobre trilhos.

“Usaremos R$ 78 milhões para terminar as estações das Quadras 104, 106 e 110 Sul, R$ 126 milhões para adquirir mate-rial rodante — os chamados VLTs — e R$ 231 milhões para comprar 10 trens”, detalhou o presidente.

O secretário de Relações Ins-titucionais e Sociais, Marcos Dan-tas, destacou os benefícios da me-dida para a população do Distrito

Financiamento para mobilidade urbana no DF

Federal. “As melhorias nesses ser-viços vão aumentar a qualidade de vida de quem passa horas no trânsito”, afirmou.

Já o líder do governo na Câ-mara Legislativa, deputado Julio Cesar Ribeiro (PRB), chamou a atenção para o fato de os par-lamentares estarem alinhados em acompanhar o Executivo em ações de interesse dos morado-res. “A Casa deu, mais uma vez, uma demonstração de que vai ajudar o governo a fazer uma boa administração”

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Tu r i s m o

Passeios culturais e as praias de Niterói

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Tu r i s m o

Do ladinho do Rio de Janeiro, a cidade de Niterói, muitas vezes, é ofuscada pelas belezas da Cida-de Maravilhosa, o que pode ser considerado como uma injustiça, já que o município fluminense tem tudo o que o brasileiro gosta: belas praias, atrações turísticas variadas, espaços culturais, paisagens de ti-rar o fôlego e outras possibilidades capazes de animar a estadia de qualquer viajante.

Dizem que o melhor de Ni-terói é a vista. No

entanto, a cida-de fica diante de algumas das mais

impressionantes be-lezas cariocas, vai

além do pano de fun-do. Com vários exem-

plares do trabalho ar-quitetônico de Oscar

Niemeyer, o destino conta ainda com uma

vida badalada, tanto de dia quanto de noite, e as

atrações culturais se aliam ao litoral para complemen-

tar os roteiros que podem ser bem diversificados no local.

Além das praias, o gran-de destaque turístico de Niterói

é o Museu de Arte Con-temporânea projetado por Oscar Niemeyer e um dos cartões postais mais conhecidos da região. Dentro deste imponente edifício de base cilíndrica e que lembra um disco voador, está em exposição um

acervo formado por obras de arte criadas por nomes como Jorge Guinle e Lygia Clark, Amíl-car de Castro, Iberê Camargo e Hélio Oiticica.

Cultura

Para um passeio cultural e histórico, a dica é visitar a For-taleza de Santa Cruz, onde vi-sitas guiadas por militares duram menos de uma hora. Os tours começam na Capela de Santa Bárbara, construída no ano de 1612, seguem pela bateria de canhões, passam pelas antigas celas que já abrigaram presos fa-mosos, como Giuseppe Garibal-di e Bento Gonçalves, líderes da Revolução Farroupilha.

Ainda neste roteiro, a Basí-lica de Nossa Senhora Auxi-liadora de Niterói é imperdível. Com torres imponentes em esti-lo gótico, seu interior é simples, mas encantador.

Praias

Os roteiros culturais são apenas uma parte do que está à espera dos visitantes que che-gam a Niterói. Suas praias são as principais estrelas turísticas da cidade. Entre as atrações, estão as parais de Itacoatiara, São Francisco, Sossego e a ba-dalada e a badalada Praia de Icaraí, dona de uma beleza es-petacular e com um toque todo especial: o cenário formado pela Baía da Guanabara e Pão de Açúcar.

Praia de Itacoatiara

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DNA Off-road Aventura é item de série na versão especial da L200

Triton Savana Off. Agressivo por fora e confortável por dentro, o modelo carrega em seu DNA toda a

vocação off-road da Mitsubishi Motors. A L200 Triton Savana Off trans-

porta até cinco passageiros e vem equipada com kit multimídia Power Touch, ar-condicionado automático, vidros, retrovisores e travas elétricas. O motor é um diesel de 3.2 L DID-H, 16 válvu-

las, DOHC com injeção eletrôni-ca direta Common-Rail, corrente

de comando, turbo intercooler frontal

Charme TTO aguardado Audi TT Roadster conversí-

vel chega às lojas brasileiras no 2º semestre de 2015, logo após a chegada da versão tradicio-nal do TT cupê. A versão TTS, topo de linha, cupê e roadster, também está prevista para o 2º trimestre.

Novidade mundial da empresa alemã, este esportivo compacto possui motor 2.0 turbo de 230 cavalos de potência nos mo-delos TT e de 310 cavalos no TTS

Segundo a fabricante, o TTS é capaz de fazer de 0 a 100 km/h em 4,9 segundos, com velocidade máxima de 250 km/h (limitada eletronicamente).

Elegância GT

Após o sucesso da C 600 Sport, a BMW já pre-parou a vinda de seu irmão, o C 650 GT, modelo que utiliza a mesma base do Sport, com motor de 2 cilin-dros e 60 cavalos. O GT se diferencia pelo visual mais elegante e confortável, com painel de LCD, aquecedor de manoplas e rodas de 15” polegadas de série.

O C 650 Sport possui tanque com capacidade 16 litros e vem equipado com freios ABS, já de acordo com a nova legislação que prevê a obrigatoriedade de freios ABS ou CBS para motos, a partir de 2015.

M o t o r e s

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M o t o r e s

Premium VolvoO Volvo XC90 é o utilitário-esportivo premium mais seguro e tecnológico já produzido pela Volvo

Cars e marca a estreia da moderna plataforma SPA, que compõe a nova linguagem de design da Volvo. Com um dos pacotes mais luxuosos e surpreen-

dentes já entregues pela marca, o XC90 é capaz de ler placas de velocidade, frear automaticamente ao detectar uma colisão iminente e reconhecer pedes-tres e ciclistas, sem contar o sistema de aúdio, que simula ambientes, como a sala de concerto da Or-questra Filarmônica de Gotemburgo.

Panigale BombadaA principal esportiva da Duca-

ti ficou mais “bombada”, passando de 1199 para 1299 cc. Este aumen-to na cilindrada do motor rendeu nova potência de 205 cavalos, so-brepondo o antigo modelo em 10 cavalos. O chassi, as suspensões e o pacote eletrônico também foram melhorados, tornando-a a esportiva de rua mais leve à venda na atua-lidade.

Além dos controles de tração e de freio motor, o novo sistema “quick shift” auxilia a troca de marchas sem o uso da embreagem e também pode ser utilizado para a redução de marchas - geralmente, o dispositivo é apenas para o aumento de marchas.

Equipado com motor Cummins ISB 4.5 de quatro cilindros, com potência de 189 cv (a 2.300 rpm) e torque de 600 Nm (a 1.500 rpm), o Ford cargo 1119 é indicado para uso com baú isotérmico, baú frigorífico, carga seca, guincho plataforma e bebidas, entre outros.

Sua transmissão Eaton de 5 marchas mais ré tem relações desenvolvidas especialmente para otimizar o torque e o desempenho. Situado numa posição intermediária entre os modelos de 8 e 13 toneladas, o novo modelo tem como ponto forte a capacidade de carga útil de 7.164 kg.

Intermediário da Ford

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RANGEL CAVALCANTE [email protected]

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Só bucho

O país vivia a euforia megalomaníaca do governo Médici, com a constru-ção da Rodovia Transamazônica, que deveria ser a redenção dos nordestinos e amazônidas, mas acabou num risco de frustração cortando o mapa do Brasil. Era a felicidade geral dos empreiteiros. Aviões e helicópteros cortavam os céus do Norte em todas as direções, levando técnicos, autoridades, enquanto jatos da VASP chegavam à região trazendo gaúchos, catarinenses e outros brasileiros para ocupar o novo Brasil verde-amarelo e pegar malária. Em meio à selva, à margem da nova estrada, o INCRA decidiu construir uma cidade pioneira, a Ruró-polis Presidente Médici. Uma das primeiras obras foi o hotel, também batizado com o nome do general. Piscina em azulejo azul, suite com jardim de inverno (?), ar condicionado. Um luxo. Todo fim de semana jatinhos de empreiteiras chegavam à rurópolis com os lobistas trazendo executivos, altos funcionários do governo, diretores de órgãos públicos, políti-cos, militares e até envolvidos com a grande obra, para animadas festas regadas aos melhores acepipes, vinhos e uísques, além de belíssimas garotas recrutadas a peso de outro nos melhores ambientes do Rio e São Paulo. Tudo de graça. O lobby funcionando a todo vapor.

Certa feita, o então ministro da Agricultura, Cirne Lima, decidiu visitar as obras de colonização na área, passando o final da semana na rurópolis. E convocou técnicos, engenheiros, assessores, além de dirigentes das empresas envolvidas na grande empreitada. Todos com as respectivas esposas. Cientes da austeridade do ministro, os lobistas cuidaram de cancelar qualquer farra naqueles dias no hotel, preparando o que se pode chamar de uma recepção familiar para a comitiva ministerial.

Chega o grande dia, e na sexta-feira começam a descer os aviões no aeroporto da rurópolis. Os poucos empregados assistiam perplexos à descida dos ilustres passageiros. Senhores de paletó e gravata e, à exceção da mulher do ministro, ainda muito jovem, uma verdadeira seleção de matronas austeras, gordas, quase todas sexagenárias, esposas dos figurões da comitiva.

O guarda-campo, um maranhense acostumado a ver o desembarque semanal das esculturais louras e morenas que animavam as farras, diante da cena inusitada, chegou ao jornalista Antonio Teixeira Júnior, então assessor de imprensa do INCRA, e não se conteve:

“Ih, seu Teixeira, desta vez os homens só trouxeram bucho!”.

RANGEL CAVALCANTE [email protected]

História

Klinger Mota era um colunista social em Fortaleza, famosos pelas suas tiradas nem sempre condizentes com o vernáculo e com os fatos passados. Certa feita foi convidado para a inauguração de uma exposição de telas da pintora Bartira, num dos clubes elegantes da capital cearense. Durante o coquetel que se seguiu à abertura da mostra, o nosso Klinger foi apresentado à autora de tantas belas obras da arte pictórica. Foi o nosso inesquecível Tarcisio Tavares, um tremendo gozador, quem fez a apresentação.

- Klinger, quero apresentar-lhe a famosa pintora Bartira, autora desse magnífico conjunto de obras primas.O nosso escriba social não se fez de rogado. Estendendo a mão à artista, foi logo dizendo:-Muito prazer, o seu nome me traz à mente a recordação da um dos fatos marcantes da Revolução Francesa.Diante do espanto da apresentada, ele logo esclareceu:-É que me lembra muito bem a Queda da Bartira.

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CASOS & CAUSOS

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Os Mirages

Alex era o adido de im-prensa da embaixada da União Soviética em Brasília. Claro que acumulava também a função com a de agente da KGB, como praticamente todos os funcio-nários daquela representação diplomática. Simpático, alto, louro, parecia mesmo um desses agentes secretos do cinema. Em pouco tem-po no Brasil já falava português com fluência e circu-lava com desenvoltura no meio jornalístico. Aparecia sempre lá em casa, onde chegava depois de esconder o carro duas quadras distantes e esgueirar-se por entre os pilotis dos edifícios, como se isso enganasse os seus colegas brasileiros, a turma do SNI.

Certa noite, degustávamos um bom vodka russo, que ele trazia sempre em suas visitas, quando che-gou o Vanderley Pereira, nosso colega no Jornal do Brasil, que fazia a cobertura do ministério da Justiça e da área militar, os setores mais sensíveis da época. Estávamos nos anos de chumbo da ditadura militar. Ao ser apresentado ao Vanderley e saber em que áre-as da reportagem ela atuava, Alex logo tentou tirar vantagem do encontro. E foi perguntando:

- Você, que cobre a área militar, sabe me dizer quando aviões Mirage a Força Aérea Brasileira tem na base área de Anápolis?

Os jatos Mirage, comprados à França, eram o mimo maior da nossa força aérea. Baseados no mu-nicípio goiano de Anápolis, a cerca de 150 km de Brasília, garantiam a segurança do poder central. Go-zador, Vanderley deu a resposta que o tirou definiti-vamente da lista de possíveis ingênuos e involuntá-rios informantes do nosso agente de Moscou:

- Ora, senhor Alex, esse seu serviço secreto é mesmo muito incompetente. Bastaria ter lido os jor-nais franceses, americanos e brasileiros, do inicio dos anos 70, para saber quantos desses aviões o Bra-sil comprou e até quando custou cada um. Depois era só acompanhar o noticiário para saber quantos caíram. Diminuindo do número comprado o dos que caíram, o saldo é o que está lá em Anápolis.

O convite

Numa rápida passagem por Fortaleza, vindo do exterior, o senador Pedro Simon foi recepciona-do pela cúpula do antigo PMD, o partido que repre-sentava a oposição consentida pelo regime castren-se. A turma levou o senador gaúcho para um dos melhores clubes da cidade e durante muitas horas o restaurante foi palco de um almoço regado a muito uísque e discursos inflamados contra o governo dos generais.

Um dos oradores mais inflamados era o depu-tado estadual Iranildo Pereira, que não poupou de pesadas criticas os governantes de então, pregando a derrubada da ditadura, “as diretas já” e a lei da anistia. Já se iniciava a madrugada, quando o grupo deixou o clube. Às sete da manhã, o deputado Ira-nildo foi acordado pela mulher, que lhe dava conta de que um jipe do exército estava parado à porta do prédio e que um oficial queria falar com ele. Certo de que já era conseqüência da noitada ante-rior e que estava sendo preso, Iranildo rapidamente preparou uma sacola com escova de dentes, pasta, sabonete, toalha de banho, alguns livros e objetos de uso pessoal, e se apresentou ao militar, dizendo--se pronto para acompanhá-lo. E veio a surpresa, quando o homem revelou o motivo da visita:

- Olha, deputado, não estou aqui para prendê-lo. Vim apenas entregar esta correspondência.

E entregou o envelope. O deputado respirou aliviado. Era o convite do general Torres de Melo, da Décima Região Militar, para o casamento de sua filha Edith com o jornalista Tancredo Carvalho, integrante do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e grande amigo do depu-tado.

Surpreso e aliviado, Iranildo só pôde balbu-ciar:

- Diga ao general que eu não perco esse casamento por dinheiro nenhum.

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Art igoa r t i g oFrancisco Oliveira

Epidemia de dengue: gestão do lixo faz a diferença

A dengue se tornou uma epidemia no país e fora dele. A questão é tão grave que o Cen-tro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em in-glês) dos Estados Unidos emitiu alerta aos americanos para o risco de contrair dengue e ma-lária em viagens ao Brasil.

Em nosso país, o número de casos registrados em 2015 já é 240% maior que o registra-do no mesmo período do ano passado. Até o dia 28 de março deste ano, o país registrou cer-ca de 460 mil casos da doen-ça, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram 135 mil. Números impressionantes foram divulgados recentemente pelo Ministério da Saúde. Se-gundo o órgão brasileiro, em média, são registrados 220 ca-sos por hora.

Com esse aumento de casos, consequentemente, o número de mortes por com-plicações da doença também avançou 29% em relação ao mesmo período do ano passa-do. Neste ano, 132 pessoas já morreram por causa da dengue. Em 2014, foram 102. Mas será que a forma como tratamos o lixo contribui para este surto de dengue?

A gestão correta do lixo e a existência de um plano de

gerenciamento de resíduos são elementos fundamentais para que os índices de doenças, en-tre elas a dengue, diminuam nos municípios. Como exem-plo, podemos usar a cidade de Nazaré Paulista, em São Paulo. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a cidade possui um Plano de Gestão de Resíduos ativo. Até agora, a região não registrou nenhum caso da doença. O levanta-mento também mostra que em cidades onde não há um plano de gestão de resíduos, os casos de dengue dispararam.

O lixo pode ser um grande criadouro da dengue. Imagine-mos, então, o nefasto efeito de milhões de recipientes joga-dos indiscriminadamente nas ruas, terrenos baldios, quintais, rios, margens de córregos e ca-nais. São registrados casos de criadouros do mosquito até em folhas de bananeiras caídas e expostas, que acumulam peque-nas poças de água da chuva.

Vivenciamos isso recente-mente em várias regiões do país, com a greve dos garis. Nesse período, o acúmulo de centenas de milhares de toneladas de lixo dispostos nas vias e logradou-ros públicos foi enorme. Com a água da chuva formam-se as pe-quenas poças.

Segundo a Cetesb, atual-mente, no Estado de São Paulo, são produzidos cerca de 40 mil toneladas diárias de resíduos sólidos domiciliares. É nítido que a falta de tratamento ou a disposição final precária desses resíduos causam problemas, envolvendo aspectos sanitários, ambientais e sociais, tais como a disseminação de doenças, dentre elas a dengue, a conta-minação do solo e das águas subterrâneas e superficiais, a poluição do ar pelo gás meta-no, etc.

As autoridades têm sua parcela de responsabilidade em tudo o que está acontecendo, mas nós também podemos agir. Devemos olhar atentamente o lixo gerado. O que precisa ficar claro é que a melhor forma de lutar contra a doença é a pre-venção. Gestão do lixo e trata-mento correto é a melhor forma de prevenir. O número crescen-te de casos da doença prova que precisamos olhar com mais atenção e cuidado para o que acontece ao nosso redor. Temos responsabilidade nesta epide-mia. Se não cuidarmos agora, o tempo vai cobrar.

Francisco Oliveira é Engenheiro Civil e Mestre em Mecânica dos Solos, Fundações e Geotecnia e fundador da Fral Consultoria

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