22 de maio de 2020

2o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas 2020

Avaliação Cenário Fiscal: Parâmetros Econômicos

2

Parâmetros

Avaliação

1º Bimestre

(a)

Avaliação

2º Bimestre

(b)

(c) = (b) - (a)

PIB real (%) 2,10 -4,70 -6,80

PIB Nominal (R$ bilhões) 7.734,3 7.154,8 -579,44

IPCA acum (%) 3,1 1,8 -1,35

INPC acum (%) 3,3 2,4 -0,83

IGP-DI acum (%) 3,7 4,5 0,83

Taxa Over - SELIC Média (%) 4,2 3,1 -1,09

Taxa de Câmbio Média (R$ / US$) 4,2 5,0 0,77

Preço Médio do Petróleo (US$/barril) 52,7 35,7 -17,03

Valor do Salário Mínimo (R$ 1,00) 1.045,0 1.045,0 0,00

Massa Salarial Nominal (%) 6,2 -2,9 -9,13

Fonte: SPE/Fazenda/ME.

Elaboração: SOF/Fazenda/ME.

Resultado da Avaliação

3

R$ milhões

DiscriminaçãoAvaliação

1º Bimestre

(a)

Avaliação

2º Bimestre

(b)

Diferença

(c) = (b) - (a)

1. Receita Primária Total 1.611.388,2 1.477.428,4 -133.959,9

Receita Administrada pela RFB/MF, exceto RGPS e líquida de incentivos fiscais 997.752,0 914.334,8 -83.417,3

Arrecadação Líquida para o RGPS 436.386,5 402.417,1 -33.969,4

Receitas Não Administradas pela RFB/MF 177.249,7 160.676,5 -16.573,2

2. Transferências por Repartição de Receita 287.177,4 264.464,7 -22.712,7

3. Receita Líquida de Transferências (1) - (2) 1.324.210,8 1.212.963,7 -111.247,1

4. Despesas Primárias 1.485.834,2 1.753.497,5 267.663,3

Obrigatória 1.365.867,6 1.634.161,3 268.293,7

Discricionárias do Poder Executivo 119.966,7 119.336,2 -630,4

5. Resultado Primário do Governo Central (3) - (4) -161.623,5 -540.533,9 -378.910,4

6. Meta Fiscal Original (Art. 2º, caput, LDO-2020) -124.100,0 -124.100,0 0,0

7. Esforço ( - ) ou Ampliação ( + ) (5) - (6) -37.523,5 -416.433,9 -378.910,4

TOTAL EC 95 1.454.946,1 1.454.946,1 0,0

Total despesas sujeitas ao Teto 1.453.228,1 1.456.909,7 3.681,6

Diferença 1.718,0 -1.963,6 -3.681,6

Fonte/Elaboração: SOF/Fazenda/ME.

Resultado da Avaliação: pressão sobre o teto

4

• As estimativas das despesas primárias atualmente apontam ligeira pressão para cumprimento do teto dos gastos, em virtude de nova projeção nas despesas obrigatórias ainda não materializada no orçamento, destacando-se o Programa de Seguro-Desemprego.

• A recomposição da despesa com Pessoal e Encargos prevista desde a Avaliação Bimestral anterior, ainda

não foi incorporada ao orçamento, e na medida em for, os ajustes orçamentários necessários serão realizados para restituição do orçamento ao teto dos gastos.

• Também vale destacar a economia observada nas despesas do Programa Bolsa-Família, em virtude da

opção dos beneficiários ao Coronavoucher, verificando-se no primeiro quadrimestre redução efetiva de R$ 2,3 bilhões em relação ao anteriormente projetado.

• O controle do teto no orçamento se faz mediante controle das dotações orçamentárias alteradas via edição de créditos adicionais. Assim, ao longo do ano serão acompanhados os comportamentos de todas as despesas obrigatórias para, na medida em que sejam necessárias as adequações orçamentárias, todos os ajustes sejam feitos para cumprimento do teto constitucional.

Resultado da Avaliação: pressão sobre o teto e medida de adequação

5

• Ocorrerá ajuste na despesa de pessoal até o final do exercício, tendo em vista que a LOA de 2020 foi aprovada considerando emenda no valor de R$ 5,8 bilhões, para diversas ações em diversos órgãos, remanejando recursos provenientes daquela despesa.

• Esse fato explica a estimativa para essa despesa na presente Avaliação no valor de R$ 3,5 bilhões acima da LOA 2020, que ensejará recomposição via crédito adicional até o final do ano.

• Segundo Relatório da Comissão Mista que apreciou a proposta de orçamento, o pressuposto utilizado foi a aprovação da PEC nº 186/2019, que contém diversos dispositivos para controle da despesa, entre os quais a possibilidade de redução da jornada de trabalho dos servidores em até 25%, com diminuição proporcional das remunerações. O Relator, assumiu a hipótese de tramitação célere da PEC, estimando a economia apontada e procedendo a redução nas dotações de Pessoal e Encargos.

• Dessa forma, caso se aprove a PEC e aplicado o pressuposto considerado pelo Relator, a projeção de pessoal total apontada no presente relatório se reduziria, adequando-se ao teto. Caso a PEC não seja aprovada, ou no caso de sua aprovação, não se adotar a autorização de redução para a jornada/remuneração dos servidores, as dotações relativas às emendas em questão serão canceladas para cobertura do acréscimo nas despesas com pessoal e encargos apontadas na presente avaliação da ordem de R$ 3,5 bilhões, situação que também retornaria a despesa aos limites do teto.

Principais Variações nas Receitas Primárias

6

R$ milhões

DiscriminaçãoAvaliação

1º Bimestre

(a)

Avaliação

2º Bimestre

(b)

Diferença

(c) = (b) - (a)

RECEITAS 1.611.388,2 1.477.428,4 -133.959,9

Receita Adm pela RFB/MF, exceto RGPS e líquida de incentivos fiscais 997.752,0 914.334,8 -83.417,3

Arrecadação Líquida para o RGPS 436.386,5 402.417,1 -33.969,4

Exploração de Recursos Naturais 58.689,0 52.076,5 -6.612,5

Cont. Plano de Seg. do Servidor 18.051,6 18.050,8 -0,7

Receitas Próprias e de Convênios 15.472,4 13.875,9 -1.596,4

Contribuição do Salário-Educação 23.217,9 20.537,4 -2.680,5

Concessões e Permissões 4.721,9 4.300,3 -421,6

Dividendos e Participações 10.000,9 6.050,3 -3.950,6

Operações com Ativos 1.163,2 1.161,5 -1,8

Complemento do FGTS 67,5 62,8 -4,7

Demais Receitas 45.865,3 44.561,1 -1.304,2

Fonte/Elaboração: SOF/Fazenda/ME.

Principais Variações nas Receitas Administradas

7

A principal razão para as diferenças nas projeções é a redução nas expectativas de crescimento da economia, ou seja, redução dos parâmetros, representando mais de R$ 63 bilhões. O restante está associada às realizações em valores abaixo dos estimados nos meses de março e abril (em virtude do crescimento de compensações tributárias) e com as desonerações de tributos: o IOF em suas modalidades de crédito e o Imposto de Importação e IPI, nas aquisições de bens associados ao combate à pandemia.

R$ milhões

DiscriminaçãoAvaliação

1º Bimestre

(a)

Avaliação

2º Bimestre

(b)

Diferença

(c) = (b) - (a)

RECEITAS 997.786,4 914.477,8 -83.308,7

Imposto de Importação 49.048,7 40.418,9 -8.629,8

IPI 55.836,4 44.642,0 -11.194,4

Imposto sobre a Renda 422.744,9 398.267,9 -24.477,0

IOF 45.137,7 36.117,9 -9.019,8

COFINS 245.838,9 228.828,4 -17.010,5

PIS/PASEP 67.773,2 63.267,8 -4.505,4

CSLL 86.529,9 80.102,1 -6.427,8

CIDE - Combustíveis 2.763,4 2.401,5 -361,9

Outras Administradas pela RFB 22.113,2 20.431,2 -1.682,1

Fonte/Elaboração: SOF/Fazenda/ME.

Principais Variações nas Receitas Primárias

Receitas Não Adm. pela RFB/ME, exceto RGPS ( - R$ 16,6 bilhões) – Maiores variações na estimativa de arrecadação:

• Exploração de Recursos Naturais ( - R$ 6,6 bi): redução principalmente em função do preço do Barril de Petróleo.

• Contribuição do Salário Educação (- R$ 2,6 bi): queda da massa salarial nominal, primordialmente.

• Dividendos e Participações ( - R$ 3,9 bilhões): a previsão de dividendos foi ajustada em relação à previsão anterior em

decorrência da redução das estimativas de lucro das principais empresas estatais, bem como das restrições impostas

pelo Conselho Monetário Nacional às distribuições de lucro das instituições financeiras.

• Receitas Próprias (-R$ 1,6 bi): no âmbito do Comando da Aeronáutica, houve queda brusca na demanda por serviços de

transporte aéreo provocada pela pandemia da COVID-19, além de queda em outros serviços governamentais em razão

da quarentena.

• Demais Receitas (-R$ 1,3 bi): queda geral na arrecadação das taxas e multas pelo poder de polícia, de emolumentos e

custas judiciais, de foros, laudêmios e tarifas de ocupação, em razão da pandemia. Receitas com arrecadação sazonal em

março estão previstas para o 2º semestre. 8

Principais Variações nas Despesas Primárias

9

R$ milhões

Avaliação

1º Bimestre

(a)

Avaliação

2º Bimestre

(b)

Diferença

(c) = (b) - (a)

1.485.834,2 1.753.497,5 267.663,3

Despesas Obrigatórias 1.365.867,6 1.634.161,3 268.293,7

Benefícios Previdenciários 677.698,7 678.912,2 1.213,5

Pessoal e Encargos Sociais 325.712,6 325.866,3 153,8

Abono e Seguro Desemprego 59.702,4 63.485,5 3.783,1

Benefícios de Prestação Continuada da LOAS / RMV 61.488,8 61.610,3 121,6

Complemento para o FGTS 67,5 62,8 -4,7

Créditos Extraordinários 7.672,6 220.892,7 213.220,1

Compensação ao RGPS pelas Desonerações da Folha 10.119,6 9.891,2 -228,4

Complementação ao FUNDEB 16.462,1 16.462,1

Subsídios, Subvenções e Proagro 14.346,8 49.206,7 34.859,8

Sentenças Judiciais e Precatórios (Custeio e Capital) 24.109,7 24.360,9 251,2

Impacto Primário do FIES 785,8 1.144,0 358,3

Obrigatórias com Controle de Fluxo 145.371,3 143.687,7 -1.683,7

Demais Obrigatórias 22.329,7 38.578,9 16.249,2

Despesas Discricionárias do Poder Executivo 119.966,7 119.336,2 -630,4

Fonte/Elaboração: SOF/Fazenda/ME.

Discriminação

DESPESAS

10

• Benefícios Previdenciários ( + R$ 1.213,5 milhões): elevação em função da nova projeção para requisições de pequeno valor proveniente do Conselho de Justiça Federal.

• Pessoal e Encargos Sociais ( + R$ 153,8 milhões): acréscimo em função fundamentalmente da variação cambial que afetou MRE.

• Abono e Seguro-Desemprego (+ R$ 3.783,1 milhões): aumento nas requisições em torno de 22,1%, e no número de beneficiários elegíveis em 3,3%.

• Sentenças Judiciais (+ R$ 251,2 milhões): elevação em função da nova projeção para requisições de pequeno valor proveniente do Conselho de Justiça Federal.

• Obrigatórias com controle de fluxo (- R$ 1.683,7 milhões): -R$ 2,3 bilhões do bolsa família por conta do sombreamento com o corona voucher; +R$ 195,0 milhões em benefícios ao servidor devido à inclusão de dados realizados mais recentes; +R$ 1,34 milhões para fardamento, +R$ 500 milhões no FUNPEN, dada a incorporação de R$ 132,3 milhões de superávit (decisão judicial) e de R$ 367,7 milhões restantes oriundos de reserva de contingência primária.

• Subsídios, Subvenções e Proagro (+ R$ 34.859,8 milhões): elevação da previsão das despesas com Proagro, devido à seca que atingiu sobretudo as regiões do Sul, e também do Pronaf para ações de combate à Pandemia, no valor de R$ 859,8 milhões, e R$ 34,0 bilhões relativos à MPV 943.

Principais Variações nas Despesas Primárias:

11

Principais Variações nas Despesas Primárias: créditos para combate COVID-19

MPVs Destinação (R$ bilhões)

Avaliação do 1º Bimestre 5,11

921 Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional Decorrente do Coronavírus, no âmbito do MD 0,01

924 Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional Decorrente do Coronavírus, no âmbito do MS e do MEC 5,10

Avaliação do 2º Bimestre 264,1

929 Pagamento Bolsa Família e outros atendimentos (MCTIC, Defesa, Relações Exteriores). 3,4

935 Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. 51,6

937 Atendimento do CoronaVOUCHER. 98,2

939 Transferência emergencial a Estados e Municípios. 16,0

940 Execução de diversas ações do MS para o enfrentamento da COVID-19, demanda de crédito extraordinário. 9,4

941 Diversos órgãos - remanejamento de dotações de emendas de bancada. 2,1

942 Diversos: órgãos -recursos adicionais para a EBSERH, Hospitais Universitários, Universidades e Institutos,PRF, DEPEN, material de

proteção para a força policial, campahas informativas.

0,6

943 Folha de Pagamento 34,0

947 Aquisição de equipamentos de proteção individual 2,6

949 Tarifa social de energia elétrica 0,9

953 Rede SUAS 2,6

956 Reforço para o Corona voucher 25,7

957 Aquisição de alimentos da Agricultura Familiar (PAA) 0,5

962 Enfrentamento à COVID - 19, no âmbito do MCTIC e Recursos adicionais para Assistência para brasileiros no exterior. 0,4

965 Justiça e Segurança Pública: Sistema Penitenciário, Forças de Segurança e Defesa e Proteção ao Povo Indígena. 0,4

967 Enfrentamento à COVID, no âmbito do Ministério da Saúde. 5,6

969 Enfrentamento à COVID, no âmbito do Ministério da Saúde. 10,0

TOTAL 269,2

Elaboração: SOF/FAZENDA/ME.

Obrigado