3
LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES DE 1 A 6. A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA (Caminha, nesse trecho de sua carta, revela o olhar do europeu na avaliação que faz dos índios)  Andariam na p raia, quando saímos, oito ou dez deles; e de aí a pouco come çaram a vir mais. E parece- me que viriam, este dia, à praia quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Traziam alguns deles arcos e setas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhes dvamos. !e"iam alguns deles vinho, outros o n#o podiam "e"er. $as parece-me, que se lho acostumarem, o "e"er#o de "oa vontade. Andaram todos t#o dispostos, t#o "em %eitos e galantes com suas tinturas, que muito agradavam. Andaram & mais mansos e seguros entre n 's, do que n's andvamos entre eles. (...) *uando saímos do "atel, disse o Capit#o que seria "om irmos direitos à Cruz, que estava encostada a uma rvore, &unto com o rio, para se erguer amanh#, que + seta-%eira, e que nos pus+ssemos todos em &oelhos e a "ei&ssemos para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim %izemos. A esses dez ou doze que aí estavam acenaram-lhe que %izessem assim, e %oram logo todos "ei&-la. arece-me gente de tal inocncia que, se homem os entendesse e eles a n's, seriam logo crist#os, porque eles, segundo parece, n#o tm, nem entendem em nenhuma crença. E ortanto, se os degredados, que aqui h#o de %icar aprenderem "em a sua %ala e os enten derem, n#o duvido que eles, segundo a santa intenç#o de /ossa Alteza, se h#o de %azer crist#os e crer em nossa santa %+, à qual praza a 0osso 1enhor que os traga, porque , certo, esta gente + "oa e de "oa simpli cidade. E imprimi r-se- ligeira mente neles qualquer cunho, que lhes quiserem dar. E pois 0osso 1enhor, que lhes deu "ons corpos e "ons rostos, como a "ons homens, por aqui nos troue, creio que n#o %oi sem causa. ortanto /ossa Alteza, que tanto dese&a acrescentar a santa %+ cat'lica, deve cuidar da sua salvaç#o. E prazer a 2eus que com pouco tra"alho se&a assim. 3ragmento da Carta de ero /az de Caminha http455arisp.%iles.6ordpress.com5788958:5cart a do escrivao per o vaz de caminha.pd%  <. 0esse trecho da Carta, + possível perce"er que o primeiro contato entre portugueses e índios %oi "astante amistoso. *ue in%ormaç=es do primeiro pargra%o comprovam essa a%irmaç#o> ? E1C       7. 2e que maneira o comportamento tranquilo e amistoso dos indígenas + interpretado pelos colonizadores> ? E1C      ?. Al+m de enc ontr ar our o e metais precio sos , os port ugu eses tinham out ro o"& eti vo para a ter ra rec+m desco"erta. @denti%ique, transcrevendo o trecho em que isso %ica claro. ? esc       . Como os indígenas s#o tratados por Caminha> ? esc       B. or que, segundo ele, os índios seriam logo crist#oD> ? esc NOTA: NÚMERO MATRÍCULA 2º CHAMADA DE LITERATURA PROFESS OR(A): _____________________________ FÁTIMA S RIE/ TURMA: 9º/ ____ TURNO: Manh ã PCA: !"a #!$%n! &ATA: ____ / ____ / ' ALUNO(A): INSTRU*ES '+ L,!a a a-a.!aã% 0%" "1!a a,nã%23+ 41,56,5 7a517a8a5 nã% 5,7ã% 0%n5!8,7a8a52+ &,5.!1, , 7,!7, a ;a,7!a 8% 5,1 0,.1.a72<+ Nã% 8,57,5=,!, % >50a.2?+ U5, 0an, a A@UL %1 PRET A =a7a !n8!0a7 51a5 7,5=%5a52+ Nã% B =,7"!!8% 5%.!0!a7 "a,7!a. a% 0%.,a2+ O5 0á.01.%5 D1an8% 5%.!0!a8%5 =,.% =7%,55%7 5,7ã% %;7!a7!%529+ Nã% B =,7"!!8% D1a.D1,7 !=% 8, 0%n51.a a "a,7!a!5 ,G7a52+ Nã% U5, a=a7,.h%5 ,.,7%,.,7Hn!0%5 5," a1%7!aã% 8% >50a.2'J 41an8% h%1-,7 =7,,n0ha % #AKARITO+ : TOTAL &E ESCORES J ESCORES OBTIDOS:  ________ 

2º Chamada Literatura - 3ºb

Embed Size (px)

DESCRIPTION

literatura prova

Citation preview

Page 1: 2º Chamada Literatura - 3ºb

7/17/2019 2º Chamada Literatura - 3ºb

http://slidepdf.com/reader/full/2o-chamada-literatura-3ob 1/3

LEIA O TEXTO A SEGUIR E RESPONDA AS QUESTÕES DE 1 A 6.

A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

(Caminha, nesse trecho de sua carta, revela o olhar do europeu na avaliação que faz dos índios)

 Andariam na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e de aí a pouco começaram a vir mais. E parece-me que viriam, este dia, à praia quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Traziam alguns deles arcos e setas,que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam. Comiam conosco do que lhesdvamos. !e"iam alguns deles vinho, outros o n#o podiam "e"er. $as parece-me, que se lho acostumarem, o"e"er#o de "oa vontade. Andaram todos t#o dispostos, t#o "em %eitos e galantes com suas tinturas, que muitoagradavam. Andaram & mais mansos e seguros entre n's, do que n's andvamos entre eles. (...)

*uando saímos do "atel, disse o Capit#o que seria "om irmos direitos à Cruz, que estava encostada auma rvore, &unto com o rio, para se erguer amanh#, que + seta-%eira, e que nos pus+ssemos todos em &oelhose a "ei&ssemos para eles verem o acatamento que lhe tínhamos. E assim %izemos. A esses dez ou doze que aíestavam acenaram-lhe que %izessem assim, e %oram logo todos "ei&-la.

arece-me gente de tal inocncia que, se homem os entendesse e eles a n's, seriam logo crist#os,

porque eles, segundo parece, n#o tm, nem entendem em nenhuma crença. E ortanto, se os degredados, queaqui h#o de %icar aprenderem "em a sua %ala e os entenderem, n#o duvido que eles, segundo a santa intenç#ode /ossa Alteza, se h#o de %azer crist#os e crer em nossa santa %+, à qual praza a 0osso 1enhor que os traga,porque, certo, esta gente + "oa e de "oa simplicidade. E imprimir-se- ligeiramente neles qualquer cunho, quelhes quiserem dar. E pois 0osso 1enhor, que lhes deu "ons corpos e "ons rostos, como a "ons homens, por aqui nos troue, creio que n#o %oi sem causa. ortanto /ossa Alteza, que tanto dese&a acrescentar a santa %+cat'lica, deve cuidar da sua salvaç#o. E prazer a 2eus que com pouco tra"alho se&a assim.

3ragmento da Carta de ero /az de Caminha http455arisp.%iles.6ordpress.com5788958:5cartadoescrivaoperovazdecaminha.pd% 

<. 0esse trecho da Carta, + possível perce"er que o primeiro contato entre portugueses e índios %oi "astanteamistoso. *ue in%ormaç=es do primeiro pargra%o comprovam essa a%irmaç#o> ? E1C    

7. 2e que maneira o comportamento tranquilo e amistoso dos indígenas + interpretado pelos colonizadores> ?E1C   ?. Al+m de encontrar ouro e metais preciosos, os portugueses tinham outro o"&etivo para a terra rec+mdesco"erta. @denti%ique, transcrevendo o trecho em que isso %ica claro. ? esc    

. Como os indígenas s#o tratados por Caminha> ? esc  

  B. or que, segundo ele, os índios seriam logo crist#oD> ? esc

NOTA:

NÚMERO MATRÍCULA

2º CHAMADA DE LITERATURA

PROFESSOR(A):

_____________________________

FÁTIMA

S RIE/TURMA:

9º/ ____

TURNO:

Manhã

PCA:

Fá!"a#!$%n!

&ATA:

____ / ____ /'

ALUNO(A):

INSTRU*ES

'+ L,!a a a-a.!aã% 0%" "1!a a,nã%23+ 41,56,5 7a517a8a5 nã% 5,7ã% 0%n5!8,7a8a52+ &,5.!1, , 7,!7, a ;a,7!a 8%

5,1 0,.1.a72<+ Nã% 8,57,5=,!, % >50a.2?+ U5, 0an,a A@UL %1 PRETA =a7a !n8!0a7 51a5 7,5=%5a52+ Nã% B =,7"!!8%

5%.!0!a7 "a,7!a. a% 0%.,a2+ O5 0á.01.%5 D1an8% 5%.!0!a8%5 =,.% =7%,55%7 5,7ã% %;7!a7!%529+ Nã% B =,7"!!8%

D1a.D1,7 !=% 8, 0%n51.a a "a,7!a!5 ,G7a52+ Nã% U5, a=a7,.h%5 ,.,7%,.,7Hn!0%5 5," a1%7!aã% 8% >50a.2'J

41an8% h%1-,7 =7,,n0ha % #AKARITO+

:

TOTAL &EESCORES

J

ESCORES

OBTIDOS:

 ________ 

Page 2: 2º Chamada Literatura - 3ºb

7/17/2019 2º Chamada Literatura - 3ºb

http://slidepdf.com/reader/full/2o-chamada-literatura-3ob 2/3

     . *ue elementos do teto indicam a vis#o de um homem europeu que desconsidera a cultura indígena> ? esc  

LEIA OS TEXTOS E RESPONDA AS QUETÕES 7, 8, 9 E 1.

T!"#$ I2ali houvemos vista de homens que andavam pela praia, cerca de sete ou oito, segundo os navios pequenosdisseram, porque chegaram primeiro. Ali lançamos os "at+is e esqui%es à gua e vieram logo todos os capit#esdas naves a esta nau do Capit#o-mor e ali conversaram. E o Capit#o mandou no "atel, se a terra, 0icolauCoelho para ver aquele rio; e quando começou a ir para l acudiram, à praia, homens, aos dois e aos trs. Assim, quando o "atel chegou à %oz do rio estavam ali dezoito ou vinte homens, pardos, todos nus, semnenhuma roupa que lhes co"risse suas vergonhas. Traziam arcos nas m#os e suas setas. /inham todos ri&ospara o "atel e 0icolau Coelho %ez-lhes sinal para que deiassem os arcos e eles os pousaram. $as n#o pFde ter deles %ala nem entendimento que aproveitasse porque o mar que"rava na costa.D

%&#!' ! !()*+!- &/0$( !)*!$(.T!"#$ IICapit#o, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, com uma alcati%a aos p+s, por estrado, e "emvestido com um colar de ouro muito grande ao pescoço G...H Acenderam-se tochas e entraram; e n#o %izeramnenhuma menç#o de cortesia nem de %alar ao Capit#o nem a ningu+m. $as um deles viu o colar do Capit#o ecomeçou a acenar com a m#o para a terra e depois para o colar, como a dizer-nos que havia ouro em terra; etam"+m viu um castiçal de prata e da mesma %orma acenava para terra e para o castiçal como que havia,tam"+m, prata. $ostraram-lhe um papagaio pardo que o Capit#o aqui traz; tomaram-no logo na m#o e acenarampara terra, como que os havia ali; mostraram-lhe um carneiro e n#o %izeram caso dele; mostraram-lhe umagalinha e quase tiveram medo dela e n#o lhe queriam pFr a m#o; e depois a pegaram como que espantados.D

A'0&#+&- #&!#! 3/&4! &/& /!5!(#+/ $ 0$.T!"#$ III2e ponta a ponta + toda praia rasa, muito plana e "em %ormosa. elo sert#o, pareceu-nos do mar muito grande,porque a estender a vista n#o podíamos ver sen#o terra e arvoredos, parecendo-nos terra muito longa. 0ela, at+agora, n#o pudemos sa"er que ha&a ouro nem prata, nem nenhuma coisa de metal, nem de %erro; nem as vimos.$as, a terra em si + muito "oa de ares, t#o %rios e temperados, como os de Entre-2ouro e $inho, porque, nestetempo de agora, assim os achvamos como os de l. Iguas s#o muitas e in%indas. 2e tal maneira + graciosaque, querendo aproveit-la dar-se- nela tudo por "em das guas que tem. $as o melhor %ruto que nela se pode%azer, me parece que ser salvar esta gente; e esta deve ser a principal semente que /ossa Alteza nela develançar.D

(@n4 Cronistas e via&antes. 1#o aulo4 A"ril Educaç#o, <9J7. p. <7-7?. Kiteratura Comentada.)

T!"#$ IV:. 1egundo ero /az de Caminha, 0icolau Coelho n#oconseguiu comunicar-se oralmente com os índios.a) L que alegou como causa> 7 esc    ") *ual %oi o verdadeiro motivo pelo qual acomunicaç#o oral n#o se realizou> 7 esc    J. Caminha descreve o primeiro encontro entre osíndios e o capit#o.a) L que revela a postura do capit#o> 7 esc    ") *ual %oi a reaç#o dos índios e o que ela revela> 7esc    

9. *uais eram as in%ormaç=es que os portugueses mais dese&avam o"ter acerca da nova terra> ? esc  

  <8. Ls portugueses n#o encontraram na terra rec+m-desco"erta aquilo que mais lhes interessava. @denti%ique o queCaminha humildemente prop=e ao monarca nos trechos4

Page 3: 2º Chamada Literatura - 3ºb

7/17/2019 2º Chamada Literatura - 3ºb

http://slidepdf.com/reader/full/2o-chamada-literatura-3ob 3/3

a) 2e tal maneira + graciosa que, querendo aproveit-la dar-se- nela tudo por "em das guas que tem.D ? esc  

") $as o melhor %ruto que nela se pode %azer, me parece que ser salvar esta gente.D ? esc  

TETO PARA AS 4UEST*ES '' , '

<< . Assinale a alternativa CLMMETA acerca do teto. 7esca) Eempli%ica o padr#o po+tico do Classicismorenascentista, na medida em que tematiza o amor,utilizando-se da chamada Nmedida novaN.") Em"ora apresente versos redondilhos, de tradiç#omedieval, a linguagem dos versos revela contenç#oemotiva, traço estilístico valorizado na Menascença.c) Mevela in%luncia das cantigas medievais, pelasonoridade das rimas e linguagem emotiva pr'pria daNcoita de amorN.

d) O um teto do Pumanismo, pois traz uma re%le#o%ilos'%ica so"re o sentimento amoroso, a%astando-se,assim, da in%luncia greco-romana.

<7. 0o teto, o eu lírico4 7 esca) dirige-se à pessoa amada para epressar seu entendimento a respeito dos aspectos contradit'rios do sentimentoamoroso.") mani%esta poeticamente a ideia de que o Amor, atendendo a di%erentes vontades, produz di%erentes e%eitos.c) dirige-se ao deus Amor, mani%estando seu descontentamento com relaç#o às %alsas atitudes da amada.d) declara que, em"ora o amor este&a presente em todas as pessoas, nem todos o aceitam, %ato que geradesentendimentos dolorosos.

TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 A 1.

 AL 2E1CL0CEMTL 2L $Q02LLs "ons vi sempre passar 0o mundo graves tormentos;E para mais me espantar,Ls maus vi sempre nadar Em mar de contentamentos.

Cuidando alcançar assimL "em t#o ml ordenado,3ui mal, mas %ui castigado4

 Assim que s' pra mim

 Anda o mundo concertado.

/oca"ulrioCuidar R cogitar, pensar.2esconcerto R desordem, transtorno, desarmonia.

<?. L teto pode ser dividido em duas partes, cada umacom cinco versos. 0a primeira parte, identi%ique o que +destinado aos "ons; na segunda, o que se reserva aosmaus. ? esc          <. 2iante disso, o eu lírico decide mudar de atitude.Copie do teto4a) a oraç#o que epressa a causa da mudança4 7 esc

    ") a consequncia dessa mudança4 7 esc    

<B. A que conclus#o chega o eu lírico> esc    

Meinando Amor em dois peitos,

tece tantas %alsidades,

que, de con%ormes vontades,

%az descon%ormes e%eitos.

@gualmente vive em n's;

mas, por desconcerto seu,

vos leva, se venho eu,

me leva, se vindes v's.

Cam=es