13
Aulas começaram com apoio total da Porto Editora pág. 2 O que fica da polémica sobre os blocos de atividades págs. 3 e 4 O maior desafio vem aí – agora também em inglês De 2 a 20 de outubro, inscreva os seus alunos no LITERACIA 3D. pág. 6 Mais de 120 000 alunos entram na Escola Virtual Plataforma de ensino e aprendizagem apresenta novos recursos e reformulações no 1.º Ciclo e Ensino Secundário. pág. 7 O melhor companheiro de alunos e professores O manual escolar é a ferramenta essencial de toda a aprendizagem. pág. 5 NÚMERO 27 SETEMBRO17

27 NÚMERO - Porto Editora

  • Upload
    others

  • View
    3

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Aulas começaram

com apoio total

da Porto Editora pág. 2

O que fica da polémica

sobre os blocos

de atividades págs. 3 e 4

O maior desafio vem aí – agora também em inglês

De 2 a 20 de outubro, inscreva os seus alunos no LITERACIA 3D. pág. 6

Mais de 120 000 alunos entram na Escola Virtual

Plataforma de ensino e aprendizagem apresenta novos recursos e reformulações no 1.º Ciclo e Ensino Secundário. pág. 7

O melhor companheiro de alunos e professores

O manual escolar é a ferramenta essencial de toda a aprendizagem. pág. 5

NÚMERO

27SETEMbRO17

me2

Neste mês milhares de alunos e pro-fessores regressaram às salas de aula para mais um ano letivo.

O início do ano é uma fase de muito tra-balho em que é essencial captar a aten-ção e motivação dos alunos de forma a despertar o interesse e curiosidade pelas disciplinas.

Os manuais híbridos combinam o melhor de dois mundos: o papel e o digital.

No último ano letivo (2016/2017), a Porto Editora desenvolveu um conceito inova-dor que associa o manual escolar ao te-lemóvel. Os manuais híbridos nasceram

da necessidade de combinar o melhor de dois mundos: o papel e o digital.

Esta inovação proporciona, através da realidade aumentada, acesso a novos conteúdos educativos que complemen-tam o manual escolar.

Professores e alunos podem usufruir e interagir com recursos de vídeo, áudio e imagem que aumentam a motivação dentro e, sobretudo, fora da sala de aula, fomentam a autoaprendizagem e con-tribuem para os alunos alcançarem me-lhores resultados.

Para ter acesso aos recursos digi-tais associados aos manuais híbridos basta fazer download da app gratuita EV Manual Híbrido que, uma vez insta-lada no telemóvel, reconhece, através da capa, o manual escolar e permite a con-sulta dos recursos, bastando, para tal,

direcionar a câmara do telemóvel para as páginas do livro - veja um vídeo de de-monstração aqui.

Poderá consultar os manuais abrangidos por esta inovação na página especial de-dicada ao manual híbrido.

O compromisso para todo o ano letivo

À semelhança dos últimos anos, a Porto Editora e os autores dos projetos irão acompanhar os professores ao longo do ano letivo, enviando inúmeros recursos digitais com o objetivo de apoiar, ajudar e facilitar o planeamento das aulas, a ela-boração de testes e as avaliações finais.

Serão também desenvolvidos e enviados exercícios e atividades didáticas relacio-nadas com a matéria lecionada. me

A Porto Editora partilha com professores e alunos recursos digitais exclusivos que aumentam a motivação dentro e fora da sala de aula.

Aulas começaram com apoio totalda Porto Editora

O tema de capa | Início das aulas

me3

A promoção da igualdade será tanto ou mais eficaz se for feita respeitando a liberdade de expressão e de edição.

O que fica da polémicasobre os blocos de atividades

As derradeiras semanas foram mar-cadas pela inusitada polémica em torno de uns blocos de atividades lúdicas, para crianças, editados pela Porto Editora há mais de um ano. Já muito se escreveu e disse, tendo sido provado que as acu-sações foram injustificadas e, acima de tudo, precipitadas. Agora que a poeira assentou, importa ressalvar alguns as-petos para encerrar, definitivamente, o assunto.

É relevante sublinhar que a Porto Editora tem registos, que remontam a finais da década de 70 do século passado, de ações internas de formação dos seus quadros e de iniciativas de sensibiliza-ção dos seus autores no que concerne às questões da cidadania e promoção da igualdade de género. Como importa dizer que, com aquele objetivo, trabalhou por diversas vezes em colaboração com a Comissão para a Igualdade e Direitos das Mulheres, antecessora da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género - CIG.

Este é, por isso, um tema ao qual a edi-tora é bastante sensível e, portanto, nunca se permitiria publicar um livro que veiculasse uma visão sexista e/ou dis-criminatória, seja em manuais escolares (que possuem um maior grau de exi-gência e escrutínio), seja em meros blo-cos de atividades para os tempos livres, como é o caso.

A Porto Editora afirmou continuamente que não existiu, em momento algum, uma intenção discriminatória da parte da editora e da equipa envolvida na edição destes títulos - coincidentemente toda do sexo feminino -, os quais não foram sequer elaborados com vista a serem alvo de uma comparação entre eles.

No entanto, à boleia do fulgor instalado nas redes sociais, a CIG recomendou a retirada do mercado dos dois blocos e foram muitas as vozes que se mostra-ram indignadas e estupefactas com a situação.

Luiz Gamito, Presidente do Colégio de Psiquiatras da Ordem dos Médicos, em entrevista à Rádio Renascença (23/08/2017), desvalorizou a polémica afirmando que se trata de “uma política comercial de um produto num mercado que [as editoras] estudaram”, não en-contrando outra razão “que não pura-mente estética e de marketing”.

“Não discriminam negativamente nenhum género”

Em declarações à TVI (23/08/2017), o pediatra Mário Cordeiro lembrou que “os exercícios para férias têm que ser atra-tivos e apelativos para as crianças, por isso é normal que haja diferenças visuais nos blocos para meninos e para meni-nas.” Alertou, ainda, para a importân-cia de analisar os blocos integralmente,

O artigo | Blocos de Atividades

me4

contrariamente ao que tinha sido feito até então e, em entrevista ao Expresso (25/08/2017), enunciou diversos casos em que considera que a desigualdade entre os géneros configura uma situação mais preocupante.

O pediatra sugeriu, ainda, que os pais “trocassem os manuais e colocassem todas as crianças a fazer todos os exer-cícios”, até porque, tal como referiu Ana Garcia Martins, mãe e autora do blog A Pipoca Mais Doce, “não havia nenhuma obrigação ou proibição implícita a cada um dos livros, cada um compra o que quer, para quem quiser”.

Alexandra Duarte, no jornal i (28/08/2017) relembrou que, na sua visão, se tratam de “livros com exercícios mais vocacio-nados para os interesses dos rapazes ou das raparigas, mas em nada diminuem os seus utilizadores ou sequer passam uma mensagem sub-reptícia de inferioridade ou, no extremo, de superioridade”.

João Miguel Tavares disse, no jornal Público (29/08/2017), que “qualquer pessoa consideraria inaceitável a exis-tência de livros diferenciados para rapa-zes e raparigas nos currículos escolares. É o caso? Não. Estamos a falar de cader-nos de atividades pré-escolares lança-dos num mercado livre. Só compra quem quer. A questão que se coloca, pois, é se uma editora privada deve ou não ter li-berdade para fazer os livros que enten-der (…). Parece-me bastante óbvio que essa liberdade deve existir”.

“o que está em causa é a liberdade de publicar, de comprar, de ler, de ser contra ou a favor”

Da mesma forma, Inês Teotónio Pereira, no Diário de Notícias (26/08/2017) re-lembrou que, neste caso, “o que está em causa é a liberdade de publicar, de comprar, de ler, de ser contra ou a favor”. Acrescentou, ainda, que “A ‘recomenda-ção’ do governo é o pé na porta na minha liberdade de poder comprar livros com os quais uma coisa chamada CIG não

concorda que se publiquem. É um ca-deado na liberdade de uma editora poder publicar o que lhe apetecer tendo em conta a vontade dos consumidores”.

O advogado e professor catedrático, Luís Meneses Leitão, relembrou, no jor-nal i (29/08/2017), que “o art. 37.º da Constituição garante a liberdade de ex-pressão determinando expressamente que ‘o exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado sob qualquer forma de censura’.”

No Expresso (29/08/2017), Paulo barradas referiu que “a liberdade de es-colha dos pais” ficou limitada dado que estes “devem ter o direito e a liberdade de decidir”, salientado que “não fazendo parte dos livros escolares recomenda-dos e supervisionados pelo Ministério da Educação, o governo não deveria nem poderia ter recomendado a sua retirada de circulação”.

Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, no Jornal de Notícias (11/09/2017) questionou, ainda, se “os adquirentes destes livros não tinham o direito de os comprar? Devem ser res-ponsabilizados por, supostamente, serem cúmplices da violação de ‘uma educação para a igualdade de género, para a não discriminação e a cidadania’?”.

“em mais de 60 atividades, não há uma diferença significativa para se tirar esta ilação [tarefas mais difíceis para os rapazes]”

Francisco Mendes da Silva foi um dos muitos que, no Jornal de Negócios (30/08/2017), defendeu a análise inte-gral e ponderada dos blocos: “a Porto Editora segmentou os livros de exercí-cio por género, por razões comerciais, e entregou-os a ilustradoras diferentes; o resultado são duas versões basica-mente semelhantes, em que as situa-ções distintivas, bem mais do que as

apresentadas nas notícias, na sua globa-lidade não discriminam negativamente nenhum género em especial.”, referiu.

A neurocientista Diana Prata afirmou ao Observador (23/08/2017) que “não acredita que o livro tenha sido dese-nhado com o propósito de fazer tarefas mais difíceis para os rapazes uma vez que, em mais de 60 atividades, não há uma diferença significativa para se tirar esta ilação”.

Colaboração com a CIG

Entretanto, a CIG e a Porto Editora reuni-ram e foram consensuais quanto a “con-tinuar a investir na promoção dos valores constitucionais de cidadania e igualdade de género, fundamentais numa socie-dade evoluída e democrática, e que essa promoção será tanto ou mais eficaz se for feita em articulação com a garantia das liberdades de expressão e de edi-ção”, conforme se pode ler no comuni-cado conjunto.

Numa sociedade livre e democrática, a liberdade de expressão, de edição e de criação cultural são valores basilares. Assim, a Porto Editora reafirma que, em momento algum, permitirá que a liber-dade de escolha dos seus leitores seja limitada, bem como a liberdade de cria-ção cultural dos seus autores, editores e ilustradores. me

Leia aqui o relatório da Porto Editora sobre os blocos de Atividades

Tendo a CIG elaborado um pare-cer técnico sobre as edições, foi também solicitada, ao Conselho Editorial da Porto Editora, uma avaliação aprofundada daquele documento e dos livros em causa. Daí resulta um relatório que pode ser lido aqui e que con-traria muitas das considerações que são apontadas no parecer da CIG.

O artigo | Blocos de Atividades

me5

O manual escolar é a ferramenta essencial de toda a aprendizagem.

O melhor companheirode alunos e professores

O manual escolar é uma ferramenta essencial no processo de ensino-apren-dizagem dos nossos alunos (e profes-sores), contribuindo para o seu desen-volvimento cultural, intelectual e social.

Todos os dias, as editoras escolares tra-balham para conceber os melhores recur-sos, com reconhecida qualidade científica, técnica e pedagógica, que em muito con-tribuem para a motivação dos alunos, do pré-escolar ao ensino secundário.

Por isso, é preocupante a desvalorização do manual escolar, colocando em causa a importância que uma utilização efetiva por parte do aluno tem na construção de um percurso sólido e de sucesso.

A utilização de técnicas de estudo ele-mentares como as anotações e subli-nhados não podem ser consideradas má utilização. O desenvolvimento educativo, pessoal e social do aluno assenta, tam-bém, na relação que este estabelece com os diferentes recursos pedagógi-cos, nos quais se incluem os manuais.

Por isso, não devem ser criadas barrei-ras à sua utilização plena, possibilitando múltiplas leituras e consultas, anota-ções, sublinhados e outras técnicas fre-quentemente utilizadas - hoje em dia, até mesmos os ebooks vêm dotados da possibilidade de anotar e sublinhar, dada a sua relevância.

Num país com baixos índices de leitura e em que o digital consome grande parte da atenção dos jovens, é importante que não se criem barreiras à livre utilização do livro.

A situação é mais flagrante no caso dos alunos provenientes de contextos so-cioeconómicos mais vulneráveis. Para estas crianças e jovens, muitas vezes, o manual escolar é o único livro que pos-suem. Se lhes for retirada a liberdade para usufruir do manual de forma plena, a que outros instrumentos vão recorrer? O digital é uma opção ainda remota nes-tes casos e não pode ser considerado um substituto do manual impresso, mas um complemento.

Um manual não usado é um apoio desperdiçado

O respeito pelo livro passa por absorver tudo aquilo que nos pode oferecer. Mas o manual escolar é mais que um livro: é um instrumento de trabalho para alunos e professores, que os orienta e impul-siona as suas competências, promo-vendo a aprendizagem, a autonomia e a evolução.

A sua utilização deve ser consciente e responsável, mas não deve ter limita-ções nem imposições. Um manual não usado é um apoio desperdiçado. Os alu-nos devem poder explorar sem receios aquele que é o maior companheiro no seu percurso de aprendizagem. me

O artigo | Manuais Escolares

me6

De 2 a 20 de outubro, inscreva os seus alunos no LITERACIA 3Di.

O maior desafio vem aí– agora também em inglês

A terceira edição da maior iniciativa dedicada à promoção da Literacia em Portugal vai arrancar em outubro e com novidades.

Após o sucesso da edição anterior, na qual participaram 90 000 alunos de todo o país nas dimensões da Leitura, Matemática e Ciências, o LITERACIA 3Di - o desafio pelo conhecimento vai con-vocar os alunos a porem-se à prova em Inglês.

No ano letivo 2017/18, os alunos do 5.º ano respondem a questões de Matemática, os do 6.º ano a Ciência, no 7.º ano fazem a prova de Leitura e os alu-nos do 8.º ano avaliam o Inglês.

O desafio pelo conhecimento está es-truturado em três fases eliminatórias (local, distrital e nacional) em que os alu-nos do ensino público e privado respon-dem a provas semelhantes a avaliações internacionais, através de uma plata-forma digital.

Em cada uma das fases são apurados os alunos que obtêm a melhor classifica-ção na respetiva área de literacia. Assim, na segunda fase participam os alunos de cada agrupamento escolar que obti-veram a maior classificação na primeira fase e, na grande final, estão presentes os alunos que obtiveram a maior classifi-cação da segunda fase, em cada distrito.

O balanço das últimas edições foi bas-tante positivo e o entusiasmo de alunos, professores, pais e demais envolvidos deu provas de que esta iniciativa tem um papel importante no desenvolvimento das competências educacionais, pes-soais e sociais dos nossos alunos.

Para consultar mais informações sobre o LITERACIA 3Di, incluindo o regulamento e testemunhos de participantes, visite www.literacia3d.pt.

Desafie os seus alunos a testar conheci-mentos. As inscrições estão abertas de 2 a 20 de outubro, no site da iniciativa. me

Calendarização das diferentes fases do desafio pelo conhecimento

1.ª Fase (escolar)

13 a 17 de novembro de 2017 (5.º e 6.º anos) e 20 a 24 de novembro de 2017 (7.º e 8.º anos)

nas instalações dos estabelecimentos de ensino

2.ª Fase (distrital)

26 de fevereiro a 2 de março de 2018

na capital de distrito, em local a indicar pela Porto Editora

3.ª Fase (final nacional)

11 de maio de 2018

Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, em Lisboa

Inglês

LITERACIA3Di

O artigo | LITERACIA 3D

me7

Este ano letivo a Escola Virtual apre-senta reformulações e novos recursos, tornando-se uma ferramenta ainda mais completa.

O 1.º e 2.º anos foram totalmente refor-mulados oferecendo uma navegação mais simples e intuitiva e as aulas foram atualizadas com novos conteúdos e novos recursos.

No Ensino Secundário, os alunos dos 10.º e 11.º anos terão acesso às disciplinas de Filosofia e Inglês, em todos os cursos. Esta introdução de novas disciplinas ofe-rece aos alunos um acompanhamento total ao longo do ano letivo.

Desenvolvimento de novos recursos

Neste novo ano letivo, a Escola Virtual oferece também novos recursos de rea-lidade aumentada para a disciplina de Ciências, com especial destaque para os vídeos em 360.º (ver exemplo).

Os jogos interativos, vídeos tutoriais, novas interatividades e experiências em laboratório são alguns dos novos

recursos que estão disponíveis para pro-fessores e alunos.

O aliado perfeito dos professores

Atualmente, as novas tecnologias estão presentes no dia a dia das crianças e jo-vens e são um dos novos métodos de motivação mais úteis para os professores.

A Escola Virtual promove uma aprendizagem mais interativa, dinâmica e eficaz, dentro e fora da sala de aula.

A disponibilização de diversos materiais de apoio, como manuais digitais, plani-ficações, PowerPoints, vídeos, anima-ções e propostas de testes, fazem desta plataforma um importante aliado dos professores.

Nas instituições de ensino em que pro-fessores e alunos utilizam a Escola

Virtual, é possível saber, a cada mo-mento, quais as matérias que os alunos já dominam e em quais demonstram di-ficuldades. Os professores podem, tam-bém, utilizar a plataforma como meio de comunicação com a turma ou com um aluno, inclusive para atribuir tarefas e es-clarecer dúvidas. me

Mais de 120 000 alunosentram na Escola Virtual

Plataforma de ensino e aprendizagem apresenta novos recursos e reformulações no 1.º Ciclo e Ensino Secundário.

O artigo | Escola Virtual

me8

Na edição 25 do Magazine Educação, abordámos a preocupação dos peque-nos livreiros independentes relativa-mente à forma como se processaria a aquisição dos manuais emprestados pelo governo aos alunos do 1.º ciclo, no ano letivo 2017/2018. Agora, com o iní-cio de mais um ano letivo, os livreiros mantêm a preocupação e garantem que o governo nada fez face à situação exposta.

Os pequenos livreiros alertaram vá-rias entidades (Ministérios da Educação e Economia, grupos parlamentares, o Presidente da República e o Presidente da Assembleia da República) para a ne-cessidade de regular a forma como os manuais são adquiridos, denunciando casos em que os agrupamentos escola-res adjudicam o fornecimento a grandes grupos económicos, não tendo em con-sideração a sobrevivência do comércio local e a liberdade de escolha dos encar-regados de educação neste processo.

Na altura, o Ministério da Educação afir-mou que deu indicação aos agrupa-mentos escolares para que “a aquisição dos manuais fosse feita localmente, eventualmente através de um sistema de vouchers, permitindo aos pais com-prarem os manuais na livraria que en-tendessem” e mostrou-se disponível para “monitorizar e corrigir, no sentido de fazer com que aquela orientação seja respeitada por todos, porque reconhece a grande importância do comércio local”.

No entanto, numa carta aberta publicada em julho, no jornal Observador, e assi-nada por um grupo de livreiros indepen-dentes, é revelado que esta recomen-dação da tutela não está a ser cumprida. Sublinhando o papel fulcral das livrarias enquanto agentes culturais e promoto-res do acesso ao livro (especialmente em zonas mais recônditas), os livreiros alertam para a crise no setor, dado que aquela que é a base da sua atividade está comprometida devido a uma inexistente monitorização por parte do governo.

“O Ministério da Educação está a incenti-var as escolas a fazerem ajustes diretos e concursos para a compra dos manuais escolares do 1.º ciclo que acabam, inva-riavelmente, por beneficiar os grandes espaços comerciais. Há, nestes proces-sos, uma opacidade que preocupa e um desvirtuamento das regras de concor-rência, em prejuízo claro das pequenas empresas, mas, também, acreditamos que do próprio Estado e das famílias”, afirmam na referida carta aberta.

Ressalvam, ainda, que não são contra a medida de gratuitidade, mas sim contra a forma como está a ser implementada pelo governo, condenando as livrarias ao desaparecimento.

A solução, defendem, passa pela atribui-ção de vouchers que, não só garantem a liberdade de escolha das famílias, como lhes garante um melhor serviço, uma melhor distribuição de oportunidades para as livrarias e uma poupança de tra-balho e recursos as escolas. me

Livrarias condenadasao desaparecimento?

Pequenos livreiros alertam para problemas na implementação da medida de gratuitidade dos manuais escolares por parte das escolas.

O artigo | Livreiros preocupados

me9

Os erros ortográficos são uma das preocupações atuais de pais e profes-sores. Esta problemática abrange alunos de todos os anos de escolaridade e re-presenta uma das maiores dificuldades ao nível do Português.

Em 2015, após a análise dos testes in-termédios do 1.º Ciclo, o Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) concluiu que os alunos do 2.º ano de escolaridade têm grandes dificuldades em escrever sem erros. Este estudo permitiu identificar uma das maiores dificuldades dos alu-nos com o objetivo de a trabalhar inten-sivamente nas salas de aula.

Foi a pensar nisso que as professoras Maria Helena Marques e Maria Regina Rocha, autoras da coleção A Gramática, criaram o livro Eu não dou erros!, que tem como objetivo ensinar aos alunos do Ensino básico, de forma prática e diver-tida, as regras de ortografia.

Eu não dou erros! responde a 23 questões sobre os erros ortográficos mais comuns.

O livro reúne as 23 dúvidas mais co-muns levantadas pelos alunos do Ensino Básico e responde a questões como “Quando é que se usa ç?”, “Quando é que o som /x/ se escreve com ch?”, “Quando é que se usa til?”.

Eu não dou erros! é o aliado ideal para todos os alunos do 1.º ao 9.º ano.

Cada capítulo é dedicado a uma dúvida e as autoras começam por esquematizar

as regras da “arte de bem escrever” se-guidas de vários exercícios, de diferentes formatos, onde os alunos testam, apli-cam e consolidam o que aprenderam.

No final do livro, os alunos poderão apli-car todos os conhecimentos adquiridos ao longo dos 23 capítulos anteriores em dois exercícios lúdicos sobre acentuação e ortografia. me

Adeus aos errosde palmatória

Maria Helena Marques e Maria Regina Rocha dão a conhecer as regras da arte de bem escrever.

O artigo | Eu não dou erros

me10

Sabe que livrosvêm aí?

Adaptação gráfica do famoso Diário de Anne Frank, um novo romance de Isabel Allende e apostas na ficção nacional entre as novidades para os últimos meses do ano.

A Porto Editora apresentou recente-mente as novidades literárias que os seus leitores poderão esperar no pró-ximo semestre.

Foram apresentados mais de 75 títu-los, distribuídos pelas chancelas Porto Editora, Assírio & Alvim, Sextante Editora, Livros do brasil, Albatroz e Coolbooks, com vários destaques na ficção estran-geira e nacional.

A reconhecida escritora chilena Isabel Allende vai publicar um novo romance, Para lá do Inverno, pela Porto Editora e a estreante Carla Pais terá em Mea Culpa um dos destaques na ficção portuguesa. Pela mesma editora será ainda publicada a adaptação gráfica oficial de O Diário de Anne Frank, cuja primeira edição ce-lebra agora 70 anos. Na literatura infan-til, destacam-se As aventuras do Urso Malaquias, uma nova coleção do pediatra Mário Cordeiro.

Pela Livros do brasil, sublinha-se o lança-mento de Morte pela Água, de Kenzaburō

Ōe, Prémio Nobel da Literatura e um dos mais importantes escritores japoneses dos nossos dias.

A Sextante Editora revelou a edição de um novo título de Laurent Gaudé, Escutai as nossas derrotas, que será lançado já este mês.

Com destaque para a literatura portu-guesa, nomeadamente na poesia, assi-nala-se ainda a publicação, na Assírio & Alvim, da obra de David Mourão-Ferreira, que se iniciará com o seu único romance, Um Amor Feliz. O Monarca das Sombras, o novo livro do espanhol Javier Cercas, é a grande novidade da chancela na ficção internacional.

Pela Coolbooks, a chancela digital da Porto Editora, foi realçada a edição do mais recente livro de Isabel Tallysha-Soares, Da Gaveta, e, na não-ficção, Dormir bem para viver melhor, de Chris Winter, será a aposta da Albatroz. me

Setembro

Uma Mulher Desnecessária, Rabih Alameddine - Porto Editora

Reflexões sobre o nazismo, Saul Friedländer - Sextante

Outubro

A Carne, Rosa Montero - Porto Editora

O Regresso da Primavera, Sveva Casati Modignani

- Porto Editora

Oblívio, Daniel Jonas - Assírio & Alvim

Desamor, Nuno Ferrão - Coolbooks

Novembro

Cadernos de Lanzarote IV, José Saramago - Porto Editora

Poesia Completa, Mário Cesariny - Assírio & Alvim

Um Dia Diferente, John Steinbeck - Livros do brasil

O artigo | Rentrée Literária

Vai querer ler:

A última viúva de África

Carlos Vale Ferraz

Alice Oliveira, nascida e criada no Minho, num meio pobre e sem outros horizon-tes a não ser o casamento com algum camponês borrachão e a criação de uma enorme e desgraçada prole, ou o trabalho duro nas fábricas locais, cedo tomou as rédeas do seu destino. Nos anos cinquenta do século XX emigrou para o continente africano, pertencendo ao reduzido número de portugueses que permaneceu na antiga colónia belga do Congo após a independência.

Conhecida por Madame X pelas autori-dades portuguesas, para quem traba-lhava como informadora, e por Kisimbi, a «mãe», pelos mercenários que com-batiam em prol da secessão do Catanga, ela permanece uma figura misteriosa, que ganha contornos bem definidos neste romance, onde se recria o per-curso de vida, os motivos, os encontros e desencontros e a rede de contactos que fizeram dela a amante frustrada do continente africano, a viúva branca de um paraíso perdido com a descolonização.

Escutai as nossas derrotas

Laurent Gaudé

Um agente dos serviços secretos fran-ceses, invadido por uma enorme las-sidão, é encarregado de encontrar em beirute um antigo membro dos coman-dos de elite norte-americanos suspeito de diversos tráficos. Cruza o seu cami-nho uma arqueóloga iraquiana que tenta salvar os tesouros das cidades bom-bardeadas. As longínquas epopeias de heróis do passado intrometem-se nos seus percursos – o general Grant es-magando os Confederados, Aníbal mar-chando sobre Roma, Hailé Selassié le-vantando-se contra o agressor fascista…

Um romance inquieto e melancólico que constata a inanidade de toda a conquista e proclama que só a humanidade e a be-leza valem a pena que se morra por elas.

Um mais um – a fórmula da felicidade

Jojo Moyes

Uma mãe por conta própria

Jess Thomas faz o seu melhor, dia após dia. É difícil lutar sozinha. E, por vezes, assume riscos que não devia. Apenas porque tem de ser…

Uma família caótica

Tanzie, a filha de Jess, é uma criança do-tada e brilhante a lidar com números, mas sem apoio nunca terá oportunidade de se revelar. Nicky, enteado de Jess, é um adolescente reservado, que não con-segue sozinho fazer frente às persegui-ções de que é alvo na escola.

Por vezes, Jess sente que os filhos se estão a afundar…

Um desconhecido atraente

Ed Nicholls entra nas suas vidas. Ele é um homem com um passado complicado que foge desesperado de um futuro in-certo. Ed sabe o que é a solidão. E quer ajudá-los…

O

me12

“Cidadela” é a obra póstuma do autor de O Principezinho, que nos ensinou o que são, de facto, os valores da vida.

Autor do Mês: Antoinede Saint-Exupéry

Antoine de Saint-Exupéry nasceu em Lyon, a 29 de junho de 1900. Aos 12 anos fez o seu batismo de voo e, dez anos mais tarde, tornou-se piloto militar. É como capitão que, em 1939, se junta à Força Aérea francesa em luta contra a ocupação nazi.

A aviação e a guerra viriam a revelar--se elementos centrais de toda a sua obra literária, marcada pela publicação, em 1943, de O Principezinho, um dos li-vros mais traduzidos em todo o mundo. Para além desta que é considerada a sua obra-prima, Saint-Exupéry contou com vários êxitos na sua carreira: o seu primeiro romance, Correio do Sul (1929), Voo Noturno (1931) ou Piloto de Guerra (1942), um retrato da sua participação na Segunda Guerra Mundial.

A sua morte, aos 44 anos, num acidente de aviação durante uma missão de reco-nhecimento no sul de França, permanece ainda hoje um mistério.

Cidadela, obra-prima do nosso tempo

A Livros do brasil acabou de publicar mais um título do autor. Cidadela, obra póstuma publicada em 1948 e redigida durante quase uma década, constitui a súmula de Antoine de Saint-Exupéry e das suas meditações de toda uma vida.

Narrado na primeira pessoa por um rei de um território onde o deserto se perde de vista, esta é uma conversa consigo mesmo e com o divino, sobre a huma-nidade, sobre a vida, sobre o amor e a busca do sublime.

É, simultaneamente, um monumental exercício de linguagem, um longo poema em prosa, que Saint-Exupéry come-çara a escrever em 1936 e que não teve tempo para concluir. Na manhã de 31 de julho de 1944, levantou voo da Córsega e nunca mais voltou à base – terá sido abatido pela Luftwaffe perto da região de Grenoble-Annecy.

Este é, pois, um texto incompleto, mas de uma riqueza ímpar, a cuja tradução Ruy belo dedicou dois anos e sobre o qual escreve, no prefácio: «Não temos rebuço em afirmar que Cidadela passará à história, iluminada pelo conjunto da produção de Saint-Exupéry, como uma das obras-primas do nosso tempo.» me

O artigo | Antoine de Saint-Exupéry

NÚMERO

27SEtEMbrO17

Magazine de Educação é uma publicação da responsabilidade do Espaço Professor da Porto Editora.

Leia o seu Magazine de Educaçãoem qualquer lugar.

Do orgulho e do bom senso

1. Começo pelo mais importante: desejo a toda a comunidade escolar – professores, alunos, pais, auxiliares de ensino – um excelente ano letivo 2017/2018.

Estes dias são vividos por todos com bastante intensidade. Os alunos sentem um entusiasmo especial na contagem de-crescente para o início das aulas, que contagia as próprias fa-mílias, antecipando o reencontro com amigos ou a descoberta de novas realidades.

Paralelamente, há todo um trabalho de preparação e de orga-nização, da responsabilidade das escolas e dos professores, que é fundamental para um bom arranque das aulas e para que o ano decorra da melhor forma. Um aspeto que deve ser valorizado e que, na confusão noticiosa que se vive por esta altura, raras vezes é reconhecido.

Também nós, na Porto Editora, vivemos este período de forma intensa. Como se pode ler nesta edição do Magazine de Edu-cação, preparámo-nos para dar um apoio constante ao longo de todo o ano letivo. Continuaremos a dar o melhor de nós para que professores e alunos tenham as melhores ferramentas de ensino-aprendizagem, os melhores conteúdos, seja em papel seja em suporte digital.

Este é o nosso compromisso, de que nos orgulhamos de re-novar e fortalecer dia após dia.

2. O conceito de silly season refere-se àquele período do ano, normalmente as férias de verão, em que as notícias que são verdadeiramente importantes escasseiam, abrindo espaço para aquilo que é silly, ou seja, pateta. A polémica que se gerou a propósito de uns blocos de atividades lúdicas, publicados pela Porto Editora, foi muito para lá do que se pode considerar pateta: resvalou para o lamentável e inaceitável.

Uma descarada manipulação serviu para acusar editora, au-tora e ilustradoras de preconceito, sexismo e discriminação, num primeiro momento nas redes sociais, onde a tentação do juízo irrefletido é enorme, depois na maioria dos órgãos de comunicação social, que assim revelaram uma preocupante ausência de sentido crítico. Foi necessária uma rábula de um humorista – há muito reconhecido pela sua inteligência e visão crítica sobre o nosso quotidiano – para que se percebesse o equívoco que se gerara e o ridículo das acusações.

É certo que ninguém está livre de errar, mas é para nós im-pensável publicar livros absolutamente contrários aos nossos valores e princípios. Foi isso que afirmámos desde o primeiro momento, e foi isso que ficou comprovadamente claro quando a poeira assentou e o bom senso imperou.

O exercício pleno da cidadania e a igualdade de género são valores fundamentais para uma sociedade evoluída e demo-crática. Contudo, a sua persecução não pode assentar em po-lémicas artificiais. Que o caminho que há a percorrer tenha por base o diálogo sério e construtivo é o que se deseja e é para isso que a Porto Editora estará sempre disponível.

Votos de bom trabalho.

Contamos consigo. Conte connosco.

Vasco Teixeira

Lançamentos

A última viúva de ÁfricaCarlos Vale Ferraz27 de setembro, às 18h30, na Fnac do Chiado (Lisboa)

As aventuras do urso MalaquiasMário Cordeiro30 de setembro, às 12:00, na Livraria barata (Lisboa)

Clérigos: Guia para conhecer o ex-líbris do PortoGermano Silva30 de setembro, na Igreja dos Clérigos (Porto)

Lisboa desconhecida & insólitaAnísio Franco19 de outubro, às 18:00, no Palácio Foz - Abadia (Lisboa)

Porto de Encontro

À conversa com…José Tolentino Mendonça7 de outubro, às 16:00, no Teatro Nacional São João (Porto)

EDITORIALO Eventos