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Trata dos antigos procedimentos apenados com detenção
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O PROCEDIMENTO DOS CRIMES PUNIDOS COM DETENÇÃO DA COMPETÊNCIA DO JUIZ SINGULAR
Após o advento da Lei nº 9.099/95 e da Lei 10.259/2001 tem-se a possibilidade da utilização de quatro formas procedimentais:
1. ordinário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
2. sumário, quando tiver por objeto crime cuja sanção máxima cominada seja inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa de liberdade;
3. sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo, na forma da lei.
4. se o réu não for encontrado (artigo 66, parágrafo único) ou a hipótese apresentar certa complexidade (art. 77, § 2º), o procedimento será o previsto nos artigos 531 a 534 todos do CPP, ou seja aplica-se o procedimento sumário;
4. sujeitam-se a procedimentos especiais, apenados com detenção, os crimes contra a honra (arts. 519/523); os crimes contra a propriedade imaterial (arts. 524/530); os de abuso de autoridade (Lei 4.898/65); da alçada do júri, artigos 123 e 124 do código Penal; os crimes contra a economia popular; os crimes de imprensa; os crimes falimentares (arts. 503/512); os crimes de responsabilidade de funcionário público da competência do Juiz singular; os crimes nas licitações; os crimes de tóxicos e os eleitorais.
Procedimento da Lei dos Juizados Especiais:
Artigo 69 – lavratura do TCO e encaminhamento imediato para o Juizado com o autor do fato e a vítima. Caso as partes não compareçam aplica-se o disposto no artigo 71, que define a necessidade de intimação dos envolvidos nos moldes dos artigos 66 e 67.
Artigo 70 – designação de data próxima com a ciência dos envolvidos.
Nesta situação, primeiramente o Promotor de Justiça deverá fazer uma análise do TCO para que se tenha certeza de não se tratar de caso de arquivamento, ou ainda, se será necessária a realização de alguma diligência.
Artigo 72 – audiência preliminar com a presença das partes e dos advogados onde deverá ser inicialmente feita a proposta de composição dos danos civis.
Artigo 73 – possibilidade de um conciliador.
Artigo 74 – composição dos danos civis acarretando a renúncia ao direito de queixa ou de representação.
Artigo 75 – representação verbal por parte do ofendido. Caso não ofereça a representação em audiência possui o prazo decadencial para fazê-lo.
Artigo 76 – havendo representação ou se for crime de ação penal pública incondicionada, o MP pode propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa.
Restrições para a proposta de transação (artigo 76, § 2º):
- condenação com sentença transitada em julgado pela prática de crime à pena privativa de liberdade;- ter sido o réu beneficiado com a transação penal nos últimos cinco anos;- a conduta social, os antecedentes e a personalidade do agente não indiquem a adoção da medida;
O MP faz a proposta e caso o autor aceite é submetida ao Juiz. Deve-se lembrar que a imposição de sanção não constará na certidão de antecedentes criminais do autor do fato.
Caso não haja transação deverá ocorrer o procedimento previsto no artigo 77 e seguintes da Lei nº 9.099/95, que em uma só audiência deverá resolver todo o processo.
Caso não ocorra a previsão do artigo 66 e § 2º do artigo 77, deverá ser aplicado o rito do Juizado Especial.
Contravenções com procedimento especial – jogo do bicho, apostas sobre corrida de cavalos e previstas nas alíneas e, j, l e m do artigo 26 do Código Florestal.
Diferenças entre transação penal e suspensão do processo:
Questões relevantes:
- No caso de descumprimento da pena restritiva de direitos imposta o juiz deve determinar a abertura de vista ao Ministério Público para oferecimento de denúncia e instauração do processo-crime.
- Para o cálculo da suspensão do processo leva-se em conta o aumento de prazo baseado no concurso formal, material e crime continuado.
- Do mesmo modo se procede com qualquer causa especial de aumento de pena. - Na compreensão da pena mínima não superior a um ano, para efeito de
admissibilidade da suspensão do processo