28.08 Release Nacional Verequete

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  • 8/2/2019 28.08 Release Nacional Verequete

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    Sugesto de Pauta

    Cultura Par homenageia os 90 anos de Mestre doCarimb

    Projeto patrocinado pela CVRD resgata contribuio de Mestre Verequete para acultura, a msica e a arte paraenses

    Um homem simples, de chapu na cabea e voz firme se transforma em reiquando est em meio a tambores, numa roda de carimb. Esse Augusto GomesRodrigues, o Mestre Verequete, cone da cultura paraense que completou 90 anose recebe uma homenagem indita com o Verequete: Rei dos Tambores, projetoque realizou show para o Mestre no centro histrico de Belm no dia Municipal doCarimb, 26 deste ms, e lanar uma coleo indita sobre a obra do cantor ecompositor no dia 14 de setembro, no majestoso Theatro da Paz. O projeto umarealizao da Associao Amaznica de Difuso Cultural, Social e Ambiental, queinaugurou a terceira etapa do projeto Cultura Par, da Companhia Vale do RioDoce (CVRD).

    A festa uma resposta contribuio do Mestre msica local, com a valorizaodo carimb, ritmo que rene heranas indgenas, africanas e dos colonizadores da

    Amaznia. Foi Mestre Verequete um dos primeiros divulgadores do carimb nossubrbios da capital Belm, na nova fase da Msica Popular Paraense, e quemdespertou o interesse dos meios de comunicao de massa para o ritmo.

    O lanamento da coleo Verequete: o Rei dos Tambores, que ir popularizarainda mais a obra do compositor, tambm ser marcada por um grande show comMestre Verequete e msicos convidados. A coletnea composta por uma caixa

    com o CD Verequete o Rei, o DVD com o filme Chama Verequete e o livroSom dos Tambores.

    Como nas etapas anteriores do Cultura Par 2006, a Vale levar o projeto aosmunicpios onde atua no interior do estado, fechando a terceira etapa do projetoque festeja os 90 anos de Verequete. O nibus-expositor percorrer os municpiosde Marab, Parauapebas, Cana dos Carajs e Paragominas com a versoresumida do show musical dedicado a Verequete, no qual participaro tambmartistas locais.

    A coleo

    O CD Verequete o Rei, gravado em 2005, contm 14 faixas, sendo umamsica indita que d ttulo ao CD, gravada nos estdios da Universidade da

    Amaznia. As outras composies foram remasterizadas a partir de vinil. Asmsicas foram cuidadosamente selecionadas de uma obra de 200 composiesdo Mestre.

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    A coleo trar ainda o curta-metragem Chama Verequete, dirigido por LuizArnaldo Campos e Rogrio Parreira, com durao de 18 minutos, lanado em1998 e j recebeu diversos prmios em festivais nacionais, inclusive no Festival de

    Cinema de Gramado, um dos mais importantes do pas. O DVD tambm contmimagens inditas de shows e entrevistas com o Mestre do Carimb.

    O livro Som dos Tambores conta a histria de Verequete e traz tambm acoletnea indita de 30 partituras das principais composies do Mestre. Otrabalho foi organizado pela musicloga Laurenir Peniche, que teve a participaodo artista Fbio Cavalcante, responsvel pela transcrio das partituras musicais.

    A relevncia desse trabalho est na catalogao de obras que nunca foramregistradas, j que Mestre Verequete no teve formao musical, nem instruoescolar.

    Mestre Verequete

    Augusto Gomes Rodrigues, cantor e compositor de carimbs. O carimb doVerequete, assim denominado em homenagem a Toya Verequete, figuraconhecida nos terreiros mina-nag nos subrbios de Belm, tem a marca daautenticidade, a comear pela manuteno dos instrumentos tpicos e o respeitos razes negras do carimb.

    Quando o ritmo paraense comeou a despertar interesse nos meios decomunicao de massa, gravadoras do sul do pas lanaram oito LPs com oautntico carimb de Verequete.

    Verequete foi um dos primeiros divulgadores do carimb nos subrbios de Belm,na nova fase da Msica Popular Paraense, organizando o conjunto O Uirapuru, navila de Icoaraci. Em 1970, gravou no estdio da Rdio Marajoara uma srie detemas do carimb que constituiu o primeiro disco, Carimb Oirapuru do Verequete(s podia ser).

    Lanou mais tarde, em 1974, o LP O Legtimo Carimb Verequete e seu conjuntoUirapuru, sobre o qual o jornal do Brasil escreveu: revelando ainda mais uma vezsua incontestvel superioridade sobre todos os outros conjuntos e artistas que seaventuraram a explorar o ritmo do Carimb no Sul do pas (J.R. Tinhoro Carimb est a para caboclo nenhum botar defeito, jornal do Brasil, 01/07/1975,cad B, p.2). Novamente em 1974 lanou O Legtimo Carimbo VOL-II, contendo 12carimbs.

    Em 1995 a SECULT - Par reconheceu tambm essa superioridade do Mestredo Carimb paraense, lanando o CD Vol. 04 da srie projeto Uirapuru, com umaseleo de 10 obras de Verequete, melodias tradicionais nos terreiros de Belm(Fonte: Vicente Sales / Dicionrio Crioulo).

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    Carimb, ritmo e dana da Amaznia

    Pesquisas histricas demonstram que o carimb, dana paraense, nasceu graas

    criatividade dos ndios Tupinambs e com o passar do tempo adquiriucaractersticas que enriqueceram sua forma musical, proveniente da necessidadede uma manifestao legtima de povos que respondiam as suas atividadescotidianas para transformar o rduo trabalho escravo e caboclo em momentos dedescontrao e leveza no interior do Estado do Par. Gnero nascido no interior, ocarimb, com o tempo urbanizou-se e passou por um processo de modernizao.

    A contribuio indgena tornou-se mais evidente na moleza imposta ao ritmo, nadana, e em alguns movimentos (como a curvatura do corpo para frente) quemarcam um ritmo acentuado, apresentando um andamento montono.

    Por sua vez, do negro vem o batuque (dana de roda onde h cantorias eutilizao de vrios tambores, numa espcie de samba) que influencia o carimb,dando uma maior flexibilidade ao seu ritmo, alm maior movimentao no estilodanante, incluindo a sncopa que amoleceu a dana.

    A influncia europia resultante de todo o processo de colonizao, em que adana pode ser caracterizada como uma sute (uma forma de dana e msicamuito comum e usada na corte para animar os bailes e outras manifestaessociais) que veio a influenciar o carimb, com seus passos marcados e tambmpor poder ser danada em pares ou individualmente. Com a presena das rodas earrumao para danar os Portugueses impem a sua herana com um tipo de

    dana que lembra a corte, com gestos, palmas e no gingado do corpo, assimcomo na posio dos braos erguidos em forma de L, acompanhando o gingadodo corpo.

    A dana do carimb funciona como uma brincadeira apresentada por paresiniciando-se com duas fileiras de homens e mulheres ambos voltados para ocentro. Ao iniciar a msica os homens vo em direo s mulheres batendopalmas, insinuando um convite para a dana e a partir da, formam-se pares quesaem girando em torno de si mesmos. Assim logo aps o flerte, ao redor das saiasdas mulheres, forma-se um crculo girando no sentido contrrio ao relgio.Respondendo ao flerte os homens curvam o corpo para frente puxando o p para

    frente e para os lados, com os braos abertos estendidos marcandoacentuadamente o ritmo e danando com a dama vrias vezes fazendo o cortejo.

    Os danarinos de Carimb apesar de se apresentarem em pares danam soltos, ocontato fsico no uma freqente. Entretanto as damas utilizam as suas saias ebraos para dar segmento ao flerte, continuando a brincadeira na qual o homem(cavalheiro) marca o pulso com as pernas arrastando para a direita e para aesquerda e vice-versa, elevando os braos batendo palmas e estalando os dedos

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    lembrando, em certas passagens, alguns movimentos das danas folclricaslusitanas e espnicas, como os dedos castanholando na marcao certa do ritmoagitado e absorvente.

    Cultura Par

    Em 2005, a Companhia Vale do Rio Doce lanou o Cultura Par, projeto depatrocnio que visa valorizar a cultura regional e possibilitar o acesso gratuito dapopulao ao que de melhor o estado tem a oferecer, seja nas artes plsticas,arquitetura, msica e outros estilos artsticos.

    A primeira atividade do Cultura Par foi marcada pela exposio arqueolgica OHomem e a Pedra: A Pr-Histria na Amaznia, uma parceria entre a Vale e oMuseu Paraense Emlio Goeldi que colocou os visitantes em contato com

    vestgios da presena humana na regio datados de 11 a sete mil anos atrs.

    Em junho de 2005, a Vale patrocinou a exposio fotogrfica Arraial da Luz, quereuniu, aproximadamente, 100 obras de 30 anos de trabalho do fotgrafoparaense Luiz Braga, um profissional conhecido internacionalmente.

    Em setembro, houve o lanamento do livro Cidades Ilustradas Belm, de autoriado francs Jean-Claude Denis, com desenhos feitos mo livre e uma produoinspirada na Belm vista pelos olhos de um estrangeiro, que contou com aparticipao do artista norte-americano radicado em Belm, Antar Rohit. Somenteem 2005, o Cultura Par atraiu mais de 30 mil pessoas para as exposies

    realizadas.

    Em 2006, a Vale j apresentou duas etapas do Cultura Par. Na primeira, a vida,as obras e a contribuio do arquiteto italiano Antonio Jos Landi para o estadoforam resgatadas com o projeto Landi: Cidade Viva, por meio de exposio,palestras e oficinas. Na segunda etapa, o projetoArraial da Luz 2006deu espaoa 90 crianas carentes de Belm, que fotografaram e foram fotografadas paracompor a exposio que d nome ao projeto.

    O Cultura Par 2006tambm acontece no interior do estado, nas cidades onde aVale est presente, promovendo a democratizao da cultura regional proposta

    pelo projeto. Parauapebas, Cana dos Carajs, Marab e Paragominas receberotodas as trs etapas do projeto, montadas no nibus-expositor. Em junho, teveincio a interiorizao da etapa Landi: Cidade Viva. Arraial da Luz 2006 eVerequete: o Rei dos Tambores tambm percorrero essas cidades at o finaldeste ano.

    CVRD - Companhia Vale do Rio DoceLvia Amaral Assessora de Imprensa

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    Tel: 91.3214.5433/ [email protected] Externa Gaby Comunicao

    Yvana CrizantoTel: 91.3214-5433/ [email protected]

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]