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2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM SAÚDE UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO POSSÍVEL Monitoramento do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde COAP - na 10ª Região de Saúde do Estado do Ceará Emilia Soares Chaves 1 Cristianne Soares Chaves 2 Virgínia Maria Mourão Remigio Peixoto 3 Vanuza Cosme Rodrigues 4 Helmo Nogueira de Sousa 5 Fabíola Maria de Girão Lima 6 Maria de Fátima Costa 7 Rafaella Pessoa Moreira 8 Andrea Gomes Linard 9 BELO HORIZONTE 2013 1 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira 2 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 3 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 4 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 5 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 6 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 7 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado 8 UNILAB 9 UNILAB

2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E ... · foram identificadas as necessidades de saúde regional que determinaram as metas e ... (indicadores, metas, ... Relatório

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2º CONGRESSO BRASILEIRO DE POLÍTICA, PLANEJAMENTO E GESTÃO EM

SAÚDE

UNIVERSALIDADE, IGUALDADE E INTEGRALIDADE DA SAÚDE: UM PROJETO

POSSÍVEL

Monitoramento do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – COAP - na 10ª

Região de Saúde do Estado do Ceará

Emilia Soares Chaves1

Cristianne Soares Chaves2

Virgínia Maria Mourão Remigio Peixoto3

Vanuza Cosme Rodrigues4

Helmo Nogueira de Sousa5

Fabíola Maria de Girão Lima6

Maria de Fátima Costa7

Rafaella Pessoa Moreira8

Andrea Gomes Linard9

BELO HORIZONTE

2013

1 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira

2 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

3 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

4 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

5 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

6 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

7 Instituição de todos: Secretaria Estadual de Saúde do Estado

8 UNILAB

9 UNILAB

Monitoramento do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde – COAP - na 10ª

Região de Saúde do Estado do Ceará

Monitoring Organizational Contract of Public Health Action – COAP- in 10th Region

Health of the State of Ceará

Título resumido: Monitoramento do COAP

Monitoring of COAP

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados do monitoramento do Contrato

Organizativo da Ação Pública da Saúde (COAP) na 10ª Região de Saúde do Estado do Ceará.

Este monitoramento iniciou em fevereiro de 2013. Para isto, realizou-se reunião com

secretários municipais e técnicos envolvidos na construção do COAP para apresentação do

que foi pactuado no contrato. Aconteceram oficinas com os técnicos responsáveis por cada

área da saúde para análise e discussões. As Responsabilidades Organizativas, foco deste

trabalho totalizaram 42 itens e foi explicitado, e para cada item foi colocado o atendimento ou

não do item. Verificou-se que a maioria dos onze municípios que fazem parte da 10ª Região

de Saúde do Estado do Ceará, a maioria está conseguindo cumprir as clausulas do Contrato,

referente às Responsabilidades Organizativas.

Palavras-chave: estratégias; planejamento em saúde; avaliação em saúde

INTRODUÇÃO

A União representada pelo seu Ministro de Estado da Saúde, o Governador do Estado

do Ceará, o Secretário de Estado da Saúde, juntamente com os Prefeitos Municipais e seus

respectivos Secretários de Saúde da Região de Limoeiro do Norte do Estado do Ceará: Alto

Santo, Ereré, Iracema, Jaguaribara, Jaguaribe, Limoeiro do Norte, Pereiro, Potiretama,

Quixeré, São João do Jaguaribe, Tabuleiro do Norte, no ano de 2012, firmaram o

CONTRATO ORGANIZATIVO DA AÇÃO PÚBLICA DA SAÚDE (COAP) Nº 10/CE,

para o período 2012-2013. Neste contrato, assumiram o compromisso de organizarem de

maneira compartilhada as ações e os serviços de saúde na Região de Saúde de Limoeiro do

Norte, devendo os entes federativos, signatários do contrato firmado, comprometerem-se a

assegurar o conjunto das ações e serviços de saúde postos no contrato na Região de Saúde de

Limoeiro do Norte, realizando uma gestão responsável, orientada pelas necessidades de saúde

da população, ouvindo, reconhecendo seus direitos. E, buscando junto com os profissionais de

saúde, oferecer um atendimento humanizado e eficiente, reconhecendo a necessidade de

aproximação entre os cidadãos e os serviços de saúde, com o objetivo de sua melhoria, tanto

quanto à sua qualidade quanto às relações humanas e interpessoais.

JUSTIFICATIVA

Ao se firmar o Contrato, e mesmo durante o processo de construção, ficou definido

que fazia parte de sua estrutura, a necessidade de realização de monitoramento de todos os

itens pactuados, já que aspectos como a organização, o financiamento e a integração das ações

e dos serviços de saúde estavam presentes neste Contrato, e sua execução vislumbrava

garantir a integralidade da assistência à saúde. Além deste aspecto, faz-se importante deixar

público tanto a existência do Contrato quanto as ações planejadas, executadas e os gastos

envolvidos para o seu desenvolvimento, além dos resultados obtidos.

OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é apresentar o monitoramento do COAP na 10ª Região de

Saúde do Estado do Ceará, enfatizando as responsabilidades organizativas do relatório.

REFERENCIAL TEÓRICO

O COAP tem suas bases no Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011 e nas demais

decisões consensuais das Comissões Intergestores do SUS, os quais definem a organização

das ações e serviços na Região de Saúde de Limoeiro do Norte, estando em consonância com

os princípios e diretrizes constitucionais do SUS e o conjunto de normas legais e infralegais

organizadoras do SUS.

O contrato teve por objeto a organização, o financiamento e a integração das ações e

dos serviços de saúde, sob a responsabilidade dos entes federativos na Região de Saúde de

Limoeiro do Norte, com a finalidade de garantir a integralidade da assistência à saúde dos

usuários através da rede de atenção a saúde para conformar o Sistema Único de Saúde (SUS).

Foi composto pela Parte I, Parte II, Parte III, Parte IV assim dispostas: Parte I - explicita as

responsabilidades a que os entes signatários estão submetidos em relação à organização do

SUS; Parte II - explicita as responsabilidades executivas dos entes signatários; Parte III -

dispõe sobre as responsabilidades orçamentárias e financeiras: financiamento global do

contrato, custeio e investimento, formas de incentivo, cronograma de desembolso e as regras

nacionais e estaduais sobre financiamento; Parte IV - dispõe sobre as responsabilidades pelo

monitoramento, avaliação de desempenho e auditoria.

A gestão do COAP está sendo realizada pelos entes signatários competentes, cabendo

à CIB e á CIR, no âmbito de suas competências, pactuarem o acompanhamento e a

operacionalização das ações e serviços compartilhados. O acompanhamento da execução do

COAP está sendo realizado pelos Conselhos de Saúde por meio do relatório de gestão.

O prazo de vigência do COAP será preferencialmente de 4 anos, havendo

possibilidade de ser estabelecido outro prazo, com a finalidade de adequação aos prazos dos

planos de saúde dos entes federados contratantes (CEARÁa, 2012).

MÉTODO

Trata-se de um relato de experiência sobre o monitoramento do COAP na 10ª

Região de Saúde do Estado do Ceará. Um dos documentos produzidos e utilizados como

linha de base para a pactuação interfederativa do COAP foi o Mapa da Saúde da Região de

Limoeiro do Norte. Este Mapa foi elaborado mantendo coerência com o Decreto nº

7.508/2011 que regulamenta a Lei nº 8.080/1990 e é definido como a descrição geográfica da

distribuição de recursos humanos e de ações e serviços de saúde ofertados pelo SUS e pela

iniciativa privada, considerando-se a capacidade instalada existente, os investimentos e o

desempenho aferido a partir dos indicadores de saúde do Sistema.

A partir da caracterização do território, sob os aspectos geo-demográficos, sócio-

econômico, materiais, epidemiológicos e o nível de desenvolvimento da ciência e tecnologia,

foram identificadas as necessidades de saúde regional que determinaram as metas e

responsabilidades a serem pactuadas, incorporando essencialmente, a escuta e opinião dos

cidadãos como ferramenta de melhoria de serviços, do controle social, do acesso e da

definição de políticas de saúde.

Durante o processo de construção do COAP, já se sabia que fazia parte de sua

estrutura, a necessidade de realização de monitoramento do que foi contratualizado. Assim,

em fevereiro de 2013, iniciou-se a etapa de monitoramento. Realizou-se reunião com

secretários municipais e técnicos envolvidos na construção do COAP, na qual foi feita

apresentação do que foi pactuado no contrato (indicadores, metas, responsabilidades

assumidas e planejamento). Os gestores foram orientados a realizar a análise a nível dos

municípios, observando se o que foi pactuado foi realizado e como as ações foram

desenvolvidas. Aconteceram ainda oficinas com os técnicos responsáveis por cada área da

saúde (vigilância à saúde, atenção primária, assistência farmacêutica e outros) para análise e

discussões.

Sendo assim, o documento diretamente utilizado para a produção deste trabalho foi o

Relatório de Monitoramento do COAP-2012. Este foi dividido em três partes:

Responsabilidades Organizativas, Responsabilidades Executivas e Responsabilidades

Orçamentárias e Financeiras. Foram colocados 42 itens para as Responsabilidades

Organizativas, foco deste trabalho. As Responsabilidades Executivas estão subdivididas em

10 aspectos. E, as Responsabilidades Orçamentárias e Financeiras foram baseadas nos

recursos repassados.

A escolha, neste trabalho, pelo recorte nas Responsabilidades Organizativas

deveu-se por se julgar fundamental a organização do processo para que a sua execução

aconteça a contento.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As Responsabilidades Organizativas no COAP totalizaram 42 itens. A seguir, será

citado o item e o atendimento ou não do mesmo (CEARÁb, 2012).

1. Garantir atendimento integral ao cidadão, com base na RENASES e de acordo com a

hierarquização das ações e serviços que competem à Região de Saúde

Parte das necessidades da população foram atendidas em suas programações locais

quando estas necessidades podiam ser atendidas no sistema municipal. Quando da

necessidade de garantia de procedimentos especializados referenciados ao município pólo

(hospitalar e ambulatorial), ocorreram restrição no acesso dos serviços de tomografia,

mamografias bilateral, cirurgias geral, traumato-ortopedia, pré-natal de alto risco,

oftalmologia, mastologia, criando uma demanda reprimida na região.

2. Regulamentar, fiscalizar e controlar as ações e serviços de saúde, exercidos tanto pelo

Poder Público, direta ou indiretamente, e pelos particulares, pessoas físicas e jurídicas.

As ações previstas não foram realizadas com o devido apoio metodológico,

tecnológico e com equipe devidamente qualificada, por parte de alguns municípios e da

Coordenadoria Regional de Saúde. Foi verificado, também, fragilidade dos processos de

trabalho, deficiência de recursos humanos na grande maioria dos municípios e na

Coordenadoria Regional de Saúde, quando da não operacionalização das ações da Vigilância

Sanitária apontadas como inconformidades nos relatórios, bem como no monitoramento dos

procedimentos programados.

3. Respeitar a diretriz constitucional da direção única em cada esfera de governo em

relação à contratação complementar dos serviços privados de saúde.

A oferta de serviços de saúde especializados encontra-se distribuída nos municípios de

Alto Santo, Jaguaribe, Limoeiro e Tabuleiro do Norte, com prestadores públicos e privados

conveniados e contratados. Essa diretriz organizativa do SUS, antes descumprida foi revista

por parte do Estado e municípios, conforme o que determina a Lei Complementar Nº

141/2012, fazendo com que os processos de transferência de recursos se firmem entre os

entes, fortalecendo, assim, o comando único do SUS, em cada esfera governamental.

4. Partilhar a responsabilidade, com os Outros Entes Signatários, pela integralidade da

assistência à saúde do cidadão, ante a impossibilidade de um ente em prestar

determinadas ações e serviços de saúde ao seu cidadão.

O processo de pactuação solidária existente na nossa Região tem favorecido a

ampliação da oferta de serviços especializados dentro da própria Região, visto que quatro

municípios (Limoeiro do Norte, Jaguaribe, Tabuleiro do Norte e Alto Santo) disponibilizaram

oferta de serviços especializados para o conjunto de municípios da Região. Em função do

apoio institucional e financeiro dado pelo Estado ao município sede, grande maioria desses

procedimentos encontra-se programado/consorciado, nos hospitais pólo, policlínica e CEO

Regional.

5. Desenvolver estratégias que incorporem a escuta e as opiniões dos cidadãos como

ferramenta de melhoria dos serviços.

Dos onze municípios que integram a 10ª Região de Saúde, tivemos o relato dos

municípios de Ereré e Potiretama que desenvolve estratégias de comunicação para

conhecimento das opiniões dos cidadãos, utilizando urnas de opiniões. Neste município, e em

Jaguaribara estão em andamento ações administrativas para m

ações, sendo citado o Alô Saúde. No âmbito do Estado a estrutura de escuta de opiniões

encontra-se fragilizada, necessitando do desenvolvimento de uma estratégia que incorpore

esta ferramenta, como forma de uma gestão participativa, tendo como centro o cidadão.

6. Promover uma gestão que tenha como centro o cidadão, sua participação na definição

das políticas de saúde e no seu controle.

Em 2010, os municípios de Ereré, Jaguaribara, Jaguaribe, Pereiro Potiretama e São

João do Jaguaribe realizaram o planejamento da saúde de forma descentralizada e

participativa, que culminou nos Planos Municipais de Saúde para o quadriênio 2010-2013.

Este instrumento é utilizado na atual gestão, destes municípios, como orientador das ações e

serviços de saúde executados, mantendo-se, portanto, o compromisso de realização das ações

planejadas. O município de Jaguaribe desenvolveu capacitação do CMS abordando temas

voltados a melhorar a capacidade de participação dos conselheiros na elaboração das políticas

de saúde e no controle e fiscalização do FMS.

7. Apoiar movimentos de mobilização social em defesa do SUS.

Foi lançado em 2012 o Movimento em Defesa da Saúde Pública, denominado Saúde

Mais 10, iniciativa que visa recolher assinaturas em todo o país para apresentar um Projeto de

Lei de Iniciativa Popular, que garanta mais recursos para o SUS. Na Região, o referido

projeto foi divulgado no Fórum Regional de Conselheiros de Saúde e em alguns municípios

através dos Conselhos Municipais de Saúde, Estratégia Saúde da Família, Secretaria da

Assistência Social e outras setoriais, Câmara Municipal e Organismos da Sociedade Civil,

como as Igrejas.

8. Implantar e implementar serviços de ouvidoria.

Em 2012 três municípios da região pactuaram a implantação de ouvidoria.

Atualmente, os três municípios encontram-se com Ouvidor designado, atuando com um

sistema de comunicação entre o poder público e o cidadão, com espaço físico e com um ou

mais canais de recebimento de manifestação e resposta.

9. Garantir ao Conselho de Saúde o acesso a toda documentação que comprove a

execução deste Contrato.

Os municípios de Ereré, Jaguaribara, Jaguaribe, Potiretama e São João do Jaguaribe

enviaram os documentos que subsidiaram a elaboração do COAP: indicadores, metas,

programações, plano de ação municipal das redes de atenção e recursos orçamentários e

financeiros.

10. Divulgar em todos os serviços de saúde os direitos e deveres do cidadão no SUS.

Face a adesão / contratualização ao Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade

da Atenção Básica – PMAQ, assinada pela totalidade dos municípios da 10ª Região de Saúde,

um dos documentos exigidos pelo programa é a divulgação da Carta de Direitos dos Usuários

da Saúde, aprovada pela Portaria GM 675 de 30 de março de 2006, para estar de fácil acesso

aos usuários nas Unidades de Saúde. Todavia, somente os municípios de Ereré, Jaguaribara,

Jaguaribe, Potiretama, São João do Jaguaribe informaram que realizaram a referida atividade.

11. Garantir o funcionamento do Conselho de Saúde e das conferências de saúde.

Atualmente, os Conselhos Municipais da região, conforme diagnóstico realizado em

2012, apresentaram com relação à estrutura a seguinte realidade: a) Estrutura Física - todos

apresentam espaço físico, entretanto, atrelado a outro serviço; b) Equipamentos – telefone

(todos cedidos); computador e impressora (doados pelo Programa de Inclusão Digital - PID) e

acesso à internet (em 4 municípios), embora tenha sido constatada fragilidade na utilização

pelos conselheiros; c) Composição/Paridade: todos estão de acordo com a Lei 8080/90 e

Resolução CNS Nº 453/2012, com 50% de representação de usuários, 25% de

profissionais/trabalhador de saúde e 25% de gestor e prestador; d) Componentes da

Estrutura: Secretaria Executiva – todos possuem Secretário Executivo, porém, não

exclusivos e somente 4 foram capacitados em 2012; Plenária – todos funcionam com

plenária; Mesa Diretora – cinco possuem Mesa Diretora, Câmara Técnicas e Comissões –

quatro apresentam Câmaras Técnicas e Comissões; e f) Orçamento – nenhum CMS apresenta

orçamento próprio.

12. Garantir as ações e serviços públicos de saúde, de acordo com o previsto na Parte II

e seu Anexo II, mediante a prestação direta ou mediante o referenciamento resolutivo do

cidadão na rede de atenção à saúde regional e interregional.

A PPI da Assistência atualmente existente na nossa Região foi construída, buscando

coerência com as necessidades da população e a oferta de serviços existentes. Esse

instrumento retrata compromissos e responsabilidades no âmbito local (PPI Local),

respeitando a capacidade de oferta de serviços disponíveis na Região (PPI de referência).

13. Adequar os seus serviços às alterações realizadas na RENASES, sempre que a

mesma for revista ou quando houver listas complementares.

Os compromissos assumidos pelos gestores federal, estadual e municipais quando da

assinatura deste Contrato foram no sentido de adequação das programações da assistência,

vigilâncias e assistência farmacêutica, dado a indisponibilidade da RENASES pelo MS. E no

prazo de 15 meses, após a assinatura do COAP, elaborar uma nova programação da

assistência.

14. Garantir aos usuários do SUS os medicamentos estabelecidos na Relação Nacional de

Medicamentos Essenciais – RENAME.

A SESA cumpriu a pactuação de compra centralizada dos medicamentos essenciais e

secundários para os 11 municípios da 10ª Região. Dos 153 itens de medicamentos essenciais

programados e 42 itens de medicamentos secundários programados, foram fornecidos 96,73%

e 100% respectivamente. Entretanto, ao utilizar como media o quantitativo programado pelos

municípios nos medicamentos essenciais, dos 137 itens de medicamentos essenciais

programados, foram fornecidos 111 itens atendidos de 100 a 80%, 14 itens atendidos entre 79

e 50%, e 10 itens até 49%. Já na Atenção Secundária, dos 23 itens de medicamentos

secundários programados, foram fornecidos 17 itens atendidos de 100 a 80%, 04 itens

atendidos entre 79 e 50%, e 04 itens até 49% respectivamente. Apenas 06 itens não foram

atendidos.

15. Garantir o acesso do usuário do SUS à assistência farmacêutica de acordo com as

responsabilidades previstas neste contrato.

Todos os municípios da 10ª Região de Saúde garantiram o acesso dos usuários do SUS

aos medicamentos de conformidade com os compromissos assumidos neste Contrato, exceto

06 itens não foram atendidos.

16. Fortalecer os serviços de saúde públicos e os privados complementares ao SUS na

Região de Saúde.

Todos os processos de contratualização dos serviços privados conveniados na rede SUS

da região de Limoeiro do Norte cumprem o que estabelece a Lei Complementar 141/2012

onde se busca o fortalecimento do comando único dentro dos municípios que ofertam tais

serviços. Várias estratégias foram utilizadas para suprir as deficiências de oferta de serviços

de saúde na Região, como aconteceu na construção solidária da Rede Cegonha onde esta foi

conformada no âmbito de três regiões de saúde (Limoeiro, Russas e Aracati), como forma de

potencializar recursos e garantia funciona da Rede. Outra ação foi a implantação de

estratégias que assegurou através de Leis municipais e estadual a criação do Consórcio

Público de Saúde da Região de Limoeiro do Norte, o que possibilitou a implementação de

novos serviços de saúde: CEO regional em 2012.

17. Assegurar o referenciamento do usuário de forma regulada a rede de atenção à

saúde.

A PPI ambulatorial (local e de referência), passou por algumas alterações para assegurar o

referenciamento dos usuários de forma regulada. No entanto, os complexos reguladores se

deparam com a dificuldade da baixa oferta de serviços especializados e da interoperabilidade

nos sistemas (SISREG e CRESUS), que foram apontadas como fragilidades de articulação

entre os pontos de atenção à saúde, necessitando de revisão destes Sistemas e da entrega dos

equipamentos para melhor funcionamento dos complexos reguladores nos municípios,

conforme pactuação ocorrida no ano de 2012, como forma de melhor garantir o

referenciamento dos usuários.

18. Implementar o Cartão Nacional de Saúde para identificação do usuário nos serviços

de saúde, conforme cronograma regional.

Foram realizadas no decorrer de 2012 e início de 2013 visitas “in loco” aos onze

municípios da região para dar suporte a implementação do Cartão Nacional de Saúde, dirimir

possíveis dificuldades e obstáculos existentes e constatar sobre a realidade atual de sua

operacionalização. Detectou-se a seguinte situação com relação à atualização do CNS,

comparando-se o mês de abril de 2012, constante no Mapa da Saúde, com a situação atual

(março/2013): 1) Alto Santo – passou de 36,91% para 54,60%; 2) Ereré – passou de 13,77%

para 71,44%; 3) Iracema – passou de 16,76% para 35,15%; 4) Jaguaribara – passou de 55%

para 98,51%; 5) Jaguaribe – passou de 56% para 99%; 6) Limoeiro do Norte – passou de

55,15% para 72,76%; 7) Pereiro – passou de 96% para 99%; 8) Potiretama – passou de

53.88% para 70,17%; 9) Quixeré – passou de 6,58% para 15,23%; 10) São João do Jaguaribe

– passou de 28,70% para 60,00%; 11) Tabuleiro do Norte – passou de 13,25% para 71,40%.

Percebe-se, portanto, que houve um significativo incremento na atualização do Cartão

Nacional de Saúde, no conjunto de municípios da região, porém, ainda existem dois

municípios com percentuais de atualização abaixo de 40%. Por outro lado três municípios

estão com praticamente toda a população coberta com CNS, estando os percentuais acima de

98%. A região como um todo encontra-se com 67, 93%.

19. Ordenar o acesso do cidadão às ações e serviços de saúde constantes da RENASES,

fundado na gravidade do risco à saúde, na vulnerabilidade da pessoa e no critério

cronológico.

Mesmo tendo sido criado o protocolo de classificação de risco, a grande maioria das

unidades de saúde dos nossos municípios, viabilizam o acesso do cidadão aos serviços de

saúde, utilizando como critério de atendimento a ordem de chegada. Excetua-se o Hospital

Municipal de Limoeiro do Norte, que realiza a classificação de risco na urgência e

emergência.

20. Regular as ações e serviços de saúde mediante controle e avaliação, regulação do

acesso às ações e serviços de saúde.

Atualmente, a CRES de Limoeiro do Norte e os municípios de Ereré, Jaguaribara e

Jaguaribe dispõem em sua estrutura organizacional do responsável pela regulação, controle,

avaliação e auditoria mas que apresentam muitas debilidades na sua estruturação física e dos

recursos humanos necessários que devem ser superadas quando da efetivação de uma política

de investimento para o setor e realização de Concurso Público, uma vez que nem o Estado e a

grande maioria dos municípios não possuem o cargo de auditor.

21. Qualificar a participação complementar do setor privado no SUS, mediante

contrato ou convênio, aprimorando o cadastramento, controle, fiscalização, avaliação e

formas de pagamento.

As várias formas de contratualização sem o cumprimento da direção única em cada

esfera de Governo, foi fator preponderante para que as gestões municipais não pudessem

assegurar o monitoramento dos contratos existentes dentro do seu território, uma vez que o

agente financiador dos serviços era na grande maioria outro ente federado ficando o

município sem a autonomia legal para desenvolver algumas intervenções. Mesmo com a Lei

Complementar 141/2012 que assegura as transferências fundo a fundo percebe-se ainda que

varias ações necessitam serem melhoradas dentro dos nossos municípios como contratualizar

metas qualitativas, buscar efetivar junto aos Hospitais Filantrópicos a contratualização 100%

SUS, desenvolver processos de avaliação e de desempenhos por resultados, acompanhamento

e analise critica das programações e manter atualizado o CNES estão sendo discutidas nos

Fóruns Regionais de Conselheiros, Câmaras Técnicas e Comissão Intergestor Regional e

como forma de melhor qualificar a participação do setor complementar e subsidiar nas

decisões dos gestores.

22. Celebrar contratos ou instrumento similar com os estabelecimentos que prestam

serviços ao SUS, conforme cronograma pactuado, submetendo estes serviços à

regulação do acesso pelo gestor contratante.

Todos os municípios onde existem serviços privados integrantes do SUS firmaram

contratos com os prestadores. No entanto, há necessidade de aprimoramento do processo de

contratualização, dado que na grande maioria dos contratos não constam metas qualitativas.

23. Realizar o planejamento regional integrado, com base nos planos de saúde,

aprovados pelos Conselhos de Saúde, e na análise da situação de saúde da região,

conformando o mapa da saúde e definindo as metas anuais que comporão os termos

aditivos anuais deste contrato.

O planejamento Regional na 10ª Coordenadoria Regional de Saúde de Limoeiro do

Norte teve como base os indicadores de saúde dos municípios da região onde através de

relatórios existentes construímos o diagnóstico situacional da Região de Saúde (Mapa da

Saúde). Diante dos indicadores pactuados pelos municípios, os mesmos foram submetidos à

apreciação e aprovação dos conselhos municipais de saúde de cada município, assim como,

após a pactuação na CIR, o COAP foi consolidado, apresentado e aprovado pelo Conselho

Estadual de Saúde (CESAU). Após quatro meses de implantação do COAP estamos

realizando o monitoramento das responsabilidades pactuadas no intuito de detectarmos as

dificuldades, as medidas de intervenções e os ajustes necessários, com proposições para cada

ente signatário do COAP, como forma de apontar os aditivos a serem feitos nos Planos

Municipais de Saúde.

24. Os entes Signatários devem, em seu âmbito administrativo, formular, gerenciar,

implementar e avaliar o processo permanente de planejamento.

Os municípios e a regional tem instituídos os seus processos de monitoramento e

avaliação. Os planos foram submetidos à apreciação e aprovação dos conselhos municipais de

saúde de cada município, assim como, após a pactuação na CIR, o COAP foi consolidado,

apresentado e aprovado pelo Conselho Estadual de Saúde (CESAU).

25. Utilizar o mapa da saúde na identificação das necessidades de saúde da população da

região, nas dimensões referentes às condições de vida e ao acesso aos serviços e ações de

saúde para que, mediante planejamento integrado, possam definir as prioridades da

região.

O Mapa da Saúde, componente essencial do COAP, foi construído em 2012 na Região,

através do trabalho compartilhado de várias mãos, envolvendo atores sociais dos municípios e

da Coordenadoria Regional de Saúde. A partir do mapa foram identificadas as necessidades

de saúde da população da região que, após priorização, serviram de subsídio para a definição

das responsabilidades executivas.

26. Atualizar e divulgar o mapa da saúde da região, incorporando a visão atual e futura

com o objetivo de transformação da realidade sanitária da região.

Em 2013, será feita a atualização do Mapa da Saúde, tendo como base o processo

democrático de monitoramento e avaliação do COAP, também a partir dos vários olhares de

diferentes atores sociais envolvidos no processo. Atualmente, o COAP das 20 regiões de

saúde do Estado do Ceará encontra-se publicado no site da SESA.

27. Manter atualizados os sistemas de informação em saúde de base nacional: SIAB,

SINAN, SI-PNI, SINASC, SIA, CNES, SARGSUS, SIM, SIH, nos casos onde houver

assistência hospitalar, CIH, SIOPS.

- SIM/SINASC - Os municípios não estão enviando regularmente as informações.

- SIAB – segundo Relatório de Envio de Dados de 2012 (Produção / Saúde / Cadastro de

Famílias de Saúde e Complementar), todos os municípios estão com envio no ano de 2012.

- SI-PNI: Os municípios estão se estruturando, com recursos do Ministério da Saúde para

pleno funcionamento do sistema em 2013.

- SINAN: Os municípios não estão enviando regularmente os lotes do SINAN para Regional.

- SARGSUS : Em relação ao RAG 2012, até a data de 02/05/2013, têm-se a seguinte situação

a) 8 municípios com RAG aprovado; b) 1 municípios com RAG em apreciação pelo CMS

(Jaguaribara) e c) 2 municípios com RAG sem informação (Pereiro (segundo a contabilidade

até amanhã estará normalizado) e São João do Jaguaribe).

- SIOPS – Pereiro e São João do Jaguaribe não informaram 2012/2; Tabuleiro do Norte: não

informou 2012/1, sendo que os demais municípios informaram os dois períodos (situação em

19/04/2013).

- SIA – todos os municípios estão com 100% de envio

- SIHD - nove municípios estão com remessas enviadas e aprovadas; o município de Ereré

está com 11 remessas enviadas e aprovadas e 01 justificada e o município de Potiretama está

com remessa não enviada nos doze meses do ano (situação em 19/04/2013).

28. Desenvolver ações de acompanhamento das metas físicas e financeiras da

programação.

Sempre que necessário as PPI da Assistência são revisadas e alteradas por parte dos

municípios. As programações das vigilâncias são discutidas e avaliadas nas reuniões das

câmaras técnicas ocorridas conforme o calendário anual existente, como forma de adequação

às especificidades de cada município, ficando assim demonstrado o conhecimento quanto as

programações existentes. Atualmente, a CORAC encaminha os dados do SIA e SIH para a

Região de Saúde de Limoeiro do Norte, como também para todos os municípios, informando

o que foi produzido e aprovado, porém sem análise que possa subsidiar propostas de alteração

importantes.

29. Desenvolver ações de acompanhamento dos fluxos de referência e contra-referência.

As ações de acompanhamento do fluxo de referência e contra-referência encontram-se

fragilizadas nos municípios, uma vez que tais instrumentos constituem-se em uma forma de

controle por parte das Secretarias e até mesmo das unidades de saúde, porém os municípios

não conseguem realizar este acompanhamento.

30. Desenvolver ações de acompanhamento dos processos relacionados à continuidade

do cuidado do usuário na rede de atenção a saúde, em especial as redes temáticas.

No ano de 2012, teve-se o funcionamento da Rede Cegonha na Região de Saúde. Foi

priorizada a saúde sexual e reprodutiva por meio de ações educativas, com implantação dos

protocolos sobre o tratamento de DST’s, HIV e hepatites, e realização de exames de pré-natal

em tempo oportuno para gestante de risco habitual. Ocorreu uma intensificação nas

orientações sobre aleitamento materno e visitas de puerpério. Permaneceu como dificuldade o

acompanhamento do pré-natal e parto de alto risco, assim como o

acompanhamento/tratamento das crianças de risco, que ainda necessitam ser encaminhados

para sede da macroregião.

31. Definir um prazo neste contrato para construir a nova programação geral de ações e

serviços de saúde que contemplará, a totalidade das ações de assistência à saúde (da

atenção básica e especializada), de promoção, de vigilância (sanitária, epidemiológica e

ambiental), de assistência farmacêutica, constantes da RENASES e RENAME a serem

realizadas na região a partir das prioridades definidas no planejamento regional

integrado.

Como forma de assegurar ajustes de tetos financeiros nos municípios, o Ministério da

Saúde editou a Portaria Nº 210 de 27 de fevereiro de 2013, com efeitos retroativos a março de

2012, onde percebeu-se um acréscimo em mais de trezentos mil reais para o conjunto de

municípios da 10ª Região de Saúde de Limoeiro do Norte. Manter-se-á uma prática de

exercício continuo da mudança de PPI para a efetivação da RENASES e RENAME.

32. Realizar reuniões periódicas da CIR para definição da gestão compartilhada do SUS

na Região e a execução do presente contrato.

Foram realizadas, em 2012, treze reuniões mensais da Comissão Intergestores

Regional – CIR X – Limoeiro do Norte, contando-se com a participação efetiva dos gestores

de Saúde, onde foram abordados assuntos relevantes para a Região de Saúde, como: a)

Cirurgias Eletivas – Federal e VIDA NOVA (Estadual); b) Contrato Organizativo de Ação

Pública em Saúde – COAP; c) Programação Pactuada e Integrada – PPI da Assistência; d)

Cartão Nacional de Saúde – CNS; e) Decreto Nº 7.508/2011; f) Centro de Referência em

Saúde do Trabalhador – CERESTA José Maria do Tomé; g) Campanhas de Vacinação e

Coberturas Vacinais; h) SARGSUS; i) Centro de Especialidades Odontológicas – CEO R –

Prestação de Contas; j) Avaliação das Ações Desenvolvidas pelo CEREST Aracati; k)

Educação Permanente em Saúde – Curso de Aperfeiçoamento em Gestão do SUS e outras

demandas; l) Apreciação dos Planos Municipais de Vigilância Sanitária; m) Solicitação de

Credenciamento de ESF, SB e NASF.

33. Fortalecer o processo de regionalização da região, de forma a garantir apoio técnico

e financeiro tripartite para qualificação da CIR.

O processo de qualificação da CIR vem sendo mantido através de recursos financeiros

disponibilizados pelo Ministério da Saúde para as ações de custeio, o que tem favorecido a

viabilização desses eventos, a participação de técnicos em seminários, congressos, e outros,

assegurando passagem e hospedagem.

34. Valorizar os trabalhadores da saúde e desenvolver políticas de gestão do trabalho

articuladas com as de educação na saúde.

No ano de 2012, foram envidados esforços nesta Região de Saúde na implantação de

espaços e programas que favoreçam a socialização permanente do conhecimento e incentivo

ao aproveitamento de experiências laborais dos trabalhadores do SUS, a exemplo da

disponibilização do Ambiente Virtual de Aprendizagem da SESA; a implantação do Sistema

de Automação de Bibliotecas – GNUTECA, possibilitando o cadastramento de acervo

literário, necessário à qualificação e informação dos trabalhadores, principalmente o

desenvolvimento da política de educação permanente. Ademais, a conclusão da 1ª turma do

Curso de Especialização em Gestão do Trabalho e da Educação em Saúde materializou a

formação de consciência crítica segura para reorientação das práticas em saúde e valorização

dos servidores nas Regiões de Saúde.

35. Estabelecer espaços de negociação permanente entre trabalhadores e gestores da

saúde.

Os municípios da 10ª Região de Saúde concretizam os espaços de negociação através

da realização de reuniões mensais nos Conselhos Municipais de Saúde, atuação do Sindicato

dos Servidores Municipais de Saúde, os quais organizam reuniões pautadas na busca da

melhoria das condições de trabalho dos servidores, assim como melhorias salariais. Todavia,

alguns municípios ainda têm dificuldade para estabelecer canais de comunicação entre

trabalhadores e gestores, gerando descontentamento por parte dos profissionais da saúde.

36. Implantar as pactuações estabelecidas na mesa nacional de negociação permanente

do SUS.

No sentido de impulsionar e organizar as negociações em torno da gestão do trabalho

em saúde, nas Regiões de Saúde, a Mesa Estadual de Negociação Permanente do SUS -

MENPSUS -CE, criou o espaço de disseminação virtual das informações, repactuou as

prioridades para 2012 e desenvolveu outros produtos: Criação do Grupo de Trabalhos- GT

PCCS; participação do MENPSUS-CE na Comissão Central de Avaliação do Estágio

Probatório; Elaboração do Projeto Plano de Cargos e Carreiras dos Trabalhadores da

Secretaria da Saúde; Acolhida, nomeação e lotação de 500 profissionais de saúde aprovados

no Concurso Público de 2006, sendo em 2012, lotados cinco profissionais na 10ª Região de

Saúde.

37. Implementar políticas de educação e gestão do trabalho que favoreçam o

provimento e a fixação de trabalhadores para suprir as necessidades da rede de atenção

à saúde.

Da decisão e atuação tripartite dos entes públicos envolvidos com o SUS aconteceu a

implantação do Programa de Valorização do Trabalho na Atenção Básica – PROVAB, em

alguns municípios desta Região, na perspectiva de fixação e qualificação de profissionais

médicos na Rede Básica de Atenção. Ocorreu a realização de concurso público no município

de Jaguaribara, com disponibilidade de vagas nas diversas áreas da saúde, nos níveis médio e

superior. Em 2011 e 2012, o Governo do Estado do Ceará fez a convocação do Concurso

Público da Área da Saúde, realizado em 2006, que previa vagas para as CRES das seguintes

categorias profissionais (veterinário, assistente social, enfermeiro, dentista e farmacêutico).

Desses profissionais, somente um enfermeiro não foi lotado na CRES. Percebe-se, entretanto,

que de 2006 para hoje uma gama de competências / atribuições foram colocadas como de

responsabilidades das CRES, principalmente com o fortalecimento do processo de

regionalização (COAP e Redes de Atenção), sem a necessária compatibilização com o

quantitativo de pessoal (nível médio e superior).

38. Considerar as diretrizes nacionais estabelecidas nas normas vigentes quando da

elaboração e reformulação dos planos de carreira, cargos e salários.

Dos onze municípios da região de saúde em 2012, somente dois municípios (Quixeré e

Limoeiro do Norte) elaboraram ou reformularam seus Planos de Carreira, Cargos e Salários.

Verifica-se ainda, porém, um significativo contingente de trabalhadores com vínculos

precarizados, em Limoeiro do Norte, que não foram contemplados com o PCCS (servidores

não efetivos).

O pensamento coletivo dos entes signatários entende que a reformulação dos PCCS-

SUS representa avanços, tanto no sentido de regular as relações de trabalho, como também no

crescimento e desenvolvimento do trabalhador, principalmente se no seu arcabouço incluir a

progressão por capacitação e por mérito, estabelecendo possibilidades concretas de

consolidação da carreira no SUS.

39. Identificar o quantitativo de trabalhadores a serem formados e qualificados de

acordo com as necessidades dos serviços de saúde.

A programação para 2012 foi elaborada pelas equipes regionais, técnicos da SESA,

membros do Quadrilátero da Educação Permanente das CIES Estadual e Macrorregionais de

Fortaleza, Cariri e Sobral e consubstanciadas no Plano Estadual de Educação Permanente

2012-2015.

Os cursos nos quais tivemos a participação de profissionais dos municípios da Região

de Saúde foram: Especialização em Gestão de Sistemas e Serviços de Saúde, Especialização

em Gestão de Serviços de Urgência e Emergência e Especialização e Aperfeiçoamento em

Gestão em Controle, Regulação, Avaliação e Auditoria, e curso Técnico em Enfermagem.

Verifica-se que a capacidade de captação de recursos por esta Região de Saúde

isoladamente, ainda é limitada, o que requer negociações e pactuações dos entes signatários,

de forma oportuna, permanente e integrada.

40. As atribuições e responsabilidades dos entes Signatários na institucionalização e

implementação das ações de educação permanente devem ser baseadas nas prioridades

e necessidades de saúde loco-regionais e nas diretrizes da Política Nacional de Educação

Permanente em Saúde.

Os entes signatários materializam na Região de Saúde os esforços para efetivação da

Política, a partir da divisão de responsabilidades voltadas para a mudança das práticas, e da

autonomia e segurança dos trabalhadores, do uso adequado de novas tecnologias e da

mudança do quadro saúde -doença da população dos municípios.

41. Promover a integração e o aperfeiçoamento das ações de Educação Permanente em

Saúde da Região de Saúde com o apoio e coordenação das Comissões de Integração

Ensino-Serviço (CIES).

Em meio às pactuações na CIR e a atuação solidária dos membros das CIES

Macrorregionais e Estadual, esta Região de Saúde vem invertendo a lógica da oferta de ações

de Educação Permanente em Saúde, compatibilizando os interesses dos trabalhadores com as

necessidades loco-regionais e as potencialidades existentes para sua aderência às ações.

Ademais, os membros das CIES (gestão, formação, atenção, controle social e movimentos

sociais) vêm exercitando a defesa e conquista das demandas, bem como repactuando,

adequando e atualizando as propostas, em vigência, aos novos serviços, às redes de atenção

em construção, ao avanço das instituições formadoras e ao perfil dos trabalhadores.

42. Desenvolver medidas com a finalidade de subsidiar o Poder Judiciário e o

Ministério Público, técnica e cientificamente, nas decisões a serem tomadas em relação a

assuntos pertinentes saúde no âmbito da Região.

Alguns municípios relataram apenas o cumprimento das ordens judiciais, servindo de

embasamento e justificativa para o gestor atender as necessidades pertinentes a população.

Nos municípios de Pereiro, Quixeré, São João do Jaguaribe não há definição de medidas para

subsidiar, entretanto ao receberem ordens judiciais realizam parecer técnico informando

ausência ou não nos elencos pactuados, e possíveis medicamentos alternativos para os

tratamentos, conforme classe terapêutica. Relatam-se também o embasamento técnico-

jurídico do SUS, como forma de nortear através das informações, contribuindo para as

decisões e o cumprimento das ordens judiciais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. CEARÁa. Instrutivo para construção do COAP. Secretária de Saúde do Estado do

Ceará- Ceará, 2012. 135p.

2. CEARÁb. COAP- 10ª Região de Saúde. Limoeiro do Norte-Ce, 387p. 2012