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Roberto Lunelli TCE sugere devolução de R$ 2,6 milhões aos cofres públicos Página 8 Vacinas terminam em clínicas Alta procura e surto na região central do país fazem doses acabarem rapidamente em estabelecimentos particulares Relatório não é definitivo, cabendo recurso e não implicando na rejeição das contas ou impedimento de candidatura BENTO GONÇALVES Quarta-feira 27 DE ABRIL DE 2016 ANO 49 N°3227 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br H1N1 CAIANI MARTINS Iniciativa Apolo propõe construção coletiva da causa animal para ONGs Páginas 6, 7 e 8 Rede supermercadista quer que morte do cão Astor seja marco para início de parceirias em prol dos animais Página 9

27/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.227

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27/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.227 - Bento Gonçalves/RS

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Roberto Lunelli

TCE sugere devolução de R$ 2,6 milhões aos cofres públicosPágina 8

Vacinas terminam em clínicasAlta procura e surto na região central do país fazem doses acabarem rapidamente em estabelecimentos particulares

Relatório não é definitivo, cabendo recurso e não implicando na rejeição das contas ou impedimento de candidatura

BENTO GONÇALVESQuarta-feira27 DE ABRIL DE 2016ANO 49 N°3227

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

H1N1

CAIA

NI M

ARTIN

S

Iniciativa

Apolo propõe construção coletiva da causa animal para ONGs

Páginas 6, 7 e 8

Rede supermercadista quer que morte do cão Astor seja marco para início de parceirias em prol dos animais

Página 9

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Quarta-feira, 27 de abril de 20162 Opinião

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Agora vai!Há décadas ouço que os governantes gastam mal. Diz a lenda

que não só gastam mal, mas que arrecadam muito. Todos sabem que a carga tributária brasileira é imensa e aumentou muito de-pois da Constituição de 1988, mas, especialmente, durante os oito anos governo de fhc, quando a mesma era de 29,46% do PIB passando a 35,53% do PIB oito anos depois. Nesses últimos anos, houve mais de cento e cinquenta setores da economia que tive-ram algum benefício tributário. As medidas foram tomadas para estimular o consumo interno e o emprego e incluíram a desone-ração da folha de pagamentos das empresas e redução de tribu-tos, como, por exemplo, o Imposto sobre Produtos Industriali-zados (IPI) de carros novos, móveis e eletrodomésticos da linha branca (geladeiras e fogões) e do ICMS na base de cálculo do PIS/Cofins – Importação, além dos produtos da cesta básica. As me-didas com maior impacto nos cofres públicos, segundo a Receita, foram a desoneração da folha de pagamento (R$ 21,6 bilhões), a redução a zero dos tributos federais sobre a cesta básica (R$ 9,33 bilhões) e a decisão judicial sobre o PIS/Cofins dos importados (R$ 3,64 bilhões). Inicialmente, o governo previa uma renúncia fiscal em torno de R$ 101 bilhões no ano passado. Entre janeiro e setembro de 2014, o governo federal já avaliava ter aberto mão de arrecadar R$ 75 bilhões em impostos. Importante destacar-se, também, que a extinção da CPMF – tributo ao qual se atribuía percentual final ao consumidor, pelo “efeito cascata”, de 11% - onerou os cofres públicos. Mas, é inegável que todas essas re-

duções e desonerações havidas jamais significaram redução de preços ao consumidor, ao povo, sem ser o IPI sobre veículos, que as fábricas faziam questão de destacar o preço reduzido por isso. Essas desonerações e reduções tributárias – renúncia de receitas - aliadas à sonegação que corre solta no Brasil (nesta terça-feira, às 14 h, o sonegômetro dos auditores da receita federal aponta-da a fantástica cifra de 165 bilhões de reais), e reforçadas pelo “gastar mal”, indubitavelmente provocaram o rombo nos cofres públicos. Agora, com o impedimento de Dilma Rousseff, esses desmandos todos, essa irresponsabilidade toda, deverá ser rever-tida. Os impostos deverão retomar seu patamar anterior. Que os governos – federal, estaduais e municipais – gastam mal é pú-blico e notório. E com não podem – porque os próprios políticos criaram a situação – reduzir as “folhas de pagamento” dos pode-res públicos porque é “dereito adequerido”, a solução é clara, ní-tida: aumentar as receitas. E retomar os tributos desonerados ou rebaixados é a lógica. Ou não? Ouvi, também, críticas ao governo por ter incentivado o consumo e não a poupança e o investimen-to. Bem, agora o consumo foi para o brejo. A poupança está sendo reduzindo para investimentos com maior rentabilidade. Então, o novo governo que virá, terá todo o apoio para solucionar, com o retorno até da CPMF. A FIESP e outras importantes entidades sinalizam apoio total ao novo governo. Agora vai! Ah, sim, como sempre, abro o espaço para contestações e correções sobre o que escrevi, caso haja algum erro.

Antô[email protected]

FAZ PARTE DA SUA VIDA

Virou lei na França: telhado verde e painel solar são obrigatórios em prédios comerciais

Se esta ideia fosse plantada , todos nós viveríamos muito melhor. Soluções sustentáveis para as cidades são, mais do que nunca, necessárias.

A concentração de pessoas, veículos, empresas, comér-cios e indústrias tornam as nossas cidades mais poluídas, e isso acarreta em menor qualidade de vida para todos nós. Podemos contar nos dedos quais centros urbanos que ain-da possuem ar puro para respirar. Quais não passam pelo processo de corte de árvores? Quantas obras chamadas de “revitalização” estão destruindo a fauna e a flora local para dar lugar a empreendimentos?

Portanto, é para ficarmos felizes com uma notícia destas: Paris, a capital da França, adotou uma medida que pode ser pequeno grão na mudança que precisamos: Agora é lei na cidade: que os prédios comerciais tenham telhados verdes ou placas solares. Legal, né?

Os telhados verdesOs telhados verdes são fabricados com plantas que aju-

dam a aumentar a umidade do ar, sendo um belo auxílio em cidades secas e sem verde.

Entre suas principais vantagens, destaca-se que os telha-dos verdes retêm a água das chuvas e filtram partículas sus-pensas no ar, como fuligem.

Ainda servem como ótimas opções para se fazer uma horta orgânica, por exemplo. Há quem utiliza o telhado como horta para todo o prédio, aumentando a qualidade na alimentação de todos da vizinhança. Além disso, eles ainda passam um ar de sofisticação e bem-estar às cidades. Imagine só se o telhado de cada prédio comercial no Brasil fosse repleto por arbustos, gramas e até plantações.

As placas solaresJá as placas solares funcionam como painéis que produ-

zem energia através da absorção dos raios solares. Elas po-dem ser aplicadas em qualquer lugar e são muito baratas. O painel fotovoltaico é o mais comum, mas ainda pouco utilizado no Brasil. Ele converte energia solar em energia elétrica, e já vem representando uma grande economia e custo benefício para as empresas parisienses.

Existem outras formas de gerar energia solar, como, por exemplo, os aquecedores solares. Com painel ou a vácuo, este meio converte a energia do sol em energia térmica, aquecendo água para usos residenciais ou industriais.

Exemplo de Paris para o mundoPelo futuro de todo o planeta, seria importante que esta

lei não ficasse apenas na França e se expandisse pelo mun-do, chegando ao Brasil. Enquanto isso não acontece, você sabe que não precisa de uma lei para tentar ajudar a me-lhorar sua cidade. Se mora em prédios, pode facilmente ter uma horta hidropônica. Já se tem acesso ao pátio, porque não começar hoje mesmo uma pequena plantação? Ou en-tão, se você é empresário, porque não seguir este modelo francês e começar a investir nos benefícios que uma cultura verde pode trazer ao seu negócio.

Regue esta ideia para ajudar o meio ambiente e a socieda-de a colher os frutos de um futuro mais sustentável.

Artigo

http://awebic.com/humanidade

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PainelQuarta-feira, 27 de abril de 2016 3Opinião

De 26 a 29 de abril, a Embrapa Uva e Vinho participa da 12ª Edição da Envase Brasil e Brasil Alimenta, que congrega duas feiras de tecno-logia e várias atrações paralelas, no Parque de Eventos de Bento Gon-çalves. O evento tem como objetivo a apresentação de tecnologias, produtos e serviços para as indústrias de vinho e espumante, suco, refrigerante, cerveja, água mineral, cachaça e destilados, laticínios e derivados e também a apresentação de novidades em máquinas e equipamentos para a cadeia de alimentos – industrialização, proces-samento e abastecimento - com ênfase em embalagens e logística.

A Embrapa Uva e Vinho marca presença com estande institucio-nal e no evento Encontro Produtor. No estande, o destaque será o novo Suquificador Integral, equi-pamento para a elaboração de suco de uva in-tegral em pequenos volumes, desenvolvido em parceria com a empresa Monofrio.

Com o tema “Cabide não sente frio”, o Gabinete da Primeira Dama lança na pró-xima quinta-feira, dia 28, mais uma edi-ção da Campanha do Agasalho em Bento Gonçalves. As arrecadações ocorrem até 15 de junho. Serão cerca de 80 pontos de coleta, entre mercados, instituições de ensino, unidades de saúde, bancos, re-partições públicas, lojas e empresas em diversos bairros.

A campanha busca arrecadar roupas,

calçados e cobertores. As doações serão entregues às famílias cujo perfil socioe-conômico seja de vulnerabilidade social.

O lançamento oficial da Campanha do Agasalho 2016 está marcado para as 16h, na Via Del Vino. Em caso de chu-va, o evento será no Salão Nobre da Prefeitura.

Produzido com as uvas riesling e chardonnay, cultivadas em vinhedo próprio na região central do Rio Grande do Sul, a Casa DiPaolo, rede de culinária italiana da Serra Gaúcha, agora tem espumante próprio, batizado com o nome de seu sócio-funda-dor, Paulo Geremia.

A bebida foi elaborada pelo enólogo italiano Edi Kante e pode ser encontrada à venda nas cidades de Garibaldi, Bento Gon-çalves, Caxias do Sul, Gramado, Porto Alegre, Recanto Maestro e Itapema. Esta não é a primeira marca lançada pela Diàolo. A Casa já havia em sua adega um vinho de sua fabricação, assem-blage com corte de cabernet, merlot e tannat, produzido em parceiria com a vinícola Valmarino. “Nossa intenção, ao elabo-rar esse espumante, foi oferecer ao cliente mais uma experiên-cia, além de ser um produto que acrescenta ao nosso negócio como qualidade e como marca”, destaca Geremia.

A Orquestra Municipal de Garibaldi apresentará no próximo sábado, 30, o Concerto L’America, sob a Direção Artística do Maestro Gilberto Salvagni e participação especial dos solistas Giovana Sartori e Maicon Cassânego. O concerto acontecerá no Salão Comunitário de Marcorama, interior de Garibaldi, às 19h, com entrada franca.

Embrapa participa da Envase Brasil

Campanha do Agasalho inicia no dia 28

Casa DiPaolo lança espumante Paulo Geremia

Orquestra de Garibaldi apresenta Concerto L’América

Com as temperaturas baixando, a produção de vacinas contra a gripe não deveria ser a prioridade do Governo Central? Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

Use a hashtag #jornalsemanario no Instagram e compartilhe suas fotos conosco

A Associação de Moradores do bairro Zatt realizou uma roçada nas laterais da rua Balduíno Valduga para que seja possível construir um passeio público

Foto do Leitor

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23% dos bento-gonçalvenses ainda não prestaram contasPaulo Vicente Caleffi

Crônica

Houve época, há já sessenta anos passados, em que as comunicações na cidade Bento Gonçal-ves eram quase coisa de índio. Para fazer uma ligação telefônica era necessário aguardar a te-lefonista. Ela solicitava o número (linha) e com-pletava a ligação. Quando não se sabia o número do telefone era só mencionar o nome da pessoa e a telefonista dizia: - “Anota aí!” e após dar o número, gentilmente completava a ligação. Um telefonema para qualquer cidade de São Paulo tinha algumas horas de espera.

Os primeiros “jornais” circularam dentro dos colégios, feitos no mimeografo, coisa que poucos ainda se lembram. Tenho dois exemplares do “PERSIANA”, que circulou para os alunos e fa-miliares no Colégio Mestre Santa Bárbara, o “Es-tadual”. Guardei por que escrevi alguns artigos, já naquela época.

Havia apenas uma rádio: ZYQ5 Rádio Difusora de Bento Gonçalves. Era dirigida pela Paróquia Santo Antônio. Quando o sino da igreja batia só doze badaladas, bem cadenciadas, era sinal de que um homem havia falecido. Nove badaladas era para as mulheres. De pronto ligava-se o rá-dio que, após esquentadas as válvulas, ouvia-se o Aloar Grígio anunciando o nome dos falecidos.

Para completar a informação, a gráfica se apressava a imprimir um folheto preto e branco com as informações sobre o velório e enterro. O impresso era distribuído nas lojas, armazéns, ro-doviária e postes.

Hoje já não se escuta os sinos dos mortos e as rádios só anunciam se for nota paga. Nossos jor-nais ainda não tem circulação diária.

O problema é que não se sabe quem morreu e as redes sociais tem sido a fonte da informação. Ainda bem!

Quando estive no velório do amigo Dorvalino Pozza, comentávamos o assunto e o Dr. Airton disse que tinha a informação sobre os falecidos pois diariamente transitava pelas capelas mortu-árias do cemitério municipal e o luminoso anun-ciava. O caso é que temos outros três cemitérios e a informação fica difusa.

O boca a boca tem sido uma forma de comuni-cação e notícia ruim sempre corre mais rápida.

Se ainda fossem os sinos a anunciar os faleci-mentos pareceria uma festa de tanta badalada. Assim sendo, viva as redes sociais.

Doze badaladas

Quarta-feira, 27 de abril de 20164 Geral

Imposto de Renda

Laura [email protected]

De acordo com a Receita mais de 21 mil declarações já foram entregues

Faltam poucos dias para o fim do prazo da entrega

da declaração do imposto de renda à Receita Federal. Este ano a data para entregar a De-claração do Imposto de Ren-da (IR) que iniciou em 1º de março segue até 29 de abril, e segundo dados da Delegacia da Receita Federal de Bento Gonçalves, até segunda-feira, 25, 21.250 (77%) contribuin-tes acertaram suas contas com o Leão. A previsão é que até o prazo final, 6.250 (23%) declarem o imposto.

Os contribuintes devem evi-tar remeter a declaração perto do fim do prazo. Problemas como falha na conexão da in-ternet ou mesmo no computa-dor da pessoa podem ocasio-nar transtornos. O programa gerador da declaração para ser usado no computador pode ser baixado no site da Receita Fe-

deral. O aplicativo do Impos-to de Renda para dispositivos móveis (tablets e smartpho-nes) está disponível nos siste-mas Android e iOS, da Apple.

A multa por atraso na en-trega será de 1% ao mês-ca-lendário ou fração de atraso, calculado sobre o imposto

devido, com valor mínimo de R$ 165,74. Para preencher o formulário, basta entrar no site da Receita Federal — idg.receita.fazenda.gov.br — e baixar os programas do Im-posto de Renda 2015-2016. Um deles é para transmitir o documento pela internet.

A previsão é que no dia 29, mais de 15% acertem as contas com o leão

REPROD

UÇÃ

O

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Marlin Kohlrausch conversou por cerca de 50 minutos com participantes

Gestão de empresas em debate no CICPresidente da Calçados Bibi ministrou palestra sobre liderança empresarial e defende a manutenção de equipe como estratégia

Negócios

5GeralQuarta-feira, 27 de abril de 2016

tão de pessoas, ambiente de trabalho e cenário político--econômico, Kohlrausch mos-trou os métodos e estratégias utilizados por sua companhia para atravessar o momento turbulento do País. Durante a conferência, um dos princi-pais assuntos abordados pelo executivo foi a capacidade de exportação de produtos e a importância da identidade de marca, fatores tidos como fundamentais para empresas que querem crescer.

De igual importância, a ma-nutenção e formação de equipe também foi tratada como fator definitivo ao sucesso da empre-sa pelo palestrante. Em gráfi-cos, Kohlrausch explanou as estratégias adotadas pela em-presa de incentivo e valorização do funcionário, como incentivo à graduação para formação de futuros administradores.

De acordo com o protocolo, o palestrante poderia tam-

bém, no final da apresenta-ção, expor seu manifesto so-bre o atual cenário político nacional. De acordo com o executivo, embora não com-

pactue com o andamento de todo o processo movido con-tra a presidente, existe a pers-pectiva de reaquecimento do mercado com a saída de Dilma

Rousseff. “Não sou partidário e nossa empresa também não apoia candidatos, entretanto, creio que o Brasil chegou no fundo do poço. Estamos vi-vendo uma crise moral, ética e de confiança, e, quem sabe, a troca de governo possa re-presentar o fim deste comple-xo cenário”, afirma.

Como ocorre tradicional-mente, com o término da apresentação, os participan-tes têm alguns minutos para a realização de perguntas ao convidado. Uma das pergun-tas direcionadas ao orador questionava a origem do nome da empresa. De acordo com Kohlrausch, o nome é uma ho-menagem do criador da marca à atriz Bibi Ferreira, alvo de admiração do empresário. O presidente também foi ques-tionado sobre estratégias inte-racionais de comercialização e adversidades em filiais na re-gião nordeste do país.

Em um momento em que o caos está instaurado nas

áreas política e econômica do país, como o atual, em-preender é assunto delicado. A fim de agregar conheci-mento, proporcionar a troca de informações e o comparti-lhamento de experiências de vida, o Centro da Indústria e Comércio de Bento Gonçalves (CIC-BG), convidou o presi-dente da Calçados Bibi, Mar-lin Kohlrausch, para expor as filosofias trabalhistas de sua empresa durante palestra-al-moço com o tema “Gestão de uma marca global de desejo”. No decorrer dos 50 minutos da palestra, o orador relatou dificuldades, desafios e con-quistas dos 67 anos de exis-tência da empresa.

Abordando temas como o mercado internacional, ges-

CRISTIAN

O M

IGO

N

Cristiano [email protected]

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Quarta-feira, 27 de abril de 20166 Geral

Uma fatalidade abalou a opi-nião pública nos últimos

15 dias. Considerado o dia mais quente dos últimos 132 anos, o domingo, 17 de abril, que atrai-ria a atenção de todos para a aprovação do impeachment na Câmara Federal, acabaria tam-bém com a morte de Astor, cão da raça Dobermann que há al-guns anos auxiliava na seguran-ça do Depósito da Rede Apolo de Bento Gonçalves, no Bairro Botafogo. Sua corrente, que sempre lhe permitira movimen-tar-se cerca de 300 metros pelo terreno, viria justamente nesse dia a se prender numa pedra por volta do meio-dia escaldante, após a sua refeição, expondo-o ao calor direto, longe de seu be-bedouro. A situação foi notada por um internauta que se apres-sou em bater fotos para postar nas redes sociais com inúmeros compartilhamentos. Depois, foi chamada a Brigada que teria orientado ligar para a patrulha ambiental. Quando, então, um vizinho ligou para o Apolo, o socorro veio com a gerência do supermercado e com o serviço veterinário, porém já era tarde. Astor chegou a ser socorrido, mas não sobreviveu. Segundo o laudo, o cão morreu vítima de congestão. Com 10 anos de idade, Astor tinha uma vida sau-dável e era querido por todos no supermercado. Naquele do-mingo, como faz regularmente, o diretor Antônio Longo havia passado pelo local no final da manhã e tudo estava em ordem. O incidente que vitimou Astor ocorreu, portanto, entre por vol-ta de meio-dia e 15 horas, perío-do de intervalo entre as quatro rondas do serviço de segurança do local naquele dia.

Logo a revolta tomou conta das redes sociais, acusando a empresa de maus tratos e de não contratar serviços de moni-toramento ao invés de delegar a um cão o serviço de vigia, com críticas também ao próprio ser-viço veterinário. Um ‘post’ che-gou a ser criado com os dizeres “Aqui nosso cachorro fica pre-so no sol até morrer de sede”, tentando mobilizar internautas para uma manifestação de pro-testo em frente ao Depósito do Apolo, no último sábado, que não ocorreu em função do mau tempo, e incitando a organiza-ção de um boicote às compras

Fatalidade que causou a morte do cão Astor no domingo, 17 e gerou protestos nas redes sociais marca o início da ação para

Reunião realizada com representantes de ONGs na segunda-feira, 25 onde a parceria foi debatida

Apolo reúne ONGs e propõe construçãoProteção aos animais

CRISTIAN

O M

IGO

N

no local. Funcionários da rede Apolo chegaram a ser ameaça-dos, chamados de assassinos e intimidados a não trabalhar mais na empresa.

No sábado, dia 23, pela ma-nhã, horário em que estava pre-vista a manifestação, a direção do Apolo abriu as portas do de-pósito para que os manifestan-tes pudessem entrar e verificar pessoalmente as condições do ocorrido e as instalações do canil da empresa, onde vivem mais três cães de grande porte, todos com idade superior a dez anos. A intenção do diretor, Antônio Cesa Longo, era não apenas de esclarecer a realida-de dos fatos como também de fazer com que a morte de Astor não fosse em vão, dispondo-se para que isso marcasse o início de uma construção coletiva em favor dos animais.

Como a manifestação acabou não acontecendo, o diretor da Rede Apolo procurou contatar as diversas ONGs ligadas à pro-teção dos animais, convidando--as para um encontro na segun-da-feira, 17 horas, no próprio Depósito. Duas entidades aco-lheram o convite e comparece-ram: Luciane Amaral da ONG Patas e Focinhos, e Márcia Manuel, da Associação de Vo-luntários Sou Um Grãozinho de Areia. No encontro também es-tiveram presentes o gerente do Depósito, Evandro Bombana, que atendera ao chamado para socorrer o Astor, Janir Santa-rosa e Airton Maso da equipe Apolo, além do editor do Jornal Semanário, Cristiano Migon e da diretora Ana Inês Facchin.

No encontro, o empresário e presidente da Associação Gaú-cha de Supermercadistas escla-receu os fatos com relação ao ocorrido e propôs uma cons-trução coletiva com a criação de uma associação que congregue as ações das ONGs de defesa dos animais, com o seu apoio.

Os animais não têm ódio

No encontro, Antonio Lon-go explicou que “a Rede Apolo tem 46 anos; uma mentira não duraria 46 anos. Nossa famí-lia tem uma empresa de cem anos de fundação, que doa 150 cadeiras de rodas por ano, aju-da milhares de pessoas todos

os meses. Nenhuma empre-sa se mantém por cem anos com mentira. O incidente que houve com nosso cão Astor foi um acidente e deve ser-vir para construirmos algu-ma coisa. Nós estivemos aqui no depósito no último sábado (23) de manhã pessoalmente para aguardar quem quises-se se manifestar, já que havia uma passeata marcada, enfim, mostramos nossa cara, os por-tões permaneceram abertos, e estamos aqui para construir. Os animais não têm ódio; só o homem tem. Penso que quem está na cabeça de ONGs tão importantes em prol dos ani-mais deve realmente estimular o bem dos animais e ter o cui-dado para não cometer erros de interpretação estimulando ódio, revolta, raiva, ações de quebra-quebra, porque nossos colaboradores, infelizmente, estão recebendo ameaças em nossas lojas, gente dizendo ‘vo-cês são assassinos, o que estão fazendo nessa empresa..’ Nós temos 400 colaboradores, as pessoas estão precisando tra-balhar, não têm que ficar re-cebendo ameaças por algo que a empresa assume, assumiu, ninguém aqui está querendo ocultar nada ou lavar as mãos; foi uma fatalidade o que acon-teceu com o Astor. Nós temos aqui no depósito um canil há 30 anos, em toda minha vida sempre tive cachorros com-

panheiros, tenho um cachor-ro no apartamento que viaja com minha família, meus pais também sempre tiveram, uma convivência que sempre sou-bemos ter com animais. Foi um acidente o que ocorreu mas algumas pessoas não querem saber, nem avaliar, nem racio-cinar, só extravasar uma re-volta que assusta, por um mo-mento de fama, pela curtida, que foi o problema maior desse animal e lhe custou a vida. Quan-do recebemos a ligação do vizi-nho da frente informando que o cachorro estava no pátio com a corrente presa, em dez minutos nosso gerente já estava aqui e não levou 20 minutos para virem dois veterinários, mesmo sendo um domingo, dia de votação do impeachment. Quando nosso gerente chegou, o Astor ainda estava vivo, foi caminhando até a sombra para beber a água. E ele não morreu de sede; o laudo comprova que ele teve congestão.

Estava bem alimentado, por volta do meio dia a corrente se prendeu numa pedra e ele per-maneceu pouco mais de duas horas no sol, mas era um sol escaldante do dia mais quente dos últimos 132 anos. Com isso teve congestão, inclusive foi envolto em uma toalha molha-da para baixar a temperatura, até criticaram nas redes sociais dizendo que ele tinha sido mal carregado quando na verdade a toalha era justamente para

essa finalidade. Ele foi medi-cado e tudo o mais na clínica; veio a falecer à noite. Era um animal grande, bem alimenta-do. Tinha uma guia de três me-tros presa a uma espia de mais de 50metros o que proporcio-nava a ele muito espaço para se movimentar mas justamente nesse dia uma pedra se tran-cou na argola da guia travando seu movimento. Nós tínhamos quatro cães em nosso canil do depósito, agora são três, que se revezavam, dois a dois em cada noite. E porque amarra-dos quando estão no pátio? Justamente para protegê-los e evitar que tivessem qualquer contato com pessoas através da cerca. Antes de termos a corrente, anos atrás, também tínhamos os cães soltos, algu-mas pessoas quando passavam ficavam provocando os cães, isso não só incomodava mui-to a vizinhança como também se tornava um perigo até que um dia aconteceu um caso, há uns 15 anos atrás, um sujeito passou com um cão pequeno e ficou instigando muito nosso cachorro que escalou a cerca e acabou matando o cão dele. Para evitar esse tipo de coisa, colocamos a espia e a corrente. Com ela nossos cães poderiam se locomover bastante, ir ao abrigo, beber água, se alimen-tar, sem se aproximar da cerca. Quem iria imaginar que um dia uma pedra iria trancar a cor-

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União de forças em prol da causa animal

Ato para evitar discursos de ódio

Astor faleceu de indigestão, após sua correte ficar travada a uma guia fixada no pátio do depósito

7GeralQuarta-feira, 27 de abril de 2016

Durante o encontro, An-tonio Longo colocou-se à disposição para auxiliar a causa animal de uma for-ma coletiva na comunida-de. “Acho que o momento é de uma construção junto com as ONGs. Assim como Caxias tem a Soama, que tem também suas limita-ções, nós queremos fazer parte de uma solução local para questões pertinentes à ação das ONGs . Não esta-mos aqui para tentar calar ninguém, não nos sentimos na condição de quem come-teu um crime, repito, o que houve foi uma fatalidade. Mas que dessa fatalidade se faça brotar algo bom, uma construção no campo da conscientização pela causa dos animais. Sempre tra-balhei em comunidade. Já participei de seis entidades bento-gonçalvenses, estou numa entidade estadual e em outra nacional, sei que é possível acrescentar, po-demos ser parceiros por exemplo para conseguir um terreno, mas não um local para colocar cente-nas de cães atados com uma corrente de um metro e meio como acontece em algumas cidades, por falta de alternativas melhores. Podemos também realizar um congresso ou um even-to de conscientização para a comunidade cuidar dos animais. Nós falhamos com

o Astor e sentimos muito porque ele era nosso amigo, mas não somos criminosos; vamos achar criminosos de fato. E a pessoa que ti-rou a sequência de fotos na minha opinião é também uma criminosa porque po-deria ter salvo o Astor mas preferiu bater fotos, pos-tar e compartilhar. Vejam que, como sou presidente da AGAS, no último verão programamos a campanha PET Day em todo o litoral com a carreta da AGAS tra-balhando na conscientiza-ção pelos cuidados com os animais pois todo mundo sabe que, depois da Rota do Sol e da RST 470, o li-toral é onde mais se aban-donam animais, principal-mente no final do verão. E nós fizemos essa campanha com mais de 1300 pessoas mobilizadas para a adoção com a campanha “Adotar é tudo de bom”. Se me im-porto com os animais dos outros, não iria me impor-tar com os meus? Podemos inclusive fazer um Pet Day aqui também, tanto que estive conversando com a diretoria da ExpoBento para trazermos a carreta da AGAS para cá durante a fei-ra, numa ação que poderia ser conjunta com ONGs lo-cais. Se as ONGs quiserem, para nós é fácil montar um evento, inclusive com pa-lestrantes”.

rente da forma que trancou? Fazem mais de 15 anos que utilizamos esse sistema com a espia e a corrente, nunca acon-teceu nada. Mesmo assim ago-ra vamos mudar, instalar uma cerca dupla como opção para podermos manter os cães sol-tos e evitar que uma fatalidade dessas se repita. Todos os nos-sos cães têm mais de 10 anos de idade e cão maltratado não

vive isso. Nossos cães vivem bem, sua ração é bem guarda-da, os canis são limpos, o ge-rente tem um cuidado especial com cada cão, é metódico com seus medicamentos quando há algum tratamento, a empresa investe mais de R$8mil por ano em veterinários para eles. E eles não estão aqui a traba-lho. Nós os consideramos como parte da nossa equipe, como

parte de nós, mas sua função não é fazer a guarda pois te-mos guardas, temos monitora-mento, câmeras, cerca elétrica, investimos mais de R$ 150mil por mês em segurança. Os cães estão conosco porque sempre estiveram, impõem respeito, são companheiros, alertam quando percebem algo estra-nho. Infelizmente a segurança em todo lugar é uma questão

preocupante e vai ser cada vez mais, a brigada vai reduzir em três mil homens a menos no nosso estado, a violência está aumentando... As pessoas que bateram fotos do nosso Astor sofrendo, se tivessem nos li-gado -o número do telefone está no portão- ou mesmo ti-vessem ligado a tempo para qualquer Apolo, poderíamos tê-lo salvo. Tanto que quando

um vizinho ligou, dez minutos depois o gerente já estava aqui. Até afirmaram num jornal que por mais de 20 vezes já teriam nos denunciado, já teriam vin-do aqui... ninguém veio. E que também não sei quantas vezes teriam entrado no nosso de-pósito para dar água aos ani-mais... como é que poderiam entrar? Temos guarda e tudo o mais, quem é que entra aqui?”.

Luciane Amaral, da ONG Patas e Focinhos, disse que “a nossa entidade não se manifes-tou sobre o assunto”. E ques-tionou: “mas por que o senhor não veio a público na imprensa explicar isso que o senhor está nos explicando? As pessoas não estão sabendo disso”.

Antonio Longo respondeu que não o fez porque “ninguém me pediu isso e nenhuma or-ganização ligou para nos pedir qualquer explicação. Só teve uma que postou lá “mande suas reclamações para antonio@ superapolo.com.br”. Eu recebi oito emails. E respondi os oito. E os oito me retornaram agra-decendo, amigavelmente. Mas sábado que vem não vamos mais estar aqui à disposição. Nós estivemos aqui no sábado passado, aguardando os possí-veis manifestantes, que não vie-ram, e depois convidamos to-das as ONGs para estarem aqui conosco nesse encontro para mostrar a verdade dos fatos”.

Márcia Manuel, da comuni-dade Grãozinho de Areia, ques-tionou sobre o tempo em que tudo aconteceu. “Existiu uma

sequência de fotos na internet, na qual primeiro parecia que o animal estava bem, na segunda já estava engatado, na terceira ele estava arfando bem cansa-do, na quarta foto ele já estava totalmente exausto, no chão, e na quinta foto aparece com a veterinária recolhendo-o. Quanto tempo isso durou?”

“Quando essa pessoa tirou a primeira foto”- respondeu Longo - “ela viu que ele já es-tava trancado. Viu que o cão estava bem, mas com a corren-te já presa. Eu tinha passado aqui pela manhã, por volta de 10h35min, então foi depois de eu ter saído. Ele se prendeu por volta do meio-dia. Agora veja a maldade dessa pessoa que tirou as fotos. Ela não ia tirar uma foto se ele estivesse normal, portanto tirou quando ele já estava amarrado. Aí ficou esperando, bateu outra foto. Esperou de novo, bateu outra. Por que ela não nos avisou, se viu? O vizinho da frente avi-sou quando viu, pouco depois de 14h30min, e dez minutos depois o nosso gerente estava aqui. Eu não sabia da existên-

cia dessa sequência de fotos, não acompanhei tudo que cir-culou nas redes sociais, mas agora percebo que essa pessoa que fotografou fez mais malda-de ainda, pois poderia ter salvo o Astor. Essa pessoa tem que ser processada”.

Márcia Manuel explicou que “inclusive a gente sabe, eu es-tou ligada diretamente, através de um deputado, à constituição federal. E a Lei preconiza que qualquer pessoa pode intervir em qualquer domicilio alheio se for para salvar uma vida, seja de um animal ou pessoa. E conse-quentemente, essa pessoa, não tendo tomado atitude, deve ser leiga na Lei. Teria tentado ligar para a Brigada que não atendeu dizendo que seria de competên-cia da vigilância ambiental que também não aconteceu; a Se-cretaria do Meio Ambiente não atende no final de semana, exis-te um 0800 da prefeitura que também não atende no final de semana, então até alguém ligar para vocês deve ter existido um impasse de tempo, e aconteceu a fatalidade do cão estar na-quela condição”.

coletiva em torno da causa na comunidade criar uma entidade que congregue as ongs, podendo realizar inclusive um Pet Day na Expobento com a carreta da AGAS

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Quarta-feira, 27 de abril de 20168 Geral

A Veterinária Rosangela Nicolaiou, Diretora da Clí-nica Polivete, que atendeu ao chamado para socorrer o cão Astor, questiona a postura hostil que algumas pessoas adotaram nas re-des sociais diante do epi-sódio. “Nós atendemos ao chamado no domingo à tarde e tentamos socor-rer o Astor. Temos feito o acompanhamento dos qua-tro cães que vivem no local, agora três, infelizmente o Astor não sobreviveu. Os animais sempre foram bem atendidos e bem tratados. O que ocorreu foi uma fa-talidade, as pessoas pre-cisam entender isso. Mas algumas pessoas na inter-net chegaram a acusar até nós, veterinários, de coisas

absurdas que nem vale a pena citar. Minha família está chocada, sempre pro-curamos atender e auxiliar quando fomos solicitados. Mas é importante que se diga que no dia seguinte à morte do Astor um cidadão deu uma paulada na cabeça de uma cadela grávida e a jogou numa lixeira no bair-ro Municipal. O pau tinha um prego na ponta que en-trou na cabeça do animal. Os moradores chegaram a ligar para diversas ONGs pedindo ajuda, mas nin-guém os atendeu. Ninguém foi lá socorrer. O cão foi trazido até nossa clínica e nós estamos aqui, tentando salvar este animal também, como temos feito em tantas ocasiões”, desabafou.

“Na verdade”- acrescentou Márcia Manuel durante o en-contro das ONGs com a di-reção da Rede Apolo- “ o que nós estamos implorando na comunidade, mas imploran-do mesmo há muito tempo, é quanto à omissão por parte da prefeitura em castrar ani-mais de rua. Por que temos tantos animais na rua? Por-que não existe uma castração adequada em Bento, dentro do período de cio das cadelas, e datas. Aí decorre todo esse abandono de animais e nós correndo atrás. Se nós, ONGs, protetores, não recolhermos esses animais e lhes dermos um destino, o que vai aconte-cer com eles? Eles vão estar na rua ou acorrentados no fundo de uma casa. Infelizmente é esse o destino dos animais”.

“Então, um evento desses pode ser nesse sentido”, argu-mentou Longo, “buscando a conscientização e a mobiliza-ção em torno da solução desse problema. Como é resolvido nos países desenvolvidos? Po-demos aprender, adequar e tentar implantar soluções”.

Ao final do encontro, Már-cia Manuel disse que “de mi-nha parte, agradeço por esta pequena entidade da qual eu faço parte poder estar ouvindo as duas versões dos fatos. Por-

Luta pela responsabilidade e castração de animais de rua

Márcia Manuel entende que a comunidade precisa de um castramóvel

Veterinária questiona postura de internautas

que no momento em que se ouve só uma versão, uma vír-gula faz a diferença na frase. Ouvindo duas versões e obser-vando o local a gente imagina o que pode ter acontecido com ele. Acredito que é exatamen-te isso. Tem a parte ruim, de que o animal infelizmente foi

a óbito, mas tem a parte boa de que vocês estão abertos, estão aqui explicando, sempre tiveram animais e pudemos constatar que estão bem cui-dados, não estariam assim se não o fossem. A infelicidade é do fato distorcido e da sequên-cia das fotos. Isso eu acredito

que foi um marco para incen-diar tudo o que aconteceu; é prato cheio. Ainda mais para quem vê de fora. Tanto que nossa entidade também não se manifestou. Eu vi na in-ternet no domingo, e quando olhei, pensei, ‘meu Deus, não pode ser que tenha acontecido isso’. Pela sequência das fotos, parecia que tudo tinha levado muito tempo. Mas vendo o que aconteceu e considerando o horário, que foi num horário de sol direto, com o calor que havia naquele dia, realmente o animal não iria aguentar mais do que poucas horas. Conside-ro muito ético da parte da di-reção do Apolo em chamar as entidades para verem os dois lados da questão. Embora o local ainda não seja um lugar idealmente seguro, precisa de melhorias, a corrente real-mente era o que dava ao cão uma certa segurança. Se fo-rem feitas as adequações com cerca dupla, como está sendo proposto, permitindo que os cães possam se movimentar livremente no local, certa-mente vai ficar muito melhor. Não penso que se deva, como chegou a ser comentado, tirar os animais dali. E a colocação de que os cães fazem parte do quadro de funcionários, penso que foi mal interpre-

tada também. Considero bem importante a posição da em-presa de se colocar à disposi-ção das entidades, um apoio é sempre bem vindo, e digo isso porque pouco antes des-se encontro eu estava reunida com o Secretário Municipal do Meio Ambiente e saí de lá frustradíssima. Não esperava que a prefeitura tivesse um posicionamento tão inflexível diante das demandas, trans-ferindo todas as responsabi-lidades para a Brigada Am-biental, comodamente. Nossa entidade luta pela castração e posse responsável, então gostaríamos também que a comunidade pudesse ter um castramóvel. Sabemos que não conseguiremos isso via prefeitura”, desabafou.

Márcia Manuel também ar-gumentou sobre a necessidade de ser ampliada a campanha de conscientização na rede escolar municipal para alu-nos de quinta a oitava séries. Atualmente é feita somente para alunos do jardim da in-fância até a quarta série. “Na escola onde leciono, eu mes-ma fiz a campanha de cons-cientização para os alunos da 5º à 8º série e o resultado foi muito positivo, poderia servir de referência para ser aplicada em toda a rede”, sugeriu.

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Ariane Borges fez a vacina, pois ganhou seu filho há cerca de 30 dias e se enquadra no grupo prioritário

Aumento na procura esgota vacinas Enquanto na rede pública de saúde restam 1.500 doses, a rede particular disponibiliza as últimas unidades do estoque

9GeralQuarta-feira, 27 de abril de 2016

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Caiani [email protected]

Imunização

As vacinas para gripe come-çam a se esgotar nos labo-

ratórios e clínicas particulares da Capital do Vinho. A principal causa é a circulação antecipada do vírus H1N1, que registrou 18 mortes no Rio Grande do Sul, assim como o surto da doença que atingiu São Paulo, fazendo com que o estado comprasse o maior número de doses dispo-níveis para a rede particular. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), em dois dias de campa-nha, foram distribuídas 14 mil vacinas, até ontem, 26, haviam 1.500 doses disponíveis para a população que se enquadra no grupo de risco. De acordo com o diretor da Clínica de Vacinação Vaccina-re, Diego Sopelsa, mesmo com a campanha da rede particular tendo iniciado antes do que a pública, a demanda pela imu-nização está surpreendendo. “Renovamos o estoque aproxi-madamente cinco vezes, com vacinas de três laboratórios que são nossos fornecedores. Este ano está fora de controle devido ao que vem acontecendo, todos esses casos diagnosticados, es-tão muito acima das nossas ex-pectativas. Outro problema para a falta das vacinas é que o estado de São Paulo, por ter tido um surto de H1N1, consumiu com uma grande fatia de vacinas que iria para o mercado restante do país”explica Sopelsa. O diretor afirma, ainda, que

na clínica já foram disponibi-lizadas cerca de 5 mil doses. “Atendemos pessoas de todas as regiões, principalmente de Caxias do Sul, lá aparentemente não há mais vacinas há venda. Depois que esse lote se esgotar a vacinação aqui na clínica acaba, pois não há mais no mercado. Infelizmente não temos como medir o número de doses que precisaremos, quando acabar o estoque as pessoas ficarão sem a imunização e só temos ainda a tetravalente, que protege contra H1N1, H3N2 e B, (na linhagem

Yamagata) e inclui a proteção contra mais uma cepa do vírus B (linhagem Victoria)”, declara. O profissional explica que não há possibilidade de encomendar mais doses, pois a vacina come-ça a ser produzida no mínimo quatro meses antes do início da campanha. “Há todo um proces-so de importação e da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS), liberar a vacina para o país, a Anvisa autorizar e avaliar se ela está dentro do padrão adequa-do, isso demanda tempo, então o laboratório quando produz o

remédio estipula o número de doses e quando essas vacinas se esgotam não há o que fazer”, es-clarece Sopelsa.

Imunização na rede pública

Em apenas dois dias de cam-panha a rede pública de saúde já utilizou 89% das doses de vacinas em Bento Gonçalves. Segundo o Enfermeiro res-ponsável pelo setor de imuni-zações da Secretaria Munici-pal de Saúde (SMS) Maiquel

Manfredini, havia 14 mil vaci-nas para imunizar as pessoas do grupo de risco. Até ontem, 26, restavam 1.500 doses para serem distribuídas entre as UBSs. “Hoje, distribuiremos o restante e quando elas esti-verem finalizadas pediremos para a Coordenadoria de Ca-xias do Sul nos enviar mais 14 mil vacinas”, explica.

Só na unidade do Licorsul, no primeiro dia da campanha, foram aplicadas 500 doses e de acordo com a enfermeira che-fe, Nívea Zortea, a tendência é continuar assim. “Aqui temos mais vacinas aplicadas porque é fácil de estacionar na frente do posto e, também, o pessoal está com medo, pois tivemos muitos casos registrados no Estado. Este ano a expectativa é de atingirmos a meta de va-cinação, como nas outras edi-ções”, declara. Na rede pública só serão vacinadas as pessoas que se enquadram no grupo prioritário, como idosos a par-tir de 60 anos, profissionais de saúde, doentes crônicos além de mulheres até 45 dias após o parto. É o caso da Ariane Borges, 25 anos, que é puérpera e se tam-bém se enquadra no grupo de ris-co, para ela a imunização tem um motivo especial. “Eu ganhei bebê faz 30 dias, então preciso me cuidar pois meu filho precisa de mim, não posso correr o risco de ficar doente e colocá-lo em risco. Caso não pudesse vir no posto eu com certeza pagaria pela vacina na rede particular”, finaliza.

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Quarta-feira, 27 de abril de 201610 Bairros

Licorsul

Água invade residências e causa estragosIsrael Sebben, morador da rua Claudio Provenci, teve a casa inundada na segunda-feira em virtude de obra inacabada

Cleunice [email protected]

Os alagamentos, problemas recorrentes das fortes chu-

vas e da grande quantidade de água que avança pelas redes de esgoto do município, causaram novos estragos na noite de do-mingo, 24, e segunda-feira, 25. As datas marcaram momentos de angústia vividos por mora-dores do bairro Licorsul. De acordo com o relato dos locais, há cerca de um mês, um bura-co foi aberto para solucionar um problema da parte alta do bairro, entretanto, a obra ina-cabada acabou sendo entupi-da pela sujeira.

A primeira situação já havia ocorrido na noite de domingo, quando a residência de uma vizinha também foi alagada. Sebben, que teve parte de sua residência alagada na noite de segunda, auxiliou, acreditando que o problema tivesse sido re-solvido. “No domingo, parte da galeria foi entupida devido à um tronco de árvore. Uma equipe da Prefeitura veio, retirou, des-ta forma liberando a passagem e achamos que a situação estava resolvida”, comenta.

Mas o cenário se repetiu na noite subsequente. Desta vez não somente a casa da vizinha

Israel Sebben foi um dos atingidos pela água que transbordou de galeria que estava trancada no Licorsul

FOTO

S CLEUN

ICE PELLENZ

Marcas permanecem na parede e portões da residência de Sebben

foi inundada, mas a dele tam-bém. “Na segunda soubemos por meio da Prefeitura que outra parte da galeria havia apresentado problema. Parece que entupiu e estourou em dois lugares na rua e a água verteu. Como não tinha para onde ser escoda, ela acabou invadindo a minha residência”, relata. Todos os cômodos da casa,

incluindo o quarto do filho de um ano, ficaram com água em torno de 10 cm. Nas paredes, o sinal que ele gostaria de es-quecer. “A garagem e a área ex-terna da casa ficaram com uma média de 30 a 40 cm de água. Quando vi que estava invadin-do a casa providenciei umas toalhas e até coloquei uma pedra na porta para conter a

Parte da rua está interditada devido aos problemas recorrentes da chuva

invasão. Infelizmente o pouco que entrou molhou os móveis que agora estão começando a se deteriorar”, lamenta.

A madrugada e a manhã de terça-feira, 26, foram de lim-peza na casa de Sebben, que la-mentou o acontecido. “Muitas vezes, em dias de chuva, nem dormimos esperando o que pode acontecer”, ressalta.

Enquanto olha para o céu es-perando que o tempo melhore e que as obras de reconstrução iniciem, Sebben acredita em dias melhores e que uma pro-vidência será tomada o mais breve possível. “O secretário Sérgio Gabrielli nos informou que vai tentar solucionar o problema e desobstruir a tu-bulação para que a água tenha pasagem, pois se não resolver e chover de novo, vai aconte-cer novamente. Sabemos que tudo depende do tempo, pos-sivelmente não conseguem trabalhar esta semana, mas esperamos que quando o sol aparecer o problema seja so-lucionado”, finaliza.

Problema deve ser resolvido

O secretário de Viação e Obras Públicas (Smovp) Sérgio Gabrielli comenta a situação e frisa que uma solução definiti-va será tomada. “No domingo, 24, ocorreu a primeira situação. Nos deslocamos e abrimos uma caixa de passagem que estava interrompida. Na segunda--feira, 25, voltou a ocorrer o problema em outra parte. Es-tivemos no local, interditamos parte da rua para maior segu-rança e conversamos com os moradores”, frisa.

O titular da pasta relata que um projeto deve ser realiza-do para solucionar a questão. “Avaliamos o local e pretende-mos solucionar o problema de forma definitiva. Vamos fazer um projeto para que seja pos-sível solucionar o problema o mais rápido possível, mas cla-ro que dependemos do tempo para que isso seja realizado”, pontua. Ainda não há uma pre-visão de quanto será gasto com a obra na localidade. Segundo Gabrielli, somente quando o projeto estiver finalizado será orçado o valor.

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GeralQuarta-feira, 27 de abril de 2016 11

De acordo com Lunelli, o apontamento do TCE tem como base um contrato firma-do na época, considerado irre-gular pelo órgão regulador, que ainda é utilizado atualmente pela administração. Segundo o ex-prefeito, o documento foi alterado para sustentar um va-lor maior que o utilizado em sua gestão e com o dobro de pessoas contratadas.

O TCE-RS recomendou, no desembargo, que a atual gestão adotasse medidas para corrigir as inconformidades apontadas no relatório, que serão objeto de verificação em futura au-ditoria. As inadequações de-tectadas na inspeção especial serão consideradas na análise das contas referentes aos exer-cícios de 2011 e 2012 do Execu-tivo Municipal. A decisão não é definitiva, cabendSegundo o advogado de Lunelli, Aloísio Zimmer, O julgamento do TCE

não tem caráter definitivo, res-tando ainda muitas instâncias nessa discussão. Não significa rejeição das contas do Prefeito e de maneira nenhuma impe-de a sua participação política, inclusive candidatura, nas elei-ções deste ano. A defesa pre-tende recorrer da decisão do Tribunal nos próximos dias.

O ex-prefeito já havia sido alvo em outra apuração do TCE. Em outubro de 2015, o órgão decidiu que Lunelli de-veria devolver R$ 870 mil aos cofres públicos municipais. O relator da inspeção, entendeu que não havia comprovação al-guma de que a Fundação Uni-versitária José Bonifácio pres-tou o serviço à prefeitura. Em 2010, a empresa teria recebido dinheiro do Poder Público para fazer a elaboração de estudo referente a processos de licita-ção. O processo ainda está em tramitação no TCE.

Tribunal impôs multa de R$ 1,5 mil ao gestor, valor máxi-mo previsto em Lei Estadual, por inobservância das normas de administração financeira e orçamentária.

De acordo com o documen-to, o relator destaca paga-mentos em duplicidade feitos à empresa CCS Serviços Ter-ceirizados, uma a alteração dos valores dos contratos com a CCS e com a Arki Assessoria e Serviços realizados de ma-neira informal e sem base le-gal e o pagamento de taxa de administração em valor supe-rior ao devido para a Funda-ção Araucária.

Já quanto ao contrato firmado com a Fundação Araucária, foi constatado o pagamento de taxa de admi-nistração em valor superior ao devido, bem como, em ve-rificação in loco, foi apurado que as fichas-ponto, além de estarem pré-assinadas, inclu-sive atestando a realização de horas extras, foram firmadas por empregados que já não prestavam serviços, sendo importante destacar que só

no exercício de 2012, o mon-tante gasto com horas extras dos empregados alocados pela Fundação Araucária, to-talizou R$ 1,4 milhão aos co-fres da municipalidade.

O relatório aponta diversas irregularidades encontradas no último ano da gestão de Roberto Lunelli à frente da prefeitura de Bento, como fa-vorecimento a uma empresa na contratação e locação de um sistema de informática, a imposição de obstáculos ao

controle interno, afastamento de servidor concursado sem motivo e omissão e negligên-cia na apuração de irregulari-dades, o que resultou no des-vio de R$ 364 mil e em uma dívida de R$ 17,3 milhões além do pagamento de R$ 870 mil por serviços não realiza-dos, e pagamentos em dupli-cidade, realização de despesas sem empenho e outras irregu-laridades que provocaram um prejuízo de R$ 6,6 milhões.

De acordo com o voto do re-

lator “os autos retratam uma série de irregularidades no Poder Executivo Municipal de Bento Gonçalves nos exercí-cios de 2011 e 2012, todas de natureza grave, inclusive com desvios de recursos públicos, com o pagamento a empresas que não mantiveram qualquer relação comercial com o Exe-cutivo, sendo essas empresas utilizadas apenas para o des-vio de dinheiro, consoante descrito em itens do Relatório de Auditoria”.

O caso das contas públicas do ex-prefeito Roberto

Lunelli (PT), em análise des-de 2013 pelo Tribunal de Con-tas do Estado (TCE), recebeu andamento. Em sessão da 1ª Câmara da última terça-feira (19), o tribunal apresentou o resultado de inspeção espe-cial realizada na Prefeitura de Bento Gonçalves. Seguindo o voto do relator, conselheiro substituto Alexandre Mariot-ti, a Corte decidiu que, frente às irregularidades encontradas pela equipe de auditoria do TCE-RS no Executivo Muni-cipal, Lunelli terá de retornar aos cofres públicos a quantia de R$ 2.6 milhões, referentes à possíveis irregularidades cons-tatadas durante seu mandato.

O montante é relativo a pa-gamento cuja contrapresta-ção não restou comprovada, inconformidades em serviços terceirizados, taxa de admi-nistração em valor superior ao devido e prejuízos relacio-nados a obras. Além disso, o

Relatório não tem caráter definitivo, cabendo recurso e não implicando na rejeição das contas ou impedimento de candidatura

Roberto Lunelli pretende recorrer da decisão do Tribunal de Contas do Estado nos próximos 30 dias

Parecer sugere devolução de R$ 2,6 milhõesRoberto Lunelli

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Cristiano [email protected]

Contrato irregular ainda estaria em uso pela Prefeitura

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Quarta-feira, 27 de abril de 201612 Esporte

Metro-Serra

BGF disputa a terceira colocação na competição

Cleunice [email protected]

Time enfrenta a Afusca hoje, a partir das 19h30min, no ginásio municipal

Não deu para o Bento Gon-çalves Futsal (BGF). A

equipe buscava o bicampeo-nato na II Copa Metro-Serra, mas foi superada pelos adver-sários e vai em busca da tercei-ra colocação na competição. O confronto com a Afusca, de Cachoeirinha, ocorre hoje no Ginásio Municipal de Espor-tes. A final será entre Guaíba e Juventude. Os jogos decisi-vos iniciam às 19h30min e os

ingressos estão à venda no lo-cal da partida.

O time da Capital do Vinho foi derrotado por 5 a 3 para a Associação Guaibense de Fut-sal (AGF) de Guaíba no sába-do, 23, em Caxias do Sul. No primeiro tempo, a AGF saiu na frente logo nos primeiros segundos, aproveitando a de-satenção da equipe de Bento Gonçalves. Rafinha marcou aos 15 segundos de jogo. O segundo gol do AGF veio aos 3 minutos com Marquinhos Carioca. A reação dos bento-

Premiação

Atletas participam de corrida em Arroio do Sal

Os bento-gonçalvenses Fá-bio Roman Zandonai e Sirlésio Carboni Junior participaram no sábado, 23, da Corrida Trail Run. A atividade foi realizada no Parque Floresta Tupancy, em Arroio do Sal. Zandonai ficou com a terceira colocação na prova dos 12km, e Carboni conquistou o quarto lugar na prova dos 24km.

Os atletas poderiam optar por fazer a corrida de 12 ou 24 Km, sendo premiados os 5 primeiros colocados ge-rais femininos e masculinos de cada prova. A disputa foi realizada no Parque Natural Tupancy, município de Arroio do Sal. É uma reserva flores-

tal intacta no Litoral Norte, onde preserva a fauna e flora do litoral.

Sobre a corrida: A corrida, diferentemente das realizadas nas ruas em cidades, é uma corrida Trail Run, fora do am-biente urbano, em ambientes naturais e isolados, onde ba-sicamente o percurso desta corrida foi em meio às dunas e trilhas. De acordo com Zan-donai, houve dificuldades na prova, mas que foram supera-das. “Tivemos empecilhos por serem algumas dunas médias, outras elevadas. Houve trilhas com rebaixamento, alagadas, single track e áreas com desní-veis”, destaca.

Sirlésio Carboni Junior e Fábio Zandonai conquistaram o 4º e 3º lugares

Rúgbi

Jogo do time Juvenil M19 do Farrapos é transferido

Dois jogos que seriam dis-putados no domingo, 24, pelo Campeonato Gaúcho Juvenil de Rugby (M19) foram cance-lados. Um deles era entre Far-rapos e San Diego, que seria realizado no domingo, 24, em Porto Alegre. Ainda não há data definida para a realização dos confrontos. Outro confronto da primeira divisão, entre Caxias e Charrua, de Porto Alegre, tam-bém será remarcado.

As demais partidas da mo-dalidade foram realizados. Serra Rugby e o Brummers venceram seus adversários pela segunda rodada no do-mingo, 24. O Serra ganhou por 5 a 0 do Centauros, em jogo equilibrado disputado

-gonçalvenses veio em seguida, com David e Araça.

No início do segundo tempo, Giovani balançou a rede para o Guaíba logo nos primeiros segundos. O gol deixou os jo-gadores do time da Capital do Vinho nervosos na partida: em dois minutos, duas faltas. Até aí o BGF já acumulava cartão amarelo para André, Kevin e Araça. Aos 9 minutos, Araça foi expulso. O Guaíba aproveitou a vantagem e marcou com Xan-de. Mas em uma investida do BGF, o Guaíba roubou a bola e marcou o quinto, novamen-te com Xande. O desconto no placar foi com Davi, faltando 1 minuto para o final da partida.

Sub-17

O Bento Gonçalves Futsal (BGF) realizou a avaliação de atletas da categoria sub-17 no sábado, 23. Ao todo, 15 atle-tas foram pré-selecionados de um total de 71 com o intuito de formar o grupo que disputa o Campeonato Estadual da mo-dalidade. Os pré-selecionados devem se apresentar no Giná-sio Municipal na quinta-feira, às 13h30min para mais deta-lhes e treino.

Judô

Jogo entre AGF e BFG aconteceu no sábado, 23, em Caxias do Sul

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Physio é vice-campeã da Supercopaem Estrela. Brummers venceu a equipe Arlequines, do Uru-guai, em Rivera, com placar de 10 a 0.

Campeonato Gaúcho

No sábado, 23, iniciou a quarta rodada pela segunda divisão do Campeonato Gaú-cho. O Caxias Rugby derrotou o Antíqua, de Pelotas, pelo placar de 39 a 10. Também pela segunda divisão, o Uni-versitário de Santa Maria ven-ceu o Planalto, de Passo Fundo por 38 a 15. No domingo, 24, o Chuy, de Chuí, foi derrotado pelo Guasca, de Porto Alegre, em Viamão, com placar de 44 a 0 para o Guasca.

Mais de 40 atletas da Phy-sio Judô participaram da Supercopa Santa Maria, no sábado, 23. A competição, válida pela terceira etapa do Campeonato Estadual, consa-grou a equipe bento-gonçal-vense como vice-campeã da Divisão de Acesso, categoria da Federação Gaúcha de Judô para atletas da faixa branca até amarela. Os bento-gon-çalvenses foram superados apenas pelo Projeto Vitória, seguido pela Unisc, Phenix Judô e Judokai.

Pela divisão principal a Phy-sio ficou com a oitava coloca-ção e o campeão foi o Grêmio Náutico União. A próxima eta-pa do Circuito Estadual acon-tece em Porto Alegre no mês

de maio. O técnico da equipe Physio, sensei André Oliveira comenta sobre a participação dos atletas de Bento Gonçal-ves em Santa Maria. “A Super-

copa teve uma participação muito grande. Foram mais de 600 atletas inscritos. Posso dizer que os nossos resultados foram satisfatórios”, conclui.

Atletas participaram da competição no sábado, 23, em Santa Maria

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Quarta-feira, 27 de abril de 2016 13Esporte

Divisão de Acesso

Reforços chegam para segunda faseUm zagueiro e um centroavante foram contratados pelo Esportivo para a nova etapa da competição que inicia dia 4 de maio

Cleunice [email protected]

O Esportivo está classificado para a segunda fase da Di-

visão de Acesso do Campeona-to Gaúcho. E para conquistar mais pontos e finalizar a pri-meira fase da competição no topo da tabela, o Alviazul en-frenta o Caxias hoje, às 20h, no Estádio Centenário. O Grená é o primeiro colocado do Grupo B, com 26 pontos. O Clube da Capital do Vinho é o quarto colocado, com 19 pontos. De acordo com a Federação Gaú-cha de Futebol a data do início da segunda fase da Divisão de

Juventude e Inter disputam a finalGauchão

Um representante da Serra Gaúcha pode se tornar o Cam-peão Gaúcho de 2016. O Juven-tude, de Caxias do Sul, vai em busca do título do Gauchão, conquistado anteriormente em 1998. O Verdão, como é conhe-cido, e o Internacional começam a decidir o título no domingo, 1º de maio, no estádio Alfredo Jaconi. A partida de volta será no dia 8, no Beira-Rio. Os times já se enfrentaram em 2008 pela competição, e a equipe da Capi-tal levou a melhor.

O time porto-alegrense é o atual detentor do título e pen-tacampeão. Já a última final da equipe caxiense foi em 2008, jogando com o colorado, con-quistando o vice-campeonato.

Os times chegaram à final após uma longa trajetória ini-ciada no final de janeiro. Na semifinal, o Internacional eli-minou o São José no sábado,

23, vencendo por 1 a 0. No pri-meiro jogo, as equipes haviam empatado em 0 a 0. A outra semifinal foi disputada entre Grêmio e Juventude. Na pri-meira partida, o Verdão venceu por 2 a 0. Na segunda partida, mesmo perdendo por 3 a 1, o

time de Caxias do Sul garantiu a vaga na final da competição. As equipes restantes serão orde-nadas na forma decrescente do maior a menor pontuação obti-da na soma dos pontos de todas as partidas, definindo, assim a classificação participantes.

Libertadores do Nordeste

Grêmio de Tuiuty perde a liderança para o Ferroviário

O feriado foi movimenta-do da região com a disputa da quinta rodada da Copa Liber-tadores do Nordeste. No sába-do, 23, o Gremio Tuiuty viajou para Nova Pádua e perdeu para o Ferroviário pelo placar de 6 a 1. O gol da equipe bento--gonçalvense foi marcado por Ilair. Já para o time Paduense marcaram Joceir (3), Tiago, Taiwan e João Cleber.

A rodada iniciou na quinta--feira, 21, quando Paranaguá e Independente se enfrentaram em Flores da Cunha. O Parana-guá venceu por 3 a 1 e assumiu a vice-liderança da competição. Giovani (2) e Luandrio marca-ram para o time de Nova Roma do Sul, e Barcaro balançou a rede para o Independente.

Já no domingo, 24, o Cava-leiros venceu o Canelada por

5 a 4. Fabinho(2), Jean, Alis-son e Marcel marcaram para a equipe do Cavaleiros. Para o Canelada Gilnei(2), Choco e Tatu balançaram a rede.

O próximo jogo dos bento--gonçalvenses é no domingo, 1º de maio, às 15h30min. O time da Capital do Vinho recebe o Independente pela sexta roda-da da competição. Também jo-gam, no mesmo horário, Cava-leiros e Progresso em Vacaria, e em São Marcos se enfrentam Canelada e Ferroviário. A equi-pe do Paranaguá folga nesta etapa da competição.

Os artilheiros são quatro até o momento. Joceir do Ferro-viário lidera com 8 gols, na se-quência Giovani do paranaguá com 6 e Emerson do Canelada e Maidana do Gremio Tuiuty com 2 gols cada.

Acesso está agendada para a quarta-feira, 4 de maio.

As equipes já se enfrentaram no dia 16 de março, pela se-gunda rodada do campeonato. Por se tratar do primeiro jogo em casa, o torcedor apoiou a equipe e mais de duas mil pes-soas compareceram ao Par-que Esportivo Montanha dos Vinhedos para acompanhar o famoso Clássico da Polenta. O time bento-gonçalvense per-deu pelo placar de 2 a 0.

Para auxiliar a equipe da Ca-pital do Vinho, mais dois refor-ços foram anunciados. Carlos Ricardo Ribeiro Farias, conhe-cido como Carlão, é zagueiro

Tabela Grupo B

Time Pontos Jogos Vitórias Empates DerrotasSaldo

de gols

Caxias 26 12 8 2 2 20São Luiz 19 12 5 4 3 2U.Frederiquense 19 12 5 4 3 1Esportivo 19 12 4 7 1 7Tupi 18 12 4 6 2 3Panambi 10 12 2 4 6 -4Santo Ângelo 10 12 2 4 6 -14Marau 6 12 1 3 8 -15

de 25 anos, 1,87m de altura, 86 quilos. Natural de Porto Ale-gre, disputou o Gauchão des-te ano pelo Cruzeiro. O outro atleta é Márcio Alves dos San-tos, o Telê, centroavante de 26 anos, 1,86 de altura, 82 quilos, natural de Dom Pedrito e seu último Clube foi o São Cristó-vão do Rio de Janeiro.

De acordo com o técnico Ba-

dico, a segunda fase do cam-peonato inicia e a equipe deve estar em harmonia. “O zaguei-ro Carlão é uma necessidade que precisava ser sanada e o centroavante Telê chega para suprir neste momento em que Luan está em recupera-ção. Precisamos estar com um plantel coeso neste início de segunda fase”, destaca.

Equipes tiveram a melhor campanha no Campeonato Gaúcho de 2016

RICARD

O D

UARTE, D

IVULG

AÇÃ

O

Empate contra o Tupi

Pela décima segunda roda-da da competição, o Esporti-vo enfrentou o Tupi na tarde de domingo, 24 no Parque Esportivo Montanha dos Vi-nhedos e empatou em 0 a 0. Com muita chuva e o campo pesado, as equipes não conse-guiram abrir placar.

Centroavante Telê e zagueiro Carlão estão à disposição do técnico Badico para a disputa da Divisão de Acesso

CLEUN

ICE PELLENZ

Page 14: 27/04/2016 - Jornal Semanário - Edição 3.227

Segurança Quarta-feira, 27 de abril de 201614

Compra pela internet

Mãe recebe pedras no lugar de celularClara de Souza pretendia aproveitar o conforto da tecnologia para presentear o filho, porém teve duas infelizes surpresas

Leonardo [email protected]

Parece aquelas histórias que são virais nas redes sociais,

porém aconteceu em Bento Gonçalves. A assistente social Clara de Souza, 54 anos, com-prou um celular para o filho Pietro pelo site da empresa Samsung. Porém, ao abrir a cai-xa entregue pelo correio, rece-beu uma pedra. Após reclamar, conseguiu o reenvio do produ-to. Porém, três semanas depois, o novo pacote chegou com ou-tra pedra. O produto, finalmen-te, chegou nesta segunda-feira, 25, mas o estresse sofrido pela família deixa o alerta.

A decisão de comprar o ce-lular ocorreu ainda em março, como presente de aniversário para o filho, que completará 25 em 19 de maio. “O dele está muito ruim, sem conseguir ligar ou falar direito. Precisava um novo, afinal ele trabalha e estu-da em Porto Alegre. Combina-mos de dar este que era lança-mento da Samsung, que pode molhar entre outros atrativos. Este modelo não tinha nas lo-jas ainda, por isso optamos por comprar pelo site, onde a en-trega seria mais rápida e vinha com um óculos tecnológico de brinde”, explica Clara.

A primeira surpresa foi em 31 de março, quando o pacote trou-xe a caixa do modelo Samsung Galaxy com uma pedra escura dentro. “Fui eu quem recebi e desconfiei do peso do pacote. Decidimos verificar. Ele estava todo lacrado, mas quando abri-

Clara não pretente mais comprar pela internet, pois “perdeu todo o conforto e as vantagens divulgados”

LEON

ARD

O LO

PES

mos era só uma pedra dentro da embalagem”, relata o marido Pedro de Souza, 56 anos.

O casal entrou em contato imediatamente com os Cor-reios e a Samsung. Um repre-sentante do serviço de entrega foi até a residência do bairro Glória e constatou o fato e le-vou o pacote junto com a pe-dra. “A Samsung pediu as fo-tos do que foi entregue e um tempo para verificar com a transportadora, procurar onde aconteceu o problema. Por lá, eles decidiram autorizar o re-

faturamento e encaminharam, um novo celular, com previsão de chegada em três semanas”, relembra Clara.

Segunda entregafoi filmada

Em 19 de abril, o carteiro tocou a campainha da famí-lia Souza. Ressabiado, o casal chamou o filho mais novo para filmar a abertura do pacote e convidou o entregador para acompanhar o processo. “Foi um senhor muito simpático

que colaborou e presenciou quando abrimos. Mais uma pedra. A mesma embalagem, tudo igual, só com o lacre da caixa do celular violado. Desta vez foi um pouco melhor, pois foi uma pedra de mármore”, relembra Clara. O vídeo da entrega pode ser conferido no www.jornalsemanário.com.br.

Após o ocorrido, Clara se di-verte com a situação cômica de tão absurda. Mas lembra que na época sua reação foi diferen-te. “Duas vezes com a mesma pessoa? Eu fiquei furiosa. Fui

logo fazer todo o procedimento de novo e exigi que mandas-sem o celular, mas desta vez direto por Sedex, sem passar por nenhuma transportadora. E eu queria imediatamente. No dia seguinte, eles confirmaram o envio”, conta.

A desconfiança da assisten-te social contra a transporta-dora vinha após a entrega do brinde da compra, um óculos tecnológico que foi enviado por meio de outra empresa e chegou sem problema ao seu destino no Glória. Outro pon-to destacado foi o atendimen-to recebido. “Quero deixar bem claro que a Samsung, na minha opinião, agiu correta-mente nas duas ocasiões. Na primeira, levou mais tempo porque eles queriam entender o acontecido. Na segunda pe-dra, eles agiram rápido para a reposição. Tem um erro na logística de entrega deles, mas como empresa agiram corre-tamente tanto que mandaram um terceiro celular. Não se omitiram diante do proble-ma”, comenta Pedro.

A história tragicômica não es-tragou o aniversário de Pietro porque o presente foi encomen-dado com antecedência. “Fico chateada porque o meu filho estava tão ansioso para ganhar este presente. A propaganda era que ele receberia o telefone antes de todo mundo. Agora, to-dos já possuem e ele ainda nem recebeu seu aparelho. Sorte que decidimos comprar antecipada-mente, ou o aniversário estaria arruinado”, ressalta Clara.

Caso de polícia Procon à disposição

As duas entregas de pedras foram registradas na Polícia Civil como o crime de Apropriação Indébita, que tem pena prevista de um a quatro anos de reclu-são. Na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) não há uma estatística oficial sobre este tipo de ocorrência e os servidores afirmam não lembrar de casos semelhantes.

O Serviço de Proteção ao Consumidor (Procon) de Bento Gonçalves está à dis-posição da população para auxiliar em casos desta espécie, auxiliando no cum-primento da oferta (ou seja, o envio do produto correto) ou no cancelamento da compra. Porém, este tipo de caso não é comum na Capital do Vinho. Outro pon-to ressaltado é que a comprovação do fato é complicada. Por isso é importante o consumidor ter toda a documentação da respectiva compra e uma testemunha durante a abertura do pacote. O telefone de atendimento rápido ao consumidor é o (54) 3052.0028.

Apesar de lembrar ter lido e ouvido relatos semelhantes, principalemente, em redes so-ciais, Pedro de Souza não imagi-nava viver uma história destas. “A gente sempre acha que é algo distante, que não vai acontecer com a gente. Eu vou continuar comprando pela internet, mas claro que a situação intimida. Acredito que é uma fatalidade, uma máfia que está ali em busca de produtos de valor”, lamenta.

Sua esposa, porém, garante que nunca mais vai utilizar um

Casos não são comuns, mas preocupam Correios

computador em uma compra. “Eu faço questão de contar aos amigos e mostrar este vídeo da entrega. Quando filmamos, o meu filho diz que não poderia ser. Mas foi. Recebemos duas pe-dras”, salienta Clara.

Para o casal, o representante dos Correios afirmou que outros casos haviam ocorridos. “Parece que em dezembro, quando hou-veram muitas compras, chega-ram várias entregas com tijolos dentro. Eles já estão investigan-do estes casos”, conclui Pedro.

A reportagem procurou os Correios em busca de uma manifestação sobre o caso. Os representantes afirmaram que não poderiam comentar e repassa-ram à assessoria de imprensa responsável, em Por-to Alegre. O contato foi realizado, porém a respos-ta não chegou antes do fechamento desta edição.

Correios

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Quarta-feira, 27 de abril de 2016 15Segurança

Polícia Civil e BM

Ação conjunta resulta em quatro presos no EucaliptosForam apreendidos um revólver, 14 munições e 74 pedras de crack

Leonardo [email protected]

Liderada pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP), uma

operação conjunta da Polícia Civil e Brigada Militar resultou na apreensão de um revólver e 74 pedras de crack no bairro Eucaliptos no início da noite de sexta-feira, 22. Três homens e uma mulher, todos com ante-cedentes criminais, foram de-tidos em flagrante.

A investigação teve origem após uma denúncia anônima sobre um endereço utilizado para armazenar drogas na rua Ari da Silva, próximo a um bar. O mandado de busca e apreen-são foi cumprido por volta das 18h e Jackson Alves de Anhaia, 29 anos, foi preso por porte ile-gal de arma de fogo. Foi apreen-dido um revólver calibre .32 e 14 munições intactas no local.

Anhaia possui anteceden-tes por roubo e tráfico de en-torpecentes (em 2007 e duas vezes em 2011). Ele estava em liberdade condicional desde 16 de dezembro. O flagrante foi lavrado na delegacia e o indi-ciado encaminhado ao Presídio Estadual de Bento Gonçalves. Porém, acabaria solto horas de-pois, após pagar a fiança que foi

arbitrada pela juíza de plantão.O segundo indivíduo preso foi

identificado como Ederson Luiz Casanova, 28. Ele tentou fugir correndo ao perceber a aproxi-mação policial. Foi capturado e, durante a revista, foram encon-tradas 74 pedras de crack em sua posse. Também havia um mandado de prisão contra Ca-sanova, expedido em 18 de abril.

O acusado possui extensa fi-cha criminal com furtos, recep-tação, desacato, roubos e tráfico de entorpecentes. Ele estava em liberdade desde 14 de agosto de 2015. Casanova ficou recolhido no sistema penitenciário.

A mulher detida, Roselaine Le-mos da Silva, 34, era procurada pela comarca de Caxias do Sul desde 5 de dezembro. Ela possui antecedentes por lesão corporal e tráfico de entorpecentes (2012).

O quarto indivíduo, de 33 anos, foi detido por carregar R$ 3,8 mil em dinheiro. O va-lor foi apreendido e o suspeito em breve deverá ser ouvido pela investigação da 1ª DP. A intenção é esclarecer sua rela-ção com os demais flagrados e se o dinheiro apreendido tinha origem lícita. O suspeito possui passagens por estelionato, fur-to e posse de entorpecente.

Os quatro detidos, sendo dois deles foragidos, possuíam ficha criminal

POLÍCIA

CIVIL, DIVU

LGA

ÇÃO

Um dos indivíduos mais pre-sos pela Brigada Militar em Bento Gonçalves no ano passa-do, Laerti Cesar Marchetto, 33 anos, foi novamente conduzido para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) nesta segunda-feira, 25. Ele foi flagrado durante um furto a su-permercado. Porém, o acusado acabou solto horas depois.

Conforme registro na Polícia Civil, o caso ocorreu nas proxi-midades da praça Vico Barbieri, por volta das 17h30min. O segu-rança suspeitou da movimenta-ção de Marchetto e o abordou logo que saiu do estabelecimen-to. Foram encontradas 14 barras de chocolates e sete caixas de bombom recheado, totalizando

R$ 111,79, sem procedência. O acusado teria admitido o furto.

A BM foi acionada e efetuou a prisão em flagrante. Mar-chetto foi conduzido a DPPA.

Ele afirmou que só se mani-festaria em juízo. O delegado responsável entendeu que não havia razões para uma prisão em flagrante e o acusado res-ponderá em liberdade.

Marchetto, 33 anos, tem sua extensa ficha criminal compos-ta por furtos a veículos e resi-dências, além de um caso de roubo e outro de estelionato. Apesar de volumosos, seus cri-mes em 2015, que resultaram em seis prisões em flagrante, foram simples e pitorescos. Ele está em liberdade desde 15 de fevereiro (por revogação de prisão preventiva), após quatro meses recolhido no sistema pe-nitenciário. Este é seu primeiro crime registrado em 2016.

Reincidente é flagrado por furto

Laerti Cesar Marchetto, 33 anos

Preso seis vezes em 2015

Mais um exemplo de im-prudência envolvendo bebi-da alcoólica e direção foi re-gistrado em Bento Gonçalves na tarde de domingo, 24. Um homem de 45 anos foi preso em flagrante logo após um acidente na BR-470. Era o motorista de um Ford Roya-le, de cor azul e placas BJR-8991, que saiu de pista e coli-diu contra o barranco.

O acidente ocorreu no qui-lômetro 202 da rodovia fe-deral, no Distrito de Tuiuty.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) atendeu a ocorrência e percebeu os sinais de em-briaguez do motorista, como odor etílico e fala desconexa.

O acusado foi convidado a realizar o teste do etilômetro que resultou em 0,39mg/l, o que configura crime. O mo-torista recebeu voz de prisão em flagrante e foi apresenta-do na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), onde teve fiança arbitrada em R$ 1,7 mil.

Acidente em Tuiuty

Motorista bebâdo colide em barranco na BR-470

Atendida na UPA

Jovem baleada se recusa a falar com os policiais

Uma mulher foi baleada na perna esquerda na madrugada de sábado, 23. Cassandra Ro-drigues da Silva, 20 anos, deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) por volta das 2h20min. Aos policiais mi-litares, ela afirmou “que não ti-nha que dar satisfações” e “que a polícia nem deveria estar ali”. O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP).

A Brigada Militar (BM) foi acionada por funcionários da unidade de sáude. Os policiais encontraram a jovem medicada

e em estado de saúde conside-rado estável. Ela estava acom-panhada do namorado. O tiro transfixou sua coxa esquerda.

Diante da recusa da vítima em falar, não foi esclarecida a motivação ou o autor do ata-que. A suspeita é que o disparo tenha ocorrido no bairro Tan-credo Neves. Cassandra pos-sui uma extensa lista de ante-cedentes criminais por roubo a pedestre, furto qualificado, ameaça, lesão corporal, tráfi-co de entorpecentes e roubo a motorista de táxi.

Um entregador de gás foi assaltado no bairro Ouro Verde na tarde deste sábado, 23. Conforme registro da Polícia Civil, por volta das 16h, foi solicitada uma entrega na rua Orestes Organzela. O motorista, de 25 anos, não encontrou o número citado, porém avistou um indivíduo ace-nando ao final da rua. Quando o entregador desembarcou do caminhão, o indivíduo sacou um revólver e anunciou o roubo. Um segundo ladrão apareceu e revistou o veículo atrás do dinheiro das entregas. Também foi roubado a carteira e o celular da vítima.

Entregador de gás assaltado no Ouro Verde

Uma mulher foi flagrada furtando um supermercado da rua Guilherme Fasolo, no bairro Maria Goretti, na tarde de segunda-feira, 25. Conforme registro da Polícia Civil, a acusada foi abordada pelo vigilante quando deixava o estabelecimento, por volta das 14h10min. Foram encontradas três latas de café solúvel e duas unidades de bebida láctea, totalizando um valor de R$ 34, escondidos em sua bolsa. A Brigada Militar (BM) foi acionada e a identificou como Josene Peterle, 34 anos, que possuía um mandado de prisão contra si desde 12 de abril. A acusada, que já estaria em liberdade condicional por crimes de furto e roubos, é alvo de um in-quérito policial da 1ª DP. Além disso, ainda teria a cumprir pena de três anos, cinco meses e 19 dias de reclusão.

Investigada é presa por furto no Goretti

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Divisão de Acesso

Esportivo investe em dois reforços

Página 13

Imposto de renda

Prazo para declaração termina sexta-feira, 29

Página 4

Reincidente

Homem é novamente preso por furto

Página 15

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Mulher compra celular e recebe pedras

Obra inacabada inunda casas no Licorsul Página 10

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