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2º ano Terceiro Bimestre Tópico IX: Transnacionalização da economia e da cultura no início do Mundo Moderno Pesquisar manifestações culturais de origem africana no Brasil; analisar a dinâmica das sociabilidades (festas cívicas e religiosas) e do hibridismo cultural na América portuguesa. • Produzir texto analítico relacionando tráfico negreiro e capital mercantil. • Distinguir colônias de povoamento e colônias de exploração. • Mapear o comércio triangular nas Treze Colônias inglesas. • Analisar mapas situando os impérios coloniais dos séculos XVI e XVII. • Pesquisar manifestações culturais de origem africana no Brasil. • Filmar festa do Congado, Moçambique, Conceituar- banto- confrarias – diáspora - O festejo do Reizado [ou Congado] nasceu dos rituais negros coloniais. [...] construída com os esforços da mão-de-obra escrava, a inserção dos africanos em confrarias(irmandades) aparecia como a solução mais natural para os problemas de integração e evangelização.As primeiras confrarias negras de que se têm notícia no império colonial português pertenciam ao orago de N. Sra. Do Rosário.[...] O Congado está diretamente ligado à história do aparecimento de N. Sra. do Rosário, fundadora das irmandades dos homens pretos. Uns contam que Nossa Senhora apareceu no Brasil, dizem outros que foi na África. Os congadeiros contam diferentes versões dessa história.Em Angola, a área mais importante de fornecimento de escravos para as regiões mineradoras, na segunda metade do século XVIII, confrarias do Rosário familiarizavam os africanos com seus cultos e práticas. Parece certo que alguns africanos, antes da imigração forçada, tivessem contato e/ou participassem da vida associativa em África. [...].”( Marcos Magalhães) A escravidão não destruiu automaticamente hábitos, maneiras de pensar e sentir de suas vítimas. A diáspora, entretanto, impediu que os complexos sistemas sociais, políticos e religiosos dos povos da África Centro- Ocidental – região Congo, Angola até Moçambique, em que predomina o grande tronco lingüístico-cultural banto – fossem integralmente transpostos para cá. Este encontro de culturas diferentes, no contexto de dominação pelos colonizadores portugueses, produziu uma manifestação cultural mestiça. Vários elementos das manifestações religiosas negra em versão cristianizada. (Sebastião Rios)

2º ano Terceiro Bimestre

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Tópico IX: Transnacionalização da economia e da cultura no início do Mundo Moderno 2º ano Terceiro Bimestre Conceituar- banto- confrarias – diáspora - Tema 2: Habilidades: Tópico IX Transnacionalização da economia e da cultura no início do Mundo Moderno Procedimentos Tema 2: O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais Transnacionalização da economia e da cultura no início do Mundo Moderno Tópico X:

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2 ano Terceiro BimestreTpico IX: Transnacionalizao da economia e da cultura no incio do Mundo ModernoPesquisar manifestaes culturais de origem africana no Brasil; analisar a dinmica das sociabilidades (festas cvicas e religiosas) e do hibridismo cultural na Amrica portuguesa.

Produzir texto analtico relacionando trfico negreiro e capital mercantil. Distinguir colnias de povoamento e colnias de explorao. Mapear o comrcio triangular nas Treze Colnias inglesas. Analisar mapas situando os imprios coloniais dos sculos XVI e XVII. Pesquisar manifestaes culturais de origem africana no Brasil. Filmar festa do Congado, Moambique,

Conceituar- banto- confrarias dispora - O festejo do Reizado [ou Congado] nasceu dos rituais negros coloniais. [...] construda com os esforos da mo-de-obra escrava, a insero dos africanos em confrarias(irmandades) aparecia como a soluo mais natural para os problemas de integrao e evangelizao.As primeiras confrarias negras de que se tm notcia no imprio colonial portugus pertenciam ao orago de N. Sra. Do Rosrio.[...] O Congado est diretamente ligado histria do aparecimento de N. Sra. do Rosrio, fundadora das irmandades dos homens pretos. Uns contam que Nossa Senhora apareceu no Brasil, dizem outros que foi na frica. Os congadeiros contam diferentes verses dessa histria.Em Angola, a rea mais importante de fornecimento de escravos para as regies mineradoras, na segunda metade do sculo XVIII, confrarias do Rosrio familiarizavam os africanos com seus cultos e prticas. Parece certo que alguns africanos, antes da imigrao forada, tivessem contato e/ou participassem da vida associativa em frica. [...].( Marcos Magalhes)

A escravido no destruiu automaticamente hbitos, maneiras de pensar e sentir de suas vtimas. A dispora, entretanto, impediu que os complexos sistemas sociais, polticos e religiosos dos povos da frica Centro-Ocidental regio Congo, Angola at Moambique, em que predomina o grande tronco lingstico-cultural banto fossem integralmente transpostos para c. Este encontro de culturas diferentes, no contexto de dominao pelos colonizadores portugueses, produziu uma manifestao cultural mestia. Vrios elementos das manifestaes religiosas negra em verso cristianizada. (Sebastio Rios)

O Reizado em si, ele uma coisa de humildade. Porque foi uma coisa criada com muito sacrifcio, com muita pobreza, com muita humildade, com muita raa, muita f, sabe? Eu, por exemplo, passei a danar calado tem pouco tempo pra c, toda a vida a gente danou descala... A coisa era difcil, meu filho. Os fazendeiros, as pessoas ricas tinha pavor da gente, que eles falava que aquilo era bruxaria, era macumbaria. Hoje, eu, por exemplo, que passei por isso, que acompanhei tudo essas coisa que to te contando, hoje eu tenho uma gratido,.... que a gente nunca que poderia um dia sonhar que um terno de moambique, uns negro, ia entrar numa casade branco. Ento eu sinto isso como uma graa de Nossa Senhora do Rosrio. Uma bno muito grande... Geraes e geraes e a gente veio, lutemo demais, Nossa Senhora! E a sociedade hoje acolhe a gente, graas a Deus. Hoje eu sinto assim como uma guerra vencida. (Capito Jlio Antnio, Terno de Moambique de Perdes)

Informaes de identificao: nome do terno, santo de devoo, nome e funo do entrevistado. terno de moambique.terno de vilo.terno de congo.terno de marinheiro.terno de catop.

Perguntas:

1 Sobre as origens do Congado

2 sobre a origem do terno e sua posio na hierarquia da festa

3 sobre a funo do capito e importncia do basto e do apito

4 Instrumentos utilizados pelo terno

5 Sobre a importncia do congado

6 Sobre o racismo

7 Sobre o por que do nomeCongado (ou Reinado), e do nome do terno

8 Sobre a corte (reis e rainhas congos e perptuos; reis e rainhas de promessa; mordomos)

9 O que os levou a participar da festa?

Numeroso foi o contingente de escravos bantos trazidos para o Brasile grande a influncia deles nos costumes, religio e supersties nacionais. Trazidos principalmente das possesses portuguesas de Angola, Moambique e Guin, trouxeram muitas lendas, mitos e tradies. So bantos o do maracatu do carnaval pernambucano e as congadas vistas em todo o territrio brasileiro. A cuca e o berimbau-de-barriga foram por eles trazidos da frica; a capoeira,o samba tambm deveram a eles sua difuso no Brasil.A lenda do quibungo,(bicho papo)naBahia, exemplo da tradio oral brasileira deixada por eles.

Habilidades:

Distinguir colnias de povoamento e colnias de explorao.

Tema 2:

O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais

Tpico IX

Transnacionalizao da economia e da cultura no incio do Mundo Moderno

Procedimentos

Fragmento 1: Se vamos essncia da nossa formao, veremos que na realidade nos constitumos para fornecer acar, tabaco, alguns outros gneros; mais tarde ouro e diamantes; depois, algodo, e em seguida caf, para o comrcio europeu. Nada mais que isto. com tal objetivo, objetivo exterior, voltado para fora do pas e sem consideraes que no fossem o interesse daquele comrcio, que se organizaram a sociedade e a economia brasileiras. Tudo se dispor naquele sentido: a estrutura bem como as atividades do pas. (Prado Jr., Caio. Formao do Brasil Contemporneo. 1. edio 1942. 17. ed. So Paulo: Brasiliense, 1981, pp. 31-32.)

Fragmento 2: [...] por artes diablicas se mudava o nome de Santa Cruz, to pio e devoto, para o de um pau de tingir panos. (Barros, Joo de. Dcadas da sia. Texto do sculo XVI. Citado em Alencar, Carpi & Ribeiro. Histria da Sociedade Brasileira. 3. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Tcnico, 1985, p. 12)

Fragmento 3: E em tal maneira graciosa que querendo-a aproveitar, dar-se- nela tudo por bem das guas que tem; porm, o melhor fruto que nela se pode fazer me parece que ser salvar esta gente e esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lanar; e que ali no houvesse mais que ter aqui esta pousada para esta navegao de Calecut, bastaria quanto mais disposio para nela se cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da nossa f. (Caminha, Pero Vaz. Carta ao Rei Dom Manuel. [13: 19-30]. Belo Horizonte: Crislida, 2002, p. 69)

A partir dos fragmentos acima, o professor deve solicitar aos alunos que respondam as seguintes colocaes;

1 Os fragmentos mencionam duas caractersticas centrais da colonizao portuguesa no Brasil. Crie uma expresso sobre o empreendimento colonial portugus que sintetize aquelas caractersticas.

2 Identifique os anos e o sculo em que os fragmentos foram elaborados. A partir desses dados, diferencie os olhares acerca da colonizao levando em considerao justamente o tempo em que foram elaborados.

3 O autor do fragmento 2 diz que por artes diablicas o nome da terra recm-descoberta foi mudado. Como o autor do fragmento 1 traduziria aquela expresso?

4 O autor do fragmento 3 indica na carta a Dom Manuel trs usos potenciais que a terra pode ter. Identifique-os

5 O autor do fragmento 1 fala de um sentido da colonizao. Identifique-o.

Nas questes 1 e 3, importante o professor estar aberto s vrias formulaes possveis, mas que remetam s expresses: empreendimento mercantil-religioso (1) e por artes do comrcio (3).

Na questo 2 importanteque o aluno perceba as diferentes perspectivas medida que o tempo vai passando e a colonizao acontecendo. Assim, com Caminha, a colonizao ainda nem se iniciou e a terra recm-descoberta pura potencialidade: frtil e, portanto, propcia produo; poderia ser usada para repouso e abastecimento das naus que demandavam as especiarias das ndias (Calecut, primeiro porto indiano conquistado pelos portugueses, em 1487); converso ao catolicismo das gentes da terra. (questo 4). J com Joo de Barros, a colonizao est em desenvolvimento, e o seu mvel central, o interesse que predomina j se explicitou na mudana do nome, de Terra de Santa Cruz (religioso) para Brasil (mercantil). Caio Prado Jr., no sculo XX, tem a perspectiva de toda a colonizao, de um processo j finalizado, no qual identifica um sentido: nossa formao se deu nica e exclusivamente para atender aos interesses do comrcio europeu. (questo 5).

Tema 2:

O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais

Tpico X:

Transnacionalizao da economia e da cultura no incio do Mundo Moderno

Habilidades:

Analisar dados estatsticos sobre o xodo rural e a favelizao das metrpoles no Brasil e na Amrica Latina.

Providncias:

Organizar a turma em grupos de 4 alunos; cada grupo deve receber dois xrox dos grficos que constam nesta atividade

Procedimentos 1:

Dcada de 1960

(Dados tirados de Campos, F. & Dolhnikoff, M. Atlas Histria do Brasil. 3. ed. So Paulo: Scipione, 1997, pp. 62-63)

A partir da leitura dos grficos acima, pea para os alunos transformarem os dados dos grficos em um texto explicativo para cada um dos grficos. Depois pea para os alunos relacionarem os dados dos grficos com o tema do tpico, o xodo rural e a favelizao das metrpoles, que comea a se acentuar, no Brasil, a partir da dcada de 1950. Por fim pea para os alunos relacionarem os dados com a radicalizao poltica ocorrida no governo de Jango.

Procedimentos 2:

Dcada de 1970 Documento 1: Seu Z nasceu na Bahia, perto da cidade de Poes. J com 8 anos trabalha na pequena propriedade do pai. Ainda jovem vai para Itabuna, pra zona do cacau, caando empreitada e morando em alojamento. Casado, mudou-se para a Zona da Mata onde fiquei 8 anos de colono, tinha casa. Tive tambm 15 filhos. A mulher s pode criar 8, 7 morreram. [...] os patres no tm relgio nem horrio. A gente trabalha at a noite chegar, com suor de torcer a camisa. E o dinheiro que a gente ganha to pouco que nem d pra comprar uma corda pra morrer enforcado. [...]A roa no d. (...) Ento o jeito migrar. Tomei um Vera Cruz e vim direto pra So Paulo. Nem no Rio parei. Vim por fora... busca de ganho. [...] Com a ajuda de parentes, chega favela de Cidade Jardim, onde compra um barraco. Como pedreiro ou caseiro trabalha na condio de assalariado. Aos poucos, torna-se um trabalhador autnomo em servios de jardinagem. Agora a gente mora aqui, pra poder mandar um pouco de dinheiro pra nossa gente na Bahia e na favela as pessoas se ajudam muito. Se eu sair daqui eu sofro solido. Sinto falta deste povo.[...] Se eu pudesse eu agasalhava todo esse povo. Olha, moo, o fraco s fala com o fraco mesmo. Tem os mais fracos do que eu. Tem uns que a fraqueza maltrata mais. O forte no tem que trabalhar. O fraco no vira forte. A no ser que um revs de uma sorte eu acertasse um jogo. Por trabalho no vou arranjar nada no. No d pra sobrar do custo de vida. Quero vencer na cidade: quero ganhar 1.000 cruzeiros. Ter 20 jardins pra cuidar. Atualmente ganho 400. Tenho 10.Documento 2:Pernambuco tem 24 anos. Tem fora para vender. Trabalha como servente de pedreiro e nos fins de semana como copeiro num restaurante. Nasceu no interior de Pernambuco, onde o pai era colono de meia. Quando menino fui trabalhar em olaria [...] Depois fui trabalhar num engenho, porque queria ganhar melhor e ter um emprego de indstria, no de roa que no tem futuro. Mas no consegui trabalhar nas caldeiras. Me puseram pra cortar cana: trabalho de qualquer, de roa, de salrio baixo. Da vim embora. Tinha um cara que trabalhou uns tempos em So Paulo e depois foi pra minha terra contando muita vantagem dos ganhos. Ento eu pensei: eu sou forte e moo, bom de trabalho, se eu vou pra l posso ganhar o meu e partir pra adquirir um estudo e melhorar de vez. [...] No gosto de vagabundo. Quem pede esmola no tem vergonha na cara; o sujeito chega onde quiser se trabalhar direito e pra valer. Eu vou estudar pra ver se consigo ser engenheiro. A sim. Tenho uma profisso de respeito. Porque bom de trabalho eu sou: o que me falta o conhecimento, o diploma, saber falar ingls, essas coisas. Eu sou forte e moo, bom de trabalho. Eu vou tentando. Eu vou tentando. Eu, sabe como , eu sou bom de trabalho.Documento 3:Z Luiz vive na favela de Cidade Jardim desde 1972, quando construiu um barraco. Nasceu em Minas Gerais, onde o pai tinha uma propriedade rural: nosso terreno tinha mais ou menos uma base de 300 alqueires ou mais. S nosso. Mas ns no plantvamos nada nele, porque a terra era ruim. No dava nada. Era s sap. Trabalhava na terra dos outros. No sei o que aconteceu nessa terra toda. Todo mundo morreu. Uns morreram. Outros foram embora. A terra ficou l. Quem bonito, tem dinheiro, passa a mo. E deles. Tenho oito irmos. No vi mais nenhum. Vi um. Sete nunca mais vi. Podem estar aqui em So Paulo. Eu no sei. Sua vida marcada por prises, fugas e facadas, por um nmero incontvel de trabalhos e mulheres. Esse cara que nasceu pobre, pra ser servente, lavrador, trabalhar na roa, t lascado. T do modo que o diabo gosta. [...] o pobre trabalha pro rico sustentar, porque o rico tem dinheiro pra comprar do pobre. Compreendeu como que ? Aqui tem trabalho. Se trabalhar, come. Se no trabalhar, come a mesma coisa. Quase todas as noites e os fins de semana, Z Luiz chega em casa, toma banho, janta, pe a roupa de mendicncia e vai para as igrejas, onde tem missa, batizado ou casamento, com Dirce e os trs filhos: Totonho vai no colo; Z Ricardo e Roberto Alexandre j sabem como preciso fazer. Alm dessa atividade, a mais rendosa, Z Luiz servente de pedreiro: faz concreto, massa de cimento. registrado e ganha salrio mnimo.(Todos documentos foram tirados de Lcio Kowarick. A Espoliao Urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.)Um primeiro ponto solicitar dos alunos a identificao do que os documentos tm em comum. Aqui importante que o professor capacite os alunos a distinguirem e no a separarem a forma do contedo. O que eles trazem de comum em sua forma: os trs documentos possuem dois narradores; um que entrevista e passa informaes bsicas sobre o entrevistado. E outro que o entrevistado, que no s conta parte de sua vida, mas tambm d sua opinio sobre sua situao, expressa sua viso de mundo. O primeiro um intelectual, buscando dados para compor seu livro de sociologia. O segundo o migrante, tpico da dcada de 1970, que saiu da roa para tentar a sorte em So Paulo.

E o que eles trazem de comum no contedo, isto , nas informaes que fornecem: todos nasceram com uma forte ligao com a terra ou o pai proprietrio, ou colono de meia; o trabalho nas terras do pai insustentvel e eles logo vo trabalhar nas terras dos outros; todos concordam que o trabalho na roa no tem futuro: a explorao grande. Todos migram para a metrpole, vo morar em favelas, fazendo diversos bicos, trabalhos, at se fixarem em alguns. O professor deve trabalhar essas informaes, solicitando dos alunos relacionarem os dados contidos nos documentos com os dados estatsticos da migrao e urbanizao no Brasil presentes nas OPs 35 e 36 no s a evoluo dos dados, mas se concentrando nos relativos dcada de 1970.

Uma outra abordagem solicitar que o grupo identifique e discuta as diferentes vises de mundo e, particularmente, em relao ao trabalho, nos trs depoimentos: desde aquele que incorporou plenamente a ideologia burguesa de confiana absoluta na individualidade o sujeito chega onde quiser se trabalhar direito e pra valer , passando por aquele que ainda confia no trabalho, mas sabe da fora do sistema, que gera a desigualdade e mantm as distncias sociais, que possibilita sim uma melhora, mas limitada, que por isso sabe da importncia do coletivo, da solidariedade; at aquele que perdeu totalmente a confiana na nobreza, na fora do trabalho, descrente no sistema, convicto de sua injustia e que, por isso, optou por sobreviver margem dele.

Esse tambm um bom material para se trabalhar com a histria de vida, da famlia, de conhecidos, dos alunos. A depender da regio da escola, seja relacionado-a diretamente com os depoimentos, seja com as formas de migrao que predominam hoje em direo aos pases ricos, etc.

Outra possibilidade, demandar dos alunos recortes de jornais, revistas, sites que identifiquem a viso de mundo e reivindicaes do MST e informem da situao do campo no Brasil de hoje.

Complementar 10trabalho e indstria

Ler e interpretar textos sobre o cercamento dos campos na Inglaterra dos sculos XVI e XVIII. Produzir texto analtico sobre o processo de constituio do capital industrial. Ler e interpretar documentos sobre a organizao e o trabalho fabril durante a Revoluo Industrial. Analisar movimentos de resistncia industrializao e de resistncia explorao fabril. Contextualizar as trade-unions e o incio dos sindicatos modernos. Ler e interpretar textos de Marx e Bakunin.

Analisar dados estatsticos sobre o xodo rural e a favelizao das metrpoles no Brasil e na Amrica Latina.A Revoluo Industrial Contexto da Revoluo Industrial-necessidade de produzir cada vez mais e mais rpido-Inglaterra chegou na frente: ferro e carvo, mo-de-obra, navios, dinheiro- desenvolvimento de mquinas a vapor

Modernizao e Tecnologias - Navios e trens a vapor (facilitou o transporte de pessoas e cargas)- desenvolvimento da indstria txtil- melhorias para poucos

A fbrica --- pssimas condies de trabalho/- salrios baixos e castigos fsicos/- trabalho infantil e feminino- carga horria elevada e ausncia de direitos/- barulho e poluio

Reaes dos trabalhadores - O ludismo - os quebradores de mquinas/- As trade unions -( origem dos sindicatos (luta por direitos)/- O cartismo ( direitos polticos para os trabalhadores

Neocolonialismo- Europeus dividem a frica e sia/- violncia e explorao- busca de matrias-primas e recursos vegetaisIntroduoA Revoluo Industrial teve incio no sculo XVIII, na Inglaterra, com a mecanizao dos sistemas de produo. Enquanto na Idade Mdia o artesanato era a forma de produzir mais utilizada, na Idade Moderna tudo mudou. A burguesia industrial, vida por maiores lucros, menores custos e produo acelerada, buscou alternativas para melhorar a produo de mercadorias. Tambm podemos apontar o crescimento populacional, que trouxe maior demanda de produtos e mercadorias.

Pioneirismo InglsFoi a Inglaterra o pas que saiu na frente no processo de Revoluo Industrial do sculo XVIII. Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possua grandes reservas de carvo mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as mquinas e as locomotivas vapor. Alm da fonte de energia, os ingleses possuam grandes reservas de minrio de ferro, a principal matria-prima utilizada neste perodo. A mo-de-obra disponvel em abundncia (desde a Lei dos Cercamentos de Terras ), tambm favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do sculo XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fbricas, comprar matria-prima e mquinas e contratar empregados. O mercado consumidor ingls tambm pode ser destacado como importante fator que contribuiu para o pioneirismo ingls.

Avanos da TecnologiaO sculo XVIII foi marcado pelo grande salto tecnolgico nos transportes e mquinas. As mquinas vapor, principalmente os gigantes teares, revolucionou o modo de produzir. Se por um lado a mquina substituiu o homem, gerando milhares de desempregados, por outro baixou o preo de mercadorias e acelerou o ritmo de produo.Na rea de transportes, podemos destacar a inveno das locomotivas vapor (maria fumaa) e os trens vapor. Com estes meios de transportes, foi possvel transportar mais mercadorias e pessoas, num tempo mais curto e com custos mais baixos.

A FbricaAs fbricas do incio da Revoluo Industrial no apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condies das fbricas eram precrias. Eram ambientes com pssima iluminao, abafados e sujos. Os salrios recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar at 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos fsicos dos patres. No havia direitos trabalhistas como, por exemplo, frias, dcimo terceiro salrio, auxlio doena, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefcio. Quando desempregados, ficavam sem nenhum tipo de auxlio e passavam por situaes de precariedade.

Reao dos trabalhadoresEm muitas regies da Europa, os trabalhadores se organizaram para lutar por melhores condies de trabalho. Os empregados das fbricas formaram as trade unions (espcie de sindicatos) com o objetivo de melhorar as condies de trabalho dos empregados. Houve tambm movimentos mais violentos como, por exemplo, o ludismo. Tambm conhecidos como "quebradores de mquinas", os ludistas invadiam fbricas e destruam seus equipamentos numa forma de protesto e revolta com relao a vida dos empregados. O cartismo foi mais brando na forma de atuao, pois optou pela via poltica, conquistando diversos direitos polticos para os trabalhadores.

ConclusoA Revoluo tornou os mtodos de produo mais eficientes. Os produtos passaram a ser produzidos mais rapidamente, barateando o preo e estimulando o consumo. Por outro lado, aumentou tambm o nmero de desempregados. As mquinas foram substituindo, aos poucos, a mo-de-obra humana. A poluio ambiental, o aumento da poluio sonora, o xodo rural e o crescimento desordenado das cidades tambm foram conseqncias nocivas para a sociedade. At os dias de hoje, o desemprego um dos grandes problemas nos pases em desenvolvimento. Gerar empregos tem se tornado um dos maiores desafios de governos no mundo todo. Os empregos repetitivos e pouco qualificados foram substitudos por mquinas e robs. As empresas procuram profissionais bem qualificados para ocuparem empregos que exigem cada vez mais criatividade e mltiplas capacidades. Mesmo nos pases desenvolvidos tem faltado empregos para a populao.1 fase: (1750-1850)-desenvolvera-se as indstrias textil, movidas a vapor. Teve tambm a inveno do telgrafo, trem e barco nesta poca.

1. Fase da Revoluo Industrial: 1750-1860

tear mecnico;mquina a vapor;fundio do ferro;progressos na agricultura.

1. Fase - +/1750 at +/1860:Durante a segunda metade do sculo XVIII, na Inglaterra uma srie de transformaes no processo de produo de mercadorias, deram origem ao que se convencionou chamar por 1a Revoluo Industrial. Antes desse processo eram as oficinas artesanais que produziam grande parte das mercadorias consumidas na Europa. Nestas oficinas, tambm chamadas de manufaturas, o arteso controlava todo o processo de produo. Era ele quem estabelecia, por exemplo, sua jornada de trabalho. Tambm no existia uma profunda diviso do trabalho (cada um fazendo uma parte do produto). Freqentemente nas oficinas um grupo de dois ou trs artesos se dedicava produo de uma mercadoria de seu princpio ao seu fim, ou seja fazia a mercadoria como na sua totalidade, sem diviso do trabalho. Com a Revoluo Industrial isso se alterou, os arteso perderam sua autonomia. Com a chegada de novas tecnologia e novas mquinas apareceram as fbricas nas quais todas as modernas mquinas tornaram-se propriedade de um capitalista (burgus). A produo fabril concorrendo com a artesanal levou esta runa. Os antigos arteso, ento tiveram que se tornar trabalhadores assalariados, estando a partir da sob o controle do capitalista.Essa fase da Revoluo Industrial foi assinalada pelos seguintes fenmenos:

inveno do tear mecnico e do descaroador de algodo e consequente desenvolvimento da indstria txtil;inveno da mquina a vapor, que substitui as fontes tradicionais de energia mecnica, como a roda de gua, a roda de vento e a trao animal;

uso do coque para a fundio do ferro; a produo de lminas de ferro e a produo do ao em larga escala;melhoria no processo de explorao do carvo mineral, com a utilizao de mquinas a vapor para retirar a gua acumulada nas minas de carvo;

revoluo nos transportes e nas comunicaes, com a inveno da locomotiva, do navio a vapor e do telgrafo;progressos na agricultura, com a produo de adubos, melhores grades e arados, inveno da debulhadora e da ceifeira mecnica.

Na primeira fase da Revoluo Industrial, a industria txtil foi a que mais se desenvolveu,

alm de crescentes progressos na siderurgia. Algumas invenes foram de fundamental importncia para ativar o processo de mecanizao industrial, entre as quais podem ser destacadas: a mquina de Hargreaves _1767; capaz de fiar, sob os cuidados de um s operrio, 80kg de algodo de uma s vez; o tear hidrulico de Arkwright _ 1768; a mquina Crompton _ 1779; aprimorando o tear hidrulico; o tear mecnico de Cartwright _ 1785; a mquina a vapor de Thomas Newcomen, aperfeioada depois por James Watt _ 1769; Alm da maquinofatura, as inovaes tecnolgicas atingiram tambm os transportes, servindo para escoarem as mercadorias. Datam dessa poca: o barco a vapor de Robert Fulton _ 1805, Estados Unidos; a locomotiva a vapor de George Stephenson _ 1814, Inglaterra.2 fase: (1850-1945)-desenvolveu-se a indstria petroqumica, movidas a petrleo e eletricidade. Teve a descoberta do rdio, TV, carro e cinema nesta poca.

2. Fase da Revoluo Industrial: 1860-1945

dnamo; petrleo; motor de combusto interna; mquinas automticas.

2. Fase - +/1860 at +/1945:

Essa fase da Revoluo Industrial foi assinalada pelos seguintes fenmenos:

aperfeioamento na produo do ao, que superou o uso do ferro;

aperfeioamento do dnamo;utilizao de novas fontes de energia, como o petrleo e a energia eltrica;inveno do motor de combusto interna;emprego dos metais leves, como o alumnio e o magnsio;nova evoluo nos transportes, com introduo das locomotivas e dos navios a leo, inveno do automvel, do avio, do telgrafo sem fio, do rdio e da televiso;

introduo de mquinas automticas, permitindo a produo em srie e provocando um grande aumento na produo.Durantes a segunda fase da Revoluo Industrial ocorreu a sua efetiva difuso pelo continente europeu e outros continentes, atingindo a Blgica, Frana Itlia, Alemanha, Rssia, Estados Unidos, Japo e outros. J no sculo XX, a partir de 1960, aproximadamente, novas tecnologias e dinmicas produtivas originaram transformaes que deram origem denominada Terceira Revoluo Industrial. 3 fase: (1945-hoje)nanotecnologia, informatica, energia atomica, espacial..

Terceira fase da revoluo industrial--As bases tecnolgicas dessa nova etapa seriam: a microeletrnica: envolvendo computao, comunicaes e robtica; a biotecnologia: incluindo engenharia gentica, mapeamento gentico, clonagem; a qumica fina: desenvolvendo novas ligas e produtos _ materiais leves, ultrafinos, condutores e outros.Fases da indstria:

artesanato;manufatura;mecanizao.

O processo da industrializao exigiu:desenvolvimento tcnico e cientfico;investimento de grandes capitais;fornecimento de matrias-primas;consumidores para os produtos transformados.

A Revoluo Industrial proporcionou:

a passagem da sociedade rural para a sociedade industrial;

a mecanizao da indstria e da agricultura;

o desenvolvimento do sistema fabril;

o desenvolvimento dos transportes e comunicaes;

a expanso do capitalismo.Horas de trabalho por semana para trabalhadores adultos nas indstrias txteis:

1780 - em torno de 80 horas por semana

1820 - 67 horas por semana

1860 - 53 horas por semana

2007 - 46 horas por semana

Segundo os socialistas, o salrio, medido a partir do que necessrio para que o trabalhador sobreviva (deve ser notado de que no existe definio exata para qual seja o "nvel mnimo de subsistncia"), cresceu medida que os trabalhadores pressionam os seus patres para tal, ou seja, se o salrio e as condies de vida melhoraram com o tempo, foi graas organizao e aos movimentos organizados pelos trabalhadores.

Movimentos

Alguns trabalhadores, indignados com sua situao, reagiam das mais diferentes formas, das quais se destacam:

Movimento Ludista (1811-1812)Reclamaes contra as mquinas inventadas aps a revoluo para poupar a mo-de-obra j eram normais. Mas foi em 1811 que o estopim estourou e surgiu o movimento ludista, uma forma mais radical de protesto. O nome deriva de Ned Ludd, um dos lderes do movimento. Os luditas chamaram muita ateno pelos seus atos. Invadiram fbricas e destruram mquinas, que, segundo os luditas, por serem mais eficientes que os homens, tiravam seus trabalhos, requerendo, contudo, duras horas de jornada de trabalho. Os manifestantes sofreram uma violenta represso, foram condenados priso, deportao e at forca. Os luditas ficaram lembrados como "os quebradores de mquinas".

Anos depois os operrios ingleses mais experientes adotaram mtodos mais eficientes de luta, como a greve e o movimento sindical.

Movimento Cartista (1837-1848)Em seqncia veio o movimento "cartista", organizado pela "Associao dos Operrios", que exigia melhores condies de trabalho como:

particularmente a limitao de oito horas para a jornada de trabalhoa regulamentao do trabalho feminino/a extino do trabalho infantil/a folga semanal

o salrio mnimoEste movimento lutou ainda pelos direitos polticos, como o estabelecimento do sufrgio universal (apenas para os homens, nesta poca) e extino da exigncia de propriedade para se integrar ao parlamento e o fim do voto censitrio. Esse movimento se destacou por sua organizao, e por sua forma de atuao, chegando a conquistar diversos direitos polticos para os trabalhadores.

As "trade-unions"-Os empregados das fbricas tambm formaram associaes denominadas trade unions, que tiveram uma evoluo lenta em suas reivindicaes. Na segunda metade do sculo XIX, as trade unions evoluram para os sindicatos, forma de organizao dos trabalhadores com um considervel nvel de ideologizao e organizao, pois o sculo XIX foi um perodo muito frtil na produo de idias antiliberais que serviram luta da classe operria, seja para obteno de conquistas na relao com o capitalismo, seja na organizao do movimento revolucionrio cuja meta era construir o socialismo objetivando o comunismo. O mais eficiente e principal instrumento de luta das trade unions era a greve.

Sade e bem-estar econmico

Estudos sobre as variaes na altura mdia dos homens no norte da Europa, sugerem que o progresso econmico gerado pela industrializao demorou varias dcadas at beneficiar a populao como um todo. Eles indicam que, em mdia, os homens do norte europeu durante o incio da Revoluo Industrial eram 7,6 centmetros mais baixos que os que viveram 700 anos antes, na Alta Idade Mdia. estranho que a altura mdia dos ingleses tenha cado continuamente durante os anos de 1100 at o incio da revoluo industrial em 1780, quando a altura mdia comeou a subir. Foi apenas no incio do sculo XX que essas populaes voltaram a ter altura semelhante s registradas entre os sculos IX e XI[2]. A variao da altura mdia de uma populao ao longo do tempo considerada um indicador de sade e bem-estar econmico.

A industrializao na Europa: a partir de 1815

At 1850, a Inglaterra continuou dominando o primeiro lugar entre os pases industrializados. Embora outros pases j contassem com fbricas e equipamentos modernos, esses eram considerados uma "miniatura de Inglaterra", como por exemplo os vales de Ruhr e Wupper na Alemanha, que eram bem desenvolvidos, porm no possuam a tecnologia das fbricas inglesas.

Na Europa, os maiores centros de desenvolvimento industrial, na poca, eram as regies mineradoras de carvo; lugares como o norte da Frana, nos vales do Rio Sambre e Meuse, na Alemanha, no vale de Ruhr, e tambm em algumas regies da Blgica. A Alemanha nessa poca ainda no havia sido unificada. Eram 39 pequenos reinos e dentre esses a Prssia, que liderava a Revoluo Industrial. A Alemanha se unificou em 1871, quando a Prssia venceu a Guerra Franco-Prussiana.Fora estes lugares, a industrializao ficou presa:s principais cidades, como Paris e Berlim;aos centro de interligao viria, como Lyon, Colnia, Frankfurt, Cracvia e Varsvia;

aos principais portos, como Hamburgo, Bremen, Roterd, Le Havre, Marselha;

a polos txteis, como Lille, Regio do Ruhr, Roubaix, Barmen-Elberfeld (Wuppertal), Chemmitz, Lodz e Moscou;e a distritos siderurgicos e indstria pesada, na bacia do rio Loire, do Sarre, e da Silsia.

De 1830 a 1929: A Expanso pelo mundo.Aps 1830, a produo industrial se descentralizou da Inglaterra e se expandiu rapidamente pelo mundo, principalmente para o noroeste europeu, e para o leste dos Estados Unidos da Amrica. Porm, cada pas se desenvolveu em um ritmo diferente baseado nas condies econmicas, sociais e culturais de cada lugar.

Na Alemanha com o resultado da Guerra Franco-prussiana em 1870, houve a Unificao Alem que, liderada por Bismarck, impulsionou a Revoluo Industrial no pas que j estava ocorrendo desde 1815. Foi a partir dessa poca que a produo de ferro fundido comeou a aumentar de forma exponencial.Na Itlia a unificao poltica realizada em 1870, semelhana do que ocorreu na Alemanha, impulsionou, mesmo que atrasada, a industrializao do pas. Essa s atingiu ao norte da Itlia, pois o sul continuou basicamente agrrio.Muito mais tarde, comeou a industrializao na Rssia, nas ltimas dcadas do sculo XIX. Os principais fatores para que ela acontecesse foram a grande disponibilidade de mo-de-obra, interveno governamental na economia atravs de subsdios e investimentos estrangeiros indstria.Nos Estados Unidos a industrializao comeou no final do sculo XVIII, e foi somente aps a Guerra da Secesso que todo o pas se tornou industrializado. A industrializao relativamente tardia dos EUA em relao Inglaterra pode ser explicada pelo fato de que nos EUA existia muita terra per capita, j na Inglaterra existia pouca terra per capita, assim os EUA tinham uma vantagem comparativa na agricultura em relao Inglaterra e consequentemente demorou bastante tempo para que a indstria ficasse mais importante que a agricultura. Outro fator que os Estados do sul eram escravagistas o que retardava a acumulao de capital, como tinham muita terra eram essencialmente agrrios, impedindo a total industrializao do pas que at a segunda metade do sculo XIX era constitudo s pelos Estados da faixa leste do atual Estados Unidos.O trmino do conflito resultou na abolio da escravatura o que elevou a produtividade da mo de obra. aumentando assim a velocidade de acumulao de capital, e tambm muitas riquezas naturais foram encontradas no perodo incentivando a industrializao.

A modernizao do Japo data do incio da era Meiji, em 1867, quando a superao do feudalismo unificou o pas. A propriedade privada foi estabelecida. A autoridade poltica foi centralizada possibilitando a interveno estatal do governo central na economia, o que resultou no subsidio a indstria. E como a mo-de-obra ficou livre dos senhores feudais, ocorreu assimilao da tecnologia ocidental e o Japo passou de um dos pases mais atrasados do mundo a um pas industrializado.

As consequncias da Revoluo Industrial.A partir da Revoluo Industrial o volume de produo aumentou extraordinariamente: a produo de bens deixou de ser artesanal e passou a ser maquinofaturada; as populaes passaram a ter acesso a bens industrializados e deslocaram-se para os centros urbanos em busca de trabalho. As fbricas passaram a concentrar centenas de trabalhadores, que vendiam a sua fora de trabalho em troca de um salrio.

Outra das consequncias da Revoluo Industrial foi o rpido crescimento econmico. Antes dela, o progresso econmico era sempre lento (levavam sculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e aps, a renda per capita e a populao comearam a crescer de forma acelerada nunca antes vista na histria. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a populao da Inglaterra aumentou de 3,5 milhes para 8,5, j entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhes, devido drstica reduo da mortalidade infantil.A Revoluo Industrial alterou completamente a maneira de viver das populaes dos pases que se industrializaram. As cidades atraram os camponeses e artesos, e se tornaram cada vez maiores e mais importantes.Na Inglaterra, por volta de 1850, pela primeira vez em um grande pas, havia mais pessoas vivendo em cidades do que no campo. Nas cidades, as pessoas mais pobres se aglomeravam em subrbios de casas velhas e desconfortveis, se comparadas com as habitaes dos pases industrializados hoje em dia. Mas representavam uma grande melhoria se comparadas as condies de vida dos camponeses, que viviam em choupanas de palha. Conviviam com a falta de gua encanada, com os ratos, o esgoto formando riachos nas ruas esburacadas.O trabalho do operrio era muito diferente do trabalho do campons: tarefas montonas e repetitivas. A vida na cidade moderna significava mudanas incessantes. A cada instante, surgiam novas mquinas, novos produtos, novos gostos, novas modas.

A industrializao no BrasilO Brasil, como uma antiga colnia de uma nao europeia, faz parte de um grupo de pases de industrializao tardia.

Tema 2:

O mundo do trabalho e os deslocamentos populacionais

Tpico XI:

Desenvolvimento tecnolgico e mudanas no mundo do trabalho

Habilidades:

Identificar e analisar, por meio de dados quantitativos (grficos, tabelas), a situao dos setores econmicos no mundo globalizado; pesquisar o impacto da robotizao sobre a produo.

Pesquisar o impacto da robotizao sobre a produo e o trabalho industrial. Identificar e analisar, por meio de dados quantitativos (grficos, tabelas), a situao dos setores econmicos no mundo globalizado. Fazer levantamento de novas profisses surgidas nas ltimas dcadas. Relacionar as novas profisses com as transformaes tecnolgicas e com a globalizao.Providncias:

Organizar a turma em duplas; cada dupla deve receber as tabelas e o grfico que constam nesta atividade.

Pr-requisitos:

O professor deve trabalhar esta atividade com as OPs 31, 32, 33 e 38, estabelecendo relao com o neoliberalismo.

Procedimentos:Coloque para os alunos a seguinte problematizao:

Como explicar a aparente contradio entre o aumento da produtividade e a diminuio do nmero de empregados nos supermercados.

Estimular uma discusso sobre as conseqncias da automao, sobre como eles percebem o papel das mquinas na vida das pessoas. O professor pode estabelecer uma relao com os luditas, e enfatizar o lugar fundamental ocupado pela mquina no sistema capitalista.

Busque obter relatos dos alunos que j trabalharam, trabalham ou conhecem pessoas que trabalham em supermercados sobre modificaes no funcionamento dos mesmos e na situao dos empregados.

Outra questo, que embora pontual, pode estimular o raciocnio do aluno, refere-se aparente contradio entre o aumento do nmero de empregados por loja e a diminuio do nmero de empregados por 100 m2e nos caixas (check-out).

(Espao fsico dos supermercados foi ampliado; lojas menores fechadas, e absoro de parte dos empregados pelas lojas maiores da rede).

Dado auxiliar: salrio mdio dos supermercados no Brasil, em 1996, era de R$ 280,00; em So Paulo, de R$370,00.

Os desafios do mundo globalizado

Janeiro/2009

Inexiste tambm qualquer prognstico minimamente confivel sobre sua possvel e/ou provvel evoluo. O que se sabe, com certeza, que ela ter agudeza e durao variveis em funo das vulnerabilidades de cada pas e de cada empresa e, sobretudo, gravidade diferente em funo das decises que forem adotadas para a travessia do perodo difcil e - por que no - para aproveitar as oportunidades que a Histria das crises registra. Em resumo, o que consultores e especialistas em economia esto dizendo que, para momentos mais difceis, as decises devem ter maior qualidade.

As melhores especulaes das fontes mais autorizadas nacionais e internacionais concordam que haver uma reduo da economia global dos 5% registrados em 2007 para algo em torno de 2,2% em 2009, nmero do Fundo Monetrio Internacional - FMI. As razes esto no crdito mais curto, nas redues das demandas nacional e internacional e na queda dos preos de commodities.

Os reflexos sobre o PIB brasileiro so inevitveis, como mostram suas relaes com as crises dos ltimos 20 anos, segundo dados do IBGE.

Alm desse inevitvel reflexo, as mltiplas anlises do cenrio 2009 concordam que tanto pases como setores da economia sofrero impactos diferentes. O G8, grupo dos pases mais ricos, ser mais afetado, enquanto predomina a idia de que o grupo dos BRICs, Brasil, Rssia, ndia e China, sofrer impactos menores e crescer em 2009 acima da mdia global. Um nmero corrente nessas anlises mostra crescimento em torno dos 3% para esses pases.

Possibilidades dentro da crise

A hora no a melhor, desde que os grandes mercados importadores estaro debilitados, mas a desvalorizao do real diante das principais moedas internacionais, dlar, iene e euro, melhora de forma significativa a competitividade dos produtos brasileiros e renova o impulso exportador. Chega por conta da crise uma desvalorizao que foi reivindicao presente em todas as agendas empresariais nos ltimos trs anos.

A importncia assumida pela demanda interna um dado relevante na avaliao das repercusses da crise sobre o Pas. Ela responsvel por 85% do PIB. Ao mesmo tempo, a rede financeira do Pas est sendo mobilizada e estimulada a ampliar o crdito para compensar as restries do crdito internacional. A relao entre o volume de crdito e o PIB pode dobrar, e os riscos de inflao so considerados muito pequenos devido prpria deflao global.

No Brasil, como de resto em todos os pases, a recuperao do crdito tem sido o foco inicial do combate crise. As solues consistem basicamente em transferncia de recursos dos governos - vale dizer da sociedade - para as instituies falidas ou enfraquecidas - sob diferentes formas: redues das taxas de juros, que, em pases como a China, chegaram a ser negativos, compra de ativos desvalorizados, abertura de novas linhas de crdito, participaes societrias. Em todos os casos, elas sempre representam uma participao do Estado na economia, por vezes ignorando as reservas dos defensores do liberalismo. Foi o caso, por exemplo, dos republicanos mais ortodoxos nos Estados Unidos, que viram sua averso ao papel do Estado na economia vencida pela crise financeira.

A deciso de se manter e at aumentar os investimentos na infra-estrutura previstos no Plano de Acelerao do Crescimento - PAC, incluindo a os projetos do petrleo no pr-sal, deve ajudar o Pas a superar as dificuldades dos prximos meses. E o crescimento de 3%, previsto por organismos internacionais, que em outras circunstncias poderia ser considerado medocre, aparece como excelente desempenho dentro da conjuntura global.

O Banco Central d outros nmeros indicadores da crescente reduo da vulnerabilidade brasileira em relao s crises geradas externamente. A relao entre a dvida externa bruta e o PIB, que chegou ao seu mximo em 2002, quando representava 42% do PIB, caiu para estimados 14% em 2008. A relao entre a dvida externa total lquida e o PIB ainda mais confortvel. Dos 33% em 2002, desapareceu em 2008, quando o Pas se tornou credor internacional.

Mudana x permanncia

Pode parecer um paradoxo que uma crise que tenha centro nos Estados Unidos traga a valorizao do dlar. A crise est marcando o fim de um ritmo para o crescimento global, mas no modifica as posies relativas entre as economias.

Nmeros do FMI mostram que os Estados Unidos seguem sendo a maior economia mundial, com 27% do PIB global, seguidos de longe pelo Japo com 8%, Alemanha e China com 6%. Apesar de alguma perda de espao financeiro para o euro, o dlar norte-americano reflete a fora econmica dos Estados Unidos e seguir sendo a moeda de referncia.

O menor crescimento do comrcio mundial afetar de forma diferente os pases. O novo cenrio econmico global, todavia, ser mais multipolar, compreendendo USA, Unio Europia, o grupo dos BRICs, o Japo e demais asiticos. Os novos plos desenvolvidos no processo de globalizao devem compensar, ainda que parcialmente, a desacelerao das economias do G8. A globalizao, que alastra crises localizadas, cria, ao mesmo tempo, possibilidades de compensao entre pases e/ou entre setores econmicos.

Nesta perspectiva global, surgem algumas tendncias que provavelmente sero trabalhadas ao longo de 2009. A primeira delas a regulamentao do mercado global. Anlises tericas j tinham alertado para o fato de que se construiu nos ltimos anos um ensaio de sociedade global sem um Estado global capaz de regulamentar as novas relaes internacionais. A crise financeira mostrou na prtica a necessidade dessa regulamentao. Ela ser a agenda principal das reunies de chefes de Estado j previstas para 2009, em que sero discutidos os novos papis e o fortalecimento de instituies financeiras como o FMI e o Banco Mundial.

As relaes comerciais entre os players desse cenrio mundial devero obedecer a uma nova regulamentao. O principal obstculo est na oposio bastante explcita e intensa entre as correntes protecionistas e liberalizantes do mercado que existem em todos os pases.

O Brasil ingressa em 2009 com uma economia em alerta, mas consciente de suas foras e dos riscos. A maioria dos estudiosos, esteja na universidade ou no mercado, ressalta os fatores que podem amenizar o impacto da crise:poltica fiscal consistente metas inflacionrias dentro da expectativa cmbio flutuante menor vulnerabilidade s presses externas

investimentos externos diretos em torno dos US$ 30 milhes posio credora no mercado internacional tendncia crescente na relao entre investimentos e PIB pronta mobilizao e reforo do crdito interno renncias fiscais Por outro lado, o supervit da balana comercial deve cair significativamente, inclusive porque nossas commodities perderam preo no mercado internacional, resultado normal da queda na demanda. A taxa de juros ainda alta, especialmente quando comparada com os 3,25% vigentes na zona do euro, o 0,3% no Japo e o 1,0% nos Estados Unidos.

A grande concluso a que se pode chegar, hoje, que a economia em 2009 ser fortemente influenciada pelo cenrio internacional e que, certamente, esse no estar entre os piores anos de nossa Histria econmica recente. Haver espao para crescer, especialmente para aqueles que, diante da desacelerao econmica prevista, acreditarem que o outro lado da crise se chama oportunidade.

Intenes de compra

Estudo revela um mercado ativo Um e meio por cento dos leitores de Noticirio de Equipamentos Industriais - NEI, profissionais de pequenas, mdias e grandes empresas, com participao bem definida no processo de compras de suas empresas, revelou seus programas de investimentos em mquinas, equipamentos e componentes industriais- US$ 286.094.417,00.

Esse tipo de estudo, que pode ser projetado para o universo de quase 60 mil leitores, realizado anualmente por NEI com a finalidade de orientar a pesquisa de novos produtos para seu contedo editorial. O conceito bsico, portanto, consiste em perguntar aos leitores o que eles estaro procurando nos prximos 3, 6 e 12 meses, para que o editorial possa oferecer a informao mais necessria e oportuna.

O estudo deste ano ainda mais valioso como fonte de informao porque foi realizado entre agosto e outubro de 2008, quando as notcias da crise financeira mundial j ocupavam todo o noticirio econmico do Pas. E a grande concluso que o mercado industrial continua aquecido e com previses bastante slidas de investimentos.

Os dados levantados pelo estudo de Intenes de Compra relacionam compras de 2.213 produtos diferentes e um total de 4.016 menes de produtos. Alguns exemplos: mquinas e equipamentos so cerca de 54% de todas as intenes de compra reveladas pelos participantes do estudo; produtos eltricos, de maneira geral, representam 21,3% das intenes; enquanto instrumentao e controle representam cerca de 20%.

Trinta e cinco por cento das intenes de compra se realizam em trinta dias, segundo os participantes; 23% em 60 dias; 22% em seis meses; e 13% em um ano. Apenas 4% vo se concretizar em prazo superior a um ano, e somente 3% no souberam especificar quando a compra seria.

XII. O muro de Bush e a nova invaso brbara na Europa.

Analisar reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a fronteira Mxico-EUA. Analisar dados estatsticos sobre a emigrao de brasileiros para os EUA. Analisar reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a situao do imigrante brasileiro nos EUA. Analisar legislao e propostas anti-imigrantes na Europa e EUA. Analisar reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a situao dos imigrantes na Europa.

Distribuio absoluta e relativa dos migrantes brasileiros, por cidades de pases selecionados.

Localidade do Posto Consular (N) % (*)

New York 300.040 15,89

Ciudad del Este 280.059 14,83

Miami 200.005 10,59

Boston 150.005 7,95

Nagoya 135.079 7,16

Assuno 107.040 5,67

Tquio 89.891 4,76

Salto del Guaira 55.005 2,91

Washington 48.001 2,54

Houston 40.140 2,13

Lisboa 36.070 1,91

Buenos Aires 35.051 1,86

Los Angeles 33.007 1,75

Zurique 25.880 1,37

Frankfurt 23.201 1,23

Munique 21.695 1,15

Milo 20.062 1,06

Paramaribo 20.015 1,06

Roma 17.059 0,90

Porto 15.520 0,82

Berlim 15.507 0,82

Caiena 15.044 0,80

Londres 15.020 0,80

San Francisco 15.003 0,79

Chicago 13.002 0,69

Tel-Aviv 11.002 0,58

Rotterdam 10.532 0,56

Riviera 10.016 0,53

Subtotal => 1.757.951 93,12

Outros Postos 129.944 6,88

(*) Total estimado de brasileiros em 2000 1.887.895 100,00

Fonte: Ministrio das Relaes Exteriores 2001

Distribuio absoluta e relativa dos migrantes brasileiros,segundo o pas de residncia.

Pas de Destino (N) (%)

Estados Unidos 799.203 42,33

Paraguai 442.104 23,42

Japo 224.970 11,92

Outros 421.618 22,33

Total 1.887.895 100,00

Fonte: Ministrio das Relaes Exteriores 2001.

Eixo Temtico III

Expanso das Fronteiras: a Guerra como Possibilidade PermanenteTema 3: Expanso e Guerra

XIII. A expanso capitalista e o imperialismo

Analisar as caractersticas da chamada Segunda Revoluo Industrial e seus efeitos na correlao de foras entre as naes europias. Conceituar capitalismo monopolista, estabelecendo diferenas entre o capitalismo comercial e o capitalismo industrial. Analisar o papel das teorias raciais na sustentao do imperialismo. Analisar mapas com a partilha da frica e da sia. Analisar filmes que tratam da relao colonizador-colonizado. Analisar movimentos de resistncia expanso europia. Situar temporal e espacialmente os diferentes processos de descolonizao da frica e da sia. Analisar reportagens em revistas, sites, jornais, sobre a situao atual das naes africanas

Imperialismo e NeocolonialismoHistria do Imperialismo no sculo XIX, imperialismo na frica e sia, o neocolonialismo norte-americano,industrializao no sculo XIX, Tratado de Nanquim, descolonizao no sculo XX.

Histria do Imperialismo e Neocolonialismo

Na segunda metade do sculo XIX, pases europeus como a Inglaterra, Frana, Alemanha, Blgica e Itlia, eram considerados grandes potncias industriais. Na Amrica, eram os Estados Unidos quem apresentavam um grande desenvolvimento no campo industrial.Todos estes pases exerceram atitudes imperialistas, pois estavam interessados em formar grandes imprios econmicos, levando suas reas de influncia para outros continentes.

Com o objetivo de aumentarem sua margem de lucro e tambm de conseguirem um custo consideravelmente baixo, estes pases se dirigiram frica, sia e Oceania, dominando e explorando estes povos. No muito diferente do colonialismo dos sculos XV e XVI, que utilizou como desculpa a divulgao do cristianismo; o neocolonialismo do sculo XIX usou o argumento de levar o progresso da cincia e da tecnologia ao mundo.

Na verdade, o que estes pases realmente queriam era o reconhecimento industrial internacional, e, para isso, foram em busca de locais onde pudessem encontrar matrias primas e fontes de energia. Os pases escolhidos foram colonizados e seus povos desrespeitados. Um exemplo deste desrespeito foi o ponto culminante da dominao neocolonialista, quando pases europeus dividiram entre si os territrios africano e asitico, sem sequer levar em conta as diferenas ticas e culturais destes povos.

Devido ao fato de possurem os mesmo interesses, os colonizadores lutavam entre si para se sobressarem comercialmente. O governo dos Estados Unidos, que j colonizava a Amrica Latina, ao perceber a importncia de Cuba no mercado mundial, invadiu o territrio, que, at ento, era dominado pela Espanha. Aps este confronto, as tropas espanholas tiveram que ceder lugar s tropas norte-americanas. Em 1898, as tropas espanholas foram novamente vencidas pelas norte-americanas, e, desta vez, a Espanha teve que ceder as Filipinas aos Estados Unidos.

Um outro ponto importante a se estudar sobre o neocolonialismo, entrada dos ingleses na China, ocorrida aps a derrota dos chineses durante a Guerra do pio (1840-1842). Esta guerra foi iniciada pelos ingleses aps as autoridades chinesas, que j sabiam do mal causado por esta substncia, terem queimado uma embarcao inglesa repleta de pio. Depois de ser derrotada pelas tropas britnicas, a China, foi obrigada a assinar o Tratado de Nanquim, que favorecia os ingleses em todas as clausulas. A dominao britnica foi marcante por sua crueldade e s teve fim no ano de 1949, ano da revoluo comunista na China.

Como concluso, pode-se afirmar que os colonialistas do sculo XIX, s se interessavam pelo lucro que eles obtinham atravs do trabalho que os habitantes das colnias prestavam para eles. Eles no se importavam com as condies de trabalho e tampouco se os nativos iriam ou no sobreviver a esta forma de explorao desumana e capitalista. Foi somente no sculo XX que as colnias conseguiram suas independncias, porm herdaram dos europeus uma srie de conflitos e pases marcados pela explorao, subdesenvolvimento e dificuldades polticas.

DESCOLONIZAO DA SIA

Processo de independncia das colnias no continente asitico iniciado aps a II Guerra Mundial. Desde ento surgem novos pases, a maioria originria dos antigos imprios coloniais britnico e francs. Os movimentos pela autonomia nacional assumem vrias formas: guerras de libertao, resistncia pacfica aos colonizadores ou gestes diplomticas para a conquista da independncia. Oriente Mdio O Lbano e a Sria, domnios franceses desde o final da I Guerra Mundial, obtm a independncia respectivamente em 1941 e 1946. A partir do final da II Guerra Mundial, os pases de dominao britnica no Oriente Mdio tambm conquistam a independncia: Jordnia (1946), Om (1951), Kuweit (1961), Imen do Sul (1967), Barein, Catar e Emirados rabes Unidos (1971). Sul da sia A ndia, centro do imprio britnico na sia, que inclui ainda Paquisto e Bengala Oriental (atual Bangladesh), palco de movimentos anticolonialistas j durante a II Guerra Mundial. Em 1947 proclamada a independncia da ndia, que se separa do Paquisto no mesmo ano. Bangladesh, incorporado ao Paquisto, torna-se independente em 1971. Os pases sob controle britnico do sul da sia tambm conseguem a independncia: Sri Lanka (1948), Buto (1949) e Maldivas (1965). Sudeste Asitico A Indochina, pennsula do Sudeste Asitico colonizada pela Frana, era formada por An, Cochinchina e Tonkin (que juntos deram origem ao atual Vietn), Laos, Camboja e pelo territrio chins de Kuang-tcheou-wan. Durante a II Guerra Mundial ocupada pelo Japo, o que estimula os movimentos de libertao nacional dos vrios pases. No Vietn, a guerra de libertao dirigida pelo Vietminh, liga revolucionria fundada em 1941. Tambm h guerra no Laos e no Camboja, que conquistam a independncia em 1953. A Conferncia de Paz de Genebra, realizada em 1954, divide a Indochina em trs Estados independentes: Laos, Camboja e Vietn. O Vietn permanece dividido em duas zonas at 1976, quando reunificado. Invadidas pelo Japo durante a II Guerra Mundial, a Indonsia (antiga colnia holandesa) alcana a independncia em 1945 e as Filipinas (ex-colnia norte-americana), um ano depois. Posteriormente, os pases do Sudeste Asitico sob domnio ingls tornam-se independentes: Mianmar (1948), Malsia (1957), Cingapura (1965) e Brunei (1984).No curso da Segunda Guerra Mundial intensificam-se os movimentos pela libertao e autonomia nacional em quase todos os pases do continente asitico. Assumem a forma de guerras de libertao, em geral estimuladas ou dirigidas pelos comunistas, de resistncia pacfica ao domnio colonial ou de gestes diplomticas para a conquista da autonomia. Indochina No decorrer da guerra antijaponesa, cresce um forte movimento de libertao nacional no Vietn, Laos e Camboja, com a participao de comunistas e nacionalistas. No Vietn, a guerra de libertao dirigida pelo Vietminh, movimento de frente nica fundado em 1941 pelo lder comunista Ho Chi Minh. Em 1945, o Vietminh ignora as decises da Conferncia de Potsdam quanto diviso do Vietn e proclama a Repblica Democrtica, tendo Hani como capital. Nesse mesmo ano os britnicos ocupam a regio sul e Saigon e, em 1946, passam a administrao dessa regio s autoridades coloniais francesas. O Vietminh aceita o retorno das tropas francesas em troca do reconhecimento da Repblica do norte no mbito da Unio Francesa. Os ultranacionalistas franceses decidem, porm, resolver o problema militarmente. Tropas selecionadas ocupam o delta do rio Vermelho em 1946, deflagrando a guerra que se estende at 1954. O Vietminh combina tticas de guerrilha com a guerra de movimentos. A derrota final dos franceses ocorre na batalha de Dien Bien Phu, em maio de 1954. A guerra se desenvolve tambm no Laos e no Camboja. A Conferncia de Paz de Genebra, realizada em 1954, divide a Indochina em trs Estados independentes: Laos, Camboja e Vietn. O Vietn permanece dividido pelo paralelo 17 em duas zonas at a realizao das eleies em 1956. ndia o centro do Imprio Britnico na sia, incluindo tambm o atual Paquisto e Bengala Oriental (atual Bangladesh ). Durante a Segunda Guerra Mundial crescem os movimentos antibritnicos, que procuram um acordo de independncia. O Partido do Congresso (pr-independncia) sofre grande influncia do movimento pacifista de Mohandas Ghandi. A Liga Muulmana surge da diviso do Partido do Congresso, em 1940, com o objetivo de conseguir a separao do Paquisto da federao indiana. Em 1947, aps a negativa de Ghandi e do Partido do Congresso a aceitar o status de domnio, proclamada a independncia, criada uma Assemblia Constituinte e formado um governo de transio. Em 1950 proclamada a Constituio da Unio Indiana.Mohandas Karamchand Ghandi (1869-1948) Principal artfice do movimento de independncia indiano, advogado formado em Londres e vive de 1907 a 1914 na frica do Sul, onde inicia seu movimento pacifista. Ao retornar ndia, consegue disseminar seu movimento, cujo mtodo principal de luta a resistncia passiva, que nega qualquer colaborao com o domnio britnico, mas mediada pela no-violncia (ahimsa). preso pelo menos quatro vezes e sensibiliza a opinio pblica fazendo greves de fome. Torna-se famoso por sua simplicidade: usa sandlias de campons e roupas feitas com algodo que ele mesmo tece manualmente. Ganha o apelido de Mahatma (homem santo, patriarca). Tenta manter hindus e muulmanos unidos, mas os muulmanos preferem estabelecer um Estado separado, o Paquisto. Em sua homenagem, Indira, filha de Jawaharlal Nehru - o primeiro a ocupar os cargos de primeiro-ministro e chanceler da ndia independente -, adota o sobrenome Ghandi. Ele aceita a diviso do pas para evitar um banho de sangue, o que atrai a ira dos radicais nacionalistas hindus. Um deles assassina Gandhi com um tiro em janeiro de 1948.

DESCOLONIZAO DA SIA

Descolonizao o processo pelo qual uma ou vrias colnias adquirem ou recuperam a sua independncia, geralmente por acordo entre a potncia colonial e um partido poltico (ou coligao) ou movimento de libertao.

Este processo geralmente antecedido por um conflito entre as "foras vivas" da colnia e a administrao colonial, que pode tomar a forma duma guerra de libertao (como foi o caso de algumas colnias portuguesas e da Arglia), um golpe de estado, em que as organizaes na colnia substituem a administrao colonial, como aconteceu na formao dos Estados Unidos da Amrica, ou ainda por um processo mais pacfico, em que o partido ou movimento de libertao exerce presso sobre o governo colonial, seja por peties legais, seja pela organizao de manifestaes, normalmente com o apoio de grupos de presso dentro do pas colonizador.

No entanto, houve casos em que a potncia colonial, quer por presses internas ou internacionais, quer por verificar que a manuteno de colnias lhe traz mais prejuzos que benefcios, decide por sua iniciativa conceder a independncia s suas colnias, como aconteceu com vrias das ex-colnias francesas e britnicas. Nestes casos, foi frequente o estabelecimento de acordos em que a potncia colonial tem privilgios no comrcio e noutros aspectos da economia e poltica com a ex-colnia, podendo esta nova relao tomar a forma de neocolonialismo.

Antecedentes e breve histria da descolonizao recente

O crescimento populacional e econmico em vrios pases da Europa e da sia (os mongis e os japoneses) levou a um tipo de colonizao, com o carcter de dominao (e, por vezes, extermnio) de povos que ocupavam territrios longnquos e dos seus recursos naturais, criando grandes imprios coloniais. Um dos aspectos mais importantes desta colonizao foi a escravatura, com a "exportao" de uma grande parte da populao africana para as Amricas, com consequncias nefastas, tanto para o Continente Negro, como para os descendentes dos escravos, que perduram at hoje.

Esta foi a primeira forma de imperialismo, em que vrios pases europeus, principalmente Portugal, Espanha, Frana, a Holanda e a Inglaterra (mais tarde o Reino da Gr-Bretanha), constituiram grandes imprios coloniais abrangendo praticamente todo o mundo. A explorao desenfreada dos recursos dos territrios ocupados, levou a movimentos de resistncia dos povos locais e, finalmente sua independncia, num processo denominado descolonizao, terminando estes imprios coloniais em meados do sculo XX.

Resumo da descolonizao de frica

Quando os estados da Europa no final da Idade Mdia comearam a "descobrir" a frica, encontraram a reinos ou estados, quer de feio rabe ou islamizados, principalmente no norte e ocidente daquele continente, quer de tradio bantu. Os primeiros contatos entre estes povos no foram imediatamente de dominao, mas de carcter comercial. No entanto, os conflitos originados pela competio entre as vrias potncias europeias levaram dominao poltica desses reinos, que culminou com a partilha do Continente Negro pelos estados europeus na Conferncia de Berlim, em 1885.

No entanto, as duas grandes guerras que fustigaram a Europa durante a primeira metade do sculo XX deixaram aqueles pases sem condies para manterem um domnio econmico e militar nas suas colnias. Estes problemas, associados a um movimento independentista que tomou uma forma mais organizada na Conferncia de Bandung, levou as antigas potncias coloniais a negociarem a independncia das colnias.

Capitalismo IndustrialO capitalismo industrial foi marcado por transformaes na economia, na sociedade, na poltica e cultura. Uma de suas caractersticas mais importantes foi a de transformar da natureza, uma quantidade bem maior de produtos aos consumidores, o que multiplicava o lucro dos produtores.A essncia do sistema no era mais o comrcio. O bom lucro vinha da produo de mercadorias.O mecanismos da explorao capitalista foi chamada por Karl Marx de mais valia.Mais valia: o trabalhador assalariado recebe uma remunerao por cada jornada de trabalho. Mas o trabalhador produz um valor maior do que aquele que recebe em forma de salrio. Essa parte de trabalho no pago fica no bolso dos donos das fbricas, minas e etc. Assim todo produto vendido traz uma parte que no paga aos trabalhadores, permitindo o acmulo de capitais.Por isso que o regime assalariado a melhor forma de trabalho no capitalismo. O trabalhador assalariado alem de produzir mais, tem condies de comprar os produtos. Com isso a escravido foi extinta quando o trabalhador assalariado comeou a predominar.Com o aumento da produo tambm houve o aumento de mo-de-obra, energia, matria-prima e mercado para os seus produtos. A industrializao estava no s na Europa, mais tambm nos Estados Unidos, e no Japo estava comeando.Nessa nova fase do capitalismo a burguesia industrial, ao contrrio da fase comercial passou a ser um empecilho. Consolidou-se uma nova doutrina econmica, o liberalismo.Mudanas importantes estavam ocorrendo: a produtividade e a capacidade de produo aumentavam rapidamente; e a produo em srie crescia. Na segunda metade do sculo XIX, estava acontecendo a Segunda Revoluo Industrial. Um dos aspectos importantes desse perodo foi a introduo de tecnologias e novas fontes de energia, passou a haver um interesse para a pesquisa cientifica com o objetivo de desenvolver novas e melhores tcnicas de produo.A descoberta da eletricidade beneficiou no s as industriais como a sociedade em geral, melhorando a qualidade de vida. Com o desenvolvimento do motor, e utilizao de combustveis derivados do petrleo, foi aberta novas formas de transporte.Com o grande aumento da produo, houve tambm competio para se ganhar mercados consumidores e novas fontes de matrias-primas.Foi nessa poca que ocorreu a expanso imperialista na frica e sia. Esses continentes foram partilhados entre os pases imperialistas. Com essa partilha consolidou-se a diviso internacional do trabalho, em que as colnias se especializavam em fornecer matrias-primas com o preo bem barato aos pases que estavam se industrializando.Nessa poca surge ema potencia industrial fora da Europa, os Estados Unidos. Eles adotaram o lema A Amrica para os americanos. Os Estados Unidos tinham como rea de influencia econmica e poltica a Amrica Latina.Em fins do sculo XIX tambm comeou a surgir o Japo como potencia. Passou a disputar territrios com as potencias europias, principalmente o territrio da China.Apesar de a primeira metade do sculo XX ser marcada por avanos tecnolgicos, foi tambm um perodo de instabilidade econmica e geopoltica. Houve a Primeira Guerra Mundial, Revoluo Russa, Grande Depresso e a Segunda Guerra Mundial. Em poucas dcadas o capitalismo passou por crises e transformaes.Capitalismo FinanceiroCom o crescimento acelerado do capitalismo passou a surgir e crescer rapidamente vrias empresas, por causa do processo de concentrao e centralizao de capitais. A grande concorrncia favoreceu as grandes empresas, o que levou a fuses e incorporaes, trazendo monopolizao em muitos setores da economia.O capitalismo dessa forma entrava em sua fase financeira e monopolista. O inicio dessa nova fase capitalista coincidiu com o perodo da expanso imperialista (1875 1914), em fins do sculo XIX e meados do sculo XX. Mas a consolidao s ocorreu aps a Primeira Guerra Mundial, quando as empresas ganharam mais poder e influencia.A expanso do mercado de capitais uma marca do capitalismo financeiro. Nos Estados Unidos se consolidou um grande mercado de capitais. As empresas foram aumentando seus capitais atravs da venda de aes em bolsas de valores. Permitindo assim, a formao de enormes corporaes.Os bancos passam a ter um papel importante como financiadores de produo.A livre concorrncia e o livre mercado passam a ser substitudos por um mercado oligopolizado. O Estado tambm comea a intervir na economia.Em 1929 apesar de o capitalismo financeiro crescer houve uma grande crise, que levou milhares de bancos e industrias a falncia, causando at 1933 quatorze milhes de desempregados. Essa crise se deu devido a grande produo industrial e agrcola, mas pouca expanso do mercado de consumo externo; a industria europia passa a importar menos e exportar menos dos Estados Unidos; exagerada especulao com aes na bolsa de valores. Porem acreditava-se, segundo os preceitos liberais, que o Estado no deveria se interferir na economia.Mas em 1933 foi elaborado e colocado em prtica o New Deal, pelo presidente Franklin Roosevelt. Foi um plano de obras publicas, com o objetivo de acabar com o desemprego, sendo este plano fundamental para melhorar a economia norte-americana.Keynesianismo poltica de interveno estatal numa economia oligopolizada. Recebeu este nome porque seu principal terico e defensor foi John M. Keynes.Trustes grandes grupos que controlam todas as etapas da produo, desde a retirada de matria-prima da natureza at a distribuio das mercadorias.Cartel associao entre empresas para uma atuao coordenada, estabelecendo um preo comum, restringindo a livre concorrncia. Geralmente elevam o preo em comum.O truste o resultado tpico do capitalismo, que leva a fuso e incorporao de empresas de um mesmo setor de atividade. J o cartel surge quando empresas visam partilhar entre si, atravs de acordo, um determinado mercado ou setor da economia.Surgiram tambm atravs dos trustes os conglomerados. Eles so corporaes que atuam no capitalismo monopolista. Resultantes de uma grande ampliao e diversificao dos negcios, visam dominar a oferta de determinados produtos e servios no mercado.Um dos maiores conglomerados do mundo o Mitsubishi Group, que fabrica desde alimentos, automveis, ao, aparelhos de som, televisores, navios, avies e etc. O Mitsubishi tem como financiador o banco Mitsubishi, que aps a sua fuso, Tokyo-Mitsubishi, se tornou o maior do planeta.Aps a Segunda Guerra Mundial, as antigas potencias europias foram entrando num processo de decadncia, perdendo seus domnios coloniais na sia e frica. Esse perodo ps-guerra, foi o incio do atual processo de globalizao da economia

A SEGUNDA METADE DO SCULO XIX: IMIGRAO MODERNIZAO E BRANQUEAMENTO DO BRASIL

Pressionada pela Campanha Abolicionista, pelos interesses britnicos e pela ao de resistncia dos prprios escravos, a elite do Brasil imperial projetava no processo de imigrao uma mudana da estrutura de trabalho das lavouras brasileiras. Os escravos de origem africana que chegavam a costa brasileira em grande nmero desde meados do sculo XVI e que, j no incio do XVII, superavam a mo-de-obra indgena em nmeros e em importncia, seriam substitudos pelos imigrantes de origem europia.Analisando a histria do Brasil por esse vis, o processo de transio da mo-de-obra dos escravos de origem africana para a dos imigrantes ganha um carter extremamente linear: sem a possibilidade de continuar explorando os escravos de origem africana, a elite brasileira os substituiu por trabalhadores de origem europia.Porm essa linearidade racional simplifica o estudo desse processo e, ao mesmo tempo, esconde dos estudantes problemas maiores e bem mais complexos. Por exemplo: alm de brancos ricos e escravos,a sociedade brasileira contava com um grande nmero de brancos pobres. Ento por que os brancos pobres no substituram os escravos no trabalho? Outro problema: por que, ao invs de substituir os escravos pelos imigrantes, os fazendeiros no libertaram os escravos e ofereceram a eles um salrio como aquele que, em tese, seria pago aos imigrantes europeus? Mais um: se comearam a trazer os imigrantes na segunda metade do sculo XIX, porque no trouxeram os japoneses, chineses ou asiticos em geral, esim, os europeus?Em um inflamado debate parlamentar de 1857, um deputado,ao ser questionado pelo motivo de sua negativa contra a imigraodos asiticos, respondeu o seguinte: quando procurvamos escoimar[limpar] a nossa civilizao da barbrie africana,[vamos]colonizar o Imprio com o indolente asitico, escravo da rotina eda superstio.2Alm de responder diretamente uma de nossas questes, o parlamentarnos ajuda a responder s outras. Aos olhos da aristocraciabrasileira do sculo XIX o processo de transio da mo-de-obradeveria no apenas resolver o problema do trabalho na lavoura,mas, tambm aproximar o pas da civilizao, ou seja, do estereotipoda sociedade europia. Aos olhos da elite da poca, quantomaior o nmero de brancos no Brasil melhor seria nossa nao.Desta forma fica claro que a transio do trabalho escravo para o imigrante no foi apenas uma troca de um trabalhador por outro, mas, visava atender aos interesses de uma elite que, desejosa da modernidade e da civilidade, lia Histoire naturelle de Buffon, que criava neologismos como a palavra mulato, e acreditava que, assim como do cruzamento entre cavalo e asno gerava-se um muloestril, os mestios entre os negros e os brancos seriam mulatos estreis e que, sendo assim, o pas precisaria de apenas de150, ou 200 anos para lavar a pele de um Negro por esta via da mistura com o sangue do Branco.3 Esse momento da transio da mo-de-obra coincidiu com as reflexes iniciais sobre a sociedade brasileira, seu passado e, sobretudo, suas perspectivas de futuro. No que se refere aos africanos e seus descendentes, essas reflexes foram permeadas pelo escravismo e, portanto, eram impregnadas por um preconceito que expunha os negros, escravos ou no, como pervertidos,sensuais, degenerados e, no limite, um empecilho ao desenvolvimento do pas.Craniometria era um processo de mensurao,medio do crnio em uma poca em que, baseando-se nos estudos cientficos mais avanados,acreditava-se que o estudo das caractersticas mtricas de um crnio poderia apontar, por exemplo,um criminoso

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XIV. A Primeira Grande Guerra

Identificar as inovaes tecnolgicas que sustentaram a euforia europia no incio do sculo XX. Caracterizar a Belle poque, por meio da anlise de diferentes fontes iconogrficas. Explicar como se definiram os dois blocos de naes rivais a partir do incio do sculo XX. Localizar geograficamente os principais imprios coloniais s vsperas da Primeira Grande Guerra. Contextualizar a ecloso do conflito. Caracterizar as duas fases da guerra. Estabelecer relaes entre a guerra e a Revoluo Russa de 1917. Analisar dados estatsticos sobre o nmero de mortos civis e militares na guerra.

A Primeira Guerra Mundial (1914-1918)

Histria da Primeira Guerra Mundial, antecedentes, conflitos econmicos, concorrncia industrial e comercial, Trplice Aliana e Trplice Entente, as trincheiras, participao das mulheres, novas tecnologias, Tratado de Versalhes, conseqncias, resumo

Causas da Primeira Guerra Mundial:- Partilha da frica e sia (insatisfao da Itlia e Alemanha que ficaram com territrios pequenos e desvalorizados)- Concorrncia econmica entre as potncias europias e corrida armamentista- Nacionalismos (pan-germanismo e pan-eslavismo) e rivalidades

Incio da Guerra - Estopim (comeo) : assassinato do prncipe do Imprio Austro-Hungaro Francisco Ferdinando- A guerra espalha-se pela Europa e por outras naes do mundo- Formao de Alianas: Entente (Inglaterra, Frana e Rssia) x Aliana ( Itlia, Alemanha e Imprio Austro-Hngaro)- Brasil participa ao lado da Trplice Entente, enviando enfermeiros e medicamentos- Guerra de Trincheiras

Novas Tecnologias de Guerra - A participao das Mulheres como operrias na indstria de armamentos- Uso de avies, submarinos e tanques de guerra.

O Fim da Guerra - 1917 : entrada dos EUA e derrota da Trplice Aliana ( Alemanha e Imprio Austro-Hngaro)- O Tratado de Versalhes: imposies aos derrotados- Resultado da Guerra : 10 milhes de mortos / cidades destrudas / Campos arrasados

AntecedentesVrios problemas atingiam as principais naes europias no incio do sculo XX. O sculo anterior havia deixado feridas difceis de curar. Alguns pases estavam extremamente descontentes com a partilha da sia e da frica, ocorrida no final do sculo XIX. Alemanha e Itlia, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, Frana e Inglaterra podiam explorar diversas colnias, ricas em matrias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfao da Itlia e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra.

Vale lembrar tambm que no incio do sculo XX havia uma forte concorrncia comercial entre os pases europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrncia gerou vrios conflitos de interesses entre as naes. Ao mesmo tempo, os pases estavam empenhados numa rpida corrida armamentista, j como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro prximo. Esta corrida blica gerava um clima de apreenso e medo entre os pases, onde um tentava se armar mais do que o outro.

Existia tambm, entre duas naes poderosas da poca, uma rivalidade muito grande. A Frana havia perdido, no final do sculo XIX, a regio da Alscia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francs estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica regio perdida.

O pan-germanismo e o pan-eslavismo tambm influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germnicos em unir, em apenas uma nao, todos os pases de origem germnica. O mesmo acontecia com os pases eslavos.

O incio da Grande GuerraO estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, prncipe do imprio austro-hngaro, durante sua visita a Saravejo (Bsnia-Herzegovina). As investigaes levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Srvio chamado mo-negra, contrrio a influncia da ustria-Hungria na regio dos Balcs. O imprio austro-hngaro no aceitou as medidas tomadas pela Srvia com relao ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra Servia.

Poltica de AlianasOs pases europeus comearam a fazer alianas polticas e militares desde o final do sculo XIX. Durante o conflito mundial estas alianas permaneceram. De um lado havia a Trplice Aliana formada em 1882 por Itlia, Imprio Austro-Hngaro e Alemanha ( a Itlia passou para a outra aliana em 1915). Do outro lado a Trplice Entente, formada em 1907, com a participao de Frana, Rssia e Reino Unido.

O Brasil tambm participou, enviando para os campos de batalha enfermeiros e medicamentos para ajudar os pases da Trplice Entente.

Desenvolvimento.As batalhas desenvolveram-se principalmente em trincheiras. Os soldados ficavam, muitas vezes, centenas de dias entrincheirados, lutando pela conquista de pequenos pedaos de territrio. A fome e as doenas tambm eram os inimigos destes guerreiros. Nos combates tambm houve a utilizao de novas tecnologias blicas como, por exemplo, tanques de guerra e avies. Enquanto os homens lutavam nas trincheiras, as mulheres trabalhavam nas indstrias blicas como empregadas.

Fim do conflito Em 1917 ocorreu um fato histrico de extrema importncia : a entrada dos Estados Unidos no conflito. Os EUA entraram ao lado da Trplice Entente, pois havia acordos comerciais a defender, principalmente com Inglaterra e Frana. Este fato marcou a vitria da Entente, forando os pases da Aliana a assinarem a rendio. Os derrotados tiveram ainda que assinar o Tratado de Versalhes que impunha a estes pases fortes restries e punies. A Alemanha teve seu exrcito reduzido, sua indstria blica controlada, perdeu a regio do corredor polons, teve que devolver Frana a regio da Alscia Lorena, alm de ter que pagar os prejuzos da guerra dos pases vencedores. O Tratado de Versalhes teve repercusses na Alemanha, influenciando o incio da Segunda Guerra Mundial. A guerra gerou aproximadamente 10 milhes de mortos, o triplo de feridos, arrasou campos agrcolas, destruiu indstrias, alm de gerar grandes prejuzos econmicos. Brasil na Primeira Guerra

O nono presidente do Brasil, Venceslau Brs, declara guerra aos Poderes Centrais. Ao seu lado, o ministro interino das Relaes Exteriores Nilo Peanha (em p) e o presidente de Minas Gerais Delfim Moreira (sentado).

No dia 5 de abril de 1917, o vapor brasileiro "Paran", que navegava de acordo com as exigncias feitas a pases neutros, foi torpedeado, supostamente por um submarino alemo. No dia 11 de abril o Brasil rompeu relaes diplomticas com os pases do bloco liderado pela Alemanha. Em 20 de maio, o navio "Tijuca" foi torpedeado perto da costa francesa. Nos meses seguintes, o governo Brasileiro confiscou 42 navios alemes, austro-hngaros e turco-otomanos que estavam em portos brasileiros, como uma indenizao de guerra.

No dia 23 de outubro de 1917, o cargueiro nacional "Macau", um dos navios arrestados, foi torpedeado por um submarino alemo, perto da costa da Espanha, e seu comandante feito prisioneiro. Com a presso popular contra a Alemanha, no dia 26 de outubro de 1917 o pas declarou guerra aos Poderes Centrais.

A partir deste momento, por um lado, sob a liderana de polticos como Ruy Barbosa recrudesceram agitaes de carter nacionalista, com comcios exigindo a "imperiosa necessidade de se apoiar os Aliados com aes" para por fim ao conflito. Por outro lado, sindicalistas, anarquistas e intelectuais como Monteiro Lobato criticavam essa postura e a possibilidade de grande convocao militar, pois segundo estes, entre outros efeitos negativos isto desviava a ateno do pas em relao a seus problemas internos.

Assim, devido a vrias razes, de conflitos internos falta de uma estrutura militar adequada, a participao militar do Brasil no conflito foi muito pequena; resumindo-se no envio ao front ocidental em 1918 de um grupo de aviadores do Exrcito e da Marinha que foram integrados Fora Area Real Britnica e de um corpo mdico-militar, composto por oficiais e sargentos do exrcito que foram integrados ao exrcito francs, tendo seus membros tanto prestado servios na retaguarda como participado de combates no front. A Marinha tambm enviou uma diviso naval com a incumbncia de patrulhar a costa noroeste da frica a partir de Dakar e o Mediterrneo desde o estreito de Gibraltar, evitando a ao de submarinos inimigos.

A Belle poque (bela poca em francs) foi um perodo na histria da Europa que comeou no final do sculo XIX (1871) e durou at a ecloso da Primeira Guerra Mundial em 1914. A expresso tambm designa o clima intelectual e artstico do perodo em questo. Foi uma poca marcada por profundas transformaes culturais que se traduziram em novos modos de pensar e viver o cotidiano.

A Belle poque foi considerada uma era de ouro da beleza, inovao e paz entre os pases europeus. Novas invenes tornavam a vida mais fcil em todos os nveis sociais, e a cena cultural estava em efervescncia: cabars, o cancan, e o cinema haviam nascido, e a arte tomava novas formas com o Impressionismo e a Art Nouveau. A arte e a arquitetura inspiradas no estilo dessa era, em outras naes, so chamadas algumas vezes de estilo "Belle poque".

Sociedade e progresso materialInovaes tecnolgicas como o telefone, o telgrafo sem fio, o cinema, a bicicleta, o automvel, o avio, inspiravam novas percepes da realidade. Com seus cafs-concertos, bals, operetas, livrarias, teatros, boulevards e alta costura, Paris, a Cidade Luz, era considerada o centro produtor e exportador da cultura mundial. A cultura bomia imortalizada nas pginas do romance de Henri Murger, Scnes de la vie de bohme (1848), era um referencial de vida para os intelectuais brasileiros, leitores vidos de Baudelaire, Rimbaud, Verlaine, Zola, Anatole France e Balzac. Ir a Paris ao menos uma vez por ano era quase uma obrigao entre as elites, pois garantia o vnculo com a atualidade do mundo.

Arte e literaturaO estilo chamado art nouveau ("arte nova" em portugus) foi tpico da Belle poque. Esta corrente artstica surgiu nos finais do sc. XIX, em reaco ao emprego abusivo na arte de motivos clssicos ou tradicionais. Em vez de se basear nos slidos modernos da arte clssica, a art nouveau valorizava os ornamentos, as cores vivas e as curvas sinuosas baseadas nas formas elegantes das plantas dos animais e das mulheres. uma arte essencialmente decorativa sendo as principais obras desse estilo fachadas de edifcios, objetos de decorao (mveis, portes, vasos), jias, vitrais e azulejos. Um dos pintores mais conhecido da Arte Nova Alfonse Mucha.

Movimentos sociaisEnquanto a arte e a inovao floresciam, essa poca tambm viu o crescimento do proletariado e ascenso de movimentos organizados contrrios ordem capitalista vigente, como o movimento anarquista e o socialista, duramente reprimidos pelas autoridades. Com a difuso dessas doutrinas, houve uma polarizao cada vez maior entre defensores e detratores do capitalismo, o que gerou enfrentamentos muitas vezes violentos.

RESULTADOS DA GUERRA

A Primeira Guerra Mundial causou profundas transformaes no cenrio poltico, social e econmico mundial. Segundo algumas estimativas, os diversos confrontos ocorridos ao longo desses quatro anos foram responsveis pela morte de cerca de oito milhes de pessoas. Alm disso, cerca de 20 milhes sofreram algum tipo de seqela em conseqncia do conflito. Paralelamente, os prejuzos econmicos trazidos aos pases envolvidos foram enormes. Cerca de um tero das riquezas acumuladas pela Inglaterra e pela Frana foram perdidas com a Primeira Guerra. O parque industrial europeu foi quase reduzido pela metade e o potencial agrcola sofreu uma queda de 30%. A Europa deixava de ser o grande smbolo da prosperidade capitalista, estando atolada em dvidas e observando a desvalorizao de suas moedas. Foi a partir de ento que os Estados Unidos alcanaram a condio de grande potncia. Apesar de tambm ter sofrido com um significativo nmero de baixas e gastar aproximadamente 36 bilhes de dlares, os EUA tiveram suas compensaes. No ano posterior guerra, o pas triplicou suas exportaes em comparao ao ano de 1913 e a renda nacional atingiu um valor duas vezes maior. Ao mesmo tempo, outras naes que no se envolveram diretamente no confronto tambm ganharam com a Primeira Guerra. Os pases no-industrializados ampliaram as exportaes de gneros agrcolas e matria-prima. Alm disso, a retrao econmica europia serviu para que algumas dessas naes como o Brasil pudessem ampliar suas atividades industriais substituindo internamente os mercados outrora controlados pelas naes europias. No Oriente, o Japo lucrou com o domnio sobre os mercados do Pacfico e no incremento de sua produo de algodo e ao. No plano poltico, a Europa comeou a sofrer uma verdadeira crise de valores. Em meio s desiluses de um continente destrudo, as tendncias comunistas e fascistas comearam a atrair boa parte da populao. Ao mesmo tempo, tendo carter extremamente punitivo, os tratados que deram fim Primeira Guerra incitaram um sentimento de dio e revanche que, algumas dcadas mais tarde, prepararam o palco de uma nova guerra.

XV. A Segunda GrandeGuerraHabilidades:

Analisar filmes que enfoquem os anos da depresso.

Operar com os conceitos: regime totalitrio, regime autoritrio, democracia liberal. Analisar charges que contextualizam a antevspera da guerra. Caracterizar a ideologia nazista atravs da anlise de documentrios sobre os campos de concentrao. Analisar filmes, documentrios, sobre o desenrolar da guerra. Analisar o papel dos partisans e da resistncia francesa na derrota do Eixo. Analisar filmes, poemas, msicas, que retratam o impacto das bombas atmicas, jogadas em Hiroshima e Nagasaki, sobre a conscincia mundial. Analisar estatsticas sobre o nmero de mortos civis e de mortos militares no conflito. Pesquisar em revistas, sites, jornais, sobre os atuais movimentos neo-nazistas.O BRASIL NA GUERRAO Brasil apoiou os aliados, aps um incio neutro, a partir de 1941.Dezenove embarcaes brasileiras foram afundadas; em 1942, o Brasil declarou guerra ao Eixo, cabendo-lhe o patrulhamento do Atlntico Sul e o envio de foras expedicionrias (FAB e FEB) que lutaram, principalmente, na Itlia.Das vrias misses brasileiras nesse pas, destacou-se a tomada de Monte Castelo (Nunca esquecida pelos alunos, sempre lembrada na bendita formatura de aniversrio deste feito..)Ao fim da guerra,pereceram 50 milhes e as perdas civis nunca haviam sido to altas. Os estermnios ocorreram em massa: mais de 5 milhes de judeus foram eliminados.Vinte e dois pases tomaram parte na segunda guerra mundial. Os danos materiais, enormes, foram, entretanto, refeitos com surpreendente rapidez. J em 1948 - trs anos depois de terminado o conflito - a economia europia alcana o nvel de antes da guerra.

Introduo : As causas da Segunda Guerra MundialUm conflito desta magnitude no comea sem importantes causas ou motivos. Podemos dizer que vrios fatores influenciaram o incio deste conflito que se iniciou na Europa e, rapidamente, espalhou-se pela frica e sia.