Relatório 3º bimestre 2º ano B

Para esse bimestre nos aventuramos a confeccionar outro formato de relatório: com muitas imagens que contam do trabalho e possibilitam uma aproximação com o nosso dia a dia. Além disso, traz o registro dos professores sobre nossas intenções e caminhos trilhados nesse bimestre.

A escolha das imagens não foi fácil, mas nossa motivação é de que vocês possam saber das vivências e experimentações do 2º ano B.

Sugerimos que curtam com seus filhos a apresentação deste relatório, pois eles são os melhores narradores deste percurso.

Boa leitura! Profª Vanessa Cristina Francisco

Quem quer brincar põe o dedo aqui! O 2º ano B voltou das férias demontrando

muita disposição, alegria e intensidade para estar

na escola novamente. O grupo aumentou com a

chegada do Murillo, que foi muito bem recebido.

Todos cuidaram de integrá-lo rapidamente à

rotina do 2º ano.

É uma nova adaptação do grupo, todos

cresceram (não apenas fisicamente), a dinâmica

se transforma a cada dia e os convites diários

também contribuem para essas mudanças

positivas.

Infância do 2o. ano B…

O grupo, formado por 12 meninos

e 4 meninas é marcado pela intensa

movimentação entre os saberes, as

relações e as aprendizagens.

As propostas desse bimestre

mexeram, consideravelmente, nas

escolhas de brincadeiras e possibilitaram

outras parcerias entre meninos e

meninas.

de muitos significados!

Percebemos o

quanto as crianças

começaram a criar outros

jogos e explorar o espaço e

os objetos ressignificando

as relações consigo, com o

outro e com o meio.

O que é infância? Nosso projeto foi concebido olhando as diferentes brincadeiras das criancas dos 2ºs anos. Ainda que tenham repertório e sejam criativos, observamos que nos momentos livres os meninos e as meninas se ocupavam de brincadeiras que se repetiam e procuravam o destaque e a competição. Ao mesmo tempo, percebemos um grupo muito sensível para a produção e para as relações. As imagens retratam algumas brincadeiras que eles ainda não se davam conta de fazer, tais como: brincar de olhar a flor e brincar de observar a minhoca. Ao serem convidados a dizer o que sentiam e viviam na infância, emocionei-me com as palavras que as crianças trouxeram e acredito que mesmo eles se surpreenderam com a riqueza de possibilidades, de expressão e experiências dessa linda brincadeira que é a vida. Nosso projeto foi vivido em diferentes aulas, em diferentes espaços e com diferentes possibilidades. A palavra brincar foi ganhando um novo tom, uma recriação e perpassou nossos dias desse bimestre…

Educação Física

Analisando material sobre brincadeiras de diferentes regiões do Brasil, os alunos coletaram informações que foram socializadas na roda e

selecionaram atividades que não estavam em nosso repertório de brincadeiras.

Pega pega corpo Humano

Jogando... Construindo...

Policia e ladrão

Encontro com o 2º ano C Reloginho

Profº Vanderlei

Histórias e Brincadeiras

O pião entrou na roda ao som do pandeiro e das palmas animadas das crianças. Pião vivo. Pião menino. Pião menina. Criança rodando pelo espaço, de pé, com os braços abertos. No chão, os movimentos circulares lembravam passos de breakdance.

Feitos de madeira, plástico ou latão; rústicos e sofisticados; cantores e silenciosos; antigos e modernos, os piões entraram na roda formada por pernas e pés que se encontravam feito “arenas de batalha”. Ou então, rodopiavam soltos sob os olhares atentos, encantados e, às vezes, solitários dos brincantes.

Experimentando rodar com o corpo e observando as possibilidades do brinquedo no espaço, as crianças descobriram que “tudo” pode ser pião: borracha, lápis, caderno, rolha, clips e outros objetos do dia a dia. Brincando elas se apropriaram do conceito desse objeto dançarino, conhecido desde a antiguidade.

Sua origem é incerta, mas você sabia que foram encontrados piões feitos de argila datados de 4000 a.C?

Rodopiando o pião chegou aos nossos dias e, neste bimestre, conquistou espaço privilegiado nos encontros de HB.

Profª Vivian

Artes Plásticas (…) A paisagem onde a gente brincou a primeira vez e a gente com quem a gente conversou a primeira vez, não sai mais da gente, e eu quando voltar para o Brasil vou ver se consigo fazer a minha terra.” Candido Portinari

Nesse bimestre conhecemos o artista Candido Portinari tendo as lembranças da infância como mediação das nossas conversas e dos nossos estudos.

Visitamos a exposição ‘’No ateliê de Portinari (1920-1945)’’ no MAM. Eram desenhos e pinturas que retratavam as coisas que o artista via e conhecia do Brasil. O engraçado é que tinha um bauzinho que sempre acompanhava o monitor pelo caminho do museu e olhando bem, ele também estava presente em muitas obras de Portinari. Foi divertido achar baús nas obras expostas. No baú, o artista guardava as lembranças da sua infância e da sua cidade de Brodósqui. Vimos todas essas lembranças retratadas nas obras: as brincadeiras de criança como jogo de futebol, pipas e gangorra, também a plantação de café, de cacau e até a criança morta da obra ‘’Os Retirantes’’.

Nas aulas de artes plásticas, desenhamos e pintamos várias obras com o tema das brincadeiras de Portinari. Retratamos a cor marrom avermelhada da terra, o brilho do céu e as cores das crianças.

Também pintamos crianças na gangorra e em balanços. Portinari adorava pintar crianças brincando, e dizia:

"Sabem por que eu pinto tanto menino em gangorra e balanço? Para botá-los no ar, feito anjos." Conversamos também sobre nossas próprias brincadeiras e desenhamos aquelas

preferidas para talvez, guardar no baú da nossa memória. Visitaremos outros lugares, outras brincadeiras e conheceremos outras infâncias.

Profª Eloise

Infância é jogar, fazer contas…

Oh, não 99! foi um dos novos jogos que fizemos esse bimestre: adicionar, subtrair, fazer estratégias para não estourar… Brincando, as crianças foram experimentando diferentes formas de calcular mentalmente.

Além disso, utilizamos muito o ábaco, instrumento que auxilia na compreensão da ordem posicional e na introdução da técnica do algoritmo.

O registro destes cálculos foi de extrema importância para que o aluno verificasse sua resposta e pudesse analisar seu pensamento matemático.

Comprar o lanche na cantina!

Esse bimestre as crianças

continuaram a comprar na cantina às

sextas-feiras. Porém, agora elas organizam

a comanda na aula: separam o dinheiro que

trouxeram e escolhem os produtos que

irão comprar. Sempre falamos do equilíbrio

do lanche e mesmo quem não irá fazer a

compra, faz-de-conta que irá e inventa uma

situação. O desafio é calcular o total da

compra e quanto de troco irá receber.

A cada dia o grupo se mostra mais

autônomo ao se dirigir à cantina: guardam

a carteira na mochila, devolvem a comanda

na sala e comem o lanche enquanto

conversam e se divertem nesse momento

muito aguardado.

Infância é comer! A alimentacão saudável foi nosso principal tema de investigação nesse

bimestre. Para iniciar essa pesquisa as crianças fizeram um levantamento do que costumam comer no dia-a-dia. . Depois de socializarem essas informações, organizados em grupos, elaboraram suas hipóteses quanto a forma de classificação dos alimentos.

Hipóteses das crianças: grupo 1 – gordurosos e não gordurosos grupo 2 – carnes, frutas, salgados, bebidas grupo 3 – porcarias e saudáveis grupo 4 - doces, frutas, salgados, carnes, bebidas, peixes, aves, arroz e feijão As crianças apresentaram seus critérios e, a partir disso, fizeram outras

pesquisas. Assistiram o vídeo dos Pequenos Cientistas e do Sr. Banana e trabalhamos com um texto científico da revista Ciência Hoje para obter mais informações sobre os nutrientes e as suas formas de classificação.

Escolher e experimentar alimentos saudáveis…

“Não sabíamos que o carboidrato era a maior parte da nossa alimentacão!”

“É importante comer pouco lipídeo e açúcar.”

“Conheci uma alcachofra pequena! Achava que só tinha grande!”

“No sacolão tinha muita coisa saudável!”

“Aprendemos os nomes dos nutrientes: carboidratos, vitaminas e sais minerais, proteínas, lipídeos e açúcares.”

“A pirâmide ajuda a pensar como vamos equilibrar os alimentos.”

Infância é cuidar do ambiente

Encerramos nosso estudo do 1º semestre sobre as plantas reorganizando

o canteiro do Colégio. Substituímos a planta singônio pelo manjericão.

Os alunos aguardam ansiosos para uma futura receita culinária que,

certamente, será saudável e balanceada!

Infância é aprender Continuamos o trabalho com o álbum de

figurinhas do Colégio, pesquisando a origem do bairro. O

grupo trouxe informações sobre a história e realizamos

um estudo para comparar as permanências e mudanças

de Perdizes, principalmente nos arredores do Colégio.

As crianças puderam estudar as diferentes representações do espaço em plantas, planisférios, globo terrestre e na maquete que todos fizeram para representar o quarteirão do Colégio. Neste trabalho, abordamos as diferentes visões (vertical, horizontal e oblíqua) a partir de alguns pontos de vista.

Identificaram nos arredores do colégio as ruas que formam o nosso quarteirão e compararam com o local onde moram.

Para isso, pesquisaram os bairros nos quais eles moram, observando a localização de cada aluno nos mapas das diferentes Zonas. Os relatos dos alunos quanto ao caminho que percorrem até o Colégio, todos os dias, contribuíram para o levantamento dos bairros vizinhos e distantes.

Infância é escrever Esse bimestre as crianças exploraram os gêneros de regras de brincadeiras e limeriques. O assunto envolveu muito o grupo, que teve diferentes oportunidades de aprender e exercitar a escrita desses textos. Estudaram suas características e perceberam quais informações são necessárias para explicar o funcionamento de um jogo ou brincadeira.

Limerique criado pelo grupo:

Havia um menino do Rio de Janeiro que pegava a lente do leiteiro. Nervoso ele ficava e o mundo acabava no dia 30 de fevereiro.

Infância é ler Nossos alunos estão cada dia mais leitores! Na

biblioteca eles compartilham as histórias que leram em casa e a indicação do amigo é, muitas vezes, um incentivo para experimentar um texto mais desafiador.

Muitas crianças trocam o livro antes da data combinada e leem mais de uma história durante a semana.

Iniciamos o uso do dicionário e todos se mostraram desafiados “Nossa, Van, não encontro essa palavra!” Juntos, apontamos algumas estratégias que facilitavam esse trabalho, como ler a palavra no alto da página e observar as primeiras letras.

Todos persistiam e depois de algum tempo eu ouvia: “Puxa, encontrei, que demais!”

Infância é criar…

E falar sobre ela...

“Infância para mim é sorrir, se divertir, dar um mergulho na onda e brincar com os amigos.”

“É uma idade pequena que você tem chance de brincar, mas quando você vira adulto você perdeu essa chance. Então as crianças tem que brincar muito para não esquecer.”

“Infância para mim é ar para respirar, sem ar ninguém vive. E ossos porque sem eles não dá para se mexer.”

“Infância para mim é fazer esportes como futebol, basquete, handebol, vôlei. É encarar o medo, ter ótimos sonhos, sonhos horrorosos, estudar com capricho, fazer uma boa escrita, dar seu máximo, participar de eventos e brincar com o que você tem e não querer mais coisas.”

Educação Musical

As crianças adoram falar e ouvir sobre os timbres dos instrumentos. Alguns já estão acostumados a ir a concertos, ouvem música erudita em casa e querem compartilhar com o grupo seus conhecimentos. É comum fazerem perguntas e imitarem com o corpo, os gestos dos regentes e dos instrumentistas.

Os livros A Orquestra tim tim por tim tim e A Flauta Mágica de Mozart (As mais belas Óperas para Crianças), foram algumas das fontes pesquisadas nas aulas sobre, as famílias dos instrumentos da orquestra e obras de caráter erudito. Juntamente com apreciações de gravações e vídeos (Fantasia de Walt Disney), fizemos o exercício de OUVIR de maneiras diferentes: de olhos fechados; em movimento; com o brinquedo barangandão e sem poder falar.

Profª Mônica

Estamos nos preparando para o concerto na Sala São Paulo! Aguardem!

Ensaio para a apresentação...

Esperamos vocês na

Mostra Cultural!

Essas cenas são do encontro que tivemos no dia 29 de setembro com a autora Selma Maria. Os desdobramentos desse encontro e os caminhos do nosso projeto estarão na Mostra Cultural. Aguardamos vocês no dia 5 de novembro! Um abraço!